domingo, 30 de julho de 2017

O país culpado pelos refugiados não paga a conta


As grandes ondas de refugiados das últimas decadas foram consequências de guerras e intervenções militares dos sucessivos governos dos EUA.

As milhares de mortes de homens, mulheres, idosos e crianças no mar Mediterrâneo, foram — e são — consequência direta das guerras e intervenções militares dos governos dos EUA.

A deterioração do modo de vida europeu, onde milhares de cidades foram tomadas por grupos de refugiados sem teto e sem perspectivas de trabalho, levando insegurança para comunidades tradicionais em diversos países, são culpa das guerras dos governos norte-americanos.

Todas essas verdades cristalinas não são publicadas nos meios de comunicação do ocidente. Os meios de comunicação — de forma covarde — se referem ao drama dos refugiados como se fosse algo “caído do céu”, sem nenhuma ligação com a lógica dos fatos que apontam como culpado de tudo, de todas as desgraças que assolam os refugiados e os países europeus, os governos dos Estados Unidos da América.

A maioria dos refugiados que hoje vagam pela Europa é oriunda da Síria, Afeganistão, Iraque, Líbia, Sudão, Congo, Somália, entre outros países onde os EUA levaram guerras para saquear recursos naturais ou para criar tensões para vender armas.

Por trás de todos os discursos floridos nos meios de comunicação ocidentais, está a pratica continuada do imperialismo norte-americano ao longo dos séculos, deixando como resultado consequências nefastas e tragédias para a vida de milhões de refugiados obrigados a deixar seus países transformados em inferno pelas bombas e projéteis dos soldados norte-americanos. Ou, por países cujos governantes são títeres ou fantoches dos governos dos EUA, e fazem o “serviço sujo” para justificar intervenções, guerras e revoluções.

Esta é a verdade pura e simples.

Segundo a ONU, até 2015, 65 milhões de refugiados se dirigiram à Europa, fugindo de guerras, crises, fome e revoluções, da maioria de países onde os EUA interviram militarmente. Este número é considerado abaixo da realidade porque outros milhões escaparam dos controles de fronteiras. Não é difícil hoje encontrar em diversas cidades europeias levas de refugiados que vagam em busca de alimentos sem nenhum registro nos órgãos de imigração. Nos últimos anos as ondas de refugiados aumentaram, em função do agravamento das guerras na Síria, Iraque e Afeganistão, com a agravante de que novas rotas indetectadas pelas autoridades foram descobertas ou criadas na Europa.

Em meio a essa tragédia humana, o culpado de tudo isso não paga a conta: o governo dos EUA.

A ameaça terroristas está presente hoje na Europa graças aos governos dos EUA. Ao enviar armas e dinheiros para terroristas disfarçados de rebeldes na Líbia, Afeganistão, Iraque e Síria, armaram os mais perigosas grupos terroristas do mundo que hoje estão infiltrados e preparando ataques em diversos países europeus.

Donald Trump, além de proibir a entrada de estrangeiros de alguns países islâmicos onde os EUA criaram guerras, ainda reduz verbas para as entidades norte-americanas que cuidam dos refugiados. E não destina recursos para os países europeus que sofrem com os refugiados.

José Gil