quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Força Aeroespacial russa realiza 59 voos nas últimas 24 horas na Síria
Os aviões da Força Aeroespacial da Rússia realizaram 59 voos atingindo mais de 200 instalações em 7 províncias sírias, disse na quarta-feira (16) o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov.
"Durante as últimas 24 horas os aviões do grupo aéreo russo na República Árabe da Síria realizaram 59 missões contra 212 instalações em províncias de Aleppo, Idlib, Lataquia, Hama, Homs, al-Hasaka e Raqqa", disse Konashenkov aos jornalistas em Lataquia, informou a RIA Novosti.
Em resultado dos ataques aéreos russos foram eliminados mais de 320 militantes e três dezenas de unidades de material bélico dos terroristas, inclusive tanques, disse Konashenkov.
"Somente durante as últimas 24 horas foram eliminados mais de 320 militantes e 34 veículos blindados e de transporte dos terroristas inclusive 2 tanques, um veículo de combate de infantaria e 15 veículos todo-o-terreno equipados com metralhadoras pesadas de grande calibre DShK", disse Konashenkov aos jornalistas.
Segundo Konashenkov, "os terroristas continuam sofrendo baixas e perdas de equipamento".
Konashenkov também afirmou que os aviões da Força Aeroespacial russa eliminaram uma coluna de 15 caminhões-tanque que transportavam petróleo produzido em território controlado pelos terroristas.
A aviação russa destruiu uma base do Daesh (também conhecido como "Estado Islâmico") na província de Homs e o agrupamento dos terroristas na província de Aleppo depois ter obtido dados da oposição síria, informou Konashenkov.
"<…> um bombardeiro Su-24M eliminou uma base camuflada dos terroristas do Daesh. No asilo subterrâneo os militantes criaram um posto de comando, um armazém e quartéis", continuou o militar.
Konashenkov disse que na província de Idlib um avião de assalto Su-25 eliminou uma grande base dos terroristas do Daesh acrescentando que as instalações foram destruidas pelos ataques a bomba de alta precisão.
"Num edifício separado estava um armazém de munições e equipamentos e um posto de comando dos grupos armados", disse Konashenkov.
Segundo ele, as informações sobre o local desta instalação foram prestadas à Rússia pelos representantes da oposição síria.
Konashenkov afirmou que desde o primeiro dia da operação na Síria a Rússia não somente fala sobre os resultados mas também os mostra.
"Hoje somos o único exército do mundo que mostrou em detalhes mesmo como e com o uso de quais armas de alta precisão de aviões e navios alvejam posições dos terroristas. Ao mesmo tempo, sabemos os resultados de ataques da aviação da coalizão contra o Daesh <…> baseando em declarações de poucos representantes oficiais", afirmou o militar russo.
Segundo Konashenkov, não há nehumas gravações e vídeos sobre os alvos contra os quais se realizam ataques de chamada alta precisão da coalização internacional liderada pelos EUA.
"Quero sublinhar que ninguém ouviu sobre visitas de jornalistas às bases da coalizão contra o Daesh. Em resultado, até canais televisivos de prestígio — estou seguro que sem o saber — com uma frequência cada vez maior apresentam imagens de ataques realizados pelos aviões russos como as das ações da coalizão contra o Daesh", disse o representante do Ministério da Defesa russo.
Konashenkov prestou atenção ao fato de que as informações sobre que aos ataques aéreos russos falta precisão são falsas.
Desde 30 de setembro após o pedido do presidente sírio Bashar Assad começou a realizar ataques aéreos localizados contra as instalações do Daesh e Frente al-Nusra (ambos os grupos terroristas são proibidos na Rússia). Durante o tempo percorrido a Força Aeroespacial russa com a participação dos navios da Frota do mar Cáspio e um submarino da Forta do mar Negro Rostov-na-Donu eliminaram algumas centenas de militantes e milhares de instalações dos terroristas.
Ao mesmo tempo a coalizão realiza ataques contra o Daesh na Síria, sob a liderança dos EUA, que não têm autorização do governo sírio. A Rússia troca informações sobre missões com a coalizão mas a cooperação mais estreita ainda está em desenvolvimento. O Ocidente acusa a Rússia de bombardear não somente instalações dos terroristas mas também posições da chamada oposição moderada. O Ministério da Defesa russo chama estas declarações infundadas.
Após o incidente do bombardeiro russo Su-24 que foi abatido pelo caça turco F-16 na fronteira entre a Síria e a Turquia (Moscou afirma que o incidente teve lugar em território sírio e Ancara diz o contrário), a Rússia deslocou para a Síria sistemas mais novos S-400 e o cruzador Moskvá e o submarino Rostov-na-Donu atingiram o litoral da República Árabe da Síria.
Sputniknews
C.I.A. é a maior traficante de drogas do planeta
Por Victor Thorn – www.rawa.org
O Afeganistão atualmente produz e fornece mais de 90% da heroína do mundo, gerando cerca de US$ 200 bilhões em receitas para suprir as necessidades de financiamento de operações ilegais (Black Ops-Orçamento Negro) do governo oculto dos EUA, executadas em todo o planeta. Desde a invasão do Afeganistão pelos EUA em 07 de outubro de 2001, a produção de ópio aumentou 33 vezes (para mais de 8.250 toneladas por ano) no país.
Os EUA têm estado no Afeganistão há mais de dez anos, gastou oficialmente US$ 177 bilhões de dólares no país, e tem a mais poderosa e tecnologicamente avançada força militar da Terra. Dispositivos de espionagens por satélites, drones não tripulados, localização por GPS, etc, todo esse aparato pode localizar qualquer coisa em qualquer lugar inimaginável simplesmente se apertando alguns botões.
Ainda assim, as plantações e colheitas de papoulas se mantem florescendo e crescentes ano após ano, apesar de que a produção de heroína ser um processo trabalhoso e intrincado. As papoulas devem ser plantadas, cultivadas e colhidas e, depois, após a morfina ser extraída tem que ser cozidas, refinadas, e embaladas em tijolos e transportada de remotas localidades rurais através das fronteiras nacionais, exigindo uma intrincada logística para um país em guerra e com topografia montanhosa e árida.
Para separar a heroína da morfina se exige mais 12-14 horas de reações químicas trabalhosas. Milhares de pessoas estão envolvidas no processo de produção, mas, apesar dos enormes recursos tecnológicos à nossa disposição, a HEROÍNA DO AFEGANISTÃO continua fluindo em níveis recordes e abastecendo o mercado mundial.
O senso comum sugere que tão prolífico e lucrativo comércio de drogas durante um período tão prolongado de tempo não é um acidente, especialmente quando a história do que aconteceu na região é considerada. Enquanto a CIA comandou as suas operações durante a Guerra do Vietnã, o Triângulo Dourado (o LAOS, VIETNÃ, MYANMAR E TAILÂNDIA, então os principais países produtores) abasteceu e forneceu ao mundo com a maioria de sua heroína consumida.
Depois que a guerra terminou em 1975, um evento intrigante ocorreu em 1979, quando Zbigniew (um integrante do governo oculto, MAJESTIC-12 dos EUA) Brzezinski secretamente manipulou a União Soviética para que invadisse o Afeganistão. Por trás da cena oficial, a CIA, junto com o ISI (serviço secreto) do Paquistão, foram secretamente financiando os revolucionários mujahideen no Afeganistão para lutarem contra seus inimigos invasores russos. Antes desta guerra, a produção de ópio no Afeganistão era absolutamente mínima.
Mas segundo o historiador Alfred McCoy, um especialista sobre o assunto, uma mudança de foco ocorreu. “Dentro de dois anos do massacre da operação de invasão da CIA no Afeganistão, as fronteiras montanhosas entre o Paquistão e o Afeganistão se tornou o maior produtor mundial de heroína.”
Eventualmente, a União Soviética foi derrotada (teve a sua versão do Vietnã dos EUA) e, finalmente, perdeu a Guerra Fria. O resultado, no entanto, provou ser uma lata de vermes inteiramente nova. Durante sua pesquisa, McCoy descobriu que “a CIA apoiou e deu suporte” a vários barões da droga no Afeganistão, por exemplo Gulbuddin Hekmatyar.
A CIA não lidava com a heroína diretamente, mas fornecia aos seus aliados traficantes com o transporte, armas, munição, logística e proteção política”. Em 1994, uma nova força surgiu na região, o grupo Taleban, que assumiu o tráfico de drogas. Chossudovsky novamente descobriu que “os americanos tinham secretamente, e através de agentes paquistaneses [especificamente do ISI], dado apoio ao grupo do Taliban para tomarem o poder.”
Estes estranhos companheiros de cama (CIA e Taleban) tiveram um relacionamento firme e sólido até julho de 2000, quando os líderes do Talibã proibiram a plantação de papoulas. Este novo desenvolvimento alarmante nas relações, juntamente com outros desacordos sobre a travessia de oleodutos propostos através da Eurásia, representava um problema grave para o centro de poder no Ocidente.
A CIA se viu sem o dinheiro da heroína à sua disposição, sem os bilhões de dólares que não poderiam ser canalizados para vários projetos escusos da CIA com orçamento negro (gastos e projetos do governo das sombras sem a aprovação do Congresso dos EUA).
Já sentindo os problemas nesta região volátil, dezoito influentes políticos neoconservadores assinaram uma carta em 1998 que se tornou um modelo para o infame Projeto chamado de Project for New American Century (PNAC) – Projeto de um Novo Século Americano.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Brasil: Polícia Federal faz buscas nas casas do presidente da Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Eduardo Cunha, (PMDB), um dos líderes da tentativa de golpe contra a presidenta Dilma, está tendo as casas vasculhadas pela Polícia Federal e pode ser preso a qualquer momento.
Eduardo Cunha é considerado o líder da tentativa de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Pregando moralidade, pastor evangélico, ele é denunciado por receber dinheiro de corrupção na Petrobras - mais de 30 milhões - e abrir contas secretas em 4 países para esconder o dinheiro da roubalheira.
Neste momento a Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dos ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB.
Fábio Cleto, aliado de Cunha que ocupava uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal até a semana passada, também foi alvo de busca, em São Paulo. Ele é um dos principais operadores do presidente da Câmara. Houve buscas também na diretoria-geral da Câmara, órgão responsável por fechar contratos e ordenar despesas.
A operação da Polícia Federal, ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, atinge os políticos principais aliados de Eduardo Cunha, revelando que os políticos que pedem o impeachment de Dilma são justamente os mais corruptos do país, revoltados com a ação da Polícia Federal e Ministério Público na apuração da corrupção no país.
Além de políticos corruptos, da mídia venal, alguns empresários e industriais sonegadores de impostos também se somaram à luta para tentar derrubar a presidente Dilma.
As investigações da operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras e órgãos do governo federal, promete derrubar quase a metade dos deputados federais do Brasil, com muitos deles indo parar na prisão.
O grande vencedor das eleições legislativas na Venezuela é Barack Obama
Venezuela – Diário Liberdade – [Alejandro Acosta]
O grande vencedor das recentes Eleições Legislativas, na Venezuela, em que a direita venceu de maneira arrasadora, foi a Administração Obama.
Essa é a mesma política que conseguiu ser aplicada na Argentina, com a vitória de Macri, e que está sendo colocada contra o Brasil, encurralando o governo do PT.
Trata-se de uma vitória frágil, já que a direita, em todos esses países, não consegue impor uma frente única da mesma maneira que o fez nos anos de 1980 para impor as políticas neoliberais.
Agora, essa direita tenta por em pé uma nova frente única mas, por causa do acelerado aprofundamento da crise capitalista, tratam-se de frentes muito frágeis.
Na Argentina, Maurício Macri ganhou por escassa diferença de votos do candidato da ala direita do kircherismo, Daniel Scioli. Macri estabeleceu uma aliança com os elementos mais direitistas do kirchenerismo, principalmente os governadores, a ala direita do peronismo, como o candidato derrotado Sergio Massa e outros, e parte da burocracia sindical peronista.
No Brasil, a pressão da direita tem implodido a base da “governabilidade” petista. Foram impostos vários ministros abertamente direitistas e o governo Dilma Rousseff, cada vez mais, foi transformado numa “rainha da Inglaterra”. O governo atual já aplica boa parte do ajuste, embora não o faça com a intensidade que os monopólios gostariam. Mas, apesar de enorme fragilidade, ainda controla os movimentos sociais, por meio da CUT, o MST, a UNE e outros.
Na Venezuela, a direita não tem a mínima condição de aplicar o ajuste, sem provocar uma revolução, se não contar com o apoio da ala direita e burocratizada do chavismo. Essa mesma ala precisa da direita para aplicar o ajuste, dado o colapso das finanças públicas. É preciso acompanhar o desenvolvimento da situação política no próximo período, o congresso extraordinário do PSUV, as reuniões de Maduro com os movimentos sociais, a reforma ministerial, a nova Assembleia Nacional, que assumirá no dia 5 de janeiro, e a reação das massas perante os inevitáveis ataques.
Obama e a crise política nos EUA
A política da Administração Obama encabeça, neste momento, a direita tradicional norte-americana. No próximo ano, acontecerão eleições presidenciais nos Estados Unidos. Perante o fortalecimento da ala mais direitista, essa ala mudou de política a partir do mês de junho, quando o chefe da diplomacia, John Kerry, visitou a Rússia (na cidade de Sochi) para encontrar-se com Vladimir Putin (presidente) e Serguei Lavrov (ministro da Relações Exteriores).
A política de Obama (da ala que ele representa, que é integrada também por políticos do Partido Republicano) passa pela desescalação das tensões nas principais regiões no mundo para estabilizar o Oriente Médio. Desta maneira, as tensões na Ucrânia foram desescaladas nas repúblicas de Donetsk e de Lugansk pela primeira vez desde o início dos conflitos. No Mar do Sul da China, a agressividade do Pentágono, que direcionou para essa região nada menos que a metade do orçamento, foi relaxada.
Na América Latina, foram acelerados os acordos com Cuba e com as FARC-EP na Colômbia. A direita equatoriana foi contida pelo próprio Papa, em julho. Capriles encabeçou a contenção da direita Venezuela e o triunfo eleitoral.
Apesar de tratar-se de uma política de crise e muito precária, é a política que está colocada para este momento. No Oriente Médio, o foco da crise, a Administração Obama se aliou com inimigos tradicionais para estabilizar a região: a Rússia, o Irã e “seus amigos” (a poderosa milícia libanesa Hizbollah e as milícias xiitas), os chineses e os curdos. Essa política gerou um aumento das tensões com os aliados tradicionais (sauditas, sionistas israelenses, Turquia, Catar, Emirados Árabes). Mas, apesar das contradições, é essa, e não a política abertamente golpista, a que está em pauta neste momento.
Os vencedores afiliados, os perdedores e o ajuste
Os vencedores afiliados da Administração Obama, nas eleições legislativas na Venezuela, foram a direita agrupada na MUD (Mesa da Unidade Democrática), uma parte do chavismo, principalmente uma parte dos governadores (conforme o próprio Capriles declarou), e os grandes empresários locais.
Os grandes perdedores foram, em primeiro lugar, o povo venezuelano, para quem sobrará o ajuste, e a ala do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) ligada, em alguma medida, às lutas sociais.
O ajuste, contra a população, somente poderá ser aplicado pela Assembleia Nacional com o apoio de setores do chavismo, que terão como missão controlar as massas, que estão muito radicalizadas, como já é possível sentir nas ruas.
A situação da economia venezuelana é falimentar. Escapou do controle do governo chavista por causa dos preços do petróleo terem despencado de US$ 110 para US$ 37. Não há mágica. A guerra econômica aprofundou o problema, mas por esse motivo ela não conseguiu ser contida como o tinha sido até o ano passado.
O orçamento público está implodido. O estado de espírito da população é hiper explosivo.
A direita não apresentou o programa que irá aplicar até hoje, além de medidas secundárias, como libertar os presos políticos da direita, eliminar as gigantescas filas para comprar alimentos da cesta básica etc, mas sem dizer o como irá fazer isso.
Vazou uma conversa entre um grande empresário, o dono da Polar, e um deputado da MUD. A “saída” seria um empréstimo do FMI por US$ 50 bilhões, que, obviamente, virá carregado de condições truculentas contra a população.
Na mira do Ajuste, estão, em primeiro lugar, as Misiones, que consomem 42% do orçamento estatal e os subsídios. Com US$1, a população compra 100 bilhetes de Metrô em Caracas e 50 litros de gasolina. Os alimentos subsidiados permitem que o grosso da população sobreviva com um salário de US$ 20 mensais, que é complementado pelos demais subsídios e pelas Misiones.
Há uma bolha social altamente explosiva. Controlar a população será difícil, principalmente, no contexto do aprofundamento da crise capitalista mundial. A tendência do colchão de controle social é ruir.
O chavismo tende a se implodir, apesar dos esforços da ala hegemônica, que é encabeçada pelo presidente Nicolás Maduro, apoiado por Diosdado Cabello. É evidente que a ala direita tenderá a apoiar a direita da MUD enquanto a ala esquerda, pressionada pelas massas, tende a acelerar a luta nas ruas.
Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.
Premiê russo: luta contra terrorismo deve deixar de lado diferenças ideológicas
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, declarou que a Rússia apoia os esforços do governo afegão na luta contra o terrorismo e tráfico de drogas, porque a formação de uma frente única contra terrorismo exige deixar de lado as diferenças ideológicas.
A respetiva declaração foi feita por Medvedev nesta terça-feira (15) no âmbito da reunião de Conselho de Chefes do governo da Organização para Cooperação de Xangai (SCO), realizada na cidade chinesa de Zhengzhou.
"A Rússia apoia os esforços do governo e do povo do Afeganistão para a paz, para o restabelecimento da estabilidade, para que o país seja estável, neutral, economicamente sustentável, livre de extremismo, dos crimes ligados à droga e outros problemas", disse.
Segundo Medvedev, a agressão terrorista é alimentada pelo caos e pela anarquia que dominam o Oriente Médio e África do Norte.
"Só é só possível combater estes desafios por meio da criação de uma frente conjunta contra o terrorismo, deixando de lado as diferenças ideológicas", sublinhou o premiê russo.
Lembramos que a Organização para Cooperação de Xangai apoia a intensificação de esforços conjuntos da comunidade internacional para combater os grupos terroristas.
Medvedev sublinhou mais uma vez que, de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, os países da SCO estão implementando medidas abrangentes, especificadas no programa de cooperação na luta contra terrorismo, separatismo e extremismo para os anos 2016-2018.
O primeiro-ministro russo Medvedev se encontra em visita de trabalho à China entre 14 e 17 de dezembro.
Sputniknews
Moscú pone tres condiciones a Turquía para normalizar las relaciones
El embajador ruso en Turquía, Andréi Kárlov, ha enumerado tres condiciones que Turquía debe cumplir para recomponer las relaciones entre Moscú y Ankara tras el derribo del bombardero ruso Su-24 en territorio sirio.
El embajador ruso en Turquía, Andréi Kárlov, ha precisado tres condiciones que debería cumplir Ankara para que las relaciones entre ambos países se normalizaran, informa el periódico turco 'Hurriyet Daily News'.
En primer lugar Turquía debería pedir disculpas por el derribo del bombardero ruso Su-24, que costó la vida a dos militares rusos. Asimismo, el Gobierno turco debe encontrar y castigar a los responsables de lo ocurrido, según el embajador. Por último, Ankara debería pagar una indemnización por el daño sufrido por la parte rusa.
"Si no se cumplen nuestras expectativas, otras declaraciones de Turquía no obtendrán resultado", declaró el embajador en una entrevista con el periódico turco. Ankara sostiene que aboga por el diálogo con Moscú, pero al mismo tiempo hace declaraciones contradictorias, escribe el rotativo.
El diplomático también opina que el piloto ruso que se eyectó del Su-24, fue asesinado por un ciudadano turco, Alparslan Çelik. Andréi Kárlov destacó que Çelik hablaba turco con fluidez cuando apareció ante las cámaras de televisión y presentó parte del paracaídas del piloto muerto.
Las relaciones entre Rusia y Turquía se enturbiaron después de que un caza turco F-16 derribara un bombardero ruso Su-24 en Siria. El presidente ruso, Vladímir Putin, calificó lo ocurrido de "golpe por la espalda" dado por los cómplices de los terroristas, y firmó un decreto sobre medidas para garantizar la seguridad nacional. Asimismo, Moscú adoptó medidas económicas especiales en relación con Turquía.
Actualidad RT
UE no da paso atrás en etiquetado de productos de asentamientos israelíes
Un colono israelí lleva cajas de productos hechos en una fábrica en un asentamiento ilegal en el norte de Cisjordania.
La Unión Europea (UE) no abandonará su decisión de etiquetar los productos hechos en los asentamientos ilegales israelíes en la ocupada Cisjordania, pese a las medidas israelíes.
La jefa de la Diplomacia de la UE, Federica Mogherini, afirmó el lunes al término del consejo de ministros de Exteriores de este bloque que “hay una unidad total entre los Estados miembros y las instituciones europeas” en lo que se refiere al proceso de paz en Oriente Medio, y las medidas tomadas al respecto.
El Parlamento Europeo (PE) aprobó el pasado septiembre una resolución que permitía etiquetar los productos hechos en las colonias ilegales israelíes en los territorios ocupados palestinos, una medida a la que el régimen israelí con Benyamin Netanyahu al frente respondió con la suspensión de contactos diplomáticos con las instituciones de la UE.
mjs/rha/mrk - HispanTv
Gracias a ingenieros occidentales, Daesh ahora ‘puede derribar cazas’
Un sistema de misiles superficie-aire de fabricación británica.
El grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe), con el apoyo de sus técnicos extranjeros, ha desarrollado misiles superficie-aire, capaces de derribar cazas.
“Los integrantes occidentales del EIIL con bastante experiencia en ingeniería han logrado desarrollar una arma devastadora, que podría derribar aviones”, informó el lunes el diario británico Mirror, que cita a activistas sirios.
Los activistas dicen haber visto un camión militar trasladando un gran cohete superficie-aire en las calles de Al-Raqa (norte), feudo principal de Daesh en Siria.
Según la fuente, el ingeniero Rwanda Tahir, un danés de origen iraquí, y un exoficial del Ejército de Rusia, “Omar el checheno”, fueron dos miembros cruciales en el logro de Daesh de dicha tecnología.
Mirror también indicó que el EIIL “ha instalado supuestamente radares en la ciudad para advertir a sus matones de ataques aéreos” en contra de sus posiciones.
Estos sistemas de radares se desarrollaron en “un taller de armas en Irak” y luego fueron trasladados al bastión sirio de Daesh, sostuvieron los activistas del grupo Al-Raqa Está Siendo Sacrificada En Silencio (RIBSS, por sus siglas en inglés).
RIBSS además advirtió de nuevos complots de Daesh para realizar atentados “más sofisticados” en Francia, EE.UU. y Rusia, tras los sangrientos ataques registrados el pasado 13 de noviembre en la capital gala de París, que dejaron 130 muertos.
Daesh logró hacerse con grandes extensiones de territorios en Siria e Irak, mientras EE.UU. y sus aliados europeos y de la región pensaban en derrocar al Gobierno legítimo del presidente de Siria, Bashar al-Asad, cuyo país está inmerso en una crisis desde 2011.
mjs/rha/mrk - HispanTv
Siete cárteles mexicanos controlan narcotráfico de EEUU
Dinero, armas, municiones y drogas decomisadas durante un operativo contra el narcotráfico en México.
El Informe Anual sobre Drogas 2015 reveló el lunes que prácticamente el control absoluto del narcotráfico en EE.UU. está en mano de siete cárteles mexicanos.
Según el informe elaborado por la Administración para el Control de Drogas de Estados Unidos (DEA, por sus siglas en inglés), los cárteles mexicanos que dominan el tráfico de drogas en Estados Unidos son el Cártel Jalisco, Nueva Generación (CJNG), el Cártel del Golfo, el Cártel de Juárez, los Caballeros Templarios, los Zetas y el Cartel de Sinaloa (el mayor proveedor de sustancias ilícitas).
Este nuevo reporte alerta que los carteles mexicanos ocupan casi la mayor parte del mercado ilegal de EE.UU., con una gran distancia con los carteles colombianos y dominicanos que están en segundo y tercer lugar respectivamente.
La DEA al confirmar que estos cárteles de nacionalidad mexicana tienen el control del tráfico de drogas en las zonas del suroeste del territorio, advierte que tienen la intención de llevar una mayor presencia en la compraventa de drogas ilícitas, más en concreto en la de la heroína.
Asimismo, el texto indica que las organizaciones mexicanas trafican con heroína, metanfetaminas, cocaína y marihuana, usando rutas y redes de transporte que han sido establecidas desde San Diego (California) a Anchorage (Alaska) ─costa oeste─ y desde Florida (Miami) a Boston (Massachusetts).
El Cártel de Sinaloa, encabezado por Joaquín 'El Chapo' Guzmán, según el informe es el cártel con más presencia en 48 de 50 estados a excepción de Texas y que también domina zonas hasta los estados extracontinentales de Alaska y Hawái.
Igualmente la organización informa de que el Cártel de Juárez domina completamente el estado de Nuevo México y la zona oeste de Texas.
En otras ciudades como Las Vegas, Nueva Orleans, Long Island o Atlanta hay una gran operación del Cártel del Golfo con 11 células.
Entre los restantes cuatro cárteles, el Cártel de Jalisco Nueva Generación, Los Caballeros Templarios, los Beltrán Leyva y Los Zetas no tienen un dominio regional en dicho territorio. Sin embargo operan en varias ciudades del centro.
tqi/rha/mrk - HispanTv
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Assad: "Nunca pensei em deixar a Síria sob nenhuma circunstância"
EFE - José Antonio Vera e José Manuel Sanz.
Entrevista exclusiva do presidente da Síria, Bashar al Assad, realizada ontem pela Agência Efe em Damasco, na íntegra:
EFE: Muito obrigado, senhor presidente, por sua hospitalidade e por dar à Agência Efe esta oportunidade para entender qual é a situação em seu país. No dia 14 de novembro, as potências mundiais, incluindo Rússia e Irã, definiram em Viena um calendário para que se chegue a uma solução política para a crise na Síria. De acordo com esse calendário, as negociações entre seu governo e a denominada oposição moderada deveriam começar em 1º de janeiro. Está pronto para iniciar essas negociações?
Bashar al Assad: Sejam os senhores bem-vindos à Síria. Desde o início do conflito na Síria, adotamos o enfoque de diálogo com todas as partes envolvidas no conflito e debatemos e respondemos positivamente cada iniciativa que se apresentou em diferentes países ao redor do mundo, independentemente de sua intenção real e a credibilidade das pessoas ou oficiais que iniciaram essas propostas. Portanto, hoje estamos preparados para iniciar as negociações com a oposição. Mas depende da definição de oposição. Oposição, para todo o mundo, não significa grupos armados. Há uma grande diferença entre grupos armados e terroristas, por um lado, e oposição, pelo outro. Oposição é um termo político, não um termo militar. Por isso, falar sobre o conceito é diferente na prática =, porque até o momento vimos que outros países, incluindo Arábia Saudita, Estados Unidos e outras nações ocidentais queriam que os grupos terroristas se unissem a estas negociações. Querem que o governo da Síria negocie com terroristas, algo que não acredito que alguém pudesse aceitar em nenhum país.
EFE- Estaria o senhor disposto a negociar e dialogar com os grupos da oposição que atualmente se reúnem em Riad?
Bashar al Assad - É a mesmo situação, porque há uma mistura de oposição política e grupos armados. Permita-me ser realista em relação aos grupos armados na Síria. Nós dialogamos com alguns grupos, não organizações, por uma razão que era conseguir uma situação na qual eles renunciassem às armas e decidissem se unir ao governo ou retomar sua vida normal com a anistia do governo. Esta é a única maneira de lidar com os grupos armados na Síria. Quando quiserem mudar seu enfoque, renunciar às armas, nós estaremos prontos, mas tratá-los como se fossem uma entidade política é algo que rejeitamos plenamente. Isto antes de tudo. Quanto ao que eles chamam a oposição política: o senhor, como espanhol, quando olha para a oposição em seu país, vê evidente que a oposição é uma oposição espanhola e que tem bases espanholas e são cidadãos espanhóis. Não se pode ser oposição enquanto se está vinculado a um país estrangeiro, sem importar qual. Portanto, de novo, depende do tipo de grupos reunidos na Arábia Saudita. Gente que faz parte da oposição na Arábia Saudita, no Catar, na França, no Reino Unido, nos EUA. Portanto, como princípio, estamos prontos, mas no final, quando se quer chegar a algo, ter um diálogo bem-sucedido e frutífero, é necessário negociar com uma oposição real, nacional e patriótica que tenha suas raízes na Síria e que só se relacione com os sírios, não com qualquer outro estado ou regime no mundo.
EFE- A delegação síria vai participar da conferência em Nova York caso efetivamente seja realizada nas próximas semanas?
Bashar al Assad- Não está ainda confirmada. A recente declaração russa disse que eles preferiam que fosse, acredito, em Viena. Isto em primeiro lugar. Em segundo, eles disseram que não é apropriado antes de definir quais são os grupos terroristas e quais não, algo que é muito realista e lógico. Para nós, na Síria, todo aquele que leva armas é um terrorista, portanto, sem definir este termo, sem conseguir uma definição, não faz sentido se reunir em Nova York ou em nenhum outro lugar.
EFE- Na sua opinião, o que se pode fazer para acabar com o Daesh (acrônimo pelo qual o grupo Estado Islâmico é pejorativamente chamado em alguns países)?
Bashar al Assad- Este é um assunto muito complicado, não pelo ISIS (sigla do Estado Islâmico em inglês), porque o ISIS é uma organização. Há algo mais perigoso com o qual é preciso lidar, que são as razões. Em primeiro lugar, a ideologia, algo que foi colocado na mente das pessoas ou da sociedade no mundo árabe por décadas, através das instituições wahhabistas e do dinheiro saudita que foi pago para apoiar esta obscura e odiosa ideologia. Se não se aborda esta ideologia, é uma mera perda de tempo dizer que vamos lidar com o Daesh, a (Frente) Al Nusra ou qualquer outra organização pertencente à Al Qaeda. Há a Daesh-Al Qaeda, Al Nusra-Al Qaeda e muitas outras organizações com a mesma ideologia. Portanto, isto é algo que deve ser tratado a longo prazo: como prevenir que essas instituições wahhabistas e o dinheiro saudita cheguem às instituições muçulmanas de todo o mundo para transformá-las em extremistas e para propagar o terrorismo por todo o mundo. Isto vem em primeiro. Depois, temos que falar sobre o curto prazo e combater a situação atual, com o Daesh na Síria e no Iraque, principalmente. Certamente, a luta contra o terrorismo é outra resposta óbvia a essa pergunta, mas estamos falando de uma ideologia e uma organização que tem capacidade ilimitada para recrutar terroristas de todo o mundo. Na Síria, temos mais de 100 nacionalidades que lutam com os extremistas e terroristas, Al Qaeda e Al Nusra e outros. O primeiro passo que devemos dar a fim de resolver este problema é interromper o fluxo de terroristas, especialmente através da Turquia a Síria e Iraque, e certamente temos que acabar com o fluxo de dinheiro, dinheiro saudita, dinheiro wahhabista e dinheiro catariano aos terroristas através da Turquia, assim como o armamento e qualquer outro apoio logístico. Assim é como podemos começar, e depois se pode falar dos demais aspectos, que podem ser uma questão política, econômica, cultural,... Há muitos aspectos, mas, por enquanto, temos que começar com conter o fluxo, e ao mesmo tempo combater o terrorismo dentro da Síria com o exército sírio e com quem quiser apoiar o exército sírio.
EFE- Quem compra o petróleo do Daesh? Que países estão por trás do Daesh?
Bashar al Assad- Os russos divulgaram na semana passada imagens de televisão e vídeos dos caminhões que transportam petróleo para atravessar as fronteiras entre Síria e Turquia. Certamente, os turcos o negam; é muito fácil negar, mas vamos pensar na realidade: A maior parte do petróleo sírio está na parte norte da Síria. Se querem exportar ao Iraque, isso é impossível, porque todas as partes do Iraque estão combatendo o ISIS. Na Síria ocorre o mesmo. O Líbano está muito longe. A Jordânia, no sul, também está muito longe. Portanto, a única tábua de salvação para o ISIS é a Turquia. Esses caminhões transportando petróleo da Síria para a Turquia, e a Turquia o vendendo barato ao resto do mundo... Não acredito que ninguém possa duvidar desta realidade indubitável.
EFE- Que países estão por trás do Daesh?
Bashar al Assad- Existem vários estados, principalmente a Arábia Saudita, porque tanto este país como esta organização praticam a decapitação, seguem a ideologia wahhabista e rejeitam qualquer pessoa que não seja como eles: não só aqueles que não são muçulmanos, mas também muçulmanos que não são como eles. Um muçulmano pode pertencer ao mesmo grupo religioso, mas se não é como eles, é rejeitado. Assim, a Arábia Saudita é o principal patrocinador deste tipo de organização. Certamente, existem também indivíduos e diferentes pessoas que compartilham a mesma ideologia ou a mesma crença, e estas pessoas enviam dinheiro de maneira privada. Mas o assunto não depende somente de quem envia o dinheiro, mas também de quem facilita a chegada dos fundos a essas organizações. Como poderiam as organizações consideradas terroristas no mundo todo, como o ISIS ou a Al Nusra, ter centenas de milhões e ter todos estes recrutas, praticamente um exército quase completo, da mesma forma que o de qualquer outro estado, e ter fontes financeiras, se não têm o apoio direto como o da Turquia em particular. Então, Arábia Saudita, Turquia e Catar são os principais responsáveis pelas atrocidades do ISIS.
EFE- Ontem vimos os morteiros cair perto de Damasco. Parece que esta luta está longe de terminar. Quando acredita que a guerra acabará na Síria?
Bashar al Assad- Se quiser falar sobre o conflito sírio como um conflito isolado com a mesma situação atual, as mesmas tropas sírias e os aliados da Síria, e os mesmos terroristas do outro lado, poderíamos terminá-la em poucos meses. Não é muito complicado em qualquer sentido, seja militar ou político. Mas se está falando de uma fonte de fornecimento inesgotável dos terroristas, e que tais terroristas seguem recebendo recrutas diariamente e recebendo todo tipo de respaldo, seja financeiro, armamentício e de recursos humanos, tudo isso prolongará a guerra por muito tempo. Certamente, isso vai ter um preço muito alto. Mas, no final, estamos obtendo avanços. Não estou dizendo que não estejamos progredindo. A situação em nível militar é muito melhor do que antes, mas, de novo, o preço é muito alto. É por isso que disse antes que se a intenção é acabar com a guerra em pouco tempo - e a maior parte do mundo está dizendo agora que quer ver o fim desta crise -, então pressionem os países que os vocês conhecem: Turquia, Arábia Saudita, Catar e, sem dúvidas, este conflito terminará em menos de um ano.
EFE- Há algum tipo de coordenação militar entre o exército sírio e as incursões da coalizão liderada pelos Estados Unidos?
Bashar al Assad- Não, em absoluto, não existe nenhuma coordenação. Nenhum tipo de conexão neste setor, e me refiro ao militar. É por isso que esta coalizão está há mais de um ano bombardeando o ISIS, e ao mesmo tempo o ISIS continua a se expandir, porque não se pode combater os terroristas pelo ar. É preciso enfrentá-los no campo de batalha, e por isso uando os russos deram início a sua participação na guerra contra o terrorismo, as conquistas dos exércitos russo e sírio em duas semanas foram muito maiores que as da aliança (dirigida pelos EUA) durante mais de um ano. De fato, na realidade eles não conseguiram nada, e podemos dizer até que estavam apoiando o ISIS, talvez indiretamente, já queo ISIS estava crescendo e recebendo mais recrutas. Portanto, não podemos dizer que conseguiram algo na realidade.
EFE- O que o senhor acha do papel de Obama nesta crise?
Bashar al Assad- Falemos da Administração americana, porque Obama, afinal de contas, é parte da Administração. Você tem grupos de pressão nos Estados Unidos e, desde o início, garantiu a estes terroristas a cobertura política. A princípio os chamava de "manifestantes pacíficos". Depois, quando descobriram que eram terroristas, passaram a chamá-los de "terroristas moderados". No final, tiveram que reconhecer que era o ISIS ou a Al Nusra, mas afinal de contas não são objetivos, não se atrevem a dizer que estavam equivocados. Não se atrevem a dizer que o Catar a princípio, e depois a Arábia Saudita, os tinham enganado. Isto é em primeiro lugar. Enquanto em segundo lugar, até que os Estados Unidos não levem a sério a luta contra os terroristas, não podemos esperar que o resto do Ocidente o faça, porque são os aliados dos Estados Unidos, e até agora o papel dos americanos nesta situação não está sendo destruir o ISIS ou o extremismo ou o terrorismo, e Obama o disse. Disse que quer conter o terrorismo, e não destrui-lo. O que significa isso? Significa permitir que se movimente em certos lugares e não em outros. É como se o assunto se limitasse a definir limites do efeito nocivo do ISIS. Portanto, não acreditamos que os americanos estão sendo francos na luta contra o terrorismo.
EFE- E o que acontece com o presidente francês, François Hollande? Ele falou em destruir o ISIS. Acredita que os franceses cooperarão com seu governo?
Bashar al Assad- Veja o que ele fez depois dos recentes tiroteios em Paris no mês passado. Os aviões franceses começaram a atacar o ISIS com intensos bombardeios. Disseram que queriam lutar, e Hollande disse "vamos estar em guerra contra o terrorismo". O que significa isso? Significa que antes dos incidentes de Paris, não estavam em guerra contra o terrorismo. Por que não fizeram o mesmo antes de tais incidentes? Isto significa que este intenso bombardeio é só para dissipar a ira da opinião pública francesa, e não para lutar contra o terrorismo. Se você quer lutar contra o terrorismo, não espera que ocorram tiroteios para fazê-lo. A luta contra o terrorismo é um princípio, e não uma situação transitória na qual se sente furioso e por isso decide atacar os terroristas. Deve ter valores e princípios para combatê-lo, e esta luta deve ser sustentável. Portanto, esta é outra prova de que os franceses não são sérios na luta contra o terrorismo.
EFE- E o que o senhor pensa sobre a UE em geral? A posição da UE neste conflito? Poderia a Europa fazer algo a mais?
Bashar al Assad- Certamente que sim, definitivamente. Tem a capacidade, mas não é só questão de capacidade, mas de vontade. A pergunta que sempre fizemos - não só durante a crise, mas antes, e talvez ao longo de mais de dez anos, sobretudo depois da Guerra do Iraque - é: "Ainda há política da Europa, ou é só um satélite dos Estados Unidos? Até o momento, não vemos nenhuma posição política independente. Há certas exceções, não colocamos todos no mesmo saco, e prova disso é a relação entre Europa e Rússia, quando os EUA pressionaram a Europa para que fizesse algo contra seus interesses, a fim de impor um embargo à Rússia. Isto não é realista, não é lógico. Portanto, certamente pode; certamente tem o mesmo interesse que nós de lutar contra o terrorismo. O que ocorreu recentemente em Paris e o que aconteceu em Madri em 2004 e em Nova York em 2001, e depois em Londres, e recentemente na Califórnia, constitui uma prova de que o interesse de todos está em combater o terrorismo, mas quem tem a vontade e quem tem a visão? Essa é a pergunta para a qual agora não tenho uma resposta. Mas neste momento não sou otimista quanto a que exista essa vontade.
EFE- O que o presidente Putin lhe pediu em troca da ajuda militar da Rússia?
Bashar al Assad- Não pediu nada em troca, e isso por uma simples razão: porque isto não é uma troca comercial. Na realidade, a relação normal entre dois países é uma relação que se baseia nos interesses comuns. A pergunta é qual é o interesse comum de Síria e Rússia? A Rússia tem interesse que haja mais terrorismo na Síria? No colapso do Estado sírio? Na anarquia? Não, não têm. Então, digamos que em troca a Rússia quer que haja estabilidade na Síria, no Iraque e toda a região. Não estamos longe da Rússia, e permita-me ir muito além, dizendo que não estamos longe de Europa. Então a ação da Rússia na Síria representa um ato em defesa da Europa de forma direta, e outra vez, os eventos terroristas recentes na Europa são a prova de que o que está acontecendo aqui a afetará positiva e negativamente.
EFE- O presidente Putin lhe pediu em algum momento que renuncie a seu cargo?
Bashar al Assad- Em primeiro lugar, a pergunta é: que relação há quanto ao presidente permanecer no poder ou renunciar a seu cargo durante o conflito? Essa é a primeira pergunta que se deve fazer. Isto de personalizar o problema é só uma maneira encoberta de dizer que não há nenhum problema com o terrorismo e de que não existem países que intervêm do exterior mandando dinheiro e armamento aos armados para criar o caos e propagar a anarquia. Na realidade, querem mostrar que o assunto é um presidente que quer permanecer no poder e de um povo que esta sendo assassinado porque luta pela liberdade, e que este presidente está oprimindo e matando este povo e por isso este povo se rebela". Esta é uma imagem muito romântica que serve como uma história de amor para adolescentes. Enquanto a realidade é totalmente diferente. O assunto é se minha saída do poder é parte da solução na Síria; parte de uma solução política. E quando digo uma solução política, isso não significa uma solução ocidental, nem externa. Deve ser uma solução totalmente síria. Quando o povo sírio não quiser que eu seja seu presidente, então devo sair no mesmo dia, e não em outro dia. Isto, para mim, é uma questão de princípio. Se acredito que posso ajudar meu país, especialmente em uma crise, e se o povo sírio ainda me apoia, e para ser mas especifico, digo que a maioria do povo sírio me apoia, então certamente tenho que ficar. Isso é óbvio.
EFE- Como hipótese, aceitaria a possibilidade de deixar a Síria no futuro e ir para um país amigo, se esta fosse a condição para conseguir um acordo.
Bashar al Assad- Quer dizer, que eu deixe o cargo?
EFE- Deixar o cargo e sair da Síria.
Bashar al Assad- Não, nunca pensei em deixar a Síria sob nenhuma circunstância e em nenhuma situação. É algo que nunca pus em minha mente como "plano B"ou "plano C", como costumam dizer os americanos. Na realidade, não. Mas, de novo, a mesma resposta: isso depende da população síria; me apoiam ou não? Se eu tenho seu apoio, isso significa que eu não sou o problema, porque se eu fosse o problema como pessoa, o povo sírio estaria contra mim. Onde esta a lógica em que o povo ou a maioria do povo me apoie, quando eu sou a razão do conflito? Isto é por um lado. Por outro lado, se tenho um problema com os sírios ou com a maioria dos sírios, e tenho os países da região e do mundo contra mim; assim como a maior parte do Ocidente, os Estados Unidos, seus aliados e os países mais fortes e mais ricos do mundo contra mim, e eu estou contra o povo sírio, então como pode ser que siga sendo presidente?. Isso não é lógico. Eu continuo aqui após cinco anos - ou quase cinco anos de guerra, porque tenho o apoio da maioria dos sírios.
EFE- É certo que os russos construirão outra base militar na Síria?
Bashar al Assad- Não, isso não é certo, e á dois dias já eles mesmos o desmentiram. Se houvesse algo, o teriam anunciado, e nós o teríamos anunciado ao mesmo tempo.
EFE- Estão os iranianos planejando construir aqui sua própria base militar?
Bashar al Assad- Não. Nunca pensaram nisso e nunca apresentaram ou discutiram o tema.
EFE- É possível incluir o presidente Erdogan na solução para a crise?
Bashar al Assad- Como princípio, não temos problema com ele, se está disposto a renunciar à atitude criminosa que adota desde o começo da crise, apoiando os terroristas com todas as formas possíveis. Afinal de contas, estaremos prontos para dar as boas-vindas a qualquer ajuda ou participação positiva que venha de qualquer parte. Isto é em princípio. Mas, por acaso podemos esperar que Erdogan mude sua postura? Não, por uma única razão, e é a de que Erdogan é uma pessoa crente na ideologia da Irmandade Muçulmana, por isso não pode atuar contra sua ideologia. Ele não é um homem pragmático que pensa nos interesses de seu país. Ele está trabalhando contra os interesses de seu país a favor de sua ideologia, seja isso realista ou não. Portanto, não esperamos que Erdogan mude.
EFE- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, anunciou viajará a Moscou para se reunir com Putin. Não teme que esteja sendo preparado algum tipo de acordo entre EUA e Moscou, como Ucrânia em troca da Síria?
Bashar al Assad- Não, porque se passaram quase cinco anos, e sempre ouvimos esse argumento, ou digamos essa ideia por parte dos funcionários governamentais ocidentais. Isso visa criar uma espécie de racha entre Síria e Rússia. Os russos são pragmáticos, mas ao mesmo tempo estão adotando uma política moral baseada em valores e princípios, não apenas em interesses, e o bom de sua posição é que não há conflito ou contradição entre seus valores e seus interesses. Isto em primeiro lugar. Em segundo lugar, se existe algum acordo, a modo de exemplo, os russos sabem muito bem que não se pode implementar nenhuma solução, se não for baseada em um acerto entre os próprios sírios e, consequentemente, nem Rússia, nem Estados Unidos e também qualquer país no mundo pode assinar um acordo neste marco. Nós, como sírios, somos os que podemos estabelecer um acordo entre sírios, e somos os que podemos realizar um diálogo entre sírios. Isso é o que os russos sabem muito bem. E é por isso que não cometem este tipo de erros, graças aos valores que têm.
EFE- Voltando à Turquia, como vê a derrubada do avião russo? Foi um acidente ou premeditado?
Bashar al Assad- Desde que começou a participação militar da Rússia na Síria a respeito da luta contra as organizações terroristas, a situação no terreno mudou de forma positiva, e para Erdogan, isso frustrará suas ambições, e se Erdogan falhar na Síria, representará seu fim político. É como acabar seu futuro político e suas ambições de transformar a Turquia no epicentro da Irmandade Muçulmana na região e o sonho de nomear governos desta Irmandade, com seguidores dele no mundo todo. Ele acredita que o último bastião de seu sonho é a Síria. Se fracassar na Síria, como já fracassou no Egito e em outros lugares, vai pensar que este é o final de sua carreira. Portanto, sua reação foi uma reação insensata, que reflete sua forma de pensar e seu instinto visceral em relação à participação russa. Esta é a primeira face do tema da derrubada do caça russo. A segunda é que ele pensava que a Otan o ajudaria, e que levaria a Otan a entrar em conflito com a Rússia, e o resultado seria complicar ainda mais a situação no terreno na Síria, e talvez tornar realidade seu sonho de estabelecer uma zona de exclusão aérea para onde possa enviar os terroristas para utilizá-los como uma espécie de Estado contra o Estado legítimo aqui na Síria. Essa era sua ambição, sua forma de pensar e seu plano na Síria.
EFE- O senhor presidente, nos Estados Unidos, é considerado responsável pela guerra civil e o auge terrorista na Síria. Seus inimigos o culpam pela morte de 250 mil pessoas desde que começou a guerra. Também o acusam de bombardear civis. Como se defende dessas acusações?
Bashar al Assad- Toda a guerra na Síria, desde o início do conflito, girava em torno de quem iria atrair mais sírios de sua parte. Essa foi a guerra desde o princípio. Como alguém pode matar o povo para ganhar seu apoio? Isto é impossível. Mas ao mesmo tempo, não há uma guerra boa; todas as guerras são más. Portanto, cada vez que há guerra, existem coisas que deveriam ser evitadas, mas não se pode fazê-lo. Em toda guerra há e haverá baixas civis e haverá vítimas inocentes. Este é um dos aspectos trágicos e perigosos de qualquer guerra. É por isso que temos que pôr fim à guerra. Mas dizer que o governo atacou civis não faz sentido, o que se ganha atacando civis? Atualmente, a realidade é que se quiser andar por aí na Síria, se surpreenderia em ver que a maioria das famílias dos grupos armados não vive com eles, vive sob a proteção do governo, e que recebe o apoio do governo, o que é outra prova de que não trabalhamos contra os civis nem os matamos, caso contrário não teriam buscado a ajuda do governo. Portanto, essas acusações são infundadas.
EFE- Senhor presidente, queremos que envie uma mensagem aos refugiados sírios que fugiram do país, muitos deles à Europa e inclusive à Espanha. Qual é sua mensagem para eles?
Bashar al Assad- A maioria dos refugiados mantêm contato com suas famílias na Síria, por isso ainda estamos em contato com eles. A maioria desses refugiados é partidária do governo, mas foi embora pela situação originada pelos terroristas, de ameaças diretas e massacres, assim como porque os terroristas destruíram infraestruturas, e pelo embargo imposto pelo Ocidente à Síria, onde as necessidades básicas já não são acessíveis. Portanto, realmente, eu não vejo necessidade de lhes enviar uma mensagem, porque eles voltarão quando a situação melhorar. A maioria deles gosta de seu país, ama este país. Na realidade, a mensagem que eu gostaria enviar é destinada aos governos europeus, porque são eles que trouxeram os terroristas, são eles que provocaram esta situação, eles ajudaram os terroristas, e eles criaram um embargo que repercutiu diretamente em benefício dos terroristas e estimulou os imigrantes a abandonar a Síria e ir a outros países. Portanto, se alguém está trabalhando pelo bem do povo sírio, como o senhor disse, a primeira coisa que tem que fazer é suspender o embargo. A segunda coisa a ser feita é acabar com o fluxo dos terroristas. Portanto, acredito que a mensagem deve ser dirigido aos governos ocidentais que ajudaram em sua saída para viver em seus países.
EFE- O senhor perdoaria os terroristas se estes largassem as armas?
Bashar al Assad- Certamente, isso já está ocorrendo na Síria. O que chamamos "a reconciliação" é a única solução política real que deu resultados frutíferos, e acredito em uma realidade positiva em diferentes lugares na Síria. A essência da reconciliação se baseia em que os terroristas renunciem às armas e o governo lhes conceda a anistia ou o indulto. Certamente, na minha opinião, acredito que esta é a única maneira boa para resolver o problema.
EFE- Se voltasse a março de 2011, tomaria decisões diferentes?
Bashar al Assad- No dia a dia, sempre há algo que alguém gostaria de ter feito melhor. Isso é natural, porque há muitos detalhes, mas se queremos falar dos pilares de nossa política, eles se baseiam em duas coisas. Em primeiro lugar, o convite ao diálogo desde o primeiro dia. Embora a princípio achássemos que não se tratava de problemas políticos, dissemos que estávamos prontos para o diálogo político, dispostos a mudar a Constituição, a mudar muitas leis, e o fizemos, fizemos em 2012, um ano depois que começou o conflito. Ao mesmo tempo, desde o princípio dissemos que iríamos lutar contra o terrorismo e os terroristas. Não mudaria nenhuma destas duas coisas, nem adotar o diálogo e também não a luta contra o terrorismo. Qualquer outra coisa não é um pilar. Caso se refira à prática diária, certamente existem muitos erros que são cometidos na pratica, seja por mim ou pelas outras instituições e os demais responsáveis. Isso é óbvio. Atualmente não tenho nenhum exemplo na cabeça, mas talvez uma das coisas que não voltaria a fazer é confiar em vários funcionários, ocidentais, regionais ou árabes, como os turcos ou outros; ou crer que realmente queriam ajudar a Síria em algum momento. Esta é a única coisa que não voltaria a fazer.
EFE- Como explica a seus filhos o que está acontecendo na Síria? Gostaria que seguissem seus passos?
Bashar al Assad- Se refere a continuar meus passos em política?
EFE- Sim.
Bashar al Assad- Acredito que a política não é um trabalho que alguém faz, e não é um livro que se lê, e não é uma especialidade que se estuda na universidade. Portanto não se pode ensinar aos filhos a serem políticos; é possível lhes ensinar como se preparar para um posto de trabalho. Na realidade, a política é tudo na vida; é a soma da economia, da sociedade e da cultura, é tudo o que se vive diariamente . Portanto, depende do caminho que seus filhos tomam nesse sentido. Para mim, o mais importante é ajudá-los a ajudar seu país, mas como? Que sejam políticos no futuro ou que trabalhem em qualquer outro posto de trabalho. Isto não é um tema muito importante para mim, mas não tentarei influenciar; são eles que têm que escolher seu caminho. Tenho que lhes explicar o máximo que puder sobre a realidade de nosso país, de modo que possam entendê-la bem e decidam qual é o caminho que querem seguir.
EFE- Muito obrigado, senhor presidente, pela entrevista e por seu tempo.
Bashar al Assad- Obrigado por virem à Síria.
Fracassam manifestações pelo impeachment de Dilma
Em Florianópolis (SC), a passeata estava prevista para as 13h, mas teve que ser adiada por falta de quórum.
Se sem rua não tem impeachment, como disse o próprio Cássio Cunha Lima hoje foi decretado o seu fim. Os organizadores (?) pensaram que seria o começo, o nascimento, mas foi o enterro. Hoje o impeachment foi enterrado.
Malgrado a meia dúzia de gatos pingados sem nenhuma ideia do que seja isso ter levado seus filhos de três anos às ruas, a maioria da população brasileira não quer saber mais de impeachment por vários motivos:
1) o primeiro é que não há um motivo forte, determinante e isso quem diz não são os petistas nem os esquerdistas, são experts até de direita, como o ex-ministro Delfim Netto e o ex-governador Claudio Lembo;
2) as tais pedaladas fiscais usadas como pretexto não têm a mínima consistência, como diz Delfim Netto hoje ao El País “no Brasil se pratica pedalada desde Dom João VI”;
3) as pessoas já se tocaram que as questões politico-jurídicas têm que ser resolvidas no âmbito jurídico-político e não nas ruas;
4) a continuação do impeachment só traz prejuízos ao país e aos brasileiros pois quanto mais instabilidade política menos investimentos externos e menos investimentos internos o que vai agravar a situação do emprego e da retomada do crescimento;
5) as pessoas já perceberam que se Dilma cair em seu lugar virá a turma do Temer e do Cunha com as consequências que ninguém quer pagar para ver;
6) o mais importante agora é afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados a fim de ser retomada a ordem democrática, sem pressões indevidas, manobras escusas e chantagens;
7) o país precisa de tranquilidade para recuperar o tempo perdido nesse debate estéril que nos paralisou em 2015.
A percepção de que não cabe impeachment e seu esvaziamento galopante está na cara. Em todas as grandes capitais o número de manifestantes vem decrescendo desde o primeiro protesto, em março de 2014, aos dois seguintes, em agosto e outubro e ao de hoje. Por isso é bobagem justificar o fiasco de hoje com desculpas como “foi muito em cima” ou “estamos perto do Natal”. Quem quer impeachment intensamente quer a qualquer hora do dia ou da noite. O público não compareceu porque percebeu que quem ganha com isso é Cunha, é Temer, é Bolsonaro, é Marco Feliciano, é Paulinho da Força e pouca gente gostaria de tomar um café com algum deles.
O público não compareceu porque a maioria dos brasileiros sabe que esse impeachment é uma tentativa de golpe porque não é um impeachment natural, imperioso, um impeachment que se impõe por si só, como o do Collor.
O público já percebeu que é um impeachment dividido e duvidoso. E, como todo mundo sabe, in dubio pro reu.
Sugiro que seja cancelada a manifestação contra o impeachment marcada para o próximo dia 16. Não precisa mais. O impeachment foi enterrado. A não ser que os organizadores queiram usá-la como missa de sétimo dia.
Alex Solnik - Brasil 247
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PARTICIPAÇÃO DE MANIFESTANTES PRÓ-IMPEACHMENT FOI RIDÍCULA
Recife - No Recife (PE), estima-se que 7 mil pessoas foram às ruas.
Salvador - Já em Salvador, o público foi de cerca de mil pessoas, segundo a PM.
Brasília - Em Brasília, 3 mil manifestantes foram até a frente do Congresso, onde fizeram um 'enterro simbólico do PT'.
Belém - Em Belém (PA), segundo a Folha de São Paulo, a manifestação pró-impeachment reuniu 600 pessoas (ainda segundo dados da PM) para cantar o Hino Nacional.
Curitiba - Apenas 3 mil pessoas participaram.
Rio de Janeiro - A imprensa falou em 10 mil, 5 mil participantes. Alguém consegue ver mais que 1 mil pessoas na foto acima? Na orla das praias mais famosas e mais caras do país.
São Paulo - Em São Paulo, a pequena adesão aos protestos não incomodou os ciclistas na Avenida Paulista. Mas a Globo tratou de inflar os números.
Os três líderes mais mentirosos do ano
A edição online alemã Alles Schall und Rauch realizou uma pesquisa entre os seus leitores para determinar quem eles acham o “mentiroso do ano”. A chanceler alemã Angela Merkel, o presidente americano Barack Obama e o líder turco Recep Tayyip Erdogan “ganharam» as três primeiras posições.
Como o ano de 2015 chega ao fim, um popular site alemão decidiu descobrir quem os seus leitores consideram de confiança depois de tudo o que aconteceu no decorrer do ano. Parece que Angela Merkel perdeu a confiança dos cidadãos da Alemanha: eles atribuíram à chanceler o título vergonhoso de “Mentiroso do ano”, com 39 por cento dos votos dos leitores.
No entanto, a plataforma sublinha que na votação participaram não apenas alemães que mas também pessoas de 40 países diferentes.
Cerca de 21 por cento dos inquiridos pensam que Barack Obama merece ser chamado de o maior mentiroso. Recep Tayyip Erdogan recebeu 18 por cento dos votos dos entrevistados. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, seguem na peugada dos “três fantásticos», com 8,05 por cento e 7,81 por cento, respetivamente.
Segundo a pesquisa, os alemães consideram o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras e o chefe de governo iraniano Hassan Rohani como políticos honestos.
O autor do artigo, resumindo os resultados da votação, observou que Angela Merkel foi nomeada “Pessoa do Ano” pela revista Time.
IrãNews
Exército Sírio libera base aérea perto de Damasco com apoio da milícia local
O Exército Sírio com o apoio da milícia local libertou uma base aérea militar localizada perto de Damasco, disse uma fonte na milícia à RIA Novosti na segunda-feira (14).
O Exército Sírio com o apoio da milícia local libertou a base aérea militar, Mardj-al-Sultan, localizada perto de Damasco, disse uma fonte na milícia à RIA Novosti na segunda-feira (14).
"A base aérea Marj al-Sultan foi libertada. Os terroristas da Frente al-Nusra e o Jaish al-Islam (Exército do Islã) recuaram em direção a Hush alSalehi. Dez militantes foram mortos", disse a fonte à RIA Novosti.
A base aérea Mardj-al-Sultan está localizada em Duma, uma cidade na distância de 18 km de Damasco. Serviu como um importante reduto do grupo terrorista Jaish al-Islam.
Segundo a fonte, o exército e as milícias sírias conseguiram estabelecer uma zona de segurança ao redor da base aérea. A engenharia militar está fazendo a desminagem da área.
Antes, as forças sírias conseguiram desalojar os militantes da Frente al-Nusra das regiões montanhosas na parte norte da província de Latakia, ao longo da fronteira sírio-turca. O exército sírio tem feito grandes avanços desde que está apoido pelos militares russos que realizam uma operação aérea na Síria desde 30 de setembro sob o pedido do presidente sírio, Bashar Assad.
Sputniknews
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