quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

PM USA LEI DE SEGURANÇA NACIONAL PARA PRENDER ESTUDANTES EM BRASÍLIA


Brasília 247 – Nesta terça-feira, nas manifestações contra a PEC 55, a polícia militar deteve cerca de 100 pessoas, a maioria estudantes, sendo vários de outros estados do país.

Eles foram levados para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) no Sudoeste.

Alguns detidos estão sendo encaminhados para a carceragem enquadrados na Lei de Segurança Nacional, artigo 20.

Apenas advogados estão podendo entrar na DPE.

Os protestos ocorreram após a aprovação da PEC 55, que é rejeitada por 60% dos brasileiros, segundo o Datafolha, e congela gastos públicos por vinte anos.

Leia, abaixo, nota da Frente Brasil Popular:

A FRENTE BRASIL POPULAR DF condena a operação de guerra dos governos de Michel Temer e Rodrigo Rollemberg, por meio da PMDF, da Polícia Legislativa, do Gabinete de Segurança Institucional e do Ministério da Justiça, contra a manifestação de repúdio à retirada de direitos.

Cerca de 3 mil manifestantes foram reprimidos pelo aparato militar, que colocou 2 mil soldados, com tropa de choque, cavalaria e armamento pesado, contra movimentos populares da cidade e do campo, sindicalistas e estudantes.

A repressão colocou uma barreira na altura da Catedral para constranger os manifestantes e impedir que chegassem mais próximos do Congresso. E se aproveitou de uma confusão isolada para atacar, reprimir e dispersar o ato.

Diante da violência do aparato militar, a maioria dos manifestantes recuou, enquanto uma minoria resistiu. A polícia avançou, jogando bombas, balas de borrachas e ocupando espaços com cavalaria, carros e batalhões. Na confusão, jovens black blocs cometeram excessos, o que cria um círculo vicioso de violência. Estamos levantando o número de manifestantes presos e acompanhando por meio da rede de advogados populares.

Um governo ilegítimo e constituído por meio de um golpe não tem como conviver com manifestações democráticas. O direito de manifestação está em suspensão em Brasília.

O plano do governo Temer é fechar a Esplanada e impedir protestos para impor o programa neoliberal, independente do clamor das ruas. O governador Rollemberg é conivente com as aspirações autoritárias do governo golpista e atua na linha de frente da repressão.

Precisamos resistir ao avanço do Estado de Exceção. Vamos intensificar a resistência ao programa de retirada de direitos, destruição do Estado social, privatizações e desnacionalização dos nossos recursos naturais.