quinta-feira, 28 de abril de 2016

NOVAS REGRAS DO PENTÁGONO AUTORIZAM MATAR MAIS CIVIS EM ATAQUES AO EI


Regras oficiais dos ataques aéreos a alvos do grupo Estado Islâmico provavelmente permanecerão secretas, mas os oficiais do Exército americano afirmam estar implantando uma "escala móvel" com base na região visada, bem como na "oportunidade"; em alguns casos, os ataques aéreos dos Estados Unidos serão autorizados a matar dez civis por investida; acredita-se que o Pentágono tenha matado várias centenas de civis em sua guerra aérea contra o Estado Islâmico desde 2013, enquanto que a versão oficial é de apenas quatorze mortes

Por Jason Ditz, do Antiwar - Ainda que o Pentágono costume emitir negativas de encobrimento toda vez que eles são apanhados matando civis em ataques aéreos contra alvos do ISIS, oficiais dizem que, na ânsia deles por uma escalada na guerra aérea contra o ISIS, eles têm visto a implantação de novas regras que permitem aos Estados Unidos matar maiores quantidades de civis por ataque.

Os detalhes ainda são escassos, e as regras oficiais provavelmente permanecerão secretas, mas os oficiais dizem que eles vêm implantando uma "escala móvel" com base na região visada, bem como na "oportunidade". Em alguns casos, os ataques aéreos dos Estados Unidos serão autorizados a matar dez civis por investida.

Isso foi previamente conhecido em dois incidentes nos quais as forças americanas atacaram locais que se acreditava contivessem grandes volumes de dinheiro vivo. Em ambos os casos os ataques ocorreram em áreas residenciais, e o Pentágono insistiu que ficou "confortável" com o número de civis mortos.

Apesar dos oficiais estarem sendo bastante francos quanto a matar civis em casos como esses, as mortes quase nunca são incluídas nos números oficiais do Pentágono quanto a civis mortos. De modo abrangente, acredita-se que o Pentágono tenha matado várias centenas de civis em sua guerra aérea contra o ISIS desde 2013, enquanto que a versão oficial é de apenas quatorze mortes.

(Tradução por Ruben Bauer Naveira para o 247)

MTST interdita rodovias em oito Estados contra o golpe


Foto: MTST

Contra "agenda de Michel Temer", MTST fecha vias em 8 Estados e no DF - no UOL

O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) promove manifestações na manhã desta quinta-feira (28) em defesa de direitos sociais e contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O alvo principal dos protestos é o vice-presidente Michel Temer.

Segundo os organizadores, cidades de pelo menos oito Estados e do Distrito Federal foram palco dos protestos dos movimentos da Frente Povo Sem Medo, que bloquearam ruas e avenidas.

De acordo com o próprio MTST, são 14 bloqueios em São Paulo, incluindo região metropolitana e cidades do interior. As manifestações aconteceram simultaneamente em Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza,Goiânia, Belo Horizonte, Uberlândia e Brasília.

"O objetivo da mobilização é denunciar o golpe em curso no país e defender os direitos sociais, que entendemos estarem ameaçados pela agenda de retrocessos apresentada por Michel Temer caso assuma a Presidência", diz comunicado do MTST nas redes sociais. "Não aceitaremos golpe. Nem nenhum direito a menos", completa a nota.

São Paulo

Em São Paulo, por volta das 6h40, os manifestantes fecharam rodovias como aRégis Bittencourt (nos dois sentidos, altura do km 29 em Taboão da Serra) e aRaposo Tavares (nos dois sentidos, altura do km 219, perto do Rodoanel) com queima de pneus --a Raposo foi desbloqueada por volta das 7h40, enquanto a Régis começou a ser liberada por volta das 8h05. A rodovia Anchieta foi bloqueada entre os km 23 e km 24, sentido São Paulo, mas liberada por volta das 8h30.

A pista local da marginal Tietê (sentido rodovia Ayrton Senna, na altura da ponte da Casa Verde), a avenida Giovanni Gronchi (nos dois sentidos, altura da rua Nelson Gama de Oliveira) e a avenida Radial Leste (nos dois sentidos) também foram bloqueadas por volta das 7h - as duas últimas foram desbloqueadas por volta das 8h50. A marginal Pinheiros (sentido Castelo Branco) tem bloqueios em dois pontos: ponte do Socorro (desbloqueada por volta das 8h20) e ponte do Jaguaré.

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", a avenida Jacu Pêssego foi fechada nos dois sentidos às 7h na altura do cruzamento com a avenida Ragueb Chohfi. Cerca de 100 pessoas participaram da interdição, gritando palavras de ordem contra Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Não tem arrego; ou negocia ou não vai ter sossego", cantavam. A Polícia Militar reagiu com balas de borracha, iniciando a dispersão. Um manifestante foi detido, e a via foi desbloqueada por volta das 7h45.

Segundo a rádio CBN, um bloqueio com pneus queimados ocorreu na via Anhanguera na altura do Km 114, na região de Sumaré (SP), área metropolitana de Campinas. Apesar de já encerrado, o protesto promovido pelo grupo MTST gerou um reflexo de 5 km de congestionamento nos dois sentidos da via.

Também de acordo com a "CBN", o pico de congestionamento na capital paulista aconteceu às 8h30, com 174 km de tráfego. Até o fim da manhã, os protestos já haviam sido debelados.

Rio de Janeiro

No Rio, os movimentos da Frente Povo Sem Medo fecharam nesta manhã a ponte Rio-Niterói, principal ligação entre a cidade de Niterói e a capital fluminense, na região metropolitana do Estado.

O protesto ocorreu no acesso à rodovia (BR-101). Os manifestantes colocaram barricadas de fogo na pista sentido Niterói, no perímetro da avenida do Contorno. Eles carregavam faixas e cartazes com palavras de ordem contra Temer.

O bloqueio provocou um longo congestionamento que se estende até a altura do município de São Gonçalo. O tráfego começou a ser liberado após intervenção do BPRv (Batalhão de Polícia Rodoviária), segundo informações da Polícia Militar. No entanto, as condições do trânsito na região são péssimas.

Por volta das 8h30, havia registro de mobilização dos sem-teto na avenida Brasil, na altura de São Cristóvão, bairro da zona norte da capital fluminense.

Curitiba

Na capital paranaense, a rodovia do Contorno Sul foi bloqueada por cerca de cem pessoas na altura do km 593. O Movimento Popular por Moradia, que integra o MTST desde 2015, organizou a manifestação. As informações são do "Paraná Portal".

No protesto de Curitiba, os grupos responsáveis se concentram na "resistência à interferência abusiva do Judiciário, em especial do Dr. Sergio Moro, na política institucional do país, com o intuito de desarticular os governos Lula-Dilma e estabelecer uma nova ordem pró-EUA".

Fortaleza

Manifestantes do MTST realizam dois bloqueios em Fortaleza. Um grupo ateou fogo em pneus da BR-116, no km 8, e e provocou densa fumaça no local. A manifestação ocorreu em apenas no sentido praia-sertão da estrada. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que, por volta das 8h15, o trecho foi liberado e o trânsito normalizado.

O grupo seguiu em marcha para a sede do Incra e se aglomera na avenida José Bastos. Eles reivindicam reunião com o órgão. A polícia não informou o número de manifestantes.

Recife

No Recife, o MTST bloqueou por duas horas a BR-101 na altura do km 65, no bairro de Iputinga. Manifestantes atearam fogo em pneus e colocaram pedaços de madeira para interromper o fluxo da via.

A Polícia Rodoviária Federal de Pernambuco informou que apesar dos transtornos, os manifestantes não entraram em confronto e liberaram a pista por volta das 10h50. O trânsito já flui normalmente.

Manifestantes contra o golpe fecham importantes vias agora em São Paulo


Os golpistas brasileiros - com o apoio do Supremo Tribunal Federal - estão enganados ao pensar que o povo brasileiro assistirá de braços cruzados a consolidação do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e a democracia no Brasil.

Neste momento importantes vias de São Paulo estão sendo bloqueadas por manifestantes contra o golpe, contra Temer e em defesa das conquistas sociais alcançadas no governo petista.

Manifestantes do Movimento dos Sem Teto e do MST ocupam agora a rua Giovani Grounche no Morumbi e rua Castelo do Piauí em Itaquera. Às 7 horas da manhã também foram bloqueadas as principais rodovias de acesso à capital paulista: as rodovias Régis Bitencourt e a Raposo Tavares. As marginais Pinheiros também foram bloqueadas na altura do Tietê.

Esta é apenas uma pequena demonstração do que está por vir. Em algumas cidades, políticos golpistas foram alvos de manifestações e foram obrigados a se retirar de restaurantes.

O presidente do Movimento Sem Terra, Pedro Stédile, afirmou que se o golpe passar, "vamos parar o Brasil". Diversas entidades sindicais e movimentos sociais se preparam para tomar as ruas com mobilizações populares contra o golpe em andamento.



quarta-feira, 27 de abril de 2016

Brasil: Debate no Senado revela que impeachment é golpe contra os pobres


Os expositores disseram que não há crime de responsabilidade e o que há é uma articulação para tirar do poder um governo que trabalhou em favor dos pobres.

Uma audiência pública reuniu, nesta quarta-feira (27), professores e advogados contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. A audiência, requerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), faz parte de um ciclo de debates sobre democracia e direitos humanos.

Durante a reunião, todos os expositores disseram que não há crime de responsabilidade e o que há é uma articulação para tirar do poder um governo que trabalhou em favor dos pobres.

A professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), Beatriz Vargas Ramos, afirmou que o processo de impeachment é grave e que o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter deliberado sobre o rito não significa que o processo é constitucional.

“Determinadas políticas públicas que estão sendo consideradas violações a determinadas leis orçamentárias são exatamente políticas voltadas para o cumprimento de outros dispositivos constitucionais”, afirmou, sobre as chamadas “pedaladas fiscais”. A professora enfatziou a necessidade dos senadores lerem o processo.

Paim disse acreditar que, na Câmara dos Deputados, a grande maioria não o leu. “Espero que no Senado seja diferente”, afirmou.

Para José Geraldo de Souza Júnior, professor da Faculdade de Direito da UnB, o que está em disputa é o "projeto de uma sociedade com um poder mais horizontal e participativo".

“Nós temos que resistir a esse sítio, que é um assalto ao que a sociedade acumulou como projeto político, como proposta de distribuição solidária da riqueza, produzida pelos trabalhadores”, avalia o professor.

A senadora Regina Sousa (PT-PI) levou ao debate uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que afirmava que o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) reuniu, durante um ano, em sua casa, um grupo de parlamentares da oposição para tratar do processo de impeachment. Segundo a senadora, o impedimento da presidente Dilma é um golpe que está sendo tramado há um ano.

O senador José Pimentel (PT-CE) afirmou que, se o afastamento da presidenta acontecer, haverá um grande atraso e que tudo o que o Brasil conquistou nesse período será colocado nas mãos dos ricos.

Agência Senado

Mujica: deputados prejudicaram imagem do Brasil


O ex-presidente do Uruguai José Mujica afirmou, nesta quarta-feira, que o posicionamento dos deputados brasileiros durante a votação do processo de impeachment da Presidente Dima Rousseff prejudicou a imagem do país no exterior.

“Essa transmissão fez mal ao Brasil como nação, ao prestígio do Brasil. Reduziram a categoria do Brasil na consideração mundial. Se tivessem votado sem fundamentar, teria sido mais saudável para o futuro do Brasil”, disse Mujica, atual senador uruguaio licenciado, segundo a Agência Brasil.

Mujica se referiu especialmente à deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), casada com o prefeito de Montes Claros (MG).

“É paradoxal que queira tirar a presidente um monte de gente que (responde a) acusações (criminais), que vota por um monte de coisas, como aquela que votou pela honestidade do marido e no outro dia o marido é preso.”

Em sua votação, a deputada citou o marido, Ruy Muniz, como exemplo de gestor público. No dia seguinte, o prefeito foi preso pela Polícia Federal em uma operação para apurar a prática dos crimes de falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação pública, estelionato, prevaricação e peculato.

Mujica também acredita que os grandes meios de comunicação brasileiros fizeram campanha contra o PT e os partidos mais alinhados à esquerda.

“A direita tem o controle dos grandes meios de comunicação e os tem utilizado para criar um senso comum. Desnudando nossos defeitos e mostrando o que não são defeitos da esquerda ou do PT, mas da sociedade brasileira”, disse.

Mujica afirmou também que se o cenário econômico brasileiro não fosse desfavorável, o processo de impeachment não iria adiante.

“Se as forças conspirativas da direita dão resultado, é porque tem algo. A conspiração existe sempre. A direita usou muito bem os erros que cometemos. Mas o fez em um momento histórico que resumo como: a conjuntura econômica estava a favor para gerar descontentamento.”

Sputniknews

Capacidade militar de China e Rússia preocupa Pentágono


O Pentágono se mostra preocupado com a capacidade de reação rápida de militares russos e chineses, admitiu, nesta quarta-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter.

Segundo o secretário, o Pentágono está concentrado em obter a mesma possibilidade de reação rápida “que os inimigos de mais alto nível” e que “neste contexto, Rússia e China são os rivais mais fortes.”

“Eles construíram e seguem desenvolvendo seus sistemas militares que ameaçam nosso domínio nesses setores concretos”, disse Carter.

O secretário declarou ainda que “em vários casos, desenvolvem armas e métodos de guerra orientados a conseguir objetivos rapidamente, antes que possamos responder.”

Carter declarou que “por isso, o Departamento de Defesa aumentou sua prioridade em planejamento e composição de orçamento.”

Sputniknews

El Ejército sirio se incauta de un coche cargado de minas israelíes


Armamento de fabricación israelí, confiscado por el Ejército sirio.

El Ejército sirio ha confiscado un coche cargado con grandes cantidades de armas y municiones de fabricación israelí en la provincia de Sweida, en el suroeste del país.

La agencia oficial siria de noticias SANA ha detallado este miércoles que entre las armas y municiones confiscadas hay granadas antitanque, cohetes y decenas de minas antipersonales.

SANA añade que el vehículo se aprestaba a entregar esas armas a grupos terroristas vinculados a Al-Qaeda que operan en la zona contra las fuerzas del Ejército sirio.

Por otro lado, las Fuerzas Armadas sirias han destruido en la aldea de Al-Qasr, en el noreste de Swieda, un coche blindado del EIIL, en una operación en que han matado además a varios de extremistas.

La fuente agrega que las unidades del Ejército bombardearon con artillería fortificaciones de los terroristas de Daesh en las colinas de Fadyen, en el campo nordeste de Sweida, dejando a varios terroristas muertos.

Los terroristas del EIIL aprovechan las vastas zonas desérticas de Sweida para el contrabando de armas y la infiltración de mercenarios terroristas desde Jordania, Irak y los territorios palestinos ocupados.

Las fuerzas sirias se hacen ocasionalmente con el control de grandes cantidades de armas y municiones de los terroristas proporcionadas por el régimen de Tel Aviv, acérrimo opositor al Gobierno sirio.

Desde 2011, cuando comenzó la crisis en Siria, el régimen de Tel Aviv ha proporcionado servicios médicos a los terroristas que resultan heridos en el combate contra el Ejército sirio.

En diciembre de 2015, el diario británico Daily Mail informó de que el régimen israelí había gastado hasta 2013 cerca de 13 millones de dólares en servicios médicos para integrantes de los grupos armados activos en Siria que resultaban heridos en enfrentamientos con el Ejército.

El Gobierno de Damasco ve a Israel, Occidente y sus aliados regionales como principales responsables de más de cinco años de derramamiento de sangre e inseguridad en Siria; una situación que ha resultado en la salida forzosa del país de miles de ciudadanos.

mkh/mla/hnb/HispanTv

Alto cargo militar iraní ve fracasado el ‘plan’ de derrocar a Al-Asad


El brigadier Ahmad Vahidi.

Un alto cargo militar iraní considera “fracasado” el plan lanzado por algunos países de la región para derrocar al presidente de Siria, Bashar al-Asad.

“El proyecto de derrocamiento de Bashar al-Asad ha fracasado gracias a la resistencia del Gobierno y la nación sirios”, ha indicado este miércoles el general de brigada Ahmad Vahidi, director del Centro de Investigaciones Estratégicas de Defensa iraní.

Según informa el servicio de prensa del Ministerio iraní de Defensa, el también exministro apuntó en sus declaraciones que la situación que atraviesa en la actualidad el Oriente Medio es fruto de “las intromisiones de poderes transregionales y el rol negativo de algunos actores regionales”.

“En la actualidad, la región de Asia occidental es escenario del choque de las estrategias de distintos actores. Algunos proyectos estaban condenados al fracaso desde el principio, como el proyecto lanzado por EE.UU., el régimen sionista (de Israel)” y Arabia Saudí para derrocar a Al-Asad, ha subrayado.

Por otro lado, el militar de alto rango del Cuerpo de los Guardianes de la Revolución Islámica de Irán (CGRI) se refirió a la política regional de Arabia Saudí, caracterizada, según la destaca, por “apoyar las corrientes ideológicas y sectarias con el fin de sembrar discordia en el mundo musulmán”.

Transcurridos más de cinco años de resistencia de la nación y el Gobierno sirios, prosiguió Vahidi, los detractores de Siria “se han visto obligados a tratar de alcanzar sus objetivos por otras vías”.

Para el militar iraní, el régimen de los Al Saud “carece de una comprensión adecuada de las realidades de la región” y ha cometido una grave equivocación al proponerse desempeñar un papel en la evolución de la región, por lo que todos sus proyectos fracasarán.

Siria entró en el mes de marzo en el sexto año de un cruento conflicto que, según estimó la semana pasada el enviado especial de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) para Siria, Staffan de Mistura, ha dejado ya unos 400.000 muertos.

mjs/mla/hnb/HispanTv

¿Nueva crisis de misiles? Funcionarios rusos piden a Putin que instale misiles en Cuba


Un misil balístico nuclear R-12 de la Unión Soviética.

Dos diputados del Partido Comunista de Rusia han enviado una solicitud a los altos dirigentes rusos, entre ellos el presidente Vladimir Putin, pidiéndole el despliegue de lanzamisiles en Cuba.

Los parlamentarios Valery Rashkin y Serguei Obujov han pedido también, según han informado este miércoles medios rusos, la reapertura de la estación de espionaje electrónico soviético en Lourdes, cerca de La Habana (capital cubana), que durante años sirvió como centro de intercepción de señales de la Unión Soviética (URSS, en ruso) en la isla, hasta ser cerrada en 2001 por su alto costo de mantenimiento.

En su misiva, argumentan la necesidad de esa medida para contrarrestar el próximo despliegue de lanzamisiles tácticos de alta movilidad estadounidenses (HIMARS, por sus siglas en inglés) en Turquía, hecho que aseguran pone en peligro los intereses de la Federación de Rusia y a sus aliados.

"Las capacidades técnicas del complejo HIMARS permiten emplear, según los datos disponibles, misiles de hasta 500 kilómetros de alcance. Por lo tanto, representan una amenaza potencial para los aliados de Rusia en el marco de la OTSC (Organización del Tratado de Seguridad Colectiva), como lo es Armenia", se lee en la nota.

Los parlamentarios comunistas recuerdan que durante la crisis de misiles, la respuesta determinada de la Unión Soviética de instalar complejos misilísticos en Cuba permitió disuadir a EE.UU. de desplegar misiles en Turquía.

En 1962, durante la Guerra Fría, tras la invasión de cubanos exiliados patrocinados por la Agencia Central de Inteligencia de EE.UU. (CIA, por sus siglas en inglés), la URSS lanzó la Operación Anádir, un operativo secreto destinado a desplegar misiles balísticos, bombarderos y una división de infantería mecanizada en Cuba, y a crear una fuerza capaz de prevenir o repeler una invasión de la isla por las Fuerzas Armadas de Estados Unidos.

Las fuerzas rusas también enviaron a las costas de Cuba cuatro submarinos cargados con ojivas nucleares.

Luego de que se descubriera la presencia de los submarinos y los complejos de misiles soviéticos, la situación se llegó a convertir en una crisis sin precedentes en la que las dos partes estuvieron más cerca que nunca de empezar una guerra nuclear a gran escala.

hgn/mla/hnb/HispanTv

La anticipada nuclear no es un monopolio de Estados Unidos


En la Península Coreana se creó la peor situación, que despierta la preocupación de todo el mundo.

En esta coyuntura, la República Popular Democrática de Corea declaró con solemnidad que la anticipada nuclear no es un monopolio de Estados Unidos.

La RPD de Corea no quiere la guerra, pero tampoco se asusta de ella ni la teme. Tiene poderosa capacidad disuasiva de la guerra.

Para evidenciar primero, es que el desafío real de ella es la guerra nuclear misma. Corea se propuso simultanear la construcción económica y la preparación de las armas nucleares y ha adquirido la más poderosa capacidad de disuasión nuclear, lo cual no es jamás para desencadenar una guerra nuclear sino disipar el peligro de esta guerra que permanentemente se cierne en la Península Coreana.

Estados Unidos, primer país productor de la bomba atómica en el mundo, definió la RPD de Corea como el objeto del ataque preventivo con armas nucleares y persistentemente ha procurado efectuarlo.

Corea socialista, en todo momento, tanto durante la guerra de la década de 1950 y el período pacífico de la construcción socialista como durante el período de la construcción de un Estado poderoso y próspero del siglo XXI, se vio y ve amenazada con la bomba termonuclear. En el mundo no hay país como Corea que así por los siglos, en varios decenios, permanentemente se ve amenazada con la bomba nuclear.

Empero, ninguno dio la mano a Corea socialista para salvarla de la amenaza nuclear. Nadie quiso poner coto a la política de hostilidad contra Corea del imperio que se trataba de burlar con armas nucleares del destino del pueblo coreano.

Lo único en que confiarse era su propia fuerza. La línea del simultáneo fomento de la construcción económica y la preparación de las fuerzas armadas nucleares presentada por el Partido del Trabajo de Corea hace posible disipar con la propia fuerza el peligro de la guerra nuclear que se cierne siempre en la Península Coreana. Por haberla ejecutado, Corea pudo tener la más potente capacidad disuasiva nuclear e incluso la bomba de hidrógeno, colocándose con todo derecho en la primera fila de las potencias nucleares.


Esto admira a muchos países que consideraban como su fatalidad hurgar el humor de Estados Unidos y seguir su batuta. Suena la voz de que la posesión de la bomba termonuclear por parte de Corea anuncia el vigoroso embrión de una nueva era independiente, justa y pacífica. Es que se le depara a la humanidad un espléndido porvenir.

Quien se inquieta ante la capacidad disuasiva nuclear de la RPD de Corea son Estados Unidos, las autoridades surcoreanas y otros seguidores que se benefician del imperio, los cuales, del poderío de Corea socialista se consternan y tiemblan de pavor. Previendo la inminencia de su fin, se sienten inquietos. Al verse fracasado completamente en su política con la que pretendía el “derrumbe” de Corea y, al contrario, enfrentado a su fin, perdieron el juicio y se ponen insensatos. Iniciaron un simulacro de guerra nuclear de envergadura sin precedentes y cacareando la “operación de decapitación” y el “avance hacia Pyongyang”, todos que atentan contra la Dirección de Corea, agravan al máximo la situación.

Sin embargo, la anticipada nuclear no es en modo alguno el monopolio de Norteamérica.

Más de 27 000 soldados estadounidenses en Corea del Sur están todos al alcance del ocular de puntería de los medios de golpe de última palabra de Corea. También las escuadras de portaaviones nucleares y los bombarderos estratégicos y otros equipos bélicos homónimos de Estados Unidos de cuya “superioridad tecnológica” se jactan, están al alcance de los medios de golpe preventivo de Corea. Lo mismo se da con el ejército surcoreano y las huestes de los países satélites.

Si el imperio se arriesga a prender fuego en la mecha de la guerra nuclear, o se ve un síntoma de esto, los medios de golpe de último tipo y los nucleares superpotentes de Corea serán primeros en lanzar fuegos.

Entonces el arrepentimiento de los estadounidenses, por mucho que hagan dibujando la cruz en su pecho, no se les dará un bledo.

Corea ya proclamó los objetos de su golpe.

Para anonadar la Casa Verde y los órganos de gobierno de Corea del Sur y todos los medios de golpe nuclear de Estados Unidos introducidos allí y definidos como objetos del primer golpe de Corea socialista, le basta solo con los lanzacohetes reactivos autopropulsados de gran calibre, de nuevo tipo, estrenados recientemente. Los proyectiles de lanzacohetes reactivos autopropulsados teledirigidos de alta precisión en un instante reducirán a cenizas lo que Estados Unidos fabricó gastando suma cantidad de dinero y esfuerzos. Los medios de golpe nuclear hechos en Norteamérica, incluido el portaaviones, intrusos en las aguas de la Península Coreana serán sepultados por los cohetes de alta precisión y el extraordinario y guerrillero método de golpe al portaaviones.

Las bases militares estadounidenses para la agresión a la RPD de Corea en la región de Asia-El Pacífico y el territorio estadounidense, que son objetos del segundo golpe serán arrasadas por los medios de golpe nuclear de punta de Corea democrática. También el escudo antimisil estadounidense preparado con desesperados esfuerzos no tendrá efecto. Corea socialista tiene la extraordinaria tecnología y su propio y singular método con los que puede invalidar el escudo antimisil de Norteamérica.

Ahora el derecho al golpe anticipado con armas nucleares pertenece a Corea. Se deshizo el monopolio de ello por parte de Estados Unidos, hecho que este imperio debe reconocer aunque le moleste.
El problema de ponerse en la alternativa: sobrevivir o sucumbir, que se imponía solo a otros países ahora se obliga imperiosamente a Estados Unidos. Se trata de la indispensable consecuencia de su necia política de chantaje nuclear contra la RPD de Corea.

También esto debe conocerlo bien el imperio.

La provocación de una guerra nuclear contra Corea popular por los Estados Unidos será pagada, como un refrán dice Quien a hierro mata, a hierro muere, con su arruinamiento definitivo.

Esto deberán tener lo presente tanto Obama que pasa el último año de su mandato en la Casa Blanca como los que realizan encarnizada rebatiña para entrar allí.

"La 'democratización' de Irak a punta de pistola formó el esqueleto del Estado Islámico"


Fuerzas de seguridad iraquíes y civiles frente al lugar de un atentado con coche bomba en el barrio de Al-Jidida, Bagdad, el 25 de abril de 2016Ahmed Saad / Reuters


"Las consecuencias de la Primavera árabe han caído sobre los hombros de los europeos con la dura carga del caos migratorio", sostiene el jefe del Estado Mayor General del Ejército ruso, Valery Gerasimov.

Las intervenciones estadounidenses en países árabes –casos de Irak o Libia– los ha convertido en focos de terrorismo, sostiene el jefe del Estado Mayor General del Ejército ruso, Valery Gerasimov, informa RIA Novosti. Gerasimov ha asegurado que "las consecuencias de la Primavera árabe han caído sobre los hombros de los europeos con la dura carga del caos migratorio".

"La ocupación de Irak, la eliminación del líder de turno y la 'democratización' del país a punta de pistola causó que la mayor parte de las dispersas fuerzas armadas y de la élite expulsada de la política formaran el esqueleto del Estado Islámico y establecieran su autoridad sobre una parte sustancial del territorio de este país", ha explicado Gerasimov durante la celebración de la V Conferencia sobre la Seguridad Internacional en Moscú.

En Libia las potencias occidentales cometieron errores similares al emplear su fuerza militar para derrocar a Muammar Gaddafi en 2011, ha aseverado el general ruso. "Libia (…) prácticamente ya no existe como Estado centralizado y se ha convertido en una base para el crecimiento del Estado Islámico y otros grupos terroristas", ha recordado.

"El uso de los terroristas como herramienta debe cesar"

Moscú considera extremadamente peligrosos utilizar a los terroristas para para cambiar el equilibrio de fuerzas en una región y sugiere que los líderes occidentales cambien de comportamiento, ha afirmado, por su parte, el ministro de Exteriores ruso, Sergéi Lavrov, este miércoles.

"Debe cesar firmemente el uso de grupos terroristas como herramienta en la lucha contra la oposición en el nuevo equilibrio de poder regional o para ajustar cuentas con un régimen que no se desea", ha instado Lavrov.

Actualidad RT

terça-feira, 26 de abril de 2016

Deputados (mimados) do Brasil deixam reunião do Mercosul


Parte da bancada do Brasil que participava da reunião do Parlamento do Mercosul (Parlasul) nesta segunda-feira, em Montevidéu, se retirou após o presidente da entidade, o argentino Jorge Taiana, fazer críticas ao golpe de estado que está sendo praticado contra a presidenta Dilma Rousseff. No entanto, a razão era outra: deputados consideraram "ruim" o local onde ficou a delegação brasileira. Mostrando que são "mimados", acostumados com mordomias e luxo desenfreado, alguns deputados não aceitaram a localização de cadeiras.

Para Taiana, o julgamento político é uma situação escandalosa: "Isto é um golpe parlamentar, é uma utilização forçada da lei de impeachment", diz a nota, acrescentando que setores conservadores, de direita, do mundo financeiro e da mídia teriam como objetivo central impedir que Lula voltasse à presidência do Brasil em 2018.

O deputado federal golpista baiano Benito Gama (PTB), relatou o episódio é um dos parlamentares que votaram a favor do impedimento de Dilma.

"O Mercosul não pode entrar em assuntos internos do Brasil chamando o impeachment de 'golpe parlamentar'. É Inaceitável", lamuriou Benito.

Na verdade, os deputados deixaram o recinto porque estavam melindrados com o que qualificaram como situação vexatória, pois tinham sido colocados em locais considerados "ruins" por eles, sem entender que os locais eram dispostos por ordem de chegada.

O presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, ainda tentou interceder para que os parlamentares brasileiros não abandonassem o seminário.

Em solidariedade, ele saiu de sua cadeira de honra e se sentou na mesma fileira onde ficaria a delegação brasileira, que, mesmo assim, debandou em massa.

Para o deputado Ságuas Moraes, o ato foi precipitado: "Faltou organização do cerimonial, sim, mas nada que justificasse a retirada".

O deputado Jean Wyllys criticou a reação "exagerada" dos companheiros brasileiros, temendo que a atitude deixe uma imagem ruim da delegação. E por falar em imagem, a imagem dos políticos brasileiros nunca foi tão ruim no país e no exterior.

Acostumados a serem tratados como verdadeiros marajás no Brasil, se julgam no direito de exigir tratamento diferenciado em terras estranhas, além de patrocinar um dos maiores escândalos golpistas da atualidade.

Redação com Portal Vermelho

EUA admitem possibilidade de ataque nuclear preventivo contra Coreia do Norte


Os Estados Unidos não excluem a possibilidade de usarem armas nucleares contra a Coreia do Norte, informou a agência sul-coreana Yonhap, citando Robert Einhorn, ex-conselheiro de controlo e de não-proliferação de armas no Departamento de Estado dos EUA.

“Uma das razões por que não excluem isso é a existência potencial de ameaça à Coreia do Sul por parte dos norte-coreanos”, disse o político americano.

Segundo ele, Washington nunca seguiu o princípio de “não usar as armas nucleares em primeiro lugar”.

“Então, os EUA dizem que estão prontos, se for necessário, a usar em primeiro lugar as armas nucleares, na Europa ou na Ásia Oriental, a fim de apoiar a Coreia do Sul e o Japão. Isto permanece na política americana”, disse Einhorn.

A Coreia do Norte também declarou que está pronta a realizar um ataque preventivo contra os EUA e a Coreia do Sul em caso de qualquer ameaça. Neste momento, Pyongyang terminou os preparativos para o quinto teste nuclear.

Em janeiro, a Coreia do Norte realizou o quarto teste de armas nucleares, lançando em fevereiro um míssil que pode atingir, segundo avaliações, alvos na distância de 12 mil quilômetros. Em resposta, o Conselho da Segurança da ONU aprovou diferentes sanções para fazer Pyongyang cessar qualquer desenvolvimento das armas nucleares.

Entretanto, o líder coreano Kim Jong-un ordenou preparativos para novos testes de mísseis e foguetes “no futuro próximo”, de maneira a garantir a segurança contra a agressão de inimigos.

Sputniknews

Esposa de Bandar bin Sultan es una de las financiadoras de los atentados del 11-S


El expresidente estadounidense George W. Bush, se reúne con el entonces embajador saudí en EE.UU., Bandar bin Sultan, 27 de agosto de 2002.

La esposa del exjefe del Servicio de Inteligencia saudí, Bandar bin Sultan podría ser una de las financiadoras de los atentados del 11-S en EE.UU., así informa el diario británico The Independent.

Por medio de un informe detallado, el rotativo desvela el pago de unos 75.000 dólares por la princesa saudí Haifa bint Sultan a Osama Basnan, uno de los involucrados en el secuestro del Vuelo 77 de American Airlines que marcó la tragedia de las Torres Gemelas del 11 de septiembre de 2001 en Nueva York.

En alusión a la polémica surgida entre Riad y Washington sobre la desclasificación del último capítulo (de 28 páginas) del informe final del Senado sobre el 11-S, y la supuesta implicación saudí en el caso, el diario enfatiza que este conflicto podría provocar una guerra diplomática entre ambos países.

Según explica la nota, el informe incluye datos sobre una red de personas vinculadas con Arabia Saudí, que ayudaron a los futuros secuestradores a llegar a EE.UU., y recibir entrenamientos necesarios para llevar a cabo su misión.

A este respecto, el informe cita el ‘documento 17’ fechado en 2003 y sacado a luz en julio de 2015, y destaca el vínculo entre Nawaf al-Hazmi y Khalid al-Mihdhar, dos secuestrados del vuelo 77 y la representación de Arabia Saudí en EE.UU.

Éstos, llegados a EE.UU. en 2000 y desplegados en San Diego, recibieron la ayuda del agente de Inteligencia saudí Omar al-Bayumi, del diplomático saudí Fahad al-Thumairy y de Osama Basnan, un antiguo empleado de la embajada saudí en Washington, indica el informe.

Basnan, a su vez, prosigue, recibió “considerable financiación del príncipe Bandar bin Sultan (el entonces embajador saudí en Washington) y la princesa Haifa, supuestamente para el tratamiento médico de su esposa”.

De hecho, la nota recalca que según documentos del Buró Federal de Investigaciones (FBI, en inglés) de EE.UU., parte de ese dinero fue utilizado para la residencia de esos dos secuestradores en San Diego, aunque todavía no ha sido confirmado oficialmente.

Por otro lado, el informe afirma que el banco estadounidense Riggs, por medio del cual se realizaba esas transferencias bancarias, fue declarado culpable de lavado de dinero. Riggs era el banco principal que brindaba servicios al embajador saudí en EE.UU. y a su esposa; al tiempo que era el banco que tenía vínculos con la familia del entonces presidente estadounidense, George W. Bush.

Arabia Saudí ha amenazado a Washington con deshacerse de 750 mil millones de dólares en activos estadounidenses si la ley resulta aprobada y, en consecuencia, se revela su implicación en el 11-S, según el diario The New York Times.

El 18 de abril, el senador demócrata del estado nororiental de Vermont denunció que parte de la familia reinante en Arabia Saudí —los Al Saud— está involucrada en la difusión por todo el mundo del wahabismo: “ideología fundamentalista extremadamente de derechas”.

tas/rha/nal/HispanTv

Hezbolá: Ejército israelí entrena a militares saudíes


El ejército israelí ofreció cursos de formación militar a oficiales saudíes, aseguró el lunes el sheij Naim Qasem, el vicesecretario general del Movimiento de Resistencia Islámica de El Líbano (Hezbolá).

"Los militares saudíes están cumpliendo actualmente un ciclo de entrenamiento militar israelí en reuniones, tanto públicas como secretas", afirmó el funcionario libanés en declaraciones a los medios locales.

Además, indicó que existen relaciones secretas entre Arabia Saudí y el régimen de Israel, hecho que ha llevado a Arabia Saudí y a la Liga Árabe (LA) a tomar la decisión de clasificar a Hezbolá como una organización terrorista.


En otra parte de sus declaraciones, denunció que Riad ha evitado, durante años, ofrecer apoyos a la resistencia palestina, además de no cooperar con Irán en relación con los intereses de la región y su estabilidad.

El sheij Naim Qasem también se refirió a las declaraciones del canciller saudí, Adel al-Yubeir, después de que Egipto transfiriera el control de dos de sus islas en el mar Rojo a Arabia Saudí, como una indicación de tales lazos.

Al-Yubeir subrayó que "su país respetará todos los compromisos legales e internacionales de Egipto en lo que respecta a las dos islas", en una clara referencia a los compromisos de El Cairo con Israel, recogidos en los Acuerdos de Camp David —firmados entre Egipto e Israel en 1979—, en función de los cuales El Cairo acepta garantizar la libertad de navegación a buques israelíes en la zona.

El pasado sábado, un alto funcionario militar del partido israelí Meretz reveló que el régimen de Israel entrenó a militares saudíes a cambio de administrar junto con Riad el estratégico estrecho de Bab el-Mandeb, en el mar Rojo.

El portal analítico de Alkhaleejaffairs informó el lunes que Arabia Saudí e Israel acuerdan repartirse los recursos petrolíferos y gasíferos de las dos islas egipcias Tirán y Sanafir.

mkh/anz/hnb/HispanTv

México: Fue detenido jefe de narcos vinculado a la masacre de Ayotzinapa


Un jefe del crimen organizado, acusado de traficar con droga de México a EEUU y de haber participado en la masacre de estudiantes de Ayotzinapa, en septiembre de 2014, ha sido detenido por fuerzas federales, informó la noche del lunes el Gobierno.

Nicolás Nájera Salgado, uno de los jefes del grupo de narcotraficante Guerreros Unidos ha sido arrestado por estar "presuntamente relacionado con la producción y tráfico de drogas hacia los Estados Unidos, bajo las órdenes de Ángel Casarrubias Salgado", dice un comunicado conjunto.

El arresto fue anunciado en un reporte oficial conjunto por el Centro de Investigación y Seguridad Nacional, la Procuraduría General de la República (PGR, fiscalía federal), y las secretarías de la Defensa Nacional y de Marina, así como de la Comisión Nacional de Seguridad.

El sospechoso fue detenido en el municipio de Huitzilac, estado de Morelos —sur del país—, vecino del conflictivo estado de Guerrero y la Ciudad de México, por militares y agentes de la Policía Federal en virtud de "una orden de aprehensión girada en su contra, por el delito de delincuencia organizada".

Su detención se integrará al expediente de la desaparición de los jóvenes estudiantes de la escuela rural de maestros de Ayotzinapa, atacados a balazos cuando se trasladaban en cinco autobuses la noche del 27 de septiembre y la madrugada siguiente en la ciudad de Iguala, Guerrero, punto neurálgico de la ruta del tráfico de heroína hacia EEUU, en el cual operaba el detenido.

El arresto ha sido cumplido un día después del informe final el Grupo Interdisciplinario de Expertos Independientes (GIEI), con sus colusiones de 13 meses de colaborar con la investigación federal por acuerdo de la Comisión Interamericana de Derechos humanos (CIDH) con el Gobierno de México, que rechazó prorrogar el mandato contra el pedido de familiares de los estudiantes y organismo defensores de víctimas de violaciones a los DDHH.

Nájera Salgado es acusado de ser el líder regional del grupo criminal aliado con policías de varios municipios, entre ellos Iguala, Cocula y Huitzuco, en el montañoso estado de Guerrero, con costas al Pacífico.

Una de las líneas de investigación que ha dejado planteado el GIEI es el móvil principal de una operación, perfectamente orquestada en un radio de unos 80 km entre varias corporaciones y sicarios, para impedir que salieran de Iguala (220 km al sur).

Cinco autobuses habían sido ocupados por los alumnos para viajar a una manifestación en la Ciudad de México, a conmemorar un aniversario de la masacre de universitarios de la Plaza de Tlatelolco perpetrada por militares de 1968.

Los ataques a balazos en nueve puntos de Guerrero, en los cuales participaron al menos cuatro corporaciones policiales y sicarios del grupo Guerreros Unidos y militares de inteligencia —según las pesquisas—, resultaron seis personas muertas, 25 heridas y 43 alumnos desaparecidos, que según la cuestionada versión oficial, llamada "verdad histórica", fueron asesinados, y sus cuerpos incinerados en un basurero y lanzados a un río.

El GIEI integrado por expertos de España, Colombia, Chile y Guatemala denunció el domingo que las autoridades obstaculizaron la investigación e incuso podrían haber fabricado pruebas falsas, para construir esa versión.

Aporrea

¿Preámbulo del desastre? Científicos explican qué se esconde detrás de los terremotos lentos


Estos sismos, que suelen durar semanas o incluso meses, no causan daños significativos, pero son considerados por muchos como señal de un futuro terremoto de mayor fuerza e intensidad.

Un equipo internacional de científicos de Francia, Estados Unidos y Rusia realizó por primera vez un análisis estadístico de los llamados 'terremotos lentos y de baja frecuencia'. Estos sismos, que suelen durar semanas o incluso meses, no causan daños significativos, pero son considerados por muchos un preámbulo de aquellos más peligrosos y de mayor magnitud.

El estudio publicado en la revista 'Science Advance', encaminado a comprobar el origen y la conexión entre los deslizamientos lentos y los terremotos en la corteza terrestre, llevó a los sismólogos a analizar alrededor de 1.120 fuentes de terremotos y cerca de 1,8 millones de casos individuales de sismos de baja frecuencia ocurridos durante dos años en el estado de Guerrero en México. En esa zona se localizan la placa tectónica de Cocos y la placa Norteamericana, causantes de la alta actividad volcánica centroamericana y de fuertes terremotos ocurridos en la región.

El análisis permitió a los científicos descubrir una interacción entre los sismos lentos. Se cree que la interacción colectiva de los sismos de baja frecuencia se debe a la presencia de una zona de falla de "fluidos", que puede tratarse de agua liberada mediante la conversión de algunos minerales a una profundidad de 40 kilómetros.

Los investigadores consideran que esta interacción está ligada al deslizamiento lento, un fenómeno que ocurre en el ciclo normal de un terremoto de mayor magnitud: un deslizamiento rápido es seguido por un largo reposo, que al parecer no es de inactividad absoluta, ya que se demostró que durante este, se pueden producir una serie de eventos de menor magnitud.

"Existe la posibilidad de que estos fluidos sean cruciales no solo para las interacciones entre los terremotos de baja frecuencia, sino también para determinar las propiedades mecánicas de las fallas geológicas", señaló Aleksandr Gusev, jefe del Laboratorio del Instituto de Sismología, Vulcanología de la Academia Rusa de Ciencias y uno de los coautores del estudio.

Actualidad RT

Paraguay: Un nuevo umbral desde la lucha campesina


Carlos Verón De Astrada

ALAI AMLATINA - Sin mucha pompa, sin anuncios rimbombantes, como un tumulto venido de las sombras, una masa de campesinos se fue insertando en una Asunción sumida en su magra rutina. La población asuncena amaneció un lunes 4 de abril de 2016 con un ventarrón inesperado. Era un sorpresivo torrente que fue creciendo a medida que avanzaban las horas. ·Comenzaron a producirse los primeros atascos en el tránsito. Los asuncenos absortos sentían como que su espacio les fuera usurpado por quienes desde siempre debían estar invisibles. Tanto que su existencia no cabía en la consideración de su estrechísimo horizonte. La sorpresa de algunos era que ya estábamos en abril, y la acostumbrada marcha de marzo de todos los años, no podía ser. De cualquier manera, a nadie se le ocurrió que la nueva presencia campesina, tendría la dimensión y la tenacidad a la que fue llegando y a donde llegó.

Cuando el carácter de esta lucha iba dando cuenta de sus claros y precisos propósitos, sin consignas generales a las que nos tenían acostumbrados las anteriores inmediatas marchas, y sobre todo, cuando se iba confirmando la inequívoca intención obstinada que se percibía en el espíritu de sus componentes de aguantar el tiempo que sea necesario hasta lograr los resultados que le motivaron, los histéricos perifoneros de la prensa empresarial paraguaya se hicieron sentir. Era un coro monocorde, recurrente, con la poquísima creatividad que les caracteriza. Le faltaban adjetivos que iban sacando de donde podían para descargar su amarillenta ponzoña para desdeñar y satanizar la presencia de quienes necesitaban hacerse oír por fin. Pocas veces en nuestra vivencia ciudadana y sobre todo citadina, se habrá podido sentir tanto racismo en nuestro país. La experiencia estaba sirviendo para mostrar toda la miseria de que es capaz nuestra prensa empresarial criolla, expresada en la voz y la tinta de sus personeros.

¡No!, ¡esto era intolerable! Cómo podían pretender estos “haraganes”, “sinvergüenzas”, “delincuentes”, “facinerosos”, “inadaptados”, y sobre todo, irrespetuosos de los derechos de terceros, pretender impedir nuestra sana e impoluta cotidianeidad.

Pero quiénes son los tan mentados “terceros”. En virtud de qué principios se funda esa fantasiosa categoría que pretende separarnos de una parte enorme de nuestra sociedad que está sumida en la miseria, y a la cual más temprano que tarde habrá que considerar si no queremos que esto explote inexorablemente, porque son parte de la sociedad en que vivimos y que supuestamente organizada políticamente, se constituye en Estado. Nada justifica la postergación indefinida de los millones de compatriotas que vienen padeciendo la exclusión como consecuencia de los abusos de una oligarquía latifundista y financiera en una obscena y ancestral concentración de las tierras.

Los “terceros” que instalan la matriz de opinión desde el dominio del oligopolio mediático, a los “terceros”, muchos incautos honestos empleados del crisol de clases que abarca, no tienen más remedio que reproducir los epítetos generados por la usina mediática. Estos “haraganes” no nos dejan trabajar”, “las deudas que se contraen hay que pagar”, “a mí me gustaría que me condonen mis deudas”. Versitos recurrentes de los mediocres perifoneos que se dicen periodistas. Pero estos servidores del gran capital mediático, no dicen, no porque no saben, sino por su incondicionalidad a sus patrones, que no todos pagan sus cuentas. No sólo lo que tiene que ver con Azucarera Iturbe y el empresariado del transporte, de lo cual mucho se habló. Ellos no emiten sonido alguno acerca de cómo llegaron a acumular quienes hoy conforman la clase privilegiada que hoy sojuzga al campesinado. De cómo se hicieron de esas grandes extensiones de tierra destinadas al cultivo de soja, que desde su despiadada y contaminante expansión, expulsa campesinos que van configurando los cinturones de pobreza en la ciudad, tratando de sobrevivir con múltiples recursos, “infestando “el aire de los “terceros”.

Una lucha se justifica cuando logra resultados

Pero soportando todos los agravios, durmiendo en el piso de una plaza, marchando y tragando insultos, la lucha campesina aguantó nada menos que 23 días. Una tenacidad no vista en décadas en nuestro país. Desde el insulto presidencial de “sinvergüenzas”, pasando por la indiferencia y el desprecio de los altos funcionarios del gobierno, la obstinada tenacidad de los campesinos, logró llegar hasta la residencia presidencial, para negociar de igual a igual con los mismos. Ahí tuvieron que estar, mal que les pesó, en la mesa de negociación, ministros, presidentes de la Banca Central y de Fomento, secretario del Indert y otros jerarcas del aparato gubernamental.

El motivo real de la lucha

Bien cabe aclarar para quienes quisieron y siguen queriendo buscar invalidar la lucha campesina, que lo que realmente motivó la lucha era la preservación de las tierras de una gran cantidad de pequeños productores campesinos que estaban a punto de perderlas, porque tenían las deudas vencidas, por la imposibilidad de pagar dada la acumulación de los intereses de los préstamos contraídos. Si ese fue el propósito, al fin y al cabo, la condonación pasa a ser una cuestión accesoria. Con el acuerdo alcanzado con la lucha, si el mismo se cumple, esta lucha campesina habrá sido sin dudas, justificada. Simplemente porque fue una lucha con resultados. Y el resultado fundamental, es sin dudas, la preservación de lo que para el pequeño productor rural es esencial: la tierra. Esa tierra que estaba en la mira de los voraces e históricos buitres de la tierra en nuestro país. Esos que de esa forma vienen concentrando tierras para desgracia del campesinado pobre se quedaron con las ganas, al lograr la lucha la liberación de los intereses de sus deudas y la financiación a 10 años a una tasa accesible, con dos años de gracia.

Hoy los citadinos del área metropolitana de Asunción, podemos decir sin ambages, que esta marcha campesina fue un ejemplo para toda la ciudadanía paraguaya. Fue una lección de quienes al límite de la sobrevivencia, llevados por su necesidad impostergable de vivir, superaron todas las barreras marcadas por el ignominioso cerco mediático que trata en lo posible de mantener el estado de cosas. Creo que bien cabe reconocer, que un sector importante de nuestra población, fue sin embargo salvado de ese cerco del oligopolio mediático, por la heroica y desigual lucha emprendida por los medios alternativos.

Hoy podemos decir que empezamos un nuevo capítulo en nuestra historia. Podemos hablar de un antes y un después de esta lucha.

Bienvenido sea este nuevo capítulo que abrirá el camino de las luchas que vendrán hacia un ordenamiento más equitativo en el Paraguay.

- Carlos Verón De Astrada, abogado y economista, es miembro de la Secretaría de Relaciones Internacionales del Frente Guasu.

URL de este artículo: http://www.alainet.org/es/articulo/177010

Solidaridad con el pueblo de Haití ante la injerencia de EE.UU. y sus aliados


Organizaciones populares y de derechos humanos de Argentina y América Latina expresaron hoy su repudio ante la injerencia cada vez más descarada de EE.UU., la ONU y otros de sus aliados, en contra de los derechos del pueblo de Haití a su soberanía y autodeterminación.

Denuncian, a través del pronunciamiento difundido hoy, el comportamiento colonialista de EE.UU. que quiere seguir dictando las formas, tiempos y ganadores electorales y “amenaza con cortar el apoyo financiero al gobierno haitiano si se nombra una Comisión de verificación electoral; impulsa un boicot financiero de parte de otros llamados “donantes”, como el BID y la Unión Europea; promueve las movilizaciones organizadas por (el expresidente) Martelly…”. En cambio, reclaman la adopción de políticas de solidaridad y cooperación fraterna con el pueblo de Haití.

El pronunciamiento denuncia además las intenciones ya expresadas de continuar la MINUSTAH - la misión de estabilización de la ONU que ocupa Haití desde junio 2004, afirmando que es una amenaza a la seguridad hemisférica - más allá de octubre 2016.

Las organizaciones solidarias suman sus voces al rechazo de vastos sectores haitianos a este intervencionismo, y se unen a la demanda de retiro inmediato de las tropas de la MINUSTAH y el fin de toda ocupación-tutela de Haití. “Es hora de respetar el derecho y la capacidad del pueblo haitiano de autogobernarse,” señalan, entre otras, la red Jubileo Sur/Américas, Diálogo 2000 Argentina, el Comité argentino de solidaridad por el fin de la ocupación de Haití, Jubileu Sul Brasil, las Madres de Plaza de Mayo-Línea Fundadora Nora Cortiñas y Mirta Baravalle, la Central de Trabajadores de la Argentina CTA-Autónoma, Unidad Popular y Emancipación Sur.

El pronunciamiento también resalta la firmeza y unidad de los sectores populares haitianos, que en los últimos meses han logrado “frenar la nueva imposición de un gobierno elegido por EE.UU. …(al negarse) a aceptar los resultados considerados fraudulentos de un proceso electoral en el que tampoco participó – cuando mucho votó el 25% del padrón electoral– y logró tornar imposible la continuidad del jefe del Estado impuesto por fraude en las “elecciones” anteriores…”. La presión popular ha forzado además la cancelación de la fecha electoral prevista para ayer, en el acuerdo de cúpulas firmado el 5 de febrero bajo la mirada vigilante de EE.UU. y la OEA, y está a punto de lograr la creación de una Comisión independiente para evaluar las elecciones 2015 y depurar sus resultados.

En conclusión, las organizaciones argentinas y latinoamericanas llaman a las fuerzas populares del continente a pronunciarse por un Haití libre y soberana y a movilizarse por el fin de la MINUSTAH, el próximo 1 de junio al marcarse el 12vo. aniversario de su instalación.

Diálogo 2000-Jubileo Sur Argentina
Comité argentino de solidaridad por el fin de la ocupación de Haití

haiti.no.minustah@gmail.com - http://haitinominustah.info

segunda-feira, 25 de abril de 2016

STF dá asas ao barbarismo golpista: “Yes, we have bananas!”


Por Davis Sena Filho – Palavra Livre

Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Rosa Weber, Edson Fachin, dentre outros do STF, são partícipes do golpe e os maiores responsáveis pelo deputado Eduardo Cunha, um gangster que liderou o golpe de estado na Câmara contra a presidenta constitucional, Dilma Rousseff, eleita pelo PT com 54,5 milhões de votos, ainda esteja solto porque até hoje não foi destituído do poder para depois ser julgado. Realidade esta que, sobremaneira, não vem ao caso ou se trata de um fato irrelevante para esses juízes omissos, conforme perceberam milhões de brasileiros, que não compactuam com o golpe de estado e não desejam que seus votos sejam ultrajados e invalidados.

Um golpe tenebroso, sombrio e violento, cujos juízes do STF são cúmplices e associados aos golpistas, que efetivam suas ações criminosas nos âmbitos da Procuradoria Geral da República, do Congresso, do TCU, do TSE, da Polícia Federal e da imprensa de negócios privados, o segmento mais vil, corrupto e historicamente golpista de todos os setores da economia e da política, porque sabemos que o sistema midiático privado dos magnatas bilionários é o maior e o mais poderoso partido de direita do Brasil, que desde 2003, a ferro e fogo, combate os governos trabalhistas do PT, como fizeram no passado contra os presidentes Getúlio Vargas e João Goulart.

Celso de Mello, do alto de seu conservadorismo atávico e de seu reacionarismo adornado pelos punhos de renda aristocráticos, afirmou, como se todo mundo fosse idiota ou acredita nele, porque se trata de um juiz do Supremo, que a votação do impeachment da presidenta Dilma não foi golpe, certamente porque o processo seguiu o rito determinado pela Constituição, o que é o óbvio ululante. E daí? Não é necessário ser um gênio para se compreender que ritos existem, mas eles têm de ser efetivados conforme o mérito – a questão.


Todavia, este golpe não tem mérito, porque ele é criminoso pelo fato de não existir o dolo – o crime. Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade. Ponto. Portanto, trata-se de um golpe de estado pintado com o verniz da falsa legalidade. Esse processo dantesco é uma farsa, pois a maior fraude jurídica e parlamentar da história do Brasil, que tem a cumplicidade vergonhosa da maioria dos juízes do STF. O Supremo é omisso e golpista, assim como coopera para que 54,5 milhões de votos de cidadãos brasileiros sejam solenemente invalidados.

Nenhum cidadão contribuinte, além de eleitor, merece um STF tão elitista, pusilânime, omisso, conspirador e golpista. Inaceitável! O STF se partidarizou e se ideologizou, sendo que a maioria de seus magistrados se aliou aos interesses da alta burguesia nacional, sócia histórica da plutocracia mundial, que apresenta suas garras e presas por intermédio da banca internacional, onde vicejam banqueiros que lutam para restabelecer a velha ordem financeira internacional, que se edificou na década de 1970 e se sedimentou em meados da década de 1980, o que vem a ser chamado de neoliberalismo, que visa, principalmente, diminuir e enfraquecer os estados nacionais para instituir o protagonismo das grandes corporações privadas, que não tem nenhum compromisso com as sociedades, a não ser apenas com o lucro. Esse processo vampiresco é nítido, pois visível. Só não enxerga quem não quer.

Contudo, a questão primordial para Celso de Mello, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, por exemplo, três dos juízes que por suas declarações apoiam o golpe jurídico-parlamentar contra uma mandatária constituída pelo voto soberano do povo brasileiro, a hipotética cassação do mandato de Dilma Rousseff se baseia nos “cânones estabelecidos na Constituição”, como eles, impolutamente, asseveraram do alto de suas índoles de príncipes intocáveis da República. Ora meça!

O rito do impeachment (golpe) existe e é constitucional. Na Constituição também consta sobre pena de morte e traição à Pátria. E daí? A questão é o mérito para destituir (golpe) a presidente da República que não cometeu crimes de responsabilidade, sendo que a acusação imputada à mandatária se baseia em “pedaladas” fiscais, que é uma reengenharia de alocação de recursos públicos, sem, no entanto, prejudicar o Orçamento da União e o povo brasileiro. Se as “pedaladas” fossem o motivo para dar golpes em presidentes, Lula, Fernando Henrique, Itamar Franco e todos seus antecessores também seriam alvos de impeachment. Vou mais além, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama e George W. Bush não terminariam seus mandatos.

A verdade é que Dilma e Lula estão presos em uma armadilha. A mandatária teve seu segundo mandato sordidamente boicotado e sabotado ao ponto de ser impedida de nomear seus auxiliares, como no caso de Lula para ministro da Casa Civil, além do ministro da Justiça que sucedeu José Eduardo Cardozo, que foi destituído do cargo. E digo mais: até juízes de primeira instância, sucessivamente, concederam liminares para impedir a nomeação de Lula, bem como a tentativa de um juíza de província que há pouco tempo assinou liminar para retirar do cargo o atual ministro da Justiça, Eugênio José Guilherme de Aragão.

A mobilização do sistema judiciário (Justiça, MPF e PF) para sabotar o governo constituído legalmente é algo para se pensar e ponderar até que ponto o sistema democrático de um País da grandeza e da importância do Brasil pode ficar refém de servidores públicos que ocupam cargos de poder e mando pagos pelo contribuinte, mas que ora se voltam contra as leis constitucionais, a derrubar os alicerces do Estado Democrático de Direito.

Golpe praticado de forma dissimulada, escamoteada e sorrateira, mas com verniz de legalidade quando, na verdade, estão a processar um golpe bárbaro e a levar o Brasil à humilhação e à ridicularidade em âmbito mundial, porque a casa grande brasileira é bárbara, provinciana e, consequentemente, bananeira, sendo que tais juízes, com poucas exceções, são golpistas partidarizados, associados à oposição de direita liderada pelo PSDB, a fazer, indubitavelmente, o jogo bananeiro das “elites” de almas escravocratas e perversidade ímpar, a transformar a sétima maior economia do mundo em terra sem ordem, porque é na desordem constitucional e institucional que os ricos e os muitos ricos ganham mais dinheiro e mantém a maioria do povo na senzala, no que tange aos seus direitos civis, trabalhistas e financeiros. Idiota é aquele que acredita em uma Justiça bananeira e golpista como a que viceja no Brasil. Por sua vez, milhões de brasileiros não creem no STF por saber que juízes agem como príncipes ao invés de se submeterem aos “cânones da Justiça”, como gostam de afirmar magistrados como Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello – o decano do golpe.

Não é natural e nem normal a conduta social e profissional, por exemplo, do juiz Catta Preta, de Brasília. Este senhor publicou em seu facebook textos e fotos lamentáveis, de uma militância política ordinária, na qual, irresponsavelmente e totalmente dissociado das questões brasileiras mais prementes, afirma que a derrubada da presidente Dilma Rousseff faria com que o dólar caísse em seu valor em relação ao real, fato este que, segundo o juiz provinciano e colonizado, favoreceria àqueles que desejam viajar para Miami e Orlando, os paraísos dos coxinhas despolitizados e irremediavelmente preconceituosos, além de filhotes de shoppings e condomínios fechados.


As declarações de Catta Preta são de uma leviandade ímpar e de uma despolitização atroz, porque digna de um verdadeiro, autêntico e genuíno coxinha deslumbrado e pleno de preconceitos vis e fúteis. Reles coxinha, mas que julga terceiros e decide sobre suas vidas e futuros. Assevero ainda que os coxinhas em geral são seres alienados, mas ferozes, pois de índoles fascistas. Eles são todos os dias e há anos engravidados pelos ouvidos por meio das mídias dos gangsters golpistas travestidos de empresários midiáticos, que, inclusive, fingem ser “filhos de boas famílias”.

Lamentável. Perceba a quem está entregue a Justiça deste País. Uma Justiça elitista, distante do povo e completamente divorciada dos interesses populares, apesar de ser sustentada pelo cidadão contribuínte. Trata-se da Justiça Catta Preta: a Justiça de punhos de renda e recalcitrante quanto a se democratizar e a facilitar o acesso da população ao Poder Judiciário. Os juízes, principalmente dos tribunais superiores, vivem em um redoma de cristal, realidade esta que faz a população desconfiar de todo e qualquer togado, que se partidarizou e escolheu o lado golpista da história. Sem justiça não há paz! Sem paz não há condições de qualquer sociedade ser civilizada.

Além disso, certo dia próximo-passado acessei a internet e me deparei com foto do procurador da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos. Incrível. O “batman” do Paraná mostrava uma camiseta preta com os dizeres "Liga da Justiça" e "República de Curitiba", além das imagens dele, do juiz de primeira instância, Sérgio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, igualmente obsessivo pelos malfeitos do PT, mas jamais interessado pelos crimes do PSDB e do DEM. E sabe por quê? Porque os crimes da oposição demotucana “não vem ao caso”, como gosta de deixar bem claro o juiz de província Sérgio Moro, um dos principais artífices do golpe de estado contra Dilma Rousseff, bem como desejoso de prender o ex-presidente Lula, a fim de impedir sua candidatura presidencial em 2018, assim como, se puder e com o apoio de outros segmentos do Estado partidarizado, extinguir o PT. A verdade é que essa gente hedonista pensa, equivocadamente, que refundou a República. Como refundá-la se suas ações são diabolicamente seletivas?

Segundo os três juízes do Supremo, o processo seguiu as normas definidas pela Constituição e obedeceu às regras estabelecidas pelo STF. Celso de Mello foi mais além: “(...) É um gravíssimo equívoco falar em golpe. Falar em golpe é uma estratégia de defesa. O que eu estou dizendo, estou dizendo a partir do que nós, juízes da Suprema Corte, dissemos nos julgamentos já ocorridos. Na verdade é um grande equívoco reduzir-se o procedimento constitucional de impeachment à figura do golpe de Estado".

E completou o juiz decano que se atém apenas à letra da Constituição sem analisar o mérito, que é a ausência de crime de responsabilidade por parte da mandatária do Brasil: “Portanto, ainda que a senhora presidente da República veja a partir de uma perspectiva eminentemente pessoal a existência de um golpe, na verdade, há um gravíssimo equívoco, porque o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal deixaram muito claro que o procedimento destinado a apurar a responsabilidade da senhora presidente da República respeitou até o presente momento todas as fórmulas estabelecidas na Constituição. Até agora transcorreu tudo em perfeita ordem” — afirmou Celso de Mello.

“Tudo em perfeita ordem”. Perfeita ordem para quem, cara pálida? Só se for para a oposição golpista e demotucana, aos empresários da Fiesp e suas congêneres de outros estados, aos banqueiros, aos latifundiários, ao agronegócios e à Rede Globo e suas lideradas pertencentes a outros coronéis midiáticos, bem como ao sistema judiciário ideologizado à direita e que se partidarizou, a fazer o jogo da oposição conservadora e que perdeu quatro eleições consecutivas para o PT e que até hoje, a começar pelo incendiário playboy Aécio Neves, não aceitou a derrota e muito menos se submeteu à vontade soberana da maioria que votou em Dilma Rousseff.

Sempre digo que a casa grande deste País infeliz e azarado por ter uma das piores “elites” do planeta e seus porta-vozes das mídias golpistas e do judiciário envenenado e contaminado pela política tratam a sociedade brasileira e até mesmo a comunidade internacional como idiotas ou verdadeiros patetas, como os coxinhas que adoram Miami e visitar o Mickey e o Pateta em Orlando. Inacreditável. Será que o juiz Celso de Mello acredita que todo mundo é idiota ao ponto de não perceber que se trata de um golpe? Será que este juiz não percebe que as pessoas estão a ir às ruas a contestar o golpe de estado contra uma presidente constitucional? As ruas, com o desenrolar do golpe no Senado, podem virar espaços de contestações duras e radicais. As esquerdas e os eleitores de Dilma não vão ficar quietos. Já se percebe essa realidade. Michel Temer não vai governar em paz por meio de um golpe e por isto não terá condições de governabilidade. Os juízes não sabem disso? Sabem, mas são cúmplices.

Não é possível que tal magistrado seja tão alienado e dissociado das realidades a tal ponto de não compreender que o Brasil possui um Congresso cheio de bandidos que tomaram de assalto a legalidade constitucional, porque Dilma não cometeu crime de responsabilidade, enquanto 120 deles respondem na Justiça pelos seus crimes, sendo que muitos deputados já são réus. Como pode o STF ser tão permissivo com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha? Este senhor corrupto e autor de crimes comprovados já deveria estar na cadeia e, no mínimo, ter sido afastado da presidência do Legislativo.

Pelo contrário. Eduardo Cunha se tornou o “pai” do golpismo e a, inclusive, agir contra o STF, a Constituição e o regimento interno da própria Câmara. Absurdo que não condiz com as palavras impolutas de Celso de Mello, que sempre foi oposição, às vezes dissimulada, aos governos trabalhistas do PT. É porque nós somos idiotas e acreditamos em Papai Noel, na Mula sem Cabeça, no juiz Celso de Melo e nos seus companheiros de golpe de estado contra a presidenta trabalhista, nas pessoas de Luiz Fux, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin, que nunca exigiram, por exemplo, que o juiz Sérgio Moro verificasse de verdade a lista da Odebrecht e de Furnas onde vicejam os políticos do PSDB e do DEM – o pior partido do mundo e herdeiro umbilical da UDN do Corvo Carlos Lacerda.

E por que a Justiça desses príncipes é tão falha? Respondo: porque é uma Justiça pertencente à plutocracia, que defende os interesses do establishment e mantém, indefinidamente, o status quo de quem está há séculos por cima da carne seca, como bem define o ditado popular. É esta razão principal do golpe. As outras questões são chorumelas para enganar desavisados, alienados e agradar os coxinhas, que são parte da classe média despolitizada, mas extremamente conservadora e reacionária, a tal ponto de se tornar feroz, intolerante e atacar pessoas em restaurantes, porque não coadunam com suas ideias preconceituosas e de conotações fascistas.

Manter os privilégios e garantir os benefícios advindos deles. Lutar para que não aconteça a igualdade de oportunidades a todos os brasileiros associada à justiça social em todos os segmentos econômicos e classes sociais é um processo, para a casa grande, muito perigoso ao seu domínio econômico e político. Todas as outras questões que se materializam principalmente nas mídias tem por propósito levar confusão a quem recebe a informação.

O essencial do golpe se resume a duas coisas: dar fim à distribuição de renda e riqueza e manter o Brasil preso às amarras dos interesses da casa grande e da plutocracia internacional. O posicionamento e as ações do STF até agora são o fim da picada, dá asas ao barbarismo parlamentar e empresarial, fortalece o golpismo e faz do Brasil uma república bananeira. Provincianas e atrasadas são as oligarquias deste País. Elas vão ao exterior há séculos e não aprenderam nada. STF: “Yes, we have bananas!” É isso aí.

SENADO NÃO TEM VOTO PARA TIRAR DILMA EM DEFINITIVO


O Senado não teria hoje voto para tirar Dilma Rousseff do poder em definitivo. Um levantamento feito pela ‘Folha de S. Paulo’ aponta que, dos 50 senadores que confirmam que votarão pela admissibilidade do processo de impeachment, apenas 39 dizem que apoiarão o impedimento definitivo de Dilma.

"Não podemos ignorar que a Câmara deu autorização ao Senado para abrir o processo com 367 assinaturas, mas temos que analisar a fundo o mérito da questão para decidir se ela cometeu ou não crime de responsabilidade", afirmou o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).

Com a aceitação do processo pelo Senado, em votação prevista para 12 de maio, Dilma será afastada do cargo por até 180 dias e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), assumirá o comando do país.

Neste caso, seria preciso, com a presença de todos os 81 senadores, o voto de 41 deles. Já para Dilma perder de vez o mandato são necessários 54 votos – sendo assim, faltariam no momento ainda 15 para atingir esse patamar.

Brasil 247

Organismos da ONU rechaçam clima de conservadorismo no Brasil


O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal) divulgaram mensagens ao Brasil diante da crise política no país.

O ACNUDH repudiou discursos de ódio e contra os direitos humanos durante a sessão da Câmara dos Deputados que decidiu pela continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no último domingo (17). Já a Cepal manifestou apoio à Dilma e preocupação com a democracia brasileira.

O ACNUDH expressou repúdio à “retórica de desrespeito contra os direitos humanos” durante a votação de admissibilidade do processo de impeachment. O escritório condenou as manifestações do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais conhecidos torturadores do regime militar brasileiro.

O Representante do ACNUDH para América do Sul, Amerigo Incalcaterra, fez um apelo ao Congresso Nacional, às autoridades políticas, judiciárias e a toda a sociedade brasileira “a condenar qualquer forma de discurso de ódio e a defender em toda circunstância os valores da democracia e da dignidade humana”, diz o comunicado divulgado pelo escritório da ONU.

Já a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, enviou uma mensagem à presidenta Dilma Rousseff em que reconhece avanços sociais e políticos do Brasil na última década e manifesta preocupação com as ameaças à estabilidade democrática brasileira.

“Nos violenta que hoje, sem julgamento ou prova, servindo-se de vazamentos e uma ofensiva midiática que já decidiu pela condenação, tente-se demolir sua imagem e seu legado, ao mesmo tempo que se multiplicam as tentativas de minar a autoridade presidencial e interromper o mandato conferido pelos cidadãos nas urnas.”

Alicia diz ainda que os processos vividos no Brasil neste momento “ilustram para o conjunto da América Latina os riscos e dificuldades a que ainda está exposta a nossa democracia”.

Cerimônia da ONU

A presidenta Dilma Rousseff discursou na manhã desta sexta-feira (22) na sessão de abertura da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Representantes de cerca de 160 países assinaram o acordo de Paris, que visa a combater os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A cerimônia de assinatura do documento, fechado em dezembro de 2015, depois de difíceis negociações entre 195 países e a União Europeia, ocorreu no Dia Mundial da Terra.

Para entrar em vigor em 2020, o acordo, no entanto, depende da ratificação por, pelo menos, 55 nações responsáveis por mais da metade das emissões globais de gases de efeito de estufa. A ratificação se dá conforme as regras de cada país: por meio de votação no parlamento ou de decreto-lei, por exemplo.

Agência Brasil

Baltazar Garzón, juiz espanhol, denuncia golpe no Brasil


O Juiz Baltasar Garzón, que prendeu o ditador chileno Augusto Pinochet e se tornou tão conhecido na Europa como Sergio Moro no Brasil, demonstra em artigo, publicado neste domingo (24), indignação com o que está acontecendo com a democracia brasileira.

Segundo Garzón, "a luta contra a corrupção é vital e deve ser prioritária em qualquer democracia, mas é preciso estar atento aos interesses daqueles que pretendem se beneficiar da 'cegueira' que supõe a luta em si mesma"; o jurista diz ainda ser "capaz de perceber o espetáculo oferecido pelo procedimento de juízo político que está em curso contra a Presidenta Dilma Rousseff e que guarda semelhanças com outros que foram vivenciados por países como Paraguai e Honduras"

Leia a íntegra do artigo:

Ética Política e Justiça no Brasil

Partindo da consciência crítica de quem pertence a um país que em algum momento histórico exerceu o férreo poder do colonialismo atualmente em debate entre mil contradições e contrariedades, mas também partindo da firmeza democrática e da convicção de defender valores universais como justiça, liberdade e democracia, quero compartilhar com vocês meus sentimentos e algumas reflexões que tenho feito diante da difícil situação que vive institucionalmente o Brasil.

Sinto profundo pesar em observar que pessoas que são referências da boa política, defensores dos direitos sociais, de trabalhadores e daqueles que são os elos mais fracos da cadeia humana estão na mira das corporações que, insensíveis aos sentimentos dos povos, estão dispostas a eliminar todos os obstáculos que se lhes apresentem para consolidar posição de privilégio e controle econômico sobre a cidadania com consequências graves para o futuro. Nessa dinâmica perversa, os grandes interesses não hesitam em eliminar política e civilmente aqueles que o contrariam na defesa dos mais frágeis que sempre foram privados de voz e de palavra para decidir seus próprios destinos.

Mesmo partindo da perspectiva de quem não vive o dia a dia da política brasileira, devo dizer que sou capaz de perceber o espetáculo oferecido pelo procedimento de juízo político que está em curso contra a Presidenta Dilma Rousseff e que guarda semelhanças com outros que foram vivenciados por países como Paraguai e Honduras, forjados institucionalmente por parte daqueles que somente estavam interessados em alcançar o poder a qualquer preço.

A interferência constante do Poder Judiciário com o fim de influenciar nesses processos deve cessar. Por experiência, sei os riscos que representam os jogos de interesses cruzados, não tanto em favor da justiça e sim com o objetivo de acabar como o oponente político instrumentalizando a um dos poderes básicos do Estado e fazendo-o perder o equilíbrio que deve preservar em momentos como este, tão delicados para a sociedade. O judiciário deve prosseguir suas atuações sem midiatização política de nenhum tipo, sem prestar-se a jogos perigosos em benefício de interesses obscuros, distantes da confrontação política transparente e limpa.

A perda das liberdades e a submissão da Justiça a interesses espúrios pode custar um preço excessivo ao povo brasileiro. O Poder Judiciário e seus componentes devem resistir e defender a cidadania frente às tentativas evidentes e grosseiras de instrumentalização interessada. O objetivo não parece ser, como dizem, acabar com o projeto político do Partido dos Trabalhadores e seus máximos expoentes, mas submeter à população de forma irreversível a um sistema vicarial controlado pelos mais poderosos economicamente.

A luta contra a corrupção é vital e deve ser prioritária em qualquer democracia, mas é preciso estar atento aos interesses daqueles que pretendem se beneficiar da "cegueira" que supõe a luta em si mesma. A justiça deve manter os olhos completamente abertos para perceber o ataque ao sistema democrático que é perceptível na realização de uma espécie de juízo político sem consistência nem base jurídica suficiente para alcançar legitimidade e que somente busca tomar o poder por vias tortuosas desenhadas por aqueles que deveriam defender os interesses do povo e não os próprios. Ou ainda daqueles que nunca disputaram eleições e que pretendem substituir a vontade das urnas, hipotecando o futuro do povo brasileiro.

A indignação democrática que sinto ao acompanhar os fatos do Brasil, país pelo qual tenho imenso apreço, me provoca profunda dor e ao mesmo tempo me compele a expressar esses sentimentos diante daqueles que não têm pudor em destruir as estruturas democráticas que tanto tempo levaram para serem erguidas, aqueles que não hesitam em interferir na ação da Justiça em benefício próprio.

Ninguém conquista um reino para sempre e o da democracia deve ser conquistado e defendido todos os dias frente aos múltiplos ataques e isso se faz desde os mais recônditos lugares do país, de uma mina, uma pequena fábrica, do interior da Floresta Amazônica já tão atacada e deteriorada por interesses criminosos, das redações dos periódicos ou plataformas televisivas que servem de tentação à submissão corporativa, das ruas das cidades e dos púlpitos das igrejas, das favelas e dos conselhos de administração das empresas, das universidades, das escolas, em cada casa da família brasileira é preciso lutar diuturnamente pela democracia. E é obrigação de todas e todos fazer isso não somente em seu país, mas também fora, em qualquer lugar, porque a democracia é um bem tão escasso cuja consolidação é missão do conjunto de toda a comunidade internacional.

Tanto o presidente Lula da Silva, a quem conheço e admiro, como a presidenta Dilma Rousseff, com quem nunca estive pessoalmente, representaram o melhor projeto em termos de política social e inclusiva e que, caso tenham incorrido em irregularidades, merecem um juízo justo e direito básico à ampla defesa e não um julgamento ilegítimo em praça pública realizado por quem não tem direito nem uma posição ética para fazê-lo. O povo brasileiro nunca perdoará o ataque frontal à democracia e ao Estado Democrático de Direito.

Brasil 247 (tradução Carol Proner)