sábado, 11 de junho de 2016

Contra o golpe e o governo golpista de Temer, mais de 1 milhão de manifestantes foram às ruas em todo o Brasil


Contra o golpe e o governo golpista de Temer, e em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, mais de 1 milhão de manifestações foram às ruas nesta sexta-feira (10) em todo o Brasil.

A mobilização foi articulada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, formadas por mais de 60 entidades, entre elas, CUT, CTB, Intersindical, MST, MTST, CMP e movimentos de mulheres, jovens e negros.

As mobilizações ocorreram em todos os Estado, no Distrito Federal e em várias cidades do interior do País. Em São Paulo, o ato foi realizado na Avenida Paulista, a partir das 17h. e contou com a participação do ex-presidente Lula, dentre líderes sindicais, de movimento popular, estudantil, cultural e político de diversos partidos que combatem o golpe.

O ex-presidente Lula fez duro discurso contra atos ditatoriais que vem sendo adotados no governo golpista de Temer, eliminando conquistas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras e dos movimentos sociais, e principalmente dos menos favorecidos deste país. Lula se emocionou ao falar das perseguições que ele e sua família vêm sofrendo de setores do MP, PF e Justiça, que agem politicamente em conluio com a mídia de direita e golpista.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas que conclamou os/as trabalhadores/as a participarem das manifestações em defesa dos empregos e dos direitos, disse que “As medidas que veem sendo anunciadas pela equipe do governo interino do golpista Michel Temer, mostram que eles querem tirar direitos sociais e trabalhistas, como a CLT, a carteira assinada, as férias e o 13º salário.”

“Sempre alertei os trabalhadores que o golpe era contra nossos direitos e conquistas. E as medidas que a equipe de Temer veem debatendo via imprensa comprovam isso. Querem fazer a reforma da previdência e a trabalhista. Reforma é sempre para tirar direitos e agradar os patrões.”

Segundo o presidente da CUT, o Dia Nacional de Mobilização é uma das ações programadas pela CUT e pelos movimentos sociais para a construção da greve geral em defesa dos direitos da classe trabalhadora.

Nesta sexta (10), petroleiros e bancários fazem greve de 24 horas. Os petroleiros e os bancários, duas das maiores categorias filiadas a CUT, fazem greve de 24 horas contra a retirada de direitos da classe trabalhadora.

Segundo o coordenador geral da FUP – Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel, a paralisação de 24 horas que os petroleiros realizam nesta sexta-feira é uma das ações para a retomada das mobilizações da categoria contra a entrega do Pré-Sal e a privatização da Petrobrás.

Os bancários de todo o Brasil cruzam os braços nesta sexta contra as ameaças de aposentadoria aos 65 anos, terceirização ilimitada, flexibilização da CLT, privatização da Caixa e do Banco do Brasil.

Durante três dias (2, 3 e 6 de junho) o Sindicato percorreu centenas de locais de trabalho fazendo assembleias nas quais os bancários definiram, por meio de votos em urna, posição sobre paralisar as atividades no dia nacional de mobilização. Dos 14.941 trabalhadores que participaram da votação, a esmagadora maioria, 12.095 ou 81% dos votantes, disseram sim para o ato que em todo o Brasil manifesta a luta contra a retirada de direitos.

“O projeto que está sendo colocado prevê uma série de retirada de direitos, o que para os trabalhadores é inadmissível. Por isso vamos cruzar os braços: não aceitamos nenhum direito a menos”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

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