segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Tulsi Gabbard diz a verdade sobre a Síria e é atacada pela mídia


Os principais meios de comunicação dos EUA, especialistas e autoridades vêm tentando de todas as formas manchar a reputação da congressista Tulsi Gabbard, que viajou para a Síria no início deste mês. Gabbard criticou em rede nacional, a política de financiamento dos EUA em armar terroristas afiliados à Al Qaeda.

Conhecida apoiadora de Bernie Sanders e ex-vice-presidente do Comitê Nacional Democrata (posição que renunciou em fevereiro do ano passado), Gabbard viajou em uma missão de investigação à Síria no início deste ano. Lá, a congressista se encontrou com o presidente Bashar Assad.

Veterana de guerra com duas incursões ao Iraque no currículo, Gabbard defendeu na quinta-feira, a decisão de se encontrar com o presidente sírio. "Se professarmos verdadeiramente o cuidado com o povo sírio, sobre o seu sofrimento, então temos de ser capazes de encontrar-se com qualquer um que precisamos se houver a possibilidade de que possamos alcançar a paz", disse ela durante entrevista à CNN.

Durante a entrevista, o âncora Jake Tapper afirmou que Assad é responsável pela violência no país e acusou Gabbard de "dar maior credibilidade ao presidente sírio", o congressista respondeu, enfatizando que "o que você pensa sobre o presidente Assad, o fato é que ele é o Presidente da Síria. Para que qualquer acordo de paz, para que haja qualquer possibilidade de um acordo de paz viável, tem que haver uma conversa com ele.


Gabbard sublinhou que este precisa ser o procedimento da diplomacia americana até os sírios determinem o destino de Assad, "o que acontece com o seu governo e seu futuro".

O que se seguiu foi um debate entre Gabbard e Tapper, que chamou Assad de "açougueiro" e disse que não havia democracia na Síria. Gabbard, que documentou suas conversas com os sírios comuns durante a viagem, disse que ouviu algo muito diferente do que a narrativa da mídia está apresentando.
— Vou contar-lhe o que ouvi do povo sírio que conheci andando pelas ruas de Aleppo, em Damasco — disse a congressista. "Eles expressaram contentamento e alegria ao verem um americano andando pelas ruas, mas [perguntaram]: por que os Estados Unidos, seus aliados e outros países estão fornecendo apoio e armas a grupos terroristas como al-Nusra (al- Qaeda), Ahrar al-Sham, ISIS que estão estuprando, sequestrando, torturando e matando o povo sírio?"

"Eles me perguntaram: Por que os Estados Unidos e seus aliados estão apoiando esses grupos terroristas que estão destruindo a Síria, quando foi a Al-Qaeda a atacar os Estados Unidos no 11 de setembro e não a Síria. Eu não tinha uma resposta para eles", Gabbard sublinhou.

Com Tapper insistindo que os Estados Unidos só prestaram assistência aos chamados rebeldes moderados, Gabbard respondeu, dizendo que "em toda parte, cada pessoa com quem falei, fiz essa pergunta, e sem hesitação disseram que não havia rebeldes moderados".

"Independentemente do nome desses grupos, a força de combate mais forte no terreno na Síria é al-Nusra (al-Qaeda) e o Daesh — isso é um fato", enfatizou Gabbard. "Há vários outros grupos diferentes, todos eles essencialmente estão lutando ao lado, com ou sob o comando do grupo mais forte no terreno que está tentando derrubar Assad".

Desde que retornou de sua viagem e da entrevista da CNN, Gabbard foi abertamente atacada por jornalistas nas principais mídias, pelos colegas membros do Congresso e por especialistas de todos os tipos.

Sputniknews