terça-feira, 1 de agosto de 2017

"Não deviam ter matado Kadafi", diz primeiro-ministro húngaro


Viktor Orban, primeiro-ministro húngaro

O primeiro-ministro húngaro, o ultra-conservador Viktor Orbán, propôs esta quinta-feira uma operação militar europeia na Líbia para estancar a saída de refugiados em direção à UE, afirmando que "não deviam ter matado Kadhfi" e que o seu regime impedia a emigração.

"Não há dúvida de que, se não há um Governo [na Líbia], não há a quem pedir autorização para defender a costa do norte da Líbia. Ou seja, as forças armadas europeias devem deslocar-se para ali e defendê-la", afirmou o chefe do Governo húngaro em entrevista com a rádio pública do país, "Kossuth", citada pela agência espanhola, Efe.

"O caso levanta problemas de direito internacional, o que não se deve subestimar, mas pode ser resolvido", acrescentou.

A proposta é ridícula. Os europeus querem voltar a matar e bombardear impunemente na Líbia, com a desculpa de combater a imigração. Ora, foram justamente os europeus e norte-americanos os causadores da maior tragédia migratória da história da humanidade ao atacar a Líbia de Kadafi, e agora estão pagando o preço pela submissão covarde de seus governantes aos interesses criminosos dos EUA.

Deixem a Líbia em paz!


"Se a Europa apoiar a guerra contra a Líbia estará destruindo a última fronteira que impede a ida de milhares de refugiados para a Europa, incluindo muitos terroristas". Muamar Kadafi, 2011