sexta-feira, 8 de julho de 2016

EUA orquestram o desmonte do Brasil


O documento Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos, definido no governo Obama, assinala que o Brasil representa uma enorme reserva de riquezas naturais estratégicas, essenciais ao desenvolvimento das novas tecnologias. Acrescenta que apenas o nosso país possui o potencial de exercer, na América do Sul, um grau de influência capaz de competir com os interesses hegemônicos dos EUA.

Obama foi explícito: "Temos que ter clareza sobre os desafios presentes e futuros, e reconhecer que o nosso país conta com a capacidade única de mobilizar e guiar a comunidade internacional para enfrentá-los”.

É a cultura unilateralista e xenofóbica de "destino manifesto” impregnada na mentalidade de muitos estadunidenses. Expressada em 1994 por Henry Kissinger em seu livro En Diplomacy: "Os impérios não têm necessidade de equilíbrio de poder. Não têm interesse de operar dentro de um sistema internacional. Aspiram a ser o sistema internacional. Esta é a forma com que os EUA têm conduzido sua política externa em relação à América Latina”.

Tão logo foram descobertas as riquezas do Pré-Sal, potenciando o Brasil a se tornar grande produtor de petróleo e gás, a IV Frota da marinha estadunidense iniciou atividades no Atlântico Sul. Agora, graças ao governo Temer, se inicia o processo de desnacionalização do Pré-Sal e da Petrobras. A aviação comercial brasileira já está legalmente autorizada a ser 100% controlada pelo capital estrangeiro.

A ideia de que privatizar significa aprimorar não encontra respaldo na prática. A VASP faliu ao ser privatizada. A Vale definha e, hoje, encontra-se atolada no lamaçal onde se afunda a Samarco. O sistema telefônico, todo em mãos estrangeiras, é o que recebe mais reclamações dos consumidores. Os planos de saúde privados cobram caro de 50 milhões de brasileiros e, na hora da precisão, atendem mal, como se o cliente cometesse o crime de ficar doente...

O desenvolvimento capitalista dos EUA sabe que não pode prescindir dos recursos naturais do Brasil, como a água. Nas próximas décadas se prevê que quem controla a água terá o controle da economia mundial. Hoje, apenas 3% da água na superfície do nosso planeta é potável. No entanto, há 94% de água potável subterrânea.

A Europa e os EUA enfrentam escassez de água. No Velho Continente, dos 55 rios importantes somente cinco não estão contaminados. Nos EUA, 40% de seus rios e lagos se encontram contaminados. Calcula-se que o país tenha um déficit de 13.600 milhões de metros cúbicos de água.

Já a América do Sul possui 47% das reservas superficiais e subterrâneas de água do mundo. A maior parte no Brasil, na região amazônica e no aquífero Guarani. É um mar de água potável de 55 mil km cúbicos, contendo elementos químicos essenciais às indústrias de tecnologia e bélica.

Não é à toa que os EUA, depois de abrirem uma base militar no Paraguai, agora recebem da Argentina de Macri o sinal verde para mais duas bases, uma na Patagônia e outra na Tríplice Fronteira.

Se o povo brasileiro não reagir, em breve teremos tropas ianques acantonadas em nosso país e humilhando o que nos resta de soberania.

Frei Betto - Adital

Tribunal de Haia tornará situação no mar do Sul da China ainda pior


A situação na região do mar do Sul da China na véspera da próxima decisão do Tribunal de Haia se torna cada vez mais tensa. A tentativa das Filipinas de agir se baseando nas normas do direito internacional parece pouco produtiva.

Viktor Sumsky, cientista político e diretor do Centro da ASEAN na Universidade de Relações Internacionais de Moscou, partilhou o seu ponto de vista bastante pessimista quanto ao assunto com a Sputnik.

Primeiramente, é importante compreender se a decisão a tomar por Haia ajudará ou não a resolver os problemas relativamente ao mar do Sul da China.

De acordo com Sumsky, toda a atenção e toda a polêmica relativamente ao assunto começou com a apresentação da queixa por parte das Filipinas.

"Supostamente o direito internacional existe para resolver pacificamente as situações de conflito. Mas, neste caso, o apelo ao direito internacional se tornou perigoso por tornar o conflito ainda mais sério."

Sumsky fez lembrar que, recentemente, uma série de navios militares dos EUA chegou à região, com Washington se referindo não só ao direito de livre navegação no mar do Sul da China, mas também à liberdade de navegação militar.
Na mesma região, a China está realizando exercícios militares navais, avisando ao mesmo tempo os EUA para não agirem de forma provocativa. Entre os países da ASEAN não há consenso sobre os problemas da região.

"A própria iniciação do processo de arbitragem exige a concordância de ambos os lados, o que não aconteceu neste caso. A China declarou de repente que não reconhecerá o veredicto. E declarou-o tão clara e inequivocamente que eu não imagino como poderá mudar esta posição. Parece que estamos perante um caso em que a tentativa de agir com base no direito internacional se torna contraproducente."

Ainda de acordo com o especialista, a próxima decisão tomada em Haia só tornará a situação na região ainda pior.

Enquanto isso, Pequim se recusa categoricamente a participar e acredita que o Tribunal de Haia não tem autoridade para decidir disputas territoriais.
Ao mesmo tempo, a China tem divergências com países vizinhos como o Japão, o Vietnã, as Filipinas relativamente às fronteiras marítimas e áreas de responsabilidade no mar do Sul da China e no mar da China Oriental.

Sputniknews

Comandante iraquí: Balad está bajo el control de fuerzas iraquíes


Fuerzas antiterroristas de Irak.

Luego de sangrientos atentados terroristas en Balad, un comandante iraquí asegura que esta localidad está bajo el control total de las fuerzas locales.

En una entrevista concedida este viernes a la agencia iraní de noticias IRNA, Abu Haidar al-Baldawi, comandante de la organización iraquí Badr en Balad, ha señalado que las fuerzas populares iraquíes, conocidas como Al-Hashad al-Shabi, forman parte de los efectivos encargados de preservar la seguridad de la zona.

Asimismo, el comandante iraquí ha explicado los detalles de un atentado violento ocurrido la madrugada de hoy contra un lugar sagrado chií en Balad, a unos 93 kilómetros al norte de Bagdad (la capital).

El alto mando castrense ha precisado que los suicidas pretendían realizar el atentado dentro del mausoleo del Sayid Mohamad bin Ali al-Hadi pero dos de ellos fueron interceptados por las fuerzas iraquíes de seguridad en un puesto de control.

Mientras que los peregrinos aterrorizados corrían hacia las tiendas de los alrededores del mausoleo, prosigue Al-Baldawi, los dos atacantes detonaron las cargas explosivas que llevaban adosadas al cuerpo en este mismo lugar. Añade que el tercer atacante logró llevar a cabo el ataque dentro del recinto religioso.

Al-Baldawi ha resaltado que las fuerzas de seguridad lograron detener a otros dos individuos antes de que detonaran su cinturón explosivo y dispararon contra un sexto suicida que se hizo explotar mientras intentaba huir de la zona.

El militar iraquí ha señalado que al menos 35 personas murieron y otras 60 resultaron heridas en los atentados y posterior tiroteo, reivindicados por el grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe), además, el mercado adyacente quedó hecho cenizas .

Este nuevo episodio de violencia de Daesh se produce días después de que un atentado suicida con camión bomba dejara al menos 292 muertos y más de 200 heridos.

Los atentados terroristas han aumentado en Bagdad en los últimos meses, coincidiendo con retrocesos de los terroristas en el campo de batalla, siendo el caso más reciente la liberación del baluarte más importante de Daesh, Faluya, en la provincia occidental de Al-Anbar, a tan solo 60 kilómetros al oeste de Bagdad (capital).

ask/ncl/nal/HispanTv

Cazas estadounidenses atacan “por error” a kurdos sirios en Manbiy


Combatientes de las Unidades de Protección del Pueblo Kurdo (YPG, en kurdo).

Aviones estadounidenses de guerra bombardearon posiciones kurdas cerca de la ciudad de Manbiy, en la provincia de Alepo (noroeste de Siria).

Según el portal sirio Al-Masdar News, tanto las fuentes locales como el grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) denunciaron el jueves que cazas estadounidenses atacaron dos posición de las Unidades de Protección del Pueblo Kurdo (YPG, en kurdo) en los suburbios ubicados al noroeste de Manbiy.

HispanTv

¿Qué está pasando?: EEUU no sabe por qué caen sus aviones


Momentos antes del accidente de un cazabombardero estadounidense F-16 Fghting Falcon.

El Cuerpo de Marines de EE.UU. (USMC, por sus siglas en inglés) ha sufrido un número sin precedentes de accidentes aéreos este año y no tiene idea de por qué.

En lo que va de año, la Marina de Estados Unidos ha sufrido el doble de accidentes aéreos que en el año 2015 y no sabe las razones, por lo que ha optado por encargar a una institución privada que investigue las causas del aumento de los siniestros.

“Sea cual sea la razón, degrada nuestra preparación militar. Debemos abordar esta situación”, dijo el miércoles el teniente general Jon Davis, quien ejerce como comandante adjunto de la Aviación del USMC.

La mayoría de los accidentes registrados este año es de la clase C, es decir, accidentes que no dejan víctimas y que causan daños de entre 50.000 y 500.000 dólares. Rara vez se investigan.

No obstante, estos sucesos ponen en riesgo la preparación militar de Estados Unidos, dado que cada uno de los aviones siniestrados necesita como mínimo dos meses para volver a ser operativo, mientras que los que sufren más daño podrían estar fuera de servicio por 15 o más meses.

Como resultado de los accidentes de este año, la Aviación del Cuerpo de Marines de EE.UU. ya solamente tiene 443 aviones operativos de los 1065 que posee, llevando así la preparación de este brazo militar a su nivel más bajo en la historia de Estados Unidos.

Además, los recortes en los presupuestos también han pasado factura sobre el USMC, dado que en varios casos han tenido que posponer las reparaciones de aviones accidentados por falta de presupuesto.

Uno de los accidentes más recientes fue la colisión de dos cazabombarderos Boeing F/A-18E Super Hornet de la Marina de Estados Unidos cerca de la costa de Carolina del Norte (este).

hgn/mla/rba/HispanTv

4 francotiradores dejan 5 policías muertos y varios heridos durante protestas en EE.UU.


El hecho tuvo lugar en Dallas durante las manifestaciones para pedir justicia para los dos afroamericanos que esta semana fueron violentamente asesinados a manos de agentes de policía.

Cinco policías han muerto y otros seis han resultado "gravemente heridos" en un tiroteo registrado la noche de este jueves (hora local) en la ciudad de Dallas (Texas, EE.UU.) durante las manifestaciones para pedir justicia para los dos afroamericanos que esta semana fueron violentamente asesinados a manos de agentes de policía, informa en su cuenta oficial de twitter el Departamento de Policía de Dallas.

Un grupo de radicales que se hace llamar "Organización Política de Poder Negro" (BPPO, por las siglas en inglés) ha publicado en Facebook un anuncio alegando que habría más ataques en los próximos días.

Según la información disponible, se prevé que fueron al menos cuatro francotiradores quienes abrieron fuego contra las fuerzas de seguridad. La Policía difundió a través de las redes sociales la fotografía de uno de los sospechosos, que posteriormente se ha entregado. Mientras que el segundo sospechoso ha sido reducido por las fuerzas de seguridad.

Los últimos reportes indican que, en total, detuvieron a tres sospechosos y el cuarto se disparó el mismo tras varias horas de enfrentamiento con la policía.


Según los últimos datos, la agencia federal de aviación (FAA) de Estados Unidos ha anunciado la restricción del espacio aéreo sobre la ciudad de Dallas. "Ningún piloto puede operar un avión en el área", ha dicho la FAA. "Solo aviones de operaciones de ayuda bajo la dirección del Departamento de Policía de Dallas están autorizados en el espacio aéreo", ha agregado la agencia.

En diferentes ciudades del país fueron convocadas manifestaciones para rechazar los últimos casos de violencia policial. La noche de este miércoles, Philando Castile, un afroamericano de 32 años, falleció en Falcon Heights (Minnesota) abatido por los disparos efectuados por un agente de policía que le había dado el alto porque su vehículo tenía un faro trasero roto.

Mientras que este jueves, Alton Sterling, un hombre de 37 años que vendía CDs en la localidad de Baton Rouge, Luisiana, murió a manos de dos agentes que le dispararon cuando ya había sido reducido. Ambos incidentes fueron grabados por los testigos. Estos dos últimos asesinatos han agravado la herida racial del país y la desconfianza de las minorías hacia las fuerzas policiales.

Activistas de derechos humanos han llamado a manifestaciones en todo EE.UU. Se están preparando concentraciones de protesta desde Washington D.C. a Oakland, California.

Actualidad RT

Fuera el Rey de España en Argentina!! Convocatoria


Varias organizaciones populares entre las que están Convocatoria-Segunda Independencia, Encuentro de los Pueblos, Amig@s del Pueblo Vasco, CONVOCAN A UNA MOVILIZACION DE REPUDIO HACIA LA EMBAJADA DE ESPAÑA


Mauricio Macri explicó su plan económico en inglés y afirmó que el pueblo argentino “acompaña” con gusto el tarifazo


El Presidente analizó el “giro económico” del país durante la conferencia Sun Valley

El presidente Mauricio Macri participó hoy de la conferencia anual Sun Valley en Idaho, Estados Unidos, que reúne líderes mundiales del mundo de los negocios. Allí, Macri brindó una entrevista en inglés a la cadena CNBC y explicó su plan económico.

“Tenemos un gran equipo y tenemos claro lo que hay que hacer. Unificamos los tipos de cambio, aceptamos que Argentina tiene que ser parte del escenario global, que cualquiera pueda entrar y salid con su plata, cortamos trabas a importortaciones y exportaciones… Es increíble como la ciudadanía nos acompaña en este esfuerzo por intentar volver a ser parte del mundo y crecer”, dijo Macri.

“Nuestro principal objetivo es reducir la pobreza. Para eso hay que generar confianza en nuestro país para atraer inversiones. Necesitamos lograr estabilidad en las reglas de juego, en la Justicia. La gente entendió que el populismo no es la manera, y que tenemos que ir hacia adelante en esta dirección

. Nosotros pasamos varies leyes muy importantes en estos siete meses, y lo hicimos con la ayuda del peronismo en el Congreso, peronismo al que derrotamos en las elecciones hace poco. Esto demuestra madurez. Esto demuestra que la Argentina cambió su manera de pensar”, agregó.

“Creo que vamos a poder atraer todas las inversiones que necesitamos. Queremos ser el supermercado del mundo. El mundo es un desastre y Argentina en este contexto es la única buena noticia que hay”.

Resumen Latinoamericano

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Filho de Kadhafi é liberado por anistia


Os advogados de Saif al-Islam Kadhafi, filho do ex-líder líbio Muammar Kadhafi, anunciou sua libertação no âmbito da anistia, informou o canal de televisão France 24.

No final de julho passado, o Tribunal Penal de Tripoli condenou à morte dez representantes do regime de Kadhafi, incluindo um dos seus filhos, Saif al-Islam.
Eles foram condenados por incitação ao assassinato de manifestantes pacíficos e de formar destacamentos punitivos para esmagar as manifestações nos dias da revolução em 17 de fevereiro de 2011.

Além disso, foram retiradas as acusações de corrupção.

Segundo a televisão árabe Al Mayadin, Saif al-Islam Kadhafi foi posto em liberdade.

Sputniknews

quarta-feira, 6 de julho de 2016

TABARÉ VAZQUEZ ENSINA DEMOCRACIA A FHC


"É preciso respeitar as regras", disse o presidente uruguaio Tabaré Vazquez ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, depois da fracassada missão diplomática do chanceler interino José Serra, que foi a Montevidéu pedir ao líder uruguaio que não transfira a presidência temporária do Mercosul à Venezuela, como preveem as regras do bloco; puxão de orelhas em FHC ocorreu dias depois da histórica entrevista ao programa Up Front, da Al Jazeera, em que FHC foi duramente questionado por apoiar um golpe parlamentar no Brasil; segundo a imprensa uruguaia, Vazquez não cederá aos apelos de Serra e FHC por uma quebra das regras do Mercosul, alegando que os acordos devem ser respeitados

247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu, nesta segunda-feira, uma aula de democracia do presidente uruguaio Tabaré Vazquez.

"É preciso respeitar as regras", disse Vazquez, quando FHC e o chanceler interino José Serra lhe pediram para não transferir a presidência temporária do Mercosul à Venezuela, como preveem as regras do bloco.

“Existe uma posição do Uruguai que compreendemos, que se tem de respeitar as regras”, admitiu FHC. Em seguida, ele relativizou a posição brasileira. “Não estamos pedindo para não respeitar as regras, mas que se possa discutir, mais adiante, se a Venezuela fez a lição de casa para ingressar no Mercosul”, declarou o ex-presidente (leia mais aqui).

Segundo a imprensa uruguaia, Vazquez não irá ceder ao pedido brasileiro de ruptura das regras do Mercosul. "El planteo de Serra para no entregar la presidencia del Mercosur a Venezuela deja en una situación incómoda a Vázquez, que hasta ahora mantenía firme su posición de cumplir con el ritual semestral de cambio de mando en el bloque", informa o El Pais de Montevidéu (leia aqui).

Esse puxão de orelhas em FHC ocorreu dias depois da histórica entrevista ao programa Up Front, da Al Jazeera, em que FHC foi duramente questionado por apoiar um golpe parlamentar no Brasil.

Brasil 247

Dilma denuncia complô para barrar a Lava-Jato


Em seu depoimento por escrito lido hoje pelo advogado-geral da União José Eduardo Cardozo na Comissão do Impeachment do Senado, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse ser vítima de um complô de “várias forças políticas” que tentam barrar as investigações da Lava-Jato.

Segundo Dilma, a abertura do processo de impeachment pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), deixou claro que “várias forças políticas viam e continuam a ver a [sua] postura de não intervir ou de não obstar as investigações realizadas pela operação Lava Jato como algo que colocava em risco setores da classe política brasileira”.
Lembrando a conversa vazada entre o senador Romero Jucá (PMDB) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que resultou na saída de Jucá do Ministério do Planejamento, a presidenta afastada fez a seguinte declaração:

“Como disse um dos líderes mais importantes do governo interino, o senador Romero Jucá, era preciso me destituir da Presidência da República para que, enfim, fosse possível um acordo que esvaziasse as operações policiais contra a corrupção e fosse estancada a 'sangria' resultante dessas investigações. Várias outras declarações de integrantes do grupo que apoia ou está hoje no governo confirmaram esta revelação: era preciso me derrubar para ter uma chance de escapar da ação da Justiça”, citou.

Dilma ressaltou ainda que não cometeu nenhum crime de responsabilidade e fez um apelo à consciência histórica dos senadores para que o Brasil não tenha que passar por mais uma ruptura democrática.

“Peço que reflitam, com absoluta isenção, sobre a história do nosso país e sobre o que representará para a nossa jovem democracia a cassação de um mandato presidencial realizada nestas circunstâncias e por estes motivos. Manifesto minha sincera confiança na compreensão das senadoras e dos senadores que, mesmo sendo de oposição ao meu governo, estejam abertos a considerar meus argumentos. Espero que muitos estejam dispostos a agir com isenção. Basta que se analise este processo para que se saiba que não cometi as irregularidades que são atribuídas a mim. As provas são evidentes e demonstram cabalmente que agi de boa-fé, pelo bem do país e do nosso povo – e sempre dentro da lei.”

Sputniknews

Por que o Congresso brasileiro é tão ruim?


Por Emir Sader, na Revista do Brasil

Os Congressos brasileiros nunca tiveram boa fama com o povo. A própria mídia, responsável pela eleição de Congressos ruins, se encarrega de desmoralizá-los, assim como a politica, o Estado e os governos. Quanto mais fracos, mais força terá o mercado e a própria mídia, como tutores dos governos.

As estruturas politicas tradicionais no Brasil sempre se apoiaram nos parlamentares eleitos nos seus estados por meio de ações despolitizadas, de distribuição de benesses, de formação de associações fajutas, de cooptação de lideranças locais, de organização de redes de apoio baseadas nas vantagens materiais. Suas lideranças são locais, a partir das quais se elegem para os parlamentos estaduais ou nacionais, onde se perpetuam, em partidos sem identidade ou naqueles que vivem de negociar seu apoio aos governos, de que o PMDB é o exemplo clássico.

Uma análise da composição do Congresso demonstra que eles são exatamente o oposto do que deveriam ser: enquanto o Executivo é eleito pelo ­voto majoritário, quem ganha, mesmo que por uma diferença pequena, vence, os Legislativos deveriam representar uma fotografia da sociedade, em toda a sua diversidade, tanto regional quanto social, étnica, etária. Mas ele tem sido o seu contrário.

Quantos empresários compõem o Congresso e quantos trabalhadores? Estão no Congresso na proporção exatamente oposta em que existem na sociedade. Da mesma forma que a proporção do lobby do agronegócio por um lado e a presença dos trabalhadores rurais por outro. Ou dos representantes dos planos privados de saúde e os da educação privada por um lado, e os da saúde e da educação pública. Ou os homens adultos brancos, em proporção ao que são na sociedade, de forma amplamente majoritária, os jovens, as mulheres, os negros.

As elites conservadoras captaram os mecanismos de eleição – em grande parte pelo financiamento privado, que deixará de existir a partir das eleições deste ano – e a promiscuidade com os fatores de poder da direita – grandes empresas, mídia, associações como a Fiesp, a OAB. E a partir da utilização dos seus próprios mandatos, se reelegem de forma quase infinita. O objetivo maior de um parlamentar, uma vez eleito, é se reeleger.

Do lado do movimento popular, que representa a imensa maioria da população, não há a tradição de eleger suas bancadas. Nem do lado sindical, nem do setor público, nem mesmo dos trabalhadores rurais. É como se a esquerda se acostumasse que o Congresso é ruim, que o espaço parlamentar é o da direita, no máximo de alianças que cooptem alguns setores.

Mas agora que se viu a dimensão dos obstáculos que um Congresso conservador pode impor – desde atacar os direitos sociais dos trabalhadores, passando pela diminuição da maioridade penal, a avançar sobre os direitos das mulheres, além do risco de avançar sobre a Petrobras e o pré-sal, chegando até ao golpe branco –, os movimentos populares e sociais não podem mais seguir abandonando a disputa parlamentar para a direita.

Não se poderá avançar no Brasil sem desarticular a maioria de direita existente hoje no Congresso e sem eleger uma maioria parlamentar progressista ou mesmo diretamente de esquerda, que reflita a sociedade realmente existente. Só com a participação ­ativa dos movimentos organizados e sua militância será possível reverter essa situação. Só quando tivermos uma grande bancada de sindicalistas, de mulheres, de negros, de jovens da periferia, de tantos setores que agora saíram para as ruas, se poderá avançar na democratização do Estado brasileiro.

Para que serve a ONU?


Vítima da cloaca máxima denominada ONU, cuja existência serviu apenas para a criação do Estado de Israel, o povo palestino continua só em sua luta para recuperar a dignidade, sua e da humanidade. Essa humanidade omissa e passiva que não consegue enxergar dois passos à frente.

O que querem os palestinos? Justiça, apenas justiça. E disso a ONU não pode se omitir já que ela foi a responsável pela partilha da Palestina em dois Estados.

Apesar de serem os habitantes milenares da região com um número infinitamente superior aos europeus que ali desembarcaram, coube aos palestinos pela Resolução 181 da ONU apenas 47% do país. Mas eles jamais conseguiram isso nem mesmo quando aceitaram os Acordos de Oslo, que lhes ofereciam apenas 22%.

Mais tarde os palestinos foram acusados de intransigentes porque se recusaram a aceitar o Plano Barak, que lhes oferecia apenas 17% do território.

E agora, o “Mapa da Rota” quer que eles aceitem apenas 7% do território a que têm direito. Israel oferece essa excrescência e depois os acusa de não quererem negociar.

E o que a cloaca máxima denominada ONU diz disso tudo?

Só dando descarga para ouvir.


Georges Bourdoukan em seu blog