quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Chega ao Brasil o livro sobre a vida de Pablo Escobar


Está fazendo sucesso o livro publicado pela editora Planeta, "Pablo Escobar, Meu Pai", escrito pelo filho do maior traficante de drogas do mundo, Juan Pablo Escobar, ou, Juan Sebastián Marroquín Santos - nome adotado para evitar perseguições.

Após a morte de Pablo Escobar em confronto com a polícia colombiana, o filho e a família se refugiaram na Argentina, onde o filho de Pablo Escobar se transformou em um arquiteto de sucesso internacional, deixando de lado qualquer pensamento de vingança ou continuidade na carreira do pai.

O livro revela os bastidores do trabalho sujo da DEA e CIA, sempre tentando se meter onde não são chamados para obter lucros políticos. O papel dos norte-americanos na caçada a Pablo Escobar foi nulo, apesar dos filmes e séries onde os norte-americanos são sempre os mocinhos e os povos nativos são ingênuos e idiotas - segundo a visão de Hollywood.

A violência extremada de Pablo Escobar no final de sua vida foi uma reação à política terrorista do Estado colombiano, que chegou a colocar uma bomba no edifício onde a família de Escobar residia, muito tempo antes do acirramento da guerra ao narcotráfico naquele país.

O livro é importante para compreender o tráfico de drogas em nosso continente, onde países governados por políticos ligados ao narcotráfico - como Colômbia e México - dominam parte do comércio e da economia.

O livro não inocenta Pablo Escobar de seus crimes, mas revela fatos que provam que o maior narcotraficante do mundo era muito inteligente e destemido.

Alguns movimentos revolucionários na América Latina, nas decadas de 70 e 80, chegaram a admirar Pablo Escobar, afirmando que o trabalho de envenenar com drogas parte da população norte-americana era benéfico para a luta contra o imperialismo.

Abel Kaheler