sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Brasil: Como um país quebrado pode torrar meio bilhão a fundo perdido?
Tereza Cruvinel -Brasil 247
Quando os governos petistas começaram a implantar seus programas sociais, dizia-se muito que o governo estava dando o peixe e não ensinando os pobres a pescar. Não era verdade, pois todos os programas exigiam, e continuam exigindo, contrapartidas do beneficiado. Agora sim, embora alardeando que o país está quebrado, o governo Temer vai distribuir meio bilhão de reais a fundo perdido com o programa Cartão Reforma. Vai dar o peixe. Fundo perdido é isso mesmo: as pessoas que vão receber até R$ 5 mil para reformar suas casas não terão que pagar nada ao governo.
Claro que é bom ganhar um bônus do governo e muita gente merece e precisa desta ajuda para melhorar suas moradias. O problema, digamos, é de coerência fiscal. O governo está cortando benefícios de auxílio saúde, cancelando aposentadorias por invalidez e reduzindo os recursos para o Minha Casa, Minha Vida porque as contas estão em estado crítico e o governo fazendo o maior esforço para coloca-las em ordem. Para isso, move uma guerra pela aprovação da PEC que congela o gasto público. E numa hora destas, resolve torrar R$ 500 milhões com um programa pulverizador de recursos para obras domésticas. Não faz sentido.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, explicou uma parte da metodologia do programa. Informou que 15% dos recursos ficarão para as prefeituras contratarem assistência técnica para os beneficiários: engenheiros, arquitetos e outros profissionais que possam orientar e supervisionar as tais reformas. Não ficou claro se estes 15% sairão da cota individual de R$ 5 mil ou do bolo geral de recursos, o que reduzirá o número de beneficiários, estimados pelo governo inicialmente em três milhões de pessoas. Ou famílias. Explicou o ministro que com o cartão o sujeito poderá ir a uma loja e comprar o material necessário mas não disse como ele fará para pagar a mão-de-obra, o que exige dinheiro vivo.
Faltam detalhes mas o que sobra é a evidência do populismo deste programa que anuncia a pulverização de R$ 500 milhões, ao mesmo tempo que tenta garrotear os gastos com educação e saúde através da PEC 55, número que a 241 adquiriu no Senado.
Turquia envolvida no tráfico de órgãos para Israel
Rede ilícita e internacional de tráfico de órgãos humanos continua a operar com impunidade na atualidade!
O tráfico ilegal de órgãos se realiza internacionalmente para evitar as autoridades; e os países em guerra ou aqueles de pobreza extrema são os locais ideais para se obter a matéria-prima desse tenebroso e sádico negócio: as pessoas vivas para serem espedaçadas. Aftonbladet, um importante jornal sueco, publicou a história de Bilal Ahmed Ghanem, um palestino morto em Gaza por soldados israelenses. Uma testemunha, Donald Boström , contou que o corpo foi sequestrado por soldados israelenses e devolvido horas depois com um corte longo costurado no abdômen. Outras 20 famílias relataram para Bostrom como os corpos de seus filhos foram devolvidos ao território, sem órgãos.
O autor e professor ucraniana, Vyacheslav Gudin, afirma que há uma conspiração para importar as crianças do país e colher os seus órgãos em Tel Aviv. Descobriu-se que Israel levou 25.000 crianças dos territórios ocupados da Ucrânia entre 2007 e 2009. O Professor Gudin conta em uma conferência que se realizou uma pesquisa aprofundada e exaustiva busca e foram encontradas 15 crianças que haviam sido adotadas por centros médicos israelenses para serem usados como peças de reposição.
Em 2009, se realizaram a prisão de 44 judeus em Nova York e Jersey, incluindo vários rabinos importantes e todos eles membros das comunidades judaicas. No mesmo ano, a Interpol informou sobre um grupo judaico que seqüestrou crianças na Argélia para o tráfico de órgãos. As crianças foram vendidas para israelenses e judeus americanos na cidade marroquina de Oujda para colher órgãos em Israel. Mustafa Khayatti, chefe do Comitê argelino de investigação da Saúde, afirma que as 44 prisões em Nova York e Jersey estão relacionados com o caso da Argélia.
Atualmente, o tráfico de órgãos começa na Síria , através da Turquia para terminar em Israel. O modus operandi é feito através daELS (Exército Livre Sírio), que são responsáveis por levar os civis ou militares feridos ao hospital na Turquia - O ELS é uma formação militar financiada pelos Estados Unidos para derrubar o governo de Al-Assad- . No hospital turco Mártir Kamal, os feridos são recebidos pelo Dr. Murad Kozal um dos responsáveis por excisões de órgãos.
Postado:http://es.blastingnews.com/internacionales/2016/08/hospital-turco-involucrado-en-trafico-de-organos-para-israel-001033435.html
Assange: 'Clinton e Daesh são financiados pelas mesmas fontes'
O fundador do site de vazamento WikiLeaks, Julian Assange, destacou a ligação entre o financiamento da organização terrorista Daesh e a fundação de Hillary Clinton durante a sua entrevista ao canal RT.
Em um e-mail de 2014 divulgado pelo WikiLeaks no mês passado, Hillary Clinton, que havia desempenhado o cargo de secretária de Estado até o ano anterior, insta John Podesta, então assessor de Barack Obama, a "pressionar" o Qatar e a Arábia Saudita "que estão fornecendo apoio financeiro e logístico clandestino ao Daesh e outros grupos radicais sunitas". Assange explicou porque esse e-mail é tão significativo: "Todos os analistas respeitados sabem e até mesmo o governo norte-americano concordou que algumas personalidades sauditas têm apoiado o Daesh e financiado o Daesh, mas sempre se tem dito que são alguns príncipes 'rebeldes' que usam seu dinheiro proveniente do petróleo para fazer o que querem, e que o governo desaprova. Ora esse e-mail diz que são o governo da Arábia Saudita e o governo do Qatar que estão financiando o Daesh".
Ao mesmo tempo, os sauditas, os qatarenses, os marroquinos, os bareinitas, particularmente os dois primeiros, estão dando dinheiro à Fundação Clinton, enquanto Hillary Clinton, como secretária de Estado, aprovou a venda maciça de armas, particularmente à Arábia Saudita.
"Sob Hillary Clinton — e os e-mails de Clinton revelam uma importante discussão sobre o assunto — o maior acordo de vendas de armas do mundo foi fechado com a Arábia Saudita: mais de $ 80 bilhões. Durante seu mandato, as exportações totais de armas dos Estados Unidos dobraram", disse Assange.
Sputniknews
General iraní: Crisis en Siria garantizó la existencia de Israel
El general de brigada Ramezan Sharif, jefe de la Oficina de Relaciones Públicas de Guardianes de la Revolución Islámica (CGRI).
Si Daesh, apoyado por Arabia Saudí, no hubiera creado la crisis en Siria, hoy no existiría el régimen israelí, asegura un alto militar de Irán.
El jefe de Relaciones Públicas del Cuerpo de Guardianes de la Revolución Islámica de Irán (CGRI), el general de brigada Ramezan Sharif, criticó el jueves el papel de los Al Saud en las crisis que azotan Siria, Irak y Yemen y los apoyos que brinda a los grupos extremistas takfiríes, entre ellos la banda terrorista EIIL (Daesh, en árabe).
Enfatizó que tras la victoria del Movimiento de Resistencia Islámica de El Líbano (Hezbolá) ante los israelíes en las guerras de los 33 días (lanzada en 2006), 22 días (2008) y 8 días (2012), ya no hubiera existido el régimen de Israel si no habría la crisis siria.
“Arabia Saudí ha consumado la mayor traición al Islam, al sagrado Corán, al profeta del Islam, el Hazrat Mohamad (la paz sea con él), y a la comunidad musulmana por apoyar a los grupos terroristas”, expuso el general Sharif.
En otra parte de sus declaraciones, sostuvo que la razón principal de la creación de la crisis en el territorio sirio y la discordia en el mundo islámico radica en debilitar el sistema de la República Islámica, como el primer eslabón del "Eje de la Resistencia" e inspirador de movimientos de liberación.
Sin embargo, apostilló el jefe de Relaciones Públicas del CGRI, debido a la prudencia del Frente de la Resistencia, los enemigos no han conseguido perturbar la seguridad de Irán.
Desde el comienzo de la crisis siria en 2011 el Gobierno sirio ha acusado en varias ocasiones a Turquía, Arabia Saudí, Catar y otros países regionales y occidentales de proveer armas y financiamiento a los terroristas que luchan con el fin de derrocar al Gobierno del presidente sirio, Bashar al-Asad.
msm/ktg/nal/HispanTv
El Ejército sirio halla armas químicas en Hama
Soldados sirios en la localidad de Bashura, en la provincia de Latakia, febrero de 2016.
Las autoridades sirias han descubierto un arsenal de armas químicas en una finca en la ciudad de Hama, en el oeste de Siria.
Una fuente consultada por la agencia rusa de noticias Sputnik en su versión árabe ha informado este viernes de que el Ejército sirio encontró un almacén de armas, municiones y materiales altamente explosivos utilizados por los grupos terroristas en Hama.
Las fuerzas sirias también incautaron una gran cantidad de nitratos de amonio. El nitrato de amonio es un elemento fertilizante con propiedades explosivas que utilizan los grupos terroristas para la fabricación de artefactos explosivos.
En paralelo, los uniformados sirios han continuado sus operaciones antiterroristas en el campo norte de Hama, donde bombardearon fortificaciones y concentraciones de los terroristas en Tibat al-Imam, Al-Buaida, Tal al-Mintar, Wadi al-Bashaaer, Tbaret al-Dibe, Tal Hueir, Al-Masasneh, Al-Zalakiyat y Hasraya.
mkh/ktg/nal/HispanTv
EXCLUSIVA: El hijo de Pablo Escobar revela qué pasó con la gran fortuna de su familia
¿Asesino, narcotraficante y terrorista… o Robin Hood y última esperanza de los desheredados? Juan Pablo Escobar, que tuvo que convertirse en Sebastián Marroquín para librarse del estigma de ser hijo del capo Pablo Escobar, relata en una entrevista exclusiva a RT los secretos sobre la vida y muerte de su padre, explica cómo funciona el mundo del narcotráfico y cómo es que la droga "se usa en Latinoamérica para financiar la violencia, y fuera, para financiar las fiestas".
Juan Sebastián Marroquín, seudónimo empleado por Juan Pablo Escobar tras la muerte de su padre Pablo Escobar, ha revelado a RT el verdadero papel que juega EE.UU. en el negocio del narcotráfico. "Si el negocio de la droga funciona de verdad es porque los cárteles latinoamericanos son muy ricos, pero son los más pobres de la línea del narcotráfico", afirma el hijo del narco más buscado en la década de los 90. A su juicio, "los más ricos son los cártelesde los que nunca se habla". "¿Alguna vez ha escuchado hablar de quién es el jefe del cártel de Miami, de Nueva York, de Los Ángeles o de Chicago?", se pregunta.
"Ese dinero nunca abandona EE.UU."
"Parece que los narcos colombianos fabrican la droga, la llevan a EE.UU. y… ¿Se la compran a sí mismos, se la fuman ellos mismos? Así no es el negocio", revela Escobar. El hijo del difunto narco explica que, por el contrario, los norteamericanos compran la droga a los cárteles latinoamericanos y quintuplican su valor "porque la cortan". "Lleva un kilo de alta pureza y el narcotraficante gringo lo convierte en 5-8 kilos. Le paga 20.000-30.000 al latinoamericano, pero hace 200.000-300.000 con el kilo que se queda, y ese dinero nunca abandona EE.UU.", sostiene.
Escobar explica que, aunque después del 11-S se incrementaran los controles de manera acusada, "la droga no subió de precio y no faltó en las calles, es decir, que la ven pasar y la dejan pasar". "Hay una enorme hipocresía que rodea a este negocio y que muy cómodamente tiene llenos de dólares a los norteamericanos (...) la diferencia es que el dinero de la droga en Latinoamérica se usa para financiar la violencia, y allí parafinanciar las fiestas", concluye.
"Siempre ha habido y habrá narcotraficantes"
Juan Pablo Escobar asegura que siempre ha habido y habrá narcotraficantes que desafíen a la democracia en todo el mundo. "Hoy es 'El Chapo' [Guzmán], pero mañana será Pepe Pérez o no sabemos quién", explica el hijo del mítico narco.
"Ese contexto prohibicionista es el garante de que la reaparición sistemática de personajes como Pablo Escobar, con la capacidad militar y económica para permear todas las estructuras de Estado y doblegarlo militarmente o a través de la corrupción o del miedo", afirma. El hijo de 'El Chapo' sugiere "revisar esas reglas que están permitiendo y gestando la creación sistemática de narcotraficantes con las capacidades de desafiar la democracia".
El destino de una fortuna
Juan Pablo Escobar asegura que logró salvar su vida después de la muerte de su padre "pagando por ella". "Nos tocó entregar absolutamente todo lo que mi padre nos había dejado como herencia, ya sean propiedades, obras de arte, dinero en efectivo, automóviles, motocicletas, todo tipo de vehículos, aeronaves, todo", explica el hijo del difunto narcotraficante. Recuerda cómo todos esos bienes pasaron no solo a manos de "los enemigos" de su progenitor, que fueron a quitárselo todo "a punta de pistola", sino también a las autoridades.
"Esa gran fortuna que él amasó, terminó sirviendo para financiar durante años a aquellos que lo buscaron para matarlo (…) no puedes negociar, simplemente te toca decir que sí a todo lo que te digan. Haces lo que sea con tal de salvar tu vida", concluye.
¿Cómo murió Pablo Escobar?
Sobre la muerte de su padre, Juan Pablo Escobar asevera "manejar la versión real" de lo ocurrido, que -afirma- es incómoda tanto para EE.UU. como para Colombia. "Si le preguntas a los norteamericanos, ellos fueron los que, supuestamente, lo mataron y, si le preguntas a los colombianos, fueron las autoridades colombianas. La realidad que yo conozco es que ninguno de los dos fue", afirma.
Según su versión "fue un grupo de mafiosos, los Pepes, que tenían la ayuda de las autoridades estadounidenses y colombianas", aunque –explica– estas dos últimas "no participaron en el operativo en el que mi padre decidió finalmente quitarse la vida".
"Esperaban que fuera Pablo Escobar 2.0"
Juan Pablo Escobar confiesa que todos esperaban que se convirtiera en el "Pablo Escobar 2.0". "Era el camino más fácil para mí, ese era el que estaba marcado para mí. Pero yo nunca apoyé la violencia", explica.
"Esa experiencia de ser millonario por esa vía de la ilicitud, ya la tuve por cuenta de mi padre, y nos trajo unas consecuencias que a día de hoy, a 23 años de su muerte, seguimos pagando", explica. "Aprendí la lección de vida, lo tuve todo y fui dueño de nada; mientras más dinero teníamos, menos libertad teníamos y más pobres vivíamos", añade.
Asimismo, Escobar critica las producciones de televisión que se han realizado sobre la historia de su padre y los mitos que han engrandecido la difícil vida de su familia. Sobre el triunfo del 'No' del plebiscito por la paz entre el Gobierno colombiano y las FARC, afirma no entender por qué le dieron a la población la oportunidad de votar por un acuerdo si "la paz debe llevarse siempre, sin consultarlo, porque la paz es lo más importante".
Actualidad RT
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
‘Toma de nido de espías destruyó imagen de superpotencia de EEUU’
Un alto comandante iraní ha recalcado que la toma del ‘Nido de Espionaje’ de EE.UU. en 1979 destruyó la imagen de superpotencia de Washington en Irán y el mundo.
“La toma del Nido de Espionaje de EE.UU. no solo puso fin a las políticas de este país en Irán, sino que también quebró su imagen de aparente grandeza de superpotencia sin rival en la historia de la humanidad”, ha afirmado este jueves el subcomandante del Cuerpo de los Guardianes de la Revolución Islámica de Irán (CGRI), el general de brigada Husein Salami.
Ha aseverado así durante el Día del Estudiante, en el que los iraníes salen a las calles para conmemorar el aniversario de la toma de la embajada de Estados Unidos en Teherán, conocida como el nido de espionaje, por parte de los estudiantes iraníes.
Ante la multitud congregada en Teherán frente a la exembajada de EE.UU., ha recalcado que este país, mientras que por un lado defiende la democracia, por otro ha apoyado a dictadores de todo el mundo, quienes se convirtieron en sus títeres y recibieron su apoyo, entre ellos, el dictador derrocado de Egipto, Hosni Mubarak; el Shah de Irán, Mohamadreza Pahlavi; así como los regímenes de Al Saud y Al Jalifa (de Baréin).
Ha señalado que hoy, millones de personas pierden la vida de forma directa por las intervenciones militares de EE.UU. en el mundo, además de agregar que este país es el bastión político de los grupos terroristas, incluidos los takfiríes que han desencadenado el fuego de esta sedición en el mundo islámico.
Pese a ello, ha asegurado que Washington ha fracasado en varios frentes poniendo como ejemplo el caso de Siria, donde este país no ha logrado sus objetivos y no tiene ninguna vía para retirarse de forma honrada de esta crisis.
“EE.UU. afronta grandes crisis y ya no puede considerarse como la primera potencia mundial y no puede imponer su voluntad política en el oeste de Asia”, ha explicado, agregando que “ya EE.UU. no puede atacar de forma directa a otros países, esto significa que su coche de guerra no tiene combustible para moverse”.
El 4 de noviembre de cada año, el día de la toma del conocido Nido de Espionaje, los iraníes salen a las calles para mostrar su determinación y voluntad en la lucha y la resistencia contra las potencias hegemónicas.
tmv/ktg/msf/HispanTv
FHC LANÇA BALÃO DE ENSAIO PARA DERRUBAR TEMER E PRESIDIR ATÉ 2018
Brasil 247 - Artigo escrito por Xico Graziano, um de seus principais assessores, defende que o ex-presidente FHC assuma a presidência até 2018, após a cassação da chapa Dilma-Temer; se isso ocorresse em 2016, o Brasil teria eleições diretas, mas Gilmar Mendes, presidente do TSE, deve colocar o tema em pauta apenas no início de 2017, o que abre caminho para eleições indiretas; Graziano diz que FHC é "o ponto de equilíbrio de uma nação esfacelada"; o fato é que o ex-presidente, um dos articuladores do golpe de 2016, sonha com o "golpe dentro do golpe", para, aos 85 anos, voltar à presidência após quatro derrotas do PSDB para o PT
Volta, FHC
Gostaria de expor uma posição política. Faço-o com total desprendimento e isenção. Embora filiado ao PSDB desde sua fundação, pelo partido não falo. Externo posição política independente.
Não pertenço a nenhum grupo, nem o de Aécio Neves, nem o de José Serra, nem o de Geraldo Alckmin. Tenho apreço por todos eles, mas a nenhum devo satisfações.
Tampouco me expresso em nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a quem sirvo com dedicação desde sua campanha ao Senado, em 1986.
Mantenho atualmente com ele as melhores relações de amizade, respeito e admiração. Auxilio-o defendendo seu legado nas redes sociais.
Sigo sua liderança e me espelho no exemplo do homem que tem sido capaz de se reinventar a cada instante, tendo se tornado o ponto de equilíbrio dessa nação esfacelada pela crise econômica, social e política.
Para entender a política contemporânea, precisamos escapar da antiga dicotomia entre esquerda e direita. Na sociedade pós-industrial, velhas ideologias pouco importam.
Escasseiam operários, abundam autônomos e empreendedores no mundo tecnológico. Causas sociais, organizadas via internet, substituem a luta de classes.
Notoriamente nossos partidos políticos estão fossilizados, vivem no século passado, perderam legitimidade. As recentes eleições deixaram claro: ninguém aguenta mais a velha política. Os que perderam a ela pertenciam.
Venceram aqueles que sinalizaram distância do fisiologismo. Maus gestores públicos, candidatos fake e populistas, independente do partido, foram barrados nas urnas.
Quem dançou feio, mesmo, foi o PT. Depois da roubalheira que fizeram, era esperado. O PSDB cresceu nacionalmente. Um olhar para as capitais, todavia, mostra diversidade partidária.
João Doria (PSDB) em São Paulo, Alexandre Kalil (PHS) em Belo Horizonte, ACM Neto (DEM) em Salvador, Marcelo Crivella (PRB) no Rio, Geraldo Júlio (PSB) em Recife, Roberto Cláudio (PDT) em Fortaleza: todos representam a vitória contra a embromação política.
Findo o período eleitoral, olhamos para frente. Quer dizer, para 2018.
Qual liderança poderá recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento? Como fazer a reforma política tão desejada? Quem conseguirá estabelecer conexão com a sociedade organizada nas redes? É o que todos querem saber.
Creio que somente o ex-presidente FHC se legitima, pela vasta experiência, sensatez e sabedoria, para nos conduzir nessa difícil travessia.
Apesar da maledicência lulopetista, que o atacou ferozmente durante anos, a história resgata sua dignidade na mesma medida em que seus detratores se afundam na Lava Jato.
FHC representa a decência na vida pública. Esse é o maior desejo do brasileiro. Viver num país com civilidade, honestidade, princípios. Um país que ofereça oportunidades, gere bem-estar, dê segurança. Um país tolerante, respeitoso, diverso, unido na defesa da cidadania.
Pode ser que a Justiça acelere o processo político e casse a chapa Dilma-Temer. Nesse caso, o Congresso elegeria um presidente-tampão.
Seria Fernando Henrique, com certeza. Ele prepararia o caminho rumo ao porvir. Michel Temer, porém, poderá seguir até 2018. Aí, a decisão será popular.
Sejamos realistas: ou surge um oportunista de última hora, um salvador da pátria, um vendedor de ilusões, ou corremos o risco de ficar na pasmaceira da política tradicional.
Fernando Henrique é o amálgama do dilema brasileiro. Está velho demais, pode-se argumentar. Bobagem. É o mais espairecido dos velhos políticos. Malgrado sua idade, não perde sua inventividade. É o cara.
Volta, FHC.
ASSAD ACUSA EUA DE ATAQUE QUE AJUDOU EXÉRCITO ISLÂMICO
Sputniknews - O presidente sírio Bashar Assad acusou Washington de ter realizado um "ataque planejado" que favoreceu o grupo terrorista Daesh, em 17 de setembro, quando um avião da coalizão internacional liderada pelos EUA bombardeou as forças do governo sírio em Deir az-Zor, o que provocou 80 mortos.
Inicialmente o Pentágono informou que o ataque foi um erro e que este visava militantes do Daesh.
O Reino Unido, a Austrália e a Dinamarca confirmaram a participação de seus aviões nos ataques.
"O ataque aéreo das forças norte-americanas foi uma ação planejada, sendo que o [Daesh] estava sendo desalojado devido à cooperação entre a Síria, Rússia e o Irã, e sendo que a Frente al-Nusra, uma ala da Al-Qaeda, foi derrotada em muitas áreas na Síria, os EUA queriam prejudicar a posição do exército sírio; eles atacaram o nosso exército emDeir ez-Zor", declarou Assad.
Ao mesmo tempo, o presidente sírio ressaltou que os EUA e seus aliados do Ocidente são responsáveis por não se conseguir acabar com as recentes hostilidades na Síria.
"O Ocidente, principalmente os EUA, sempre pedem um cessar-fogo quando os terroristas se encontram em uma situação desfavorável, e não para os civis", destacou Assad à edição Politika.
O líder sírio lamentou que os apoiantes das forças da oposição tenham aproveitado a pausa nos combates para providenciar apoio logístico, armas e outros reforços.
"Quando o esquema não funcionava, eles pediam aos terroristas para fazer o cessar-fogo fracassar ou começar atacando de novo. Quem tem a culpa? Os EUA e seus aliados, os países ocidentais, é por causa deles. Os terroristas e o terrorismo são uma carta que eles querem jogar no palco sírio, eles não são contra os terroristas", frisou Assad.
O presidente sírio destaca que Washington está conduzindo uma "guerra de enfraquecimento" contra a Síria, Irã e Rússia, essa é a "sua visão em relação à Síria".
Segundo Assad, é pouco provável que a Rússia e os EUA juntem forças para combater o terrorismo, por terem valores diferentes.
Ao mesmo tempo o presidente sírio destaca que "os russos são muito sérios e estão dispostos a continuar combatendo os terroristas".
Desde março de 2011, Síria vive um conflito armado no qual o governo enfrenta grupos de oposição armados e organizações terroristas, incluindo Daesh (auto-intitulado Estado Islâmico) e Frente al-Nusra.
Brasil: Preço do gás de cozinha sobe. Cadê a mídia?
Por Altamiro Borges
Na semana retrasada, o exterminador da Petrobras, Pedro Parente, anunciou a redução do preço da gasolina e a mídia venal fez o maior escarcéu. A queda prevista - de apenas um centavo - virou capa dos jornalões e motivo de comentários eufóricos nas emissoras de rádio e tevê. Os ex-urubólogos da imprensa - que no governo Dilma só difundiam notícias pessimistas sobre o país - viraram otimistas de plantão e juraram que a medida do covil golpista reduziria a inflação e impulsionaria a retomada da economia. Na sequência, ao invés de baixar, o preço da gasolina subiu nos postos e a mídia chapa-branca caiu no ridículo. Já nesta terça-feira (1), o governo anunciou o aumento do preço do gás de cozinha. A cruel decisão, que afeta as milhões de famílias, não virou manchete ou destaque na TV.
A Folha golpista deu apenas uma notinha, informando que "a Petrobras comunicou às distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) uma nova política de preços do combustível. A medida representará repasse de até 4% para as distribuidoras. O aumento depende da região e do tipo de contrato com a distribuidora... O maior impacto ocorrerá na região Nordeste, onde a maior parte dos contratos terá reajuste de 4%. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o botijão de 13 quilos custa, em média, R$ 53,76 na região Nordeste. Um aumento de 4% representa para o consumidor nordestino custo adicional de R$ 2,15 por botijão".
Após protagonizar o "golpe dos corruptos", que levou a corja de Michel Temer ao poder em Brasília, a mídia venal foi presenteada com o aumento das verbas da publicidade oficial. Não é de se estranhar, portanto, que ela agora só destaque as notícias otimistas sobre a economia. O que é bom a gente fala; o que é ruim a gente esconde - já ensinou um cínico ministro do ex-presidente FHC. A mídia privada não tem nada de neutra ou imparcial. No fundo, ela adora um "jabaculê" - a famosa propina paga aos mercenários empresários do setor. O usurpador Michel Temer garante mais grana dos cofres públicos, a mídia segue iludindo os "midiotas".
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
GRANDES ARMAS RUSSAS A CAMINHO DA GUERRA
Petri Krohn, Editorial, Donbass International News, DONI - Traduzido por Vila Vudu
Os dois maiores navios de guerra da Marinha Russa, o cruzador de combate movido a energia nuclear Pyotr Velikiy (099) e o porta-aviões Almirante Kuznetsov (063) cruzam nesse momento o Canal da Mancha (para os franceses; para os ingleses, “English Channel”) navegando rumo ao Mediterrâneo oriental. A missão deles é estabelecer uma zona naval de exclusão de 1.500km ao largo da costa síria, e repelir decisivamente qualquer grupo naval de ataque dos EUA que se oponha a essa medida.
A OTAN diz que o ‘Kuznetsov’ está em missão para “bombardear rebeldes em Aleppo”. É só parcialmente verdade, porque o porta-aviões está, sim, em missão de combate; não num cruzeiro de verão, ou em exercício de treinamento ou só arejando a bandeira. De fato, essa é a primeira vez que qualquer porta-aviões russo ou soviético é visto em formação para combate.
A agência Reuters noticia: “Navios de guerra russos que navegam pelo litoral da Noruega transportam jatos bombardeiros que provavelmente estão sendo enviados para reforçar um assalto final à cidade sitiada de Aleppo dentro de duas semanas, disse na 4ª-feira um experiente diplomata da OTAN, citando fontes ocidentais.
Depois de reunido no Mediterrâneo, esse grupo de combate russo pode vir a ser a maior formação naval europeia vista em combate desde a Batalha de Jutlândia em 1916. Wikipedia
Provavelmente, o grupo de combate incluirá vários submarinos nucleares, das classes ‘Akula’ e ‘Oscar’. Wikipedia
A missão deles é deter a planejada guerra dos EUA contra a Síria e impedir a Marinha dos EUA de lançar ataques aéreos ou mísseis cruzadores Tomahawk contra o Exército Árabe Sírio ou forças russas na Síria. É uma repetição da situação de agosto de 2013, dessa vez, com ainda maior presença naval russa.
A missão das principais naves da frota militar soviética sempre foi deter e afundar porta-aviões norte-americanos. A principal arma deles são os mísseis P-700 Granit supersônicos antinavios, transportados pelos ‘Pyotr Velikiy’ e ‘Kuznetsov’, e pelos submarinos de classe ‘Oscar’. Wikipedia
Se essa força russa for ameaçada, essas naves de guerra receberão o complemento dos bombardeiros estratégicos ‘Tupolev Tu-22M’ que transportam os mísseis antinavios ‘Kh-15 e Kh-32′ com alcance operacional de 300 km e 1.000 km respectivamente. Os bombardeiros terão base na Síria ou na base aérea Hamadan, no Irã.
Os EUA agora se preparam abertamente para guerra contra a Síria. Todas as tentativas anteriores em agosto de 2013 goraram, por causa da presença naval russa ao largo da Síria. Todos esses desenvolvimentos são mantidos secretos para os públicos ocidentais dos meios comerciais de comunicação.
O impasse foi exposto pela primeira vez por Israel Shamir em outubro de 2013: “O evento mais dramático de setembro de 2013 foi a situação de confronto iminente próxima à costa do Levante, quando cinco destroieres dos EUA, com seus Tomahawks mirados contra Damasco e, diante deles, a flotilha russa de onze navios capitaneados pelo navio que transportava o Míssil Cruzador Moskva, e apoiada por naves de guerra chinesas.
Aparentemente, dois mísseis foram disparados na direção da costa síria e ambos falharam, sem chegar ao destino” (The Cape of Good Hope).
Notícia mais detalhada foi publicada pelo Australianvoice em 2015: “Assim sendo, por que EUA e França não atacaram a Síria? Parece óbvio que russos e chineses simplesmente explicaram que qualquer ataque de forças dos EUA e França contra a Síria seria respondido com ataque de russos e chineses contra naves de guerra de EUA e França. Obama, inteligentemente, decidiu não inicia a 3ª Guerra Mundial em setembro de 2013. (“Conseguirá a Rússia bloquear outra vez uma mudança de regime na Síria?” Reuters)
Eu mesmo, em 2013, tentei compreender a missão daquela frota russa. Para mim, as ordens de Putin àquela frota naquela ocasião foram as seguintes:
1) Afundar qualquer navio da OTAN envolvido em agressão ilegal à Síria.
2) Estão autorizados a usar armas nucleares táticas, em autodefesa.
Tenho certeza de que os almirantes da OTAN compreenderam desse mesmo modo a situação. Nada posso garantir quanto à liderança em Washington.
PROTÓGENES DIZ QUE SERGIO MORO FEZ O MESMO QUE ELE, MAS NÃO FOI PUNIDO
O vazamento de informações sigilosas levou à condenação do ex-delegado e ex-deputado federal Protógenes Queiroz. Por esse motivo, ele foi expulso da Polícia Federal e condenado à prisão, com sentença que já teve trânsito em julgado. Asilado na Suíça, Protógenes diz que o juiz Sergio Moro vazou de forma ilegal, como já foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal, conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e não foi punido por isso; para ele, o STF age com condutas diferentes, "onde um agente público juridicamente desprotegido sofre os rigores da lei, ao passo que outro agente público, praticando igual conduta, recebe as benesses da lei e de seus pares"
Do Conjur - O vazamento de informações sigilosas levou à condenação do ex-delegado e ex-deputado federal Protógenes Queiroz. Por esse motivo, ele foi expulso da Polícia Federal e condenado à prisão, com sentença que já teve trânsito em julgado. Asilado na Suíça, o homem da famigerada operação Satiagraha vê uma nova chance para permitir sua volta ao Brasil: o juiz Sergio Moro, juiz que conduz a “lava jato”, vazou de forma ilegal, como já foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal, conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e não foi punido por isso.
Se Moro vazou e não foi punido, Protógenes afirma que deve ser anistiado, já que, em sua visão, os casos são idênticos. O ex-delegado entrou com uma ação de revisão criminal junto ao STF pedindo a anulação de sua pena, reincorporação à PF e indenização por danos morais.
O ex-deputado demonstra concordar com a atitude de Moro. Assim como ele, o homem da “lava jato” teria vazado intencionalmente os áudios “para garantir a investigação criminal” e “ambos agiram para o interesse público, interesse da nação, interesse do povo brasileiro”.
Crime admitido
O advogado de Protógenes defende as atitudes que ele e Moro tomaram. Mas, ao mesmo tempo, também afirma categoricamente que ambos cometeram crime: "Incontestavelmente, essa conduta se amolda, com perfeição, à mesmíssima prática vedada ao agente público, reprimida no artigo 325, parágrafo 2º, do Código Penal (crime formal, próprio, na forma qualificada), exatamente a conduta reprovável que foi determinante, fatal e terminativa para a condenação e o decreto de perda do cargo público do também agente público Protógenes Queiroz".
Ele ainda lembra que as 10 medidas que o Ministério Público Federal elaborou e nomeou de anticorrupção estabelecem que não será crime o agente público que vazar informações para a imprensa, caso o conteúdo seja de interesse público.
Após admitir o crime, o ex-delegado mostra que a solidariedade para com o colega tem seu limite. Protógenes mostra ressentimento com a diferença de tratamento praticada no Supremo, “onde um agente público juridicamente desprotegido sofre os rigores da lei, ao passo que outro agente público, praticando igual conduta, recebe as benesses da lei e de seus pares”.
Ineditismo falso
Protógenes se sente ferido com o argumento de que Moro lidou com uma situação inédita no Brasil. Para ele, não se pode dizer que o juiz condenou altos agentes públicos e empresários até então intocáveis, pois muitos foram sim investigados pela satiagraha.
“A situação política do país hoje é idêntica à época da satiagraha. A corrupção deflagrada na operação ‘lava jato’ já vem de muito tempo, muitos de seus protagonistas já faziam parte da satiagraha, ou já estavam ligados a todo este cenário político que estourou agora, tais como: banqueiros, políticos, empresários”, afirma a defesa do ex-deputado federal, feita pelo advogado Adib Abdouni.
Outro trecho insólito é quando o morador da Suíça afirma que a participação da imprensa em processos jurídicos é aceitável e até desejável. Para ele, Moro também precisou da ferramenta. “É claro que o Revisionando [Prótogenes] precisou, sim, como precisou também o juiz Moro, do apoio da mídia, precisou desta força para sacudir o povo”.
Trânsito em julgado
A sentença contra Protógenes, assinada em 2010 pelo juiz Ali Mazloum, transitou em julgado no ano passado. O Supremo manteve parte da decisão que o considerou responsável por vazar informações sigilosas para concorrentes do banqueiro Daniel Dantas — por ele investigado — e para a imprensa.
Com base na condenação, ele foi ainda demitido da Polícia Federal por “prevalecer-se, abusivamente, da condição de funcionário policial”, revelar “segredo do qual se apropriou em razão do cargo” e “praticar ato lesivo da honra ou do patrimônio da pessoa, natural ou jurídica, com abuso ou desvio de poder”.
Asilo na Suíça
Protógenes pediu asilo político na Suíça alegando ser perseguido no Brasil, onde por uma falha administrativa teria sido condenado à prisão. As autoridades do país europeu aceitaram a solicitação.
A LAVA JATO E O GOVERNO DESTROEM A ECONOMIA
Ao contrário dos países avançados, o Brasil não se preocupa em preservar suas poucas empresas líderes mundiais, a exemplo da Petrobras e das grandes empreiteiras (Fabio Rodrigues Pezzebom/ ABR)
Jejuna em economia, a República de Curitiba, junto de privatizações, desnacionalizações e austeridade, arrasam empreiteiras, a Petrobras e o País
por Carlos Drummond — Carta Capital
Não bastassem a recessão brasileira, a crise mundial, a privatização e a desnacionalização impulsionadas pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra, e pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, e ainda a austeridade mais longa do mundo da PEC 241, chancelada pelo presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e a maioria da Câmara, o País sofrerá por mais um ano os prejuízos da desarticulação da sua principal cadeia produtiva, a de óleo e gás. O motivo é a recente prorrogação, pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal, da Lava Jato do juiz Sergio Moro e do MPF, até setembro de 2017.
Dois anos e sete meses depois do desencadeamento da operação, só quatro das 16 empreiteiras envolvidas em corrupção − Toyo-Setal, UTC, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez −, todas grandes fornecedoras da Petrobras, firmaram acordos de leniência e podem retomar os negócios sem restrições. Impedida há dois anos de fazer contratos com o setor público e com seu presidente preso por duas vezes, a Andrade Gutierrez simboliza a situação dramática do setor: foi obrigada a se desfazer de alguns dos seus ativos mais valiosos e poderá ser vendida a uma construtora chinesa.
“A quantidade de acordos de leniência é muito pequena e eles demoram demais. São tantas as dúvidas e a insegurança jurídica é tamanha que não há uma aplicação significativa desse instrumento”, chama atenção o advogado Rafael Valim, presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Jurídicos da Infraestrutura e sócio da Marinho & Valim Advogados.
“Se eu fosse advogado, nunca faria um acordo de leniência. A participação do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União dá mais garantias, mas ao mesmo tempo complica tanto, as exigências passam a ser tão grandes que acabam prejudicando qualquer acordo”, diagnostica o ministro Gilson Dipp, aposentado do Superior Tribunal de Justiça.
O acordo de leniência deveria atender a dois objetivos fundamentais: 1. constituir um instrumento de coleta de provas por meio da concessão de benefícios à empresa que colaborar na comprovação dos fatos apontados no processo; e 2. preservar os seus ativos. A lei anticorrupção manda celebrá-lo entre a empresa e a autoridade pública lesada, maior conhecedora da extensão dos danos provocados pela corrupção. Na prática, ele é firmado entre a empreiteira e o MPF e homologado por um juiz.
As lacunas da lei quanto à participação de vários entes públicos e a pluralidade das esferas de responsabilidade abrem espaço para superposições e disputas. O TCU, a CGU, o MP e um juiz podem decidir, por exemplo, a temida proibição de contratar com o poder público. Nos contratos de estados e municípios com aporte de recursos da União, pairam dúvidas sobre qual entidade federativa poderia celebrar o acordo.
O acordo de leniência entre MPF e Andrade Gutierrez ilustra as dificuldades. A legislação prevê a responsabilização administrativa e cível de pessoas jurídicas por crimes contra a administração pública, mas não abrange dirigentes e administradores, que continuariam sujeitos a condenações criminais depois da celebração do pacto. No seu despacho, o juiz Sergio Moro diz ser “aplicável por analogia” um dispositivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que extingue a punição também para pessoas físicas.
A insegurança jurídica é uma das causas da rarefação dos acordos. Outra é a visão imperante de punir também as empresas, como se dotadas fossem de iniciativa e intenções, à semelhança dos seus acionistas e executivos. É o oposto do que ocorre na Europa e nos Estados Unidos, onde o instituto do self cleaning prende ou afasta os executivos, aplica multas, exige programas rigorosos de combate às práticas propiciadoras da corrupção e devolve as empresas o mais rápido possível ao mercado público e privado.
Os exemplos são abundantes nos casos de improbidade entre os maiores fornecedores do governo. Os contratos da GE com o Pentágono, suspensos em 1992, foram retomados cinco dias depois mediante a apresentação de um sistema de vigilância interna para evitar novas fraudes, noticiou o Los Angeles Times. É bom repetir: cinco dias.
A IBM retomou os contratos com o governo oito dias após a interdição determinada em 2008, destacou o Public Contract Law Journal. A suspensão da contratação da Boeing pelo setor público, em 2003, foi levantada um mês mais tarde devido à “forte necessidade no interesse do país”, justificou o subsecretário da Força Aérea, Peter B. Teets.
André Araújo, ex-empresário e advogado de empresas dos Estados Unidos, acrescenta exemplos. A construtora Halliburton foi multada em 110 milhões de dólares, quantia irrisória para uma empresa que vale entre 40 bilhões de dólares e 50 bilhões, e o principal executivo foi preso por dois anos e meio. No caso da Lockheed, que pagou 1,5 bilhão de dólares em comissões para vender aviões militares a mais de 20 países, na década de 1970, o governo exigiu a troca do presidente da empresa e aplicou uma multa de 24,8 milhões de dólares.
Na Europa, ocorre o mesmo. “Na Volkswagen alemã, houve escândalos enormes de distribuição de propina, inclusive com envolvimento do governador de Baden-Württemberg. A fabricante de aviões e helicópteros Messerschmitt-Bölkow-Blohm também está envolvida em distribuição de propina. Os ministros e outras autoridades implicados caem, mas a empresa não é destruída. Ninguém vai acabar com empresas como essas por causa da corrupção”, exemplifica o procurador do MPF e ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.
“Aqui no Brasil, entregamos os nossos ativos com uma facilidade impressionante. Isso ocorre, principalmente, porque essa garotada do Ministério Público não tem a mínima noção de economia. Não sabem como isso funciona.”
Uma situação de risco imensurável para o País. Aqui, há 2,2 mil procuradores federais concursados, com estabilidade na função, dos quais não se exige nenhuma experiência anterior em negócios e economia. “Nos EUA, há 93 procuradores federais nomeados pelo presidente da República, com mandato de quatro anos. São pessoas bem relacionadas, experientes na área empresarial e com excelente formação, todos provenientes de grandes universidades como Harvard e Yale”, diz Cynthia Catlett, diretora da divisão de Consultoria Técnica e Investigativa em Apoio a Litígios da FTI Consulting no Brasil.
O desconhecimento atestado por Aragão tem poder destrutivo proporcional à liberdade de ação de procuradores e juízes. “Esse aumento da autonomia dos juízes e do Ministério Público está levando a uma insegurança jurídica generalizada. O Judiciário tomou gosto de sangue com a Lava Jato. Cada juiz hoje se julga rei”, resume Araújo.
O Brasil pagará por gerações pelos erros cometidos. “A Lava Jato se gaba de ter devolvido ao País 2 bilhões de reais. E quantos bilhões a gente gastou para isso? Do ponto de vista econômico, essa conta não fecha”, contabiliza Aragão. A maioria das consultorias que calcularam o prejuízo provocado à economia pela operação estimou-o em cerca de 120 bilhões de reais.
A Lava Jato de Moro inviabiliza as empresas, ao contrário da prática da Europa e EUA. O ajuste fiscal de 20 anos de Meirelles não tem precedente e está na contramão do mundo (Nelson Almeida/ AFP e Andressa Anholete/AFP)
O dano deve aumentar. Cerca de 31 bilhões de reais em projetos aprovados de aeroportos, rodovias e mobilidade urbana, com capacidade de gerar 900 mil empregos, segundo cálculo desta revista, estão parados porque o financiamento com o BNDES contratado com as vencedoras das licitações, todas envolvidas na Lava Jato, não sai.
Na terça-feira 11, o BNDES anunciou a suspensão de pagamentos e a revisão de 47 contratos de exportação de serviços de engenharia de empreiteiras implicadas na operação, no valor de 13,5 bilhões de reais. Receia-se no setor que, por meio de relicitações, as empreiteiras nacionais serão afastadas em definitivo dos financiamentos de longo prazo do banco, imprescindíveis às grandes obras públicas, e substituídas por construtoras estrangeiras.
A troca talvez não seja tão fácil quanto alguns presumem. “Empresas estrangeiras não virão ao Brasil de uma hora para outra antes de saber como fica a segurança jurídica e sob que condições vão trabalhar. Nós podemos permanecer cinco ou dez anos sem ter quem faça a nossa infraestrutura. Como é que fica?”, questiona Aragão.
“A punição tem de ser consequencialista, pragmática, precisa resolver o problema e ser pedagogicamente positiva. Ninguém pode ser contrário ao combate à corrupção e à punição dos culpados, mas não se pode fazer isso destruindo o capitalismo no Brasil. Porque ao inviabilizar a empresa, acaba-se com o emprego, a renda, o progresso e a dignidade das pessoas”, alerta o advogado Walfrido Jorge Warde Júnior, da Lehmann, Warde & Monteiro de Castro Advogados. É o que a Lava Jato está descontroladamente fazendo.
*Reportagem publicada originalmente na edição 923 de CartaCapital, com o título “Destruição a Jato”. Assine CartaCapital.
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