segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Moscú: "La muerte de un general ruso en Siria es resultado de la hipocresía de EE.UU."


El teniente general Valeri Asápov, que lideraba un grupo de consejeros militares rusos que asistían al Ejército sirio en la liberación de Deir ez Zor, resultó mortalmente herido por la explosión de un mortero.

La muerte del teniente general Valeri Asápov en Siria es "el precio" que Rusia tuvo que pagar "por la hipócrita política estadounidense en Siria", según ha afirmado este lunes el viceministro de Asuntos Exteriores de Rusia, Serguéi Riabkov.

Según el viceministro ruso, Moscú está preocupado por el hecho de que Washington, a pesar de declarar su interés en eliminar al Estado Islámico, con sus acciones demuestre lo contrario.

En concreto, "algunas de sus acciones" demuestran que para Washington "ciertas tareas políticas y geopolíticas" son "más importantes que lo que se declara en términos de adhesión a la lucha antiterrorista", ha señalado Riabkov.

Con todo, el político ha asegurado que los militares rusos y estadounidenses mantienen contactos "intensivos" en diferentes niveles.

El teniente general Valeri Asápov lideraba un grupo de consejeros militares rusos que asistían al Ejército sirio en la liberación de la ciudad de Deir Ezzor.
Asápov resultó mortalmente herido por la explosión de un mortero mientras se encontraba en un punto de mando de las fuerzas militares sirias, informó el Ministerio ruso de Defensa.
El Ministerio anunció que concederá al militar ruso con una alta condecoración estatal a título póstumo. Se trata de la primera vez que un militar ruso de alto rango fallece en el conflicto sirio.

Actualidad RT

domingo, 24 de setembro de 2017

Brasil: Generais tramam golpe nas barbas de um presidente desmoralizado


por WADIH DAMOUS, Deputado federal pelo PT/RJ e ex-presidente da OAB/RJ

A Constituição é clara: o presidente da República é o comandante supremo das forças armadas. E no seu artigo 142 o texto constitucional só admite a atuação dos militares na garantia da lei e da ordem por iniciativa dos poderes constitucionais; jamais por conta própria. A ordem jurídica também veda a opinião de caráter político por parte de oficiais da ativa.

No entanto, em menos de 48 horas, três generais – dois deles pertencentes ao alto comando do Exército, aí incluído o comandante, e um da reserva, mas visto como uma forte liderança por seus pares desde que comandou a primeira força de paz do Brasil no Haiti – fizeram letra morta desse marco legal ao defenderem a intervenção militar, para impedir a “instalação do caos.”

Em qualquer país de democracia avançada, insubordinações e desafios à ordem constitucional, como os protagonizados pelos generais brasileiros, seriam imediatamente coibidos com o afastamento das funções, como no caso do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, e outras punições previstas em lei ou no regulamento disciplinar do Exército.

No Brasil pós-golpe, no entanto, o ministro da Defesa, também superior hierárquico dos generais, se limita a fazer uma tímida e envergonhada declaração sobre o assunto, enquanto o presidente – talvez acuado por saber de sua rala autoridade, uma vez que é produto de um golpe de estado- se omite completamente.

Tivesse Temer reagido à altura ao discurso do general Antônio Hamilton Mourão, que deu origem às demais falas de caráter golpista vindas da caserna, a anarquia poderia morrer no nascedouro.

Na base de Temer na Câmara dos Deputados e no Senado prevalece um silêncio preocupante em relação às escaramuças antidemocráticas a que o Brasil assiste.

Mesmo o campo democrático e de esquerda parece ainda não ter se dado conta do tamanho e da ferocidade do monstro que se vislumbra no horizonte.

A presidente nacional do PT é uma das exceções. Merece aplausos a nota emitida pela senadora Gleisi Hoffmann conclamando os democratas a cerrarem fileiras ante à ameaça dos militares de alta patente.

Vale recuar no tempo para lembrar que o golpe de 1964 foi precedido por falas polêmicas e desencontradas de chefes militares, alguns em defesa da legalidade, outros dando corda de forma sútil ou explícita à conspirata então em curso.

E não tenhamos dúvidas de que o alvo principal dos que hoje tramam a liquidação do regime democrático são as forças de oposição, os movimentos sociais, a mídia contra-hegemônica e a luta popular por direitos.

Circula na internet uma palestra de um dos insubordinados, o general Mourão, de sobrenome de triste memória, destilando intolerância contra a esquerda, a partir de considerações extremamente ignorantes e preconceituosas sobre o Fórum de São Paulo, uma articulação entre partidos e movimentos de esquerda da América Latina, fundado em 1999, na capital paulista.

A esquerda é citada ainda pelo general Augusto Heleno, quando saiu em defesa de Mourão : “ A esquerda, em estado de pânico depois de seus continuados fracassos viu nisso [nas declarações de Mourão] uma ameaça de intervenção militar. Ridículo.”

O risco às instituições democráticas é real. Não se trata de enxergar fantasmas onde eles não existem, nem de dar aso a análises catastróficas. O perigo é de carne e osso e veste verde oliva. Fascistas e golpistas não passarão.

Viomundo

IPSOS: REJEIÇÃO A MORO DISPARA E A DE LULA CAI


Brasil 247 – Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos traz dados surpreendentes.

Realizada depois da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também após o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci, ela mostra que a rejeição ao juiz Sergio Moro, que conduz a Lava Jato, disparou. O índice dos que desaprovam seus métodos chega a 45%, contra apenas 48% que o aprovam, numa situação de empate técnico.

Ao mesmo tempo, a rejeição a Lula, condenado a nove anos e meio de prisão, caiu e é uma das menores entre todos os presidenciáveis. "O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seu índice de desaprovação reduzido e sua taxa de aprovação ampliada em setembro na comparação com o mês anterior, segundo o mais recente Barômetro Político, pesquisa mensal de credibilidade realizada pelo instituto Ipsos. O porcentual da população que não concorda com a atuação de Lula caiu de 66% para 59%, enquanto a parcela da sociedade que o aprova subiu de 32% para 40%, a maior em dois anos de levantamento – apenas 1% não soube opinar", aponta reportagem de Adriana Ferraz e Gilberto Amendola, publicada no Estado de S. Paulo.

"Ao mesmo tempo, o juiz federal Sérgio Moro, que condenou Lula e é símbolo da Lava Jato, alcançou uma taxa de desaprovação de 45%, recorde desde setembro de 2015. As impressões da população sobre Lula, Moro e demais personalidades foram colhidas entre os dias 1.º e 14 deste mês, ou seja, antes e depois do depoimento de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula e da Casa Civil de Dilma Rousseff", apontam ainda os jornalistas.

Ou seja: cresce, na sociedade brasileira, a percepção de que ele é alvo de perseguição judicial, com objetivos políticos.

Segundo o também cientista político Cláudio Couto, da FGV-SP, o embate entre Lula e Moro parece estar criando uma vitimização do ex-presidente. “Além disso, a aprovação de Lula surfa na desaprovação do governo Temer”, afirmou Couto. A desaprovação a Temer alcançou 94%.

Chanceler russo diz por que EUA não atacarão Coreia do Norte


De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, os EUA não irão atacar a Coreia no Norte por não terem dúvidas que Pyongyang possui realmente armas nucleares.
Isso foi referido pelo chanceler russo durante uma transmissão do canal russo NTV.

Segundo Lavrov, "os norte-americanos atacaram o Iraque exclusivamente por possuírem informações 100% confiáveis que o país já não tinha quaisquer armas de destruição em massa".

Assim, para o ministro russo, "os EUA não irão atacar a Coreia do Norte porque o país não apenas suspeita, mas tem certeza que os norte-coreanos têm bombas nucleares", e "quase todo mundo concorda" com esta análise.


Ele acrescenta também que, caso esta análise não seja compreendida pelos EUA, existe um risco que tudo fracasse e então "dezenas de milhares, ou mesmo centenas, de pessoas inocentes vão sofrer", cidadãos da Coreia do Sul, Coreia do Norte, Japão, e até da Rússia e da China podem ser afetados.
Falando sobre os caminhos possíveis para a resolução da crise coreana, o ministro frisou que é preciso agir "apenas com carinho, convencimento e persuasão".

Anteriormente, o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, em seu discurso no quadro da Assembleia Geral da ONU, ameaçou os EUA com um ataque nuclear em resposta aos insultos ao líder norte-coreano, Kim Jong-un. Ele também chamou Trump de "pessoa mentalmente perturbada sofrendo de megalomania". Por sua vez, Trump afirmou que "se ele ecoa os pensamentos do pequeno homem-foguete [apelido dado por Trump a Kim Jong-un], eles não existirão aqui por muito mais tempo".

Sputnik Brasil

Moscou revela fotos de material bélico dos EUA nas posições do Daesh


O Ministério da Defesa da Rússia publicou na sua conta no Facebook fotos aéreas de posições do Daesh (organização proibida na Rússia), perto da cidade de Deir ez-Zor, nas quais se vê material bélico dos EUA.

"Graças às fotografias aéreas captadas entre 8 e 12 de setembro de 2017, perto das posições do Daesh foi detectado um grande número de veículos blindados norte-americanos Hummer que estão em serviço das forças especiais dos EUA", informou o ministério.

Segundo o ministério, nas fotos é claramente visível o posicionamento das forças especiais dos EUA em pontos de apoio que anteriormente foram equipados pelos terroristas. Nas fotos não há nenhuns vestígios de ataques, bem como de confrontos com os terroristas ou crateras provocadas por ataques aéreos realizados pela coalizão internacional liderada pelos EUA.

"Embora os pontos de apoio dos destacamentos das Forças Armadas dos EUA estejam nas zonas das atuais posições do Daesh, não existem quaisquer vestígios de preparação para combate. Isso significa que todos os militares norte-americanos que estão ali se sentem seguros nas zonas controladas pelos terroristas", sublinha o ministério.

De acordo com o ministério, as tropas das Forças Democráticas da Síria (FDS), controladas pelos EUA, estão avançando com apoio das forças especiais norte-americanas e sem oposição do Daesh ao longo da margem esquerda do rio Eufrates em direção a Deir ez-Zor.

Hoje, o vale do rio Eufrates é a única grande zona controlada parcialmente pelo Daesh. Nos últimos dias, os militares do Exército sírio, com o apoio da Força Aeroespacial russa, conseguiram fazer grandes avanços na libertação do território dos terroristas. Em 5 de setembro, foi quebrado o cerco do Daesh a Deir ez-Zor, que durou por três anos.

Sputnik Brasil

Noticiero de la RPD Corea - Corea del Norte


Kim Jong Un publica declaración del Presidente del Comité de Estado de la RPDC

(ACNC) -- Kim Jong Un, Presidente del Partido del Trabajo de Corea y del Comité de Estado de la República Popular Democrática de Corea y Comandante Supremo del Ejército Popular de Corea, publicó una declaración relativa al discurso del presidente de los Estados Unidos de América, pronunciado en la Asamblea General de la ONU.
La declaración en nombre del Presidente del Comité de Estado de la RPDC fue publicada el 21 de septiembre del 106 (2017) de la Era Juche en la sede del CC del PTC.

Declaración del Presidente del Comité de Estado de la RPDC
(ACNC) -- El Máximo Dirigente Kim Jong Un, Presidente del Comité de Estado de la República Popular Democrática de Corea, publicó el día 21 una declaración.
A continuación el texto íntegro:
En la actualidad la situación de la Península Coreana se agrava más que nunca y se acerca cada día más al punto de explosión. En tales circunstancias delicadas, llama, pues, la atención mundial el discurso del mandatario norteamericano quien pronunció por primera vez en la ONU.
Supuse en cierto grado lo que él quería decir. Pero, pensé que ese sujeto, presidente norteamericano, haría declaraciones preparadas, por lo menos, a diferencia de los disparates que pronuncia de manera improvisada en su despacho, pues la ONU es el escenario diplomático oficial más importante del mundo.
Sin embargo, lejos de decir las palabras convincentes a favor de relajar la situación, él habló de la "destrucción total" de nuestro Estado, tontería grosera que ninguno de los anteriores presidentes estadounidenses había pronunciado.

El perro cobarde ladra más.

Aconsejo a Trump que al pronunciar palabras ante el mundo, sepa elegir términos adecuados teniendo en cuenta a quién se dirige.
Sobrepasando el marco de la amenaza con cambiar nuestro Poder o derrocar nuestro régimen, él expuso abiertamente en la ONU su voluntad antiética de destruir completamente un Estado soberano. Esta conducta es tan psicópata que las personas de mente normal quedan perplejas y pierden su prudencia y paciencia.
Esto me hace recordar las palabras burlonas como "ignorante de los asuntos políticos" y "hereje político" que se decían para referirse a Trump durante la campaña electoral en EE.UU.
Trump, llegado a la presidencia, intranquiliza más que nunca al mundo entero amenazando y chantajeando a todos los países. No merece, indiscutiblemente, ser la máxima autoridad de las fuerzas armadas de una potencia. No hay duda de que él carece de capacidad como político y es un bribón y gángster que siente afición por la guerra.
La alocución del gobernante norteamericano, que expresó sin rodeos su voluntad y la opción de su país, no me sorprendió ni me detuvo, sino confirmó que es justo el camino que he escogido y tengo que continuarlo hasta el fin.
Puesto que Trump hizo oficialmente la declaración de guerra para eliminar a la RPDC, la más violenta sin precedentes en la historia, negando e insultando a mí en persona y a nuestro Estado, no me queda otra alternativa que pensar en la necesidad de poner en práctica nuestra contramedida de superintransigencia, la máxima nunca vista en la historia.
La mejor opción es enseñar con acciones a este viejo que no presta oídos a otros y dice lo que le da en gana.
Por la dignidad y el honor de nuestro Estado y pueblo y por los míos propios, yo, como representante de la RPDC, haré pagar sin falta a la autoridad norteamericana por su amenaza de la extinción de la RPDC.
Yo no pronuncio retóricas que prefiere Trump.
Estoy analizando detenidamente hasta dónde llegaría nuestra reacción que Trump se habrá imaginado al decir el disparate.
Sea cual fuere lo que él ha pensado, el resultado sobrepasará su imaginación.
Domaré con el fuego, declaro reiteradamente, al maniaco estadounidense.
.........................................................................................

Escalofriantes disparates de Trump
(ACNC) -- En la 72ª sesión de la Asamblea General de la ONU, el mandatario norteamericano Trump pronunció el llamado discurso de base.
En esa ocasión, él chismeó algo insólito que es exterminar a toda la población de la República Popular Democrática de Corea, que llega a 25 millones, sobrepasando el marco del "cambio del poder".
"Pero, si (EE.UU.) se ve obligado a defenderse o a sus aliados, no tendremos otra opción que destruir totalmente el Norte de Corea"
Deja consternado a todo el mundo esa sofistería nefanda del bribón rabioso.
Al respecto, Washington Post escribió como sigue:
La presente alocución de Trump se trata del "discurso preparado de antemano". "Llamas y furia" fue la amenaza con "eliminar el poder norcoreano" y "´destrucción total´ es la señal de exterminar a 25 millones de habitantes norcoreanos". "Ejercer la amenaza sin precedentes con destruir totalmente el Norte de Corea, sea con armas nucleares o con medios convencionales, deviene la expresión exorbitante que debe explicar la Casa Blanca".
Señalando que "las palabras del presidente norteamericano serán recordadas como uno de los discursos que parecieron ser no de un político sino de un capo", el periódico ironizó que "el anuncio de ´destruir totalmente el Norte de Corea´ está lleno de injurias pueriles, lejos de ser una expresión intransigente".
CNN comentó que cuando Trump hablaba de la "destrucción total", se pusieron perplejos y sorprendidos los diplomáticos que discutían la política diplomática internacional en otra reunión de la ONU y que esa palabra es "excesiva" al igual que "llamas y furia".
Guardian señaló que "lo que aprendimos del discurso de Trump en la ONU es que él no cambiará nunca" y agregó que "su lenguaje provocaba hasta la risa si él no fuera la figura que controla las armas nucleares suficientes para exterminar varias veces la humanidad".
Financial Times reportó que hasta la fecha, la ONU no ha escuchado nunca lo que ha dicho esta vez Trump y que ningún presidente norteamericano dio un mensaje tan conflictivo al país rival.
Por otra parte, las figuras políticas de EE.UU. se sumaron a las críticas sobre el disparate de Trump.
De acuerdo con las fuentes extranjeras, el discurso de Trump fue tan excesivo que el jefe de la secretaría de la Casa Blanca, John Kelly, quien lo escuchaba en el terreno, se mostró dilemático tapando su cara con una mano.
El medio estadounidense Politico criticó que el discurso de Trump rompió los 70 años pasados en que los anteriores presidentes estadounidenses se esforzaron por conducir la alianza internacional para hacer frente a la amenaza.
Prosiguió que si no presenta la política junto con el discurso, la influencia internacional de EE.UU. recibirá otro golpe.
La ministra de Relaciones Exteriores de Suecia, Margot Elisabeth Wallstrom, calificó el discurso de Trump de palabras "demasiado nacionalistas" que se oponen a la Carta de la ONU.
Ella continuó que Trump amenazó con eliminar el Norte de Corea y esta expresión significa una protesta a este país y no es lo que debe decir ante los reunidos aquí.
El primer vicepresidente del Comité de Asuntos Internacionales del Consejo de Federación de Rusia, Vladimir Zyavarov, dijo en entrevista con TASS como sigue:
Sería un error si los norteamericanos piensan que no serán perjudicados en el caso de provocar la guerra contra la RPDC. De todas maneras, la RPDC es vecina de dos potencias nucleares, China y Rusia. Si ocurre algo, estos países se meterán lamentablemente en el conflicto.

El dirigente del Partido Comunista de la Federación Rusa, Gennadi Zhuganov, subrayó así:
Las palabras de Trump son un desafío a todo el mundo porque cualquier conflicto en la Península Coreana involucrará inevitablemente a los Estados vecinos, o sea, Rusia, China y Japón y a EE.UU.
Aunque Trump afirma que resolverá lo todo de una vez describiendo como Estado bribón a la RPDC, estoy convencido de que nada se resolverá con esos disparates.
Desde el punto de vista militar, las palabras de los norteamericanos constituyen una provocación abierta.
La cancillera alemana Angela Merkel apuntó que la solución militar es absolutamente inconveniente mientras la ex secretaria de Estado de EE.UU., Hillary Clinton, describió el discurso de Trump de muy tenebroso y peligroso.

Los congresistas norteamericanos expresaron también seria preocupación.
La senadora Dianne Feinstein, figura influyente del Partido Democrático, dijo que el presidente utilizó el discurso en la Asamblea General de la ONU como "escenario que amenaza con la guerra" y se quedó muy desilusionada por la amenaza exagerada con destruir el Norte de Corea.
Recordando que en su discurso, Trump "amenazó que destruirá completamente a otro país", el representante demócrata Ted enfatizó que "el problema no es que EE.UU. pueda destruir el Norte de Corea sino admitir que en ese curso, fueran destruidos el Sur de Corea, Japón y hasta la isla Guam y muertos miles de norteamericanos".
La sociedad internacional sigue alzando las voces de condena a Trump expresando profunda preocupación por su chisme por encima del "derrocamiento del régimen" y el "cambio del poder".

Venezuela proyecta crear una estación para la fabricación de nanosatélites


AVN - La República Bolivariana de Venezuela tiene proyectado crear una estación para la fabricación de nanosatélites o satélites miniatura conocidos también como CubeSat, que serían utilizados para la investigación espacial y territorial, informó el director de Investigación e Innovación de la Agencia Bolivariana para Actividades Espaciales, Rixio Morales.

En declaraciones a AVN, Morales detalló que este proyecto busca crear satélites en miniatura y poner en órbita cientos de estos pequeños aparatos para que pasen con mayor frecuencia por un mismo punto del espacio, método que servirá para obtener información actualizada una vez por hora al día.

Este nuevo reto de la Abae además de contemplar la creación de la estación, tiene previsto fabricar tarjetas de energía para los CubeSat, que son diseñados generalmente con componentes comerciales, pesan un kilo y miden 10 centímetros.

Morales detalló que estos proyectos cuentan con el apoyo de la República Popular China.

Cooperación con la Unefa

Morales indicó que actualmente la Abae instruye charlas y conferencias a estudiantes de electrónica, mecánica areonáutica y computación de la Universidad Nacional Experimental Politécnica de las Fuerzas Armadas (Unefa), sobre el proyecto de nanosatélites; ciclos formativos que tienen previsto extenderlo al resto de las casas de estudios del país.

La Abae sostiene que la mayoría de los proyectos sobre este tipo de satélites provienen de entornos académicos, razón fundamental para expandir la formación de los futuros ingenieros del país, de manera que tengan todo el conocimiento necesario y puedan generar sus propios prototipos.

Los CubeSat tienen múltiples usos, desde probar nuevas tecnologías, controlar el tráfico aéreo y enviar datos vitales en materia ambiental.

"Esta es una excelente herramienta para las universidades, para entrenar a los ingenieros a bajo costo gracias a las alianzas del gobierno. Se puede aprender haciendo, pues tienen la opción de fabricar un pequeño satélite y buscar un lanzador para que lo ponga en órbita", destacó Morales.

Trump declara la guerra a los jugadores de fútbol americano


Donald Trump instó a los dueños de un equipo de fútbol americano a despedir a los jugadores que en un partido hicieron una señal contra el racismo.

El presidente estadounidense hizo esta recomendación el viernes, enojado por la decisión de algunos jugadores de la Liga Nacional de Fútbol Americano (NFL, por sus siglas en inglés) de no ponerse de pie durante la interpretación del himno nacional de EE.UU. en protesta por las políticas del Gobierno.

“¿No os encantaría ver como uno de los dueños de la NFL dijera: Saque a ese hijo de p*** fuera del campo ahora mismo. Está despedido, cuando no respeta nuestra bandera?”, dijo en un acto público en Alabama.

Trump llevó también su furia a Twitter. En esta red social escribió el sábado que si los jugadores de la NFL quieren el privilegio de tener salarios altos, “deberían representar el himno nacional. Si no, estás despedido. ¡Encuentra algo más que hacer!”.

El sábado, el comisionado de la NFL, Roger Goodell, en una crítica a las declaraciones del magnate neoyorquino, las consideró “una desafortunada falta de respeto” hacia la entidad y sus jugadores y enfatizó que la NFL defenderá el derecho de libertad de expresión de sus miembros.

Por su parte, la directora ejecutiva de la National Football League Players Association destacó que “este sindicato nunca retrocederá cuando se trata de proteger los derechos constitucionales de nuestros jugadores como ciudadanos”.

Los agravios de Trump no se limitan a los jugadores de la NFL. El jefe de Estado retiró el sábado la invitación ya extendida a los actuales campeones de la Asociación Nacional de Baloncesto de EE.UU. (NBA, por sus siglas en inglés) para visitar la Casa Blanca por las protestas que vertieron en su contra varios de los jugadores, entre ellos las estrellas Kevin Durant y Stephen Curry.

“Acudir a la Casa Blanca es un gran honor para un equipo campeón. Pero Stephen Curry está dudando, así que ¡la invitación queda retirada!”, anunció Trump en su cuenta de Twitter.

El pasado mes de agosto Durant expresó su negativa a acudir a este encuentro tradicional entre el presidente y los campeones ya que a su juicio, Trump es responsable del aumento de la tensión racial en EE.UU. “No lo creo. No respeto a quien está ahora en el despacho. No estoy de acuerdo con lo que él está de acuerdo”, dijo el basquetbolista afrodescendiente en una entrevista.

msm/ncl/ask/msf/HispanTv

sábado, 23 de setembro de 2017

Siria: La victoria contra el terrorismo “está ahora al alcance”



El canciller sirio, Walid al-Moalem, señala que el Gobierno de Damasco seguirá con sus operaciones para erradicar el terrorismo en su país.
“Siria está decidida, más que nunca, a erradicar  el terrorismo desde todas las partes del país, sin excepción, gracias a los sacrificios de nuestro Ejército y la firmeza de nuestro pueblo”, ha insistido Al-Moalem en su discurso de este sábado en la 72 Sesión de la Asamblea General de la ONU.

Ha alabado, asimismo, los recientes avances del Ejército sirio contra los terroristas del EIIL (Daesh, en árabe) en la provincia de Deir Ezzor y otras regiones, y asegura que tales logros son evidencia de que la “victoria está ahora al alcance”.
“La liberación de Alepo y Palmira, el levantamiento del sitio de Deir Ezzor y la erradicación del terrorismo de muchas partes de Siria prueban que la victoria está ahora al alcance”, precisa.

Además ha confirmado el compromiso de su Gobierno con los diálogos de paz de Astaná, Kazajistán, y el acuerdo sobre las zonas de distensión en Siria, si bien advierte de que, dichas zonas, son una medida provisional y no deben violar la integridad territorial del país.

Rusia, Turquía e Irán, países promotores de los diálogos de Astaná y garantes del alto el fuego en Siria, anunciaron el viernes la creación de varias zonas de distensión en el territorio del país árabe que estarán en vigor por seis meses, según lo acordado durante la sexta ronda de negociaciones celebrada en Astaná.

En otra parte de sus declaraciones, el jefe de la Diplomacia sirio ha arremetido estrictamente contra la presencia de la coalición anti-EIIL, liderada por EE.UU. en su territorio y ha denunciado sus actos violentos contra los civiles sirios.
“La presencia en nuestro país de la coalición liderada por EE.UU. es una ocupación (…) no ha logrado nada en cuanto a la lucha antiterrorista en Siria y ha matado más inocentes que terroristas”, dice Al-Moalem.

Las autoridades sirias cuestionan sistemáticamente la eficacia de los bombardeos de la coalición anti-Daesh, y la critican por los daños colaterales que provocan: cientos de víctimas civiles y amplios daños a las infraestructuras del país.

myd/rba/nii/HispanTv

Injerencias rusas a favor de independentismo catalán


Un grupo de personas protesta a favor del referéndum independentista catalán desde un edificio en Barcelona

Un diario español ha detectado que “la maquinaria de injerencias rusa” se centra en la crisis sobre la independencia de Cataluña a favor de esta.

El diario español El País publica un informe este sábado donde se afirma que “la maquinaria de injerencias rusa penetra la crisis catalana” y que “la red global” que, según el diario, actuó a favor del presidente estadounidense, Donald Trump, en los comicios de noviembre y el Brexit “se dedica ahora a España”.

“Portales de internet con apariencia de medios de comunicación difunden noticias falsas de las que luego se hacen eco miles de perfiles automatizados en redes sociales como Twitter”, explica el diario tras investigar dichas páginas web.

El diario añade que de esos bulos se hacen eco “activistas en la órbita rusa” como Edward Snowden  (exempleado de la Agencia de Seguridad Nacional de EE.UU. o NSA, por sus siglas en inglés) y, sobre todo, el fundador del portal de filtraciones Wikileaks, Julian Assange, que emplea sus redes sociales para alertar que se aproxima otra guerra civil.

Además sugiere que Russia Today (RT) difunde noticias sobre la crisis catalana “con un sesgo claramente contrario a la legalidad constitucional”.

Cataluña se prepara, en medio de tensiones e incertidumbre, para el referéndum convocado para el próximo 1 de octubre por las autoridades catalanas, en claro desafío al Gobierno y a las sentencias del Tribunal Constitucional, que ha declarado ilegal la consulta. 

Madrid intenta por cualquier vía legal impedir que la semana que viene se celebre la consulta. Desde detenciones de funcionarios catalanes, hasta registros de imprentas, requiso de urnas y papeletas, bloqueo de las cuentas de la Generalitat, y hoy, el control de los Mossos d'Esquadra, la Policía regional.

snr/rba/nii/HispanTv


Grupo de Lima confirma não reconhecimento da Assembleia Constituinte da Venezuela


O Grupo Lima, composto por doze países da América Latina e do Caribe, emitiu uma segunda declaração confirmando que não vai reconhecer os atos da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, classificando o órgão como "usurpara dos poderes do Parlamento", disse o Ministério das Relações Exteriores do México.

Em uma declaração de oito pontos, acordada pelos ministros das Relações Exteriores após a reunião em Nova York em 20 de setembro de 2017, os doze governos reiteraram "o seu pleno apoio e solidariedade à Assembleia Nacional eleita democraticamente, bem como o compromisso de serem efetivos o não reconhecimento dos atos que decorrem da Assembleia Nacional Constituinte e para continuar a aplicação da Carta Democrática Interamericana à Venezuela", afirmou uma declaração do Ministério das Relações Exteriores enviado à imprensa estrangeira credenciada.

O documento ratifica o conteúdo e a validade da Declaração de Lima de 8 de agosto e seu compromisso em "redobrar esforços para alcançar uma solução pacífica e negociada para a crise que enfrenta a Venezuela".

Fechado em 23 de setembro na sede das Nações Unidas, o documento foi assinado pelos chanceleres da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru.

Os líderes diplomáticos lamentaram que na Venezuela "a ruptura da ordem democrática seja mantida, pois o governo viola as normas constitucionais, a vontade do povo e os valores interamericanos, reprime a dissidência política, mantém prisioneiros políticos e viola os direitos humanos e as liberdades fundamentais das pessoas ".

Um dos novos elementos da declaração é a condenação da "repressão e perseguição política na Venezuela, incluindo a decisão da Assembleia Nacional Constituinte de perseguir os líderes da oposição por traição ao país".

Eles também reconhecem a recente iniciativa da República Dominicana em reunir o governo venezuelano e a oposição, bem como a decisão de ambos os lados de convidar alguns países como seguidores desse processo.
A este respeito, "reiteram que, para alcançar resultados positivos, essas abordagens devem ser desenvolvidas com boa fé, regras claras, objetivos e prazos, bem como garantias de conformidade, para as quais o acompanhamento internacional deste esforço é essencial".

Sputnik Brasil

Kim Jong Un responde a Donald Trump


O Marechal KIM JONG UN fez uma importante declaração em resposta a Donald Trump e seu discurso contra a República Popular Democrática da Coreia.

A seguir, o texto na íntegra:

Atualmente, a situação da Península Coreana se agrava mais do que nunca e se aproxima cada dia mais do ponto de explosão. Em tais circunstâncias delicadas, chama a atenção mundial o discurso do mandatário norte-americano que se pronunciou pela primeira vez na ONU.

Supus em até certo ponto o que ele ia dizer. Porém, pensei que esse sujeito, o presidente norte-americano, faria declarações mais preparadas, pelo menos, diferentemente dos disparates que pronuncia de maneira improvisada em seu escritório, pois a ONU é o cenário diplomático oficial mais importante do mundo.

No entanto, longe de dizer palavras convincentes a favor do relaxamento da situação, ele falou em "destruição total" do nosso Estado, uma tolice grosseira que nenhum dos presidentes estadunidenses anteriores havia pronunciado.

O cão covarde ladra ainda mais.

Aconselho Trump que, ao pronunciar palavras diante do mundo, saiba escolher termos mais adequados, tendo em conta a quem está se dirigindo.

Indo além do quadro de ameaça de mudar o nosso Poder ou derrubar nosso regime, ele expôs abertamente na ONU sua vontade anti-ética de destruir completamente um Estado soberano. Essa conduta é tão psicopata que as pessoas de mentes normais ficaram perplexas e perderam a paciência e prudência.

Isso me faz lembrar as palavras de zombaria como "ignorante nos assuntos políticos" e "herege político" que se dizia para referir-se à Trump durante a campanha eleitoral dos EUA.

Trump, chegando à presidência, atormenta mais do que nunca o mundo inteiro ameaçando e chantageando todos os países. Não merece, indiscutivelmente, ser a autoridade máxima das forças armas de uma potência. Não há dúvidas de que ele carece de capacidade como político e é um patife gângster que sente paixão pela guerra.

O discurso do governante estadunidense expressou sua vontade e a opção do seu país e não me surpreendeu nem me deteve, mas confirmou que o caminho que escolhi é justo e devo continuar até o fim.

Como Trump fez oficialmente a declaração de guerra para eliminar a RPDC, a mais violenta sem precedentes na história, negando e me insultando pessoalmente e ao nosso Estado, não tenho outra alternativa senão pensar na necessidade de implementar nossa contra medida de super intransigência e rigidez, a maior nunca vista na história.

A melhor opção é ensinar com ações este velho que não escuta os outros e diz o que deseja.

Pela dignidade e honra do nosso Estado, do nosso povo e por mim mesmo, eu, como representante da RPDC, farei as autoridades estadunidenses pagarem pela sua ameaça de extinção a República Popular Democrática da Coreia.

Eu não pronuncio retóricas como prefere Trump.

Estou analisando com cuidado até onde chegaria nossa reação a qual Trump deveria ter imaginado antes de dizer esses disparates.

Seja qual for o que ele pensou, o resultado sobrepassará sua imaginação.

Declaro reiteradamente que domarei com fogo o maníaco estadunidense.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Brasil: Para quem falam os militares?


Tereza Cruvinel, colunista do 247, é uma das mais respeitadas jornalistas políticas do País

Depois da revolução de 1930, nunca os militares ficaram por tantos anos fora da cena política brasileira como a partir de 1985, quando a ditadura militar chegou ao fim com a devolução do poder aos civis na pessoa de Tancredo Neves. Passados 32 anos, aqui estamos nós, perplexos, diante dos sinais inequívocos de que há disposição, pelo menos de alguns “bolsões”, para uma nova intervenção na política, destinada a colocar ordem no caos detonado pelo golpe parlamentar de 2016. Houve a fala do general Mourão, defendendo a intervenção, a do general Augusto Heleno, em seu apoio, e a do comandante do Exército, na entrevista a Pedro Bial, na TV Globo, onde informou que não punirá o subordinado e também admitiu, de forma contraditória, a ação das Forças Armadas em situações excepcionais. A pergunta que se impõe é esta: para quem estão falando os militares? Quem são os destinatários do aviso de que eles poderão resolver a crise política se os poderes constituídos não o fizerem? Talvez o primeiro destinatário seja a Câmara, que em breve julgará a segunda denúncia contra Michel Temer. Talvez seja a classe política como um todo, o que nos traz a lembrança das listas de cassações, à esquerda e à direita, que vieram depois do golpe de 1964. Temer, comandante em chefe-das-Forças Armadas, segue calado, mas hoje ele volta ao Brasil e terá que se pronunciar, já que o ministro da Defesa deixou a tarefa para o comandante do Exército, que só acentuou a perplexidade.

Aqui estamos, perplexos, e também divididos. Um intelectual da envergadura de Moniz Bandeira, de convicções democráticas indiscutíveis, já vinha defendendo a intervenção militar para evitar o desmonte do Estado e a entrega do patrimônio nacional ao capital estrangeiro predador. A Constituição e o Estado de Direito, vem dizendo ele, já foram rasgados no ano passado. Houve espanto e reações à esquerda, como a do petista Valter Pomar, que criticou suas “ilusões”, dando ensejo a uma troca de correspondência que merece ser lida, e está toda transcrita no blog de Pomar: http://valterpomar.blogspot.com.br.

A entrevista do comandante do Exército a Pedro Bial não serviu para dissipar, e sim para acentuar a percepção de que a fala do general Mourão não foi uma solilóquio mas a expressão de uma disposição latente no meio militar. Em que extensão é que ninguém sabe. Tanto é que Mourão recebeu apoio explícito do general Augusto Heleno, uma voz muito respeitada no Exército, principalmente por sua atuação no comando das tropas brasileiras no Haiti. Não punindo Mourão, justificando sua fala “em ambiente fechado” (como se houvesse licença para isso no regramento militar), e admitindo que as Forças Armadas podem atuar para conter o caos, o comandante do Exército nada mais fez do que repetir o subordinado. Há na praça política a interpretação de que ele não o puniu para não criar uma vítima e insuflar ainda mais o ambiente. Mas ele fez mais que minimizar ou justificar Mourão, ao admitir a possibilidade de intervenção, em respostas contraditórias, em que misturou o emprego das Forças Armadas em situações excepcionais, como ocorre agora mesmo no Rio de Janeiro, com uma intervenção para conter o caos político.


São coisas distintas mas ele as embaralhou ao afirmar que Forças Armadas podem ser empregadas para garantir a lei, a ordem e os poderes constituídos, a pedido de um deles ou por iniciativa própria. O artigo 142 da Constituição diz que isso só pode ocorrer na primeira hipótese (a pedido de um dos poderes). Ele acrescentou a segunda. Vale dizer, a iniciativa própria, “quando houver a iminência de um caos”. Esta foi uma interpretação constitucional perigosa, pois na situação atual não se espera de nenhum dos Três Poderes um pedido de intervenção.

Sempre que os militares imiscuíram-se na política, foram tentados pelas “vivandeiras de quartel”, expressão que no passado identificava os políticos que pediam intervenção militar. Quem melhor as definiu foi o general Castelo Branco: “Eu os identifico a todos. E são muitos deles, os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias do Poder Militar." Mas hoje não há vivandeiras, não há políticos interessados em perder tetas e mamatas, embora haja setores minoritários da sociedade civil que defendem a solução militar. Ela teria que vir por iniciativa própria das Forças Armadas, tal como disse o general Vilas-Boas.

Muitas vivandeiras se iludiram, em 1964, acreditando que os militares, após derrubar João Goulart, cumpririam o calendário eleitoral com a realização das eleições presidenciais de 1965. Eles ficaram mais 20 anos, ao longo dos quais sabemos o que aconteceu: cassações, inclusive de vivandeiras exaltadas, como Carlos Lacerda, fechamento do Congresso, liquidação dos partidos, perseguições, torturas, mortes e desaparecimentos.

Depois da Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas com forte e decisivo apoio dos oficiais do “tenentismo”, os militares protagonizaram golpes em 1945, 1954, 1955, 1961 e 1964. Vale recordar o que disse Alfred Stepan, em seu livro “Os militares na política”, em que estudou o caso brasileiro. Os golpes triunfantes, diz ele, foram os de 1945 (que apeou Vargas do poder), o de 1954 (que o levou ao suicídio, no segundo governo), e o de 1964, que derrubou Jango e abriu a porteira para uma longa ditadura. E todos eles ocorreram em situações em que havia baixo grau de legitimidade do Poder Executivo e alto grau de legitimidade dos militares. Em 1955 (tentativa de impedir a posse de JK) e em 1961 (veto à posse de Jango após a renúncia de Jânio), na ausência destas condições, eles perderam.

Desnecessário falar da baixíssima ou inexistente legitimidade de Michel Temer como chefe do Executivo. Isso porém não garante a legitimidade das Forças Armadas para uma intervenção. Mas eles devem ser ouvidos, por aqueles a quem estão se dirigindo. Por Temer, pelo Congresso, pelo Supremo. Antes que seja tarde.