terça-feira, 2 de maio de 2017

China pede que seus cidadãos deixem território da Coreia do Norte


Temendo um possível ataque dos Estados Unidos, a China está pedindo aos seus cidadãos para deixarem ou evitarem a Coreia do Norte, país que vem investindo pesado em um programa nuclear para fins militares e na retórica de guerra contra a maior potência do mundo.

De acordo com a mídia regional, desde meados de abril, a embaixada da China em Pyongyang vem alertando os chineses sobre os riscos, mas fontes afirmam que muitos têm ignorado essas mensagens.

"A embaixada nunca tinha dado um aviso como esse. Eu fiquei preocupado e deixei o país às pressas", afirmou um chinês que, segundo o Korea Times, ao contrário dos seus compatriotas, decidiu voltar para a China após receber os alertas das autoridades. De acordo com esse cidadão, que não teve sua identidade revelada, apesar das tensões crescentes entre norte-coreanos e americanos, o ambiente pacífico verificado na capital da Coreia do Norte fez com que muita gente não levasse a sério os avisos de pânico divulgados por Pequim.

Nesta terça-feira, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China manifestou profunda indignação com a recente instalação do sistema de mísseis americano THAAD na Coreia do Sul, pedindo a Washington e Seul a suspensão desse projeto, considerado uma ameaça à segurança regional. No entanto, segundo informou à Sputnik um representante das forças dos EUA na Coreia do Sul, o THAAD já está instalado e pronto para uso.

Sputniknews

Rússia começa a modernizar sistema de defesa de Cuba


Os trabalhos para modernização do sistema de defesa de Cuba, com o auxilio da Rússia, já estão andamento, anunciou o vice-diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar do país (FSVTS, na sigla em russo), Anatóli Puntchuk.

“Nós assinamos um acordo no ano passado, e o trabalho está em andamento”, disse Puntchuk a jornalistas na semana passada.

O acordo, celebrado entre os governos de Moscou e Havana em dezembro de 2016, estabelece as bases para um programa de cooperação técnica no setor da defesa até 2020. O documento foi assinado em Cuba pelos copresidentes da Comissão Intergovernamental para a Cooperação Econômico-Comercial e Técnico-Científica, de Cuba e Rússia, Ricardo Cabrisas Ruiz e Dmítri Rogózin, respectivamente.

Em entrevista à agência de Sputnik, Rogózin, que é também vice-primeiro-ministro da Rússia, afirmou que o programa de cooperação militar russo-cubano inclui assistência em termos de planejamento.

“A Rússia oferecerá conselhos para formular um programa de planejamento de longo prazo para modernizar as Forças Armadas de Cuba”, disse o vice-premiê, antes de acrescentar que não se trata de venda de armas à ilha.

“O Exército cubano tem armas de fabricação soviética, e hoje estamos criando centros de manutenção com novos suprimentos para garantir a ampla segurança de Cuba, para que o país possa lidar aos desafios contemporâneos”, disse Rogózin.

Segundo o vice-diretor do FSVTS, outros países latino-americanos também já demonstraram interesse na ajuda russa para modernizar seus complexos militares.

Gazeta Russa

CNBB denuncia: PM desarmou indígenas Gamela e em seguida permitiu ataque dos fazendeiros e jagunços


O bispo de Viana (MA), dom Sebastião Lima Duarte, município onde ocorreu o brutal ataque aos indígenas Gamela na tarde de domingo (30) denunciou na tarde desta segunda, ao falar em nome da CNBB em entrevista coletiva: “A polícia desarmou os indígenas e em seguida permitiu o ataque dos fazendeiros e jagunços”. A entrevista aconteceu durante a Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida.

São 13 feridos, dois em estado muito grave, cinco baleados; dois tiveram as mãos decepadas por golpes de facão.

Leia a seguir o relato da situação no Povoado das Bahias, no município de Viana, feito pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) da CNBB:

Depois de uma madrugada de tensão pelo receio de novos atos de violência contra as aldeias Gamela, além da angústia sobre o estado de saúde dos feridos no ataque deste domingo, 30, contra a retomada dos indígenas no Povoado das Bahias, município de Viana (MA), informações consolidadas dão conta do massacre envolvendo a amputação de membros do corpo de dois indígenas: cinco baleados, sendo que dois tiveram também as mãos decepadas, e chega a 13 o número de feridos a golpes de facão e pauladas. Não há, até o momento, a confirmação de mortes.

Os dados seguem sendo parciais, os números de baleados e feridos podem aumentar, e isso se deve ao fato de que os Gamela se espalharam após a investida dos fazendeiros e seus capangas, entre 16h30 e 17 horas. Os criminosos estavam reunidos para atacar os indígenas ao menos desde o início da tarde, nas proximidades do Povoado da Bahias, numa área chamada de Santero, conforme convocação realizada pelas redes sociais e em programas de rádio locais – inclusive com falas de apoio do deputado federal Aluisio Guimarães Mendes Filho (PTN/MA).

Cinco indígenas foram transferidos durante a noite de ontem e madrugada de hoje para o Hospital Socorrão 2, Cidade Operária, na capital São Luís. Todos baleados em várias partes do corpo e dois chegaram à unidade com membros decepados: um teve as mãos retiradas a golpes de facão, na altura do punho (foto ao lado); outro, além das mãos, teve os joelhos cortados nas articulações.

Na manhã desta segunda-feira, 1o de maio, Dia dos Trabalhadores, dois Gamela receberam alta: um levou um tiro de raspão na cabeça e teve apenas uma das mãos machucadas e o segundo levou um tiro no rosto e outro no ombro, mas sem prejuízos para os órgãos vitais. Os demais seguem internados: dois em estado grave, correndo risco de morte, e sem alternativa passaram por intervenções cirúrgicas.

“Um deles levou dois tiros, uma bala está alojada na coluna e a outra na costela, teve as mãos decepadas e joelho cortados. O irmão dele levou um tiro no peito. Outro teve as mãos decepadas”, relata integrante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) que esteve com os Gamela hospitalizados em São Luís. Carros de apoiadores dos Gamela, inclusive, tiveram que cuidar de algumas locomoções de feridos pela falta de ambulâncias.


Em Viana e nos municípios do entorno, os feridos receberam atendimento médico com cortes de facão pelo corpo e lesões diversas. Relatos de áudio, ao menos de três moradores e moradoras da cidade, circulam trazendo informações de que boatos correram ainda à noite, horas após a ofensiva contra os Gamela, sobre ataques a serem realizados contra os indígenas na unidade de pronto-atendimento, fazendo com que muitos saíssem do local após os primeiros socorros.

“Tememos novos ataques a qualquer momento. A concentração de jagunços segue estimulada e organizada no Santero, o mesmo lugar de onde saíram ontem pra fazer essa desgraça com o povo da gente. A polícia tá dizendo que não foi ataque, mas confronto. Não é verdade, fomos pegos de tocaia enquanto a gente saía da retomada. Mal podemos nos defender, olha aí o que aconteceu”, diz um Gamela que não identificamos por razões de segurança.

O Governo do Estado do Maranhão, por intermédio das secretarias de Segurança Pública e Direitos Humanos, está informado dos fatos. A Fundação Nacional do Índio (Funai) também foi notificada e a intenção é envolver o governo federal na garantia dos direitos humanos e de proteção aos Gamela – sobretudo porque a avaliação dos indígenas é de que as polícias Militar e Civil são próximas dos principais opositores da pauta do povo, que na região sobre com racismo e preconceito sendo constantemente taxados de falsos índios.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e a 6a Câmara de Coordenação e Revisão, que cuida dos assuntos ligados aos povos indígenas e quilombolas na Procuradoria-Geral da República (PGR), estão analisando formas de intervenção na situação. A Relatora da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, será comunicada nas próximas horas sobre o ataque contra os Gamela. Em Nova York (EUA), o Fórum Permanente de Assuntos Indígenas das Nações Unidas está reunido desde a semana passada e conta com uma delegação do Brasil de indígenas Munduruku, Yanomami, Baré e Kanamary, além da Repam, Cimi e Fian.

Não é o primeiro ataque sofrido pelo povo Gamela, que luta para que a Funai instale um Grupo de Trabalho para a identificação e demarcação do território tradicional. Devido a morosidade quanto a quaisquer encaminhamentos pelo órgão indigenista, os Gamela decidiram recuperar áreas tradicionais reivindicadas. Em 2015, um ataque a tiros foi realizado contra uma destas áreas. Em 26 de agosto de 2016, três homens armados e trajando coletes à prova de bala invadiram outra área e foram expulsos pelos Gamela, que mesmo sob a mira de armas de fogo os afastaram da comunidade.

VETO DOS EUA A VISTO PARA JUCÁ HUMILHA O GOVERNO TEMER


Fernando Brito - Tijolaço

Imagine se o Brasil negar visto de entrada para um senador dos EUA que está sendo investigado, mas sem condenação…Ou se sugerisse que faria o mesmo como o próprio Presidente do Senado norte-americano?

O “grande irmão do Norte” estaria em pé de guerra, chamando de volta embaixador e fazendo os mais vigorosos protestos. A fila de vistos para brasileiros teria parado, em unzinho mais…

Agora leia a notícia dada em O Globo por Jorge Bastos Moreno – intimíssimo do Governo de Michel Temer – de que os EUA negaram visto para o senador Romero Jucá, até poucos dias atrás poderoso Ministro do Planejamento e até agora integrante do núcleo do Governo é uma bofetada na cara do governo de usurpação. Do próprio presidente e de seu chanceler, José Serra.

Pessoalmente, acho que Jucá só deve ter visto de entrada em estabelecimentos prisionais, mas isso não é uma questão de opinião: ele não está condenado por coisa alguma e um governo estrangeiro não pode bloquear a entrada de um senador de “país amigo” (e, agora, com Serra, “amiguinho”).

Vamos ver agora como age a turma que “fala grosso com índio e fala fino com cowboy” age.

Voltaram os tempos em que tirávamos os sapatos para entrar na Casa Grande.

Presidente Bachar Al-Assad, mensagem à América Latina: “Não acreditem no Ocidente”


Damasco à rede Telesur , Venezuela

Traduzido por Vila Vudu

TeleSur: Obrigado por nos receber, Sr. Presidente.
Presidente Bachar al-Assad: Sejam bem-vindos à Síria, o senhor e o canal TeleSur.

TeleSur: Comecemos pelo mais recente. Rússia tem advertido que é possível que novos ataques químicos forjados estejam sendo preparados. Como a Síria preparou-se contra isso?

Presidente Bachar al-Assad: Para começar, os terroristas, durante anos e em mais de uma ocasião e em mais de uma região em absolutamente toda a Síria usaram substâncias químicas. Por isso mesmo, pedimos à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) que enviasse especialistas habilitados para investigar o que acontecia, mas cada vez que pedíamos os EUA impediam as investigações ou impediam que viessem as comissões de investigação. Semana passada, aconteceu novamente: quando exigimos que se fizessem investigações sobre o suposto uso de armas químicas em Jan Sheijun, EUA e aliados impediram que a resolução fosse aprovada na OPAQ.

Nós continuamos insistindo e tentando, com nossos aliados russos e iranianos, que aquela Organização envie uma equipe que investigue o que aconteceu. Porque se essa investigação não acontecer, os EUA repetirão outra vez e outra vez sempre a mesma farsa em torno do uso de armas químicas, (como “operação sob falsa bandeira”) em algum outro lugar da Síria, para acumular pretextos para intervir militarmente com o objetivo de apoiar o terroristas.

Isso, por um lado. Por outro lado, continuamos lutando contra os terroristas, porque o objetivo por trás do que dizem o ocidente e os EUA sobre armas químicas é conseguirem meios para dar apoio aos terroristas na Síria. Por causa disso, temos de continuar a combater os mesmos terroristas.

TeleSur: Segundo o Pentágono, seu governo ainda guarda armas químicas. A Síria conserva mesmo cerca de 1% dessas armas, apesar de se ter comprometido, há quatro anos, a entregá-las para serem destruídas?

Presidente Bachar al-Assad: Tanto o senhor como eu lembramos bem quando Colin Powell, em 2003, mostrou na ONU, diante de todo o mundo, um pequeno vidro no qual, segundo ele, estaria a ‘prova’ de que o presidente Saddam Hussein possuiria químicas, armas nucleares e outras. Quando as forças dos EUA já estavam dentro do Iraque, comprovou-se que os americanos mentiram.

Colin Powell reconheceu depois que a CIA o enganara com provas falsas. Mas não foi o primeiro caso, nem será o último. Quem queira ser político nos EUA tem de ser perfeito mentiroso e embusteiro. Mentir é uma característica dos políticos norte-americanos. Mentem todos os dias. Todos os dias dizem uma coisa e fazem outra. Por essa razão não se deve acreditar no que digam o Pentágono ou outros, porque só dizem o que sirva às políticas deles, não o que há na realidade nem os fatos em campo.

TeleSur: Com que finalidade a Síria interessa-se por comprar da Rússia sistemas antiaéreos de última geração?

Presidente Bachar al-Assad: Basicamente estamos em guerra com Israel. Desde que foi criado em 1948, Israel ataca os países árabes próximos. É normal portanto que tenhamos esses sistemas antimísseis. Os terroristas, como é óbvio, seguindo instruções de Israel, dos EUA, da Turquia, Qatar e Arábia Saudita, destruíram alguns desses sistemas e, portanto, é normal que negociemos com a Rússia para reforçar esses sistemas e poder fazer frente a qualquer ameaça aérea israelense ou enfrentar possíveis ameaças de mísseis dos EUA, muito prováveis agora, depois do recente ataque dos EUA contra o aeródromo de Shuayrat na Síria.

TeleSur: Que papel teve Israel na guerra que a Síria enfrenta? Já sabemos que continuaram os ataques nas últimas semanas contra posições do exército árabe sírio na Síria.

Presidente Bachar al-Assad: Israel desempenha seu papel de diferentes modos: primeiro, como agressão direta, sobretudo com aviação e artilharia ou mísseis lançados contra posições do exército sírio.

Por outro lado, Israel apoia os terroristas, de dois modos: primeiro, fornece armas; segundo, dá-lhes apoio logístico, ao permitir que organizem manobras atravessando regiões que Israel controla e garantindo-lhes ajuda médica em hospitais de Israel.

Não se trata aqui de especular. O que lhe digo são fatos comprovados, filmados, fotografados e divulgados na internet, que o senhor pode obter facilmente e que provam o apoio que Israel garante aos terroristas na Síria.

TeleSur: Como o senhor definiria a atual política exterior de Donald Trump no mundo e especialmente na Síria?

Presidente Bachar al-Assad: Não existem políticas de um ou de outro presidente dos EUA. O que há são políticas das instituições dos EUA que governam o sistema, a saber, a CIA, o Pentágono, as grandes corporações, as empresas que fabricam armas, as petroleiras e as grandes instituições financeiras, além de alguns lobbies que influem nas decisões dos EUA.

O presidente dos EUA apenas implementa essas políticas, e a prova está aí: quando Trump tentou tomar rumo diferente durante sua campanha eleitoral e já como presidente, nada pôde fazer. A ofensiva contra ele foi forte demais e, como vimos nas últimas semanas, ele já mudou completamente a linguagem e submeteu-se ao Estado Profundo. Por isso, tentar avaliar o presidente dos EUA no que tenha a ver com política exterior seria perda de tempo e meio irreal, porque se pode dizer qualquer coisa, mas ele só fará o que aquelas instituições e organizações ordenarem. Essa é a política que se mantém nos EUA há décadas e aí não há qualquer novidade.


TeleSur: Donald Trump tem agora outra frente aberta na Coreia do Norte. Isso poderia influir no modo como os EUA veem a Síria atualmente?

Presidente Bachar al-Assad: Não. Os EUA tentam sempre controlar todos os países do mundo sem exceção, não aceita aliados, sejam países desenvolvidos avançados de seu próprio bloco ocidental ou outros quaisquer. Todos os países teriam a obrigação de ser Estados satélites dos EUA. Por isso, o que acontece com a Síria, o que acontece com a Coreia do Norte, com Irã, com Rússia e possivelmente com a Venezuela agora, tem por objetivo restabelecer a hegemonia dos EUA sobre o mundo, porque os EUA creem que sua hegemonia estaria hoje ameaçada, e que isso ameaçaria os interesses das elites econômicas políticas nos EUA.

TeleSur: Está claro o papel de Rússia neste conflito, mas que papel teve a China, a outra grande potência internacional?

Presidente Bachar al-Assad: No que tenha a ver com Rússia e China, há grande cooperação em matéria de ação política, ou de postura política.

Há convergência nos pontos de vista e há cooperação no Conselho de Segurança da ONU. Como o senhor já sabe, os EUA tentaram várias vezes, junto com seus aliados, utilizar o Conselho de Segurança para legitimar o papel dos terroristas na Síria e para legitimar uma intervenção na Síria. A intervenção é ilegítima e constitui agressão. Por isso, China e Rússia estão unidas nessa questão, e o papel da China foi essencial, ao lado da Rússia, nessa questão.

Por outro lado, uma parte dos terroristas são de nacionalidade chinesa, chegados à Síria pela Turquia e representam ameaça aqui, para nós, sírios, mas também são ameaça são ameaça para China, e os chineses estão conscientes de que o terrorismo em qualquer lugar do mundo desloca-se para outros lugares. Aqueles terroristas, sejam chineses ou de outras nacionalidades, podem deslocar-se para a China e atacar ali, como acaba de acontecer na Europa, na Rússia e como acontece na Síria. Mantemos atualmente cooperação com a China sobre assuntos de segurança.

TeleSur: Atualmente os meios de comunicação ocidentais e dos EUA, falam de terroristas moderados e de terroristas extremistas. Há mesmo alguma diferença desse tipo?

Presidente Bachar al-Assad: Para eles, terrorista moderado é o terrorista que mata, degola e assassina sem mostrar a bandeira da al-Qaeda e sem gritar “Alahu akbar“. E terrorista é quem mostra a bandeira ou, enquanto degola, grita “Alahu akbar“, essa é a diferença. Para os EUA, qualquer um sirva à sua agenda política contra qualquer outro país, mesmo que pratique as piores práticas de terrorismo é “opositor”, não terrorista; e “moderado”, não “extremista”, “combatente da liberdade”, não um criminoso que luta para destruir e sabotar.

TeleSur: Seis anos de guerra. Como está a Síria? Sabemos que o custo humano é incalculável?

Presidente Bachar al-Assad: O que mais dói em qualquer guerra são as perdas humanas, o sofrimento das famílias que perdem um pai, um filho, um marido, essas famílias foram afetadas para sempre. Os sírios cultivamos laços familiares fortes e estreitos. Não há dor maior que a de perder um ente querido.

Quanto às demais perdas, claro está, as perdas econômicas são colossais, a infraestrutura erguida ao longo de 50 anos ou mais com mão de obra síria. Na Síria a infraestrutura não foi construída com mão de obra estrangeira, e temos as capacidades necessárias para reconstruí-la.

Igualmente, no plano econômico, o que temos é fruto do trabalho de sírios, porque há muito tempo não temos relações importantes no plano econômico com o ocidente.

Quando essa guerra chegar ao fim, tudo será reconstruído, não há problemas quanto a isso. Claro que exigirá tempo, mas não é impossível.

As perdas humanas, sim, são as perdas realmente dolorosas, essa a grande dor dos sírios hoje.

TeleSur: Dos 86 países da coalizão que ataca a Síria, alguns talvez participem da construção?

Presidente Bachar al-Assad: Não. Com certeza não. Em primeiro lugar, porque não querem que a Síria seja reconstruída. Mas não há dúvidas de que algumas empresas nos países que nos atacam, se virem que as coisas começam a andar, quero dizer, que a economia volta a andar e a reconstrução recomeça, como oportunistas que são, só interessados no dinheiro, estarão prontos a tentar vir à Síria para participar dos lucros da reconstrução, sem dúvida.

O povo sírio não aceitará. Nenhum país que tenha atacado o povo sírio e que tenha contribuído para devastar, destruir a Síria participará da reconstrução. Isso está decidido.

TeleSur: Como tem sido a vida ao longo desses 6 anos, nessa nação assediada?

Presidente Bachar al-Assad: Claro q a vida é dura. Todos os sírios formos afetados. Os terroristas destruíram a infraestrutura, em algumas áreas só há eletricidade durante 1 ou 2 horas e em outras absolutamente não há eletricidade. Há zonas sem eletricidade há dois, três anos, sem televisão, sem escolas para as crianças, sem clínicas nem hospitais, os doentes estão sem atendimento. Vivem na pré-história, por culpa dos terroristas. Há áreas sem água há anos, como aconteceu em Alepo… durante longos anos não houve água na cidade de Alepo. Em vários momentos beberam água sem purificação, cozinharam com água sem purificar. A vida foi tremendamente difícil.

TeleSur: Um dos alvos principais durante esses anos, foi o senhor, presidente Bachar al-Assad. Sentiu medo?

Presidente Bachar al-Assad: Quando se está em guerra, não se sente medo. Acho que é o que responderiam todos por aqui. Mas há a preocupação, com o destino da pátria. O que significaria a segurança pessoal, como cidadão, num país agredido e ameaçado. Ninguém estará jamais seguro enquanto persistir a ameaça contra a Síria.

Penso que o que sentimos de modo geral na Síria é preocupação pelo futuro da Síria mais que medo por nós mesmos. Os tiros e projéteis de morteiro caem em qualquer lugar, entram em qualquer casa. Nem por isso a vida parou na Síria. Há uma vontade de vida, muito mais forte que algum medo no sentido pessoal. Esse sentir, para mim, pessoalmente, como Presidente, advém do que o povo sente, não de mim mesmo. Não vivo isolado.



TeleSur: Os meios de comunicação ocidentais em todo o mundo distribuem muita propaganda contra o senhor. Será que estou sentado realmente diante daquele demônio que os jornais pintam?

Presidente Bachar al-Assad: Tem razão. Para o ocidente, o senhor está entrevistando o próprio demônio. É a propaganda ocidental atual.

Essa publicidade ocidental sempre aparece quando algum país, algum governo ou algum governante não se submete aos interesses do ocidente, se não trabalha exclusivamente a favor dos interesses ocidentais e contra os interesses de seu próprio povo. Sempre foi assim. São as exigências ocidentais colonialistas que sempre se repetiram ao longo da história.

Dizem que quem resiste a eles é mau, que mata gente boa. Ora… Rússia, Irã, todos os países nossos amigos nos apoiam não porque um ou outro governante nos apoie, mas porque o povo daqueles países está mais perto da verdade que o ocidente. E os sírios também apoiam nosso governo. Como é possível que os sírios apoiem seu governo, se o governo os estivesse mantando?

É só mais uma versão contraditória que só sobrevive na propaganda do ocidente. Por isso já não perdemos tempo com essas versões ocidentais que sempre, ao longo da história estiveram cheias de mentiras. Nisso não há novidade alguma.

TeleSur: O que a Síria faria para pôr fim a essa guerra, se estamos às portas da 6ª rodada de conversações em Genebra?

Presidente Bachar al-Assad: Temos falado de dois eixos.

O primeiro eixo consiste em lutar contra o terrorismo. Isso não se discute e não temos opção no trato com terroristas que não seja lutar contra eles.

O outro eixo é a parte política, que consiste em dois pontos: primeiro, o diálogo com todas as forças políticas sobre o futuro da Síria; o segundo consiste nas reconciliações locais, no sentido de que negociamos com os terroristas em cada vila ou cidade, tratando as questões caso a caso.

O objetivo da reconciliação é que eles deponham as armas e recebam um indulto do Estado, para assim retomarem o curso normal de suas vidas. Este eixo, esse tipo de negociação está sendo feita já há 3 ou 4 anos, obteve bons resultados e prossegue atualmente.

São os temas que podemos trabalhar com o objetivo de resolver a crise na Síria.

TeleSur: Daqui de onde estão, nesse país em guerra, como os senhores veem a situação na América Latina, particularmente na Venezuela, onde começaram a aparecer ações muito semelhantes às que fizeram crescer e eclodir o conflito na Síria?

Presidente Bachar al-Assad: É esperável que haja semelhantes, dado que o plano é o mesmo, e o executor é o mesmo: os EUA dirigem a orquestra, todos os demais países ocidentais e o coro que os acompanham.

A América do Sul em general e Venezuela em particular, foram quintal de despejo dos EUA durante décadas, quintal de onde os países ocidentais e principalmente os EUA, arrancavam o que quisessem, o que seus interesses econômicos mandassem, com a ação das grandes empresas norte-americanas transnacionais em cada um dos seus países. E os golpes de estado sucederam-se durante os anos 1960 e 1970, fossem golpes militares ou políticos, todos visavam a consolidar o controle dos EUA sobre os interesses dos povos da América Latina.

Mas ao longo dos últimos 20 anos, a América Latina livrou-se desse jugo e alcançou a autodeterminação, seus governos afinal começaram a poder defender os interesses do próprio povo. E, isso, os EUA absolutamente não aceitam. Por isso, agora se aproveitam do que está acontecendo pelo mundo, desde a revolução cor-de-laranja na Ucrânia até o último golpe ocorrido nesse país há vários anos. Aproveitam-se do que ocorre nos países árabes, na Líbia, na Síria, no Iêmen e em outros países, com o propósito de aplicar as mesmas ‘técnicas’ nos países latino-americanos. Começaram pela Venezuela, com o objetivo de derrubar o governo nacional legal. Farão o mesmo aos demais países da América Latina.

TeleSur: Há quem pense, especialmente os cidadãos comuns em toda a América Latina, que um cenário similar ao que se vê hoje na Síria poderia repetir-se na América Latina. Qual sua opinião?

Presidente Bachar al-Assad: Não tenho dúvidas disso. Já lhe disse que se o plano é o mesmo e o executor é o mesmo, é normal que o cenário resultante nos demais países atacados não apenas se assemelhe: ele será idêntico. Claro que alguns detalhes locais sempre variarão.

No início, diziam que as manifestações na Síria seriam pacíficas, mas ao ver que não se repetiam, ou que se mantinham pacíficas, trataram de infiltrar bandidos nas manifestações, para disparar contra os dois lados, contra a polícia e também contra os manifestantes, especificamente para produzir mortos; e começaram a ‘informar’ que o governo matava o próprio povo. Esse cenário repete-se em todo o mundo.

E se repetirá também na Venezuela. Por isso o povo venezuelano deve manter-se bem consciente de que há grande diferença entre fazer oposição a um governo e lutar contra os próprios interesses nacionais do país. Estar contra um governo e estar contra a Pátria são coisas muito diferentes.

Isso, por um lado. Por outro lado, nenhum país estrangeiro pode zelar pelos interesses da Venezuela, mais ou melhor que o povo da Venezuela. Não acreditem no Ocidente. O Ocidente não se interessa por direitos humanos nem pelos interesses dos países. O Ocidente só cuida dos interesses de uma parte da elite governante em outros países. Essa elite governante não é só política, inclui as empresas e seus interesses econômicos.

TeleSur: Falamos da América Latina, Venezuela e da Revolução Bolivariana da qual o senhor foi aliado empenhado. Que recordações o senhor guarda do falecido presidente Hugo Chávez?

Presidente Bachar al-Assad: O Presidente Chávez foi nome importante para todo o mundo. Sempre que falo sobre América Latina recordo imediatamente o presidente Chávez e também o falecido líder revolucionário Fidel Castro, líder da Revolução Cubana, duas importantes figuras que mudaram o rosto da América Latina.

Conheci, claro, pessoalmente o presidente Chávez, nos reunimos mais de uma vez, tive uma relação pessoal com o presidente Chávez, que nos visitou na Síria, e também o visitei na Venezuela. O presidente Chávez nos visitou duas vezes, eu só pude visitá-lo uma vez.

O presidente Chávez é desses que, quando o vemos pessoalmente já se sabe que é filho do povo, um homem que vive o sofrimento do povo que ele representa. Sempre que falava fazia referência ao povo da Venezuela. Em reuniões de chefes de Estado com funcionários de outros países, o seu primeiro pensamento era o que fazer para construir interesses comuns que viessem a beneficiar os venezuelanos. Um verdadeiro líder, homem de forte carisma e infinitamente sincero.

TeleSur: Chávez foi satanizado, e parece que agora chegou a vez do presidente Nicolás Maduro.

Presidente Bachar al-Assad: É normal, porque o presidente Maduro segue a mesma linha de autonomia nacional; como o presidente Maduro, prossegue na mesma linha nacional e de independência da Venezuela, e trabalhando para os cidadãos de seu país, é normal que seja agora o principal alvo dos EUA. É óbvio e ninguém deve se preocupar com isso.

TeleSur: Como o senhor, presidente Bachar al-Assad, vê o final desta guerra?

Presidente Bachar al-Assad: Se fosse possível superar a questão da interferência estrangeira na Síria, o problema se simplificaria muito. A maioria dos sírios estão cansados da guerra, desejam una solução e desejam voltar a viver com segurança e estabilidade. Há um diálogo entre nós, os sírios, há encontros, as pessoas se reúnem e convivem, quero dizer, não há qualquer barreira real que divida os sírios.

O problema é que cada vez que damos um passo rumo à solução e ao restabelecimento da estabilidade, as gangues terroristas recebem mais dinheiro e mais armas, com o objetivo de retomar a violência e inviabilizar qualquer solução. Por isso se pode dizer que a solução começa por suspender qualquer apoio enviado do exterior aos terroristas. É o primeiro passo.

Por nosso lado, na Síria, a via para restaurar a segurança será a reconciliação entre todos os sírios e indulto para o que aconteceu no passado, durante a guerra. O senhor pode ter certeza de que, quando isso for feito e o processo se completar, a Síria será muito mais forte que a Síria de antes da guerra.

TeleSur: O senhor está disposto a se reconciliar com os que se levantaram em armas contra o povo sírio?

Presidente Bachar al-Assad: Claro que sim. Já aconteceu em várias regiões do país. Das pessoas que já receberam indulto, alguns se incorporaram ao Exército Sírio, alguns caíram como mártires, outros voltaram à cidade onde viviam, em áreas que nós já controlamos. Para nós não há problema algum: a reconciliação é essencial para pôr fim a qualquer guerra. A Síria também caminha nessa direção.

TeleSur: Senhor Presidente, para encerrarmos nossa entrevista, tem alguma mensagem para a América Latina e o mundo?

Presidente Bachar al-Assad: Preservem a independência de seus países.

Nessa parte árabe do mundo, já celebramos a independência de mais de um país. Mas em alguns do países dessa região, a independência significou apenas a retirada de forças de ocupação. A verdadeira independência só acontece quando os povos adquirem o poder de decidir nacionalmente.

Para essa parte do mundo, a América Latina foi modelo de independência, quer dizer, o ocupante partiu, no caso de haver ocupação por tropas estrangeiras, mas ao mesmo tempo os países recuperaram o poder nacional para decidir, a abertura e a democracia. A América Latina deu ao mundo um modelo importante. Conservem esse modelo, defendam-no, porque muitos países que aspiram ao desenvolvimento, sobretudo os países do Terceiro Mundo, devem seguir o modelo já aplicado na América Latina. [Fim da Transcrição]


segunda-feira, 1 de maio de 2017

PISTOLEIROS ATACAM E DECEPAM MÃOS DE ÍNDIOS NO MARANHÃO


Um grupo de indígenas Gamelas foi atacado por pistoleiros na tarde deste domingo (30), no povoado de Bahias, município de Viana (MA). Segundo dados parciais do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), ao menos cinco foram atingidos com arma de fogo, estando internados em estado grave no hospital Socorrão 2, em São Luís, sendo que dois tiveram também as mãos decepadas. Chega a 13 o número de feridos a golpes de facão e pauladas. Não há, até o momento, a confirmação de mortes.

Entre os indígenas internados está a liderança Kum'Tum Gamela, ex-padre e ex-coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no estado, que vem sendo ameaçado de morte há tempos.

Na última sexta-feira (28), os indígenas retomaram uma área próxima à aldeia Cajueiro Piraí, localizada no interior do território tradicional reivindicado pelos Gamela, que é utilizada para a criação de gado e búfalos. A ação foi parte da Greve Geral e em sincronia com o 14o Acampamento Terra Livre (ATL), que ocorria em Brasília.

De acordo com os indígenas, os fazendeiros e pistoleiros promoveram um ataque em seguida, de forma premeditada. Em entrevista ao CIMI, um indígena afirmou que os pistoleiros realizaram um churrasco e atacaram os Gamela logo na sequência, quando estavam bêbados. Os indígenas tentavam se retirar da área retomada quando sofreram as investidas.


Os indígenas não são aceitos como tais pela população local, que divulgou em grupos de Whatsapp um texto na última sexta-feira marcando a reunião que premeditou o ataque e caracterizando os Gamela como ladrões e invasores de propriedade.

O envolvimento do Deputado Federal Aluísio Guimarães Mendes Filho (PTN/MA) também foi denunciado pelos Gamela, devido a uma entrevista concedida por ele a uma rádio local, logo após a retomada do território, se referindo aos indígenas de forma racista e incitando à violência. Aluísio foi assessor presidencial de José Sarney e Secretário de Segurança Pública na última gestão do governo de Roseana Sarney.

A participação da Polícia Militar, que segundo os Gamela já estava no local e não interveio, também foi denunciado. Uma série de áudios, acessados pelo CIMI e encaminhados às autoridades públicas, mostram os policiais afirmando que não iriam intervir no ataque.

O conflito também é relacionado ao movimento de "corta de arame" protagonizado pelos Gamela, que diz respeito à destruição das cercas levantadas pelos fazendeiros. No momento, os indígenas se encontram dispersos na mata e têm dificuldade em acessar hospitais, sob risco de novos ataques.

Nos últimos anos o povo indígena Gamelas tem sido sistematicamente perseguido por pistoleiros, fazendeiros e autoridades locais. Em 2015, um ataque a tiros foi realizado contra uma área retomada por eles. Em agosto de 2016 três homens armados invadiram outra área e ameaçaram os indígenas.

Brasil De Fato

DONALD TRUMP SE SENTIRÁ HONRADO EM SE ENCONTRAR COM KIM JONG UN


Em meio ao crescimento das tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte, o presidente americano, Donald Trump, manifestou o interesse de se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, mas apenas “sob as circunstâncias certas”.

“Se for apropriado para mim, eu ficaria honrado [em encontrar Kim Jong Un]”, afirmou Trump em entrevista à Bloomberg. “Se for, repito, sob as circunstâncias corretas. Mas eu faria isso”.

De acordo com o chefe de Estado norte-americano, poucos líderes ocidentais teriam coragem de dizer algo assim, mas ele, sim, seria capaz de realizar um encontro histórico como esse.

“A maioria dos políticos nunca diria isso, mas eu estou dizendo que, sob as circunstâncias certas, eu me encontraria com ele”, reforçou, sem explicar que circunstâncias seriam essas.

Desde que assumiu o governo da Coreia do Norte, em 2011, o jovem Kim Jong Un, de apenas 33 anos, ainda não viajou para o exterior.

Sputniknews

ENCONTRO PODERÁ OCORRER NA CHINA

Especialistas em política internacional afirmam que o encontro entre Donald Trump e Kim Jong Un pode estar sendo preparado para se realizar em Pequim, na China, para tentar reduzir a tensão nuclear na península coreana.

Afirmam que o líder norte-coreano não aceitaria convite para ir a Washington, local inseguro para dirigentes contrários à política expansionista norte-americana, e lembram que o ex-presidente Hugo Chavez da Venezuela foi envenenado com arma de nanotecnologia durante visita às Nações Unidas.

EX-EMBAIXADOR BRITÂNICO DIZ QUE BRASIL SOFRE “GOLPE ULTRACORRUPTO DA CIA”


O ex-embaixador britânico no Uzbequistão, Craig Murray, usou sua conta no Twitter, na última sexta-feira (28), para denunciar o golpe no Brasil. Reitor de uma universidade na Escócia, historiador, escritor e ativista de direitos humanos, Murray disse que a notícia mais importante daquela sexta-feira era a greve geral que acontecia no Brasil, mas que a mídia não iria noticiar o assunto.

Para Murray, que tem as relações políticas internacionais como base para o seu trabalho, a greve geral no Brasil foi deflagrada pela população para lutar contra o que chamou de “golpe ultracorrupto da CIA”.

“A notícia mais importante de hoje é a greve geral no Brasil contra o golpe ultracorrupto da CIA. A mídia não vai te contar isso”, escreveu.

Revista Forum

HAMAS agradece apoyo de Pyongyang a Palestina frente a Israel


El movimiento palestino HAMAS agradece a Corea del Norte el apoyo ofrecido a ‎Palestina frente a Israel, principal ‘eje del mal y terrorismo del mundo’.‎

"HAMAS aprecia el comunicado de Corea del Norte en el que este país apoyó la lucha palestina y rechazó la continuación de la ocupación" israelí, escribe el domingo el portavoz del Movimiento de Resistencia Islámica Palestina (HAMAS), Sami Abu Zuhri, en su página de Twitter.

El político palestino subraya: "HAMAS rechaza los exabruptos de Israel sobre Corea del Norte y confirma que Israel es el eje del mal y del terrorismo en el mundo"

El sábado, el Ministerio norcoreano de Asuntos Exteriores cargó contra el régimen de Tel Aviv y su ministro de asuntos militares, Avigdor Lieberman, después de que este tachara al liderazgo norcoreano de “grupo loco y radical” por el hecho de que en ese país están desarrollando su programa nuclear y de misiles.


Pyongyang, tras amenazar a Israel con un “castigo despiadado”, señaló que los pronunciamientos de Lieberman son parte de un “estratagema cínica” para solapar las críticas a la ocupación israelí de “los territorios árabes y sus crímenes contra la humanidad”.

Insistió, asimismo, en el "pleno apoyo" de Corea del Norte “a la lucha del pueblo palestino (…) por establecer un Estado independiente con Al-Quds (Jerusalén) como su capital”.

"Aunque Israel es el único que posee de forma ilegal armas nucleares (en el Oriente Medio) con el apoyo de Estados Unidos, sin embargo dicho régimen ataca verbalmente a Corea del Norte por poseer armas nucleares", cuestionó la Cancillería norcoreana en su nota.


El portavoz del Movimiento de Resistencia Islámica Palestina (HAMAS), Sami Abu Zuhri.

Los comentarios de Lieberman recibieron un aluvión de críticas y condenas de los políticos israelíes, quienes advirtieron de que el ministro de asuntos militares estaba empujando a Israel a una guerra verbal con Corea del Norte.

El viernes, la emisora ​​de radio israelí citó a uno de los principales miembros del gabinete, quien señaló que Lieberman debería hablar menos y centrarse más en mantener la seguridad de Israel.

"No tenemos nada que ver con Corea del Norte, así que ¿por qué saltar?", preguntó uno de los ministros irritados, según reportó la radio israelí.

Corea del Norte ha criticado una y otra vez a Israel por la ampliación de sus ilegales colonias en la ocupada Cisjordania, sus crímenes contra los civiles durante la guerra contra Gaza en 2014 y los ataques aéreos contra objetivos gubernamentales en Siria.

ftm/mjs/nii/HispanTv

domingo, 30 de abril de 2017

A covardia de um capitão da PM de Goiás


Na foto acima a sequência de imagens mostra o exato momento em que o estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, foi agredido covardemente pelo capitão da PM de Goiás, Augusto Sampaio durante manifestação da Greve Geral na cidade de Goiânia.

A ação do policial não é apenas truculenta, é criminosa, e será denunciada nos organismos internacionais de Defesa dos Direitos Humanos, uma vez que a impunidade em Goiás por crimes desse tipo envolvendo a Polícia Militar é notória.

Caso a prisão do capitão seja obtida em organismos internacionais, o governo de Goiás terá de se explicar inclusive na Justiça por acobertar covardias como esta.

Um grupo de manifestantes durante a Greve Geral foi atacado por policiais militares. O capitão perseguiu o jovem, golpeou o jovem com tanta força que chegou a quebrar o cacetete no rosto do rapaz e fugiu correndo. O rapaz recebeu os primeiros socorros de outros manifestantes.


O estudante foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). De acordo com o boletim médico, divulgado no início da tarde de sábado, o rapaz segue sedado e intubado na UTI do hospital. Ele sofreu traumatismo cranioencefálico (TCE) e múltiplas fraturas. Ainda não há previsões de cirurgia.

A família de Mateus mora em Osasco, na Grande São Paulo. A mãe dele e um irmão devem chegar a Goiânia nesta tarde para acompanhar o rapaz. Enquanto isso, amigos do estudante passaram a noite na recepção do hospital, já que apenas os familiares podem visitá-lo.

Enquanto esperam por notícias, amigos deixaram cartazes na porta do hospital para homenagear Mateus. Nas mensagens, eles desejam a rápida recuperação do rapaz e pedem que o caso seja devidamente apurado.

Na sexta-feira, amigos do rapaz, que preferiram não se identificar, disseram à TV Anhanguera que ele estava sem máscaras e não participou de nenhum ato de vandalismo durante o protesto.

PM DE GOIÁS AFASTA CAPITÃO AGRESSOR

A Polícia Militar de Goiás afastou o capitão Augusto Sampaio pela agressão ao estudante Mateus Ferreira, 33, em protesto em Goiânia.

"O capitão foi afastado das funções de rua ainda na sexta-feira, em função da agressão ao estudante", afirmou o comandante-geral da Polícia Militar goiana, coronel Divino Alves de Oliveira. "Assim que tivemos conhecimento do ocorrido, já determinamos abertura de inquérito para apurar o que aconteceu."

DATAFOLHA: LULA DISPARA E VENCE EM TODOS CENÁRIOS


Brasil 247 – O massacre diário promovido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Globo e outros meios de comunicação da chamada velha mídia não produziu os efeitos desejados.

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo revela que Lula disparou em todos os cenários, alcançando números entre 29% e 31% das intenções de voto no primeiro turno. Ou seja: sem um tapetão judicial, que seria a fase 2 do golpe de 2016, com a inabilitação judicial de Lula, ele provavelmente seria eleito presidente pela terceira vez.

"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, mantém-se na liderança apesar das menções no noticiário recente da Lava Jato", reconhece a Folha.

A pesquisa também revelou o esfacelamento das principais forças golpistas: enquanto candidatos do PSDB, como Aécio Neves, derreteram, Michel Temer se tornou a personalidade política mais odiada do Brasil.

No vácuo político, o único que cresceu, além de Lula, foi o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que hoje iria para o segundo turno.

Ontem, ao participar de um evento em defesa da indústria naval, ao lado do ex-governador Olívio Dutra e da presidente golpeada Dilma Rousseff, Lula se disse pronto para vencer mais uma vez o candidato da Globo.

O Datafolha fez 2.781 entrevistas, em 172 municípios, na quarta (26) e na quinta (27), antes da greve geral de sexta (28). A margem de erro é de dois pontos percentuais.



Explosión de bomba cerca de Mosul mata a un soldado de EEUU


Un soldado estadounidense patrulla un área en el pueblo de Ali Rash, en las afueras de Mosul

Un soldado estadounidense murió el sábado por el estallido de un artefacto explosivo fuera de la ciudad de Mosul, en el norte de Irak.

De acuerdo con un comunicado emitido por el Departamento de Defensa de Estados Unidos (Pentágono), el miembro del servicio perdió la vida al sucumbir a las heridas sufridas en una “explosión”. El Pentágono se negó a dar a conocer la identidad del militar norteamericano muerto o los detalles de su muerte.

Se trata del segundo soldado estadounidense que ha muerto en Irak desde el inicio de las masivas operaciones de las Fuerzas Armadas iraquíes para liberar la referida capital de la provincia septentrional de Nínive, que hasta finales del año pasado era el principal feudo y núcleo urbano de EIIL en el país árabe.

En el marco de esta gran operación, las Fuerzas Armadas iraquíes ya liberaron en enero el sector oriental de la ciudad y actualmente concentran sus ofensivas en los últimos reductos que siguen en manos de los terroristas en el oeste y el centro de la urbe. Se estima que los extremistas libren una última y sangrienta batalla en el distrito de la Ciudad Vieja de Mosul, donde siguen atrapados unos 400.000 civiles.

Este domingo, las tropas iraquíes han anunciado la apertura de cuatro nuevos frentes en el oeste de Mosul. Según declaraciones de fuentes del Ejército iraquí al diario árabe Asharq al-Awsat, cada uno de estos frentes está delante de los cuatro últimos barrios en las manos de los terroristas.

Estos nuevos frentes han sido abiertos tras la recuperación del distrito Badush, al noroeste de Mosul, donde los extremistan ya solo controlan los barrios de Harmat, Mesherfa, Hawi al-Kanisa y 17 del julio.

Los generales iraquíes alegan que sus fuerzas ya han arrebatado a Daesh el 90 por ciento del oeste de Mosul. Sin embargo, faltan por liberar importantes posiciones de EIIL, aunque el avance se está ralentizando por las operaciones de evacuación de la población civil.

mjs/ktg/bhr/rba/HispanTv

Rusia denuncia silencio de EEUU sobre su propio armamento ilegal


Prueba estadounidense de lanzamiento vertical marítimo de un misil de su escudo antimisiles Aegis.

La Cancillería rusa critica que Washington acuse a otras naciones de supuestos incumplimientos a la vez que guarda silencio sobre sus propios desmanes.

“Los EE.UU. se arrogan un derecho exclusivo a evaluar el cumplimiento de tratados por otras naciones. Washington lo hace además adoptando formas sermoneadoras e ignorando la práctica consolidada de resolver los puntos de discordia a través de los mecanismos multilaterales correspondientes”, reza un comunicado emitido el sábado por el Ministerio ruso de Asuntos Exteriores y recogido por el canal RT.

En la nota se señala que Washington evita reconocer sus propios incumplimientos de sus compromisos internacionales en materia de control de armamento en su ‘Informe sobre Conformidad’ de 2017, en el que se formulan por el contrario acusaciones contra otros países, entre los que destaca la propia Rusia.

En particular, el Kremlin señala que Washington guarda silencio sobre lo que considera “sus propias infracciones” del Tratado de Cielos Abiertos, firmado por 34 Estados esencialmente europeos, más Rusia, EE.UU. y Canadá, a la vez que “repite acusaciones manidas contra Rusia relativas a supuestas transgresiones” del mismo.

Moscú acusa de violar ese acuerdo no sólo a EE.UU., sino también a sus aliados y otros Estados asociados a Washington, en especial los miembros de la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN).

El tratado en cuestión permite a sus firmantes realizar vuelos de vigilancia sin armas sobre la totalidad del territorio de los demás países y recopilar información sobre sus Fuerzas Armadas, con el fin de potenciar la confianza y la comprensión mutuas.

En total, la Cancillería rusa enumera 11 motivos de queja respecto a la acción de Washington en materia de control armamentístico y no proliferación, varias de las cuales aparecen en el informe estadounidense, pero sólo para asegurar que Washington cumple plenamente sus compromisos.

Ejemplo de ello, entre otros, es la protesta rusa por lo que considera infracciones por EE.UU. del Tratado de Fuerzas Nucleares de Alcance Intermedio (INF, por sus siglas inglesas) tanto con su programa de drones, como con los misiles que usa como blanco en sus pruebas de tecnología ABM y la instalación de un sistema de lanzamiento vertical marítimo en su escudo Aegis en el este de Europa.

mla/ktg/bhr/rba/HispanTv