sábado, 11 de junho de 2016

Filme retrata morte de embaixador dos EUA em Benghazi, Líbia


Embaixador norte-americano Chris Stevens, linchado nas ruas de Benghazi até à morte após se desentender com mercenários líbios durante pagamentos no consulado

Há tempos que os Estados Unidos da América ganha guerras apenas nos filmes, na ficção. Wollywood está a serviço do entretenimento, isto é, da diversão, sem compromisso com a realidade ou a verdade dos fatos. O cinema norte-americano é dominado, na sua maioria, por judeus sionistas que manipulam a história em benefício próprio. O filme “13 Horas – Os soldados secretos de Benghazi” é mais um exemplo dessa manipulação criminosa e mentirosa.


Baseado em fatos reais, o longa conta a estória de um grupo de seis soldados privados que trabalham num complexo da CIA em Benghazi, na Líbia, em 2012. Em um aniversário dos atentados de 11 de setembro, eles precisaram defender um centro de espionagem disfarçado de consulado dos EUA que recebe a visita do embaixador americano, e que, obviamente, será um alvo de terroristas. O filme lançado neste ano é dirigido por Michael Bay e tem no elenco John Krasinski, James Badge Dale e Max Martini.


O que o filme mostra

O filme começa com cenas de 20 de outubro de 2011, quando mercenários e traidores líbios assassinaram o líder Muamar Kadafi em Sirte.
Mostra o embaixador norte-americano Chris Stevens como um patriota bem intencionado, viajando de Tripoli a Benghazi para participar de reunião na prefeitura local com apenas 2 guarda-costas (algo impossível). Em zonas de guerra embaixadores se deslocam – quando se deslocam – com um verdadeiro exército de guarda-costas. Neste caso o número de guarda-costas foi reduzido em função da incompetência de Hillary Clinton, que na época não autorizou o reforço na segurança do embaixador que acabou linchado até a morte pelas ruas de Benghazi, ao lado de outros 4 agentes da CIA.


Hillary Clinto ao lado de traidores líbios em Trípoli

No filme os líbios são apresentados como vítimas do “ditador Kadafi”. Os norte-americanos são os mocinhos que chegaram para salvar a todos trazendo a democracia.
Os soldados privados – leia-se mercenários norte-americanos – são mostrados como mocinhos, bonzinhos, patriotas, generosos. Nada mais falso. Na maioria das vezes esses “soldados privados” são mercenários ensandecidos, psicopatas, criminosos da pior espécie. No Iraque ficaram conhecidos como ‘cachorros loucos”. Após servir nas guerras norte-americanas, voltam para os Estados Unidos para trabalhar como seguranças nos cassinos de Las Vegas e/ou na máfia, quadrilhas de traficantes etc.

O que o filme não mostra

O filme só não mostra a verdade. Não mostra que a Líbia, sob a direção de Kadafi era o país com melhor IDH da África, um país solidário que financiava projetos de saúde em dezenas de países africanos.
O filme não mostra que em 1986 o governo norte-americano bombardeou a Líbia mas não conseguiu vencer a resistência do valente povo árabe líbio. Em 2011 o governo dos EUA recorreu aos seus fantoches, os governos da França, Inglaterra, Itália, Canadá entre outros, para bombardear a Líbia, fazendo o serviço sujo que não conseguiram em 1986.


Consulado dos EUA em Benghazi, transformado em quartel da CIA. Incendiado por mercenários que não receberam o dinheiro combinado com o embaixador Chris Stevens.

Hoje a Líbia é um país com campos de petróleo ocupados por tropas militares norte-americanas e inglesas, para permitir o roubo do petróleo. Isso o filme não mostra, assim como também não mostra o país destruído e dividido, bombardeado por potências terroristas que não pouparam nem mesmo a canalização do rio artificial que trazia água da fronteira com o Egito para irrigar cidades do deserto líbio.
A Líbia foi destruída em sua infraestrutura em 2011 e seu líder Muamar Kadafi foi assassinado, martirizado. Morreu de forma heroica, lutando até o final, mesmo sabendo ser impossível vencer a união de potências imperialistas que enfrentava.

Em resumo, o filme “13 Horas – Os soldados secretos de Benghazi” é mais um enlatado de Wollywood, a serviço da mentira e da difamação.

José Gil