quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Y hubo golpe en Brasil


Emir Sader

ALAI AMLATINA - El sueño de la derecha brasileña, desde 2002, se ha realizado. No bajo las formas anteriores que ha intentado. No cuando intentó tumbar a Lula en 2005, con un impeachment, que no prosperó. No con los intentos electorales, en 2006, 2010, 2014, cuando fue derrotada. Ahora encontraron el atajo, para interrumpir los gobiernos del PT, aún más cuando seguirían perdiendo elecciones, con Lula como próximo candidato.

Fue mediante un golpe blanco, para el cual los golpes de Honduras y Paraguay han servido como laboratorios. Derrotada en 4 elecciones sucesivas, y con el riesgo enorme de seguir siéndolo, la derecha buscó el atajo de un impeachment sin ninguna fundamento, contando con la traición del vicepresidente, elegido dos veces con un programa, pero dispuesto a aplicar el programa derrotado 4 veces en las urnas.

Valiéndose de la mayoría parlamentaria elegida, en gran medida, con los recursos financieros recaudados por Eduardo Cunha, el unánimemente reconocido como el más corrupto entre todos los corruptos de la política brasileña, la derecha tumbó a una presidenta reelegida por 54 millones de brasileños, sin que se configurara ninguna razón para el impeachment.

Es la nueva forma que el golpe de la derecha asume en América Latina.

Es cierto que la democracia no tiene una larga tradición en Brasil. En las últimas nueve décadas, hubo solamente tres presidentes civiles, elegidos por el voto popular, que han concluido sus mandatos. A lo largo de casi tres décadas no hubo presidentes escogidos en elecciones democráticas. Cuatro presidentes civiles elegidos por voto popular no concluyeron sus mandatos.

No queda claro si la democracia o la dictadura son paréntesis en Brasil. Desde 1930, lo que es considerado el Brasil contemporáneo, con la revolución de Vargas, hubo prácticamente la mitad del tiempo con presidentes elegidos por el voto popular y la otra mitad, no. Mas recientemente, Brasil tuvo 21 años de dictadura militar, mas 5 años de gobierno de José Sarney no elegido por el voto directo, sino por un Colegio Electoral nombrado por la dictadura – esto es, 26 años seguidos sin presidente elegido democráticamente -, seguidos por 26 años de elecciones presidenciales.

Pero en este siglo, Brasil estaba viviendo una democracia con contenido social, aprobada por la mayoría de la población en cuatro elecciones sucesivas. Justamente cuando la democracia empezó a ganar consistencia social, la derecha demostró que no la puede soportar.

Fue lo que pasó con el golpe blanco o institucional o parlamentario, pero golpe al fin y al cabo. En primer lugar porque no se ha configurado ninguna razón para terminar con el mandato de Dilma. En segundo, porque el vicepresidente, todavía como interino, empezó a poner en práctica no el programa con el cual había sido y elegido como vicepresidente, sino el programa derrotad 4 veces, 2 de ellas teniéndole a él como candidato a vicepresidente.

Es un verdadero asalto al poder por el bando de políticos corruptos más descalificados que Brasil ya ha conocido. Políticos derrotados sucesivamente, se vuelven ministros, presidente de la Cámara de Diputados, lo cual no sería posible por el voto popular, solo por un golpe.

¿Qué es lo que espera a Brasil ahora?

En primer lugar, una inmensa crisis social. La economía, que ya venía en recesión hace por lo menos tres años, sufrirá los efectos durísimos del peor ajuste fiscal que el país ha conocido. El fantasma de la estanflación se vuelve realidad. Un gobierno sin legitimidad popular, aplicando un duro ajuste en una economía en recesión, va a producir la más grande crisis económica, social y política que el país ha conocido. El golpe no es el final de la crisis, sino su profundización.

Es una derrota, la conclusión del período político abierto con la primera victoria de Lula, en 2002. Pero, aun recuperando el Estado y la iniciativa que ello le propicia, la derecha brasileña tiene muy poca fuerza para consolidar a su gobierno.

Se enfrenta no solo a la crisis económica y social, sino también a un movimiento popular revigorizado y al liderazgo de Lula. Brasil se vuelve un escenario de grandes disputas de masas y políticas. El gobierno golpista intentará llegar al 2018 con el país deshecho, buscando impedir que Lula sea candidato y con mucha represión en contra de las movilizaciones populares. El movimiento popular tiene que reformular su estrategia y su plataforma, desarrollar formas de movilización amplias y combativas, para que el gobierno golpista sea un paréntesis mas en la historia del país.

- Emir Sader, sociólogo y científico político brasileño, es coordinador del Laboratorio de Políticas Públicas de la Universidad Estadual de Rio de Janeiro (UERJ).

Equador vai retirar embaixada do Brasil


“Jamais perdoaremos estas práticas que nos recordam as horas mais obscuras de nossa América”, afirmou o presidente do Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, já anunciou que vai fechar a embaixada no Brasil. O anúncio foi feito minutos depois da consolidação do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, através de sua conta no Twitter.

Correa lamentou a destituição da presidenta e afirmou que “jamais perdoará estas práticas que nos recordam as horas mais obscuras de nossa América”.

Em outra mensagem, enviou solidariedade a Dilma, Lula e a todo o povo brasileiro. Encerrou com a frase de Ernesto Che Guevara: “Até a vitória, sempre!”.

O chefe de Estado do Equador não havia falado sobre o impeachment nos últimos dias, durante o processo, mas foi o primeiro a se pronunciar assim que o golpe foi consolidado. Qualificou como “uma apologia ao abuso e à traição”.

Bolívia deve retirar Embaixador

O presidente Evo Morales também anunciou que chamará de volta seu embaixador no Brasil, diante da consolidação do golpe de Estado contra a presidenta Dilma e a democracia no Brasil.

Venezuela também vai retaliar

Espera-se para as próximas horas o pronunciamento do presidente Nicolás Maduro em repúdio à decisão do Senado em cassar o mandato da presidente Dilma (PT).

Brasil: República bananeira

Com isolamento diplomático jamais experimentado em toda nossa história, o Brasil caminha para assumir o nome de República Bananeira, onde não há respeito ao voto popular, à democracia e aos direitos humanos. O novo governo da elite corrupta do país promete promover ajustes fiscais e corte nos direitos dos trabalhadores que mergulharão o país em dias nebulosos.
O senador Roberto Requião (PMDB) alertou os congressistas brasileiros: "Estão preparados para a guerra civil?".

POR 61 A 20, SENADORES CONFIRMAM O GOLPE DE 2016


Senadores afastam definitivamente Dilma Rousseff da presidência da República com 60 votos favoráveis e 21 contrários; parlamentares decidirão agora, em votação separada, se Dilma também perderá o direito de ocupar qualquer cargo público por um período de oito anos. Por tratar-se de um jogo de cartas marcadas, Dilma deve ser punida novamente pelos seguintes motivos:

1 - Não se submeter à chantagem de políticos ladrões da quadrilha de Eduardo Cunha. Aliás, o termo "políticos ladrões" se aplica à maioria dos políticos brasileiros.

2 - Não se submeter à chantagem do sistema financeiro internacional através do FMI;

3 - Não se submeter à chantagem das petroleiras internacionais, que tomarão conta do Pré-Sal com um governo de traidores dos interesses nacionais.

Por todos esses motivos foi dado um novo golpe no Brasil. Golpe das elites entreguistas, com apoio da imprensa e do judiciário.

Parabéns presidente Dilma por não se acovardar em nenhum momento. O futuro trará à tona a verdadeira justiça popular para os traidores da Pátria.

Fernando Marques -Movimento Democracia Direta do Paraná - Brasil


BRASIL: SENADORES SERÃO SÓCIOS DE UM GOLPE FRACASSADO?


Mais do que simplesmente arruinarem a própria biografia, apoiando um golpe bananeiro em pleno século 21, os senadores que votarem pelo impeachment também estarão se associando a um fracasso completo; o governo provisório de Michel Temer já provou ser um fiasco na economia, onde a inflação não cede, o desemprego aumenta, o rombo fiscal dispara e as reformas prometidas foram adiadas a perder de vista; além disso, do ponto de vista criminal, não será possível "estancar essa sangria", uma vez que o próprio Temer está sendo delatado na Lava Jato, segundo revelou ontem Ela Wiecko, que era a número 2 da procuradoria-geral da República; vale a pena matar a democracia por Temer?

Brasil 247 – Todos os senadores que, nesta quarta-feira 31, votarem a favor de um golpe bananeiro em pleno século 21, serão implacavelmente condenados pela História. Serão lembrados, como bem apontou o senador Roberto Requião, como Auro de Moura Andrade, a quem Tancredo Neves chamou de canalha depois de declarar vaga a presidência da República, em 1964, quando João Goulart ainda estava no Brasil.

Os "Auros" de hoje, apontados por Requião em seu discurso histórico de ontem, são nomes como Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator da farsa, Aécio Neves (PSDB-MG), o mau perdedor de 2014 que atirou o Brasil ao precipício com seu inconformismo, e muitos outros.

Se são "canalhas", como disse Tancredo no passado e Requião no presente, ligam menos para as próprias biografias do que para os próprios interesses. Ainda assim, mesmo para eles, o golpe de 2016, é um mau negócio. Um péssimo negócio.

A começar pela economia. Com Temer, a inflação não cedeu e, mesmo com a valorização cambial e a maior taxa de juros do mundo, analistas de mercado aumentaram a projeção da alta de preços, que, neste ano, ficará acima de 7,5%. A indústria segue encolhendo, o desemprego bateu recorde, chegando a 12 milhões de pessoas, e o resultado fiscal de julho, com um rombo de R$ 18 bilhões, foi o pior de todos os tempos. Aliás, a responsabilidade fiscal tem sido o pretexto para o golpe, mas Temer está conseguindo transformar o Brasil rapidamente numa Grécia, segundo as palavras do seu próprio ministro do Planejamento.

No mercado, os que se deixaram cegar pelo ódio ao PT e à presidente Dilma Rousseff, criaram a teoria de que as reformas prometidas, nos campos previdenciário e trabalhista, virão depois da interinidade, assim como o ajuste fiscal, como se fosse necessário engordar 100 quilos, para depois emagrecer dez. A verdade, porém, é outra. Aliados de Temer no Congresso já dizem que essas reformas ficarão para depois das eleições municipais – ou seja, para depois do Carnaval de 2017.

Se o governo provisório é um fracasso completo na economia, a situação não é diferente no que diz respeito à questão que mais preocupa a classe política: a Lava Jato. Ontem, a crise institucional brasileira subiu mais um degrau quando a subprocuradora-geral da República, Ela Wiecko, revelou que o interino Michel Temer também está sendo alvo de várias delações, para, em seguida, renunciar ao cargo. Ou seja: não será possível atender às expectativas de políticos como Romero Jucá (PMDB-RR), que defendiam o golpe para "estancar essa sangria" da Lava Jato. A menos que o chefe de Wiecko, Rodrigo Janot, tenha decidido se transformar de vez no engavetador-geral da República.

O golpe de 2016, portanto, fracassou.

Fracassou na economia e fracassou na prometida proteção penal aos parlamentares.

Diante disso, a grande questão é: vale a pena matar a democracia e arruinar a própria biografia por um projeto fracassado como o de Michel Temer?

Golpe no Brasil: O vencedor desfilará pelas sombras


Fernando Brito - Tijolaço

De novo, um 31 – desta vez sem a necessidade de antecipar a data, como no 1º de abril de 1964 – marca a ruptura institucional em nosso país.

Param aí, porém a semelhanças óbvias entre um e outro golpe.

Ainda que o de hoje possa ter a simpatia de setores militares, talvez com a exceção daqueles que não conseguem atingir uma visão mais enxuta, tecnológica e estratégica da Força, não são eles que têm protagonismo na face repressora que vai se tornar mais evidente nos próximos dias e meses.

Não há – e a fria recepção que Michel Temer terá na reunião do G-20 deixará isso claro para qualquer observador atento que o perceberá quase como um corpo estranho entre os chefes de Estado- para um socorro internacional que ajude a levantar-nos rapidamente do buraco econômico em que nos encontramos.

Buraco que será todo o tempo destacado pelos incômodos companheiros de viagem do Golpe, os quais vêem em Temer pouco mais que uma ferramenta que já cumpriu metade de suas finalidade – derrubar o governo eleito com alguma formalidade de rito – e que não terá serventia se não aplicar todo o arrocho social e trabalhista que se pretende.

Não é exatamente o plano do usurpador, que pretende legitimar-se politicamente e não ocupar o posto de zumbi destruidor que a direita convencional, sua vocalização na mídia e o “mercado” exigem dele.

Muito menos o da base fisiológica da qual ele depende – PMDB e partidos satélites – com o complicador adicional de Cunha e dos imprevisíveis respingos da Lava Jato. Mas o inferno astral de Cunha deixa, neste momento, este grupo em baixa.

Temer, num primeiro momento, terá de “mostrar serviço” às forças que o viabilizaram e só mais discretamente atender às suas – ou quase suas – bases. E elas querem o combate bruto aos direitos sociais e às liberdade públicas, já, duro, imediato.

Como diz Elio Gaspari, em sua coluna desta quarta-feira : “A partir de hoje começará a avaliação de Michel Temer”.

O protesto institucional, imaterial , abstrato ao golpe vai ganhar contornos objetivos, com a questão dos aposentados, dos direitos trabalhistas, com os cortes nas áreas sociais que vão se agudizar, embora já se encontrem em níveis de estrangulamento.

Tenho a impressão que Temer terá, nos próximos meses, uma outra bancada, indispensável. Será a Polícia Federal – a sua polícia política- e a Força Nacional de Segurança – a sua guarda pretoriana- e a infantaria das polícias militares dos governadores que lhe passam o chapéu.

Seu papel será o de permitir que possa se deslocar na única área por onde pode caminhar: a sombra.

Atirador da Frente al-Nusra dispara contra duas crianças sírias


Terrorista franco-atirador, financiado por EUA, Israel, Catar e Arábia Saudita para assassinar inocentes na Síria

Um atirador da Frente al-Nusra nem sequer poupou as crianças que brincavam na cidade bloqueada de Al Fu'ah, província de Idlib, no norte da Síria. Um menino sírio de 6 anos, chamado Laith, e seu irmão de 4 anos Muhammed saíram para a varanda de sua casa brincando. Eles não sabiam que à distância de 800 metros se escondia um atirador da organização terrorista Frente al-Nusra (ou seja, Jabhat Fatah al-Sham). Um habitante local disse à Sputnik que o terrorista disparou duas vezes contra as crianças indefesas. Laith recebeu um ferimento perfurante no lado direito do crânio e Muhammed foi ferido no pescoço.

Mirar: www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=DIqOscI9_NY

"As crianças estão no hospital. O estado de Laith é crítico. Mudammed está em estado grave, mas sua vida não corre perigo. Eles devem ser evacuados de urgência da cidade cercada para serem tratados em outro hospital", afirmou um habitante de Al Fu'ah. Ao ouvir os disparos, um homem conseguiu transportar as crianças ao hospital se protegendo do atirador. No hospital local há falta de médicos, medicamentos e equipamento. A agência Sputnik recebeu imagens exclusivas dos dois irmãos.

A cidade de Al Fu'ah, tal como Kafarya que fica nas proximidades, está sob bloqueio total dos militantes da Frente al-Nusra. A cidade sofre regularmente ataques de atiradores e morteiros que já levaram as vidas de 3.000 civis.

Sputniknews

Aviação russa elimina segunda figura mais importante do Daesh


Na terça-feira (30), a aviação russa alvejou uma reunião do Daesh, matando mais de 40 terroristas, inclusive a segunda figura mais importante do grupo extremista. "Em 30 de agosto de 2016 em resultado do ataque do bombardeiro russo Su-34 na região de Maaratat-Umm Khaush, na província de Aleppo, foi eliminada uma grande acumulação dos militantes do Daesh composto de cerca de 40 pessoas", diz-se no comunicado do Ministério da Defesa da Rússia.

Entre os terroristas abatidos está o segundo homem na direção do Daesh (Estado Islâmico).

Sputniknews

Cazas sirios inmovilizan a EIIL en sus posiciones en Deir al-Zur


Un avión de combate modelo MiG-23 de la Fuerza Aérea de Siria.

La aviación militar siria infligió grandes pérdidas en las filas del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) cerca de Deir al-Zur (este).

La agencia oficial siria de noticias SANA informó el martes que los cazabombarderos de este país golpearon posiciones y concentraciones de los terroristas en las periferias de Al-Sinnah, Al-Huweija y Al-Jabilaeh, eliminando la capacidad ofensiva y frenando el movimiento de los extremistas, antes de que pudieran atacar las posiciones de las tropas gubernamentales.

Una fuente militar citada por SANA indicó que Daesh sufrió grandes pérdidas tanto humanas como materiales en los intensos bombardeos sirios.

Desde la misma región de Deir al-Zur también se informó que los integrantes de Daesh se enfrentaron entre sí por la distribución del botín y otros objetos valiosos que saquearon de las viviendas civiles en las aldeas de Al-Tabni y Maadan.

“Los comandantes de EIIL se quedaron con una gran parte de los botines, lo que enclorizó al resto de los miembros del grupo. Posteriormente, las fuerzas de EIIL detuvieron a al menos 15 miembros del grupo con tal de que finalicen choques con sus comandantes”, señaló la fuente.

En los últimos días, numerosos terroristas se desvincularon con el EIIL a raíz de la discriminación ordinaria entre los miembros y los comandantes, apostilló.

Entre tanto, los terroristas de la banda ultrarradical ejecutaron a varios jóvenes residentes en Al-Mohasan, después de acusarlos de cooperar con las fuerzas gubernamentales.

Desde hace más de un lustro Siria vive sumida en un conflicto desencadenado por grupos armados y terroristas que intentan derrocar al Gobierno del presidente del país, Bashar al-Asad. Según estima el enviado especial de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) para Siria, Staffan de Mistura, el conflicto ha dejado unos 400 000 muertos.

mjs/ktg/hnb/HispanTv

Ejército sirio logra nuevos avances en el sur de Alepo


Fuerzas armadas sirias lograron el martes recuperar de los grupos terroristas nuevas zonas en el sur de la ciudad de Alepo (en el norte de Siria).

Tras duros combates con los terroristas de la alianza Yeish al-Fath, las unidades del Ejército sirio se hicieron con el control de la colina de Al-Qarasi, y las aldeas de Al-Qarasi, Al-Emara y Al-Branda en el sur de Alepo. Durante estas operaciones varios de los integrantes terroristas perdieron la vida, informó la agencia siria de noticias SANA.

Con la captura de Al-Qarasi, el Ejército sirio está a corta distancia de la localidad estratégica de Jan Tuman, que se encuentra a lo largo de la carretera de Alepo-Damasco y es la principal ruta utilizada por los grupos armados para el transporte de suministros y refuerzos a la ciudad de Alepo.

Mientras tanto, las fuerzas sirias que defienden la la Academia de la Fuerza Aérea de Alepo, destruyeron dos vehículos blindados de los terroristas en la periferia de la academia.

Desde finales de julio, Alepo, la segunda ciudad más importante de Siria y principal bastión de los grupos extremistas, es escenario de feroces choques entre el Ejército sirio y el Yeish al-Fath, que trata de romper el cerco del Ejército impuesto a sus posiciones en el sur y este de la ciudad.


Además, los soldados sirios llevaron a cabo una ofensiva contra los objetivos de Frente Fath al-Sham (antiguo Frente Al-Nusra) en la provincia de Deraa, en el suroeste de Siria, donde destruyeron un escondite y varios vehículos militares de la banda extremista.

Por su parte, los cazas sirios bombardearon los escondites del grupo takfirí EIIL (Daesh, en árabe) en el nordeste de Palmira y en las inmediaciones del campo gasífero Al-Shaer, ubicados en el este de la provincia de Homs.

Desde marzo de 2011, cuando se iniciaron en Siria unos conflictos provocados por los terroristas patrocinados desde el exterior, un total de 292.817 personas han perdido la vida.

mkh/ncl/mrk/HispanTv

Premier iraquí defiende uso de espacio aéreo de su país por Rusia


El primer ministro de Irak, Haidar al-Abadi.

El primer ministro de Irak, Haidar al-Abadi, defiende el uso del espacio aéreo de su país por parte de Rusia, recordando que hay un tratado al respeto.

“Cuando acordamos con los rusos hace seis meses (sobre el uso del espacio aéreo iraquí), ciertos países de la región se opusieron, pero recalcamos que no separamos la guerra contra Daesh (acrónimo en árabe del EIIL) en Siria e Irak”, declaró el martes el jefe del Ejecutivo iraquí.

El pasado 16 de agosto, la cadena de televisión iraquí Al-Sumaria comunicó que las autoridades iraquíes abrieron, “bajo ciertas condiciones”, el espacio aéreo para los aviones rusos que bombardean las posiciones de la banda ultraradical en Siria.

En este contexto, Al-Abadi especificó que Bagdad ha firmado dos tratados antiterroristas, uno con la llamada coalición anti-EIIL, encabezada por EE.UU., bajo el cual esta coalición puede bombardear a Daesh dentro del país, y otro, con Rusia, que tiene autorizado usar el espacio aéreo iraquí para atacar a terroristas en la frontera entre Siria e Irak.


En sus declaraciones ante la prensa, el premier iraquí también se refirió a las operaciones para liberar de Daesh la ciudad de Mosul, en la septentrional provincia de Nínive y aseguró que cumplirá su promesa de acabar con la presencia de la banda terrorista en suelo iraquí para el fin del año en curso.

“Las tropas iraquíes ya han conseguido una gran experiencia de combate contra los terroristas y son capaces de entrar en batalla por múltiples frentes, y como vieron, muchos países se sorprendieron por la (victoriosa) operación de Faluya”, el principal baluarte de Daesh en la provincia occidental de Al-Anbar que fue recuperado en junio.

Tras el aumento de las actividades de Daesh en Irak a partir de junio de 2014, Rusia ha ofrecido equipar a las Fuerzas Armadas iraquíes en su lucha contra este grupo, que se ha hecho con importantes zonas del norte y oeste del país árabe.

En esta línea, ambos países han firmado varios tratados. En octubre pasado, Moscú anunció que había rubricado acuerdos para vender armas por un valor de 4,2 mil millones de dólares a Irak. Según fuentes rusas, el pacto incluye la entrega de aviones Mikoyan Mig-29, 30 helicópteros de combate Mi-28 y Mi-21 y misiles superficie-superficie.

mjs/ktg/hnb/HispanTv

Los verdaderos dueños de EE.UU.: los diez mayores terratenientes estadounidenses


Juntos estos empresarios, multimillonarios y filántropos poseen un total de 5,5 millones de hectáreas de tierras, lo que supera el área de algunos estados de EE.UU.

Los mayores terratenientes privados de EE.UU. son empresarios, multimillonarios y filántropos que juntos poseen un total de 5,5 millones de hectáreas de tierras, o 55 millones de kilómetros cuadrados, un área que supera la extensión de algunos estados de EE.UU., escribe la experta Yulia Gúschina en un artículo para el portal Lenta.ru.

Algunos de ellos buscan obtener beneficios, a otros les preocupa el destino del planeta y el medio ambiente, y algunos adquieren terrenos guiados por otros motivos, apunta la autora del artículo.

10. La familia Pingree


Superficie total de sus tierras: 336.000 hectáreas

En 1841, el fundador de la dinastía Pingree, el comerciante David Pingree, comenzó a adquirir tierras forestales en el estado de Maine. Siete generaciones después, la familia posee ya 336.000 hectáreas, principalmente en los estados de Maine y New Hampshire.

La analista destaca que, a diferencia de muchos propietarios de tierras, la familia Pingree siempre ha respetado el medio ambiente, y actualmente tres cuartas partes de las tierras que poseen tienen el estatus de áreas protegidas donde se mantiene el hábitat natural de los animales salvajes.
9. Stan Kroenke

Superficie total de sus tierras: 343.000 hectáreas

El magnate estadounidense Stan Kroenke es el fundador de Kroenke Group, una empresa de desarrollo inmobiliario que ha construido numerosos centros comerciales y edificios de apartamentos. Además, es dueño de varios equipos deportivos, como el Arsenal FC británico.

Kroenke destina una parte significativa de su fortuna a la adquisición de tierras, cuya superficie total en Arizona, Montana y Wyoming es 4,5 veces superior al área de Nueva York.

8. La familia King

Superficie total de sus tierras: 369.000 hectáreas

La dinastía fundada por el emprendedor Richard King posee una vasta área en el sur de Texas desde hace más de 150 años. Hoy en día, su rancho King Ranch es el más grande de Texas. En 1961, el rancho recibió el estatus de monumento histórico nacional.

Las tierras de la familia King están abiertas al público, tanto a los turistas como a los agricultores que quieren aprender a cultivar con métodos modernos y seguros para el medio ambiente. Además, el territorio es tan vasto y rico que permite a los propietarios producir petróleo y gas.

7. La familia Singleton

Superficie total de sus tierras: 450.000 hectáreas

Henry Earl Singleton era un miembro de la Academia Nacional de Ciencias de EE.UU., así como uno de los fundadores y presidente del importante grupo de electrónica Teledyne, Inc. A mediados de la década de 1980, Singleton empezó a invertir en tierras y adquirir ranchos en Nuevo México y California. En 14 años, el empresario compró 28 ranchos y se convirtió en uno de los mayores terratenientes de EE.UU. y del mundo. Después de su muerte, los ranchos fueron heredados por sus cinco hijos.

Uno de los terrenos de la familia Singleton se encuentra en la zona histórica de Nuevo México, al sur de la ciudad de Santa Fe. Allí se llevan a cabo excavaciones arqueológicas y los propios Singleton colaboran con los historiadores para preservar el patrimonio cultural de la región.

6. La familia Irving

Superficie total de sus tierras: 485.000 hectáreas

La familia Irving, fundada por el importante empresario canadiense Kenneth Colin Irving, posee además de 485.000 hectáreas de tierras en EE.UU., más de 800.000 hectáreas en Canadá. Son los principales propietarios de tierras en el estado de Maine, y están entre los mayores propietarios de tierras del mundo.

A diferencia de otros integrantes de esta lista que están comprometidos con la protección del medio ambiente, la familia Irving ha sido criticada en varias ocasiones por ecologistas y conservacionistas.

5. La familia Reed

Superficie total de sus tierras: 565.000 hectáreas

La familia Reed, que está entre las 150 familias más ricas de EE.UU., se dedica a los productos forestales y tiene en su propiedad tierras y bosques en los estados de Washington, Oregón y California.

Según señala Gúschina, la empresa de los Reed, Green Diamond Resource Company, cumple con todas las normas ambientales y "podría servir de ejemplo para otras empresas de la industria forestal". Por ejemplo, en el ciclo de producción de la empresa solo se utiliza un 2% de la tierra disponible cada año, donde posteriormente se plantan nuevos árboles para evitar que se interrumpa el ciclo de crecimiento de los bosques.

4. Brad Kelley

Superficie total de sus tierras: 670.000 hectáreas

El importante magnate del tabaco Brad Kelly posee una gran cantidad de tierras en los estados de Nuevo México, Texas, Wyoming y Colorado. El multimillonario no gestiona los ranchos, sino que solo invierte en su compra, mientras los anteriores propietarios continúan trabajando en la tierra como arrendatarios.

Una de las aficiones de Brad Kelly es el desarrollo de nuevas razas de ganado y la cría de especies raras de animales. En una de sus granjas se crían búfalos enanos, antílopes y toros salvajes, así como tapires, hipopótamos y rinocerontes.

3. La familia Emmerson

Superficie total de sus tierras: 770.000 hectáreas

La familia Emerson posee tierras y bosques en California que se expanden con cada año que pasa: solo en 2015, su superficie total aumentó en 22.000 hectáreas. El empresario Archie Emerson es el mayor propietario privado de ese estado.

La empresa de la familia, Sierra Pacific Industries, es el segundo mayor productor de madera de EE.UU. La compañía también se preocupa por el medio ambiente: cada año, los agricultores cultivan solo un poco más del 1% de las tierras de los Emerson y plantan árboles nuevos en lugar de los cortados.

Los bosques de la familia Emerson son de propiedad privada, pero están abiertos al público. Allí está permitido realizar actividades de pesca, senderismo y ciclismo, pero se prohíbe coger flores, setas y bayas, así como acampar y encender hogueras.

2. Ted Turner

Superficie total de sus tierras: 809.000 hectáreas

El fundador de la CNN, Ted Turner, es uno de los mayores propietarios de tierras de EE.UU. Su lugar favorito, donde pasa mucho tiempo, es el rancho Vermejo Park.

Recientemente, Turner lanzó un nuevo negocio de ecoturismo y ha abierto al público Vermejo Park y otros tres ranchos donde se puede pescar, montar en bicicleta, hacer senderismo, safaris fotográficos, entre otras actividades. Asimismo, el multimillonario está planeando convertir su propiedad privada en un parque nacional, pero más íntimo y confortable que, por ejemplo, el Yellowstone.

1. John Malone

Superficie total de sus tierras: 890.000 hectáreas

El mayor propietario de tierras de EE.UU. es John Malone, el fundador de Liberty Media Corporation y una de las 100 personas más ricas del mundo, quien posee ranchos en Wyoming, Nuevo México y Colorado, así como bosques en Maine.

Los territorios propiedad de Malone son 150 veces mayores que Manhattan y tres veces más grandes que Rhode Island, un estado con una población de un millón de personas, mientras que las tierras del multimillonario en Maine representan más del 5% de la superficie de este estado.

Actualidad RT

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Manifestantes param São Paulo em repúdio ao golpe contra Dilma




Nas horas que antecedem o julgamento do Senado pelo afastamento da presidenta Dilma, manifestantes pararam a maior capital do país nas primeiras horas do dia de hoje, bloqueando as principais avenidas de acesso à cidade.

Centenas de manifestantes tomaram as principais rotas de acesso à São Paulo e armaram barricadas, colocando fogo em pneus. Os congestionamentos de veículos passaram de 2 horas.

As manifestações foram realizadas por trabalhadores urbanos de São Paulo. Nos próximos dias as manifestações devem se realizar por todo o país, através da mobilização do MST - Movimento dos Sem Terras.

No Senado continua o circo armado pela quadrilha de Eduardo Cunha, onde os políticos mais corruptos do país se somam aos interesses antipopulares de fazendeiros, industriais, usineiros, todos empenhados em derrubar um governo eleito pela maioria do povo brasileiro.

O governo Dilma que governou para os mais pobres está sendo derrubado para favorecer a roubalheira e o entreguismo das riquezas naturais do Brasil ao governo dos EUA, entreguismo do Pré-Sal e submissão da economia ao sistema financeiro internacional.

SENADORES CANALHAS: ESTÃO PREPARADOS PARA A GUERRA CIVIL? NÃO!

Assista: www.youtube.com/watch?v=Ue1vHRzD8KQ




O APELO FINAL DE DILMA: VOTEM COM CONSCIÊNCIA


Por Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente afastada Dilma Rousseff encerrou a sua defesa no processo de impeachment, que deve ser concluído nesta terça-feira após nove meses, fazendo um apelo à consciência dos senadores que irão selar o destino de seu governo e do PT à frente do governo federal.

Em uma sessão que começou antes das 10:00 da manhã e se estendeu até quase o início desta terça-feira, Dilma respondeu a perguntas de 48 senadores e senadoras, reiterou não ter cometido crime de responsabilidade e voltou a falar em "golpe" contra a democracia.

Dilma afirmou que a cassação de seu mandato sem que tenha cometido crime de responsabilidade abriria um "ferimento muito difícil de ser curado".

"Por isso eu peço aos senhores senadores e às senhoras senadoras que tenham consciência na hora de avaliar este processo", disse ao concluir sua fala já com a voz um pouco rouca e falhando.

"É muito grave afastar uma presidente da República sem crime de responsabilidade, mesmo que o impeachment esteja previsto na nossa Constituição."

Durante a maratona de perguntas a que foi submetida, Dilma foi questionada sobre os decretos de suplementação de crédito e as chamadas "pedaladas fiscais", que forma as bases da acusação de crime de responsabilidade de que é alvo. Mas a presidente afasta também acusada por senadores de não ter dialogado com o Congresso e de não ter agido com mais transparência sobre a crise econômica, depois das eleições de 2014.

Antes dos questionamentos, a presidente afastada fez um discurso em sua defesa e adotou um tom emocionado, lembrando do período em que foi presa e torturada durante a ditadura militar e fazendo um paralelo com a situação atual.

"Não posso deixar de sentir na boca, novamente, o gosto áspero e amargo da injustiça e do arbítrio. E por isso, como no passado, resisto", disse a presidente.

Com a voz embargada, lembrou que esteve por duas vezes frente à frente com a morte, durante a sua prisão e tortura na ditadura militar e quando enfrentou um câncer, pouco antes de ser eleita presidente da República pela primeira vez.

"As acusações dirigidas contra mim são injustas e descabidas. Cassar em definitivo meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política. Este é o segundo julgamento a que sou submetida em que a democracia tem assento, junto comigo, no banco dos réus", afirmou.

Ainda que tenha feito pausas quando a voz falhava, Dilma aproveitou a ocasião para, mais uma vez, classificar como "golpe" o processo em curso no Senado caso seja condenada, argumentando que seus adversários lançam mão de pretextos para realizar uma "grave ruptura democrática", um "verdadeiro golpe de Estado".

"Não luto pelo meu mandato por vaidade ou por apego ao poder... Luto pela democracia, pela verdade e pela justiça", afirmou.

"Não é legítimo, como querem meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo por não concordarem com o conjunto da obra. Quem afasta o presidente pelo conjunto da obra é o povo, e só o povo, pelas eleições."

Também dirigiu seu discurso a senadores indecisos, em uma tentativa de conseguir evitar a sua cassação, e negou nutrir qualquer tipo de ressentimento. Alertou, no entanto, que todos serão julgados pela história.

"Se alguns rasgam o seu passado e negociam as benesses do presente, que respondam perante a sua consciência e perante a história pelos atos que praticam. A mim cabe lamentar pelo que foram e pelo que se tornaram."

Dilma teve de responder por diversas vezes sobre a edição de decretos de créditos suplementar e das chamadas "peladas fiscais", que são a base do pedido de impeachment, mas também foi cobrada pelo "conjunto da obra", sendo questionada sobre se mentiu sobre a situação econômica durante as eleições e sobre as razões para a grave crise econômica que afeta o país.


USURPADOR

Dilma aproveitou os questionamentos para criticar o governo interino, que chamou de "usurpador", e acusá-lo de mexer em direitos adquiridos e programas sociais.

"Este governo meu teve um programa também aprovado nas urnas. A questão da legitimidade não só está afeta ao fato de que eu estou sendo condenada por um impeachment sem crime de responsabilidade, mas também ao fato de que o plano de governo aprovado nas urnas não vai ser implementado. Pelo contrário", disse.

As críticas de Dilma levaram o Palácio do Planalto a sair do silêncio com que vinha recebendo a fala de Dilma. A instrução era "não dar palanque" à presidente afastada, disse uma fonte palaciana. Mas, no início da noite, o Planalto divulgou uma nota oficial rebatendo Dilma e negando que as propostas do governo do presidente interino Michel Temer resultarão na perda de direitos.

No depoimento, Dilma também teve a chance de fazer considerações sobre o presidente interino e o PMDB, partido do qual Temer é presidente licenciado. A petista disse ter escolhido Temer para ser seu vice, posto que ocupou tanto na eleição de 2010 quanto na de 2014, por acreditar que ele pertencia a um "centro democrático progressista".

Com o avança do depoimento, Dilma perdeu o tom emocional e concentrou-se nos temas econômicos que lhe são tão caros. Defendeu o investimento no petróleo da camada pré-sal e acusou o governo Temer de querer privatizar a exploração. Cobrou uma mudança na estrutura tributária e criticou o fato de o governo interino não usar o aumento na meta do déficit primário, para 170,5 bilhões de reais, para garantir investimentos.

Em mais de um momento, respondendo a questões apresentadas por senadores favoráveis a seu mandato, Dilma repetiu a defesa da proposta de um plebiscito sobre a possibilidade de convocar eleições gerais.

"Eu apoio um plebiscito porque acredito que a recomposição do pacto político passa pelas eleições diretas. Só o povo pode consertar os equívocos feitos ao longo deste tempo", disse a presidente afastada.

"Para recompor a governabilidade, diante de um quadro de crise econômica e política, eu decidi apoiar a convocação de um plebiscito assim que voltar ao governo e também uma discussão clara que este país tem de fazer sobre a reforma política. Não é possível que se continue fazendo partidos no Brasil tendo em vista o tempo de televisão e o Fundo Partidário. Não haverá governo que será capaz de governar o país", acrescentou em outro momento.

"CHANTAGEM EXPLÍCITA"

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi um dos alvos preferenciais de Dilma, que tem como um dos pontos centrais da sua defesa o que chama de "chantagem explícita" de Cunha, responsável por deflagrar o processo de impedimento no início de dezembro do ano passado.

"Exigia aquele parlamentar que eu intercedesse para que deputados do meu partido não votassem pela abertura do seu processo de cassação", disse Dilma.

"Nunca aceitei na minha vida ameaças ou chantagens. Se não o fiz antes, não o faria na condição de presidente da República."

A presidente afastada lembrou que o ex-presidente da Câmara, sob investigação da Lava Jato e que ainda aguarda votação pelo plenário da Casa do parecer que pede a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar, ainda não foi julgado.

"Curiosamente, serei julgada, por crimes que não cometi, antes do julgamento do ex-presidente da Câmara, acusado de ter praticado gravíssimos atos ilícitos e que liderou as tramas e os ardis que alavancaram as ações voltadas à minha destituição", disse.

Em uma nota de nove pontos, Cunha respondeu acusando Dilma de "continuar mentindo contumazmente", nega que tenha chantageado o governo e que tenha colocado "pautas-bomba" para serem votadas.

"As tentativas de barganha para que eu não abrisse o processo de impeachment partiram do governo dela e por mim não foram aceitas", disse Cunha em nota.

Ao avaliar o discurso e o depoimento da petista, ainda antes do fim da fala de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário dela na disputa eleitoral de 2014, disse que a presidente afastada respondia o que queria a partir das questões que eram colocadas.

"O consenso entre todos nós é que as respostas estão longe de ser objetivas", disse o tucano a jornalistas.

Enquanto Dilma respondia às perguntas dos senadores, atos contrários ao impeachment aconteciam em várias cidades do país, em alguns casos com episódios de violência. Em São Paulo, manifestantes favoráveis à petista entraram em confronto com a Polícia Militar, na Avenida Paulista, que usou bombas de efeito moral para dispersar a manifestação.

No Rio de Janeiro, o protesto aconteceu na avenida Rio Branco, no centro da cidade, e os manifestantes caminharam em direção à Cinelândia. Ao contrário do que aconteceu em São Paulo, no entanto, a PM fluminense apenas acompanhou a manifestação.

ATO FINAL

Nesta terça-feira, o processo de impeachment deve chegar ao fim com a votação em plenário do Senado. A sessão está marcada para iniciar às 10:00, com a defesa e acusação tendo uma hora e meia para falar. Depois, cada senador poderá discursar por 10 minutos, antes da votação ser aberta.

São necessários 54 votos para que Dilma seja condenada por crime de responsabilidade e tenha seu mandato presidencial cassado pelos senadores. Os governastes falam em 60 votos favoráveis ao impedimento da presidente, que pode colocar fim a 13 anos do PT no comando do governo federal.

Parlamentares favoráveis à petista, no entanto, ainda acreditam conseguir salvar o mandato da presidente afastada, apostando no convencimento de senadores que possa resultar em 30 votos pela absolvição.

(Com reportagem de Marcela Ayres)