segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Rússia reitera que aviação militar nunca atacou civis na Síria (ao contrário da França e EUA)
A aviação russa, destacada na Síria em uma operação militar contra o autodenominado Estado Islâmico (EI) e outros grupos ‘jihadistas’, nunca atacou objetivos civis, afirmou o comandante chefe das Forças Aeroespaciais da Rússia.
"Quero dizer, com orgulho, que os meus pilotos nunca falharam e que nunca atacaram objetivos civis, como escolas, hospitais ou mesquitas", disse Viktor Bondarev à televisão estatal russa.
O general russo explicou que a operação militar na Síria foi planificada "ao milímetro" para evitar este tipo de erros.
"Preparamos as tripulações, coordenando as nossas ações com os dirigentes sírios, precisando onde poderíamos atuar e onde deveríamos atuar com cuidado", realçou.
Bondarev adiantou, por outro lado, que o envio para a Síria do sistema de defesa antiaérea "S-400", de última geração, tem permitido "por em ordem" os céus sírios.
A base aérea russa na Síria está situada na província de Lakatia, a 30 quilômetros da fronteira com a Turquia e foi ali instalada depois de dois caças "F-16" turcos terem abatido um bombardeiro "SU-24" russo que, segundo Ancara, teria violado o espaço aéreo da Turquia.
Na coletiva de imprensa anual no Kremlin, feita na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou abater os aviões turcos se estes violarem o espaço aéreo sírio.
Agência Lusa
Ofensiva do exército sírio causa caos entre os militantes do Estado Islâmico
Muitos terroristas, inclusive comandantes de alto escalão, foram eliminados durante as operações de grande escala conduzidas pelo exército da Síria nos subúrbios de Jobar e Ghouta da capital síria, informou a agência iraniana FARS através de fontes militares.
Durante o fim da semana, a cidade de Darayya, a povoação de Tayibeh, assim como a estrada de Mokheim Khan al-Sheih-Zakiyeh, enfrentaram violentos confrontos entre as forças governamentais e militantes de unidades paramilitares ilegais.
Além disso, aviões militares sírios realizaram ataques aéreos contra os bastiões de militantes perto das cidades de Harasta al-Qantra, Owtaya e a área de Marj, na parte oriental da província de Damasco.
O Exército Árabe da Síria também lançou panfletos com inscrições “Rendam-se agora, vocês não tem para onde fugir” em uma tentativa de persuadir os militantes que ainda resistem em Ghouta oriental a baixar as armas. A região foi alvo dos combates mais ferozes entre as forças leias ao presidente legítimo sírio Bashar Assad e os militantes que o querem derrubar.
Recentemente, o exército da Síria retomou o controle do aeroporto militar de Mark al-Sultan e a área em torno dele, repelindo o maior grupo radical na região, o Jaish al-Islam (“Exército do Islã”). Os militares também conseguiram eliminar os líderes de um número de grupos que operavam na região, inclusive Ahrar al-Sham, Jaish al-Islam e al-Rahman.
A morte do comandante do Jaish al-Islam, Zahran Alloush, é considerada um “golpe letal” contra o próprio grupo e outras organizações radicais no país.
A agência FARS descreveu Alloush como “o pior inimigo confesso do presidente Assad na Síria meridional”, acrescentando que este senhor da guerra é responsável pela “limpeza étnica” na Síria, nomeadamente contra a população xiita.
O Jaish al-Islam, cujo líder foi recentemente eliminado, é um grupo militante que anteriormente proclamou uma aliança com a célula da al-Qaeda na Síria, a Frente al-Nusra. Os dois grupos coordenam as suas ações de combate no território sírio. O Jaish al-Islam é responsável pelos ataques de morteiros contra bairros residenciais de Damasco.
Além dos esforços antiterroristas do exército sírio, em 30 de setembro a Rússia iniciou uma campanha aérea, tendo mais de 50 aviões de combate russos, inclusive Su-24M, Su-25 e Su-34 efetuado ataques de alta precisão contra as posições do Daesh na Síria após pedido do presidente Bashar Assad.
Sputniknews
Exército iraquiano declara libertação completa de Ramadi
O exército iraquiano declarou libertação completa de Ramadi ocupada pelo Daesh na segunda-feira (28), relatou o TV local.
As forças iraquianas levantaram a bandeira do país no telhado do complexo do governo na cidade de Ramadi, disse o porta-voz do exército, Yahya Rasool, segundo a televisão local.
"Sim, a cidade de Ramadi foi libertada. As forças iraquianas de combate ao terrorismo ergueram a bandeira iraquiana no complexo do governo em Anbar", disse o porta-voz militar, citado pela Reuters.
Na semana passada, as forças armadas iraquianas iniciaram uma operação para libertar o centro de Ramadi que estava ocupado pela organização terrorista de Daesh, também conhecida como Estado Islâmico, desde maio. De acordo com a inteligência iraquiana, cerca de 250 a 300 jihadistas estavam segurando os bairros centrais da cidade.
Sputniknews
Israel tenta legitimar ‘anexação’ de Colinas de Golã
Israel está usando o caos criado pelo conflito sírio para legitimar a sua anexação das Colinas de Golã, disse o líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, no domingo (28).
"Nós sabemos bem que Netanyahu empreendeu grandes esforços, tal como a liderança norte-americana e os governos ocidentais têm feito nos últimos anos e até hoje, para obter o reconhecimento internacional da anexação por Israel das Colinas de Golã sob o pretexto do conflito sírio," disse Nasrallah em um discurso de fim de semana.
Israel ocupou as Colinas de Golã da Síria após a Guerra dos Seis Dias de 1967, que finalizou com o armistício sob controle militar israelense.
Israel anexou unilateralmente as Colinas de Golã em 1981 — o que não é reconhecido internacionalmente — e já construiu mais de 30 assentamentos judaicos na área ao longo das últimas três décadas e meia.
Segundo alguns relatos da mídia, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu levantou recentemente a questão das Colinas de Golã em um encontro com o presidente dos EUA, Barack Obama. Um número de políticos israelenses também lançou a ideia de legitimar a anexação de Golã.
Hassan Nasrallah também ameaçou "retaliação" pela morte de Samir Kuntar, um comandante do Hezbollah na Síria, que morreu em sua casa em Damasco em resultado de um suposto ataque aéreo israelense.
Sputniknews
Israel presiona a Brasil para que acepte a embajador procolono
Tzipi Hotovely, viceministra israelí de exteriores.
El régimen de Israel ha amenazado este domingo que si Brasil no aprueba a Dani Dayan como su embajador, esto podría provocar una crisis diplomática entre las dos partes.
El régimen de Tel Aviv no tiene intenciones de nombrar a ningún otro remplazo que Dayan, sin embargo, en el caso de que este no sea aprobado, Israel será representado por su segundo diplomático en Brasilia, ha anunciado Tzipi Hotovely, la viceministra israelí de exteriores, en una entrevista con el Canal 10.
Además, ha declarado que nunca ha ocurrido que un embajador israelí no sea aceptado por el país huésped debido a sus posiciones ideológicas.
"No puede ser que veten a Dayan solo por el hecho de que sea un colono", ha afirmado Hotovely, quien atribuyó el retraso a la "crisis política" y a la "paralización diplomática" que hay actualmente en Brasil.
Hotovely ha añadido que ha tenido hoy domingo una reunión con el primer ministro israelí, Benyamin Netanyahu, y con altos funcionarios ministeriales para estudiar la situación.
Por último, ha alertado que si la situación sigue así, Israel adoptará a partir de ahora herramientas alternativas públicas, entre ellas apelar a los medios de comunicación y todo tipo de dirigentes.
El pasado mes de septiembre, la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, envió una carta de protesta al régimen de Israel por la designación del exjefe de la entidad que asocia todas las colonias ilegales israelíes, embajador en el país sudamericano.
A finales de agosto, varios movimientos sociales y legisladores brasileños, a través de una carta dirigida a Rousseff, condenaron el nombramiento de Dayan, a quien acusan de violar el derecho internacional de las comunidades palestinas.
Dayan, un diplomático israelí de 59 años, dirigió entre 2007 y 2013 la asociación que aglutina a las colonias ilegales israelíes, llamada consejo de Yesha, en la ocupada Cisjordania.
Más de medio millón de israelíes viven en más de 120 asentamientos ilegales construidos desde la ocupación de los territorios palestinos de Cisjordania y Al-Quds (Jerusalén) en 1967.
mkh/rha/mrk - HispanTv
El dolor no se olvida: Padres de 43 normalistas recuerdan a Peña Nieto
Los padres de los 43 estudiantes de Ayotzinapa con motivo de los 15 meses de la desaparición de los normalistas, realizaron una marcha en la capital Ciudad de México. 27 de diciembre 2015
Los padres de los 43 estudiantes desaparecidos en Iguala, estado de Guerrero (sur) han advertido este domingo al gobierno de México que en cuatro meses quieren resultados de las investigaciones sobre sus hijos.
"Es para recordarle al Presidente Enrique Peña Nieto que el dolor no se puede olvidar y que estas fechas, donde cree que todos los mexicanos están en paz, queremos decirle que no es cierto, porque donde quiera siguen apareciendo muertos", ha expresado el portavoz de los padres desaparecidos, Felipe de la Cruz.
Familiares de los cuarenta y tres normalistas desaparecidos han realizado una peregrinación desde la Catedral Metropolitana en la capital ciudad de México hacia la Basílica de Guadalupe, custodiada por elementos de la Secretaría de Seguridad Pública, donde han exigido la presentación con vida de los estudiantes.
“No han vuelto a sus hogares. Ya son dos navidades que pasamos sin ellos. Hoy venimos con fe para decir que no vamos a dejar de marchar y exigir su aparición con vida”, ha declarado De la Cruz.
Los padres, que estuvieron acompañados de familiares y amigos, así como de dos activistas que se unieron a la marcha, han reiterado su petición para reunirse con el papa Francisco durante la visita, que realizará a México en febrero del próximo año.
El 26 de diciembre se cumplieron quince meses de la desaparición de los alumnos de la Escuela Normal Rural de Ayotzinapa, durante la trágica noche del 26 al 27 de septiembre del año pasado.
Los padres reclaman una investigación que dé respuestas verdaderas al caso, ya que la versión del Gobierno mexicano indica que los jóvenes fueron detenidos por policías y entregados a miembros del cártel de Guerreros Unidos, quienes los mataron y los incineraron en una hoguera en el municipio de Cocula, cercano a Iguala.
Los padres objetan esta versión, ya que expertos de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) aseguran que el destino de los jóvenes de Iguala sigue siendo desconocido, pues, según ellos, no fueron quemados en el basurero de Cocula.
krd/rha/mrk -HispanTv
PSOE pactará con Podemos si retira referéndum de Cataluña
El número dos del partido político Podemos, Íñigo Errejón.
El secretario general del PSOE, Pedro Sánchez, y los ‘barones’ de su partido han acordado, este domingo, formar gobierno con Podemos si este abandona su planteamiento de referéndum soberanista en Cataluña.
Asimismo, el líder del Partido Socialista Obrero Español (PSOE), y los dirigentes territoriales del partido tras reunirse han reiterado su negativa a apoyar al Partido Popular (PP) para que continúe en el Gobierno.
Así lo ha explicado el presidente socialista de Asturias, Javier Fernández, al abandonar minutos después de las 23.00 horas locales la sede del partido en la capital española Madrid, junto a la jefa del Ejecutivo andaluz, Susana Díaz, cinco horas después de entrar en el edificio, donde ha tenido lugar el cónclave de Sánchez y sus 'barones' previo al Comité Federal de este lunes.
Los citados dirigentes junto a los de Castilla-La Mancha, Emiliano García-Page, y la Comunidad Valenciana, Ximo Puig, han reiterado la unánime posición del partido la cual consiste en que: primero, dejarán intentar formar gobierno al PP y lo rechazarán con su voto y, después, tratarán de llegar a un acuerdo con otros partidos con una serie de condiciones claras, que comienzan con la unidad de España.
A su vez la presidenta andaluza se ha mostrado convencida de que habrá acuerdo sobre dicha resolución, a la que votará este lunes el Comité Federal del partido. Y si Pablo Iglesias que lidera el partido Podemos "retira" su exigencia de un referéndum para Cataluña, el PSOE se podrá "entender" con el partido morado.
"Por tanto, no se cierra ninguna puerta al diálogo, pero se pone, o al menos se rechazan, las condiciones que han puesto otras formaciones políticas", ha explicado García-Page, que ha insistido en que "hay unanimidad" en su partido en este sentido.
Podemos plantea celebrar un referéndum soberanista en Cataluña (noreste de España) como una de sus condiciones para pactar con cualquier partido con el fin de formar Gobierno, tras las elecciones del pasado 20 de diciembre.
Respecto al acuerdo entre los socialistas, el número dos de Podemos, Íñigo Errejón, dijo el sábado que estaban esperando a que se aclare la perspectiva del PSOE, y que estaban "dispuestos a hablar con todo el mundo sea quien sea finalmente el interlocutor".
Tras las elecciones generales del 20 de diciembre, España experimenta un Parlamento bastante fragmentado lo cual ha complicado acuerdos entre partidos para formar Gobierno, y ha llevado al país europeo a una incertidumbre jamás vista en su historia política en la era democrática.
aaf/rha/mrk - HispanTv
EE.UU. evacúa a los líderes del Estado Islámico del territorio iraquí
Mientras que los militares iraquíes realizan una ofensiva antiterrorista en Al Anbar, sus supuestos aliados estadounidenses evacúan a los yihadistas de Irak.
Haidar al-Hosseini al-Ardavi, jefe de las fuerzas armadas de chiitas en Irak dice que la interferencia de EE.UU. provoca demoras en las operaciones de las fuerzas voluntarias contra los terroristas del Estado Islámico. Según informa la agencia Fars, el militar opina que "Washington planea evacuar a los líderes de los terroristas en dirección desconocida".
El Ejército iraquí y los militantes del frente popular con apoyo de las fuerzas aéreas de la coalición internacional encabezada por EE.UU. llevan a cabo una operación antiterrorista en las ciudades de Ramadi y Faluya, provincia de Al Anbar.
Los yihadistas entraron en la ciudad de Ramadi en mayo y el martes pasado las fuerzas iraquíes empezaron la ofensiva y liberación del territorio. Siguen abriéndose paso a la parte central de Ramadi, que es de importancia estratégica y donde pueden encontrarse centenas de terroristas.
Al mismo tiempo, se informa que unos 2.000 militantes del Estado Islámico y del Frente Al Nusra abandonaron este domingo el sur de Damasco. Las organizaciones terroristas están considerablemente debilitadas tras la operación de las Fuerzas Espaciales rusas en Siria.
Oriente Medio, con sus conflictos internos, amenazas terroristas, alianzas que se rompen y otras que se crean, es una de las regiones más importantes desde el punto de vista de la geopolítica, y una de las más complicadas. La siguiente infografía les ayudará a entender mejor la situación actual de esta parte del mundo.
Actualidad RT
Stratfor pronostica más actores en el conflicto sirio, con peores consecuencias
Elementos de las fuerzas de seguridad sauditas durante un desfile en Riad / Reuters / Ahmad Masood
La coalición antiterrorista árabe pretende inmiscuirse en el conflicto sirio, pero su intromisión solo complicaría la lucha contra el Estado Islámico, pronostica el famoso laboratorio de ideas de EE.UU.
La empresa estadounidense especializada en servicios de inteligencia y espionaje Stratfor ha publicado en su sitio web un pronóstico que contempla una mayor implicación de Arabia Saudita y sus aliados en el conflicto sirio. Estados Unidos y Turquía son los países a los que más "les apetece ver este despliegue de las fuerzas árabes en Siria", afirman los expertos.
No obstante, el posible efecto de una eventual intromisión de un nuevo participante en la guerra se estima más bien negativo. "Puede socavar cualquier intento de crear un frente unido de lucha contra el Estado Islámico en Siria", explica el texto analítico. "En primer lugar, la anunciada coalición antiterrorista islámica parece estar lejos de la unidad. Dirigentes de Malasia, Indonesia y Pakistán han rechazado ya la invitación a afiliarse a la coalición".
Los autores no plantean la cuestión de la ilegitimidad de esta supuesta injerencia, pero admiten que además del apoyo de algunos países sunitas, al colectivo le falta el de Irán y el de la propia Siria. Sin embargo, dicen, para Turquía añadir las fuerzas árabes a la 'mezcla' actual significaría legitimar su propia involucración. Mientras tanto, el mayor obstáculo que impide intensificar la lucha contra el EI es el respaldo que distintos países dan a las varias partes beligerantes dentro de Siria.
Stratfor cree justificada la preocupación de Teherán por el posible envío de las tropas sauditas a la zona del conflicto: "Dado que Irán ya es un patrocinador importante de las fuerzas involucradas en el conflicto por el lado del Gobierno sirio, el riesgo de acabar enfrentándose con las fuerzas sauditas y aliadas aumentará considerablemente".
Por otro lado, los analistas de la empresa de inteligencia y espionaje cuestionan la capacidad de los países del golfo Pérsico de desplegar en Siria una cantidad de tropas suficiente, puesto que están atascados en otro conflicto, el que se está desarrollando en Yemen. Egipto, que no hace mucho aplastó los motines islamistas en su propio territorio, pese a su ingreso en la nueva coalición tiende a apoyar a Damasco en su lucha contra los rebeldes, mientras que Jordania mantiene una postura muy cautelosa.
Actualidad RT
domingo, 27 de dezembro de 2015
Brasil e Argentina, de parceiros a rivais?
O que mais assustou na primeira aparição pública internacional formal de Mauricio Macri foi a insistência em colocar o tema da Venezuela na reunião do Mercosul em Assunção, sabendo que iria encontrar respostas duras e não conseguiria emplacar.
Por Emir Sader*
A avaliação que ele faça da situação da Venezuela poderia encontrar algum tipo de receptividade em um ou outro presidente presente, mas ter escolhido para sua estreia um tema assim, representa uma postura de querer introduzir elementos que fraturem a unidade interna do Mercosul e acenem com a possibilidade de que venha a defender posições dos EUA na região, em um momento de imenso isolamento de Washington na América Latina, em particular na América do Sul. Desse ponto de vista foi até uma atitude provinciana, sem qualquer tato diplomático, se é que ele deseja conquistar algum espaço de respeito nas relações entre os governos da região.
Atrás tinha ficado o tempo em que os principais países do continente - Argentina, Brasil, Mexico – tinham que renegociar suas dívidas externas com os credores e nao encontravam solidariedade nos outros governos. Ao contrário, os credores jogavam uns contra os outros, fazendo concessões a uns quando um dos governos estava em maiores dificuldades, para isolá-lo mais ainda.
Nos acostumamos, desde a eleição, do Lula e do Nestor Kirchner, ao período de melhores relações entre os dois países, colocados em disputa desde final do século XIX, como potencias adversárias e concorrentes. Foi a harmonia do eixo Brasil-Argentina que permitiu consolidar e ampliar o Mercosul, organizar a Unasul e a Celac. Os conflitos no Mercosul eram produto das disputas de empresários privados por mais mercado, enquanto as relações políticas entre os governos dos dois países foram excelente durante 12 anos.
O fator externo que deve modificar essa clima é o das novas relações da Argentina com os EUA. Macri deve ser recebido pelo Obama e nao será difícil a este suscitar a vaidade do novo presidente argentino, propondo relações privilegiadas do pais com os EUA. Nada como as “relações carnais” que o Menem propôs aos EUA, mas algum tipo de privilegio que pode incentivar posições mais favoráveis ao livre comercio, à Aliança para o Pacífico, intercâmbios econômicos privilegiados com os EUA e posições politicas como a tomada em relação à Venezuela, que rompa consensos até agora existentes no Mercosul e em Unasul.
A situação nao é tão simples como Macri aparentemente pensa, em que pudesse compatibilizar o Mercosul com um tratado bilateral com os EUA e com vínculos com a Aliança para o Pacífico. E a economia argentina é muito dependente do Mercosul e da economia brasileira, para poder se permitir algum tipo de ruptura.
Porém podemos imaginar que os EUA começam a sonhar em ter em um dos principais países da região, inserido nos processos de integração da América do Sul, um governo que defenda suas posições, como aconteceu em Assunção. Certamente se produziria uma polarização em relação ao Brasil e os dois países eixos da integração regional deixariam de ser parceiros estreitos para se tornarem rivais. Possibilidade difícil de visualizar hoje, mas que pode, no futuro, conforme as coisas evoluírem na região, se tornar realidade.
*Sociólogo e cientista político
Fonte: Brasil 247
Eleições nos EUA: sempre pode piorar
Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:
O discurso de ódio da direita é patente desde a eleição de Barack Obama. Pode-se dizer, mesmo assim, que a pré-campanha republicana surpreende por uma exasperação capaz de passar o próprio Tea Party para trás. O discurso racista e nativista, cuja função inicial foi reforçar a tese do “Estado mínimo” ao acusar negros e imigrantes de explorar a classe média branca por meio da ação estatal, tornou-se um fim em si mesmo.
Um sintoma é a liderança de Donald Trump, bilionário nova-iorquino recém-chegado ao partido depois de ter apoiado os democratas por muitos anos e cujas propostas nada têm a ver com dogmatismo neoliberal, mas que supera os rivais na intolerância e nos insultos às minorias. Com 38% a 41% nas pesquisas mais recentes, está hoje bem à frente de qualquer rival republicano. Isso não o faz necessariamente o favorito, como se verá mais adiante.
Outro sintoma de radicalização é o derretimento de Jeb Bush, ex-governador da Flórida e irmão de George W. Relativamente moderado e com apoio da máquina partidária, era favorito no início da disputa, mas tem sido desdenhado pelos eleitores. Parece difícil virar o jogo quando se chega às vésperas das primárias com menos de 5% de preferências, tanto no país quanto no estado de Iowa, onde haverá o primeiro escrutínio em 1º de fevereiro. Chris Christie, governador de New Jersey que corre na mesma raia, tem cerca de 3%. Uma década de retórica da Fox News e comentaristas como Ann Coulter, Rush Limbaugh e Sean Hannity empurraram as bases republicanas à direita do próprio partido.
Ben Carson, neurocirurgião negro aposentado sem experiência política, chegou a disputar a liderança com Trump e ainda tem de 9% a 12% das preferências, mas seu momento passou. Entusiasmou os fundamentalistas pela defesa da moral tradicional e do criacionismo, mas não o suficiente para compensar o desconhecimento de questões militares, diplomáticas e de cultura geral, posto em evidência pelos debates sobre terrorismo após os atentados de Paris. Confundiu homus com Hamas, afirmou que as maciças pirâmides de Gizé eram silos de cereais e disse ser inconstitucional a eleição de um muçulmano nos EUA.
O cubano-americano Ted Cruz, senador texano que tem 15% das preferências no país e em Iowa empata com Trump com perto de 25%, é hoje o principal desafiante e talvez o real favorito. É um político de carreira querido tanto dos fundamentalistas cristãos quanto do Tea Party. Os mais notórios comentaristas de direita saíram em sua defesa quando Trump o qualificou de “um pouco maníaco” pelo dogmatismo na defesa das pautas conservadoras, especialmente o combate ao Obamacare, mas também por negar a existência do aquecimento global e criticar os acordos internacionais para combatê-lo. Apesar da origem étnica, é quase tão xenófobo quanto Trump. Defende barrar refugiados, expulsar imigrantes ilegais e bloquear fronteiras. E os multibilionários irmãos Koch (sionistas), donos de empresas de energia e do maior fundo de campanha dos EUA (prometem contribuir com 889 milhões de dólares), deram-lhe o título de “herói da política climática”, ante meros “defensores” como Bush e Marco Rubio, “dubitativos” como Trump e Carson e “vilões” como Hillary Clinton e Bernie Sanders.
Rubio, outro cubano-americano, senador pela Flórida, também está bem posicionado, com 12% a 13% nas pesquisas nacionais e de Iowa. Talvez ainda mais importante, é bem-visto pelo establishment republicano, é um negociador pragmático e sua posição política está mais ou menos no centro do espectro político do partido, a meio caminho entre o “moderado” Bush e o “linha-dura” Cruz. Se tiver um desempenho satisfatório nas primárias e a convenção for disputada, poderia ser um candidato de conciliação, mesmo sem ser o mais votado.
Esta campanha é a primeira, desde 1948, na qual o Partido Republicano deve chegar à convenção sem um pré-candidato com maioria absoluta. Em um quadro de negociação entre proponentes e delegados, pragmatismo e contatos podem pesar mais que as pesquisas. O problema é Trump ter dinheiro e votos para ameaçar lançar-se como independente e dividir os votos conservadores. Ele prometeu acatar a convenção, mas, se conseguir mais delegados do que qualquer rival e for preterido, teria um pretexto para romper o acordo.
Comparável a Marine Le Pen e outros líderes da direita populista europeia quanto ao discurso, Trump, ao contrário destes, não construiu um partido. Quer apoderar-se de uma legenda existente para uma campanha personalista e demagógica com pouco a ver com as posições tradicionais dos republicanos e que não se encaixa em nenhuma de suas principais correntes, moderados, pragmáticos, fundamentalistas cristãos, libertarianos ou Tea Party.
Enquanto defende extremos de racismo, machismo e desprezo para com deficientes e “perdedores”, e defende propostas que fazem recuar até os conservadores mais empedernidos, como torturar terroristas e matar suas famílias simplesmente porque “merecem” e “fechar áreas da internet” para combater o Estado Islâmico, Trump é bem pouco religioso – apenas vagamente cristão, como a maioria dos estadunidenses – e do ponto de vista econômico está mais perto da ultradireita europeia do que da ortodoxia republicana.
Defende a proteção dos empregos dos EUA contra a livre concorrência das importações, o investimento estatal em infraestrutura e menos isenções de impostos para os super-ricos. Em termos de política externa, soa por vezes mais sensato que Hillary Clinton, como ao criticar o desperdício de 5 trilhões de dólares com intervenções desastrosas no Oriente Médio, quando o país necessita de investimentos em energia, transportes e comunicações. Mas também fala em empregar a força contra os programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte, usar Israel como “nosso porta-aviões no Oriente Médio”, fazer o Iraque indenizar os EUA pelos gastos do Pentágono com a invasão e ocupação, e o México pagar pela muralha que supostamente barraria os imigrantes latino-americanos.
O núcleo de sua mensagem é “sou um de vocês, sou um líder e, se eu soube ficar rico, sei como lhes dar o que realmente querem, confiem em mim”. Funciona bem com muitos eleitores, mas muito mal no exterior. Subiu após sua inexequível e inconstitucional proposta de proibir a entrada de muçulmanos no país, mas foi criticado por Benjamin Netanyahu e teve de cancelar uma visita a Israel, no fim do ano, na qual pretendia visitar a Esplanada das Mesquitas ou Morro do Templo. Seria uma provocação inaceitável para os palestinos.
A pré-campanha presidencial dos democratas traz poucas surpresas. Clinton não corre risco real de perder a indicação. A fixação dos republicanos em procurar em seus e-mails alguma prova de tentativa da então secretária de Estado de manipular ou minimizar o atentado de 2012 contra o embaixador dos EUA na Líbia foi um fracasso. Esgotou o interesse do público antes de a campanha começar a sério e ofuscou o real escândalo, a própria decisão de intervir na Líbia e apoderar-se de seu petróleo. O resultado, como hoje se vê, foi reduzir ao caos o país de maior desenvolvimento humano da África, distribuir armas pesadas entre fundamentalistas do continente, impelir centenas de milhares de refugiados para a Europa e colocar nas mãos do Estado Islâmico e da Al-Qaeda partes consideráveis da Líbia, da Nigéria e do Mali.
Embora apoie políticas sociais, em termos de política externa e regulamentação econômica Hillary está na banda direita do espectro democrata e é mais belicosa e pró-Israel do que Obama. Isso agrada a Wall Street, ao complexo industrial-militar e ao lobby sionista e, provavelmente, atrairá independentes e conservadores moderados assustados com o extremismo da campanha republicana, mas também cobra um preço. Ela tem 55% das preferências dos eleitores democratas, mas Bernie Sanders, o pré-candidato mais à esquerda, foi além do esperado. Tem 32% no país e em Iowa as pesquisas indicam 48% a 39%.
Senador por Vermont, ex-deputado e ex-prefeito de 74 anos, Sanders fez uma respeitável carreira como político independente e o único socialista de expressão nacional desde o sindicalista Eugene Debs (morto em 1926) antes de se filiar ao Partido Democrata para concorrer pela indicação. Na prática, suas chances são nulas, mas sua capacidade de mobilização demonstra a existência de muitos insatisfeitos com a extrema concentração de renda e a indiferença dos principais candidatos a esse tema. Sua presença na campanha trouxe de volta o debate de temas hoje quase tabus na política dos EUA, como a redução da desigualdade e ampliação de direitos trabalhistas e sociais.
Está demasiadamente contra a corrente principal da mídia, da política e da opinião pública para conquistar uma maioria partidária, quanto mais nacional, no futuro previsível. A questão é se a parcela dos democratas que o apoia fará campanha pela belicosa e centrista Hillary. Desse ponto de vista, nada como um republicano extremista para motivá-los. Mais uma vez terão de escolher entre o ruim e o pior e a segunda alternativa pode se mostrar mais desastrosa do que nunca no atual quadro mundial de deterioração política, econômica e climática.
Israel deu um presente de Natal ao povo palestino de Gaza
Aviões israelenses envenenaram mais de 1500 acres de terras agrícolas com produtos químicos, matando centenas de acres de feijão, batata, abóbora, espinafre, trigo e outros vegetais.
Isso resultou em enormes perdas para os agricultores e também para o povo palestino, que dependem dessas plantações para a sua sobrevivência. Este é o segundo ano consecutivo em que Israel tem feito isso. Lembrando que o povo palestino da Faixa de Gaza vive um bloqueio que já dura quase nove anos.
Entre as campanhas odiosas do governo sionista de Israel estão práticas ignoradas pela mídia ocidental como, por exemplo, despejo proposital de esgoto doméstico em rios que desaguam nos territórios palestinos, agressão a mulheres palestinas nas ruas das principais cidades, agressão e prisão de crianças palestinas - mais de 5 mil.
Shalom, Feliz Natal.
Rússia sobre a operação na Síria: 'Nunca erramos um alvo'
No decorrer da operação na Síria, as instalações civis nunca foram atacadas, cita Vesti.ru as palavras do comandante das Força Aeroespacial russa, coronel-general Viktor Bondarev.
“Nunca erramos nenhum alvo, nunca lançámos ataques contra escolas, hospitais, mesquitas», disse Bondarev, assinalando que os planos têm sido elaborados com todo o cuidado, sendo realizada uma cooperação com as autoridades sírias.
Desde 30 de setembro após o pedido do presidente sírio Bashar Assad começou a realizar ataques aéreos localizados contra as instalações do Daesh e Frente al-Nusra (grupos terroristas proibidos na Rússia). Durante o tempo percorrido a Força Aeroespacial russa com a participação dos navios da Frota do mar Cáspio e um submarino da Frota do Mar Negro Rostov-na-Donu eliminaram algumas centenas de militantes e milhares de instalações dos terroristas.
Sputniknews
Assinar:
Postagens (Atom)