segunda-feira, 3 de julho de 2017

As mentiras de Trump sobre armas químicas na Síria


Declaração de uma fonte oficial do Ministério das Relações Exteriores e Expatriados da República Árabe da Síria.

Os Estados Unidos da América promoveram, nos últimos dias, uma campanha de enganações, através da qual alegou as intenções da República Árabe da Síria de promover um ataque químico contra os cidadãos sírios. Estas alegações enganosas são desprovidas de qualquer fundamento e não têm nenhuma base em dados ou justificativas.

A Síria afirma que o objetivo destas alegações é justificar uma nova ofensiva contra o país, sob pretextos inconsistentes, tal como ocorreu durante o ataque americano ao aeroporto de Sheeirat e para encobrir as ofensivas das forças de coalizão ilegítimas, lideradas pelos Estados Unidos da América, que provocaram a morte de milhares de civis sírios inocentes. Estas ameaças ocorrem, ainda, após os avanços do Exército Árabe Sírio e seus aliados, nas mais diferentes áreas da República Árabe da Síria, sobre os grupos terroristas, apoiados pelos Estados Unidos e pelos seus instrumentos regionais e externos. Estas ameaças têm por objetivo levantar a moral das organizações terroristas e prolongar a crise na Síria.

A Síria reitera que aboliu o seu programa químico de uma vez por todas e que possui o testemunho dos organismos internacionais especializados. Afirma, ainda, não possuir quaisquer armas químicas e que repudia, veementemente, o uso de armas químicas, seja qual for o local ou sob qualquer motivação ou pretexto. E reitera que nunca fez uso de quaisquer materiais químicos tóxicos, desde o início da crise. A Síria ressalta que cooperou integralmente com a Organização para a Proibição de Armas Químicas, desde o momento em que aderiu ao Tratado sobre a Proibição de Armas Químicas.

Já que a administração de Trump falhou, ao tentar provar o uso de armas químicas por parte da Síria em Khan Sheikhoun, não há justificativa para estas novas ameaças, especialmente depois que os maiores analistas e especialistas dos Estados Unidos da América e da Europa provaram, em suas análises, que a Síria não fez uso de armas químicas em Khan Sheikhoun. Isto só vem provar a imprudência desta administração e de seus aliados ao rejeitar a realização de investigações isentas, transparentes e objetivas sobre o que ocorreu em Khan Sheikhoun e no Aeroporto de Sheeirat. A República Árabe da Síria, a Federação da Rússia e a República islâmica do Irã, além de outros países, clamaram por uma investigação direta, logo depois da ofensiva americana ao aeroporto de Sheeirat, porém a administração americana, os países que a seguem e seus instrumentos rejeitaram estas investigações. Na última visita realizada pela Comissão de Averiguação ligada à Organização para a Proibição de Armas Químicas, realizada na última semana a Damasco, o Governo da República Árabe da Síria reiterou sua disposição para colaborar com a equipe, no sentido de fazê-la chegar até Khan Sheikhoun, porém a equipe não teve sucesso porque não obteve permissão dos grupos armados na área. Os Estados Unidos e os países ocidentais rejeitaram o envio de uma equipe da Comissão de Averiguação para o Aeroporto de Sheeirat.

A República Árabe da Síria condena as ameaças americanas e as rejeita integralmente. A República Árabe da Síria reafirma que qualquer ofensiva contra o seu Exército e seu povo servirá aos interesses das organizações terroristas armadas e estará em contradição com as intenções e princípios da Carta das Nações Unidas e com as resoluções do Conselho de Segurança relativas ao combate ao terrorismo, especialmente a resolução No. 2253. A Síria clama, mais uma vez, a comunidade internacional para condenar a ofensiva americana contra o Aeroporto de Sheeirat, a matança de civis sírios inocentes e as últimas ameaças americanas de promover uma nova ofensiva, que tem, como objetivo, somente atrapalhar os êxitos alcançados pelo Exército Árabe Sírio e seus aliados contra o terrorismo, especialmente depois de seus recentes e repetidos fracassos contra as nossas forças armadas, durante os seus avanços em todas as áreas da República Árabe da Síria.