quarta-feira, 15 de junho de 2016

Bases na Argentina fazem parte do cerco dos EUA ao Brasil


Moniz Bandeira: Bases na Argentina fazem parte do cerco dos EUA ao Brasil; só militares podem evitar ataques à soberania que visam submarino nuclear e acordo dos caças

O cientista político e historiador Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira alertou nesta terça-feira (14) que por trás do processo golpista no Brasil, que levou à ascensão do presidente interino Michel Temer no lugar da presidenta legítima Dilma Rousseff, há poderosos interesses dos Estados Unidos, para ampliar sua presença econômica e geopolítica na América do Sul.

“Esse golpe deve ser compreendido dentro do contexto internacional, em que os EUA tratam de recompor sua hegemonia sobre a América do Sul, ao ponto de negociar e estabelecer acordos com o presidente Maurício Macri para a instalação de duas bases militares em regiões estratégicas da Argentina. O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não se tratou, portanto, de um ato isolado, por motivos domésticos, internos do Brasil”, afirmou Moniz Bandeira, em entrevista concedida por e-mail ao PT na Câmara.

Moniz, que é autor de mais de 20 obras, entre elas A Segunda Guerra Fria — Geopolítica e dimensão estratégica dos Estados Unidos (2013, Civilização Brasileira) e está lançando agora A Desordem Internacional, entende que o processo golpista no Brasil recebeu apoio dos EUA e de outros setores estrangeiros com interesse nas riquezas do País.


Ele criticou também setores da burocracia do Estado (como Procuradoria-Geral da República, Polícia Federal e Judiciário) por atuarem para solapar a democracia brasileira, prejudicar empresas nacionais e abrir caminho para a consolidação de interesses estrangeiros no País, em especial dos EUA.

“Muito dinheiro correu na campanha pelo impeachment. E a influência dos EUA transparece nos vínculos do juiz Sérgio Moro, que conduz o processo da Lava-Jato. Ele realizou cursos no Departamento de Estado, em 2007”, disse.

Leia a entrevista completa:

Como o senhor avalia o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff?

O fato de que o presidente interino Michel Temer e seus acólitos, nomeados ministros, atuarem como definitivos, mudando toda a política da presidenta Dilma Roussefff, evidencia nitidamente a farsa montada para encobrir o golpe de Estado, um golpe frio contra a democracia, desfechado sob o manto de impeachment.

Esse golpe, entretanto, deve ser compreendido dentro do contexto internacional, em que os Estados Unidos tratam de recompor sua hegemonia sobre a América do Sul, ao ponto de negociar e estabelecer acordos com o presidente Maurício Macri para a instalação de duas bases militares em regiões estratégicas da Argentina.

O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não se tratou, portanto, de um ato isolado, por motivos domésticos, internos do Brasil.

Onde seriam implantadas tais bases?

Uma seria em Ushuaia, na província da Terra do Fogo, cujos limites se estendem até a Antártida; a outra na Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai), antiga ambição de Washington, a título de combater o terrorismo e o narcotráfico. Mas o grande interesse, inter alia, é, provavelmente, o Aquífero Guarani, o maior manancial subterrâneo de água doce do mundo, com um total de 200.000 km2, um manancial transfronteiriço, que abrange o Brasil (840.000l Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²).

Aí os grandes bancos dos Estados Unidos e da Europa — Citigroup, UBS, Deutsche Bank, Credit Suisse, Macquarie Bank, Barclays Bank, the Blackstone Group, Allianz, e HSBC Bank e outros –compraram vastas extensões de terra.

A eleição de Maurício Macri significa que a Argentina vai voltar ao tempo em que o ex-presidente Carlos Menem, com a doutrina do “realismo periférico”, desejava manter “relações carnais” com os Estados Unidos?

Os EUA estão a buscar a recuperação de sua hegemonia na América do Sul, hegemonia que começaram a perder com o fracasso das políticas neoliberais na década de 1990. Com a eleição de Maurício Macri, na Argentina, conseguiram grande vitória.

E, na Venezuela, o Estado encontra-se na iminência do colapso, devido à conjugação de desastrosas políticas dos governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro com a queda do preço do petróleo e as operações para a mudança de regime, implementadas pela CIA, USAID, NED e ONGs financiadas por essas e outras entidades.

A implantação de bases militares em Ushuaia e na Tríplice Fronteira, além de ferir a soberania da Argentina, significa séria ameaça à segurança nacional não só do Brasil como dos demais países da região.

Os EUA possuem bases na Colômbia e alguns contingentes militares no Peru, a ostentarem sua presença nos Andes e no Pacifico Ocidental. E com as bases na Argentina completariam um cerco virtual da região, ao norte e ao sul, ao lado do Pacífico e do Atlântico.

Que implicações teria o estabelecimento de tais bases na Argentina?

Quaisquer que sejam as mais diversas justificativas, inclusive científicas, a presença militar dos EUA na Argentina implicaria maior infiltração da OTAN, na América do Sul, penetrada já, sorrateiramente, pela Grã-Bretanha no arquipélago das Malvinas, e anularia de facto e definitivamente a resolução 41/11 da Assembleia Geral das Nações Unidas, que, em 1986, estabeleceu o Atlântico Sul como Zona de Paz e Cooperação (ZPCAS).


E o Brasil jamais aceitou que a OTAN estendesse ao Atlântico Sul sua área de influência e atuação.

Em 2011, durante o governo da presidente Dilma Rousseff, o então ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim (do PMDB, o mesmo partido do presidente provisório Temer), atacou a estratégia de ampliar a área de ingerência da OTAN ao Atlântico Sul, afirmando que nem o Brasil nem a América do Sul podem aceitar que os Estados Unidos “se arvorem” o direito de intervir em “qualquer teatro de operação” sob “os mais variados pretextos”, com a OTAN “a servir de instrumento para o avanço dos interesses de seu membro exponencial, os Estados Unidos da América, e, subsidiariamente, dos aliados europeus”.

Mas estabelecer uma base militar na região da Antártida não é uma antiga pretensão dos EUA?

Sim. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial esse é um objetivo estratégico do Pentágono a fim de dominar a entrada no Atlântico Sul. E, possivelmente, tal pretensão agora ainda mais se acentuou devido ao fato de que a China, que está a construir em Paraje de Quintuco, na província de Neuquén, coração da Patagônia, a mais moderna estação interplanetária e a primeira fora de seu próprio território, com poderosa antena de 35 metros para pesquisas do “espaço profundo”, como parte do Programa Nacional de Exploração da Lua e Marte.

A previsão é de que comece a operar em fins de 2016. Mas a fim de recuperar a hegemonia sobre toda a América do Sul, na disputa cada vez mais acirrada com a China era necessário controlar, sobretudo, o Brasil, e acabar o Mercosul, a Unasul e outros órgãos criados juntamente com a Argentina, seu principal sócio e parceiro estratégico, a envolver os demais países da América do Sul.

A derrubada da presidente Dilma Rousseff poderia permitir a Washington colocar um preposto para substituí-la.

A mudança na situação econômica e política tanto da Argentina como do Brasil afigura-se, entretanto, muito difícil para os EUA. A China tornou-se o principal parceiro comercial do Brasil, com investimentos previstos superiores a US$54 bilhões, e o segundo maior parceiro comercial da Argentina, depois do Brasil.

O Brasil, ao desenvolver uma política exterior com maior autonomia, fora da órbita de Washington, e de não intervenção nos países vizinhos e de integração da América do Sul, conforme a Constituição de 1988, constituía um obstáculo aos desígnios hegemônicos dos EUA, que pretendem impor a todos os países da América tratados de livre comércio similares aos firmados com as repúblicas do Pacífico.

Os EUA não se conformam com o fato de o Brasil integrar o bloco conhecido como BRICs e seja um dos membros do banco em Shangai, que visa a concorrer com o FMI e o Banco Mundial.

Como o senhor vê a degradação da democracia no Brasil, com a atuação de setores da burocracia do Estado (Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário) que agem de modo a rasgar a Constituição, achicanando o país?

A campanha contra a corrupção, nos termos em que o procurador-geral Rodrigo Janot e o juiz Sérgio Moro executam, visou, objetivamente, a desmoralizar a Petrobras e as grandes construtoras nacionais, tanto que nem sequer as empresas estrangeiras foram investigadas, e elas estão, de certo, envolvidas também na corrupção de políticos brasileiros.

Ao mesmo tempo se criou o clima para o golpe frio contra o governo da presidente Dilma Rousseff, adensado pelas demonstrações de junho de 2013 e as vaias contra ela na Copa do Mundo.

A estratégia inspirou-se no manual do professor Gene Sharp, intitulado Da Ditadura à Democracia, para treinamento de agitadores, ativistas, em universidades americanas e até mesmo nas embaixadas dos Estados Unidos, para liderar ONGs, entre as quais Estudantes pela Liberdade e o Movimento Brasil Livre, financiadas com recursos dos bilionários David e Charles Koch, sustentáculo do Tea Party, bem como pelos bilionários Warren Buffett e Jorge Paulo Lemann, proprietários dos grupos Heinz Ketchup, Budweiser e Burger King, e sócios de Verônica Allende Serra, filha do ex-governador de São Paulo José Serra, na sorveteria Diletto.

Outras ONGs são sustentadas pelo especulador George Soros, que igualmente financiou a campanha “Venha para as ruas”.

Os pedidos de prisão de próceres do PMDB e do presidente do Senado, encaminhados pelo procurador-geral da República, podem desestabilizar o Estado brasileiro?

Os motivos alegados, que vazaram para a mídia, não justificariam medida tão radical, a atingir toda linha sucessória do governo brasileiro.

O objetivo do PGR poderia ser de promoção pessoal, porém tanto ele como o juiz Sérgio Moro atuam, praticamente, para desmoralizar ainda mais todo o Estado brasileiro, como se estivessem a serviço de interesses estrangeiros.

E não só desmoralizar o Estado brasileiro. Vão muito mais longe nos seus objetivos antinacionais.

As suspeitas levantadas contra a fábrica de submarinos, onde se constrói, inclusive, o submarino nuclear, todos com transferência para o Brasil de tecnologia francesa, permitem perceber o intuito de desmontar o programa de rearmamento das Forças Armadas, reiniciado pelo presidente Lula e continuado pela presidente Dilma Rousseff.

E é muito possível que, em seguida, o alvo seja a fabricação de jatos, com transferência de tecnologia da Suécia, o que os EUA não fazem, como no caso do submarino nuclear.

É preciso lembrar que, desde o governo de Collor de Melo e, principalmente, durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, o Brasil foi virtualmente desarmado, o Exército nem recursos tinha para alimentar os recrutas e foi desmantelada a indústria bélica, que o governo do general Ernesto Geisel havia incentivado, após romper o Acordo Militar com os Estados Unidos, na segunda metade dos anos 1970.


O senhor julga que os Estados Unidos estiveram por trás da campanha para derrubar o governo da presidente Dilma Rousseff?

Há fortes indícios de que o capital financeiro internacional, isto é, de que Wall Street e Washington nutriram a crise política e institucional, aguçando feroz luta de classes no Brasil.

Ocorreu algo similar ao que o presidente Getúlio Vargas denunciou na carta-testamento, antes de suicidar-se, em 24 de agosto de 1954: “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de liberdade e garantia do trabalho”.

Muito dinheiro correu na campanha pelo impeachment. E a influência dos EUA transparece nos vínculos do juiz Sérgio Moro, que conduz o processo da Lava-Jato.

Ele realizou cursos no Departamento de Estado, em 2007.

No ano seguinte, em 2008, passou um mês num programa especial de treinamento na Escola de Direito de Harvard, em conjunto com sua colega Gisele Lemke. E, em outubro de 2009, participou da conferência regional sobre “Illicit Financial Crimes”, promovida no Rio de Janeiro pela Embaixada dos Estados Unidos.

A Agência Nacional de Segurança (NSA), que monitorou as comunicações da Petrobras, descobriu a ocorrência de irregularidades e corrupção de alguns militantes do PT e, possivelmente, passou informação sobre o doleiro Alberto Yousseff a um delegado da Polícia Federal e ao juiz Sérgio Moro, de Curitiba, já treinado em ação multi-jurisdicional e práticas de investigação, inclusive com demonstrações reais (como preparar testemunhas para delatar terceiros).

Não sem motivo o juiz Sérgio Moro foi eleito como um dos dez homens mais influentes do mundo pela revista Time.

Ele dirigiu a Operação Lava-Jato, coadjuvado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como um reality show, sem qualquer discrição, vazando seletivamente informações para a mídia, com base em delações obtidas sob ameaças e coerção, e prisões ilegais, com o fito de macular e incriminar, sobretudo, o ex-presidente Lula. E a campanha continua.

Aonde vai?

Vai longe. Visa a atingir todo o Brasil como Nação.

E daí que se prenuncia uma campanha contra a indústria bélica, a começar contra a construção dos submarinos, com tecnologia transferida da França, o único país que concordou em fazê-lo, e vai chegar à construção dos jatos, com tecnologia da Suécia e outras indústrias.

Essas iniciativas dos presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff afetaram e afetam os interesses dos Estados Unidos, cuja economia se sustenta, largamente, com a exportação de armamentos.

Apesar de toda a pressão de Washington, o Brasil não comprou os jatos F/A-18 Super Hornets da Boeing, o que contribuiu, juntamente com o cancelamento das encomendas pela Coréia do Sul, para que ela tivesse de fechar sua planta em Long Beach, na Califórnia.

A decisão da presidente Dilma Rousseff de optar pelos jatos da Suécia representou duro golpe na divisão de defesa da Boeing, com a perda de um negócio no valor US$4,5 bilhões.

Esse e outros fatores concorreram para a armação do golpe no Brasil.

E qual a perspectiva?

É sombria. O governo interino de Michel Temer não tem legitimidade, é impopular e, ao que tudo indica, não há de perdurar até 2018. É fraco. Não contenta a gregos e troianos.

E, ainda que o presidente interino Michel Temer não consiga o voto de 54 senadores para efetivar o impeachment, será muito difícil a presidenta Dilma Rousseff governar com um Congresso, em grande parte corrompido, e o STF comprometido pela desavergonhada atuação, abertamente político-partidária, de certos ministros.

Novas eleições, portanto, creio que só as Forças Armadas, cujo comando do Exército, Marinha e Aeronáutica até agora está imune e isento, podem organizar e presidir o processo.

Também só elas podem impedir que o Estado brasileiro seja desmantelado, em meio a esse clima de inquisição, criado e mantido no País, em colaboração com a mídia corporativa, por elementos do Judiciário, como se estivessem acima de qualquer suspeita. E não estão. Não são deuses no Olimpo.

Os dedos de Israel e dos Estados Unidos no golpe no Brasil


O governo golpista de Michel Temer é comandado por Israel e Estados Unidos e tudo indica o DNA da CIA e do Mossad na derrubada de Dilma.

Por Thomas de Toledo*

Poucos se atentaram ao fato de que Israel passou a controlar com seus sionistas três setores-chave do governo golpista: a Defesa (Raul Jugmann), a Inteligência (Sergio Etchegoyen) e o Banco Central (Ilan Goldfajn).

Nos últimos anos, Israel passou a controlar os principais ministérios e a influir na eleição de praticamente todos os deputados e senadores dos Estados Unidos. Agora avançam sobre os principais países latino-americanos com Macri na Argentina e como Temer no Brasil. Para quem achava que a luta palestina era um distante conflito no Oriente Médio, ele bateu às portas e chegou ao poder.

Um banqueiro sionista dos Estados Unidos dizia: "entreguem-me o controle das finanças de um país e pouco importo-me com o que fazem com as leis". Pois bem, Temer nomeou um sionista representante dos banqueiros como presidente do Banco Central do Brasil. Agora, um país minúsculo e arrogante chamado Israel controla as finanças de um gigante adormecido chamado Brasil.

Na Política Externa, Serra pediu para avaliar custos de embaixadas na África e no Caribe visando fechá-las. Também pretende dar ênfase a tratados comerciais e negociações bilaterais como o Tratado Transpacífico. Ele partidariza as relações exteriores ao atacar governos de esquerda, virar as costas para o Sul global e dar prioridade absoluta aos Estados Unidos.


Esta é a típica visão de vira-lata que acha que um país da dimensão do Brasil só deve ter relações com países ditos desenvolvidos Voltaram os tempos em que o Brasil falava grosso com países pobres e fininho com os Estados Unidos:

Esta submissão aos EUA é correspondida pelo outro lado. A embaixadora estadunidense no Brasil durante o golpe foi a mesma que articulou a derrubada de Lugo no Paraguai. Agora, os EUA a substituíram pelo embaixador deles no Afeganistão, um especialista em "reconstrução econômica" em lugares de conflito, onde se impõe uma agenda ultra neoliberal.

O Wikileaks já revelou que Temer foi informante para os Estados Unidos. Então não acredita que o governo golpista de Temer trabalha para o imperialismo dos Estados Unidos? Veja os dois documentos vazados pelo Wikileaks e tire a própria conclusão:

https://wikileaks.org/plusd/cables/06SAOPAULO30_a.html
https://wikileaks.org/plusd/cables/06SAOPAULO689_a.html

Tem algo com fedor de enxofre sendo gestado pelo Departamento de Estado para o Brasil e consequentemente para a América Latina.

Este pútrido odor lembra as fumaças negras de 1964...

Contudo, cresce a resistência internacional ao golpe. Em Nova York, EUA, no Congresso de Estudos sobre America Latina - LASA, intelectuais protestam contra o golpe no Brasil e repudiam a palestra de FHC que, temente de manchar ainda mais sua biografia, cancelou sua participação no dia 28/5/2016.

Mais de 500 argentinos protestaram com José Serra em Buenos Aires. Não se tem notícias de que um ministro brasileiro tenha sido recebido com protesto na Argentina. Macri age como um lacaio do Império ao receber Serra em tais condições.

Para entender os próximos passos do governo golpista de Temer, assistam este documentário: "A doutrina do choque".

Da mesma forma que um golpe de Estado no Chile abriu o caminho para a imposição do neoliberalismo, agora a mesma receita segue em implantação no Brasil. É preciso resistir a este governo. Todas as suas medidas serão antinacionais e antipopulares.

*Historiador pela FFLCH/USP, Mestre em Desenvolvimento Econômico pelo IE/Unicamp e Professor de História Econômica e Relações Internacionais da UNIP.

O xadrez da República de Temer e a guerra mundial


GGN - Há um conjunto de circunstâncias que, em um ambiente democrático, permitem as grandes tacadas políticas e de negócios.

Os pacotes contra a inflação abriram esse espaço para operações de arbitragem de taxas, de jogadas no mercado de câmbio e de vendas de estatais. Criava-se a comoção nacional, em nome da união contra o inimigo maior – a inflação – e conferia-se ao comandante econômico o direito de matar. E matava-se valendo-se da sofisticação da matemática financeira.

O novo normal brasileiro incluiu o golpe do impeachment, que fere fundo a democracia, e um bando assaltando o poder com arcos, flechas e tacapes.

Mas não sufocou outras formas de manifestação democrática, como a autonomia dos poderes, o novo protagonismo das redes sociais, as manifestações de movimentos sociais e coletivos e o acompanhamento da cena política pela opinião pública midiática.

Essa democracia, ainda que ferida, é um obstáculo à dois tipos de ações espúrias:

1. As manifestações ostensivas de poder.

2. As grandes jogadas financeiras.

E a cada dia que passa mais se consolida o perfil do governo Temer em torno desses dois eixos.

Os personagens públicos que se expõem em demonstrações excessivas de força provocam

invariavelmente uma reação da opinião pública em sentido contrário.

Ocorre o mesmo nas jogadas financeiras, especialmente após campanhas de cunho moralista, como a que promoveu a tentativa de impeachment de uma presidente eleita.

É nesse terreno movediço que o grupo de Temer se move, como elefantes em loja de louça.

Chave 1 - a república de Temer e a truculência

No início, a República de Alagoas era incensada. Colegas saudavam os novos conquistadores, bajulavam, elogiavam suas gravatas Hermes, trocavam elogios pelo direito de participar das feijoadas de Cleto Falcão, divulgavam que PC Farias era um amante de "cantatas de Bach" (anos depois, fiz uma entrevista com Collor e indaguei sobre as aptidões musicais de PC Farias. Sua resposta foi a de que provavelmente eles confundiram com "cantadas no bar").

Nos primeiros meses do PT foi a mesma coisa, com o deslumbramento dos novos poderosos sendo saudado por áulicos.

É chocante a diferença de dimensão do grupo de Temer com os coronéis nordestinos - como José Sarney e Renan Calheiros. Ambos têm boa formação cultural e respeito pela chamada liturgia do cargo. O grupo de Temer não. Agem como chefetes do interior, usando métodos de capitães do mato em pleno centro do poder, à vista de todos.

É só conferir o inacreditável Gedel Vieira de Lima, aplicando, no coração do país, os métodos políticos do sertão da Bahia. Diz, com todas as letras, que empenhará todas as suas forças para destruir a TV Brasil, que proibirá qualquer publicidade de empresas estatais em veículos críticos ao governo, em uma claríssima demonstração de censura política.

Na fase de deslumbramento, suas fanfarronices recebem o respaldo de jornalistas locais, como Tânia Monteiro, do Estadão, e Jorge Bastos Moreno, de O Globo, que se oferecem para os tiros a serem desferidos nos colegas do outro lado do muro.

Ocorre que o mercado de opinião não prescinde do exercício do caráter. Por mais oportunista que seja o jogo de mídia – ou de jornalistas, individualmente -, por mais que a parcialidade gritante da mídia teime em criar o discurso único, o mercado de opinião é suscetível a julgamentos de caráter. Ainda mais agora que o grande mote unificador – Dilma presidente – se diluiu e, em seu lugar entrou um Ministério dono da maior capivara da República.

Daqui a algum tempo, a imprensa do Sudeste estará se referindo aos Gedels, Padilhas, Moreiras Francos e Temers com o mesmo desprezo com que passou a se referir aos alagoanos que desembarcaram com Collor.

Trata-se de uma dinâmica do jornalismo que está acima das preferências ideológicas. Quando uma autoridade pública começa a dar demonstrações ostensivas de poder, a incorrer em abusos retóricos ou reais, entra na alça de mira da opinião pública nos centros mais modernos. Nasce uma nova demanda dos leitores exigindo seu enquadramento. E esse movimento chega até os jornais, aos seus colunistas e transborda para procuradores, juízes. Foi o que aconteceu com o mais blindado dos personagens políticos da Lava Jato, Aécio Neves.

Chave 2 – a república e os negócios
Parte intrínseca do pacto político que levou Temer ao poder é a entrega do Estado para negócios particulares dos novos conquistadores. A montagem do Ministério é prova disso. Soma-se avidez e imprudência em um grupo que corre contra o relógio, sabedor da instabilidade intrínseca do interino.

A parte mais graúda virá nos próximos meses, em torno de dois meganegócios: a nova Lei do Petróleo e as privatizações.

A possibilidade de Elena Landau assumir a presidência da Eletrobrás é sinal eloquente do ritmo que se quer imprimir ao jogo. Landau é personagem polêmica nas manobras de Daniel Dantas no setor elétrico. Com ela na Eletrobrás, Moreira Franco na tal Secretaria das Privatizações, auxiliado por José Serra no Ministério das Relações Exteriores, não há como não dar errado.

Chave 3 – o mito do bom juiz
Até ditaduras exigem a legitimidade do ditador. A legitimidade pode ser dada por propostas de expansão do poder nacional, por benefícios sociais, pela disseminação da imagem do déspota esclarecido, pela promessa de melhoria de vida e até pelo primado racial.

Deus poupou a Temer o sentimento da grandeza. É político pequeno, vingativo, sem capacidade de mediação, propenso a pequenos gestos de retaliação e suscetível a qualquer pressão.

Cedeu às corporações públicas, cedeu às pressões da base – ampliando a meta de déficit fiscal para atender aos políticos. Principalmente: cedeu a um grupo comprometido até o pescoço nas investigações da Lava Jato.

Em suma, em lugar de pairar acima das paixões, mergulhou de cabeça na pequena política .

Desfecho – a guerra mundial

Chega-se, finalmente, ao desfecho: a guerra mundial entre os poderes.

As três Chaves mencionadas comprovam as vulnerabilidades do grupo de Temer. Aí entram os demais personagens.

Numa ponta tem-se o Procurador Geral da República Rodrigo Janot e seu pedido de prisão de três senadores, mais os primeiros vazamentos envolvendo cardeais do PSDB. Abriu uma enorme frente de adversários.

Na outra, o Senado começando a se movimentar contra Janot, provavelmente articulado com o Ministro Gilmar Mendes.

Um terceiro ponto é o rigor discreto de Teori Zavascki, que não cedeu aos pedidos de prisão solicitados por Janot, mas com um voto que não enfraqueceu a posição do PGR. Ao mesmo tempo, abriu espaço para que a defesa de Dilma ou Lula processe o juiz Sérgio Moro.

Finalmente, o fator Eduardo Cunha, com uma certeza e uma incógnita. A certeza é de que irá em cana. A incógnita é sobre quantos levará com sua delação.

Ontem, Janot recebeu dois apoios importantes: do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) e de seu ex-chefe Cláudio Fonteles, uma das referências do Ministério Público Federal.

O apoio de Fonteles é simbólico – já que está aposentado -, mas com enorme significado moral. Foi graças à pressão dele e de outros procuradores referenciais, que Janot saiu da parcialidade que até então marcara sua atuação e embrenhou-se pela selva atrás de intocáveis.

Agora, seu apoio devolve a Janot parte da legitimidade perdida com seus assomos de onipotência. E isso apesar da piada pronta, da súbita indignação de Janot com vazamentos e o pedido ao diretor-geral da PF Leandro Daiello para que investigue o vazamento dos pedidos de prisão dos senadores. Até hoje se aguardam os resultados das investigações do vazamento de delações para Veja, na véspera das eleições. Nem a PF investigou nem Janot demonstrou a menor preocupação com a manobra.

Esses conflitos paralelos são parte do circo de horrores em que se converteram as instituições brasileiras.

Que Janot saia vitorioso desses embates, especialmente na hora do embate maior, do enfrentamento do poder indiscutível de Gilmar Mendes, o maior dos desaforos sofridos pela jovem democracia brasileira..

Mas, definitivamente, não há heróis na República.

FBI não sabe onde está o segundo terrorista de Orlando


A ordem para deter as investigações sobre o massacre terrorista em Orlando, no Clube Pulse, partiu de Washington. Por motivo de eleições presidenciais, é melhor dar o caso por encerrado, mesmo ficando no ar algumas dúvidas flagrantes, e a principal delas é "Onde está o segundo terrorista?".

O FBI não sabe, e não vai investigar.

A realidade mostra que havia um segundo terrorista, aquele que dirigiu o veículo que transportou Omar Siddique Mateen ao local do atentado. Uma arma ficou no carro, e o mais provavel é que a arma não era de Mateen, mas sim de uma segunda pessoa que teria desistido da ação.

Antes de decidir pelo atentado à boate gay, Mateen teria estudado também os parques temáticos da Flórida, e segundo familiares, teria desistido de praticar atentado na Disney por considerar o número elevado de crianças no local.

Para o governo norte-americano admitir que o atentado foi ato terrorista, ligado ao Estado Islâmico, é o mesmo que assumir uma derrota e levar insegurança e medo para a população que em parte, depende do turismo. Por isso Obama se apressou em afirmar que trata-se de crime homofóbico, mesmo com a gravação da última ligação do terrorista afirmando tratar-se de ação de extremistas, e do próprio comunicado do Estado Islâmico assumindo a autoria do atentado.

De qualquer forma, com ou um sem eleição presidencial, existe mais um terrorista solto na Flórida, provavelmente se preparando para uma nova ação covarde e ensandecida como esta que vitimou 49 pessoas e feriu 53 na boate gay mais famosa da cidade de Orlando.

Movimento Marcha Verde

Por que tantos civis são assassinados “por engano” pelos EUA?


Quase dez mil “inimigos” de Washington já foram mortos por meio de drones. Como são escolhidos os alvos e qual é o papel de Obama? Entenda como funciona o sistema de assassinatos dos EUA

Desde seus primeiros dias como comandante em chefe, o presidente Barack Obama fez do drone sua arma preferida, usada pelos militares e pela CIA para perseguir e matar as pessoas que seu governo considerou – por meio de processos secretos, sem acusação ou julgamento – merecedores de execução. A opinião pública tem colocado foco na tecnologia do assassinato remoto, mas isso tem servido frequentemente para evitar que se examine em profundidade algo muito mais crucial: o poder do Estado sobre a vida e a morte das pessoas.

Os drones são uma ferramenta, não uma política. A política é de assassínio. Embora todos os presidentes norte-americanos, desde Gerald Ford, mantivessem uma norma executiva que bania assassinatos por funcionários dos EUA, o Congresso evitou legislar sobre esse assunto ou até definir a palavra “assassinato”. Isto permitiu que os proponentes de guerras por meio de drones renomeassem assassinatos [assassinations] com adjetivos mais palatáveis, como o termo da moda, “mortes seletivas” [targeted killings].

Quando discutiu publicamente os ataques por drones, o governo Obama ofereceu garantias de que tais operações seriam uma alternativa mais precisa do que soldados em combate. A autorização para executá-las seria dada apenas quando há uma ameaça “iminente” e “quase certeza” de que se eliminará o alvo planejado. As palavras, contudo, parecem ter sido redefinidas para não guardar quase nenhuma semelhança com seus significados comuns.

O primeiro ataque de drone fora de uma zona declarada de guerra foi realizado em 2002, mas só em maio de 2013 a Casa Branca divulgou padrões e comportamentos para a condução desses ataques. Eram orientações pouco específicas. Afirmavam que os Estados Unidos somente conduziriam um ataque letal fora de uma “área de hostilidades ativas” se um alvo representasse uma “ameaça iminente e contínua para pessoas dos EUA”. Nada informava sobre o processo interno usado para determinar se um suspeito podia ser morto, sem processo ou julgamento. A mensagem implícita do governo Obama sobre ataques de drones tem sido: Confie, mas não verifique.

Em 15 de outubro de 2015, o site The Intercept publicou um conjunto de slides secretos que abriram uma janela para os trabalhos internos das operações militares dos EUA para assassinato/captura durante um período-chave na evolução das guerras por drone: entre 2011 e 2013. Os documentos, que também traçam a visão interna das forças especiais de operação sobre as deficiências e erros do programa de drones, foram fornecidas por uma fonte de dentro da comunidade de inteligência, que trabalhava nos tipos de operação e programas descritos nos slides. Garantimos o anonimato da fonte porque os materiais são sigilosos e porque o governo dos EUA está engajado numa perseguição agressiva contra quem denuncia suas irregularidades — os whistleblowers. Iremos nos referir a essa pessoa simplesmente como “a fonte”.

A fonte disse que decidiu revelar os documentos porque acredita que o público tem direito de entender o processo pelo qual as pessoas são colocadas em listas de condenados à morte e depois assassinadas, por ordem dos mais altos escalões do governo dos EUA. “Essa ultrajante obsessão de criar listas de vigilância, de monitorar as pessoas e relacioná-las, atribuindo-lhes números, cartões com retratos e sentenças de morte sem aviso, num campo de batalha que abrange o mundo inteiro, foi errada desde o primeiro momento”.

“Estamos permitindo que isso aconteça. E por ‘nós’ quero dizer todo cidadão norte-americano que agora tem acesso a essa informação, mas continua a não fazer nada a respeito.”
Estas são as revelações-chave expostas pelo The Intercept.

Como o presidente autoriza os assassinatos

Tem sido amplamente divulgado que o presidente Obama aprova diretamente a inclusão, nas listas de assassinato, de alvos de alta relevância. O estudo secreto ISR oferece uma nova visão da cadeia de assassinato, incluindo um mapa detalhado, que vai da obtenção de dados por meios eletrônicos e humanos até a mesa do presidente. No mesmo mês em que o estudo ISR circulou, maio de 2013, Obama assinou a orientação política sobre o uso de força em operações de contraterrorismo no exterior. Um alto funcionário do governo, que não quis comentar sobre os documentos sigilosos, admite que “aquelas diretrizes permanecem em vigor hoje”.

As equipes de inteligência dos EUA coletam informações sobre alvos potenciais obtidas a partir de “listas de observação” e do trabalho das agências de inteligência, militares e policiais. Na época do estudo do ISR, quando alguém era colocado na lista de mortes, analistas de inteligência criavam um retrato do suspeito e da ameaça que aquela pessoa significava, juntando-os “num formato condensado conhecido como baseball card [semelhante a uma figurinha de um álbum de jogadores de futebol, numa aproximação cultural como o Brasil (Nota da Tradução)]. As informações eram em seguida articuladas, junto com dados operacionais, numa “ficha informativa sobre o alvo” a ser “enviada para escalões mais altos” para ação. Na média, indica um dos slides, demorava cinquenta e oito dias para o presidente assinalar um alvo. A partir daquele momento, as forças norte-americanas tinham sessenta dias para executar o ataque. Os documentos incluem dois estudos de caso que são parcialmente baseados em informação detalhada nos baseball cards.


O sistema para criar baseball cards e pacotes de alvos depende muito, de acordo com a fonte, de interceptação da inteligência e de um sistema de muitas camadas de interpretação humana sujeita a erros. “Não é um método infalível”, diz ele. “Você se baseia no fato de que tem todas essas máquinas muito poderosas, capazes de coletar quantidades extraordinárias de dados e informação”, que podem levar o pessoal envolvido em definir os alvos dos assassinatos a acreditar que tem “poderes tipo divinos”.

Assassinatos baseiam-se em informção não-confiável e coletada de modo fragmentado

Em zonas de guerra não-declarada, os militares dos EUA tornaram-se excessivamente confiantes nos sinais de inteligência, ou SIGINT, para identificar e em seguida caçar e matar as pessoas. O documento confirma que usar metadados de telefones e computadores, assim como interceptações de comunicação, é um método inferior de encontrar e acabar com pessoas marcadas. Eles descrevem a capacidade do SIGINT nesses campos de batalha não convencionais como “ruins” e “limitados”. Apesar disso, tais coletas, boa parte delas fornecidas por parceiros estrangeiros, responderam por mais de metade das informações usadas para rastrear assassinatos potenciais no Iêmen e na Somália.


A fonte descreveu como membros da comunidade de operações especiais veem as pessoas que estão sendo caçadas pelos Estados Unidos para possível morte por ataque de drone: “Eles não têm direitos. Eles não têm dignidade. Eles não têm humanidade. Eles são apenas um ‘seletor’ para um analista. Ao final você chega a um ponto no ciclo de vida dos alvos em que, durante a perseguição, você sequer se refere a eles por seu nome de verdade.” Essa prática, diz ele, contribui para “desumanizar as pessoas antes mesmo de se colocar diante da questão moral sobre se ‘esse assassinato é legítimo ou não?’”

Os ataques frequentemente matam muito mais do que o alvo escolhido

A Casa Branca e o Pentágono alardeiam que o programa para morte de alvos é preciso e o número de vítimas civis é mínimo. Contudo, os documentos que detalham uma campanha de operações especiais no nordeste do Afeganistão, a Operação Haymaker, mostra que, entre janeiro de 2012 e fevereiro de 2013, os ataques aéreos das operações especiais mataram mais de duzentas pessoas. Destas, apenas 35 eram alvos. Durante um período de quatro meses e meio da operação, conforme os documentos, cerca de 90% das pessoas assassinadas em ataques aéreos não eram os alvos pretendidos. No Iêmen e na Somália, onde os Estados Unidos têm capacidade de inteligência muito mais limitada para confirmar que as pessoas mortas são os alvos pretendidos, as proporções podem ser muito piores.

Pragmatismo Político

Lavrov: Rússia não deixará se envolver na confrontação com EUA, OTAN e UE


O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, declarou que o país não se deixará envolver na confrontação com os Estados Unidos, OTAN e a União Europeia.

“Não temos a intenção de nos deixarmos envolver na confrontação com os EUA, OTAN e União Europeia”, disse o chanceler russo.

Ele destacou que “é evidente que o costume de confronto e de jogos geopolíticos de soma zero prejudicam os esforços para assegurar um desenvolvimento estável no mundo e geram crises como a ucraniana".
Lavrov disse que a Rússia sabe garantir a segurança nacional em qualquer situação.

No entanto, ele acrescentou que Moscou está "disposta a desenvolver a cooperação mutuamente benéfica com todos os Estados e alianças que demonstrem o mesmo interesse".

"Mas não resta nenhuma dúvida de que podemos garantir a segurança nacional e a dos nossos cidadãos em qualquer situação", disse ele.

Sputniknews

Canciller venezolana acusó a Almagro de ser un agente de Washington contra Venezuela


La canciller de la República, Delcy Rodríguez, reafirmó este martes el carácter soberano de Venezuela y su disposición a enfrentar hasta vencer a los sectores que promueven el injerencismo contra la nación suramericana.

Durante la 46 sesión de la Organización de Estados Americanos (OEA), que se celebra en República Dominicana, resaltó que la derecha internacional, “en una especie de conjura, ha tomado a Venezuela como plato de banquete y todo el mundo dice, opina, manda e instruye”, aclaró que nuestra nación es libre y soberana, un pueblo valiente que ha sabido derrotar poderes imperiales, “así lo marca nuestra historia, no es un discurso”.

Resaltó que el secretario general de la OEA, Luis Almagro, “vulnera permanentemente las normas que enmarcan su actuación como secretario general, sustituyéndose además en la soberanía de los Estados miembros de esta organización, tenemos pruebas diarias de como Almagro se parcializa a favor de factores opositores en Venezuela que pretenden derrocar el gobierno legítimo y constitucional del presidente Nicolás Maduro”.

La canciller ratificó que el secretario general de la OEA tiene una posición intervencionista sobre los asuntos internos de nuestro país sirviendo de agente de Washington. Afirmó que los asuntos internos de Venezuela los dirimen los venezolanos.

Aporrea

Israel corta servicio de agua a miles de palestinos en Cisjordania en pleno Ramadán


Residentes palestinos llenan de agua sus cubos en Cisjordania.

El régimen de Israel ha cortado el suministro de agua a varias localidades en el norte de la ocupada Cisjordania, en medio del calor y el mes de ayuno musulmán Ramadán.

Los medios palestinos han informado este miércoles que la medida de la distribuidora israelí de agua, Mekorot, ha afectado a decenas de miles de palestinos residentes en las localidades cercanas a las ciudades cisjordanas de Nablus, Yenin y Salfit.

En esta línea, el director ejecutivo del Grupo Hidrológico Palestino, Ayman Rabi, denunció el martes que en algunas localidades, los palestinos se han visto privados del suministro de agua durante más de 40 días.

“Las familias se ven obligadas a vivir con un promedio de dos, tres o diez litros de agua al día”, criticó. De acuerdo a las Naciones Unidas, la cantidad mínima de agua necesaria por persona al día es de 7,5 litros.

El alcalde de Yenin, Ragheb al-Haj Hassan, aseveró que la suspensión del servicio de agua tuvo lugar sin previo aviso. “La población está pasando muy mal en este caliente clima y en esta época del Ramadán”, alertó.

El régimen de Tel Aviv “es responsable del corte, teniendo en cuenta los acuerdos firmados”, que establecen que la distribuidora Mekorot tiene que abastecer la necesidad de agua en las zonas norteñas de Cisjordania, apostilló.

Los israelíes —incluidos los colonos de los asentamientos ilegales en las tierras ocupadas— tienen acceso a 300 litros de agua diarios, según el colectivo Agua, Limpieza e Higiene de Emergencia (EWASH, por sus siglas en inglés), mientras que la media en Cisjordania es de 70 litros.

Desde la ocupación de Cisjordania en 1967, las autoridades israelíes han impuesto grandes restricciones en el suministro de agua o de electricidad a los poblados palestinos.

mjs/ktg/hnb/HispanTv

Barco chino sigue de cerca a un portaaviones de EEUU en el Pacífico


Un barco de observación chino ha seguido muy de cerca a un portaaviones de EE.UU. en el Pacífico occidental, cerca del mar de China Meridional, donde Pekín reivindica mayor parte de ello.


El incidente ha tenido lugar este miércoles cuando el portaviones USS John C. Stennis estaba desviando el barco de patrulla chino lejos de los ejercicios militares tripartitos en curso en la zona entre EE.UU., Japón y La India.

El USS John C. Stennis de 100.000 toneladas que lleva aviones de combate F-18, se unió a otros nueve buques de guerra, incluyendo un portahelicópteros japonés y varias fragatas indias en el mar frente a una cadena de islas de Okinawa, en el sur del país nipón.

Las maniobras militares conjuntas denominadas “Malabar”, que tienen como objetivo frustrar la influencia china en el mar de la China Oriental, durarán ocho días.

China y los demás países de la región se disputan la soberanía de aguas y tierras en la zona. El caso más importante es el mar de la China Meridional, cuya soberanía ha reclamado Pekín en reiteradas ocasiones, pidiendo una solución “pacífica” sobre el conflicto en la zona.

No obstante, pese al llamamiento de China a encontrar soluciones políticas y regionales a las disputas territoriales sin la injerencia foránea, EE.UU. está interviniendo cada vez más en el caso con su creciente presencia militar en la zona.

China está indignada por las “provocadoras” patrullas militares de EE.UU. cerca de las islas que controla Pekín en el mar de la China Meridional, mientras la Casa Blanca insiste en que sus operaciones en las aguas en cuestión sirven para proteger la libertad de navegación.

En medio de la escalada de tensiones con el gigante asiático, Washington pretende enviar más buques a las aguas de Asia del Este, anunció el martes Reuters citando a un oficial estadounidense que habló bajo condición de anonimato.

China cree que el llamado "reequilibrio estadounidense en Asia Pacífico", ha profundizado las tensiones con los vecinos del gigante asiático, y asegura que el mar de la China Meridional será mucho más tranquilo sin la presencia de EE.UU.

ftm/ktg/hnb/HispanTv

Detienen en España al ‘embajador’ norcoreano en operación sobre tráfico de armas


El embajador no oficial de Corea del Norte en España, Alejandro Cao de Benós.

La Policía española arrestó el martes al embajador no oficial de Corea del Norte en España, Alejandro Cao de Benós, por un caso relacionado a tráfico de armas prohibidas.

Junto a Cao de Benós (ciudadano español), fue detenido —durante una operación— su compañero de piso y otras ocho personas en Tarragona, en la comunidad autónoma nororiental de Cataluña.

La operación continuó las detenciones tras el arresto del supuesto cabecilla —en Murcia (sureste)— de la red que compraba armas legales y después las manipulaba para transformarlas en prohibidas.

Al parecer, Cao de Benós llegó a tener hasta tres pistolas detonadoras trucadas para utilizarlas con munición real, pero, según las investigaciones, para su propia seguridad y no para comerciar con ellas.

En la operación de la Guardia Civil española, que continúa abierta y probablemente dará lugar a más detenciones en todo el país ibérico, se persigue a quienes hubieran comprado armas con la finalidad de revenderlas.

Sobre Cao de Benós debe mencionarse que reside en España y realiza tareas de representación para Pyongyang y como delegado del Gobierno de la República Popular Democrática de Corea, y se trata del único extranjero que trabaja para el país asiático.

zss/ktg/hnb/HispanTv

Como Turquía ayuda a terrorista de EI con su política


Habitantes de la zona fronteriza entre Turquía y Siria, refugiados y combatientes describen a RT el papel que desempeña Turquía en el apoyo a los rebeldes sirios y extremistas islamistas.

Los bombardeos, tiroteos y una ola de violencia del Estado Islámico obligan a huir a los civiles sirios que todavía viven en la frontera con Turquía. Sin embargo, aquellos que toman esa decisión se topan con la muralla que levanta el país vecino. Mientras tanto, los llamados rebeldes moderados del Ejército Sirio Libre, que luchan codo a codo con los extremistas, admiten abiertamente el apoyo que reciben de Ankara.

Aysel Yilmaz ha tenido que huir de la ciudad siria de Jarablus, controlada por el grupo terrorista, a la localidad turca de Karkamis. Es una de los pocos que han logrado cruzar ese tramo de la frontera últimamente, pero esto no la salvó de los terroristas: fue herida de gravedad por una bala del Estado Islámico disparada desde el lado sirio cuando visitaba la tumba de su padre en Karkamis.

"Estábamos al lado de la tumba de mi padre cuando empezaron a disparar desde el otro lado. Había gente que intentaba huir y les dispararon. Pero a mí también me alcanzaron", relata la mujer.

Rebelde sirio: "Turquía es el único país que nos apoya"

Mientras que cruzar la frontera se vuelve casi imposible para los civiles que huyen de los terroristas, los grupos armados que cuentan con el apoyo del Gobierno turco –y que supuestamente tienen vínculos con los extremistas– pueden pasar libremente.

"Turquía es el único país que nos apoya, se lo agradecemos. Junto con nosotros hay otros grupos: Jabhat al Shamiye, Sultan Murad, la Legión del Sham, Ahrar al Sham", enumera Ahmed Jedit, comandante del Ejército Sirio Libre.

Ahrar al Sham es un grupo que propugna una estricta forma salafista del islam suní y ha luchado en alianzas con los combatientes vinculados al grupo terrorista Al Qaeda. A mediados de mayo, Ahrar al Sham admitió su implicación en un sangriento ataque contra el pueblo sirio de Al Zara junto con los combatientes del grupo terrorista Frente Al Nusra. El incidente de Al Zara se produjo después de que Washington se negara a aceptar la propuesta de Rusia en la ONU de catalogar como organización terrorista a Ahrar al Sham, junto con otro movimiento extremista, Jaish al Islam.

A este respecto, el experto en relaciones internacionales Fehim Tastekin apunta a RT que el Frente Al Nusra utiliza los grupos como Ahrar al Sham para distribuir armas procedentes de Turquía.

"Al Nusra recibe apoyo desde la frontera turca, a través de Ahrar al Sham, y es un mecanismo en el cual participan otros grupos con quienes comparten tanto armas procedentes de Turquía como dinero", revela el experto.

"La política de Turquía solo ayuda al EI"

Por otro lado, Ankara en numerosas ocasiones se ha pronunciado en contra de los kurdos, tanto turcos como sirios, mientras que los kurdos sirios son una de las fuerzas más eficaces que luchan contra el Estado islámico.

"Los kurdos no han amenazado a Turquía, no la ha atacado, ellos protegieron nuestras fronteras del Estado Islámico", afirma Fehim Tastekin.

"El miedo de Turquía no tiene base pero con su política solo ayuda de manera indirecta al Daesh y por su culpa se demora la eliminación de los radicales. Esto no beneficia a nadie", asevera.

Estos detalles salen a la luz después de otro informe de RT, en el que los vecinos de la ciudad fronteriza turca de Karkamis denunciaban que el Ejército turco había recibido la orden de ignorar las actividades del Estado Islámico en la frontera de Turquía con Siria, lo que permite a los yihadistas cavar trincheras y sembrar minas sin impedimentos.

Actualidad RT

terça-feira, 14 de junho de 2016

Venganza del Chapo Guzmán contra la familia completa del soplón que lo delató.


Joaquin Archivaldo Guzmán Loera, más conocido como El Chapo Guzmán, nació en La Tuna, en México, el 25 de Diciembre de 1954.

Es el lider de una organización internacional de droga llamada la Alianza de Sangre, también conocida como el Cártel de Sinaloa. Después del arresto de Osiel Cárdenas del Cártel del Golfo, Joaquín Guzmán se convirtió en el principal traficante de drogas de México.

En 1993 fue detenido en Ciudad de Guatemala, y extraditado a México, pero ocho años después escapó de la prisión de máxima seguridad de Puente Grande, Jalisco.

Desde su fuga en enero de 2001, se convirtió en el segundo hombre más buscado por el FBI y la Interpol despues de Osama Bin Laden. Tras la muerte de este último en 2011, el ranking titulado “Los nuevos 10 más buscados”, que se elaboró a partir de una lista realizada por la revista Forbes, colocó en primer lugar a Guzmán Loera, a quien calificó como un hombre “implacable y determinado. Esta misma revista calculó su fortuna en mil millones de dólares.

En 2013 se colocó en el lugar 67 entre las personas más poderosas del mundo. Admitió haber asesinado entre 2000 y 3000 personas, entre las que se encontraba Ramón Arellano.

El 22 de febrero de 2014, el Presidente de México, Enrique Peña Nieto confirmó que Guzmán Loera había sido capturado en un operativo conjunto de la Secretaría de Marina, la Procuradía General de la República, la Policía Federal y el Centro de Investigación y Seguridad Nacional.

Finalmente, el 11 de julio de 2015 habría de gufarse nuevamente, solo que esta vez sería del penal de máxima seguridad de “El Altiplano”, ubicado en Almoloya, Estado de México. La Comisión Nacional de Seguridad (CNS) confirmó, posteriormente que, Guzmán Loera era el único que habría logrado fugarse dos veces de un penal de máxima seguridad.

El 9 de enero de 2016, el presidente Enrique Peña Nieto publicó por Twitter que Guzmán Loera había sido nuevamente capturado.

Lo ultimo de la banda del Chapo Guzmán ha sido el pasado 23 de Marzo de 2016, cuando estos eliminaron a la familia completa del soplón que lo delató por una recompensa millonaria.

Noticias de Mundo

Prosseguem os ataques terroristas na Síria


Duas cartas, de igual teor, datadas em 11/06/2016, dirigidas ao Presidente do Conselho de Segurança e ao Secretário Geral da ONU.

Conforme instruções do Governo da República Árabe da Síria, gostaria de transmitir a Vossas Senhorias informações relativas às sangrentas explosões terroristas, ocorridas na manhã do dia 11/06/2016, que tiveram como alvo a cidade de Sayeda Zainab, localizada na zona rural do distrito de Damasco, além de outras ações terroristas perpetradas em diferentes áreas da República Árabe da Síria.

Grupos terroristas armados atacaram a cidade de Sayeda Zainab, localizada na zona rural do distrito de Damasco, com duas explosões. A primeira foi a explosão de um carro-bomba contra uma feira de hortaliças, na rua Elteen, tradicionalmente movimentada, enquanto a segunda explosão ocorreu em um ataque suicida próximo a uma concentração de civis, na entrada da cidade, em direção a Dhiabiyeh, provocando a morte de oito pessoas e o ferimento de dezenas de cidadãos, incluindo mulheres, idosos e crianças, alguns em estado bastante grave.

Em Aleppo, os grupos terroristas armados continuaram com os ataques aos bairros residenciais, com mísseis, morteiros e foguetes lançados de forma aleatória, além dos foguetes do inferno e dos tiroteios, numa renovada violação do acordo de cessação das agressões por parte destes grupos criminosos, apoiados pelos regimes de Ancara, Riad e Doha. Ontem, 10/06/2016, foi registrada a morte de seis cidadãos e o ferimento de outros trinta e cinco, incluindo mulheres, idosos e crianças. Os ataques aleatórios perpetrados por grupos como a Frente Al Nusra, os Livres da Síria e outros,
contra os bairros de Sheikh Maqsoud, Maidan, Muhafatha e Zahra, em Aleppo e contra o aeroporto de Nairab e os vilarejos localizados no distrito de Aleppo, provocaram a morte de 54 cidadãos, incluindo mulheres e crianças, e ferimentos em outros 93, com diferentes graus de gravidade.

Além disso, os terroristas do grupo ISIS perpetraram um massacre sangrento contra os civis inocentes do vilarejo de Ghandoura, a leste de Manbaj, no distrito de Aleppo, que resultou na morte de 40 civis, incluindo mulheres, idosos e crianças.

Estas explosões terroristas contra Sayeda Zainab e os ataques aleatórios contínuos contra Aleppo e sua zona rural, que vêm ocorrendo há mais de um mês, além dos massacres perpetrados pelas organizações ISIS, Frente Al Nusra e outros grupos aliados ou ramificações destas organizações, ocorrem no âmbito das políticas criminosas, vândalas e fascistas planejadas pelo regime governante de Erdogan, em Ancara, e executadas pelos seus instrumentos terroristas na Síria, com apoio financeiro e militar patrocinado pelos regimes de Doha e Riad, no sentido de viabilizar suas
políticas declaradas de aumentar as tensões nas mais diferentes partes da Síria, através destes instrumentos terroristas, de forma a sabotar a segurança e a estabilidade nas áreas sírias e sabotar a cessação das ações de combate. São tentativas falhas de levantar a moral de grupos terroristas, tais como o ISIS, a Frente Al Nusra, o Exército Fath, o Exército do Islam e outras quadrilhas criminosas que estão desabando rapidamente, diante dos avanços diários do Exército Árabe Sírio, apoiado pelos aliados e pelos verdadeiros amigos da Síria.

O Governo da República Árabe da Síria reitera que todos estes massacres e ações terroristas não o impedirão de continuar com o cumprimento de seu dever, configurado na luta contra o terrorismo e na restauração da segurança e da paz para os seus cidadãos. E não desistirá de sua determinação em alcançar uma solução política para a crise na Síria, através do diálogo entre sírios e sob uma liderança síria, que resulte no fim do terrorismo e na expulsão dos grupos criminosos da Síria, na reconstrução de tudo o que foi destruído pelos terroristas, seus parceiros, seus financiadores e seus apoiadores, para que a Síria volte a ser a terra da paz, do amor e da tolerância.

O Governo da República Árabe da Síria exige do Conselho de Segurança e do Secretário Geral da ONU a condenação destes crimes terroristas, da mesma forma que condenou crimes terroristas similares ocorridos em outros países do mundo. Assim como exige do Conselho de Segurança que abandone a duplicidade de pesos e medidas quanto ao combate ao terrorismo e às formas de enfrenta-lo. Terrorismo é terrorismo.

Não existe terrorismo moderado e outro não moderado. O terrorismo na Síria inclui todo aquele que empunha uma arma contra o Estado ou com o objetivo de matar inocentes, espalhar o terror em suas fileiras e destruir sua infraestrutura econômica e de serviços.

O Governo da República Árabe da Síria exige, ainda, que o Conselho de Segurança assuma suas responsabilidades quanto à manutenção da paz e da segurança internacionais, através da adoção de medidas dissuasivas, imediatas e punitivas contra os países que apoiam e financiam o terrorismo, especialmente os regimes da Turquia, da Arábia Saudita e do Qatar, de forma a assegurar que estes sejam impedidos de apoiar o terrorismo e impedir a sua ingerência na segurança e na paz internacionais, comprometendo-os com o cumprimento total do previsto nas resoluções do Conselho de Segurança relativas ao tema, especialmente as resoluções Nos. 2170 (2014), 2178 (2014), 2199(2015) e 2253(2015).

Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria
Tradução: Jihan Arar