quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Siria denuncia campanha midiática sobre a responsabilidade da fome nos territórios ocupados pelos terroristas/mercenários


Síria denunciou na ONU uma campanha de mídia para desacreditar o Governo à frente das negociações de paz no final deste mês em Genebra, argumentando que usa a fome como arma de guerra.

Em declarações à imprensa na tribuna do Conselho de Segurança, o embaixador sírio na ONU, Bashar Yaafari, desmentiu relatos de que em Madaya, Damasco, várias pessoas morreram por falta de alimentos, e que as autoridades do Estado sírio bloqueiam a assistência humanitária a estas e outras cidades sitiadas. Mentem deliberadamente alguns membros do Conselho e de canais de televisão, buscando criminalizar o governo, tal como o fizeram no contexto de consultas anteriores em Genebra e Moscou entre representantes do Executivo e opositores.

No próximo 25 de janeiro, se espera novas rodadas de conversações sobre o conflito, na cidade suíça com a facilitação das Nações Unidas em conformidade com a resolução 2254 do Conselho de Segurança, que no mês passado estabeleceu um roteiro para parar a violência no país desde março de 2011.

De acordo com Yaafari, algumas potências ocidentais e seus aliados no Oriente Médio não estão satisfeitos com o compromissos assumidos por Damasco no diálogo entre sírios para pôr fim ao conflito, cenário que afeta os planos para mudança de regime desses países ocidentais.

O diplomata assegurou que o Governo sírio envia ajuda humanitária às áreas sob cerco dos grupos terroristas e tem solicitado às Nações Unidas que envie mais ajuda. Hoje chegaram 65 caminhões com ajuda a Madaya, em Damasco, em Kefraya e em Fouaa em Idlib, destacou o embaixador sírio.

O principal e grave problema nestas cidades, aldeias e outros lugares devastados pela guerra, é a prática do roubo, do saques e do desvio da ajuda pelos terroristas do Estado islâmico, a Frente Nusra e grupos associados.

Os medicamentos e alimentos acabam nas mãos desses grupos, que, em seguida, passam a vende-los a preços inacessíveis para as pessoas necessitadas. Yaafari reiterou a disposição da Síria em permitir a entrada de ajuda humanitária, sem negligenciar as questões de segurança. Para nós é uma prioridade que as organizações responsáveis ​​pelo transporte e fornecimento da assistência possam faze-lo em ambiente mais seguro possível, única forma de garantir minimamente que a ajuda humanitária não caia nas mãos dos extremistas.

O diplomata condenou as acusações contra Damasco de permitir que as pessoas morram de fome nas áreas controladas pelos “opositores” e terroristas.

“Protegemos o povo sírio, quem acusa esconde as causas do sofrimento do nosso povo: o terrorismo, as sanções econômicas impostas pelo exterior e o compromisso desses países com a mudança de regime.”

Somos Todos Palestinos


Imagens falsas

Desde que foi divulgado que a população de Madaya estava passando fome devido ao cerco, uma série de imagens passaram a circular dos supostos residentes desnutridos da cidade.
O canal de televisão russo RT investigou várias destas fotos, divulgadas, inclusive, por grandes veículos da mídia, como Al Jazeera e Telegraph, e concluiu que eram falsas.