terça-feira, 26 de setembro de 2017

Coreia do Norte vence a disputa com os EUA: Trump recua


As bravatas do presidente dos EUA, Donald Trump, em ameaçar "destruir a Coreia do Norte" durante discurso nas Nações Unidas mostrou ao mundo o baixo nível do presidente da maior potência militar do planeta.  Em resposta, o ministro norte-coreano afirmou que "enquanto o cão ladra, a caravana passa".  O marechal Kim Jong Un foi mais longe e afirmou que Trump é um lunático enraivecido.

As ameaças e trocas de ofensas obrigaram a China a declarar oficialmente que não permitirá uma guerra na sua região, e que jamais permitirá que a Coreia do Norte seja invadida pelo imperialismo norte-americano. O atual governo chinês repetiu aquilo que Mao Tsé Tung fez na Guerra da Coreia (1950), enviando o próprio filho para liderar 500.000 soldados chineses que entraram na Guerra da Coreia para auxiliar a Coreia do Norte e obrigaram os norte-americanos a recuarem até o paralelo 38. O filho de Mao morreu em combate lutando ao lado dos norte-coreanos.

A Coreia do Norte venceu a Guerra da Coreia graças à bravura e liderança de Kim Il Sung. Os EUA e seus aliados foram derrotados. Nos anos seguintes os norte-americanos seguiram ameaçando e chantageando a Coreia do Norte com exercícios militares. O líder Kim Jong Il formulou então a filosofia Juche, a prioridade militar, para transformar a Coreia do Norte em uma nação próspera e soberana. E finalmente o marechal Kim Jong Un coroou essa trajetória desenvolvendo na Coreia do Norte armas nucleares capazes de fazer frente às ameaças dos EUA.

A evolução do atual conflito transformou a Península coreana em entreposto de submarinos nucleares norte-americanos, russos e chineses, à espera do início da Terceira Guerra Mundial.

A Coreia do Norte não recuou em nenhum momento na campanha de ameaças norte-americanas, pelo contrário, continuou lançando mísseis e detonando bombas atômicas e bomba H, para fazer frente às ameaças de Donald Trump. Hoje a Coreia do Norte é uma potência nuclear com capacidade de destruir todas as bases militares norte-americanas na Ásia, e de enviar mísseis com bombas atômicas para o território norte-americano, caso sofra algum ataque por parte dos EUA.


Após esses acontecimentos o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, jogou a toalha e declarou que os EUA planejam continuar os esforços de contenção de Pyongyang o maior tempo possível através de meios diplomáticos. Isto é, vai abandonar as ameaças e chantagens para negociar uma saída honrosa para a derrota norte-americana.

"Continuamos apoiando as medidas diplomáticas na ONU, vocês foram testemunhas de aprovação por unanimidade da resolução no Conselho de Segurança da ONU, que aumenta a pressão econômica e diplomática sobre o Norte [a Coreia do Norte]. Ainda podemos conter as ameaças perigosas por parte da Coreia do Norte e apoiar os nossos diplomatas desta forma, para manter a situação na esfera da diplomacia", disse Mattis.

Ele acrescentou que o objetivo de Washington é "lidar com isso através da diplomacia". Segundo ele, o presidente dos EUA, Donald Trump, "deixou isso muito claro".

Trump disse em 19 de setembro, durante o seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU que, se os EUA "forem forçados a se defender e a defender os seus aliados", Washington não terá escolha senão "destruir completamente a Coreia do Norte". Agora é obrigado a voltar atrás. É um trapalhão esse presidente.



Comitê Brasileiro de Solidariedade à RPD Coreia