terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Pilotos dos EUA culpam russos por incidentes no espaço aéreo sírio


Os pilotos da Força Aérea norte-americana afirmam que os caças russos se “aproximam perigosamente” dos seus aviões no espaço aéreo sírio, sendo que os pilotos dos EUA preferem “ceder o caminho” para evitar colisões, escreve o Wall Street Journal.

O jornal afirma que, apesar do memorando sobre a segurança dos voos na Síria assinado no outono de 2015, este tipo de incidentes continua acontecendo.

Segundo comunica o Wall Street Journal, os pilotos norte-americanos culpam seus colegas russos de não saberem as regras quanto à distância segura entre aeronaves ou falta de capacidade ou vontade de as respeitar.

"É muito raro eles responderem. Muito raro eles se desviarem. Nós deixamo-los passar. Não sabemos se eles nos veem e não queremos que eles colidam connosco", afirmou o major-general Charles Corcoran. A edição frisa: a chefia da Força Aérea dos EUA receia que tais acidentes possam provocar uma nova escalada de tensão entre Moscou e Washington. "Quando um avião cai, a julgar pela estatística, o mais provável é que o acidente aconteça por alguma falha no mecanismo do que por ser abatido por alguém. Mas, em uma atmosfera de incerteza e de falta de coordenação, em tempo de guerra, as pessoas costumam pensar que o avião caiu por causa das ações da parte adversária", acha o coronel da Força Aérea dos EUA, Daniel Manning. Mais cedo, o tenente-general da Força Aérea dos EUA, Jeff Harrigan, comunicou que um avião russo e um norte-americano se aproximaram a distância perigosa no espaço aéreo sírio em 17 de outubro. Segundo disse o representante do Pentágono, ambos os pilotos estavam efetuando voos com luzes desligadas e passaram à distância de uns 800 metros um do outro. Em resposta, o Ministério da Defesa russo expressou seu espanto pelas novas tentativas de Washington de atribuir a responsabilidade pela aproximação do avião norte-americano do caça russo, Su-35, à Força Aeroespacial russa.

Sputniknews