quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Líbia pede apoio internacional para combater o Daesh


O primeiro-ministro da Líbia, Fayez al-Sarraj, apelou à comunidade internacional para ajudar seu país na luta contra o grupo terrorista Daesh.

"A nossa Líbia carece da ajuda internacional na luta contra o Daesh", disse al-Sarraj em uma entrevista com o diário italiano Corriere della Sera.

Ele ressaltou que "o Daesh é um inimigo complicado, astucioso e perigoso, não só para o nosso país, mas também para a Itália, a Europa e o mundo", adicionando que o grupo "vai usar todos os meios para enviar seus combatentes à Itália e Europa em geral". Ele também não excluiu a presença de terroristas entre os migrantes que constantemente chegam às costas europeias através do Mediterrâneo.
"Temos de resolver este problema em conjunto; o Daesh representa uma ameaça para todos nós igualmente", disse ele.

Ao explicar a decisão da Líbia sobre o pedido de ajuda dos Estados Unidos, que começou no dia 1 de agosto, para lançar ataques contra Daesh perto da cidade de Sirte, apontou al-Sarraj que isso foi feito para "prevenir futuras perdas entre a população civil e nossos soldados".


Terroristas doa Daesh (Estado Islâmico) estão fugindo da Síria por causa dos ataques russos e avanços do Exército da Síria. Caravanas como esta entram na Líbia diariamente em reluzentes caminhonetes doadas pela CIA.

"Pedi a intervenção por meio de ataques aéreos norte-americanos, que devem ser cirúrgicos, limitados no tempo e no espaço geográfico e sempre coordenados com a gente, nós não precisamos das tropas estrangeiras no território líbio", frisou ele.

Paralelamente aos ataques norte-americanos, desde junho passado continua uma operação terrestre das milícias Misurata, leais às novas autoridades.
A Líbia está em uma crise profunda desde 2011, ano em que foi deposto e morto Muammar Khaddafi, líder do país durante várias décadas.

Em 31 de março de 2016 na Líbia foi constituído um governo de unidade nacional, liderado por Fayez al-Sarraj e formado com o apoio da ONU. No entanto, algumas áreas da Líbia permanecem sob controle de jihadistas ligados ao grupo terrorista Daesh, proibido em muitos países, incluindo a Rússia.

Sputniknews