sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Entrevista do presidente Bashar al-Assad ao jornal sérvio Politika


Fonte: Al Masdar News - Tradução: Orientemídia

Presidente Assad, porque fracassou o último cessar-fogo na Síria? Quem é o culpado por isso?
Presidente Assad: Na verdade, o Ocidente, principalmente os Estados Unidos têm pressionado por um cessar-fogo, e sempre pedem um cessar-fogo apenas quando os terroristas estão em uma situação ruim, e não os civis. E sempre tentam tirar partido destas tréguas para apoiar os seus terroristas, fornecendo-lhes apoio logístico, armas, dinheiro e tudo o que necessitam para lutar e se fortalecer novamente. Quando não funciona, eles pedem aos terroristas que façam a trégua fracassar ou que comecem a atacar novamente. Então, quem é o culpado? Os Estados Unidos e seus aliados, os países ocidentais, porque para eles, os terroristas e o terrorismo são uma carta que eles querem usar no cenário sírio, não estão contra os terroristas. Para eles, apoiar os terroristas é uma guerra de atrito contra a Síria, contra o Irã, contra a Rússia, é assim que eles veem isso.Portanto, não é só este cessar-fogo; qualquer tentativa de trégua ou movimento político ou iniciativa política, cada fracasso nessas propostas é devido aos Estados Unidos.

Mas que países estão apoiando o terrorismo? Arábia Saudita? Qatar?
Presidente Assad: Arábia Saudita, Qatar, Turquia …

Turquia?
Presidente Assad: Porque o terrorismo veio através da Turquia, com o apoio do governo, com a ajuda direta do governo.

Diretamente?
Presidente Assad: Claro, apoio direto do governo.

Com dinheiro ou armas?
Presidente Assad: Digamos que o apoio foi dar luz verde, em primeiro lugar. Em segundo lugar, a coalizão estadunidense, ou “coalizão internacional” podia ver com seus drones o ISIS fazendo uso das nossas jazidas de petróleo e os caminhões que transportam petróleo para a Turquia.

Petróleo sírio?
Presidente Assad: Na Síria, da Síria para a Turquia, sob a supervisão de seus satélites e aviões. Eles não fizeram nada, até que os russos intervieram e começaram a atacar os comboios e as posições do ISIS. Ai foi quando o ISIS começou a enfraquecer. Então, o Ocidente deu luz verde a esses países como Turquia, Arábia Saudita e Qatar … Esses governos são fantoches; fantoches do Ocidente, fantoches dos Estados Unidos; trabalham como fantoches e os terroristas na Síria são os seus executores, executores dos países ocidentais e dos Estados Unidos.

Mas e o dinheiro da comercialização deste petróleo, com quem ficou?Com a Turquia?
Presidente Assad: É um negócio entre o ISIS e a Turquia. Parte do dinheiro vai para ISIS e é usado para contratar e pagar os salários de seus combatentes. É por isso que o ISIS estava crescendo antes da intervenção russa e propagou-se na Síria e no Iraque. E parte do dinheiro vai para os funcionários do governo turco, Erdogan, especialmente para ele e sua família.

Sr. presidente, considera que os russos e os americanos nunca chegarão a um acordo sobre a Síria? Podem a Rússia e os EUA ser parceiros na guerra contra o terrorismo na Síria?
Presidente Assad: Era o que queríamos, mas realmente não acredito nisso por uma razão simples: porque os russos baseiam a sua política em seus valores, deixando de lado seus interesses. Os valores que adotam são o respeito ao direito internacional, a luta contra o terrorismo e a preocupação de que os terroristas que permanecem na Síria também poderiam afetar a Europa, a Rússia e o resto do mundo. Portanto, os russos são muito sérios e estão muito determinados a continuar a luta contra o terrorismo. Enquanto isso, os americanos baseiam a sua política em um valor completamente diferente, o seu valor é: “nós podemos usar os terroristas.” Quero dizer que os americanos querem usar os terroristas como uma carta para servir aos seus próprios interesses em detrimento dos interesses dos outros países.

Sobre o bombardeio contra o Exército Sírio perto do aeroporto de Deir ez-Zor, como foi o ataque aéreo estadunidense? Foi uma coincidência ou não?
Presidente Assad: Foi premeditado pelas forças dos EUA, porque o ISIS estava enfraquecendo por causa da cooperação da Síria, da Rússia e do Irã contra eles. E, como al-Nusra tinha sido derrotado em muitas áreas na Síria, os americanos queriam enfraquecer o Exército Sírio desta forma, atacando nosso exército em Deir ez-Zor. Não foi por acaso que o ataque durou cerca de uma hora e atacaram muitas vezes.

Uma hora?
Presidente Assad: Mais de uma hora. Houve muitos ataques dos EUA e seus aliados contra a posição. Eles atacaram uma grande área. Não atacaram um prédio como para dizer “nós cometemos um erro.” Eles atacaram três grandes colinas, não havia outros grupos nestas colinas e em Deir ez-Zor só tinha o ISIS, não o que eles chamam de “oposição moderada”. Portanto, foi um ataque premeditado para ajudar o ISIS a tomar essas posições. E o ISIS atacou aquelas colinas e tentou capturá-las imediatamente, em menos de uma hora após o ataque.

ISIS atacando uma posição após o ataque dos Estados Unidos?
Presidente Assad: Em menos de uma hora o ISIS atacou aquelas colinas. Isto significa que o ISIS reuniu suas forças para atacar aquelas colinas mas.. como o ISIS sabia que os estadunidenses iriam atacar essa posição? Isso significa que eles se prepararam. Isto é uma prova explícita e evidente que os americanos estão apoiando o ISIS e o usam como uma carta para alterar o equilíbrio na Síria de acordo com sua agenda política.

E depois disso, EUA dizem que sentiam muito, certo?
Presidente Assad: Eles disseram que lamentavam, não que sentiam muito. [Risos]

Sr. Presidente, quem foi responsável pelo ataque ao comboio da Cruz Vermelha, perto de Aleppo, e que armas acredita que foram usadas para a destruição do mesmo?
Presidente Assad: Definitivamente foram os grupos terroristas de Aleppo, porque são eles que tinham interesse em destruí-lo. Quando a trégua foi anunciada em Aleppo, eles a rejeitaram. A frase textual foi “nós não queremos uma trégua”. Eles se recusaram a receber qualquer comboio, foi anunciado por eles. Houve até mesmo uma manifestação rejeitando os comboios de ajuda humanitária. Portanto, eles tinham interesse em atacar o comboio, nós não. Além disso, o comboio estava em uma área onde não havia soldados sírios, e não havia nenhuma aeronave síria ou russa voando nessa área. Mas o fato foi usado como propaganda, como parte da narrativa que existe no Ocidente contra a Síria; de que nós atacamos o comboio humanitário. A guerra na Síria, de acordo com a propaganda ocidental, está tomando a forma de guerra humanitária. Esta é a máscara do Ocidente. Eles querem usar a máscara humanitária, a fim de ter uma desculpa para intervir na Síria e quando digo intervir eu quero dizer militarmente ou através do apoio aos terroristas.


Os meios de comunicação ocidentais têm falado muito sobre o uso de armas químicas e das bombas de barril …
Presidente Assad: O mesmo, para provar isso tem uma imagem em preto e branco: um muito, muito ruim o malvado do filme contra o muito, muito bom. É como a narrativa de George W. Bush durante a guerra no Iraque e no Afeganistão. Portanto, eles quiseram usar esses titulares, a fim de provocar emoções na opinião pública dos seus países. Desta forma, a opinião pública iria apoiá-los se eles queriam interferir diretamente, através de ataques militares ou apoiando seus representantes na nossa região, que são os terroristas.

É a mesma situação que existia na ex-Jugoslávia, na guerra na Jugoslávia, também na guerra na Bósnia e Herzegovina, na guerra no Kosovo … problemas humanitários.
Presidente Assad: Talvez a época e a forma seja diferente, mas o que aconteceu em seu país e que está acontecendo na Síria tem a mesma base.

Nos últimos dias vimos, nas notícias, como Anistia Internacional condenou um grupo terrorista por usar armas químicas em Aleppo.
Presidente Assad: Exatamente, aconteceu há poucos dias em Aleppo. E, de fato, além deste ataque químico, os terroristas mataram nos últimos dias, em Aleppo, pelo menos 80 pessoas e feriram mais de 300. Mas não é possível ler sobre isso nos meios de comunicação ocidentais. Apenas publicam algumas fotos e alguns incidentes nas áreas controladas pelos terroristas a fim de condenar e culpar o governo sírio, não porque eles estejam preocupados com os sírios. Não se preocupam com os nossos filhos, ou com os civis inocentes, ou com a civilização ou a infraestrutura … Eles não se preocupam com tudo isso. Eles apenas se preocupam com o que pode servir aos seus próprios interesses.

E agora, sobre o exército … O senhor é o comandante supremo das Forças Armadas Sírias. O seu exército possui armas químicas?
Presidente Assad: Não, nós não temos. Desde 2013, não temos essas armas em nosso arsenal. Mas antes dessa data também nunca foram utilizadas. Isto é, quando se fala dearmas químicas utilizadas pelo governo, falamos de milhares de vítimas em um só lugar em um tempo muito curto. Nós nunca tivemos este tipo de incidentes; apenas acusações de meios de comunicação ocidentais.
Pergunta 10: O Sr. Presidente, quando considera que acabará a guerra na Síria?
Presidente Assad: Quando? Eu sempre digo que menos de um ano seria suficiente para resolver o nosso problema interno. O problema é que isso é difícil com a interferência de potências estrangeiras. Podemos resolver o conflito em poucos meses quando essas potências estrangeiras deixar a Síria. Claro, isso não é muito realista, porque todo mundo sabe que os Estados Unidos não podem permitir que a Rússia se torne uma grande potência. A Arábia Saudita está procurando uma maneira de destruir o Irã já faz muitos anos e a Síria poderia ser um dos lugares onde eles poderiam conseguir seus objetivos. Se dizemos que poderíamos alcançar o fim do conflito expulsando essas potências estrangeiras da Síria, temos um problema na solução do nosso problema. Como acabar com o conflito? Em primeiro lugar, deter o apoio aos terroristas de países estrangeiros, tais como Turquia, Arábia Saudita e Qatar e os países do Ocidente, especialmente os Estados Unidos. Quando deixem de apoiar os terroristas, não será difícil de resolver o nosso problema.

Sr. Presidente, é verdade que a Síria é o último país socialista no mundo árabe?
Presidente Assad: Hoje, sim. Eu não sei no futuro. Mas hoje somos socialistas, mas é claro que do tipo de socialismo aberto.

E as suas principais companhias … se tratam de empresas estatais ou empresas privadas?
Presidente Assad: Temos ambas. Mas, em geral, em uma situação como a nossa, o setor público sempre desempenha o papel mais importante. Como você sabe, o setor privado poderia sofrer mais no campo econômico devido à insegurança. Portanto, é por isso que nesta situação devemos confiar mais no setor público, mas o setor privado ainda desempenha um papel muito importante.

E há uma atmosfera de tolerância com outras igrejas, cristãos, muçulmanos e …
Presidente Assad: Não é tolerância, é a realidade, são parte desta sociedade. Sem todas as cores diferentes desta sociedade – cristãos, muçulmanos e grupos étnicos – não seria mais Síria. Portanto, cada cidadão sírio deve se sentir completamente livre em praticar seus rituais, suas tradições, suas crenças. Ele deve ser livre com a finalidade de ter um país estável. Então, eu não diria que seja tolerância. Com tolerância entendemos que aceitamos algo contra a nossa vontade e não: muçulmanos e cristãos viveram juntos durante séculos na Síria, e se integram em suas vidas diárias, não se isolam.

Não há escolas separadas para muçulmanos e cristãos, certo?
Presidente Assad: Não, não. Há escolas que pertencem à Igreja, mas estão cheias de muçulmanos e vice-versa. Nós não permitimos a segregação das religiões e grupos étnicos na Síria, seria muito perigoso. Mas é claro que, mesmo sem a intervenção do governo a este respeito, o nosso povo gostaria de viver um ao lado do outro em cada escola, em cada lugar, cada ONG, no governo … É natural … É por isso que a Síria é multirreligiosa por natureza, não pelo governo. A sociedade síria tem sido secular ao longo da história.

O Sr. Presidente, um ano se passou desde que as forças aéreas russas começaram a intervir na guerra na Síria, quanto a Rússia tem ajudado a Síria nesta guerra?
Presidente Assad: Antes da intervenção russa, o ISIS estava se expandindo, como eu disse. Quando a Rússia começou com o apoio no terreno, o ISIS, al-Nusra e outros grupos filiados à Al Qaeda começaram a encolher. Portanto, esta é a realidade. Por quê? Claro, porque é uma grande potência e tem um grande exército com poder de fogo pesado, que pode ajudar o Exército Sírio em sua guerra. A outra parte da história é que, quando um grande país, uma grande potência como a Rússia, intervém contra os terroristas em coordenação com as tropas no terreno (no nosso caso, é o Exército Sírio), naturalmente, irá obter resultados sólidos enquanto que se você falar sobre a aliança americana (a qual não é nada séria de qualquer maneira), mas ao mesmo tempo não tem aliados no terreno, então não pode conseguir qualquer coisa. Portanto, o poder russo era muito importante junto ao seu peso político na cena internacional, em ambos casos poderia mudar a situação, e essas mudanças têm sido muito importantes para a Síria no que se refere ao derrotar os terroristas em diferentes áreas relacionadas com a Síria, bem como no campo de batalha.

Está a sociedade síria hoje dividida pela guerra?
Presidente Assad: Na verdade, é mais homogênea do que antes da guerra. Isso pode ser surpreendente para muitos observadores, mas a guerra ainda é uma lição muito profunda e importante para todo sírio. Muitos sírios antes da guerra não enxergavam a diferença entre ser um fanático e ser um terrorista. Estes limites não eram claros para muitos e por causa da guerra, devido à destruição, por causa do alto preço que afetou todos os sírios, muitos aprenderam a lição. Agora eles sabem que a única maneira de proteger e preservar o país deve ser a homogeneidade: saber viver uns com os outros, se integrar, se aceitar, se amar. É por isso que eu acho que o efeito da guerra, a este respeito tem sido positivo para a sociedade síria, embora uma guerra é ruim em todos os sentidos. Portanto, eu não estou preocupado com a estrutura da sociedade síria após a guerra. Eu acho que vai ser mais saudável.

Sr. Presidente, a última pergunta: Sobre a relação entre a Sérvia e a Síria, você tem alguma mensagem para as pessoas da Sérvia?
Presidente Assad: Eu acho que em ambos países não fizemos o que tínhamos que fazer, antes da guerra. Temos que planejar para a próxima vez, já seu país sofreu uma agressão externa que levou à divisão da Iugoslávia e acho que seu povo ainda está pagando o preço dessa guerra. Em segundo lugar, a guerra no seu país foi retratada da mesma forma que na Síria; como uma guerra humanitária em que o Ocidente deveria intervir para proteger uma comunidade de outra comunidade, que segundo eles seria a agressora. No mundo há muitas pessoas que acreditam nessa história, a mesma que contam da Síria.Eles usam a mesma máscara, a máscara humanitária.
Na realidade, o Ocidente não se preocupa com o seu povo, não se preocupam com o nosso povo, não se preocupam com ninguém neste mundo. Eles só se preocupam com seus interesses. Dito isto, eu acho que nós aprendemos as mesmas lições. Falamos sobre lugares diferentes, estamos falando de duas décadas de distância, talvez títulos diferentes … mas na verdade o conteúdo é o mesmo. É por isso que eu acho que nós precisamos ter mais relações em todos os aspectos; culturais, econômicas, políticas … com a finalidade de fortalecer a nossa posição.

Mas o senhor e o governo sírio apoiam a Sérvia no problema do Kosovo?
Presidente Assad: O fazemos e o fizemos. Os turcos queriam usar a sua influência no Kosovo, a favor do Kosovo, mas nós recusamos. Isso foi antes da guerra, sete ou oito anos antes e nós recusamos, apesar de ter boas relações com a Turquia naquele momento. Nós apoiamos a Sérvia.

O Sr. Presidente, muito obrigado pela entrevista, obrigado pelo seu tempo.
Presidente Assad: De nada. Obrigado por ter vindo a Damasco.



Exército sírio consegue libertar quase todo o baluarte dos militantes em Aleppo


O exército sírio alcançou progresso considerável durante ofensiva no bairro de Masakin Hanano, considerado o maior e o mais importante baluarte de grupos ilegais na zona leste de Aleppo, informou o jornal Al-Watan.

Na quinta-feira, as Forças Armadas sírias atacaram com fogo as fortificações e agrupamentos de terroristas no bairro de Masakin Hanano que conecta a zona norte aos bairros do leste de Aleppo. Ainda na segunda-feira (21), os militares romperam a linha avançada de defesa dos militantes com apoio dos destacamentos da milícia. Porém, o exército sírio não conseguiu libertar completamente o bairro.

Uma fonte, que participa da operação em Aleppo, informou ao Al-Watan que, após intensos confrontos durante a noite, o exército sírio assumiu controle de mais de 80% da área do bairro de Masakin Hanano. Ao mesmo tempo, as forças sírias realizaram ofensiva em outros bairros de Aleppo, provocando a fuga de militantes incapazes de formar novas linhas de defesa. O conflito armado na Síria deu início em 2011 entre grupos armados da oposição e o exército sírio. Combates, atentados e bombardeios já levaram a vida de 300 a 400 mil pessoas, de acordo com dados da ONU.

Sputniknews

Entrevista do Embaixador da Síria na TV Comunidade de Brasília



Entrevista concedida pelo Exmo. Sr. Embaixador Dr. Ghassan Nseir, Chefe a Missão da Embaixada da República Árabe da Síria, concedida ao jornalista e Diretor Geral da TV Comunitária, Sr. Beto Almeida.

“Programação 25 de novembro a 1 de dezembro 2016 “TVCOMUNIDADE DF Canal 12 NET”

Dia 25 - Sexta-feira
21h – Contracorrente Com: DR. Ghassan Nseir Embaixador da Síria,
TEMA: “Agressão Terrorista contra Síria”.

Dia 26 – Sábado
10h30 – Contracorrente Com: DR. Ghassan Nseir Embaixador da Síria,
TEMA: “Agressão Terrorista contra Síria”.

14h - Contracorrente Com: DR. Ghassan Nseir Embaixador da Síria,
TEMA: “Agressão Terrorista contra Síria”.

Dia 27 – Domingo

7h – Contracorrente Com: DR. Ghassan Nseir Embaixador da Síria,
TEMA: “Agressão Terrorista contra Síria”.

Dia 27 – Domingo

7h – Contracorrente Com: DR. Ghassan Nseir Embaixador da Síria,
TEMA: “Agressão Terrorista contra Síria”.

15h - Contracorrente Com: DR. Ghassan Nseir Embaixador da Síria,
TEMA: “Agressão Terrorista contra Síria”.

00h30 – Contracorrente Com: DR. Ghassan Nseir Embaixador da Síria,
TEMA: “Agressão Terrorista contra Síria”.

Dia 29 - Terça-feira

8h - Contracorrente Com: DR. Ghassan Nseir Embaixador da Síria,
TEMA: “Agressão Terrorista contra Síria”.

LINK: www.tvcomunitariadf.com
CANAL: 12 da NET
YOUTUBE: TV COMUNITÁRIA DF

TEMER FRACASSOU NA ÉTICA E NA ECONOMIA. A MELHOR SAÍDA É A RENÚNCIA


Brasil 247 – O governo de Michel Temer acabou nesta quinta-feira, 24 de novembro de 2016. Temer pode até conseguir se arrastar por mais algum tempo, mas perdeu completamente sua autoridade para se manter à frente do País.

Nesta quinta, ele foi acusado por um de seus ex-ministros, Marcelo Calero, de cometer um crime: pressioná-lo para liberar uma obra ilegal, que favorece seu braço direito Geddel Vieira Lima (leia aqui).

O ministro, como se sabe, tem um apartamento de R$ 2,4 milhões num edifício em Salvador e usou todo seu poder para obter vantagens pessoais. Já é investigado pela comissão de ética da presidência da República e será denunciado pela procuradoria-geral da República pelos crimes de advocacia administrativa e tráfico de influência.

Geddel tem longa ficha corrida, mas Temer decidiu mantê-lo no cargo. Se isso não bastasse, seu governo se movimenta em torno de um objetivo tão espúrio quanto a liberação do espigão de Geddel: a anistia aos políticos que cometeram crimes de caixa dois, associados a vários outros delitos no passado. É uma situação tão esdrúxula, que até mesmo os apoiadores do golpe de 2016 já se movimentam para barrar a pizza que vem sendo preparada pelo Congresso, com total apoio do Palácio do Planalto. Além disso, nos próximos dias, virá a delação da Odebrecht, em que Temer será acusado de pedir R$ 11 milhões a Marcelo Odebrecht, em pleno Palácio do Jaburu.

Temer poderia justificar sua presença no Palácio do Planalto se tivesse, ao menos, algo a mostrar na economia. Mas seu resultados são catastróficos, depois de seis meses no poder: quase 100 mil demissões por mês, queda de 25% na produção de veículos, encolhimento de 6% do varejo e um rombo fiscal inédito, de quase R$ 200 bilhões. Ou seja: tudo deu errado.

Sem autoridade moral e com resultados medonhos na economia, Temer, que já se arrasta, dificilmente chegará a 2018. Pode ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2017, abrindo espaço para eleições indiretas por um parlamento com mais de 200 investigados, ou pode, se tiver um pingo de patriotismo, renunciar à presidência da República ainda neste ano, para que o Brasil tenha a chance de realizar eleições diretas e recuperar sua democracia, depois do vergonhoso golpe parlamentar de 2016.

Disneyland francesa está na mira dos terroristas


Uma célula jihadista desmantelada recentemente na França planejava perpetrar uma série de ataques na zona de Paris em 1 de dezembro.

Entre os alvos dos terroristas estavam um mercado de Natal e o parque de diversões Disneyland, segundo a AFP. No total foram presos sete terroristas no fim de semana nas cidades de Estrasburgo e Marselha, depois de oito meses de investigação.

Uma fonte policial disse à agência que os terroristas estavam planejando atacar o mercado de Natal realizado na avenida Campos Elísios e o parque de diversões Disneyland, cafés e esplanadas no nordeste da cidade, delegacias de polícia e uma estação de metrô.

Durante os interrogatórios, um dos detidos afirmou que também preparavam ataques contra a sede do serviço de inteligência interna francesa. Os detidos estavam na posse no momento da prisão de duas armas ligeiras, uma pistola automática, uma submetralhadora e material de propaganda jihadista. Um ano após os ataques de Paris, a França continua em regime de estado de emergência, o que dá às forças de segurança poderes reforçados de vigilância e detenção de suspeitos.

Sputniknews

Terrorista 'eliminado pelos EUA em abril' está preso na Turquia


As autoridades turcas detiveram o terrorista mais procurado da Austrália, membro do grupo terrorista Daesh, Neil Prakash, informa o canal de TV ABC citando suas fontes na inteligência australiana e turca.

O arresto se deu várias semanas atrás, quando Ancara recebeu dados da inteligência australiana sobre os planos de Prakash de ir à Turquia. Segundo o canal, uma série de países, incluindo a Austrália e Israel, estão interessados em interrogar o extremista. As autoridades turcas estão travando negociações sobre a extradição do terrorista.

O governo australiano ainda não confirmou a detenção e não comentou a situação. Neil Prakash é considerado um recrutador de alto nível na Austrália e estava envolvido na preparação dos atentados planejados para 25 de abril do ano passado – feriado nacional da Austrália, em homenagem aos veteranos do país. Em maio, Washington informou ter eliminado o terrorista, dizendo que ele e sua irmã foram atingidos no bombardeamento de Mossul em 29 de abril.

Sputniknews

Venezuela vive un golpe continuado


Con el propósito de cultivar una conciencia critica y reflexiva entre los trabajadores y las trabajadoras de Cantv, empresa de telecomunicaciones del Estado, se desarrolló el 10° conversatorio Saberes para la Acción, con la presencia de la antropóloga y profesora universitaria, Iraida Vargas.

La catedrática se paseó, desde una visión crítica, sobre lo que está pasando en Venezuela hoy día, abordando temas como las democracias tuteladas que existieron en América Latina hasta finales del siglo XX, el rol que jugaron las Fuerzas Armadas en estos sistemas de Gobierno y su relación con poderes extranjeros que han intervenido en diversos países de la región.

Analizó los cambios políticos, económicos y sociales que han ocurrido en Venezuela, y cómo han modificado el comportamiento de otras naciones. "Uno de esos cambios fue la llegada del Comandante Chávez, quien permitió la reivindicación del Poder Popular y fue una alternativa sustantiva para los pueblos", expresó.

La también investigadora del Fondo Nacional de Ciencia, Tecnología e Innovación (Fonacit) resaltó que el país sigue viviendo un golpe continuado a través de la guerra mediática, por medio de la industria cultural, y la guerra económica-financiera auspiciada por el imperio.


"Con el golpe continuado el imperio norteamericano se esconde detrás de sus franquicias parlamentarias, compuesta por una cierta élite partidista local, para concretar planes de desestabilización", señaló Vargas.

Hizo un análisis sobre el papel de las organizaciones populares en virtud de fortalecer, desde los cimientos del pueblo, una democracia participativa y protagónica.

Resaltó algunas ideas y propuestas relacionadas con las perspectivas económicas y políticas que se deben tener en cuenta en la coyuntura actual que vive Venezuela, y apuntó que es necesario consolidar el proceso socialista desde las bases para reforzar una verdadera sociedad comunal.

"En Venezuela se deben establecer tanques de pensamiento critico, para conocer por dentro y por fuera la realidad del pasado y del presente de nuestros pueblos", aseveró.

Destacó que Venezuela debe seguir trabajando para construir una revolución cada día más ética, una cultura política asertiva y un proceso de economía integrador que involucre al pueblo.

Cantv, ente adscrito al Ministerio del Poder Popular para la Educación Universitaria, Ciencia y Tecnología, a través del espacio Saberes para la acción sigue trabajando para consolidar el análisis, el debate y la reflexión entre sus trabajadores y trabajadoras con la idea de que adopten una conciencia crítica del acontecer nacional.

Aporrea

ACNC publica comentario que critica la firma de acuerdo militar Sur de Corea-Japón


La camarilla de Park Geun-hye, que deja consternado a todo el mundo con el escándalo político sin precedentes, comete otra locura de promover la concertación del acuerdo de protección de informaciones militares con Japón.
El día primero y el 9 de este mes, los traidores surcoreanos acordaron con los japoneses en Tokio y Seúl los párrafos principales de ese convenio.
El día 14, celebraron en Tokio la 3ª reunión consultiva de trabajo y firmaron previamente el acuerdo que según el anuncio de ellos, puede ser firmado definitivamente dentro del mes en curso.
Estos pasos apresurados de la camarilla títere surcoreana no pasan de ser el último truco para mantener su precaria vida política, que se va apagando debido al escándalo político, adulando más a sus patrones norteamericano y japonés.
Todavía la nación coreana guarda el rencor de los agresores japoneses que en el siglo pasado, ocuparon a Corea y la convirtieron en un baño de sangre cometiendo sin vacilación alguna los asesinatos más bárbaros.
Sin embargo, en vez de arrepentirse sinceramente de sus crímenes del pasado, los reaccionarios japoneses hablan abiertamente de la "movilización automática de las Fuerzas de Autodefensa en el tiempo de emergencia" de la Península Coreana, definida por ellos como primer blanco de agresión a ultramar para realizar su añejado sueño de la "esfera de coprosperidad de la gran Asia Oriental".
En el caso de que se firme el acuerdo referido con Japón, se le dará a éste, que acecha la oportunidad de reagresión, la garantía legal de tomar parte en la provocación de guerra nuclear contra la RPDC y el suelo surcoreano se convertirá en la doble colonia y en la base avanzada de agresión de EE.UU. y Japón.
El problema es que la connivencia militar Sur de Corea-Japón, que se profundiza de día en día, es producto de la estrategia de EE.UU. de gobernar a Asia y se impulsa según el control trasero y el plan de este imperio.
Partiendo de la ambición de mantener su posición hegemónica en la región de Asia-Pacífico y dominar el mundo, EE.UU. promueve en etapa crucial la formación de la alianza militar tripartita con Japón y el Sur de Corea presionando a este último a intensificar la cooperación militar con el país isla.
Si se suscribe finalmente el acuerdo militar bilateral, se dará más impulso a la formación de la alianza militar tripartita de carácter agresivo y a la estructuración del sistema de defensa antimisil de EE.UU.
Para aislar y aplastar a la connacional RPDC, los compinches de Park no vacilan en confabularse con EE.UU. y hasta con los reaccionarios japoneses, enemigos jurados de la nación, y entregan en bandeja a estos agresores el sagrado territorio patrio.
Son basuras de la historia tanto Park Geun-hye, que promueve la firma del acuerdo vendepatria hasta en el tiempo final de su vida política, como sus amos gringo y japonés que intentan utilizarla hasta el final.
La suscripción del acuerdo agrandará más el peligro de guerra nuclear en la Península Coreana y causará amenaza más grave a la paz y seguridad del Nordeste Asiático y el resto del mundo.
Todos los compatriotas y los pueblos pacifistas del mundo deben castigar duro a la horda de Park y frustrar tajantemente la firma del pacto militar Sur de Corea-Japón.


Misil hipersónico de China desafía la capacidad de EEUU y la OTAN


Un cazabombardero de la Fuerza Aérea de China.

China prueba con éxito un misil hipersónico de muy largo alcance, desafiando así la capacidad de sus homólogos de EE.UU. y la OTAN.

“Este misil superaría fácilmente a cualquier misil aire-aire estadounidense o de cualquiera de sus aliados de la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN)”, informó el portal norteamericano Popular Science en su edición del miércoles.

El nuevo misil chino, equipado con un potente motor, es capaz de alcanzar velocidades de Mach 6 y tiene un alcance de unos 480 kilómetros mientras que el actual misil aire-aire más letal en servicio operacional, es decir, el Meteor de la Fuerza Aérea de Suecia, llega a velocidades de Mach 4 y un alcance de más de 100 kilómetros.

La prueba, cuenta la fuente, se realizó a principios del mes en curso cuando un cazabombardero chino modelo J-16 disparó un misil aire-aire de muy largo alcance (VLRAAM, por sus siglas en inglés) y apuntó contra un avión no tripulado (dron) que se encontraba a varios cientos de kilómetros.

El misil aire-aire alcanzaría velocidades de Mach 6, haciendo prácticamente imposible que incluso blancos como los cazas furtivos de última generación puedan escapar.

Además contaría con un potente motor con el que alcanzaría velocidades de Mach 6, aumentando significativamente la zona de no escape, es decir, el límite donde el blanco no podrá escapar del misil usando únicamente su velocidad y maniobrabilidad, incluso objetivos supersónicos como los cazas furtivos.

El misil, con casi 6 metros de largo y unos 33 centímetros de diámetro, cuenta con un potente radar de barrido electrónico, un buscador infrarrojo y sistema de navegación por satélite, con los que ha aumentado el límite donde el blanco, incluso objetivos supersónicos como los cazas furtivos, no podrá escapar del misil.

Su sistema de radar que es resistente a las contramedidas electrónicas le posibilita, también, alcanzar a blancos distantes y furtivos.

China pretende equipar su Ejército ante la escalada de tensiones en la región, en especial en la región en disputa en el mar de China Meridional, zona rica en hidrocarburos. En este sentido, busca reducir la brecha tecnológica que separa a su aviación militar de la estadounidense.

Las autoridades militares de Estados Unidos constatan que en el futuro el poderío militar de China y Rusia será mejor que el de su país.

msm/ktg/nal/HispanTv

Por primera vez: Un soldado estadounidense muere en norte de Siria


Un soldado estadounidense ha muerto este jueves tras haber resultado herido en una explosión en el norte de Siria.

Según ha informado el Comando Central de EE.UU. (Centcom, por sus siglas en inglés), el soldado en cuestión había resultado herido a causa del estallido de un artefacto explosivo improvisado en localidad de Ain Issa, al norte de la ciudad de Al-Raqa (norte).

El Centcom se ha negado a publicar más información acerca de la muerte del soldado, quien, según varias fuentes, era integrante de las Fuerzas Especiales de Estados Unidos y estaba desplegado en la zona para proveer apoyo a las fuerzas kurdo-sirias que se preparan para atacar Al-Raqa, principal bastión del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) en Siria.

Se cree que unos 300 uniformados estadounidenses están desplegados en el territorio sirio, en especial en las zonas norteñas, donde las fuerzas kurdas se disponen a atacar y tomar el control de Al-Raqa.

hgn/ctl/mpv/hnb/HispanTv

EIIL pierde último puente que le conectaba este y oeste de Mosul


Fuerzas del Ejército de Irak patrullan en un puente del río Tigris en las cercanías de la ciudad norteña de Mosul.

Daesh pierde el último de los cinco puentes sobre el río Tigris que unía el este y el oeste de la ciudad iraquí de Mosul y servía de baluarte terrorista.

Según comunicaron el jueves fuentes militares iraquíes, los ataques de la llamada coalición internacional anti-Daesh, liderada por EE.UU., cortaron “por completo” la ruta de suministro de elementos y armas de EIIL (Daesh, en árabe) entre las dos partes de la urbe.

A este respecto, las fuentes recordaron que los otros cuatro puentes fueron derribados en los últimos días, pero evitaron especificar la autoría de las operaciones para su demolición.

Actualmente y en el marco de la gran ofensiva para la liberación de Mosul, último bastión terrorista en el suelo iraquí, las fuerzas populares y del Ejército del país árabe siguen estrechando su cerco a la ciudad en todas direcciones, y han cosechado grandes logros en su misión.

tas/ktg/nal/HispanTv

Erdogan amenaza con abrir sus fronteras con Europa a los refugiados


"Nunca trataste a la humanidad con honestidad y no cuidaste a la gente con justicia. No recogiste a los bebés cuando eran arrojados a las orillas del Mediterráneo", ha recriminado Erdogan a la UE.

El presidente turco Recep Tayyip Erdogan ha amenazado este viernes con abrir las fronteras de su país con Europa a los inmigrantes si sigue siendo presionado por Bruselas, informa Reuters.

"Las puertas fronterizas se abrirán"

"Si vas más allá, estas puertas fronterizas se abrirán. Ni yo ni mi pueblo se verán afectados por estas amenazas secas. No importará si todos ustedes votan a favor [de la propuesta del Parlamento europeo]", ha declarado el mandatario durante un congreso que se celebra en Estambul.

"Nunca trataste a la humanidad con honestidad y no cuidaste a la gente con justicia. No recogiste a los bebés cuando eran arrojados a las orillas del Mediterráneo. Somos los que alimentamos a alrededor de 3,5 millones de refugiados en este país", ha continuado Erdogan.

El mandatario ha acusado a la UE de no "cumplir su promesa". "Cuando 50.000 refugiados se presentaron en la Kapikule [puerta de la frontera], te pusiste a llorar y empezaste a decir: '¿Qué haremos cuando Turquía abra las puertas de la frontera?'. Mira, si vas más allá, las puertas fronterizas se abrirán. Debes saberlo", ha explicado.

La decisión del Parlamento europeo

El anuncio del mandatario turco se produce un día después de que los miembros del Parlamento europeo votaran a favor de pedir la suspensión temporal de las conversaciones sobre la adhesión de Ankara a la UE que protagoniza la Comisión Europea. La decisión es respuesta a la "desproporcionada" reacción de las autoridades turcas después del fallido golpe de Estado del pasado julio

Actualidad RT

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Frustrada, Folha agora ameaça tratar Temer como um "golpista"


Jornal GGN - A Folha de S. Paulo publicou um artigo com destaque na página principal ameaçando tratar Michel Temer como um "golpista" caso medidas impopulares não sejam aprovadas por seu governo. O jornal pressiona pela PEC do Teto dos gastos, que vai congelar os investimentos em saúde e educação pelos próximos 20 anos, e pelas reformas da previdência e trabalhista.

Assinado pelo repórter Fernando Canzian, o artigo sugere que Temer não tem tido pulso firme e age exatamente como as forças que lançaram a "narrativa do golpe" denunciam: com intenção de "estancar a sangria da Lava Jato", ao invés de colocar a economia nos eixos, conforme as expectativas de quem patrocinou o impeachment.

Para o jornal, Temer tem que se arriscar e conversar com a população sobre "o que está em jogo" com a PEC do Teto e a reforma da previdênca. "Cheio de trejeitos com as mãos, Temer se apequena ao evitar sujá-las minimamente em uma causa legítima depois do que o país passou para que ele chegasse onde está."

O jornal apoiou a saída de Dilma Rousseff (PT) em editoriais e artigos.

Por Fernando Canzian

Temer parece convencido de que assumiu com um golpe

Na Folha

Pelo modo como age, o presidente Michel Temer até parece ter sido convencido pela tal "narrativa do golpe" que o acusou de ilegítimo para substituir Dilma Rousseff.

Com visível perda de ímpeto, seu governo tenta promover a maior mudança constitucional desde 1988 com um esclarecimento incompleto e envergonhado à população do que está em jogo na PEC do teto e na reforma da Previdência.

Sem seu empenho e protagonismo, e em meio à operação para anistiar o caixa dois no Congresso, Temer aumenta a suspeita de que o maior objetivo de seu governo era mesmo "estancar a sangria" da Lava Jato.

Enquanto Lula convida seu colega uruguaio José Mujica e Chico Buarque para manifestação contra as reformas na av. Paulista, Temer pediu na terça (22) que empresários do chamado Conselhão defendam as mudanças. Como se empresário fosse popular e tivesse capacidade de mobilização.


Ao deixar a discussão para as redes sociais, o presidente só ganha adversários. A maioria instrumentalizada por aqueles que deveriam perder privilégios, sobretudo os representados pelas centrais de servidores.

Temer tomou posse definitiva no final de agosto e nos encaminhamos para o fim de novembro. Em quase três meses, nem o presidente nem nenhum de seus ministros tiveram a coragem e a delicadeza de explicar abertamente ao Brasil o que está em jogo.

Seja em um pronunciamento na TV ou por meio de campanhas didáticas sobre a necessidade urgente e inescapável de tais medidas.

Se está com medo de panelas, Temer tem um ministro neutro como Henrique Meirelles (Fazenda) apto a explicar a gravidade do momento. O Rio e o Rio Grande do Sul quebrados são eloquentes para escancarar o risco de não fazer nada.

A próxima batalha, a da Previdência, também oferece muita munição ao governo. Basta lembrar que só em 2015 menos de 1 milhão de aposentados e pensionistas do setor público geraram deficit de mais de R$ 70 bilhões. No privado, o deficit foi de R$ 86 bilhões, mas para 24 milhões de aposentados.

Cheio de trejeitos com as mãos, Temer se apequena ao evitar sujá-las minimamente em uma causa legítima depois do que o país passou para que ele chegasse onde está.