domingo, 8 de novembro de 2015
ERDOGAN VAI À GUERRA
Mike Whitney, Counterpunch - Tradução: Vila Vudu
"Você queria saber por que 58 mil norte-americanos (e número vergonhosamente muito maior de vietnamitas) morreram na Guerra Americana [que é como se conhece, no Vietnã, o que nos EUA chama-se 'Guerra do Vietnã']? Morreram para estimular o surgimento de empresários, aumentar as exportações e fazer emergir muitos tecnocratas por todo o sudeste da Ásia."
11/3/2015, "Como criar um estado de insegurança", Andrew J. Bacevich,
TomDispatch, traduzido em redecastorphoto (epígrafe acrescentada pelos tradutores)
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"ISIS ameaça nosso modo de vida e nossa segurança (...) Temos planos para agir militarmente contra eles nos próximos dias. Vocês verão" (ministro turco de Relações Exteriores Feridun Sinirlioğlu).
Vitória ampla nas eleições extraordinárias de 1º de novembro na Turquia afastaram o último obstáculo que ainda continha o ímpeto do presidente Recep Tayyip Erdoğan rumo à guerra. O surpreendente resultado das urnas, amplamente denunciado por observadores internacionais das eleições turcas como "injusto e distorcido pela violência e pelo medo", deu ao Partido Justiça e Desenvolvimento (tu. AKP) de Erdogan 49% dos votos e restabeleceu governo de partido único em Ancara. Pouco depois de anunciados os resultados das eleições, o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu convocou os partidos políticos turcos a descartarem a Constituição vigente, para dar quase ilimitada autoridade executiva ao presidente Erdogan.
Segundo o jornal turco Today's Zaman, Davutoglu disse: "Conclamo todos os partidos que chegam ao Parlamento a produzir nova constituição nacional civil (...) Vamos trabalhar juntos para uma Turquia onde o conflito, a tensão e a polarização são inexistentes e todos se saúdam em paz."
Em outras palavras, as urnas estão sendo usadas para sabotar a democracia e dar poderes supremos não controlados ao presidente. Menos de 24 horas depois de Erdogan ter reconstruído seu controle sob governo de partido único, lá estava ele a 'reiterar' o apelo de Davutoglu para aumentar os poderes do presidente mediante referendo nacional.
"Questão como o sistema presidencial não pode ser decidida sem a nação" – disse Erdogan a jornalistas numa conferência de imprensa. "Se o mecanismo exige um referendo, então faremos um referendo (...) A presidência executiva não é questão de nosso futuro pessoal na presidência (...), que já entrou para os livros de História. A motivação básica para a mudança é dar à Turquia o sistema mais efetivo possível."
Assim, segundo Erdogan, os poderes ditatoriais do presidente são 'recomendáveis' já estão estabelecidos; o referendo é mera formalidade.
Bem claramente, Erdogan quer usar o referendo para consolidar seu poder, estabelecer um governo de um só homem e pôr fim ao governo representativo na Turquia. É islamista empenhado, que planeja descartar o governo democrático e criar um regime islamista que avance além das atuais fronteiras da Turquia, invadindo Iraque e Síria. Por isso Erdogan é apoiador tão entusiasmado dos grupos jihadistas que lutam na Síria.
Mais importante que isso, Erdogan pretende usar sua vitória eleitoral para persuadir o Alto Comando Militar de que teria mandato popular para fazer sua própria política exterior, para cuja execução já há milhares de soldados e tanques turcos estacionados na fronteira síria, para uma possível invasão. Até agora, os militares turcos têm resistido contra os planos de Erdogan, mas agora que o comandante do estado-maior, general Necdet Özel, foi substituído no comando das Forças Armadas da Turquia [tu. TSK] pelo muito mais servil general Hulusi Akar, o plano para invadir a Síria e fixar a tal chamada "zona segura" ao longo do lado sírio da fronteira turca torna-se muito mais provável.
O plano para anexar território sírio soberano e usá-lo para dali lançar ataques contra o governo do presidente Bashar al-Assad existe desde 2012. Em 2015, porém, a estratégia foi expandida por Michael E. O'Hanlon, analista do [Instituto] Brookings, numa peça intitulada "Desconstruir a Síria: Nova Estratégia para a Guerra mais Sem Esperanças dos EUA". Eis um excerto:
"…a única via realista à frente pode ser um plano que efetivamente desconstrua a Síria. (...) a comunidade internacional deve trabalhar para criar bolsões com segurança e governança mais viáveis ao longo do tempo (...) Tão logo estejam viabilizados, a ideia deve ser ajudar os elementos moderados a estabelecer zonas seguras confiáveis dentro da Síria. Norte-americanos, assim como sauditas, turcos, britânicos, jordanianos e outras forças árabes devem agir no apoio, não só por ar, mas também eventualmente em solo mediante forças especiais (...). As próprias forças ocidentais devem permanecer em posições mais seguras em geral – dentro das zonas seguras, mas por trás do front –, pelo menos até que tais defesas sejam tornadas confiáveis, e também forças aliadas tornem prático instalar e viver em pontos mais avançados.
A criação desses santuários deve produzir zonas autônomas que nunca mais tenham de encarar a possibilidade de voltarem a ser governadas por qualquer Assad (...) O objetivo intermediário deverá ser uma Síria confederada, com várias zonas altamente autônomas (...). A confederação provavelmente exigirá apoio de força internacional de manutenção da paz (...) para tornar defensáveis e governáveis aquelas zonas, (...) e para treinar e equipar mais recrutas, de modo que as zonas possam ser estabilizadas e depois gradualmente expandidas" (Deconstructing Syria: A new strategy for America's most hopeless war, Michael E. O'Hanlon, Brookings Institute).
Esse é o programa básico do governo Obama para derrubar o governo eleito do presidente Assad e reduzir a Síria a situação de estado falhado ingovernável sobre o qual reinarão senhores-da-guerra regionais, milícias de renegados, terroristas em geral e extremistas islamistas. O secretário de Estado dos EUA John Kerry confirmou nossas piores suspeitas sobre esse plano sinistro, em palestra que deu na [ONG] Carnegie Endowment for International Peace, ainda na semana passada. Eis parte do que Kerry disse:
"No norte da Síria, a coalizão e seus parceiros empurraram o Daesh (ISIS) para fora de mais de 17 mil quilômetros quadrados de território, e já securitizamos a fronteira turco-sírio a leste do rio Eufrates. É cerca de 85% da fronteira turca, e o presidente está autorizando mais ações para securitizar o resto (...).
Também estamos reforçando nossa campanha aérea, para ajudar a empurrar o Daesh, que antes dominava a fronteira sírio-turca, para fora da faixa de 70 milhas, que o grupo controla" (U.S. Secretary of State John Kerry on the Future of U.S. Policy in the Middle East, Carnegie Endowment for International Peace).[1]
Repita comigo: "É cerca de 85% da fronteira turca, e o presidente está autorizando mais ações para securitizar o resto."
Por que Obama autorizou "mais ações para securitizar o resto"?
Porque ninguém em Washington acredita que os terroristas apoiados pelos EUA derrotarão as forças combinadas da coalizão que Rússia construiu, e que já está aos poucos aniquilando as milícias terroristas por toda a Síria. Assim sendo, Obama está passando para o Plano B, criar um santuário para terroristas no lado sírio da fronteira sírio-turca, onde EUA e parceiros possam continuar a armar, treinar e infiltrar terroristas maníacos de volta para território sírio, durante todo o tempo que entender que seja útil. Não há dúvida alguma de que as Forças Especiais de Obama serão usadas para supervisionar essa operação e garantir [sendo possível] que tudo transcorra conforme o plano.
Há também, é claro, a questão do papel das milícias curdas nessa estratégia. Recentemente, os EUA entregaram, lançados de aviões que sobrevoaram a área, contêineres carregados de armas e munição para o PYD, na esperança de que o grupo ajude os EUA a securitizar a última faixa de terra ao longo da fronteira a oeste do Eufrates, mantendo assim abertas linhas vitais de suprimento para os terroristas, enquanto estabelecem aquele paraíso seguro de terroristas em território sírio. Erdogan opõe-se violentamente a qualquer operação que venha a criar um estado curdo contínuo, no lado sírio da fronteira com a Turquia.
Assim sendo, como será possível resolver essa situação? Obama manter-se-á fiel aos curdos, ou se 'reposicionará' ao lado de Erdogan, em troca de coturnos turcos em solo?
Ninguém sabe até agora, mas com certeza uma aliança Turquia-EUA seria muito mais formidável que uma coalizão EUA-curdos do PYD. A julgar pela longa história de Washington de preferir sempre a solução mais oportunista para alcançar objetivos políticos, deve-se esperar que Obama aliste os EUA ao lado de Ancara.
Deve-se lembrar que o Parlamento turco já "aprovou possível envio de forças terrestres turcas para a Síria, e abriu a porta para permitir que forças estrangeiras instalem-se em território turco" – e desde outubro de 2014. Servindo-se do pretexto de que teria de "combater o terrorismo", como desculpa para a invasão, disse Erdogan: "Estamos abertos a qualquer tipo de cooperação (...) Mas a Turquia não é país que se deixe usar para soluções temporárias (...). A imediata remoção do governo em Damasco, a unidade territorial síria e a instalação de um governo que reúna todos continua a ser nossa prioridade."
Em outras palavras, Erdogan não fornecerá coturnos em solo a menos que os EUA comprometam-se declaradamente com o golpe para derrubar Assad (dito 'mudança de regime').
Erdogan sempre foi o mais empenhado propositor e defensor de "zonas seguras", ideia que exige a ação de aviões norte-americanos para patrulhar os céus do norte da Síria e tropas dos EUA em solo. O plano aumenta muito a probabilidade de contato direto com aviões russos, evento que muito rapidamente pode levar a confronto entre dois adversários 'nucleares'.
Considerem agora esse artigo publicado no The Telegraph britânico, em junho de 2015, tão prematuro na 'previsão'. A matéria leva o título de "Turquia 'planeja invadir a Síria'":
"O presidente Recep Tayyip Erdogan autorizou mudança nas regras para engajamento definidas pelo Parlamento turco para permitir que o exército ataque o Estado Islâmico do Iraque e Levante [ing. ISIL], e também o regime de Assad, segundo jornais turcos. O objetivo é estabelecer zona segura para refugiados e contra o ISIL (...)
A Turquia clama pela criação de zona segura, protegida por forças internacionais no norte da Síria, desde que a guerra civil (sic) empurrou centenas de milhares de refugiados para o outro lado da fronteira (...)
A mídia turca foi informada das novas ordens que estavam sendo dadas aos militares para que enviam força de 18 mil soldados para o lado sírio da fronteira (...). Esses soldados devem tomar faixa de território de 60 milhas de comprimento por 20 de profundidade, incluindo os postos de passagem de fronteira de Jarablus, atualmente controlado pelo ISIL, e de Aazaz, atualmente controlado pelo Exército Sírio Livre (Turkey 'planning to invade Syria'", Telegraph).
Leitores atentos já perceberam a espantosa semelhança entre o plano de Erdogan e a 'estratégia' do [Instituto] Brookings. Washington e Ancara parecem partilhar precisamente a mesma visão de como a Síria deveria ser reformatada depois da invasão agora planificada. Assim sendo, que ninguém se surpreenda se Obama e Erdogan rapidamente deixarem de lado quaisquer 'diferenças' e se organizarem para alcançar um objetivo comum dos dois.
Erdogan empenhou considerável esforço para afastar todos os obstáculos que o impediam de invadir a Síria. Obteve luz verde do Parlamento para usar o exército, se entender que haja ali um ameaça à segurança nacional. Ele já "internacionalizou" efetivamente o conflito, ao deixar que aviões de EUA, Grã-Bretanha e França decolem de Incirlik (o que absolverá Erdogan e seus asseclas em caso de serem acusados de falta de transparência ou crimes de guerra). E, finalmente, as eleições dão a Erdogan o mandato de que precisava para convencer os militares turcos de que sua política externa conta com integral apoio do povo turco. Assim sendo, Erdogan está em posição de acertar dois coelhos com uma cajadada; a única questão é se ele realmente ordenará, ou não, a invasão à Síria.
Na 4ª-feira, o ministro de Relações Exteriores da Turquia Feridun Sinirlioğlu confirmou que Erdogan planeja invadir a Síria, sob o pretexto de "combater o terrorismo". Aqui, um excerto de artigo publicado no Daily Sabah:
"Turquia tem planos para lançar operação militar contra o ISIS em futuro próximo, disse o ministro turco de Relações Exteriores na 4ª-feira. Feridun Sinirlioğlu participava de uma reunião sobre o futuro do Oriente Médio, que aconteceu em Erbil na região curda no norte do Iraque.
"Daesh [ISIS] ameaça nosso modo de vida e segurança (...). Temos planos para agir militarmente contra eles nos próximos dias. Vocês verão. Temos de nos posicionar juntos contra esse perigo" – disse o ministro turco,
"Persistiremos em nossos esforços para eliminar todas as organizações terroristas. Vamos agir de modo responsável, de modo que a região curda e o Iraque possam ser bem-sucedidos na luta contra o terror. É mensagem muito clara ao Iraque e à região curda, a favor de um futuro brilhante" – disse (Turkey in plans to launch military operation against ISIS, foreign minister says, Daily Sabah).
Naturalmente, nada disso tem qualquer coisa a ver com lutar contra algum terrorista ou terrorismo. Na verdade, Erdogan tem sido o melhor amigo dos terroristas, deixando que andem de um lado para o outro através da fronteira, sem que nada os impeça. O que as palavras de Sinirlioğlu anunciam é que a Turquia está finalmente pronta a tomar a faixa de território de 60 milhas de largura, de que falava o artigo do Telegraph. Até o momento em que escrevo, ainda não se conhece a reação da Casa Branca às palavras de Sinirlioğlu, mas já se sabe que Obama tem reunião agendada com Erdogan em Ancara, marcada para daqui a menos de duas semanas. Até lá o governo dos EUA terá chegado a alguma conclusão, sobre se fica com os curdos ou aposta suas fichas em Erdogan. Seja como for, haverá uma tentativa para criar uma zona segura, a partir da qual Washington poderá continuar sua guerra contra Assad. Até aí, é certeza.
Esses desenvolvimentos sugerem que Putin terá de mover-se depressa, se quiser fechar a fronteira e fazer descarrilar o plano de Erdogan. O presidente russo pode ter de deslocar Forças Especiais da Rússia e divisões blindadas para o norte do país, para desencorajar o aventureirismo de EUA-Turquia e evitar que a guerra converta-se num atoleiro.
Essa é situação daquelas em que a prevenção pode ser muito, muito, compensadora.*****
[1] Sobre o mesmo assunto, ver também "A debacle de Kerry em Viena", do mesmo autor, traduzido no Blog do Alok [NTs].
ALIADOS NORTE-AMERICANOS BOMBARDEIAM OUTRO HOSPITAL
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) exigem que a aliada americana, Arábia Saudita, assuma que destruiu um centro de cuidados médicos da organização humanitária no Norte do Iémen e «se comprometa a facilitar a ajuda humanitária».
O hospital situado na cidade de Haydan foi bombardeado seis vezes a 26 de Outubro pela única força capaz de o fazer, sustenta a organização humanitária, que denuncia que apesar de não haver vítimas mortais a lamentar, a infra-estrutura ficou completamente arrasada e o ataque provocou vários feridos.
Num primeiro momento, a Arábia Saudita, que lidera a coligação responsável pela campanha militar em curso no Iémen, acusou a MSF de ter fornecido ao comando militar saudita coordenadas erradas. Posteriormente, os agressores negaram a autoria da ofensiva e é essa a versão que mantêm.
As Nações Unidas, por seu lado, que através da Unicef também operavam na unidade de saúde visada pelos raides aéreos, corrobora a acusação da MSF. Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, insistiu que «quem controla os céus do Iémen» é que tem de explicar a razão pela qual alvejou uma instalação humanitária, violando o Direito Internacional.
No início de Outubro, um bombardeamento imperialista atingiu outro hospital da MSF, em Kunduz, no Afeganistão, provocando 30 vítimas mortais e dezenas de feridos.
Não deu na Globo, mas a agressão saudita no Iémen, iniciada em Março deste ano, já matou mais de 2300 civis, entre os quais mais de 500 menores, acusam as Nações Unidas. Um dos mais graves crimes ocorridos matou 135 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, que se encontravam numa festa de casamento na província de Taiz.
A barbárie no Iémen deve, no entanto, agravar-se, uma vez que de acordo com informações avançadas pelas forças armadas sírias, aviões da Turquia, Catar e Emirados Árabes Unidos estarão a transportar mercenários do Estado Islâmico, em debandada da Síria, para o Iémen, onde, acrescenta a mesma fonte, servirão de suporte terrestre à operação saudita no território africano.
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=_wnzFJSG7EU&feature=youtu.be
Forum ZN
‘Ocidente terá dificuldades em voltar ao mercado de equipamento militar russo’
Assessor do dirigente da estatal russa exportadora de armas (Rosoboronexport) disse lamentar que os países que seguiram os EUA e aderiram às sanções contra Moscou já tenham os seus lugares no mercado russo de armamentos “ocupados”.
Os países ocidentais vão ter dificuldades em voltar ao mercado russo de defesa e técnico-militar mesmo depois de as sanções serem levantadas, disse no domingo (music) o assessor do diretor da Rosoboronexport Mikhail Zavaly: “Temos pena dos países que andaram às ordens dos EUA e aderiram às sanções. O mercado de equipamento militar nunca perderá importância, mas agora já está ocupado e, mesmo depois de as sanções serem levantadas, será difícil, ou até impossível, aos nossos parceiros ocidentais voltar a este mercado”, disse Zavaly no Salão Aeronáutico de Dubai 2015.
As relações russo-europeias deterioraram em 2014 quando Bruxelas e Washington introduziram sanções econômicas contra a Rússia, alegando o envolvimento de Moscou na crise ucraniana. As autoridades russas têm repetidas vezes declarado que a Rússia nada tem a ver com os acontecimentos no seu país vizinho e responderam com um embargo comercial.
Sputniknews
Exmiembro de Daesh revela violentas luchas internas del grupo
Abu al-Walid al-Tunisi en una entrevista con la televisión Syria Mubashe, vinculada a la oposición siria.
Un exintegrante del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) ha revelado las violentas luchas internas de la banda en Siria, informaron el sábado los medios sirios.
En declaraciones a la televisión Syria Mubasher, vinculada a la oposición siria, Abu al-Walid al-Tunisi, un exfuncionario del hospital de Al-Raqa (norte), el principal bastión de Daesh en Siria, menciona las discrepancias entre Abu Luqman, el autoproclamado gobernador de la ciudad, y Abu Mohamad al-Adnani, el portavoz del EIIL.
Abu Mohamad al-Adnani, el portavoz del EIIL.
Según Al-Tunisi, estas divergencias han dado lugar a los conflictos que se han cobrado la vida de varios miembros del grupo terrorista.
Ha señalado también que un gran número de integrantes de Daesh, en particular los de Azerbaiyán y Túnez, consumen estupefacientes y drogas para cometer crímenes violentos.
Al-Tunisi dice haber desertado del grupo terrorista debido a “las acciones injustas, las discrepancias, las ejecuciones y la discriminación hacia los miembros tunecinos y libios”.
A principios del pasado mes de septiembre de 2015, al menos 47 terroristas de Daesh murieron en los choques internos en el norte de Siria, ha informado este sábado el opositor Observatorio Sirio de Derechos Humanos (OSDH).
Además, 16 miembros del EIIL perdieron la vida en agosto durante una pugna interna por un “botín de guerra” en el norte de Irak.
Los recientes avances del Ejército sirio, con el apoyo de la Fuerza Aérea de Rusia, han intensificado las divisiones entre las bandas terroristas que luchan desde hace más de cuatro años y medio para derrocar al Gobierno del presidente Bashar al-Asad.
rba/ctl/msf - HispanTv
Empresario hispano aspira a la Casa Blanca para detener la ‘amenaza de Trump’
Empresario hispano de California (EEUU), Roque ‘Rocky’ De La Fuente Guerra.
Un empresario hispano de California, oeste de EE.UU., busca la nominación demócrata para la Casa Blanca a fin de detener “la amenaza” que supone el magnate Donald Trump.
“Yo no podía quedarme en mi casa, trabajando, siendo empresario y ver que el próximo presidente puede ser Trump”, afirmó el sábado Roque ‘Rocky’ De La Fuente Guerra, en declaraciones a la agencia española EFE.
El empresario de 61 años de edad y de ascendencia mexicana, que anunció el 1 de octubre de 2015 su postulación a la presidencia, se manifestó enfadado, al igual que muchos hispanos, al ver cómo el precandidato republicano ofende a la comunidad hispana y otras minorías.
Donald Trump en el lanzamiento de su candidatura en junio dijo que México enviaba a EE.UU. “violadores”, criminales y traficantes de droga, declaraciones que generaron rechazo y cólera entre los hispanos en EE.UU., así como países latinoamericanos.
“Es mi deber, como latino y como americano, darle al pueblo una opción y la opción no es Trump”, puntualizó, al tiempo que tachó al precandidato republicano de “una amenaza” para muchas cosas que se han construido en EE.UU. durante décadas.
En esta línea, llamó a toda la comunidad hispana a ejercer su derecho al voto en las presidenciales de 2016, a fin de evitar que llegue a la Casa Blanca “una personas tan radical” como Trump.
Con respecto al plan migratorio de Trump, quien busca levantar un muro fronterizo entre México y EE.UU. de ser elegido, Roque, nacido en San Diego (California), señaló que es una idea “sencillamente ridícula”. “No es una solución, nunca lo fue y no lo será, a diferencia de lo que cree Donald Trump”, subrayó.
A pesar de sus exabruptos, Trump sigue encabezando los sondeos de intención de voto entre los republicanos, según la cadena estadounidense CBS News.
mjs/ctl/msf - HispanTv
Pentágono: EE.UU. planea contener las acciones de Rusia por la vía militar
Estados Unidos cree que Rusia desafía el orden internacional y tiene la intención de contener a Moscú con la ayuda de medios políticos, militares y económicos, según lo anunció este sábado el jefe del Pentágono, Ashton Carter, durante una conferencia en el estado de California.
Ante lo que Carter ha catalogado como "declaraciones amenazantes" de Rusia sobre el uso potencial de armas nucleares, EE.UU. está modernizando la totalidad de su arsenal nuclear, no sólo los submarinos, bombarderos y misiles en tierra que están armados con armas nucleares de largo alcance, sino también las propias ojivas.
"Estamos invirtiendo en las tecnologías que son más relevantes ante las provocaciones de Rusia, como los nuevos sistemas no tripulados, un nuevo bombardero de largo alcance, y la innovación en tecnologías como el cañón de riel electromagnético, láseres y nuevos sistemas de guerra electrónica, espacio y ciberespacio, incluyendo unas sorprendentes que realmente no puedo describir aquí", dijo Carter, citado por AP.
"No buscamos una guerra fría, y mucho menos una caliente con Rusia", dijo el secretario de defensa. "No buscamos hacer de Rusia un enemigo. Pero no tengan duda de que Estados Unidos va a defender nuestros intereses, nuestros aliados, el orden internacional basado en principios, y el futuro positivo que esto nos ofrece".
Las declaraciones de Carter surgen en momentos en los que Rusia se ha reafirmado como una potencia, después de más de dos décadas en las que EE.UU. se presentaba como la parte dominante en las relaciones internacionales. Por su parte China expande su influencia militar más allá de sus propias costas.
"En conjunto, estas tendencias están poniendo a prueba la preeminencia estadounidense y su mayordomía del orden mundial", resalta AP.
Actualidad RT
sábado, 7 de novembro de 2015
Qual é o grande negócio entre Rússia e sauditas?
Pepe Escobar, RT - Tradução: Vila Vudu
DOHA – Na selva de espelhos que cerca a tragédia síria, persiste um fato de mil facetas: apesar dos muitos graus de separação, os sauditas ainda falam com os russos. Por quê?
Uma razão chave é que a perenemente paranoica Casa de Saud sente-se traída pelos seus protetores norte-americanos, os quais, no governo de Obama, parecem ter desistido de manter isolado o Irã.
Os sauditas não conseguem compreender intelectualmente o vai e vem incoerente das políticas de Washington movidas pela eterna disputa de poder entre neoconservadores sionistas e o velho establishment. Não surpreende que se sintam tentados a pularem para o lado russo da cerca. Mas para que isso aconteça, há vários preços a pagar.
Falemos, para começar, sobre petróleo. Em termos de energia, um negócio de petróleo com a Casa de Saud significaria muito para a Rússia. Um acordo aí produziria renda extra de petróleo para Moscou de cerca de $180 bilhões/ano. O resto do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) de fato não conta: Kuwait é protetorado dos EUA; Bahrain é área de férias dos sauditas; Dubai é coruscante operação de lavagem de dinheiro de heroína. Os próprios Emirados Árabes Unidos não passam de milionários pescadores de pérolas. E o Qatar, como disse o inesquecível ‘Bandar Bush’, é "300 pessoas e uma rede de TV", plus uma empresa aérea bem decente que patrocina o time do Barcelona.
Riad – paranoia incluída – tomou atentas notas da suposta "política" do governo Obama, de derrubar a Arábia Saudita servindo-se de uma suposta bonanza de gás natural do Irã, que supostamente substituiria o gás que a Gazprom fornece à Europa. Nunca acontecerá, contudo, porque o Irã precisa de pelo menos $180 bilhões em investimentos de longo prazo para modernizar sua infraestrutura de energia.
Moscou por sua vez anotou atentamente como Washington bloqueou o Ramo Sul. Está tentando bloquear também o Ramo Turco – mas pode dar em nada, depois da recente eleição de Erdogan na Turquia. Além do mais, Washington anda pressionando Finlândia, Suécia, Ucrânia e a Europa Oriental para se armarem ainda mais na OTAN, contra a Rússia.
O rei vai até Vlad
Do ponto de vista da Casa de Saud, três fatores se destacam. 1) Um senso geral de 'alerta vermelho', porque foram privados de um relacionamento exclusivo com Washington, o que incapacita os sauditas para modelarem a política exterior dos EUA no Oriente Médio; 2) ficaram muitíssimo impressionados com a rápida operação russa de contraterrorismo na Síria; e 3) passam a temer como praga a atual aliança russo-iraniana, se ficarem sem meios para influenciá-la.
É o que explica que conselheiros do rei Salman tanto tenham pressionado a ideia de que a Casa de Saud tem muito melhor chance de controlar o Irã em todos os campos – do "Siriaque" ao Iêmen –, se construir relação mais próxima com Moscou. De fato, é possível que o rei Salman visite Putin ainda antes do fim do ano.
Por outro lado, a prioridade de Teerã é vender a maior quantidade possível de gás natural. Isso faz do Irã concorrente natural da Gazprom (não já, enquanto a maior parte das exportações extras serão dirigidas para a Ásia, não para a Europa). Em termos de gás natural, não há concorrência entre russos e sauditas. Com o petróleo, a história é outra: uma parceria russo-saudita faria sentido no quadro de uma redução da OPEP –, desde que consigam algum acordo quanto à tragédia da Síria.
Uma das histórias jamais contadas da recente correria diplomática relacionada à Síria, é o quanto Moscou tem trabalhado em silêncio, nas coxias, para amolecer Arábia Saudita e Turquia. Já estava acontecendo quando os ministros do Exterior de EUA, Rússia, Turquia e Arábia Saudita reuniram-se antes de Viena.
Viena foi crucial, não só porque o Irã estava à mesa pela primeira vez, mas também por causa da presença do Egito – por falar do Egito: já lá estava, imediatamente depois de descobrir novas reservas de petróleo, e já buscando um relacionamento reforçado com a Rússia.
O ponto absolutamente chave foi o seguinte parágrafo incluído na declaração final de Viena [parágrafo 8, ing.]: "Esse processo político pertencerá aos sírios e será conduzido pelos sírios, e o povo sírio decidirá o futuro da Síria".
Não por acaso, só a mídia russa e a mídia iraniana deram a esse parágrafo a merecida importância. Porque aí se determina a morte real da obsessão pela 'mudança de regime' – para grave desassossego dos neoconservadores nos EUA, de Erdogan e da Casa de Saud.
Nada disso significa que haja 100% de concordância na aliança Rússia-Irã, sobre a Síria. Essa semana, o comandante do Corpo de Guardas Revolucionários da República Islâmica [ing. IRGC], major-general Mohammad Ali Jafari explicou mais uma vez que o Irã não vê alternativa alguma a Bashar al-Assad para governar a Síria. Até reconheceu que Moscou talvez nem partilhe integralmente dessa certeza – que é exatamente o que a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Federação Russa, Maria Zakharova, disse algumas vezes.
Mas esse não é o ponto principal. O ponto principal é a morte da opção "mudança de regime", que Moscou encaminhou e declarou. E com isso Putin ficou livre para projetar para mais longe sua estratégia tão altamente elaborada.
Primeiro, telefonou a Erdogan na 4ª-feira, para parabenizá-lo pela consagradora eleição, dele e de seu partido AKP. Assim, agora, Moscou tem alguém com quem conversar em Ancara. Não só sobre a Síria. Também sobre petróleo.
Putin e Erdogan terão crucial encontro sobre energia na reunião do G20 dia 15 de novembro, na Turquia; e está marcada visita de Erdogan a Moscou. Podem apostar que o acordo sobre o Ramo Turco será – finalmente – assinado, ainda antes do final do ano. E no norte da Síria, Erdogan foi obrigado a entender, pelos fatos russos em solo e nos céus, que os esquemas dele para ter sua própria zona aérea de exclusão jamais decolarão.
Rastejando rumo a Meca
O que nos deixa com o problema muito maior: a Casa de Saud.
Há um muro de silêncio em torno da razão número 1 para a Arábia Saudita bombardear e invadir o Iêmen: para explorar os territórios de petróleo virgem do Iêmen lado a lado com Israel – nada menos que isso. Para nem falar da doideira estratégica de comprar briga com guerreiros temíveis como são os Houthis, que semearam o pânico entre aquelas patéticas 'forças' carregadas de mercenários chamadas "exército saudita".
Riad, seguindo seus reflexos filonorte-americanos, até recorreu à empresa Academi – ex-Blackwater –, contratada para reunir os mercenários suspeitos de sempre onde estivessem, até na Colômbia.
Já se suspeitava desde o início, mas agora já não há qualquer dúvida, que o ator responsável pelo caríssimo desastre militar dos sauditas no Iêmen é ninguém menos que o príncipe Mohammad bin Salman, filho do rei que, detalhe crucialmente importante, foi mandado pelo pai para falar com Putin cara a cara.
Para arrematar o torvelinho, o desastre no Iêmen desencadeou uma encenação super hardcore, de coxias, em Riad, envolvendo os que foram postos de lado no reino de Salman, especialmente o clã do falecido rei Abdullah. Dizer que é confusão horrível é horrivelmente pouco.
O Qatar, entrementes, continua a choradeira, porque contava com a Síria como ponto de destino de seu muito ansiado gasoduto, para atender consumidores europeus, ou, no mínimo, como entroncamento crucial na rota até a Turquia.
O Irã, por sua vez, precisava de ambos, Iraque e Síria, para o gasoduto rival Irã-Iraque-Síria, porque Teerã não poderia depender de Ancara enquanto estivesse sob sanções dos EUA (situação que agora mudará, em pouco tempo). A questão é que, tão cedo, o gás iraniano não substituirá a Gazprom como principal fonte para a União Europeia. Se algum dia chegar a isso, ou perto, será terrível golpe contra a Rússia.
Em termos de petróleo, Rússia e os sauditas são aliados naturais. A Arábia Saudita não pode exportar gás natural; o Qatar pode. Para pôr as finanças em ordem – afinal, até o FMI sabe que estão na pista de alta velocidade rumo ao inferno – os sauditas teriam de cortar cerca de 10% da produção com a OPEP, em comum acordo com a Rússia; o preço do petróleo subiria acima do dobro do valor atual. Redução de 10% na produção renderia uma fortuna para a Casa de Saud.
Assim sendo, para ambas, Moscou e Riad, um acordo para elevar o preço do petróleo para $100 o barril, faria total sentido econômico. Pode-se dizer até que, nos dois casos, é questão de segurança nacional.
Mas não seria coisa fácil. O mais recente relatório da OPEP assume que uma cesta de cru não passará de $55 em 2015, com possibilidade de subir $5 por ano, chegando a $80 só em 2020. Aí está um estado de coisas que não serve nem a Moscou nem a Riad.
Ao mesmo tempo, fomentando todos os tipos da mais feroz especulação, o ISIS/ISIL/Daesh ainda consegue embolsar impressionantes $50 milhões mensais vendendo cru de campos sob seu controle em todo o "Siriaque" – segundo as melhores estimativas vindas do Iraque.
O fato de esse mini-petrocalifato conseguir trazer equipamento e especialistas técnicos "do exterior" para manter em operação seu setor de energia é coisa difícil de compreender. "Exterior", aí, significa essencialmente "Turquia" – engenheiros plus equipamento para extração, refino, transporte e produção de energia.
Mas uma das razões de estar acontecendo assim é que a Coalizão dos Oportunistas Finórios (COF) liderada pelos EUA – que inclui Arábia Saudita e Turquia – está hoje bombardeando a infraestrutura estatal de energia da Síria, não os domínios do mini-petrocalifato. Assim, os proverbiais "atores internacionais" estão na região para ajudar de facto o ISIS/ISIL/Daesh a vender cru a contrabandistas por coisa de $10 o barril.
Sauditas – e também a inteligência russa – já observaram a facilidade com que ISIS/ISIL/Daesh consegue fazer operar equipamento norte-americano, cuja operação exige meses de treinamento; mas por ali, num instante, tudo é logo integrado à operação dos terroristas.
É evidentemente claro que os terroristas foram longamente treinados. Enquanto isso, o Pentágono já mandou e continuará a mandar militares de alta patente para todo o "Siriaque" com mensagem clara: se escolherem o lado da Rússia, nós não ajudaremos vocês.
ISIS/ISIL/Daesh, por sua vez, nunca, em tempo algum, fala de libertar Jerusalém. É sempre Meca e Medina.
Que ninguém se engane: há mais sinais do que a vista alcança, de um bom negócio entre Rússia e sauditas.
* Epígrafe acrescentada pelos tradutores, para tentar preservar na tradução a complexa rede semântica que Pepe Escobar – que é leitor de Yeats, citado inúmeras vezes – parece ter 'escrito' aí, no subtítulo "Slouching towards Mecca"/"Rasteja rumo a Meca", adiante. Traduzir não é brincadeira. Traduzir é vida ou morte [NTs].
Forças Armadas da Rússia atingem nível mais forte das últimas décadas
As Forças Armadas da Rússia alcançaram seu maior de prontidão para combate das últimas décadas, afirmam analistas que falaram à Sputnik.
Segundo os especialistas, o combate aéreo na Síria e o impressionante aumento de exercícios militares de todo tipo demonstram que os esforços russos para modernizar suas Forças Armadas vêm se mostrando eficazes.
Três anos atrás, no dia 6 de novembro de 2012, Sergei Shoigu foi nomeado ministro da Defesa da Rússia, substituindo Anatoly Serdyukov, ex-vendedor de móveis que se tornou alvo de um escândalo de corrupção durante seu período na pasta.
Analistas sugerem que durante estes três anos, Shoigu conseguiu não apenas recolocar os militares no caminho e restaurar sua capacidade de combate, mas também transformar sua imagem aos olhos tanto do público russo quanto de observadores internacionais.
O coronel general Leonis Ivashov, vice-presidente da Academia de Assuntos Geopolíticos de Moscou, explicou à Sputnik que o comando de Shoigu conseguiu "antes de mais nada, restaurar a capacidade de combate do Exército e da Marinha."
Além disso, o especialista apontou que "o prestígio do serviço militar cresceu, e hoje jovens estão procurando juntar-se ao Exército, não apenas para servir, mas para um compromisso de vida com o serviço militar."
É um grande contraste com o panorama de alguns anos atrás, quando muitos jovens acreditavam que estava "na moda" encontrar maneiras de evitar o serviço militar obrigatório. Ivashov disse ainda que os eventos recentes demonstraram de forma decisiva que está bem encaminhada a modernização de forças armadas — que foram dilapidadas por falta de interesse durante a década de 90 e por falta de dinheiro durante a maior parte da década de 2000.
As forças russa estão ganhando "novos e avançados sistemas militares e técnicos", aponta Ivashov. Além disso, "o que estamos testemunhando na Síria, no Mar Cáspio e em vários exercícios militares, é de fato o resultado do trabalho do alto escalão do Ministério da Defesa. E, como estamos observando, os resultados são muito bons."
No mês passado, navios russos da Flotilha do Cáspio dispararam 26 mísseis contra 11 alvos na Síria
Sergei Grinyaev, chefe do Centro de Estimativas e Projeções Estratégicas, também de Moscou, concordou com Ivashov, apontando que "hoje, as forças armadas russas atingiram um nível alto de prontidão para combate, com as condições exigidas para conflitos modernos, e capazes para os desafios de hoje e de amanhã também."
Grinyaev acredita que a decisão da equipe de Shoigu de aumentar drasticamente o número de exercícios militares, testando a prontidão de várias seções das Forças Armadas, foi crítica para aumentar a eficiência das tropas russas.
"É claro, se não fosse pelos treinos e exercícios realizados regularmente nos últimos anos, não seria possível ver os resultados que estão sendo alcançados pelas Forças Aeroespaciais, seja na Síria o de forma geral nos moldes de treinamento de combate", ressaltou Grinyaev.
O especialista também ressaltou os benefícios de um novo tipo de competição militar — os Army Games. "Acredito que os benefícios são óbvios. Se compararmos com competições esportivas, são como jogos de exibição, mas sabe-se muito bem que jogos amistosos devem se parecer o máximo possível com os eventos principais. O mesmo se aplica à vida militar. Todos esses 'jogos esportivos' são de fato exercícios que acontecem em ambientes pacíficos", observou o Grinyaev.
Nos últimos três anos, mudanças significativas ocorreram em toda a estrutura das Forças Armadas da Rússia. Em 2015, por exemplo, o país viu a criação de um novo setor: as Forças Aeroespaciais. Além disso, desde 2013 as Forças Armadas viram o surgimento de oito novas unidades operacionais, mais de 25 divisões e 15 brigadas.
Entre o trabalho feito desde 2012 para incrementar a capacidade das forças russas está a criação de um novo Centro de Controle de Defesa Nacional, que permite que o ministro da Defesa e seu time administrem todo o potencial militar da Rússia em tempo-real. Outros centros semelhantes foram instalados regionalmente.
Ente 2012 e 2015, o número de exercícios militares mais do que dobrou em comparação com o período anterior (de 423 a 866).
Sputniknews
Kosovo tenta esconder destruição de igrejas ortodoxas
Uma conta no Instagram com as fotos de locais de culto cristão em Kosovo destruídos pela população de maioria muçulmana albanesa da região foi deletada pela administração do site, que explicou que um grupo de usuários tinha publicado "imagens perturbadoras".
Na esperança de evitar que o Kosovo de se torne membro da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), ativistas estudantis de origem sérvia no Estado autoproclamado criaram uma conta no Instagram chamada "Não à adesão do Kosovo à UNESCO". Lá eles postaram fotos de mosteiros, igrejas e cemitérios destruídos após os muçulmanos de etnia albanesa terem obtido a independência na sequência dos bombardeios da OTAN. O Instagram respondeu através do bloqueio da conta e do seu "conteúdo perturbador".
"Nos disseram que estávamos postando imagens perturbadoras mas nós simplesmente postámos a verdade – igrejas, mosteiros e outros lugares santos sérvios incendiados, a destruição de monumentos, túmulos, e assim por diante", disse Nemanja Bisevac, um dos administradores da conta, aos jornalistas.
Jovan Aleksic, outro administrador da conta e ativista do grupo de protesto Estudantes Pela Verdade (Studenti za Istinu), disse à Sputnik que ele acredita que a página no Instagram foi suspensa após uma denúncia "daqueles que estão empurrando o chamado Estado de Kosovo para à UNESCO", apontando para a administração albanesa da região separatista.
Além disso, os Estudantes Pela Verdade produziram vídeos em sérvio, inglês e árabe, mostrando a aniquilação quase total do patrimônio religioso e cultural sérvio do Kosovo.
Há uma petição on-line apoiando o caso.
Os membros do órgão cultural da ONU deverão votar a adesão de Kosovo à organização em 9 de novembro.
Kosovo declarou independência da Sérvia em fevereiro de 2008; Belgrado ainda considera que sete território é parte da Sérvia. A admissão do Kosovo à UNESCO requer o apoio de dois terços dos 195 membros, 111 dos quais já reconheceram a independência do Kosovo.
Darko Tanaskovic, embaixador da Sérvia na UNESCO, disse à Sputnik anteriormente que a ideologia da "Grande Albânia" defende a destruição dos restos da cultura sérvia e a criação de uma cultura kosovar que se apropriará tudo no seu território.
Mais de 100 igrejas ortodoxas sérvias foram destruídos em Kosovo entre 1999 e 2004, enquanto o território separatista foi administrado pelas Nações Unidas.
A lista do Patrimônio Mundial inclui 802 monumentos culturais. Os únicos monumentos listados em Kosovo são uma série de mosteiros e uma igreja que, em sua maioria, datam do Império Bizantino. Em julho de 2006, o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO incluiu os monumentos medievais em Kosovo na sua Lista de Perigo, citando "dificuldades na sua gestão e conservação decorrente da instabilidade política da região."
Sputniknews
Portugal: O que está em causa
Por Boaventura Sousa Santos*
A União Europeia pode estar a mudar no centro mais do que a periferia imagina.
O fenômeno não é português. É global, embora em cada país assuma uma manifestação específica. Consiste na agressividade inusitada com que a direita enfrenta qualquer desafio à sua dominação, uma agressividade expressa em linguagem abusiva e recurso a táticas que roçam os limites do jogo democrático: manipulação do medo de modo a eliminar a esperança, falsidades proclamadas como verdades sociológicas, destempero emocional no confronto de ideias, etc., etc. Entendo, por direita, o conjunto das forças sociais, econômicas e políticas que se identificam com os desígnios globais do capitalismo neoliberal e com o que isso implica, ao nível das políticas nacionais, em termos de agravamento das desigualdades sociais, da destruição do Estado social, do controlo dos meios de comunicação e do estreitamento da pluralidade do espectro político. Donde vem este radicalismo exercido por políticos e comentadores que até há pouco pareciam moderados, pragmáticos, realistas com ideias ou idealistas sem ilusões?
Estamos a entrar em Portugal na segunda fase da implantação global do neoliberalismo. A nível global, este modelo econômico, social e político tem estas características: prioridade da lógica de mercado na regulação não só da economia como da sociedade no seu conjunto; privatização da economia e liberalização do comércio internacional; diabolização do Estado enquanto regulador da economia e promotor de políticas sociais; concentração da regulação econômica global em duas instituições multilaterais, ambas dominadas pelo capitalismo euro-norte-americano (o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional) em detrimento das agências da ONU que antes supervisionavam a situação global; desregulação dos mercados financeiros; substituição da regulação econômica estatal (hard law) pela autoregulação controlada pelas empresas multinacionais (soft law). A partir da queda do Muro de Berlim, este modelo assumiu-se como a única alternativa possível de regulação social e econômica. A partir daí, o objetivo foi transformar a dominação em hegemonia, ou seja, fazer com que mesmo os grupos sociais prejudicados por este modelo fossem levados a pensar que era o melhor para eles. E, de fato, este modelo conseguiu nos últimos trinta anos grandes êxitos, um dos quais foi ter sido adotado na Europa por dois importantes partidos sociais-democratas (o partido trabalhista inglês com Tony Blair e o partido social-democrata alemão com Gerhard Schröder) e ter conseguido dominar a lógica das instituições europeias (Comissão e BCE).
Mas, como qualquer modelo social, também este está sujeito a contradições e resistências, e a sua consolidação tem tido alguns reveses. O modelo não está plenamente consolidado. Por exemplo, ainda não se concretizou a Parceria Transatlântica, e a Parceria Transpacífico pode não se concretizar. Perante a constatação de que o modelo não está ainda plenamente consolidado, os seus protagonistas (por detrás de todos eles, o capital financeiro) tendem a reagir brutalmente ou não consoante a sua avaliação do perigo iminente. Alguns exemplos. Surgiram os BRICS (Brasil, Rússia, India, China e Africa do Sul) com a intenção de introduzir algumas nuances no modelo de globalização econômica. A reação está a ser violenta e sobretudo o Brasil e a Rússia estão sujeitos a intensa política de neutralização. A crise na Grécia, que antes de este modelo ter dominado a Europa teria sido uma crise menor, foi considerada uma ameaça pela possibilidade de propagação a outros países. A humilhação da Grécia foi o princípio do fim da UE tal como a conhecemos. A possibilidade de um candidato presidencial nos EUA que se autodeclara como socialista (ou seja, um social-democrata europeu), Bernie Sanders, não representa, por agora, qualquer perigo sério e o mesmo se pode dizer com a eleição de Jeremy Corbyn para secretário-geral do Labour Party. Enquanto não forem perigo, não serão objeto de reação violenta.
E Portugal? A reação destemperada do Presidente da República a um governo de esquerda qualquer parece indicar que o modelo neoliberal, que intensificou a sua implantação no nosso país nos últimos quatro anos, vê em tal alternativa política um perigo sério, e por isso reage violentamente. É preciso ter em mente que só na aparência estamos perante uma polarização ideológica. O Partido Socialista é um dos mais moderados partidos sociais-democratas da Europa. Do que se trata é de uma defesa por todos os meios de interesses instalados ou em processo de instalação. O modelo neoliberal só é anti-estatal enquanto não captura o Estado, pois precisa decisivamente dele para garantir a concentração da riqueza e para captar as oportunidades de negócios altamente rentáveis que o Estado lhe proporciona. Devemos ter em mente que neste modelo os políticos são agentes econômicos e que a sua passagem pela política é decisiva para cuidar dos seus próprios interesses econômicos.
Mas a procura da captura do Estado vai muito além do sistema político. Tem de abarcar o conjunto das instituições. Por exemplo, há instituições que assumem uma importância decisiva, como o Tribunal de Contas, porque estão sob a sua supervisão negócios multimilionários. Tal como é decisivo capturar o sistema de justiça e fazer com que ele atue com dois pesos e duas medidas: dureza na investigação e punição dos crimes supostamente cometidos por políticos de esquerda e negligência benévola no que respeita aos crimes cometidos pelos políticos de direita. Esta captura tem precedentes históricos. Escrevi há cerca de vinte anos: “Ao longo do nosso século, os tribunais sempre foram, de tempos a tempos, polêmicos e objeto de acesso escrutínio público. Basta recordar os tribunais da República de Weimar logo depois da revolução alemã (1918) e os seus critérios duplos na punição da violência política da extrema-direita e da extrema-esquerda. (Santos et al., Os Tribunais nas Sociedades Contemporâneas - O caso português. Porto. Edições Afrontamento, 1996, página 19). Nessa altura, estavam em causa crimes políticos, hoje estão em causa crimes econômicos.
Acontece que, no contexto europeu, esta reação violenta a um revés pode ela própria enfrentar alguns reveses. A instabilidade conscientemente provocada pelo Presidente da República (incitando os deputados socialistas à desobediência) assenta no pressuposto de que a União Europeia está preparada para uma defenestração final de toda a sua tradição social democrática, tendo em mente que o que se passa hoje num país pequeno pode amanhã acontecer em Espanha ou Itália. É um pressuposto arriscado, pois a União Europeia pode estar a mudar no centro mais do que a periferia imagina. Sobretudo porque se trata por agora de uma mudança subterrânea que só se pode vislumbrar nos relatórios cifrados dos conselheiros de Angela Merkel. A pressão que a crise dos refugiados está a causar sobre o tecido europeu e o crescimento da extrema-direita não recomendará alguma flexibilidade que legitime o sistema europeu junto de maiorias mais amplas, como a que nas últimas eleições votou em Portugal nos partidos de esquerda? Não será preferível viabilizar um governo dirigido por um partido inequivocamente europeísta e moderado a correr riscos de ingovernabilidade que se podem estender a outros países? Não será de levar a crédito dos portugueses o fato de estarem a procurar uma solução longe da crispação e evolução errática da “solução” grega? E os jovens, que encheram há uns anos as ruas e as praças com a sua indignação, como reagirão à posição afrontosamente parcial do Presidente e à pulsão anti-institucional que a anima? Será que a direita pensa que esta pulsão é um monopólio seu?
Na resposta a estas perguntas está o futuro próximo do nosso país. Para já, uma coisa é certa. O desnorte do Presidente da República estabeleceu o teste decisivo a que os portugueses vão submeter os candidatos nas próximas eleições presidenciais. Se for eleito(a), considera ou não que todos os partidos democráticos fazem parte do sistema democrático em pé de igualdade? Se em próximas eleições legislativas se vier a formar no quadro parlamentar uma coligação de partidos de esquerda com maioria e apresentar uma proposta de governo, dar-lhe-á ou não posse?
*Director do Centro de Estudos Sociais, Laboratório Associado, da Universidade de Coimbra
Eurodiputados pedirán presencia de Parlamento Europeo en elecciones de Venezuela
Eurodiputados españoles del Parlamento Europero (PE), Fernando Maura (izqda.), Ramón Jáuregui (centro) y Gabriel Mato, ofrecen una rueda de prensa en Caracas, 6 de noviembre de 2015.
Los eurodiputados solicitarán al Parlamento Europeo (PE) que esté presente en las próximas elecciones legislativas venezolanas, informó el viernes el eurodiputado español Ramón Jáuregui.
Jáuregui, que viajó a Venezuela en misión "exploratoria" en representación del PE, declaró en una rueda de prensa que la presencia de los representantes políticos de los partidos venezolanos en las próximas elecciones que tendrán lugar en el país latinoamericano, puede ayudar a la credibilidad del sistema electoral.
"Venezuela vivirá el 6 de diciembre una fecha posiblemente histórica porque va a determinar el futuro del país en unas circunstancias como las que está viviendo, que son en parte bastante dramáticas”, opinó Jáuregui.
Asimismo, el también diputado del Partido Socialista Obrero Español (PSOE) de España, aseguró que las elecciones venezolanas, hasta ahora, han sido “limpias”, pues no se ha registrado fraude electoral alguno en el país sudamericano.
Además aclaró que no habían recibido quejas acerca de la parte "técnica" del aparato electoral, pero sí informó de que existe cierta preocupación por la presunta desigualdad de oportunidades durante el desarrollo de los comicios.
Igualmente, el eurodiputado español estimó que la Unión Europea (UE), junto a la Organización de Estados Americanos (OEA), "debería haber integrado una representación" a través de la Unión de Naciones Sudamericanas (Unasur), que el jueves aprobó su misión electoral para Venezuela.
Jáuregui manifestó su pesar por no haber sido recibido por las autoridades venezolanas y, a este respecto, señaló que, a su juicio, estas perdieron la oportunidad de hablar con un representante de 500 millones de personas.
El presidente de la Asamblea Nacional de Venezuela, Diosdado Cabello, acusó la misma jornada a Jáuregui y a sus compañeros de "querer entrometerse en los asuntos de Venezuela".
Presidente venezolano, Nicolás Maduro (izqda.), y el presidente de la Asamblea Nacional de Venezuela, Diosdado Cabello, levantan sus puños en la Asamblea Nacional, en Caracas, 6 de julio 2015.
“Jamás recibiré a alguien que se vaya por el mundo a denigrar y atacar a nuestro país, no son bienvenidos, por lo menos para mí”, dijo Cabello.
Jáuregui, que preside la delegación enviada por la Cámara europea a Venezuela, se unió el viernes a los eurodiputados Gabriel Mato, de la agrupación política Partido Popular (PP), y Fernando Maura, vicepresidente del Grupo de la Alianza de los Demócratas y Liberales por Europa, que habían llegado el miércoles a Caracas (capital venezolana).
El Consejo Nacional Electoral (CNE), que en el mes de junio anunció las próximas elecciones legislativas para el 6 de diciembre, rechazó el miércoles haber vetado la presencia de cualquier observador internacional en las elecciones parlamentarias venezolanas.
En reiteradas ocasiones, las autoridades venezolanas han advertido de las acciones de la extrema derecha para desestabilizar el país en vísperas de los comicios legislativos.
El mes pasado, el presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, denunció los planes de la derecha para desestabilizar las elecciones legislativas.
tqi/anz/msf - HispanTv
Avión británico con 189 pasajeros fue atacado con un cohete en Egipto
Un avión británico con 189 pasajeros a bordo fue atacado el pasado mes de agosto con un cohete cerca de Sharm el-Sheij, en Egipto revela el viernes Dailymail.
Según el diario británico, el 23 de agosto de 2015, el vuelo Thomson que iba desde Londres, capital británica, a Egipto fue atacado con un misil. El piloto al percatarse del hecho, aumentó la velocidad del aparato, logrando escapar de un inminente impacto.
"En el momento del incidente, el segundo piloto estaba conduciendo el avión. El primer piloto que estaba sentado en la cabina vio que un misil se está acercando al avión", indicó el rotativo que cita a una fuente bajo anonimato.
El capitán del avión "ordenó al segundo piloto que dirija el avión a la izquierda para evitar el impacto del misil, que estaba a unos 1000 pies de distancia", añadió.
El rotativo también mencionó que el avión de pasajeros aterrizó sin problemas y los turistas no fueron informados que habían sido objeto de un ataque terrorista.
Esta revelación se ha hecho después de que, el 31 de octubre, una aeronave rusa Airbus-321, con 224 personas a bordo, se estrellara tras despegar de la localidad egipcia de Sharm el-Sheij con destino a la ciudad rusa de San Petersburgo.
Una vez ocurrido el incidente, la rama del grupo takfirí EIIL (Daesh, en árabe) en la península del Sinaí divulgó un video en el cual alega haber derribado el avión ruso, algo que fue desmentido rotundamente tanto por Moscú como por El Cairo, si bien lo consideraron "poco probable".
A su vez, EE.UU. considera posible que la tragedia del avión de pasajeros ruso A321 hubiera sido provocada por la explosión de una bomba en la aeronave.
mkh/ncl/rba - HispanTv
Intifada palestina provoca trastornos psicológicos entre los israelíes
Colonos israelíes en una sinagoga en un asentamiento ilegal situado al norte de Al-Quds (Jerusalén), el 4 de noviembre de 2015.
Los resultados de una investigación académica realizada en los territorios ocupados de Palestina indican un aumento de las enfermedades psicológicas entre los israelíes por la Intifada de los palestinos.
Un estudio llevado a cabo recientemente por la universidad israelí Tel-Hai pone de relieve que tras el comienzo de la IIIª Intifada (“levantamiento”, en árabe) de los palestinos, más de un millón y medio de israelíes padecen estrés, depresión, ansiedad y pánico.
Esta investigación conjunta, realizada por los profesores Shaul Kimhi, Yohanan Eshel y Mooli Lahad, muestra que el sentimiento de temor y angustia provocado por la Intifada de los palestinos ha aumentado considerablemente entre los israelíes.
El estudio detalla que el pasado mes de julio un millón de israelíes se sentía preocupado debido a los recientes acontecimientos registrados en los territorios ocupados palestinos; esta cifra se sitúa actualmente en un millón y medio.
Conforme a los resultados de esta investigación, unos 126.000 israelíes se han visto obligados a consultar a un médico para tratar sus enfermedades.
Las tensiones en los territorios ocupados palestinos aumentaron considerablemente tras una oleada de incursiones y profanaciones a la Mezquita Al-Aqsa, en Al-Quds (Jerusalén), que provocó la ira del pueblo palestino, obligado a comenzar una nueva Intifada para liberar su ocupada capital.
Desde el 1 de octubre, más de 78 palestinos han muerto y miles más han resultado heridos por las fuerzas israelíes.
El Movimiento de Resistencia Islámica Palestina (HAMAS) declaró el pasado domingo que cualquier intento regional o internacional para acabar con la actual Intifada no logrará su objetivo.
Dos días antes, Husam Bardan, un portavoz de HAMAS, advirtió de que si el régimen de Tel Aviv no deja de cometer crímenes contra los ciudadanos palestinos, “nos forzará a aplicar nuevos métodos para obligarlos a cesar la represión”.
En este mismo sentido, el sheij Nafez Ezam, miembro del Movimiento de la Yihad Islámica Palestina, insistió el viernes en la continuación de la IIIª Intifada del pueblo palestino, hasta alcanzar todos sus objetivos.
hnb/anz/msf - HispanTv
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