sexta-feira, 20 de outubro de 2017

PF anuncia que encontrou anotações de valores de propina na casa de Aécio


A Polícia Federal encontrou na casa do senador Aécio Neves, durante buscas e apreensões no âmbito da Operação Patmos, anotações com valores de 200 mil e 510 mil relacionados à Odebrecht e à Braskem. No papel manuscrito, ao lado da anotação ‘CNO’ (COnstrutora Norberto Odebrecht), consta os nomes ‘Pimenta’ e ‘Direção Estadual’. Ao lado de ‘Braskem, o tucano anotou ‘Direção Estadual’. Para os investigadores, os valores ‘provavelmente’ são ‘monetários’ e são ‘possivelmente fruto de atividade ilícita’.

As buscas e apreensões na casa de Aécio Neves se deram em maio, quando o senador foi afastado do cargo por decisão do ministro Luiz Edson Fachin, à época em que foi deflagrada a Patmos. No âmbito da Operação, o tucano foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, acionista da JBS. Os valores teriam sido repassados ao primo do senador, Frederico Pacheco, o Fred, e as primeiras tratativas teriam sido realizadas pela irmã do senador, Andrea Neves, ambos flagrados em ação controlada da Polícia Federal. Aécio foi denunciado por corrupção passiva por supostas propinas de R$ 2 milhões dos delatores.

A Polícia Federal enviou ao Supremo relatório sobre cada item encontrado na casa do senador e dos demais investigados na Patmos. Segundo o documento, um dos itens é uma ‘folha manuscrita é composta de três anotações com nomes e números podendo ser valores em moeda nacional’.

Plantão Brasil

Aécio ligou para Gilmar horas antes de o ministro do STF conceder decisão favorável ao senador

Por Fernando Brito, do Tijolaço - Achou-se um número de ligações digno de casais recém-enamorados, via WhatsApp, entre Aécio Neves e Gilmar Mendes, depois que o primeiro se viu em apuros em processos que o misterioso "algoritmo" da máquina de sortear relatores do Supremo Tribunal Federal, tal qual roleta viciada, escolhia o segundo para investigar as acusações ao mineiro.

46 chamadas, em menos de 60 dias, é demais para que alguém acredite que, como explicou o advogado do recém-liberado senador, Alberto Toron, as conversas teriam sobre a reforma política. Poxa, Dr. Torom, inclua aí umas receitas de comida mineira e umas dicas de bala, que ficará mais crível.

É um festival de desmoralização, embora pareça impossível ainda falar em desmoralização do senador e do ministro.

Mas é inacreditável que, depois desta evidência, o Supremo, como instituição. não decida afastar Mendes da condução dos inquéritos de Aécio.

Se não o fizer, estará passando um atestado de que é, mesmo, uma casa do faz-de-conta.