quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Brasil evita espiões dos EUA com cabo submarino


Os Estados Unidos terão nada a ver com o novo cabo de Internet entre o Brasil e a Europa.

O ministro de Comunicações brasileiro Andre Figueiredo anunciou planos para desenvolver o cabo submarino que ligará o Brasil diretamente com a Europa no âmbito de tentativas de combater ciberespionagem realizado pelo governo dos EUA.

O custo do projeto brasileiro é estimado em 250 milhões de dólares.

Enquanto isso, as empresas americanas Google e Facebook podem ter interesse em cobrir as despesas. Os dois gigantes multinacionais estão entre dezenas de empresas que expressaram interesse em uso deste cabo para transmissão segura, o que indica que a recolha de dados feitos pela comunidade de Washington atualmente é demasiado incomodo para deixar passar.

O cabo é previsto para ser operacional nos finais de 2017 e será financiado pela comercialização do seu tráfego, declarou Figueiredo no âmbito convenção Congresso Mundial de Móveis (Mobile World Congress) em Barcelona.

O ministro notou também que a empresa estatal Telecomunicacoes Brasileiras (Telebras) "já promove o cabo à União Europeia".

As notícias chegam no âmbito de revelações da vigilância mundial feita pelos Estados Unidos.

O Brasil fez planos para construir uma ligação de dados segura seguindo as revelações 2013 de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) tinha monitorado comunicações oficiais e privadas da presidente Dilma Rousseff, assim como as de todo seu gabinete. A respetiva informação foi divulgada pelo site WikiLeaks.

Além disso, o cabo será mais um passo na política de diminuição de relações econômicas entre o país latino-americano e os EUA, já que a ligação por via do cabo submarine evitará os EUA complatamente.
No momento, os Estados Unidos são a principal via de comunicação da Internet brasileira e os dois países são parceiros econômicos principais.

Sputniknews