sábado, 11 de junho de 2016

Macri incompetente: Indústria argentina para por falta de gás


Cerca de 475 fábricas na Argentina estão com as atividades parcial ou totalmente suspensas desde quinta por causa de restrição determinada pelo governo no abastecimento de gás natural.

O frio intenso levou os argentinos a ligarem sistemas de calefação e fez a demanda por gás chegar a 150 milhões de metros cúbicos por dia. Como a capacidade de produção é de apenas 104 milhões, o governo de Mauricio Macri optou por privilegiar casas, hospitais e escolas.

A promessa do governo é normalizar o fornecimento a partir de segunda-feira.

Apenas empresas que não podem desligar seus fornos, como as de vidro, estão com o abastecimento mantido.

O país também passou a importar gás de Bolívia, Chile, África, EUA e Ásia.

Do Uruguai, do Paraguai e do Brasil, a Argentina está comprando energia elétrica.

O mau tempo ainda prejudicou, nesta semana, a atracação dos navios que trazem gás do exterior.

A crise energética é antiga e as empresas já estão acostumadas com a falta de gás no inverno há pelo menos dez anos, diz Daniel Artana, economista-chefe da Fiel (Fundação de Investigações Econômicas Latino-Americanas).

Mesmo com falta de gás no país, prejudicando a economia, Mauricio Macri determinou um reajuste de até 400% nas tarifas de gás para residências e de até 500% para empresas. Essas medidas fizeram com que industriais do setor que apoiaram e financiaram a campanha de Macri, agora retirassem o apoio e passassem a criticá-lo abertamente, acusando o atual presidente de "incompetente".