quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Denúncias de armas químicas na Síria servem para denegrir a imagem do país, afirma Vice Ministro


Mekdad: As acusações de alguns departamentos governamentais ocidentais ao Governo sírio, sobre os casos de uso de materiais químicos, tem por objetivo denegrir a imagem da Síria.

O Vice-Ministro de Relações Exteriores e Expatriados da República Árabe da Síria, Dr. Fayssal Mekdad, afirmou que as acusações de alguns departamentos governamentais ocidentais, feitas de forma aleatória e sem qualquer evidência concreta, relativas à responsabilidade do Governo sírio sobre os casos de uso de materiais químicos tóxicos, não passam de uma campanha coordenada e reiterada de ludíbrio, desprovida de qualquer credibilidade, que tem por objetivo denegrir a imagem do Governo sírio e exercer mais pressões políticas para alcançar as metas dos países inimigos do povo sírio. Mekdad ressaltou, na declaração apresentada pela República Árabe da Síria, durante a realização da 21ª. Sessão da Conferência dos Estados-Parte da Convenção sobre Armas Químicas, inaugurada na manhã do dia 28/11/2016, na cidade de Haia, na Holanda, que a Síria cumpriu, integralmente, com os seus compromissos firmados, em consonância com a sua adesão à Convenção sobre a Proibição do Uso de Armas Químicas, que personificou uma história de sucesso compartilhado entre a República Árabe Síria e a Organização para a Proibição de Armas Químicas.

O Dr. Miqdad salientou que dois dos mais importantes desafios com que se defronta a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), no presente momento, são, por um lado, atingir a universalização, forçando "Israel" a aderir à atual Convenção e à outros acordos internacionais para libertar o Oriente Médio de todas as armas de destruição em massa e, por outro, a crescente utilização de armas químicas por parte de grupos terroristas, tais como o "ISIS", o “Nusra" e outras organizações terroristas ligadas à al-Qaeda, que é chamado de terrorismo químico.

Ele considera que o acesso contínuo a materiais químicos tóxicos, que chega às mãos de grupos terroristas e sua utilização na Síria, ou em quaisquer outras localidades, é extremamente perigoso e coloca todos os Estados-membros da Organização diante de suas responsabilidades para implementar a Convenção sobre Armas Químicas, todas as convenções internacionais relativas ao combate ao terrorismo e todas as resoluções do Conselho de Segurança relativas ao tema, em especial a resolução No. 1540.

O Dr. Mekdad salientou que a República Árabe Síria, apesar das circunstâncias difíceis pelas quais tem passado e ainda passa, além de enfrentar a maior e mais feroz ofensiva terrorista já vista na região do Oriente Médio, da qual participam várias organizações terroristas e diversas potênciasregionais e internacionais, tem zelado, de forma positiva e transparente, até o dia de hoje, pelo trato com a Organização, objetivando cumprir as suas obrigações no âmbito da Convenção e das decisões do Conselho Executivo, e é grata aos países que manifestaram satisfação no que concerne ao nível de cooperação a Síria com a Secretaria Técnica, com o seu entusiasmo para dar-lhe continuidade e com sua total rejeição às tentativas, por parte de alguns Estados-membros, de politizar o caráter técnico do trabalho da Organização e de lançar campanhas coordenadas para atender às agendas políticas hostis, através de vazamentos distorcidos na mídia e do levantamento de questionamentos sobre a cooperação das autoridades sírias.

A 21ª. Sessão da Conferência dos Estados-Parte da Convenção sobre Armas Químicas inaugurou seus trabalhos com o declaração geral apresentada pelo Embaixador Ahmet Üzümcü, Diretor-Geral da OPAQ, sobre os avanços globais relativos à Convenção, durante o último ano, além do progresso alcançado pela Síria, durante o processo de "remoção do programa de armas químicas da Síria".

O Embaixador Üzümcü chamou a atenção para a cooperação existente e contínua entre a República Árabe da Síria e a Organização para a Proibição de Armas Químicas e para o progresso que tem sido alcançado pela Síria na implementação de seus compromissos, de acordo com a Convenção.

Alguns países e grupos fizeram elogios, em suas declarações, ao trabalho realizado pelo Governo da República Árabe da Síria e à sua cooperação para cumprir com os seus compromissos assumidos na Convenção sobre Armas Químicas.

O grupo de Estados-Membros do Movimento de Não-Alinhados e a China saudaram a cooperação da Síria na implementação das suas obrigações, conforme a Convenção sobre Armas Químicas, e os progressos substanciais alcançados neste sentido.

O Grupo Africano também saudou os progressos substanciais que têm sido alcançados para "remoção e destruição de armas químicas na Síria", apesar dos desafios significativos decorrentes da crise enfrentada pela Síria, e elogiou os esforços conjuntos da República Árabe da Síria e da Secretaria Geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas neste sentido.

Sana – Haia