terça-feira, 28 de junho de 2016

Dilma: 'Eles não me tiraram, não. Eu continuo sendo presidenta'


Dilma Rousseff falou à Pública sobre machismo, impeachment, América Latina, PSDB, governo Temer e polêmicas - de aborto a Lava Jato.

Andrea Dip, Marina Amaral, Natalia Viana, Vera Durão, da Agência Pública

Uma van nos conduz do portão ao imponente Palácio da Alvorada, fincado no cerrado de Brasília. Subimos alguns lances de escada, entramos em uma sala de enorme pé-direito, colorida por uma tapeçaria do chileno Kennedy Bahia, ao lado do quadro “Colhendo Café”, de Djanira, sobre a parede de madeira. É ali, no ambiente mais acolhedor da sala, em um sofá branco ladeado de poltronas, que a presidente, afastada do cargo em 12 de maio passado até que o processo de impeachment seja julgado pelo Senado, tem dado entrevistas, a maioria delas para a imprensa internacional. A entrevista para a Agência Pública é a primeira concedida a um grupo de jornalistas mulheres.
Ela chega com meia hora de atraso, sorridente para além do protocolo. Dilma Rousseff e Vera Saavedra Durão – jornalista econômica tarimbada que compõe a equipe de entrevistadoras da Pública – se conhecem há exatos 50 anos, como constata a presidente, depois de checar com a amiga a data em que se conheceram: 1966. As duas mineiras já eram militantes de esquerda antes mesmo de se unirem à VAR-Palmares, a organização fundada em 1969 para travar a luta armada contra a ditadura militar (1964-1985).
Mas a conversa agora é sobre os netos da presidente, Gabriel e Guilherme. “Neto ainda é melhor, tem mais calma pra olhar que filho. E nunca falaram pra gente que era importante ter filho, né, Vera?” Ambas riem, lembrando-se do tempo em que a revolução vinha em primeiro lugar. “Eu lembro você de vestidinho rosa esperando a Paula”, diz Vera, referindo-se ao primeiro encontro das duas mulheres depois da prisão.

Uma van nos conduz do portão ao imponente Palácio da Alvorada, fincado no cerrado de Brasília. Subimos alguns lances de escada, entramos em uma sala de enorme pé-direito, colorida por uma tapeçaria do chileno Kennedy Bahia, ao lado do quadro “Colhendo Café”, de Djanira, sobre a parede de madeira. É ali, no ambiente mais acolhedor da sala, em um sofá branco ladeado de poltronas, que a presidente, afastada do cargo em 12 de maio passado até que o processo de impeachment seja julgado pelo Senado, tem dado entrevistas, a maioria delas para a imprensa internacional. A entrevista para a Agência Pública é a primeira concedida a um grupo de jornalistas mulheres.
Ela chega com meia hora de atraso, sorridente para além do protocolo. Dilma Rousseff e Vera Saavedra Durão – jornalista econômica tarimbada que compõe a equipe de entrevistadoras da Pública – se conhecem há exatos 50 anos, como constata a presidente, depois de checar com a amiga a data em que se conheceram: 1966. As duas mineiras já eram militantes de esquerda antes mesmo de se unirem à VAR-Palmares, a organização fundada em 1969 para travar a luta armada contra a ditadura militar (1964-1985).
Mas a conversa agora é sobre os netos da presidente, Gabriel e Guilherme. “Neto ainda é melhor, tem mais calma pra olhar que filho. E nunca falaram pra gente que era importante ter filho, né, Vera?” Ambas riem, lembrando-se do tempo em que a revolução vinha em primeiro lugar. “Eu lembro você de vestidinho rosa esperando a Paula”, diz Vera, referindo-se ao primeiro encontro das duas mulheres depois da prisão.


(Foto: José Cícero da Silva/Agência Pública)

Elas foram companheiras de cela no final dos quase três anos que a presidente passou na cadeia, depois de apanhada pela Oban – Operação Bandeirante –, a unidade de tortura e aniquilação de presos políticos do II Exército, em São Paulo. Nenhuma das duas jamais imaginou naquele tempo que uma delas seria presidente nem que se veriam mais uma vez em um momento dramático para o país, com Dilma no centro da crise.

A votação do impeachment pelo Senado, com tendência desfavorável à presidente, deve ocorrer em agosto próximo.
Dilma ainda não decidiu se vai se defender pessoalmente diante dos senadores. “Sou do tipo de gente que avalia”, disse no final de uma entrevista franca e explosiva, com 1 hora e 52 minutos de duração. Ela garante que vai continuar lutando pela Presidência do Brasil, conquistada pela primeira vez por uma mulher: “Eles ainda não me tiraram não, eu continuo sendo presidenta”, avisa.
O que significa sair do isolamento imposto pela equipe do atual presidente interino e seu vice, Michel Temer, que chegou a cortar o “cartão-alimentação” usado para suprir o Palácio da Alvorada e negou o custeio de viagens para outros destinos além de Porto Alegre, onde mora sua filha, e Belo Horizonte, sua terra natal.
Nos próximos dias, Dilma lança um crowdfunding – a vaquinha virtual – pelo site Catarse, popular entre músicos, cineastas, jornalistas e ONGs que buscam arrecadar dinheiro para seus projetos. Dessa maneira a presidente e sua equipe pretendem mobilizar seus apoiadores e pagar os custos das viagens para cruzar o país em defesa de sua permanência no governo.
Nesta entrevista exclusiva para a Pública, ela refaz sua trajetória, explica por que se considera vítima de um golpe, fala o que pensa das forças políticas do país e do que esse “golpe parlamentar”, nas palavras dela, representa para a democracia da América Latina. Responde também a perguntas sobre questões polêmicas como aborto, hidrelétrica de Belo Monte e recentes acontecimentos da Lava Jato.

Vera Durão: Queria saber de você como a ideia de se tornar presidente da República tomou corpo na sua cabeça. Foi uma sugestão do Lula ou você também tinha essa pretensão?
Dilma Rousseff: Ô Vera, é assim quase público e notório que eu não tinha a menor pretensão de ser presidenta, tampouco de concorrer a nenhum cargo eletivo naquele então. Foi assim uma coisa “espontânea muito pressionada” – conhece “espontânea muito pressionada”? [risos] Foi isso o que aconteceu.

Vera Durão: Você se sentiu na obrigação de aceitar?
Dilma: Acho que não aceitar é correr da raia, é coisa muito importante para se recusar. E, tendo feito tudo o que fiz no governo dele, era não dar sequência ao que a gente vinha fazendo. Porque, na prática, quando assumi a chefia da Casa Civil, em 2005, eu coordenei o governo. De junho de 2005 em diante. Então, todos esses programas eu vi nascer, participei da formatação, tanto os que ocorreram no governo dele como as decorrências de todo esse processo no meu governo. É uma continuidade.

Vera Durão: Esse argumento foi usado pelo Lula para te convencer?
Dilma: Não. Ele tinha isso muito forte, ele propunha isso. Mas não se trata de achar que era só uma questão de alguém pegar um bom argumento para me convencer. Não era essa questão. Não pode ser. Se fosse isso, seria algo muito superficial. É ter um conjunto de razões, sendo que essa é uma delas – e essa é importante. Porque ser o primeiro governo de uma mulher no Brasil, um país que diz que não tem nenhum preconceito contra a mulher, mas está eivado de preconceitos, era algo muito importante. Obviamente, guardando as devidas proporções, porque acho que o preconceito contra a mulher é completamente diferente do preconceito contra os trabalhadores, as pessoas de segmentos sociais mais pobres. Contra a mulher é outro preconceito porque passa por uma porção de estereótipos que se tem sobre a mulher. Por exemplo: mulher não pode ser firme, tem que ser dura. Mulher tem que ser ríspida, não pode ser uma pessoa que tem posição. Mulher não é afeita a coisas públicas – e aí aquela frase reiterada sobre mim, da minha “imensa dificuldade de lidar com os políticos”, como se [eles] fossem a coisa pública, ou como se alguma dificuldade de se lidar com os políticos não derive, em alguns momentos, da crise de valores que a política no Brasil atravessa. E outras coisas que tais: mulher tem necessariamente de ser frágil. Se ela não for frágil, ou ela está tendo um ataque de loucura, não está no pleno exercício da sua condição racional, ou você, de uma certa forma, está alienada. Eu cheguei a dizer que eu era uma mulher dura no meio de homens meigos, imensamente meigos, tudo muito meigo, muito doce.

Natalia Viana: Presidente, e em termos dos interesses econômicos? Por exemplo, qual foi o peso do pré-sal na articulação pelo seu impeachment?
Dilma: Olha, eu acho que todas as riquezas do Brasil têm peso. O pré-sal tem um peso muito especial. O que está na questão do pré-sal? Não é a participação do setor privado. Por quê? Porque ele participa do pré-sal. Vamos olhar o leilão de Libra, que é o único campo do pré-sal integral, não tem nenhum outro. Então vamos olhar a prova material. Quem é que participa de Libra? Participam de Libra quatro empresas privadas: Shell, que é uma grande empresa; Total, que é uma empresa francesa grande – não é uma major, mas é uma quase major –; duas chinesas, a CNOOC e a CNPC. É bom lembrar que os maiores compradores de petróleo do mundo são os chineses. O controle da distribuição do petróleo está na mão dos chineses. Daí porque qualquer grande empresa privada internacional gosta da parceria com os chineses. Para a gente não ser otário e ficar achando que a presença de chinês é algo terrível, como diziam umas pessoas do Rio de Janeiro.

Natalia Viana: Presidente, ontem foi preso, em um desdobramento da Lava Jato, o Paulo Bernardo, que foi ministro no seu governo, acusado de um superfaturamento de 100 milhões pela empresa de tecnologia que geria sistema de crédito consignado a funcionários. Diz a PF que o dinheiro seria usado para caixa 2 do PT. Por outro lado, o Marcelo Odebrecht assinalou que…
Dilma: Querida, posso te falar uma coisa? Eu não sei no que vai dar. E nem o que está em processo na prisão do Paulo Bernardo. Então, você vai me desculpar, mas você não vai querer que eu faça uma avaliação sobre coisas que estão sob investigação da Justiça. Agora, acho estarrecedor me perguntar sobre o Marcelo Odebrecht, que nem concluiu a sua delação premiada. Tirante a hipótese de que o seu jornal – e aqui eu vou engrossar – tenha uma escuta dentro da cela, ou do lugar onde ele está fazendo a delação, vocês não têm o direito de me perguntar nada.

Natalia Viana: Na verdade, a pergunta não era em relação a isso.
Dilma: Eu tenho imensa indignação com esse tipo de uso político das investigações da Lava Jato. Uso político.

Natalia Viana: A pergunta era se a senhora acredita que essas revelações afetam suas chances no impeachment.
Dilma: Não, minha querida. Eu acho que eu estou em um nível de vacinação absoluta contra isso. Isso tem sido feito sistematicamente contra mim. Sistematicamente. A última que arquivaram foi aquela em que quase caiu o mundo na minha cabeça porque eu liguei para o Lula e falei: “Vou mandar aí o Bessias”. Agora foi arquivado. Agora, o pato que eu pago enquanto não está arquivado é imenso. E eu me recuso a discutir Marcelo Odebrecht numa delação que nem acabou. Tem vazamento daquilo que não foi feito, tem vazamento… e tudo seletivo. Primeiro vaza eu e fazem um escândalo com isso. E depois aparece o resto. Como que fica? Não sei o que que é o Paulo Bernardo, tem um ano essa investigação, não sei por que prenderam hoje, não tenho a menor ideia… Ele estava fugindo? Preventiva tem de ter motivo. Eu me recuso a dar elementos para um tipo de praxe que a imprensa brasileira está tendo de uso seletivo. Porque a tese era a seguinte: tinha um único partido no Brasil que tinha corrupção. O que se vê é que não é isso que está acontecendo.
Vera Durão: Sérgio Machado disse que é desde 1946.
Dilma: É. O Sérgio Machado deve ser um experiente conhecedor disso. Bom, o que estou dizendo é que não vou compactuar com isso. E comigo é sistemático. Até o ponto do meu cabelo. Eu perdi a paciência no dia do meu cabelo [Merval Pereira, do Jornal O Globo, veiculou em sua coluna que Dilma teria usado dinheiro da refinaria de Pasadena para pagar itens pessoais. Saiba mais].

Vera Durão: Você já tomou as devidas providências?
Dilma: Todas. Eu vou processar criminalmente. O dia em que eu processar vai sair na imprensa. Mas eu vou.
Marina Amaral: Tenho uma pergunta sobre outra polêmica, que é Belo Monte. Eu conheço a defesa que a senhora faz da obra, da necessidade, inclusive, energética do Brasil. Eu queria saber se essa visão de desenvolvimento na Amazônia não foi modificada pelas conferências internacionais, por um mundo em que você tem como maior ameaça futura o aquecimento global. Esse tipo de debate não tornou ultrapassado, olhar pra a Amazônia como uma fronteira de desenvolvimento?
Dilma: Nós não olhamos para a Amazônia como uma fronteira de desenvolvimento. Nós utilizamos os recursos que podem ser utilizados mantendo a preservação do meio ambiente.
Marina Amaral: Mas em Belo Monte…
Dilma: Nós preservamos o meio ambiente. O problema da Amazônia, de Belo Monte, não é esse. O problema de Belo Monte é o seguinte: tem um problema seríssimo no clima. Sabe qual é? O problema no clima será sempre energia. O problema do mundo, em relação ao clima, é energia. No nosso caso, nós temos algumas vantagens. Porque nós ainda temos o problema de acabar com o desmatamento, como replantar, como conter e fazer agricultura de baixo carbono e etc. E [a energia hidrelétrica] dá uma grande margem para o Brasil. Somado ao fato de que nós temos recursos hídricos. O que é que entrava todos os países do mundo? Eles não têm. Ou usa nuclear ou usa térmica. Então acho que há uma visão completamente incorreta sobre as hidrelétricas.
Uma coisa é o fato de que se fazia hidrelétrica e não se olhava as repercussões sobre as populações atingidas. Isso é uma coisa. Não se olhava a melhor forma de se fazer com o mínimo de impacto ambiental. Porque, se você não tiver Belo Monte, tem de ter o equivalente de Belo Monte de alguma coisa. De [energia] solar não é, porque é absurdo o preço. A não ser que descubram alguma tecnologia mais avançada, você não paga. Eólica é inviável, você não segura, não tem como. Ela não é uma energia que eles chamam de firme.
Nós somos respeitados internacionalmente, ao contrário do que dizem. Essa Conferência de Paris [COP-21, realizada em dezembro de 2015] não existiria sem nós. Eles reconhecem. O Obama me liga para agradecer. Não sai no jornal, óbvio, nós sabemos por quê. Mas o Brasil tem respeito porque tem uma política que é consistente. Nós só temos 3% de térmica e nuclear. A alternativa é essa. Parou com hidrelétrica vai fazer nuclear.

Surpresa! Coreia do Norte tem armamento norte-americano


A Coreia do Norte teria começado a equipar seus navios com modernas metralhadoras norte-americanas, comunica a mídia da Coreia do Sul.

A mídia da Coreia do Sul comunicou nesta terça-feira (28) que o exército do Norte começou a instalar metralhadoras de tiro ininterrupto dos EUA em seus navios no Mar Amarelo.
"Verificamos que Coreia do Norte começou a substituir as armas obsoletas instaladas em seus navios da Guarda Costeira por armas automáticas do tipo Gatling", aponta uma fonte militar em Seul citada pela agência Yonhap.

De acordo com a fonte, se a frota da Coreia do Norte, que conta com 382 navios, for equipada com metralhadoras deste tipo isso irá "representar uma ameaça significativa para as forças da Coreia do Sul".

Os serviços de inteligência dos EUA e da Coreia do Sul estão determinando o possível canal de fornecimento destas armas a Pyongyang.

Analistas militares, entretanto, afirmam que Pyongyang adquiriu essas armas no mercado negro, copiou e aperfeiçoou, fazendo com que o risco para as tropas norte-americanas e sul-coreanas seja muito maior que o esperado.

O marechal Kim Jong Un tem afirmado que seu país está preparado para responder às agressões norte-americanas e sul-coreanas em todos os campos militares, inclusive na guerra nuclear, e as novas e avançadas metralhadoras instaladas em seus navios mostra que ele honra suas palavras.

Sputniknews com redação

EEUU lanza advertencia: Brexit es un tsunami que tocará América Latina


La secretaria de Estado adjunta de EE.UU. para Latinoamérica, Mari Carmen Aponte.

El tsunami de la salida del Reino Unido de la Unión Europea (UE) afectará también a América Latina, sostiene una funcionaria estadounidense.

La secretaria de Estado adjunta de EE.UU. para Latinoamérica, Mari Carmen Aponte, en su intervención en la Cámara Americana de Comercio (Amcham, por sus siglas en inglés), en Panamá, ha descrito este lunes la decisión de los británicos de "un hecho trascendental que crea olas".

“Definitivamente que va a tocar a Latinoamérica, porque es un tsunami”, ha aseverado, si bien confirma que de momento es pronto evaluar las consecuencias del fenómeno.


En este contexto, el diario argentino La Nación aseguró que el brexit tendría un gran efecto negativo en la economía de los países emergentes.

“Los mayores costos de este dramático vuelco recaen sobre los mercados periféricos, cuyas bolsas y riesgo se desploman ante la salida de capitales y la devaluación de sus monedas”, estimó el periodico y, para justificar su hipótesis, hizo referencia a la repercusión del aumento del precio del dólar y el oro en dichas economías, como consecuencia del brexit.

Apostilló que aquellos países latinoamericanos que tienen acuerdos de libre comercio con la Unión Europea, como Colombia, México, Perú y Chile, pueden sufrir más problemas.

El 23 de junio de 2016 el Reino Unido decidió abandonar el bloque regional, una idea que no es compartida por su primer ministro, David Cameron, quien ya anunció su dimisión tras el referéndum.

Una vez conocido el resultado de la consulta, el Gobierno de las Malvinas, unas islas disputadas por el Reino Unido y Argentina, expresó su preocupación por el impacto que pueda tener en su economía la salida del país europeo del bloque de los Veintiocho que se ha convertido en los Veintisiete.

msm/ncl/hnb/HispanTv

Conozcan al jefe turco de la fabricación de coches bomba de Daesh


Abu Sumeye al-Turki, jefe de la producción de vehículos kamikaze del EIIL (Daesh, en árabe).

Nuevas imágenes han sido publicadas que muestran a Abu Sumeye al-Turki, jefe de la fabricación de coches bomba del EIIL (Daesh, en árabe).

Las fotos difundidas en las redes sociales por activistas iraquíes, según ha informado este martes la página Web Terrormonitor en su cuenta de Twitter, muestran a Al-Turki, jefe de la fabricación de coches bomba de Daesh en el territorio iraquí.

A este cabecilla terrorista turco, que hasta recientemente no se sabía su identidad, se le atribuye el diseño de los coches bomba que los terroristas usan en sus ataques suicidas contra las fuerzas de seguridad tanto en Irak como en Siria.

Antes de Al-Turki no había muchos casos del uso de carros y camionetas blindados con acero para misiones suicidas, pero este líder terrorista, con su diseño y sus “innovaciones” en este tema, marcó un antes y un después en este ámbito.

En las fotos se puede ver a Al-Turki junto a varios suicidas y también junto con las camionetas y carros modificados para ser usados en ataques suicidas.

Además, otras imágenes muestran al mencionado alto mando terrorista en algunos de los talleres de construcción y modificación de vehículos para convertirlos en mortíferas bombas a cuatro ruedas que usan los terroristas para infligir masivos daños sobre sus enemigos y rivales.

Hasta el momento no se sabe de dónde han salido estas fotos o si es que el líder terrorista ha sido abatido y las fotos han sido extraídas de su teléfono móvil.

Seguido de la rápida expansión de EIIL en 2014, las fuerzas de seguridad de Irak y Siria llegaron a enfrentarse por primera vez a vehículos kamikaze que habían sido blindados por completo y que no podían ser destruidos salvo con armas antitanques y cañones de gran calibre.

La toma de Mosul (norte de Irak) también dejó en manos de Daesh unos 2300 vehículos Humvee que luego convirtieron en vehículos kamikaze que podrían transportar hasta 1000 kilos de explosivos sin afectar su rendimiento o velocidad.

hgn/rha/nal/HispanTv

Conozca las razones por las que el tiroteo de Orlando podría ser una operación de bandera falsa


Una de las calles adyacentes al club donde tuvo lugar el tiroteo en Orlando, Florida.

Un exoficial de la Agencia Central de Inteligencia de EE.UU. (CIA, en inglés) asegura que el tiroteo de Orlando era en realidad una operación de bandera falsa.

Robert David Steele, exoficial de la CIA, cree que el tiroteo de Orlando, en el estado de Florida, fue en realidad una operación de bandera falsa llevada a cabo por el régimen de Israel o la Administración del presidente estadounidense, Barack Obama.

Steele presenta su argumento en apoyo a esta teoría en 65 puntos y asegura que hay muchas incoherencias en la versión oficial de este tiroteo, el más sangriento de la historia de EE.UU., que ponen en duda su veracidad.

La madrugada del 12 de junio, un hombre identificado como Omar Mir Sediq Mateen, de 29 años y de origen afgano, abrió fuego en el club Pulse de Orlando; mató a 50 personas e hirió a otras 53.

Una de las cosas que menos tiene sentido, indica, es que no haya ni una imagen ni un vídeo dentro del club donde se llevó a cabo el tiroteo que muestre los cuerpos sin vida o los heridos del tiroteo, hecho por el que cree que hasta sería posible que nadie haya muerto durante el ataque.

También señala un vídeo del momento del tiroteo fuera del club en el que se oyen 24 disparos en 9 segundos, lo que es imposible dado que el rifle semiautomático AR-15 que tenía Omar Mateen, el atacante, es capaz de disparar 3 tiros en un segundo.

Técnicamente el rifle de Mateen era capaz de disparar 27 tiros en 9 segundos, pero para poder hacerlo Mateen debería haber tenido una puntería y habilidad de usar rifles semiautomáticos de clase mundial, que simplemente no tenia, y de este modo no sería capaz de matar a tantas personas.

Al mismo tiempo, recuerda, algunos de los testigos aseguran haber oído “fuego rápido”, algo que solamente podría haber ocurrido si Mateen tenía un rifle automático o si tenía cómplices a la hora de empezar los disparos.

Igualmente varios testigos indican que los atacantes eran 4 o 5 personas, lo que explicaría el fuego rápido, pero las autoridades y los medios de comunicación convencionales no han dado detalle alguno sobre estas alegaciones.

Sobre los probables motivos por las que el régimen de Israel llevó a cabo esta operación de bandera falsa, Steele presenta varias posibilidades, entre las que destaca que dicho régimen este tratando de mostrar al Islam como una religión violenta.

hgn/rha/nal/HispanTv

"Washington quiere ahora una guerra total en Siria"


Siria es "un pozo ciego de tratos encubiertos y agendas ocultas", asevera la escritora y analista política Catherine Shakdam.

"Washington quiere ahora una guerra total" en Siria, asevera la escritora y analista política Catherine Shakdam en su nuevo artículo para RT.

"Estados Unidos quiere ir a la guerra, ¡de nuevo! Yo que pensaba que Washington ya estaba en guerra con Damasco... ¿o era contraterrorismo?" destaca Shakdam, quien no está segura de que los norteamericanos "sepan la diferencia" entre la guerra contra el terrorismo y contra naciones soberanas.

Esta analista recuerda que, durante cinco años, EE.UU. ha trabajado para deponer al Gobierno de Bashar al Assad, Siria ha luchado para recuperar su soberanía territorial y política y los oficiales norteamericanos han reclamado más armas, más poder y "se han escondido más y más detrás del terror para justificar su postura".

En este sentido, hace hincapié en que, "curiosamente, cada vez que el terror era arrasado por las botas del Ejército sirio, más fuerte llamaba Washington a una guerra".

"Un hueso duro de roer"

Sin embargo, esta especialista se pregunta: "¿Por qué debería irse el presidente Assad? ¿Por qué las potencias occidentales están tan desesperadas por ver depuesto a un jefe de Estado democráticamente elegido, cuando la razón debería dictar que el terrorismo sigue siendo la prioridad absoluta?" y subraya que el Estado Islámico "ha perdido terreno bajo la presión del Ejército Árabe Sirio, apoyado por Rusia, Irán y Hezbolá".

En opinión de Shakdam, el argumento de que "el presidente Assad es un tirano" no se sostiene, debido a que "todavía posee una gran popularidad entre su pueblo", las potencias occidentales han apoyado y justificado "regímenes odiosos" en todo el mundo", "muchos de los aliados de EE.UU. han demostrado ignorar los derechos humanos "en serie" y "demasiadas armas de fabricación occidental" han servido para "disparar a civiles".

La autora del texto sostiene que, a pesar de todos los esfuerzos de estadounidenses por derrocar a su Gobierno legítimo, "Siria ha demostrado ser un hueso duro de roer"; tan duro que, incluso, ha dado lugar a "una fractura política" en Washington, según indica el reciente documento firmado por diplomáticos de su Departamento de Estado, que critica la política que ha desarrollado la Administración del presidente Barack Obama en Siria e insta a realizar bombardeos contra las fuerzas de Bashar al Assad.


"Neoconservadores frustrados y enojados han llamado a la confrontación militar directa contra Damasco, inconscientes de las repercusiones que tendría esa medida, no solo en la región, sino en todo el mundo", critica esta experta.

"Tratos encubiertos y agendas ocultas"

La analista cita al director del centro de estudios de Oriente Medio y Asia Central, Semión Bagdasárov, quien sostiene que la coalición proestadounidense Fuerzas Democráticas Sirias (SDF), compuesta en su mayoría por militantes kurdos, está llevando a cabo sus propios objetivos geoestratégicos en la región. Según este experto, su ofensiva en la estratégica ciudad de Manbij, que está en manos del Estado Islámico, "es parte de un plan destinado a la eventual división de Siria".

Shakdam se lamenta de que "Siria se ha convertido en un pozo ciego político de tratos encubiertos y agendas ocultas" y pronostica que, con el Estado Islámico derrotado, "las negociaciones de paz tomarían un tono muy diferente".

"Para entonces, finalmente el mundo se podría ver obligado a prestar atención a lo que desean los sirios. ¿Los recuerda? ¿Se ha molestado alguien en preguntarles cómo visualizan su futuro? ¿Qué tal si empezamos con esa pregunta y rergresamos a la sensatez?", concluye Catherine Shakdam.

Actualidad RT

domingo, 26 de junho de 2016

Brasil: O divórcio entre Congresso e povo


Por Roberto Amaral, no site Carta Maior:

A crise, a palavra da moda, na boca dos políticos e dos eleitores descontentes, na boca de empresários e trabalhadores (com significados diversos), tonitruada pelos meios de comunicação de massa, essa crise brasileira de nossos dias, é, fundamentalmente, política, e é ao mesmo tempo uma crise de representatividade e de legitimidade que ataca de morte os Poderes da República.

É preciso conjurá-la, antes que ponha por terra o projeto de democracia representativa, antes que ameace a integridade institucional de que sempre se aproveitam as forças conservadoras para impor o retrocesso político e o retrocesso social.

O processo de impeachment não é a crise, mas um sintoma dela, agravado pela crise das instituições da democracia representativa.

O sistema de partidos – rejeitado pelo eleitorado – está falido e nenhum remendo o salvará. Sua inanidade é estrutural, é orgânica, é morfológica, é ideológica. Faliu como meio e como fim. O processo eleitoral (fundado no poder econômico e no abuso do poder político) está, também e por consequência, falido e é um dos principais geradores da crise política, pois um de seus mais notáveis frutos é a desmoralização do mandato eletivo.

Dessa falência dupla resultam poderes em crise, dirigentes ilegítimos e mandatários sem legitimidade, donde, e por fim, a grave agonia da democracia representativa, atacada de vez pela violência do impeachment brandido contra a presidente Dilma Rousseff.

A tentativa de tomada de assalto de seu mandato é uma agressão à ordem constitucional (v.g. o art. 85 da C.F.) – mas é, acima de tudo, uma agressão à soberania popular.

As bases seminais da democracia liberal são os fundamentos constitucionais e a estrita legalidade, sem o que poderemos ter Estado de direito, mas, jamais, Estado de direito democrático, que é aquele que interessa às grandes massas.

O respeito à Constituição implica, necessariamente e incontornavelmente, o respeito à voz das urnas: o exercício da presidência é privativo de um delegado da soberania popular, escolhido pelo único instrumento conhecido pelas democracias: o voto. E é isto que está em jogo.

Os pressupostos de constitucionalidade e legalidade – respeito à soberania popular, império irrecorrível do voto – jamais foram considerados pela direita brasileira, useira e vezeira no emprego da violência golpista, enquanto a defesa da legalidade e da Constituição, como agora, é a bandeira da qual as esquerdas brasileiras não podem abrir mão.

O Poder Legislativo que temos – despido de legitimidade – é composto majoritariamente por parlamentares com os quais os eleitores não se identificam, e assim se acha atingido letalmente por aquela que é, certamente, a mais grave crise de representação em toda a história republicana.


Sem falar nas duas dezenas de senadores e nos quase duzentos deputados federais indiciados em inquéritos, ora no STF, ora na Lava Jato, ora aqui, ora acolá. Ademais é, o Parlamento que aí está, como coletivo, uma instituição reacionária, atrasada, descomprometida com o interesse nacional, quando deveria ser a expressão da vontade popular.

Comandada pelo chamado baixo clero e comandada pelo governo interino, está a Câmara dos Deputados empenhada em destruir o que foi possível construir nos últimos 12/13 anos, de Estado social e projeto de desenvolvimento autônomo. O profundo divórcio entre o Parlamento e a Nação, entre o eleitor e o eleito, é, sem dúvida, o sinal mais alarmante da crise da representação.

O divórcio entre Congresso e povo parece, em nossos dias, sem conciliação possível. E isto é péssimo augúrio.

Temos hoje um Poder Executivo infuncional, dominado por grupos de interesses que não dizem respeito aos grandes interesses do povo, da nação e do país. Presentemente, agravando sua crise ética, a Presidência foi tomada de assalto por uma súcia de tal padrão (a começar pelo presidente interino) que um jornal estrangeiro - o alemão Die Zeit - não pôde deixar de questionar, em manchete de primeira página: "Isso é um governo ou uma gangue?".

Como se habitassem outro planeta, ou um Olimpo cego para a história e a realidade, setores da alta burocracia estatal (como o Ministério Público e a Polícia Federal) constituem nichos de poder autônomos dentro do Estado.


Completa a tríade um Poder Judiciário a serviço da luta de classes, autoritário, intrinsecamente reacionário e prepotente, que se julga dispensado de dar satisfação a qualquer dos demais Poderes, e muito menos à sociedade, embora seja o único dos três poderes da República sem respaldo na soberania popular.

Um STF que se permite decidir contra a expressão clara e límpida da Constituição, que faz e refaz jurisprudência em função de interesses em causa e interfere mesmo no processo legiferante, instaurando a insegurança jurídica; uma Corte que se deixou partidarizar depois de politizar-se, e, em função de uma e outra opção, termina por renunciar à isenção, desnaturando-se.

Rompendo as fronteiras das competências dos demais poderes, arvora-se em verdadeiro Poder moderador, arcaísmo monárquico inaceitável na República.

Atuando e vivendo fora dos manuais da Constituição escritos para os alunos de nossas faculdades de direito, atuam, impávidos, inalcançáveis, de mãos dadas, o poder econômico-financeiro e o poder da mídia oligopolizada, senão o mais poderoso, por certo o mais nefasto dentre todos.

Os meios de comunicação de massa (que possuem prepostos em todas as esferas do poder político) não conhecem limites: manipulam a opinião pública, distorcem a vontade eleitoral, interferem no exercício do poder, ditam o processo político-ideológico, constroem artificialmente a narrativa histórica, e se constituem em verdadeiro partido político. O mais forte de todos.

Vivemos os estertores do ciclo (mais um dentre tantos na Historia e na República) que teve início com a Constituinte de 1988, a quem devemos quase 30 anos de normalidade democrática e avanços sociais que precisam ser conservados e aprofundados.

Esta é a tarefa histórica.

É verdade que a presidente Dilma Rousseff terá dificuldades para enfrentar desafio de tamanha monta – superar essa crise e plantar as bases de um novo Brasil – mas, por outro lado, não será um governo fruto do assalto ao mandato popular, e assim essencialmente e irrecuperavelmente ilegítimo, como o interino que aí está, que poderá cumprir com essa missão inadiável.

Legitimada pelos mais de 54 milhões de votos que a elegeram, a presidente Dilma poderá reconduzir a nação no caminho de um novo pacto político, de que carecemos para salvar a democracia representativa e retomar o desenvolvimento.

Esgotado um ciclo, o processo histórico engendra sua alternativa e deverão as forças populares disputar, nessa construção, seu papel de agente.

Fortalecida pelo apoio que vem colhendo nas ruas, fortalecida com a vitória no julgamento pelo Senado (na qual todos os democratas devem estar prioritariamente empenhados), desvendados (como já se vão desvendando) os reais propósitos da sanha peemedebista maquinada pelo vice perjuro, caberá à presidente da república discutir com a Nação os novos rumos do país que lhe incumbirá comandar imediatamente a partir da recuperação de seu mandato.

Mas a partir também da autocrítica indispensável, que a consagrará, sobre sua opção política em 2015, autocrítica que se completará com a esperada, e já quase tardia, autocrítica do Partido dos Trabalhadores, reclamada por sua militância mas sempre adiada por seus dirigentes.

(A propósito, por que a presidente reluta assinar a Carta-compromisso que a Frente Brasil Popular lhe sugeriu?)

Armada dessas iniciativas, a presidente falará às massas para ser ouvida e, sepultando o falecido ‘presidencialismo de coalizão’, construirá um novo pacto, político-popular. Ou, melhor dito, terá em suas mãos as condições políticas e morais, além da legitimidade, necessárias para reconduzir o Brasil na trilha de seu destino de grande nação, o que compreende a retomada do desenvolvimento, do fortalecimento do setor produtivo, do combate à pobreza e das políticas de distribuição de renda e compensação social e, afinal, a retomada do pleno emprego.

Soluções de curto prazo que se apresentam como fáceis e quase mágicas enfrentam irremovíveis obstáculos jurídicos e de ordem prática, pondo em dúvida sua eficácia como alternativa, contribuindo, assim, para desviar a luta popular do foco essencial, que é combater o governo interino e derrotar o impeachment.

As esquerdas optaram pelo pelo estado de direito democrático e devem seguir nele, evitando a atração por desvios, alternativas que lembram casuísmos, gambiarras, improvisos de consequências imprevisíveis.

Por tudo isso e pelo mais que não precisa ser posto em evidência a esta altura de nossa história, o que incumbe às esquerdas e às forças democráticas, hoje, como prioridade, é a defesa da ordem constitucional. E o ponto de partida é a defesa do mandato constitucional, legítimo e legal da presidente Dilma Rousseff.

Serra agride o Mercosul em favor do EUA


Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual:

O ministro interino das Relações Exteriores, José Serra, ataca veladamente o Mercosul. Serra alega que o país deve poder celebrar acordos comerciais com os mais diferentes países. O que está em jogo é uma resolução do Mercosul, a Decisão 32, de 2000, que define que os acordos comerciais não podem ser feitos sem aprovação do bloco. Ontem (24) o próprio presidente interino Michel Temer saiu em defesa da ideia, em entrevista à rádio Estadão, pregando a necessidade de flexibilizar a decisão para que o país faça acordos tarifários livres com os parceiros que quiser.

O argumento não convence os críticos do governo provisório. Não convence nem mesmo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma das madrinhas do afastamento de Dilma Rousseff. Na prática, se negociar tarifas a seu bel-prazer o governo interino vai jogar contra a indústria, contra os empregos e agravar a recessão, segundo afirmam fontes ouvidas pela RBA.

Um deles é o economista Kjeld Jakobsen, que foi secretário de Relações Internacionais da CUT, da prefeitura de São Paulo e integra a diretoria da Fundação Perseu Abramo. Para ele, o "governo golpista" demonstra não entender nada de economia, de políticas sociais, de direitos humanos e tampouco de comércio. "Isso por várias razões. Primeiro porque o Mercosul não impede que você negocie com outros países. O que ele pode impedir é que você faça acordos de livre comércio com taxas inferiores à Tarifa Externa Comum (TEC) que existe no Mercosul", afirma Kjeld Jakobsen. “Se fizer isso, você traz para dentro do bloco o que a gente chama de desvio de comércio, porque os outros vão exportar para o Brasil, com tarifa menor do que a TEC, e o Brasil vai com tarifa zero para os outros quatro países do Mercosul”, explica.

Nas notícias que circularam ontem (25) sobre a questão despontam a possibilidade de o país fazer acordos com Canadá, Japão, Coreia e o bloco formado por pequenos países europeus, como Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Mas isso não diz tudo, na opinião do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. “Quando você faz um acordo de livre comércio com um país, e você leva a zero a tarifa, os outros países também perdem. O que ele (Serra) está pretendendo fazer é começar com esse tipo de país para depois fazer com os grandes, porque com esses (os pequenos) não tem nenhum impacto. Vai ver o tamanho do comércio do Brasil com esses países. É absolutamente insignificante. Ele quer abrir um precedente para fazer com outros países”, alerta Guimarães.

“Essas pessoas são antipátria, são antinacionais, contra o trabalho, contra o povo, contra os trabalhadores. Certamente é uma medida que agravaria a recessão. É tudo o que os outros países querem, que é exportar para cá”, diz o embaixador. “A falta de conhecimento, a falta de sentimento de nação é muito grande e a ignorância também. Você acha que ele quer ter livre comércio com a Suíça? O que eles querem é um esquema de livre comércio com os Estados Unidos. E com a Europa. É uma questão ideológica – eles querem a Alca (Área de Livre Comércio das Américas, proposta pelos Estados Unidos em 1994, mas que não prosperou) e claro que os Estados Unidos também querem isso, porque vão exportar muito para o Brasil. Os Estados Unidos hoje em dia já têm um superávit com o Brasil muito grande”, afirma Pinheiro Guimarães.

“Se revogar isso (a decisão 32/00) significa o fim do Mercosul, o que seria um prejuízo muito grande porque um dos destinos mais importantes das exportações brasileiras é exatamente o Mercosul, principalmente no que diz respeito a bens industrializados, que é um setor em que o Brasil vem perdendo competitividade, por várias razões”, diz o diretor Jacobsen. “A existência do Mercosul não impediu que a China se tornasse o principal parceiro comercial do Brasil, que está em primeiro lugar nas nossas relações comerciais. Essa relação cresceu mais de 1.000% de 2002 para os dias atuais. E mesmo aqui na América do Sul, o segundo maior crescimento de comércio do Brasil foi com a Argentina por causa do Mercosul. Esse crescimento é superior a 800%, de 2002 para os dias atuais”, afirma o economista.

"Os caras não estão nem aí, porque eles vão fazer negócios. Eles fazem negócios. Você pode buscar no WikiLeaks as declarações do Serra no passado sobre a Chevron – ele garantiu que ia mudar a legislação. E ninguém disse nada, coisa documentada. Para eles não tem negócio de pátria. São contra a nossa soberania, contra o nosso desenvolvimento e a favor de seu enriquecimento pessoal", sustenta o embaixador. E lembra: "Basta ver as pessoas que participaram do governo Fernando Henrique como elas estão 'pobres'. Veja a fortuna dos economistas que participaram do governo Fernando Henrique. Estão todos milionários", afirma Guimarães.

Abatidos 1300 terroristas durante la operación de Mosul


El ministro de Defensa de Irak, Jaled al-Obeidi, ofrece una conferencia de prensa.

Al menos 1300 terroristas fueron abatidos durante las operaciones para liberar la parte sureña de Mosul (norte de Irak), según un alto funcionario iraquí.

Además de revelar la cifra, el ministro iraquí de Defensa, Jaled al-Obeidi, aseguró el sábado que Mosul y otras regiones controladas por el grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) serán liberadas “dentro de un año”.

En una conferencia de prensa realizada tras su reunión con los dirigentes militares en Nínive (provincia en la que se encuentra Mosul), el titular de Defensa indicó que la primera etapa de la operación de liberación de Mosul todavía continúa.

Dio a conocer también que se registraron progresos importantes en la parte occidental de Mosul, para después prometer que la victoria es inminente y que la banda terrorista takfirí pronto será destruida.


Mosul, situado a 400 kilómetros de la ciudad capitalina de Bagdad, cayó en junio de 2014 bajo el control de Daesh —que se infiltró desde la vecina Siria— y más tarde esta ciudad se convirtió en el principal bastión del EIIL en el país árabe.

El primer ministro de Irak, Haidar al-Abadi, señaló asimismo que la liberación de Mosul está muy cerca, ya que esta ciudad es el “próximo destino” de las fuerzas iraquíes tras la liberación de la estratégica ciudad de Faluya (centro).


En cuanto a Faluya, el ministro de Defensa de Irak afirmó que el 90 por ciento de la ciudad es “segura y habitable”, desactivando a Daesh, de hecho, manifestó que las tropas iraquíes impidieron a los terroristas destruir Faluya tal como lo hicieron con Ramadi (centro) y Sinyar (norte).

Igualmente, Hadi al-Ameri, comandante de las fuerzas populares iraquíes, conocidas también como Al-Hashad al-Shabi, anunció el sábado que se inició la última fase de la ofensiva contra los terroristas del EIIL en Faluya y que en los próximos días habrá un anuncio sobre su liberación total.

Por otra parte, un portavoz no identificado de las Operaciones del Comando Conjunto de Irak informó en la jornada del sábado que un total de 2185 sospechosos de Daesh fueron detenidos cuando intentaban huir de Faluya entre los civiles que están abandonando la ciudad.

La gran ofensiva para recuperar Faluya comenzó a finales de mayo y las defensas del EIIL en buena parte de la ciudad se derrumbaron de forma repentina. Durante estas operaciones, las fuerzas iraquíes han matado a más de 2500 extremistas de Daesh.

zss/ctl/msf/HispanTv

Cazas rusos matan a dos ‘emires’ de Ahrar al-Sham cerca de Damasco


Los aviones rusos de combate mataron el sábado a dos emires del grupo terrorista Ahrar al-Sham, en las periferias de Damasco, la capital de Siria.

Los cazas rusos bombardearon las posiciones de Ahrar al-Sham cerca de la ciudad de Jan Al-Sheih, en la región de Quta al este de Damasco. Los ataques aéreos rusos resultaron en la muerte de "Abu Ibrahim Al-Shabaj y Abu Al-Jair, ha informado este domingo la agencia siria de noticias Almasdar News.

En los últimos meses, Ahrar al-Sham recibió duros golpes infligidos tanto por el Ejército sirio como por la Fuerza Área de Rusia. El pasado diciembre, el cabecilla de esta banda extremista takfirí Zahran Aloush fue alcanzado en un ataque aéreo de la aviación siria en Quta.


Abu Badr al-Najdi, un líder saudí del grupo terrorista Ahrar al-Sham.

mkh/ktg/rba/;HispanTv

sexta-feira, 24 de junho de 2016

PÓS-BREXIT, TEMER CRITICA MERCOSUL E ROSSETTO REAGE


Em entrevista nesta sexta-feira, o presidente interino defendeu "universalizar as relações do Brasil", criticou "ligações exteriores pautadas por critérios ideológicos", o que, segundo ele, vinha sendo praticado, e afirmou ser preciso "repensar" o Mercosul; declarações foram feitas pouco depois do resultado do plebiscito que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia; pouco antes das declarações de Temer, ao comentar o Brexit, o ex-ministro Miguel Rossetto havia criticado a possibilidade de o Brasil se afastar do Mercosul: "Antes que algum estúpido se empolgue com a decisão lamentável do Reino Unido, é fundamental fortalecer a integração entre os países do Mercosul e da Unasul, rejeitar uma ideia reacionária e egoísta que aprofunda a separação entre os povos e a xenofobia, estimula a segregação social e a violência"

247 – Pouco depois do resultado do plebiscito que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia, nesta sexta-feira 24, o presidente interino, Michel Temer, dava declarações no sentido de "universalizar as relações do Brasil" e "repensar" o Mercosul.

Em entrevista à Rádio Estadão, pela manhã, ele também criticou o que chamou de "ligações exteriores pautadas por critérios ideológicos", que vinham se sendo praticadas até então, segundo ele, o que é "impensável", em sua opinião.

"Desde que o Serra assumiu, a nossa ideia é universalizar as relações do nosso País. Porque, em um dado momento, você sabe disso, muitas vezes a ligação, digamos assim, do nosso País, pautava-se mais por critérios ideológicos e isto, a meu modo de ver, é impensável", declarou Michel Temer.

Ele também defendeu "rediscutir um pouco a questão do Mercosul, não para eliminá-lo, mas para, quem sabe, dar-lhe uma diretriz mais segura nessa tese da universalização das relações com os outros países". De acordo com Temer, "muitas vezes o Brasil tem dificuldades de fazer um acordo tarifário, qualquer coisa dessa natureza, porque está preso aos compromissos do Mercosul".

Antes das declarações de Temer, o ex-ministro do Trabalho no governo Dilma Rousseff, Miguel Rossetto, havia criticado duramente a decisão do Reino Unido, classificada por ele como "lamentável", além de "reacionária e egoísta".

Rossetto também criticou, em sua fala, a possibilidade de o Brasil se afastar do Mercosul, em uma espécie de inspiração no Brexit.

"Antes que algum estúpido se empolgue com a decisão lamentável do Reino Unido, é fundamental fortalecer a integração entre os países do Mercosul e da Unasul, rejeitar uma ideia reacionária e egoísta que aprofunda a separação entre os povos e a xenofobia, estimula a segregação social e a violência", disse.

Brasil 247

Carta aberta a Sérgio Moro


Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Caro Moro:

Me desculpe a franqueza, mas o senhor é uma desgraça nacional. Simboliza a justiça partidária que tanto mal faz ao país.


O senhor é um antiexemplo. No futuro, quando formos uma sociedade mais avançada, ficará a pergunta: como pudemos tolerar um juiz tão parcial?

Sequer as aparências o senhor respeitou. São abjetas as imagens em que o senhor aparece ao lado de barões da mídia como João Roberto Marinho e de políticos da direita como João Dória.

O senhor tem ideia do que aconteceria na Inglaterra se um juiz com tanto poder como o senhor confraternizasse com caciques da política e da mídia?

Mas o pior não foram as aparências: foram e são os atos práticos.

Como o senhor não se envergonhou de participar dos espetáculos circenses em que o objetivo era criminalizar um e apenas um partido, o PT?

Como o senhor não se envergonhou em passar para a Globo conversas criminosamente gravadas entre Lula e Dilma?

Caro Moro: como o senhor consegue dormir?

Vejamos os fatos destes últimos dias. O senhor e sua Lava Jato foram fulminantes em prender um ex-ministro de Lula e embaraçar o editor de um site que representa um tipo de visão completamente ignorado pelas grandes empresas jornalísticas.

Funcionários da PF, em extravagantes uniformes de camuflagem e fortemente armados, se deixaram também fotografar em frente à sede do PT em São Paulo.

O senhor tem noção do ridículo, do patético disso? Parecia que os policiais estavam indo desbaratar uma célula dos Estados Islâmicos.

Mas, ao mesmo tempo, ficamos todos sabendo que vocês fracassaram miseravelmente não uma, mas duas vezes em intimar a mulher de Eduardo Cunha, Claudia Cruz.

Vocês não sabem sequer onde ela fica para entregar a intimação? Ou o empenho frenético em investigar e atacar um lado é contrabalançado pela negligência obscena em tratar casos ligados ao outro lado?

O senhor tem ideia do desgaste que este tipo de coisa provoca em sua imagem em milhões de brasileiros?

Um homem pode ser medido pelos admiradores que semeia. O senhor é hoje venerado pelo mesmo público que idolatra Bolsonaro: são pessoas essencialmente racistas, homofóbicas, raivosas, altamente conservadoras e brutalmente desinformadas.

O senhor não combateu, verdadeiramente, a corrupção. O senhor combateu e combate o PT. São duas coisas distintas. Falo isso com a tranquilidade de quem jamais pertenceu ao PT ou teve qualquer vínculo com o partido. Meu pai se elegeu presidente do sindicato dos jornalistas de SP, no começo dos anos 1980, numa disputa épica contra o representante do PT, Rui Falcão. Jamais superei certas mágoas do PT até porque meu pai era meu norte e meu sul, meu leste e meu oeste.

Não fossem os delatores, as roubalheiras de gente como Aécio, Temer e Jucá permaneceriam desconhecidas e intocadas.

Não fossem as autoridades suíças, as contas secretas que finalmente liquidaram a maior vocação corrupta das últimas décadas no Brasil não seriam conhecidas, e Eduardo Cunha continuaria a cometer seus crimes.

Caro Moro: o senhor há de ter o mesmo destino de um homem que teve um papel igual ao seu na política brasileira, Joaquim Barbosa.

A mídia o usou e espremeu ao máximo, e depois o descartou. JB não é nota sequer de rodapé dos jornais e revistas. Não é ouvido para nada.

O senhor, como JB no Mensalão, está tendo seus dias de Cinderela, porque é útil à plutocracia. Mas Gata Borralheira sempre ronda a Cinderela, como o senhor sabe.

Sinceramente.

Paulo

Poroshenko visita Donbass e prevê 'escalada das hostilidades'


O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, fez uma visita não planejada à região de Donbass, conforme relatou o seu porta-voz, Svyatoslav Tsegolko, em sua página no Facebook.

"O presidente assinou um decreto sobre a desmobilização da quinta leva da linha de frente, dois quilômetros do novo terminal do aeroporto de Donetsk. A viagem não foi planejada, de modo que os soldados ficaram realmente chocado. Alguns deles disseram que estavam prontos para servir de forma cotnratual", escreveu Tsegolko.

Em março, Poroshenko havia afirmado que tinha assinado um decreto sobre a desmobilização das tropas da reserva, convocadas durante a quarta leva de mobilização parcial, que durou de 21 de julho de 2014 até 14 de Janeiro de 2015.

O presidente ucraniano disse que não tem a intenção de declarar uma nova onda de mobilização. Mais cedo, durante um discurso na frente dos militares na região de Kharkiv, Pyotr Poroshenko disse que a convocação por contrato do exército será aumentado, mas no momento não é possível abandonar o recrutamento e a mobilização.

Segundo Poroshenko, a Ucrânia vai continuar a fortalecer as forças armadas, visto que os dias de "pacifismo frívolo" passaram e aumenta a probabilidade de "escalada em larga escala das hostilidades" no leste do país.

Sputniknews