sábado, 9 de julho de 2016
Senador Roberto Requião diz que Dilma "só não volta se não quiser"
Senador Roberto Requião do Paraná, o segundo da esquerda para a direita
O senador Roberto Requião (PMDB) e o ex-jogador e comentarista esportivo Walter Casagrande foram os convidados do "Mariana Godoy Entrevista" desta sexta-feira.
Vestindo a jaqueta de couro que é sua "marca registrada", Roberto Requião foi o primeiro convidado da noite. O senador explicou o termo "PMDB de Guerra": "É o partido das classes populares, das mulheres, dos trabalhadores, das minorias, dos funcionários públicos, que foi se dissolvendo até se tornar esta confusão que está hoje".
Requião afirmou que "é possível" inverter o processo de impeachment de Dilma no Senado. O senador disse que a proposta de Michel Temer de "Ponte para o Futuro" é "tão atrapalhada contra o governo Dilma" e declarou que o crime de responsabilidade "não existe": "Ela foi afastada pois se comunicou mal com os parlamentares. E porque perdeu boa parte seu apoio, fora o popular, pois se elegeu com uma proposta de governo desenvolvista e acabou na mão da banca, colocando o Joaquim Levy".
O senador também explicou o caso de um suposto jantar que ofereceu em homenagem ao ex-presidente Lula: "Eu fiz dois encontros lá em casa com 30 senadores. Para derrubar o impeachment precisamos de 27. Mas decidimos que devíamos fazer jantares menores pois a conversa fluiria de maneira melhor. Eu fiz um jantar e o Lula estava em Brasília e o convidei para ele dizer o que pensa de tudo isso. E eu convidei seis senadores, e todos eles foram".
"É absolutamente impossível a Dilma não voltar", cravou Requião. Segundo o senador, os colegas que votaram contra continuam firmes, e disse que é "praticamente impossível" que, se Dilma conversar com os seis senadores que ela precisa, eles não mudem o voto. "A Dilma só não volta se ela não quiser. Se ela não quiser conversar, se ela não quiser ceder", justificou.
"Eu conheço o Temer há muitos anos e ele nunca falou em acabar com direitos do trabalhador. Mas a vaidade o levou a isso", avaliou o senador. Requião aconselhou Dilma a falar que irá controlar o câmbio, que controle a inflação e realize o ajuste fiscal. "Que plano de governo tem meu amigo Temer?", questionou o senador.
Requião afirmou que caminha no "sentido da visão programática do partido", e que os outros afiliados é que estão saindo do caminho. "Eu acredito na Dilma, ela é uma mulher honesta. Eu tenho legitimidade para fazer a crítica pois, desde que eu assumi no Senado, assumi a crítica da Dilma e do Lula. E quem era seus aliados? Esses que hoje fazem oposição. E é uma oposição por vaidade", contou. O senador disse que é a favor das "10 Medidas Contra a Corrupção", mas "com calma". Sobre as investigações do escândalo do Banestado, Requião esclareceu que as investigações pararam pois foi feito "um acordo com o Capital".
"A volta da Dilma é importante para que não se quebre o processo democrático do país", respondeu o senador quando questionado se o caminho a se tomar não seria a convocação de novas eleições.
Sobre sua citação nas investigações da Lava Jato, Requião afirmou que não tem preocupação: "Foi uma doação da JBS para a gente fazer campanha no Paraná".
O senador disse que "tentou duas vezes ser candidato [à Presidência] no PMDB". "Nessa última eu percebi que me ofereciam apoio, mas que ele queriam retirar a dobrada com o PT e apoiar o Aécio Neves", contou. "Eu quero é ver o Brasil mudar, não tenho pretensão pessoal nenhuma. Meu objetivo, aos 75 anos de vida, é ver o Brasil consertado, impedir que os trabalhadores sejam prejudicados, que acabem com a aposentadoria", disse Requião.
"Eduardo Cunha não é o Diabo, mas é um ajudante dele", encerrou Requião.
O segundo convidado da noite foi o ex-jogador e comentarista esportivo Walter Casagrande. O comentarista está lançando um novo livro, que documenta a sua amizade com o também craque Sócrates. "Na época em que eu joguei a gente tinha uma diferença de idade, no Corinthians. E começou a funcionar, eu e ele tínhamos um entrosamento. Mas vivenciando as fotos você não percebe a dimensão dos fatos (…) No dia da morte dele eu tinha que fazer um jogo e os jornalistas me perguntaram: 'E agora, como fica Sócrates e Casagrande?'". "Casão" conta que foi aí que percebeu a importância e uma "ligação muito forte espiritual" com Sócrates.
Casagrande contou que o livro tem uma "função terapêutica": "Eu falo no livro o que eu gostaria de falar para ele". O comentarista esportivo disse que foi até o hospital visitar o amigo, mas que ainda sentiu que havia coisas que não foram ditas.
O programa também trouxe o escritor Gilvan Ribeiro, que escreveu os livros ao lado de Casagrande. "A gente tem uma amizade há bastante tempo, já conhecia a personalidade do 'Casa' (...) Quando fui fazer o primeiro livro, fizemos sessões mais 'sistemáticas', escolhia temas e usava o humor dele no dia para abordar certos assuntos. O primeiro livro é muito forte nesta questão da droga. Ele conviveu praticamente um mês com demônios dentro de casa. Tendo visões. Ele usava drogas injetáveis, como heroína e cocaína, e começou a ter visões. E acho que, também por falta de sono, ele ficou 10 dias sem dormir e acho que sem comer. Depois fui ouvir outras fontes, pois é importante para construir a personalidade da pessoa". Já a respeito do livro sobre Sócrates, Gilvan conversou a esposa do jogador, com o irmão Raí e diversos músicos: "Sócrates tinha uma faceta musical muito apurada. Ele até compunha músicas. E aí descobri coisas que nem imaginava: o Sócrates era médium e espírita". Casagrande disse que "nem imaginava" que Sócrates era médium: "Ele passava a aparência de ser uma pessoa muito cética, muito lógica".
"Tenho uma admiração muito grande por Lúcifer. E foi uma das causas dos meus surtos. Eu não dormia e comecei a ir atrás de coisas desse tipo. E ao mesmo tempo eu contestava muito a história de Cristo (...) Achava que ele era filho de José e Maria, não filho de Deus", contou Casagrande sobre o "mito" de que seria "fã" do demônio Lúcifer. "Eu não preciso de igreja para ter fé em Deus, ter fé em Cristo", afirmou. Questionado se é "atraído pelo lado negro", Casagrande não perdeu o humor: "Eu vejo o Batman e torço para o Coringa".
Assista ao programa na íntegra: http://www.redetv.uol.com.br/jornalismo/marianagodoyentrevista/videos/ultimos-programas/senador-roberto-requiao-explica-termo-pmdb-de-guerra
CUNHA NO WHATSAPP: TEMOS O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Brasil 247
Horas após renunciar à presidência da Câmara na quinta-feira, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mandou uma série de mensagens em um dos grupos de WhatsApp da bancada do PMDB. O peemedebista retomou sua participação no aplicativo de mensagens para entrar em campanha pela escolha de um sucessor que venha do chamado "centrão", grupo de deputados sobre o qual mantém influência.
Demonstrando sua relação de proximidade com o presidente interino Michel Temer, Cunha disse que o PMDB tem hoje "condição diferente" uma vez que ocupa a presidência da da República. "Temos condição diferente hoje por termos o presidente da República", afirmou
Ele também alardeou uma suposta tentativa de "golpe" contra o presidente interino Michel Temer.
Para convencer os peemedebistas a terem pressa na votação da escolha do novo presidente da Câmara, Cunha sinalizou que, com Waldir Maranhão à frente dos trabalhos, a Casa permaneceria paralisada na última semana antes das férias dos congressistas e - ainda mais grave - haveria margem "ao golpe que querem fazer de aceitar o impeachment de Michel".
Nas mensagens, Cunha também agradece aos peemedebistas pelo "carinho" e a "solidariedade" e faz uma autodefesa, dizendo que a composição da Mesa Diretora - que acumula candidatos à presidência - não foi de sua escolha, mas sim de cada partido. Ele faz referência direta ao vice-presidente Waldir Maranhão e ao primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), ex-aliado que tenta ocupar sua agora vaga cadeira. "Belo (sic), em uma pesquisa rápida, responde a três inquéritos no STF, além de duas ações penais", ataca o peemedebista. "Nunca podemos esquecer que vencemos a eleição em primeiro turno em aliança com vários partidos. Ninguém sozinho ganha a eleição", continua.
O ex-líder tentou ainda quebrar a resistência do PMDB para ceder a presidência a outro partido: ele afirmou que a legenda tem hoje uma "condição diferente" por estar na Presidência da República e do Senado. Para Cunha, são "remotas as chances" de aceitarem o partido também no comando da Câmara.
Ele saiu também em defesa do chamado centrão e afirmou que o grupo "não é contra" o PMDB.
Encontro com Temer foi o compromisso para a saída de Temer, diz Singer
Fernando Brito - Tijolaço
Excelente a análise do jornalista André Singer, hoje, na Folha de S. Paulo. Indispensável mesmo para entender – tarefa difícil para quem não tem na mente a lógica dos arranjos e interesses – o jogo político entre Eduardo Cunha e Michel Temer que vai encontrar seu ponto alto na eleição do novo presidente da Câmara, evento-chave, do qual a renúncia do “abominado, mas nem tanto” ex-presidente da Casa foi só o capítulo preparatório do desfecho de fato interessa.
Sair para Ficar
André Singer, na Folha
A renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara na quinta-feira (7) parece resolver o mistério que envolvia o estranho encontro noturno entre ele e o presidente Michel Temer há duas semanas. Ali, no Jaburu, certamente foi acordada a liberação do cargo máximo da Casa do Povo, saída que interessa a ambos. O interino da República, aliás, quase o explicitou em entrevista à “Veja” nesta semana, ainda que a seu modo elíptico.
A convergência de pontos de vista entre os responsáveis pelo golpe constitucional que derrubou Dilma Rousseff tem nome e sobrenome: Waldir Maranhão (PP-MA). O atual interino no lugar que era de Cunha nutre, por razões que a minha razão desconhece, visível proximidade com forças ligadas ao governo deposto. Tanto é assim que no 17 de abril votou contra o impeachment e logo que assumiu a interinidade tentou nada menos que anular a votação daquela data fatídica.
Obviamente não convinha nem a Eduardo Cunha nem a Michel Temer que outras decisões importantes, como a cassação do primeiro ou a PEC do gasto público, passaporte do segundo para a Presidência definitiva, fossem presididas por tal personagem. Para ter chance de escapar da guilhotina, no caso do parlamentar carioca, e de chegar tranquilo à decisão do Senado sobre o destino da presidente afastada, é necessário substituir Maranhão por político confiável tanto a um quanto a outro.
O Underwood brasileiro renunciou para abrir tal caminho (o quanto deve ter se arrependido de ter colocado Maranhão como vice…). Note-se, contudo, que Cunha não se mexeu antes que o inquilino do Planalto adiantasse parte do que deve ter prometido na noite daquele obscuro domingo, 26/6. Na manhã da última quarta-feira (6), o “Diário Oficial da União” ostentava a nomeação de um afilhado do deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) como diretor do Arquivo Nacional. Em seguida, Fonseca leu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o parecer no qual defende anular a sessão do Conselho de Ética (14/6) que aprovou o pedido de cassação do congressista fluminense.
Consumada a renúncia, o palácio começa a pagar o restante da fatura: eleger um presidente da Câmara capaz de ajudar Cunha na luta para manter o mandato. Note-se que nomes históricos como o de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) que, embora do campo governista, poderiam infundir alguma esperança de mudar, passam longe das cogitações.
O país patina. A Lava Jato, a mídia e o STF derrubaram Cunha da presidência da Câmara sob o peso de incríveis acusações. Porém o seu principal aliado no projeto de tirar o PT do poder é agora chefe de Estado. Juntos vão eleger um sucessor no Parlamento que representa a continuidade do mesmo sistema agora escancarado.
Relatório mostra quem lucra com as guerras
Por Nika Knight, no site Carta Maior:
Enquanto a Europa se conforma com a votação do Brexit alimentada em grande parte por um ódio xenofóbico, um novo relatório expõe como os especuladores das guerras estão influenciando políticas da União Européia para lucrar com os conflitos intermináveis no Oriente Médio bem como a onda de refugiados criada pela mesma instabilidade e violência.
O relatório Guerras nas Fronteiras: Os traficantes de armas lucrando com a tragédia dos refugiados na Europa, divulgado em conjunto pelo Instituto Transnacional (TNI) e pelo European Stop Wapenhandel na segunda-feira, destaca a busca dos comerciantes de armas pelo lucro nos conflitos intermináveis do século 21.
“Há um grupo de interesse que tem se beneficiado somente pela crise dos refugiados, e em particular do investimento da União Européia (UE) em ‘proteger’ suas fronteiras”, diz o relatório. “São as companhias militares e de segurança que fornecem o equipamento aos guardas de fronteiras, a tecnologia de vigilância para monitorar fronteiras, e a infraestrutura da tecnologia da informação (TI) para rastrear os movimentos das pessoas”.
O relatório mostra que “essas companhias estão longe de serem beneficiárias passivas da generosidade da UE e que estão encorajando ativamente uma securitização crescente das fronteiras européias, e estão dispostas a fornecer cada vez mais tecnologias draconianas para fazer isso”.
Na década passada, o relatório mostra, os agentes corporativos viram a guerra difícil no Oriente Médio como um lucro inesperado: “muitas companhias internacionais grandes de armas se referiram à instabilidade no Oriente Médio para assegurar aos investidores sobre perspectivas de futuro em seus negócios. As companhias de armas são auxiliadas pelos governos europeus, os quais promovem ativamente armas européias na região e são muito relutantes em impor políticas de exportação de armas mais rígidas”.
De fato, “de 2005 a 2014, os estados membros da UE garantiram licenças de exportação de armas ao Oriente Médio e para o norte da África com o equivalente de mais de 82 bilhões de euros”, de acordo com o relatório.
Ele detalha como um fluxo consistente de armas de fora do Oriente Médio supre todos os agentes em conflitos múltiplos, como a guerra civil na Síria, com um fornecimento interminável de armamentos de alta tecnologia – garantindo, assim, a duração longa desses conflitos.
E, enquanto essas guerras criam mais e mais refugiados que procuram asilo na Europa, as mesmas corporações estão pressionando a UE para securitizar suas fronteiras contra eles – criando assim lucro adicional para aqueles nos negócios da militarização.
Além do mais, o TNI e o Stop Wapenhandel descobriram que “representantes de indústrias, oficiais de governo e exército e equipes de segurança, se encontram ao longo do ano em conferências, feiras e mesas redondas”.
O relatório parafraseia Nick Vaughan-Williams, professor de segurança internacional da Universidade de Warwick, dizendo: “Nesses eventos, é possível identificar uma cultura cíclica na qual a apresentação de novas tecnologias não somente responde, mas também permite e avança na formulação de novas políticas e práticas no campo da segurança de fronteiras e gerenciamento de migração”.
E essas “feiras especiais e congressos sobre segurança de fronteiras são relativamente novos”, nota o relatório. “Todos começaram dentro da ultima década”.
“Eu acredito que a influência do exército e da indústria de segurança na formação das políticas de segurança de fronteiras da UE é muito grande, especialmente na securitização e militarização dessas e no uso expansivo de tecnologia de vigilância e troca de dados”, disse Mark Akkerman da Stop Wapenhandel ao Common Dreams. “Os esforços da indústria incluem interações regulares com instituições das fronteiras da UE ( incluindo políticos e representantes de alto escalão), onde idéias são discutidas e que se tornam depois novas políticas da UE”.
“Por exemplo, a indústria tem pressionado por anos por uma atualização da [agência de fronteira da UE] Frontex para uma agência de segurança de travessias de fronteira”, disse Akkerman. “A nova Agência Européia de Guarda Costeira e Fronteiras proposta pela Comissão Européia, que tem muito mais poderes (tem seu próprio equipamento, intervenções diretas nos estados membros, decisões ligadas à pressões aos estados membros para fortalecer a segurança nas fronteiras) do que a Frontex tem agora, é exatamente isso”.
“Se o establishment da Agência Européia de Guarda Costeira e Fronteiras proceder”, nota o relatório, “significaria uma mudança fundamental para um sistema de segurança de fronteiras controlado pela UE, com a possibilidade de evitar os estados membros e forçá-los a fortalecer os controles e adquirir ou atualizar o equipamento”.
“Não é difícil prever que isso levará a um uso de rotas mais perigosas pelos refugiados, fortalecendo os negócios para os traficantes. Para as indústrias do exército e de segurança, no entanto, significa mais ordens da agência e dos estados membros”, continua o relatório.
Akkerman apontou a negligência da UE com os direitos humanos nesse processo motivado pelo lucro:
Os direitos humanos dos refugiados não têm papel importante nesse pensamento, exceto por motivos de promoção. Ambos os responsáveis pelas políticas e pela indústria às vezes tentam vender o aumento da militarização na segurança das fronteiras como um esforço humanitário, em termos de fortalecimento de pesquisa e resgate. A UE tem repetidamente tentado botar toda a culpa pelas mortes dos refugiados nos traficantes. Isso resultou no estreitamento da resposta para: “devemos retirar o modelo de negócio do tráfico” - com ainda mais meios militares para tentarem realizar isso.
Isso cria uma espiral descendente: quanto maiores os controles, maior a repressão e maiores os riscos que os refugiados são obrigados a tomar e que resultam em mais mortes. Experts e organizações de direitos humanos têm alertado sobre isso por anos, mas têm sido ignorados.
Enquanto sobe o número de mortes e um número record de pessoas deslocadas pelo conflito, parece que o lucro e o abuso aos direitos humanos irão prevalecer.
Autoridades: Iraque alcança nova vitória sobre o Daesh
As tropas do Iraque libertaram a base aérea de Qayyarah dos militantes do grupo Daesh (proibido na Rússia), informou o governador Nofal Hammadi neste sábado (9), citado pela mídia local.
A base libertada está localizada na província Ninawa, a cerca de 95 km da cidade de Mossul, informou a rede televisiva Al Sumaria.
Ainda de acordo com este, as forças iraquianas estão realizando operações na província de Ninawa como uma parte de preparativos para a ofensiva em Mossul, a segunda cidade maior do Iraque que fica sob o controle de terroristas do Daesh desde 2014.
Atualmente o grupo terrorista proibido ou considerado terrorista em vários países do mundo, inclusive na Rússia, sofre sérias baixas em todo o território anteriormente controlado por si.
Sputniknews
Israel atacó a propósito a civiles durante agresión a Gaza
AI critica la falta de rendición de cuentas por parte de los responsables de crímenes de guerra cometidos durante la agresión israelí a Gaza en 2014.
En un informe publicado el viernes con motivo del segundo aniversario del inicio de la ofensiva sin precedentes del régimen de Israel contra la Franja de Gaza, Amnistía Internacional (AI) recordó el brutal asesinato de cuatro niños palestinos en una playa del enclave costero el 16 de julio de 2014, así como otro “ataque implacable contra civiles” registrado el 1 de agosto en Rafah (sur).
En su documento, que incluye entrevistas con los familiares de las víctimas mortales, AI critica, asimismo, la falta de rendición de cuentas por los crímenes de guerra cometidos durante la agresión israelí. Para la organización no gubernamental (ONG), la impunidad de la que gozan los responsables de las violaciones es “indefendible”.
“Las escuelas, los centros médicos, las redes de distribución de agua, granjas, empresas a lo largo de la Franja fueron severamente dañados y destruidos”, y “más de 18.000 hogares en el enclave costero fueron destruidos sin posibilidad de reparación”, lamentó el texto, según recoge el portal de noticias Middle East Monitor.
La oenége además consideró poco “transparente e ineficaz” el proceso de investigación puesto en marcha por el ejército del régimen israelí contra los crímenes cometidos por sus soldados durante la agresión.
La Organización de las Naciones Unidas (ONU) reportó el mismo viernes que 900 palestinos heridos en Gaza todavía esperan atención médica, mientras que más de 300 mil niños sufren problemas psicosociales derivados de los ataques israelíes.
Entre julio y agosto de 2014, el régimen israelí lanzó una campaña de ataques aéreos contra la Franja de Gaza, una agresión que duró 51 días, y dejó al menos 2310 palestinos muertos, en su mayoría civiles, de acuerdo con cifras oficiales palestinas.
mjs/anz/hnb/HispanTv
Pekín inicia “ejercicios de combate” en el mar de la China Meridional
El destructor de misiles Guangzhou lanza un misil de defensa antiaérea durante un ejercicio militar en el mar de la China Meridional, 8 de julio de 2016.
La Marina china inició una nueva ronda de ejercicios militares en el mar de la China Meridional, zona objeto de una disputa territorial entre Pekín y sus vecinos.
El Ministerio de Defensa de China ha confirmado este sábado que varios buques de las flotas del norte, este y sur del país asiático participaron el viernes en unas maniobras en aguas adyacentes a las islas Xisha y Hainan (sur).
Así ha sido anunciado en la página Web oficial del Ejército chino, donde se ha publicado un artículo del diario local PLA Daily sobre los “ejercicios de combate” realizados la víspera con "misiles reales" en el mar del sur del gigante asiático.
Las imágenes de cazas y buques que disparaban misiles durante las mencionadas operaciones, así como de helicópteros y submarinos, han sido difundidas por la televisión estatal china CCTV.
"El ejercicio se centra en operaciones de control aéreo, de batalla naval y de guerra antisubmarina", ha precisado el rotativo PLA Daily, en su informe difundido en la página Web del Ministerio chino de Defensa.
De igual modo, ha destacado que los ensayos actuales son "ejercicios de rutina", sin relación con la decisión que prevé tomar el próximo 12 de julio la Corte Permanente de Arbitraje (CPA) de La Haya respecto al contencioso territorial que mantienen China y Filipinas sobre las islas Spratly (llamadas Nansha por los chinos).
El Gobierno de Pekín reclama como suyo casi un 90 % del territorio en litigio en el mar de China Meridional, una región con muchos recursos naturales y crucial para el comercio mundial, en detrimento de otros países como Vietnam, Filipinas, Malasia y Brunéi. Por lo tanto, ordenó en mayo del 2015 la construcción de islas artificiales en esa zona.
En 2013, Filipinas presentó una denuncia ante la CPA, pidiendo que emita una sentencia sobre la soberanía de las islas Spratly, que se encuentran en el centro de las rutas de navegación de gran importancia económica en la zona.
Por su parte, Pekín no reconoce la competencia del ente internacional y anticipó que desconocerá la sentencia, que presume desfavorable a sus intereses.
bhr/anz/hnb/HispanTv
Corea del Norte lanza un misil balístico desde un submarino
El lanzamiento ha tenido lugar después de que EE.UU. anunciara que desplegará el sistema de misiles THAAD en Corea del Sur.
Corea del Norte ha lanzado la mañana de este sábado un misil balístico desde un submarino, informa Reuters. Según la información disponible, el lanzamiento se efectuó frente a las costas de la provincia norcoreana de Hamgyong, desde el mar de Japón.
Además se reporta que el misil lanzado fue un Pukkuksong-1, también conocido como KN-11, desde un submarino de la clase Sinpo. Aún se desconocen el rango de alcance y las características técnicas de este misil.
Por su parte, la agencia Yonhap informa que el lanzamiento del misil balístico norcoreano no ha sido exitoso. Fuentes del Estado Mayor surcoreano señalaron que tras el lanzamiento, el misil no pudo continuar con su trayectoria, "lo que significa que la prueba ha fallado".
El lanzamiento norcoreano se ha realizado después de que este viernes EE.UU. anunciara que desplegará el sistema de misiles THAAD (Defensa Terminal de Área a Gran Altitud) en Corea del Sur "tan pronto como sea posible".
El escudo de defensa aérea avanzado deberá reforzar el arsenal de Seúl en medio de la crecientes amenazas nucleares por parte de Pionyang. Se espera que el sistema entre en funcionamiento a finales de 2017.
Antecedentes
A finales del pasado mes de abril, Corea del Sur informó que su vecina del norte había llevado a cabo el lanzamiento de otro misil balístico desde un submarino.
Desde el comienzo del año, Corea del Norte ha intensificado sus actividades militares. Entre ellas, las más importantes son la cuarta prueba de un arma nuclear el 6 de enero y el lanzamiento el 7 de febrero de un satélite con un cohete portador, que según Seúl, puede ser utilizado para un ataque nuclear a una distancia de 12.000 kilómetros.
El 2 de marzo el Consejo de Seguridad de la ONU aprobó por unanimidad las sanciones más duras contra Corea del Norte en 20 años, como respuesta a la prueba nuclear y el lanzamiento de un cohete con satélite.
Actualidad RT
El territorio argentino en venta
Alejandro Teitelbaum
ALAI AMLATINA- El actual Gobierno argentino dictó hace poco un decreto “flexibilizando” la ley de tierras de 2011 a fin de facilitar aún más la compra de tierras por capitalistas extranjeros.
La ley de tierras aprobada en 2011 no impide globalmente dichas ventas, pues tiene numerosas brechas. Además, no afecta las operaciones terminadas antes de su sanción. (Para más detalles véase: http://argentina.indymedia.org/news/2011/09/794040.php ).
Según la Federación Agraria Argentina unos 300 mil kilómetros cuadrados (el 10% del territorio nacional) están en manos de extranjeros (equivalente a la superficie de toda la Provincia de Buenos Aires). Hay por lo menos dos aeropuertos extranjeros construidos en la Patagonia, sin que puedan ser detectados por los radares argentinos, ya que éstos o son obsoletos o no existen en la región.
Un aeropuerto construido por Lewis, que está a nombre de un argentino de apellido Van Ditmar , cuya pista es tan larga como la de Aeroparque de Buenos Aires, desde donde se puede entrar y sacar del territorio cualquier tipo de material. Lewis posee 14000 hectáreas en Chubut, que incluyen el Lago Escondido.
El terrateniente más grande es en grupo familiar italiano y multinacional Benetton, que posee 900 mil hectáreas. Desde hace 15 años, cada vez son más numerosos los extranjeros que compran vastas extensiones de tierras, desplazando a las familias tradicionales de la oligarquía argentina. "Tenemos tierra en exceso", declaró en los años '90 el Presidente Carlos Menem, invitando a corporaciones extranjeras y a particulares a invertir. Desde 2002, la devaluación del peso, otrora vinculado al dólar, implicó un cambio favorable, acelerando un proceso de venta desenfrenado y sin control.
"En las provincias de Santiago del Estero y el Chaco, la hectárea cuesta lo mismo que una hamburguesa", decían los periodistas Andrés Klipphan y Daniel Enz, autores de "Tierras, S.A.", una investigación realizada durante tres años por todo el país. "Se puede comprar lo que quiera, en cualquier lugar, si se tiene el capital suficiente, incluso en los parques nacionales", asegura Gonzalo Sánchez, autor de "La Patagonia vendida", que entrevistó a la mayoría de los extranjeros que han comprado tierras en el sur, que representa la tercera parte del territorio nacional y contiene sus principales riquezas: energía hidroeléctrica, 80% del petróleo y gas natural y una de las grandes reservas de agua dulce del planeta. Esta región se ha convertido en el paraíso de millonarios extranjeros que, según los autores de "Tierras, S.A.", "se han beneficiado de la actitud flexible de los diferentes gobiernos nacionales y provinciales para adquirir millones de hectáreas y recursos no renovables, sin restricciones y a precios módicos".
El vicepresidente de AOL Time Warner y fundador de la cadena CNN, Ted Turner, posee 45 mil hectáreas en la región. El belga Huber Grosse compró 11 mil hectáreas en la provincia de Río Negro, donde los turistas ricos van a jugar polo y golf.
"La Patagonia me recuerda al Texas de los años'50", asegura Ward Lay, magnate de las papas fritas y amigo de George W. Bush, que se compró miles de hectáreas en esa provincia y viñedos en Mendoza. El cantante Florent Pagny vive parte del año entre sus dos estancias de la provincia de Chubut. Estos nuevos terratenientes tienen frecuentes altercados con las comunidades indígenas, que los acusan de apropiarse de las tierras de sus ancestros. Los habitantes de la Patagonia se quejan también de no tener acceso libre a algunos lagos y senderos en las montañas donde se encuentran las propiedades privadas.
Los actores Robert Duvall, Richard Gere y Matt Damon son propietarios de varias estancias en las provincias norteñas de Tucumán, Salta y Jujuy. Grandes grupos vinícolas franceses, españoles e italianos se han instalado en Mendoza, al pie de la cordillera de los Andes, que ofrece tierras y un clima excepcional para el cultivo de la vid. Ahí, la hectárea vale diez veces menos que en California. Grandes grupos mineros, en su mayoría canadienses, explotan minas de oro y plata en las provincias de San Juan, La Rioja y Santa Cruz. Entre los inversionistas figura Bill Gates. Los nuevos ricos argentinos, principalmente estrellas del espectáculo y del deporte, pero también políticos, constituyen a su vez una nueva burguesía terrateniente. El jugador de básquetbol Emanuel Ginobili, estrella de los Spurs de San Antonio en la NBA, invirtió más de dos millones de dólares en proyectos turísticos de gran lujo en las costas del río Negro y en la ribera del lago Correntoso, en la Patagonia. El futbolista Gabriel Batistuta, ex delantero de la Fiorentina, se ha convertido en uno de los grandes terratenientes de la fértil provincia de Santa Fe.
Lista (publicada en 2008 por Marcelo Mangiante) de la cantidad de territorio argentino vendido a extranjeros:
Mendoza: 250.000 hectáreas (equivalente a 12 veces la superficie de la Capital Federal), compradas por empresarios de Malasia, con gente adentro, además de miles vendidas y ofrecidas a capitales chinos y españoles. Vendidas: 500.000 hectáreas. En venta: 800.000 hectáreas. San Luis: 40.000 hectáreas compradas por empresarios italianos. En venta: 850.000 hs. San Juan: 2.000.000 de hectáreas en venta, más del 20% de la provincia incluyendo la frontera con Chile. Catamarca: Se venden campos del tamaño de la Isla Gran Malvina a U$S 8.- la hectárea (el precio de un 'Big Mac' en EEUU) Vendidas: 100.000 hectáreas a un grupo holandés. En venta: 1.600.000 hectáreas. Misiones: 172.000 hectáreas de la selva Paranaense (única en el mundo), taladas por la empresa Alto Paraná, propiedad del grupo Arauco de Chile. Formosa, Chaco y Corrientes: 1.400.000 hectáreas en manos de capitales australianos. Santa Fe: tierras compradas por EEUU. Entre Ríos: Vendidas 100.000 hectáreas. En venta 150.000 hectáreas. Santiago del Estero, Tucumán y La Rioja: Vendidas: 120.000 hectáreas. En venta: 1.300.000 hectáreas. Salta: 2.400.000 hectáreas en venta, entre ellas se encuentra la finca Jasimana en el corazón de los valles calchaquíes, equivalente a 65 veces la superficie de la Capital Federal. En total, en venta y vendidas 13.000.000 de hectáreas.
En Patagonia se vendieron tierras que incluyen lagos, ríos, fronteras, animales, aún en zonas fronterizas de seguridad. Tierra del Fuego, 100.000 hectáreas de bosque (el más austral del mundo), compradas por una corporación de EEUU que intenta talarlas. Cada planta tarda decenas de años en crecer debido a las condiciones climáticas. Chubut: 20.000 hectáreas compradas y cercadas por alemanes, que incluían la reserva de Mapuches más grande del país, que fue desplazada y despojada de las mejores pasturas para alimentar ganado. Santa Cruz: las estancias (80.000 hectáreas), Monte León, Don Aike, El Rincón, y Sol de Mayo (cordillera), comprada por el terrateniente Douglas Tompkins de EEUU, quién pretende apoderarse de las reservas de agua potable más puras del planeta, formadas por la cuenca de los hielos continentales patagónicos, que desembocan en su mayoría en el río más caudaloso de Patagonia, el Rio Santa Cruz.
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Golpe judaico anglo-americano no euro põe capitalismo global em instabilidade total
Cesar Fonseca e Ubiramar Lopes - Pátria Latina
BREXIT é produto do crash capitalista de 2008 que abalou o poder de Washington; é pressão sobre europeus para se renderem a Tio Sam; é tentativa de distanciá-los da Rússia e da China, do poder dos BRICs; é a nova guerra fria global entre potências.
A derrota do euro, no Brexit, é, praticamente, uma vitória parcial das forças econômicas, financeiras e especulativas judaico anglo-americana.
Trata-se de tentativa de promover desunião da União Europeia, de um lado, e, de outro, união dos Estados Unidos e Inglaterra, expressão da força anglo-americana, reforçada pelo capital judeu, dominante nas praças financeiras de Londres-Nova York.
É briga de cachorro grande, para desestabilizar a plataforma financeira de Frankfurt, símbolo do poder financeiro alemão, abalado pelo euro em crise.
O poder judaico anglo-americano, diante de novas forças que avançam contra o dólar, afetado, a cada bancarrota capitalista especulativa, como aconteceu em 2008, busca, no século 21, dar continuidade a sua força imperial: no século 19, Inglaterra, com sua libra; no século 20, as verdinhas americanas.
Em dois séculos, mediante guerras econômicas, os ingleses e os americanos dominaram o mundo, como nos séculos anteriores, 16 e 17, dominaram os europeus, Holanda e França.
No século 21, quem predominará, em meio às incertezas gerais que se apresentam nos primeiros 16 anos desse terceiro milênio?
Os europeus tentaram, depois de duas guerras, que destruíram os impérios, no velho continente, montar uma unidade, compondo 28 países, incluindo Reino Unido.
Armaram, por meio do Tratado de Maasstrich, união monetária, com compromisso de que cada integrante se limitasse a déficit público não superior a 3% do PIB.
Era a busca do equilíbrio geral, sob o euro.
Seria repetição do equilibrismo orçamentário vigente na economia clássica dezenovecentista, debaixo do poder da libra inglesa.
Deu certo, aos trancos e barrancos, de 1808 a 1870.
Mesclaram-se, nesse período histórico, lucros e deflações, sobreacumulação de capital, até emergência das raízes políticas socialistas.
O socialismo emergiu na instabilidade neoliberal capitalista, que deu origem aos oligopólios, como arma contra queda da taxa de lucro.
Afinal, como a história demonstrou, na crise de 1929, o capitalismo concorrencial, sob lassair faire, destrói o sistema capitalista.
A revolução socialista soviética, favorecida pela fragilização europeia, na primeira guerra mundial, fruto do confronto dos oligopólios imperialistas alemão, francês e inglês, abriu nova era ao capitalismo europeu.
Para sobreviver, partiu, em meio às tensões de guerra, para a socialdemocracia.
Macroeconomia capitalista com melhor distribuição de renda, mediante maior oferta de serviços sociais – saúde, educação, segurança, previdência social, leis trabalhistas etc – representou saída estabilizadora contra perigo de socialização global sob soviets leninista-trotskista.
Os grandes banqueiros europeus, capital judeu, financiadores das guerras, tiveram que se render ao pensamento social democrata, na Europa, para não serem batidos pelo socialismo, no Leste Europeu.
Juntaram sua força econômica à força emergente americana, depois da primeira guerra mundial, diante da qual a força econômica europeia, antes predominante, rendeu-se ao poder dos Estados Unidos.
A geopolítica americana, fortalecida pela segunda guerra, disposta a avançar rumo ao Leste e ao Oriente, submeteu os europeus à humilhação de ter que serem salvos do comunismo soviético pelo dólar.
Tio Sam cobrou senhoriagem, ou seja, a abertura da Europa, em grande escala, ao capital norte-americano.
Esse avanço de Tio Sam representou, até a queda do Muro de Berlim, em 1989, obstáculo ao sonho europeu de unidade política.
O nascimento da nova Europa, a União Europeia, tendo como base monetária o euro, significou, sobretudo, grito de independência frente ao dólar.
A consolidação da independência dos europeus, porém, como se vê, agora, com a saída da Libra do terreno do euro, com o Brexit, não se efetivou, na prática.
Predominou instabilidade, especialmente, depois do crash capitalista americano de 2008, bolha especulativa imobiliária, implosão dos derivativos de dólar, que Tio Sam espalhou na Europa, por meio dos bancos dominados pelo capital anglo-americano judeu.
Pressão por novo referendo mostra receio dos ingleses em dar um salto no escuro, largando a Europa, que cairia nos braços da Rússia e da China, para não se danar no terreiro de Tio Sam e do dólar em crise
A Europa não conseguiu se safar da crise.
Os banqueiros judeus europeus-americanos, que haviam distribuídos os derivativos, por meio de empréstimos aos governos dos países emergentes, na Europa, a fim de tocarem o desenvolvimento econômico, mediante endividamento especulativo, resolveram cobrar a dívida e seus juros especulativos depois do crash.
Impuseram exigências absurdas de austeridade econômica e fiscal.
Por meio da troika imperialista – FMI, Banco Central Europeu(dominado pelos banqueiros judeus) e União Europeia -, apertaram o cerco dos governos endividados.
Impuseram-lhes exigências em forma de destruição dos direitos dos trabalhadores, expressos nas conquistas sociais democráticas, para reduzir custos de produção do capitalismo sucateado pela especulação financeira.
A instabilidade política, na Europa, cresceu, incontrolavelmente, enquanto era invadida pelos produtos baratos chineses.
A direita racista, nacionalista, homofóbica, de um lado, e a esquerda, com os novos partidos progressistas, de outro, avançando em relação à desmoralização e corrupção dos velhos partidos, entraram em choque.
O sistema capitalista social democrata europeu, em desvantagem em relação aos concorrentes americanos, chineses e asiáticos, estes aliados da Rússia, na conformação dos BRICs, ficou entre a cruz e a caldeirinha.
Pressionada pelos banqueiros, donos, de fato, dos bancos centrais, comandantes da financeirização econômica especulativa global, a União Europeia, para sobreviver em meio à bancarrota, dobrou apostas, não no desenvolvimento econômico, mas na austeridade fiscal.
As tensões políticas, claro, multiplicaram-se, debaixo do peso da crise financeira, de um lado, da emigração, de outro, engordada pelos estragos guerreiros provocados pela imperialista OTAN, na África e no Oriente Médio.
A velha Inglaterra, diante dessa velha Europa em frangalhos, tornou-se propensa, ainda mais ao que lhe caracteriza, historicamente, como ex-império global: o individualismo e o cinismo utilitaristas.
Por que manter-se aliada ao risco europeu?
A opção dos ingleses fragiliza a Europa e fortalece a geopolítica de Tio Sam que deseja uma Europa débil, dividida, para atraí-la contra os verdadeiros adversários de Washington, a Rússia e a China, os asiáticos, unidos em torno dos BRICs, nova força anti-dólar em ascensão.
Mas, a velha Europa, com as ainda potentes Alemanha e França, se voltará para Tio Sam ou chegará para mais perto de Putin, Rússia, da qual dependem em mercados e matéria prima?
Brexit, por tudo isso e muito mais, é um risco grande para o capitalismo global em instabilidade geral, que não assegura vitória da força imperialista judaico anglo-americana, também, abalada com tudo que está acontecendo, especialmente, pela resistência dos integrantes do Reino Unido em sair da União Europa.
Incerteza global total.
Rússia pode instalar mísseis no oriente para responder à defesa antimíssil na Coreia
A Rússia pode posicionar unidades de mísseis no leste do país com raio de alcance até à zona de localização do sistema de defesa antimíssil (DAM) da Coreia do Sul, informou sexta-feira à agência RIA Novosti o primeiro vice-chefe do Comitê de defesa e segurança do Conselho da Federação da Rússia Yevgeny Serebrennikov.
Antes, a mídia, citando o anúncio do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, anunciou que Washington e Seul acordaram em instalar a DAM na península coreana. Segundo o documento, o sistema não terá outros alvos exceto os mísseis da Coreia do Sul.
"Vamos levar em consideração no nosso planejamento militar a decisão de instalação do sistema de defesa antiaérea pelos americanos na Coreia do Sul. Juntamente com o Ministério de Defesa serão elaboradas soluções concretas que visam reforçar a influência nesta direção, inclusive através do aumento de unidades de mísseis e terrestres", disse Serebrennikov.
O senador não exclui que os planos de recuperação da base militar nas ilhas Curilhas, tendo em conta a instalação do sistema de defesa antimíssil, "podem ser adiantados para um prazo tempo mais próximo".
De acordo com Serebrennikov, as medidas destinadas a reforçar a segurança da Rússia de possíveis ameaças já estão sendo tomadas. Alguns dias atrás, o senador esteve presente em eventos dedicados ao posicionamento de um regimento de defesa antiaérea perto de Abakan, na República de Khakássia.
Sputniknews
PROTEÇÃO A CUNHA PÕE TEMER NUM BECO SEM SAÍDA
Por que Eduardo Cunha renunciou à presidência da Câmara dos Deputados? De acordo com o jornal O Globo, da família Marinho, porque obteve do interino Michel Temer a garantia de que, assim, conseguiria manter seu mandato de deputado federal, preservando o foro privilegiado e evitando ser julgado em Curitiba, pelo juiz Sergio Moro.
Uma das evidências do acordo foi o recurso enviado à Comissão de Constituição e Justiça, pedindo para que seu processo de cassação retorne ao conselho de ética – manobra que, segundo O Globo, repita-se, tem o "aval" de Temer.
No entanto, um eventual salvamento de Cunha, acusado de receber dezenas de milhões de dólares em propinas e de manter diversas contas no exterior, seria desastroso não apenas para o Legislativo, que perderia de vez sua credibilidade, como também para o próprio Poder Executivo. Temer tem sido cobrado em todos os editoriais da mídia tradicional, bem como por colunistas como Jorge Bastos Moreno, a cortar seu cortão umbilical com Cunha (leia aqui).
Falar, no entanto, é bem mais fácil do que fazer. Caso Temer decida abandonar na beira da estrada seu principal aliado, a quem chamou de "incansável batalhador político e jurídico" numa entrevista recente, ficará à mercê de sua eventual vingança. O fato de ter dado aval ao resgate de um político que hoje simboliza a corrupção (como noticia O Globo) demonstra que, na prática, Temer é refém de Cunha e pode, a qualquer momento, ser abatido por ele.
Brasil 247
Senado francês denuncia golpe de estado no Brasil
Tribuna do Senado francês, no Palais du Luxembourg
“Para mim, isso foi um golpe de Estado institucional. E eu considero que o governo de Michel Temer não tem nenhuma legitimidade”, disse a senadora do Partido Comunista Francês de Val-de-Marne, Laurence Cohen, em entrevista ao Movimento Democrático 18 de Março (MD18).
Por Vanessa Oliveira*
Ela, que preside o grupo França-Brasil no Senado francês, organizou no dia 1º de julho, a conferência “Golpe de Estado no Brasil: que tipo de solidariedade com os povos da América Latina?”. A iniciativa contou com o apoio de vários movimentos de brasileiros residentes na França e franceses ligados ao Brasil – entre eles, as associações France Amérique Latine e Autres Brésils, o Coletivo Solidarité France-Brésil, os amigos do MST e o próprio MD18.
Além de Cohen, participaram da abertura do evento Marie-Christine Blandin, senadora ecologista do Norte (Hauts- de- France) e o senador Antoine Karam, representante do Partido Socialista na Guiana Francesa. Diversas personalidades da política e da academia francesas compareceram para analisar a crise política brasileira e pensar formas de estabelecer internacionalmente, ações de solidariedade entre partidos, movimentos sociais, acadêmicos e sociedade civil, capazes de denunciar as atrocidades do golpe, do governo interino e defender a democracia no Brasil, na região e no mundo.
“[O que está acontecendo no Brasil ] é desestabilizador para o Brasil, para todos os países da América Latina e é grave, de uma maneira geral, para a democracia no mundo e inclusive na França”, alertou Laurence Cohen, depois da fala do dirigente nacional do MST e da Frente Brasil Popular, João Paulo Rodrigues. Com uma enorme bandeira sem-terra estendida sobre a bancada, Rodrigues falou da necessidade de mobilização popular e denunciou a vexatória barganha de votos no Senado : “Romário quer a presidência de Furnas e Cristóvam Buarque, o cargo de embaixador da Unesco”, para votar contra o golpe.
Em seguida, as historiadoras francesas Janette Habel (Instituto de Altos Estudos da América Latina, Sorbonne Nouvelle Paris 3) e Maud Chirio (Université Paris-Est Marne-La-Vallée) apresentaram a situação no Brasil como um inequívoco “golpe parlamentar”. Chirio destacou que a omissão de acadêmicos e pesquisadores, diante de tamanho atentado contra a democracia, não pode ser tolerada. E Habel mostrou como o caso brasileiro, assim como os golpes em Honduras (2009) e Paraguai (2012) denotam uma clara mudança na estratégia de controle regional por parte dos Estados Unidos.
Para ela, o imperialismo hoje se sofisticou e não há mais espaço para operações à la Brother Sam, quando Washington deslocou parte de seu poderio militar para as costas brasileiras para garantir o sucesso do golpe de 1964. A estratégia da vez é o que se convencionou chamar de soft power: uma maquinação de bastidores que subtrai a soberania popular por meio do posicionamento de títeres do império em cargos estratégicos, enquanto se mantém uma aparência de normalidade institucional.
Apesar da estratégia autoritária do Itamaraty sob José Serra de cercear a opinião pública internacional e tapar o golpe com a peneira, este tipo de evento de alto nível mostra que será cada vez mais difícil convencer o mundo da legitimidade do governo Temer.
*Vanessa de Oliveira é ativista do Movimento Democrático 18 de Março (MD18)
Fonte: Blog o Cafezinho
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