quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
C.I.A. é a maior traficante de drogas do planeta
Por Victor Thorn – www.rawa.org
O Afeganistão atualmente produz e fornece mais de 90% da heroína do mundo, gerando cerca de US$ 200 bilhões em receitas para suprir as necessidades de financiamento de operações ilegais (Black Ops-Orçamento Negro) do governo oculto dos EUA, executadas em todo o planeta. Desde a invasão do Afeganistão pelos EUA em 07 de outubro de 2001, a produção de ópio aumentou 33 vezes (para mais de 8.250 toneladas por ano) no país.
Os EUA têm estado no Afeganistão há mais de dez anos, gastou oficialmente US$ 177 bilhões de dólares no país, e tem a mais poderosa e tecnologicamente avançada força militar da Terra. Dispositivos de espionagens por satélites, drones não tripulados, localização por GPS, etc, todo esse aparato pode localizar qualquer coisa em qualquer lugar inimaginável simplesmente se apertando alguns botões.
Ainda assim, as plantações e colheitas de papoulas se mantem florescendo e crescentes ano após ano, apesar de que a produção de heroína ser um processo trabalhoso e intrincado. As papoulas devem ser plantadas, cultivadas e colhidas e, depois, após a morfina ser extraída tem que ser cozidas, refinadas, e embaladas em tijolos e transportada de remotas localidades rurais através das fronteiras nacionais, exigindo uma intrincada logística para um país em guerra e com topografia montanhosa e árida.
Para separar a heroína da morfina se exige mais 12-14 horas de reações químicas trabalhosas. Milhares de pessoas estão envolvidas no processo de produção, mas, apesar dos enormes recursos tecnológicos à nossa disposição, a HEROÍNA DO AFEGANISTÃO continua fluindo em níveis recordes e abastecendo o mercado mundial.
O senso comum sugere que tão prolífico e lucrativo comércio de drogas durante um período tão prolongado de tempo não é um acidente, especialmente quando a história do que aconteceu na região é considerada. Enquanto a CIA comandou as suas operações durante a Guerra do Vietnã, o Triângulo Dourado (o LAOS, VIETNÃ, MYANMAR E TAILÂNDIA, então os principais países produtores) abasteceu e forneceu ao mundo com a maioria de sua heroína consumida.
Depois que a guerra terminou em 1975, um evento intrigante ocorreu em 1979, quando Zbigniew (um integrante do governo oculto, MAJESTIC-12 dos EUA) Brzezinski secretamente manipulou a União Soviética para que invadisse o Afeganistão. Por trás da cena oficial, a CIA, junto com o ISI (serviço secreto) do Paquistão, foram secretamente financiando os revolucionários mujahideen no Afeganistão para lutarem contra seus inimigos invasores russos. Antes desta guerra, a produção de ópio no Afeganistão era absolutamente mínima.
Mas segundo o historiador Alfred McCoy, um especialista sobre o assunto, uma mudança de foco ocorreu. “Dentro de dois anos do massacre da operação de invasão da CIA no Afeganistão, as fronteiras montanhosas entre o Paquistão e o Afeganistão se tornou o maior produtor mundial de heroína.”
Eventualmente, a União Soviética foi derrotada (teve a sua versão do Vietnã dos EUA) e, finalmente, perdeu a Guerra Fria. O resultado, no entanto, provou ser uma lata de vermes inteiramente nova. Durante sua pesquisa, McCoy descobriu que “a CIA apoiou e deu suporte” a vários barões da droga no Afeganistão, por exemplo Gulbuddin Hekmatyar.
A CIA não lidava com a heroína diretamente, mas fornecia aos seus aliados traficantes com o transporte, armas, munição, logística e proteção política”. Em 1994, uma nova força surgiu na região, o grupo Taleban, que assumiu o tráfico de drogas. Chossudovsky novamente descobriu que “os americanos tinham secretamente, e através de agentes paquistaneses [especificamente do ISI], dado apoio ao grupo do Taliban para tomarem o poder.”
Estes estranhos companheiros de cama (CIA e Taleban) tiveram um relacionamento firme e sólido até julho de 2000, quando os líderes do Talibã proibiram a plantação de papoulas. Este novo desenvolvimento alarmante nas relações, juntamente com outros desacordos sobre a travessia de oleodutos propostos através da Eurásia, representava um problema grave para o centro de poder no Ocidente.
A CIA se viu sem o dinheiro da heroína à sua disposição, sem os bilhões de dólares que não poderiam ser canalizados para vários projetos escusos da CIA com orçamento negro (gastos e projetos do governo das sombras sem a aprovação do Congresso dos EUA).
Já sentindo os problemas nesta região volátil, dezoito influentes políticos neoconservadores assinaram uma carta em 1998 que se tornou um modelo para o infame Projeto chamado de Project for New American Century (PNAC) – Projeto de um Novo Século Americano.