quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Militares norte-americanos presos pela Guarda Revolucionária do irã
10 militares norte-americanos (9 homens e 1 mulher) e 2 lanchas de combate foram presos pela Guarda Revolucionária do Irã após adentrarem 2 quilômetros nas águas costeiras do Irã.
Após a prisão dos militares, transporte para terra e interrogatório, o governo iraniano anunciou que somente libertaria os detidos - considerados espiões - se o governo norte-americano pedisse desculpas oficiais ao país. Poucas horas depois o governo Obama enviou pedido de desculpas ao Irã, suplicando também a libertação dos prisioneiros.
O governo da República Islâmica do Irã atendeu ao pedido do governo norte-americano e libertou os prisioneiros, após serem fichados e interrogados.
Este episódio é mais uma trapalhada do governo norte-americano, além da fracassada tentativa de resgates de reféns na ocupação da embaixada dos EUA por estudantes iranianos em 04 de novembro de 1979 quando 90 pessoas foram feitas prisioneiras, e 52 mantidas como reféns por 444 dias. Pelo visto os EUA não ganham uma contra o Irã - a não ser nos filmes de Hollywood.
Campanha da direita boliviana é financiada pelos EUA, denuncia Linera
Assim como Evo, Linera está confiante que o Sim vencerá o referendo, apesar das investidas da oposição
O vice-presdiente Álvaro García Linera afirmou que a Bolívia está preparada para encarar as campanhas da oposição destinadas a atacar as conquistas alcançadas nos últimos anos pelo governo de Evo Morales e deixou claro que estas investidas da extrema direita são financiadas pelos Estados Unidos.
“Eu considero que o atraso político da esquerda na Venezuela e na Argentina não vai influenciar no referendo porque, diferente destas nações, a Bolívia tem outros posicionamentos em temas que nos fortalecem diante da oposição”, disse.
O referendo para decidir se Evo Morales e Linera poderão se candidatar pela quarta vez em 2019 acontece no próximo dia 21 de fevereiro. Organizações sociais da Bolívia já estão inscritas no processo de defesa do Sim e do Não e todas terão o mesmo espaço publicitário para defender suas opiniões.
Linera explica que todos os países têm suas características e isso pode influenciar apenas no estado de ânimo da oposição, mas não em sua inteligência, muito menos na consolidação de um processo real de mudança. “Eles [a oposição] se veem impotentes diante da fortaleza da revolução democrática e cultura do nosso governo, e como não podem ganhar aqui vão à Venezuela e à Argentina para festejar”, afirmou em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11), no Palácio do Governo.
O dirigente não titubeia ao afirmar que a oposição na Bolívia, assim como nos outros países latino-americanos, é financiada pelos Estados Unidos. “Temos informações que autoridades bolivianas viajam aos Estados Unidos, e não para fazer turismo, mas sim para se reunir com membros do Departamento de Estado que financiam suas ações”, denunciou.
Segundo o vice-presidente, a campanhas que defende o “Não” no referendo não é uma iniciativa popular e quem comanda são os líderes da extrema direita boliviana. No entanto, acredita que estas figuras não sejam páreo diante da liderança de Evo, por só o presidente realmente “mobiliza as massas”.
Vermelho
Arábia Saudita: os decapitadores escolhidos pelo Ocidente
Os EUA não teriam sido capazes de dominar o Oriente Médio sem sua aliança com a Arábia Saudita. Por isso o silêncio de Obama diante das execuções.
Sam Albert - CounterPunch - Carta Maior
As recentes execuções na Arábia Saudita deveriam deixar muito claro que a “guerra ao terror” das potências ocidentais não tem nada a ver com uma suposta oposição às decapitações ou ao fanatismo religioso sectário. Em vez de condenar esses crimes, os Estados Unidos, o Reino Unido e outras potências ocidentais continuam dando ao regime saudita, se não seu apoio público, ao menos um suporte prático. Tudo em nome de supostas necessidades e alianças criadas pela “guerra ao terror”.
Esses crimes fazem parte dos esforços da família real saudita para manter seu poder através de violênca estatal e autoridade religiosa, ambos representados pela espada do carrasco. O mais proeminente dentre os executados foi Nimr al-Nimir, um líder do clero xiita julgado secretamente e condenado por apoiar o movimento de protestos que tomou a população xiita na Arábia Saudita oriental e partes vizinhas de Bahrain em 2011; movimento esse particularmente popular entre a juventude influenciada pela Primavera Árabe. Muitas pessoas acusadas de participar de comícios na época, presos quando ainda eram adolescentes, devem ser executadas a seguir.
A execução de Nimir, ao lado da de muitos outros xiitas, foi uma resposta hedionda a protestos legítimos contra a discriminação presente no mercado de trabalho, no meio educacional, entre outros - prova de que o regime saudita, em vez de se afastar do fanatismo religioso característico do reino de Salman e de seus príncipes, está ampliando o uso de assassinatos, justificados por religião, para silenciar adversários políticos.
Mais do que isso, trata-se de um deliberado ato de provocação, direcionado a autoridades xiitas internacionalmente, em particular ao regime iraniano. Provavelmente existe a perspectiva de dificultar relações diplomáticas desse país com os Estados Unidos, uma vez que o Irã, também conhecido por realizar execuções em massa, deve dar uma resposta à altura.
Também há clara intenção de acabar de uma vez com qualquer questionamento da legitimidade da Casa de Saud por parte da Al Qaeda, do Estado Islâmico ou semelhantes, tanto dentro quanto fora do reino e até mesmo dentro da família real, tomando o papel de liderança de todos os sunitas e insinuando uma batalha religiosa.
As execuções foram um ato bárbaro mas não desmedido - elas serviram a objetivos políticos claros, os mesmos por trás da guerra saudita contra o Iêmem e os esforços sauditas para confrontar o regime de Assad e seus apoiadores iranianos em termos religiosos, desafiando a sharia do Estado Islâmico ao impor a sharia saudita. Esses são objetivos que, em alguns aspectos, convergem com os planos das potências ocidentais a respeito de como moldar o caos no Oriente Médio para o seu benefício.
A diferença entre o Estado Islâmico e o regime saudita não pode ser medida em termos de moderação ou crueldade. Embora a relação da monarquia com os Estados Unidos seja complexa e volátil - os Estados Unidos já atuaram nos dois lados da disputa sunita/xiita, inclusive tendo trabalhado com o regime xiita fundamentalista iraniano em alguns momentos - o fato é que os Estados Unidos e seus aliados não teriam sido capazes de dominar o Oriente Médio sem sua aliança com a Arábia Saudita, por mais problemática que essa aliança seja para ambos os lados atualmente.
Por isso, o presidente americano Barack Obama, o primeiro ministro britânico David Cameron e o presidente francês François Hollande têm silenciado diante das execuções. A princípio, representantes demonstraram desgosto diante da situação de “tensão sectária na região”, como se a intervenção ocidental em si não fosse o maior fator de agitação do conflito religioso no Oriente Médio. Conforme as ondas de choque foram se colocando, seus governos expressaram sua preocupação apenas a respeito dos inconvenientes políticos que poderiam ser criados, e não sobre a injustiça do ato.
O editorial de 4 de janeiro do Independent britânico não poderia ter sido mais explícito: ao mesmo tempo em que se distancia do entusiasmo desavergonhado do Partido Conservador britânico a respeito do regime saudita - note-se que o primeiro ministro Cameron recentemente apoiou a candidatura saudita ao Conselho de Direitos Humanos da ONU - o jornal concluiu que “não é do nosso interesse ver, e menos ainda provocar, a queda do regime de Saud”. É essa também, é claro, a política seguida por Obama, quem há um ano proclamou “a importância da relação Estados Unidos - Arábia Saudita como uma força na promoção da estabilidade e segurança do Oriente Médio e além.”
Os imperialistas ocidentais sempre souberam como atua o regime saudita. Sempre houve decapitações de apóstatas (pessoas acusadas de abandonar o Islã): está agendada a execução do jovem poeta e artista palestino Ashraf Fayadh, justamente por esse “crime”. Muitas das 153 pessoas executadas em 2015 e do total de 2200 pessoas nas últimas três décadas eram trabalhadores migrantes, principalmente do Sul da Ásia, os quais construíram os palácios da região do Golfo, shopping centers, museus, estádios esportivos e outras maravilhas arquitetônicas, virtualmente submetidas à espada real.
Os governantes sauditas devem suas espadas, no sentido mais amplo da palavra, às potências ocidentais. Em novembro, pouco antes das execuções e bastante depois do governo saudita anunciar seu plano para realizá-las, o Departamento de Estado de Obama aprovou uma solicitação saudita para comprar 1,29 bilhões de dólares em bombas e mísseis. O website do Departamento de Estado oferece com frieza um inventário das compras, o tipo de munição que a Arábia Saudita e seus aliados no Golfo tem feito chover sobre as cabeças do povo do Iêmem, numa guerra que já matou pelo menos 5700 pessoas, metade delas civis, desde que começou a invasão por ar e terra em março de 2015. Essa guerra de agressão contra um país que a Arábia Saudita considera tradicionalmente seu “quintal” não poderia acontecer sem o apoio logístico, o reabastecimento aéreo e os times de caça providenciados pelos Estados Unidos - o que torna Washington diretamente responsável pelo bombardeio de escolas e hospitais.
Apesar dos fatores serem complexos, essa guerra, assim como as execuções, está sendo travada em nome da autoridade religiosa da família real saudita contra xiitas e outros infiéis. Os rebeldes houthi, cuja crença Zaydi faz da sua fé uma prima do xiismo, são apoiados pelo Irã - o que está longe de ser o principal fator da rebelião dos houthis e de outros contra o regime da Arábia Saudita. Esse é outro exemplo de como os sauditas estão buscando agravar a dimensão religiosa dos conflitos da região - com apoio concreto dos Estados Unidos.
Obama veio pessoalmente encontrar-se com o Rei Salman, depois deste ser entronado há um ano, e seu reino tem sido aclamado como a inauguração de uma era de reforma por ocidentais. assim como aponta o comentarista liberal americano Thomas Friedman (em texto no New York Times de 25 de novembro de 2015, escrito quando essas execuções já estavam agendadas). A principal “reforma” até então tem sido promover eleições para as insignificantes estruturas municipais, e permitir que mulheres votem, apesar de não poderem dirigir ou tomar qualquer decisão sem permissão de seu homem responsável. Ao longo do último ano, o regime saudita tem ampliado suas execuções, em alguns casos crucificando os corpos decapitados e deixando-os a apodrecer publicamente.
Membros da família real (que, graças à poligamia, chega ao número de milhares) e membros do alto escalão do próprio regime tem apoiado a Al-Qaeda. O regime recebeu duras críticas da Al-Qaeda a respeito do estacionamento de tropas americanas nas terras sagradas do Islã, o que culminou com a transferência de tais tropas para bases em outros lugares do Golfo. Na Síria, a Arábia Saudita tem armado e financiado uma variada constelação de alianças fundamentalistas islâmicas. Quanto ao Estado Islâmico, que compartilha da ideologia Salafi (fundamentalista) que legitima o poder da Casa de Saud e, de forma semelhante, baseia seu sistema na opressão de mulheres, a mudança de seu nome de Estado Islâmico do Iraque e do Levante para apenas Estado Islâmico sinalizou uma ameaça direta à alegação de autoridade do regime saudita sobre todos os muçulmanos sunitas.
A monarquia absoluta saudita exige obediência e apregoa ser a terrena “protetora de Ummah” (a assim chamada comunidade de fiéis) e não por meio de poder religioso direto como o califado do Estado Islâmico, liderado por um auto-aclamado descendente de Maomé. Essa distinção é um perigo à existência da dinastia saudita, apesar de não representar uma grande diferença, especialmente se levarmos em conta que a resposta saudita à marca registrada do Estado Islâmico - de exterminar xiitas como apóstatas, além de infiéis - foi superar seus números e se tornar a maior assassina de xiitas.
As potências imperialistas ocidentais sabiam muito bem o que queriam ao se envolverem com a monarquia saudita. O Reino Unido ajudou a estabelecer a monarquia em 1932, depois de encorajar a ascenção do Wahhabismo (a forma específica de Salafismo associada com autoridades tribais árabes) em sua campanha para absorver o império Otomano. Em um tratado de 1945, assinado por Franklin D. Roosevelt, os Estados Unidos prometeram manter a monarquia saudita no poder, um pacto renovado por George W. Bush em 2005. Apesar dos Estados Unidos terem tomado o país do Reino Unido, como forma de substituir a dominação britânica sobre o Oriente Médio, o Reino Unido permanece mantendo laços financeiros e militares próximos com a Arábia Saudita. A França, sob o governo do presidente socialista Hollande, está agora forjando novos vínculos políticos e militares com o regime.
Ainda assim, a associação da Arábia Saudita com o imperialismo transformou profundamente o regime e sua classe dominante. Assim como em outros países do Golfo, ela se transformou num grande espaço de acumulação de capital dentro do capitalismo global dominado pelas potências imperialistas ocidentais. Isso aconteceu, por um lado, através da exploração no Golfo de trabalhadores do mundo islâmico e, por outro, pelo investimento de capital saudita e do Golfo em países muito maiores como o Egito, cuja economia, política e vida religiosa são amplamente condicionadas por essa relação.
De diversas formas, tais como influência política e subsídios a regimes como o paquistanês, a pregação religiosa para os milhões de árabes vindos para trabalhar no Golfo, o financiamento de grandes instituições religiosas e “filantrópicas” e centenas de pregadores televisivos e expoentes midiáticos, a Arábia Saudita e outras monarquias do Golfo são os principais vetores que trazem o Salafismo moderno ao mundo sunita. Isso ocorre ao mesmo tempo em que todos esses países se aproximam cada vez mais do mercado internacional e do sistema capitalista global, com uma decorrente rivalidade inevitável entre as classes dominantes, que apenas são capazes de acumular capital em competição mortal umas com as outras.
É verdade, como disse Obama, que “a relação entre Arábia Saudita e Estados Unidos” tem sido inestimável pros EUA e pro Ocidente como uma “força na promoção da estabilidade e da segurança do Oriente Médio”. Mas, ao mesmo tempo, essa relação proporcionou condições para a instabilidade atual na região, em que a contínua dominação americana não garantiu um cenário seguro de forma alguma. Grandes riscos exigem medidas desesperadas.
Muita gente, especialmente no Oriente Médio, cujo povo é de longe o maior alvo e a maior vítima do Estado Islâmico e de toda forma de fundamentalismo islâmico, considera que os Estados Unidos deliberadamente criaram o Estado Islâmico. Isso não é literalmente verdade. Apesar de Washington, Londres e Tel Aviv terem encorajado o islamismo em resposta a tendências políticas mais radicais na região, e apesar das forças imperialista terem criado as condições nas quais eles surgiram, as várias formas de fundamentalismo islâmico são um problema sem solução para os Estados Unidos e para outros imperialistas ocidentais. Ainda assim, a realidade sobre a qual se constrói a “guerra ao terror” não é um mero conflito bilateral. Em vez disso, imperialistas rivais e poderes regionais estão tentando avançar em seus próprios interesses reacionários entre acordos e conflitos, uns contra os outros, num campo de batalha muito complexo que pode ser interpretado como “cada classe dominante por si”. Ao mesmo tempo, de forma geral, todos esses adversários estão alimentando fundamentalismo religioso de algum tipo, não só intencionalmente, mas também como resultado de suas manobras políticas e militares e pelas relações econômicas retrógradas que eles representam.
O capital imperialista, agora representado por pessoas como Obama e seus colegas “líderes ocidentais”, precisa da autoridade de pessoas como o Rei Salman e de seus príncipes assassinos, que remetem a ideologias e sistemas sociais antigos, mas que devem seu poder ao imperialismo moderno. Os Estados Unidos e seus parceiros e rivais não podem deixar de fomentar fundamentalismos como o islâmico no século XXI. A “guerra ao terror” é uma fraude - é uma competição de quem consegue impor seus interesses e o maior terror.
Tradução por Allan Brum
Assista vídeo de mais uma decapitação: http://www.liveleak.com/view?i=b89_1421360015
Jean Wyllys diz ser “desonesto e irresponsável” chamar Israel de genocida
O genocídio de Israel contra o povo palestino: uma discussão “honesta e responsável”
por João Telésforo*
O Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), em entrevista ao programa “Conexão Israel”, afirmou que seria “desonesto e irresponsável” chamar o Estado de Israel de genocida, por seus ataques criminosos contra o povo palestino.
Curiosamente, o partido de Jean foi um dos signatários de carta pública, em julho de 2014 (diante de mais uma série de ataques de Israel), na qual se afirmava que “o tom das ações israelenses tem sido de limpeza étnica, crimes de guerra e genocídio”. Quem terá razão?
O historiador israelense Ilan Pappé, Diretor do Centro Europeu de Estudos Palestinos na Universidade de Exeter (Inglaterra), considera, desde 2006, que o Estado de Israel comete genocídio na Faixa de Gaza, indo além das “clássicas” políticas israelenses de limpeza étnica contra os palestinos (remoção militarizada de um grupo étnico de determinados territórios).
Em novo texto de 2014, Pappé avalia que o genocídio segue em curso no “gueto” palestino de Gaza, de maneira incremental.
Michael Ratner, advogado, Presidente Emérito da renomada organização de direitos humanos Centro para Direitos Constitucionais (CCR), sediada em Nova Iorque, e Presidente do Centro Europeu para Direitos Humanos e Constitucionais, ex-Professor das Universidades de Yale e Columbia, concorda com a definição de Ilan Pappé, sobre “genocídio incremental” contra o povo palestino.
Em entrevista de 2014, refere-se aos “crimes de guerra” de Israel, ao “genocídio, crimes contra a humanidade, e apartheid”, e argumenta, citando Pappé, sobre os elementos jurídicos e fáticos que configuram esses crimes na situação.
Também há posições sólidas que não chegaram a resultados conclusivos sobre a existência de genocídio contra o povo palestino, embora tenham constatado outras gravíssimas violações ao direito internacional dos direitos humanos.
Richard Falk, professor emérito de Direito Internacional da Universidade de Princeton, afirmou, em relatório ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, durante seu mandato (2008-2014) como “relator especial da ONU para os direitos humanos nos territórios palestinos ocupados desde 1967”, que o Estado de Israel promove “colonialismo, apartheid e limpeza étnica” em suas ocupações na Palestina.
No que diz respeito à caracterização jurídica de genocídio, a posição de Falk é mais cautelosa, mas bastante longe de negá-lo como hipótese sem sentido, ou “desonesta e irresponsável”.
Em Setembro de 2014, Falk integrou sessão do Tribunal Russel (da sociedade civil) para analisar, do ponto de vista do Direito Internacional, a operação militar “Margem Protetora”, realizada por Israel na Faixa de Gaza em 2014, ao longo de 50 dias.
O júri, formado por indivíduos proeminentes de todo o mundo, destacados na defesa dos direitos humanos, e assessorado por uma equipe de juristas voluntários, analisou inclusive a acusação de genocídio, que ganhou muita força à época (acusação feita a Israel, inclusive, por 40 sobreviventes do holocausto nazista).
Em seu relato sobre as conclusões do Tribunal, Falk afirma que “o júri teve pouca dificuldade em concluir” sobre “uma série de crimes de guerra agravados pelo cometimento de crimes contra a humanidade, mais centralmente a imposição de um regime multifacetado de punição coletiva contra toda a população civil de Gaza, em violação flagrante e sustentada do Artigo 33 da Quarta Convenção de Genebra”. O júri também rechaçou a alegação de Israel de que a série de ataques teria caráter de “autodefesa”.
Sobre genocídio, adotando critérios jurídicos rigorosos (mais do que para qualificações políticas ou jornalísticas), o Tribunal Russel concluiu, após ouvir uma série de testemunhos (traduzo parte do relato de Falk):
“Houve consenso no júri que as evidências de genocídio eram suficientes para que fosse apropriado e responsável dar cuidadosa consideração à acusação de que o Estado de Israel cometeu o crime de genocídio durante a operação Margem Protetora.
Isso foi em si um reconhecimento de que havia uma atmosfera genocida em Israel na qual altos agentes do governo fizeram declarações apoiando a destruição, eliminação e subjugação dos palestinos de Gaza como um povo, e que essas declarações inflamatórias não foram repudiadas pelo governo Netanyahu nem submetidas à investigação criminal nem a quaisquer procedimentos legais.
Ademais, o bombardeio continuado de Gaza sob circunstâncias nas quais a população não tinha a oportunidade de sair da região ou procurar refúgio na Faixa de Gaza aumentaram a credibilidade à acusação de genocídio. O fato de que a ‘Margem Protetora” tenha sido a terceira operação militar de larga-escala e continuada contra essa população ilegalmente bloqueada, empobrecida e ameaçada também formou parte do contexto mais amplo de genocídio.
Ainda como pano de fundo, e talvez a consideração mais relevante de todas, Israel falhou em esgotar os meios diplomáticos antes de recorrer à força, como requerido pelo direito internacional e a Carta da ONU.
Israel teve a opção de levantar o bloqueio e explorar as opções de um acordo de longo prazo para existência pacífica, proposto pelo Hamas em inúmeras ocasiões nos anos recentes. Essas iniciativas foram desprezadas por Israel sob a alegação de que não negociariam com uma organização terrorista.
Apesar do peso incriminador desses fatores, houve dúvidas legais sobre a configuração do crime de genocídio. Os líderes políticos e militares de Israel nunca endossaram explicitamente a busca de objetivos genocidas, e pretensamente buscaram um cessar-fogo durante a campanha militar.
Não se constatou uma expressão oficial clara da intenção de cometer genocídio, como distinto da intensificação do regime de punição coletiva documentado de forma convincente. A presença de comportamento e linguagem genocidas, mesmo se usada em círculos governamentais, não é por si só suficiente para concluir que a operação Margem Protetora, apesar de sua escala e fúria, tenha chegado ao ponto de genocídio.
O júri concordou, no entanto, que cidadãos de Israel, inclusive agentes do governo, pareciam ser culpados em vários momentos do crime de Incitação ao Genocídio, previsto no Artigo 3(c) da Convenção de Genebra. (…) Em algum momento, o acúmulo de atos genocidas será razoavelmente entendido como suficiente para satisfazer o alto padrão probatório necessário para concluir que Israel cometeu genocídio”.
Ante a “atmosfera genocida”, a “incitação ao genocídio” e o conjunto de violações aos direitos humanos perpetradas por Israel contra o povo palestino, em especial os residentes de Gaza, o Tribunal Russel apelou à ONU e à comunidade internacional que ajam para prevenir qualquer comportamento adicional de Israel que possa configurar-se como genocídio.
Como se vê, há uma discussão jurídica séria sobre se os crimes de Israel chegaram ao ponto de constituir genocídio (sobre crimes contra a humanidade, colonialismo e limpeza étnica, há grau de consenso bem maior de que são praticados por Israel).
Existem diferentes avaliações respeitáveis sobre o assunto. Reduzir a acusação de genocídio contra o povo palestino a “desonesta e irresponsável” é que não tem qualquer consistência, e minimiza a necessidade (apontada pelo Tribunal Russel) de levar a sério que se trata no mínimo de um risco real, ante o qual é necessária a mobilização de toda a comunidade internacional.
A desqualificação da acusação de genocídio a Israel não condiz com a trajetória e a estatura política e intelectual de Jean Wyllys, parlamentar de enorme importância em múltiplas frentes de defesa dos direitos humanos.
Se iniciei este texto fazendo referência a ele, não é para “atacá-lo”, mas por reconhecer sua extraordinária influência, justamente conquistada, nas redes sociais e junto aos setores progressistas da sociedade brasileira, e a necessidade de oferecer um contraponto jurídico crítico fundamentado à sua afirmação pontual sobre o genocídio.
Afinal, como afirma Richard Falk em seu último livro, “Palestine: the Legitimacy of Hope”, “a luta palestina por autodeterminação tornou-se a questão moral internacional mais importante do nosso tempo”.
*João Telésforo é Mestrando em Direito, Estado e Constituição na Universidade de Brasília.
Teerã conta com ‘plano de Putin’
Na terça-feira (12) o presidente da Rússia Vladimir Putin sublinhou, em uma entrevista à edição alemã Bild, que a Rússia está pronta, se for necessário, a tomar parte da regulação do conflito entre o Irã e a Arábia Saudita.
“Se a nossa participação for exigida de uma maneira ou outra, estamos prontos a fazer tudo para que o conflito seja esgotado e o mais rápido possível”, disse Putin explicando que a Rússia “construiu boas relações com o Irã e está construindo relações firmes de parceria com a Arábia Saudita”.
Em uma entrevista à Sputnik, o conselheiro do presidente do parlamento iraniano em questões internacionais, Hossein Sheikholeslam, expressou a posição oficial do Irã sobre as palavras do presidente russo: “Em primeiro lugar expressamos uma grande gratidão à Rússia e pessoalmente ao presidente Vladimir Putin pelo fato que ele não ficou impassível perante os acontecimentos e mostrou vontade de participar da resolução mais rápida da crise surgida nas relações entre os dois países, crise que não contribui para a estabilização da situação na região em geral…”.
Porém, segundo o político iraniano, a Arábia Saudita tem grande culpa da situação: “É preciso entender que as autoridades sauditas cometeram um crime em relação a um simples clérigo xiita pela verdade e veracidade exprimida por ele relativamente à política despótica do regime governante [na Arábia Saudita]. A represália sobre ele foi realizada sem investigação e tribunal, sem direito a um advogado, a despeito de todas as convenções e leis internacionais…”.
Sheikholeslam explicou porque isto pôde acontecer:
“O rei governante confiou todos os assuntos estatais importantes ao seu jovem e inexperiente filho que, por sua vez, tentando se afirmar como um herdeiro digno, conduz uma luta interna despótica e imprevidente… Como resultado – um conflito externo que resultou na deterioração e quase ruptura das relações diplomáticas com o Irã”.
Entretanto, segundo o parlamentar iraniano, o seus país acredita no plano russo, se este se mostrar eficaz: “Se o respeitado presidente Vladimir Putin tiver um plano eficaz, então o Irã irá receber tal iniciativa por parte da Rússia. Porque, como se diz, é possível escolher amigos e aliados, mas não os vizinhos, os vizinhos são os países com quais é preciso coexistir”.
Outro interlocutor da Sputnik, o cientista político, diplomata e ex-funcionário da embaixada iraniana no Líbano Seyed Hadi Afghahi, opina que o papel da Rússia na regularização da crise pode ser decisivo: “O que toca à eficácia da participação da Rússia como mediador na regularização da crise surgida nas relações entre os dois países, aqui há um fator a ter em conta: o desejo das próprias autoridades da Arábia Saudita. Sem dúvida, a Rússia é um país imenso e poderoso. Ela tem relações estratégicas com o Irã e de boa parceria com a Arábia Saudita. Por isso, a Rússia pode ser um mediador eficaz e confiável na regularização desta crise. Apesar de o Iraque também manifestar a iniciativa de mediar a solução do conflito entre o Irã e a Arábia Saudita, a Rússia, contudo, tem mais chances de sucesso devido à sua influência e autoridade entre os países da região”.
Além disso, o especialista sublinhou que quem somente lucrará com “o conflito entre os dois grandes países islâmicos da região – Irã e Arábia Saudita – serão os sionistas e os EUA, enquanto povos inteiros podem sofrer com ele”.
As relações entre o Irã e a Arábia Saudita deterioraram após execução em 2 de janeiro de 47 pessoas por Riad, inclusive um proeminente clérigo xiita. Censurando esta ação, manifestantes saíram às ruas do Irã, o maior país xiita, e atacaram a embaixada saudita. Em resposta, Riad cortou as relações diplomáticas com Teerã.
Sputniknews
Obama pide levantar embargo a Cuba y cerrar Guantánamo
Presidente de EE.UU., Barack Obama, ofrece su último discurso sobre el estado de la Unión ante las dos Cámaras del Congreso, 12 de enero de 2016.
El presidente de Estados Unidos, Barack Obama, vuelve a pedir al Congreso el fin de los embargos contra Cuba y el cierre del “inútil” centro de detención de Guantánamo.
“¿Quieren ustedes consolidar nuestro liderazgo y credibilidad en el hemisferio? Entonces reconozcamos que la Guerra Fría se terminó. Levanten el embargo a Cuba”, declaró Obama el martes por la noche durante su último discurso sobre el estado de la Unión como presidente de Estados Unidos.
Además aseguró que seguirá intentando cerrar la cárcel que mantiene su país en la base militar de Guantánamo (en Cuba) durante su último año de mandato y subrayó que los más de 50 años de “aislamiento” impuesto a la isla no lograron promover “la democracia” y perjudicaron la imagen de Estados Unidos en Latinoamérica.
“Por eso restauramos nuestras relaciones diplomáticas, abrimos la puertas a los viajes y el comercio, y nos posicionamos para mejorar la vida del pueblo cubano”, agregó.
Daesh y Al-Qaeda son una amenaza directa para EE.UU.
Al tratar el tema del terrorismo, Obama señaló al EIIL (Daesh, en árabe) y Al-Qaeda como “amenazas directas” para el pueblo estadounidense porque un “puñado de terroristas que desprecian el valor de la vida humana, incluso de la propia, son capaces de hacer mucho daño”.
Aun así, Obama trató de minimizar el peligro que representan sosteniendo que no suponen “una amenaza para nuestra existencia nacional”. En este sentido, pidió no caer en la trampa de hacer propaganda para los terroristas que tratan de esta forma engrosar sus filas.
No elijan a Trump
En una aparente referencia al magnate neoyorquino y aspirante a la candidatura republicana a la Casa Blanca para 2016, Donald Trump, Obama pidió a los estadounidenses no elegirle como su sucesor.
“Mientras crece la frustración habrá voces que nos pedirán que nos refugiemos en nuestras tribus, y que otros conciudadanos que no se parezcan a nosotros, o que no recen como nosotros, o que no voten como nosotros ni compartan los mismos orígenes sean el chivo expiatorio”, añadió.
A juicio de Obama, cuando “los políticos insultan a los musulmanes, cuando una mezquita es vandalizada o cuando un niño es acosado, esto no nos hará más seguros”.
Tras las declaraciones del pasado mes de Trump de prohibir por completo la entrada de musulmanes a EE.UU., el diario The Wall Street Journal divulgó una encuesta que señaló que la mayoría de los estadounidenses rechaza la postura antimusulmana del candidato presidencial.
mrk/ktg - HispanTv
Reino Unido confirma su participación en la guerra contra Yemen
El canciller británico, Philip Hammond, confirmó el martes que su país está apoyando al régimen saudí en su ofensiva contra Yemen.
El Reino Unido tiene una presencia militar en Arabia Saudí en su guerra contra Yemen y está trabajando con los saudíes para asegurar el seguimiento de los procedimientos correctos para evitar infracciones del derecho internacional humanitario, aseguró Hammond a legisladores en la Cámara de los Comunes en Londres, la capital británica.
También indicó que las tropas británicas están ayudando a identificar los objetivos militares para la campaña militar saudí en Yemen y no han encontrado violaciones "deliberadas" de derecho humanitario.
Grupos de derechos humanos han criticado la alianza del Reino Unido con Arabia Saudí tras los informes de que los aviones saudíes habían llevado a cabo ataques aéreos contra centros de Médicos Sin Fronteras (MSF) en las provincias de Taiz y Sadaa, en el suroeste y noroeste de Yemen, respectivamente.
El pasado domingo, MSF informó de que tres personas murieron y otras 10 resultaron heridas a causa de un ataque de las fuerzas saudíes contra una clínica gestionada por esta organización en Saada.
Por su parte, los diputados pidieron al Gobierno británico revisar los acuerdos de venta de armas a Arabia Saudí por violaciones de derechos humanitarios cometidas contra los civiles yemeníes.
Sin embargo, Hammond afirmó que no hay ninguna evidencia que demuestre violación deliberada del derecho internacional humanitario por parte de Arabia Saudí y el Reino Unido tiene "un muy robusto proceso de concesión de licencias de exportación de armas".
La semana pasada, el diario británico The Independent reveló que Londres ha autorizado la venta de más de 8 mil millones de dólares en armas a Arabia Saudí desde que el primer ministro británico, David Cameron, asumiera el cargo en mayo de 2010.
El pasado mes de diciembre, Amnistía Internacional (AI) afirmó que el Gobierno del Reino Unido incumple las leyes internacionales vendiendo armas a Arabia Saudí para bombardear a los civiles en Yemen.
El 26 de marzo, Arabia Saudí emprendió una campaña militar contra Yemen sin el aval de las Naciones Unidas, pero con luz verde de EE.UU., en un intento por restaurar en el poder al fugitivo expresidente Abdu Rabu Mansur Hadi, un fiel aliado de Riad.
‘Reino Unido es cómplice de crímenes de guerra de Riad en Yemen’
Mirar: https://youtu.be/UuWAu5H5qdI
mkh/ktg/msf - HispanTv
Irán libera a marines retenidos tras disculpas de EEUU
Los marines estadounidenses retenidos por Irán tras violar las aguas territoriales del país persa.
Irán ha liberado este miércoles en las aguas internacionales los dos barcos militares de EE.UU. con sus 10 tripulantes retenidos tras violar las aguas territoriales del país persa, según informa el CGRI.
“Tras los análisis técnicos y operacionales con la coordinación de las autoridades políticas y de seguridad pertinentes y la corroboración de que la entrada de las embarcaciones de combate estadounidenses a las aguas de la República Islámica de Irán se produjo de forma no intencional, y después de que éstos presentaran sus disculpas, se ha decidido liberarlos”, reza el comunicado de la Oficina de Relaciones Públicas del Cuerpo de los Guardianes de la Revolución Islámica (CGRI).
La nota, además, destaca que la liberación ha tenido lugar después de que los “estadounidenses se comprometieron a no volver a cometer errores similares”.
El martes, dos lanchas militares estadounidense armadas, con 10 tripulantes (9 hombres y una mujer), se adentraron en las aguas iraníes cerca de la isla Farsi, en el Golfo Pérsico, donde fueron interceptados por la Fuerza Naval del CGRI.
Tras el suceso, el portaaviones estadounidense USS Harry S. Truman, que se encontraba en las aguas internacionales del Golfo Pérsico, comenzó una serie de actividades marítimas y aéreas que finalizó sin incidentes debido a la intervención del CGRI para calmar la situación, detalla el texto.
mrk/ktg - HispanTv
Irán intercepta a dos buques de la Marina de EE.UU.
Irán ha detenido dos buques de la Marina estadounidense, con los que el Pentágono perdió brevemente el contacto cuando se dirigían de Kuwait a Baréin.
El Pentágono ha anunciado que había perdido brevemente el contacto con dos buques de la Marina en el golfo Pérsico y que, en estos momentos, están retenidos por Irán. Sin embargo, este país ha prometido que pronto los dejará en libertad de manera segura.
"Nos hemos puesto en contacto con Irán y nos han prometido que nos devolverán las naves rápidamente", ha anunciado el portavoz del Pentágono, Peter Cook, quien ha precisado que los buques se dirigían de Kuwait a Baréin cuando perdieron el contacto. El incidente se ha producido cerca de la isla Farsi, situada en mitad del golfo Pérsico.
Otros altos cargos norteamericanos han comunicado que EE.UU. estaba realizando unas maniobras cuando, debido a un problema mecánico, sus barcos se desviaron hacia las aguas reclamadas por Irán y fueron detenidos por la Guardia Costera de ese país, informa NBC News.
Nada más informarse del asunto, el Secretario de Estado estadounidense, John Kerry, se ha puesto en contacto con el ministro de Asuntos Exteriores iraní, Mohamad Yavad Zarif.
Más tarde, una fuente de la Defensa de EE.UU. ha indicado que los soldados de la Marina detenidos serán liberados este miércoles por la mañana. Según su versión, el plan consiste en encontrarse con los militares en aguas internacionales después de que amanezca; no obstante, no ha precisado si los norteamericanos también recibirán los barcos.
Presunto lanzamiento de un misil iraní cerca de un portaaviones de EE.UU.
Este suceso se ha producido tan solo dos semanas después de que se publicara la noticia sobre el supuesto lanzamiento de un misil iraní cerca de un portaaviones de EE.UU. Al parecer, Irán lanzó un misil en el estrecho de Ormuz y a unos 1.300 metros del portaaviones estadounidense USS Harry S. Truman, según la información difundida por el medio estadounidense NBC, cuya fuente fueron oficiales de EE.UU. sin identificar.
Posteriormente, Irán negó haber lanzado misiles en el lugar y momento indicados y calificó los hechos como parte de "una guerra psicológica". Así, el portavoz de la Guardia Revolucionaria, Ramezan Sharif, anunció que "las Fuerzas Navales de la Guardia no han realizado ningún lanzamiento en el estrecho de Ormuz durante la semana pasada y el periodo indicado por Estados Unidos".
Actualidad RT
Estados Unidos pide a países americanos expresarse sobre Venezuela
Resumen Latinoamericano - Estados Unidos llamó este lunes a los países americanos a expresarse abiertamente a favor de la democracia en Venezuela y abogó nuevamente por el respeto a la mayoría opositora en el Legislativo, enfrentado al gobierno chavistas.
“Seguimos apoyando al pueblo venezolano en su trabajo hacia un futuro democrático, pacífico y próspero”, dijo un funcionario del Departamento de Estado que prefirió mantener el anonimato.
“Alentamos a otros en la región a hablar en defensa de esos valores democráticos”, añadió el responsable a la AFP en un comunicado.
La oposición venezolana obtuvo el 6 de diciembre 112 de las 167 curules que componen el parlamento unicameral, lo que le da amplios poderes para designar y destituir funcionarios de los otros poderes públicos.
Al asumir el control legislativo el 5 de enero, la colorida alianza opositora MUD enterró casi 17 años de hegemonía chavista en el Congreso.
Pero el Tribunal Supremo de Justicia (TSJ), acusado por la oposición de ser aliado del chavismo, declaró este lunes “nulas” las acciones del Parlamento mientras mantenga a tres asambleístas opositores impugnados.
Poco después la oposición venezolana aseguró que sus 112 diputados “van a seguir legislando” y que la sentencia del TSJ “es de imposible acatamiento”, según dijo el legislador opositor Simón Calzadilla.
“Seguimos llamando por el respeto a la voluntad del pueblo, la separación de poderes y el proceso democrático”, indicó el funcionario estadounidense.
“El diálogo político es la mejor manera de enfrentar los serios desafíos que enfrentan los venezolanos”, añadió, reiterando el llamado a liberar a dirigentes opositores presos.
El presidente venezolano Nicolás Maduro acusó la semana pasada a Estados Unidos de alentar la confrontación interna para “intervenir” en Venezuela con el apoyo de la mayoría opositora recién instalada en el Parlamento.
Aunque carecen de embajadores desde 2010, Caracas y Washington mantienen normales relaciones comerciales.
Corea del Sur realiza disparos de advertencia contra un dron norcoreano
Dos soldados surcoreanos en un puesto de Paju, en la zona desmilitarizada que separa las dos Coreas / Reuters / Kim Hong-Ji
El incidente se ha producido en medio de la presión internacional sobre Pionyang, que ejecutó ensayos con una bomba de hidrógeno la semana pasada.
Corea del Sur ha realizado disparos de advertencia contra un avión no tripulado de Corea del Norte en la zona fronteriza entre ambos países.
El dron norcoreano regresó al área de su país tras la advertencia, según informó la agencia surcoreana Yonhap.
El incidente ha tenido lugar en medio del aumento de la tensión en la península, después de que Corea del Norte realizara una prueba termonuclear la semana pasada.
Este miércoles la presidenta surcoreana, Park Geun-hye, ha llamado a China —país aliado de Pionyang— a que les ayude a castigar a Corea del Norte con sanciones internacionales por efectuar ensayos con una bomba de hidrógeno.
Actualidad RT
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
EXPLOSÃO NO CENTRO DE ISTAMBUL DEIXA VÁRIOS MORTOS
Uma testemunha disse à agência Reuters que havia partes de corpos no local da explosão na praça Sultanahmet, um importante ponto turístico da cidade
Uma forte explosão na região central de Istambul nesta terça-feira deixou várias pessoas mortas e feridas, disseram emissoras de TVs turcas, sem especificar um número exato de vítimas.
Fotografias e filmagens circularam nas redes sociais mostrando diversos corpos pelas ruas e calçadas, além de dezenas de ambulâncias se dirigindo ao local.
O local é um dos principais pontos turísticos de Istambul, concentrando centenas de turistas estrangeiros diariamente. Até o momento não há informações sobre as nacionalidades dos mortos e feridos.
Este atentado se soma a outros promovidos pelo Estado Islâmico (Daesh, Isis) que, num primeiro momento, contou com o apoio do governo Erdogan em sua guerra para assassinar os kurdos. Dezenas de fábricas e indústrias foram retiradas da Síria por terroristas do Estado Islâmico e montadas na Turquia, com o aval e a permissão de funcionários e policiais corruptos. Hoje os terroristas contam com elevado número de militantes em território turco, ameaçando a segurança e a estabilidade daquele país.
A esquerda retomará seu protagonismo com projetos, diz Camila Vallejo
A deputada chilena Camila Vallejo, líder estudantil que se destacou unas manifestações de 2011 em seu país, afirmou que confia na recuperação da esquerda na América Latina.
Em entrevista à Prensa Latina, Camila afirmou que é perceptível uma ascensão da direita neoliberal na América Latina, mas acredita que a esquerda pode recuperar seu espaço antes de uma nova onda como nos anos 90. “É um fato lamentável, mas sabemos que a direita é forte e aliada dos interesses dos Estados Unidos. No entanto, tenho esperanças que a esquerda retomará seu protagonismo com projetos inteligentes”, disse.
Para Camila, além das mudanças eleitorais, a América Latina tem capacidade de ir ainda mais longe. “Há muitas conquistas: educação para todos, o fim das desigualdades, alfabetização, saúde… Acredito que com esta base as pessoas saberão lutar para defender suas conquistas”.
Com relação ao seu país, a deputada do Partido Comunista, afirma que o governo de Michelle Bachelet tem conquistado transformações importantes, mesmo com as manobras e os obstáculos criados pela direita.
“A direita conseguiu aprofundar o modelo neoliberal no Chile e isso era um freio absoluto. Agora estamos progredindo em campos como a educação, área em que aprovamos programas para torna-la um direito fundamental”, explicou.
Camila afirma que entender a educação como um direito fundamental faz com que a discussão entre em outro patamar, onde fica claro que é necessário acabar com os obstáculos criados pelo sistema educacional privado, como o lucro e a seleção econômica, cultural e ética.
Segundo a deputada, depois da aprovação da Lei Expressa de Gratuidade Universitária, mais de 175 mil jovens serão beneficiados com o ingresso gratuito na universidade; além disso, cerca de 200 mil famílias terão o direito de matricular os filhos na escola primária e media sem pagar taxas e mensalidades.
Do Portal Vermelho, com Prensa Latina
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