sexta-feira, 5 de maio de 2017

A República de Curitiba treme com a vinda de Lula no dia 10


Manifestantes durante a Guerra do Pente em Curitiba

Na Copa de 1958 o técnico brasileiro Vicente Feola reuniu os jogadores e combinou a estratégia para o jogo com a União Soviética. Dizem que a estratégia envolvia uma jogada em que Nilson Santos, Zito e Didi trocariam passes curtos no meio do campo para atrair a atenção dos russos. Vavá puxaria a marcação da defesa deles caindo para o lado esquerdo do campo. Depois de um tempo, Nílton Santos deveria fazer um lançamento para direita, alcançando Garrincha pelas costas do marcador. Garrincha dribla e cruza para Mazzola, que faria o gol.

Depois de ouvir com atenção, Garrincha, com a cabeça de gênio da bola e com a maior simplicidade possível, perguntou: “Tá legal, Seu Feola… mas o senhor já combinou tudo isso com os russos?”
O anunciado plano de segurança para a vinda do ex-presidente Lula a Curitiba, para depor na Justiça Federal, lembra muito o episódio acima.

Para impedir confrontos na cidade de Curitiba com a vinda do ex-presidente Lula no próximo dia 10, para depor na Operação Lava Jato, os órgãos de segurança definiriam que os prós e contras Lula serão separados, para evitar confrontos diretos. Quem quiser realizar manifestações a favor de Lula deverá ficar no calçadão da Rua XV de Novembro, no Centro da cidade. Já as pessoas contrárias ao ex-presidente devem ficar na Praça Nossa Senhora Salete, no Centro Cívico.


Curitiba em 1937 - Centenas de manifestantes fazem a saudação nazista na Praça Tiradentes. A cidade tem exemplos de extremismo e radicalismo em momentos de sua história.

Com a presença anunciada de militantes petistas de diversos estados, de centrais sindicais, mobilização nas redes sociais, servidores atingidos pela nova lei de aposentadoria, Movimento Sem Terra, Movimento Sem Moradia etc., fica difícil imaginar que as coisas corram como o previsto.

A presença de movimentos extremistas – fascistas – deve aumentar ainda mais as possibilidades de confrontos radicais.

A sociedade espera que, mesmo “sem combinar com os russos”, o próximo dia 10 de maio em Curitiba seja um dia tranquilo, com manifestações dentro da lei; mas não devemos esquecer que em 8 de dezembro de 1959 Curitiba viveu a maior revolta popular de toda sua história durante a Guerra do Pente, uma rebelião popular com casas e veículos incendiados por causa de um mísero pente.

Esperamos que as autoridades estejam certas em suas previsões porque alguns analistas afirmam que, dependendo dos confrontos em Curitiba no próximo dia 10, e diante dos desgastes causados por denúncias de corrupção nos Três Poderes, o país poderá mergulhar em uma guerra civil.

Carla Regina


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Rusia, Irán y Turquía firman un acuerdo sobre la creación de cuatro zonas de seguridad en Siria



Rusia propone crear este tipo de zonas en la provincia de Idlib, al norte de la ciudad de Homs, en la región de Guta del Este y en el sur del país.

Un memorándum acordado por Rusia, Irán y Turquía en las consultas mantenidas en Astaná sobre Siria establece la creación de cuatro zonas de seguridad rodeadas de áreas tampón para evitar la confrontación militar directa, informa RIA Novosti.

El memorándum reza que en el interior de las zonas de distensión debe finalizar todo tipo de enfrentamiento entre las fuerzas gubernamentales y la oposición armada. "A lo largo de las fronteras de las zonas de distensión se prevé crear unas áreas de seguridad para evitar incidentes por enfrentamientos armados directos entre los bandos del conflicto", reza el documento.

Para rebajar la tensión en territorio sirio, se ha propuesto crear este tipo de zonas en toda la provincia de Idlib y en partes de las provincias de Alepo, Latakia y Homs: al norte de la ciudad de Homs, en la región de Guta del Este y en el sur del país.

¿Qué acordaron las partes sobre las zonas de seguridad?

Los países garantes del acuerdo, Rusia, Irán y Turquía, se comprometieron con terminar la preparación de los mapas de las áreas de seguridad, también denominadas zonas de distensión, antes del 4 de junio de este año.

Las Fuerzas Aeroespaciales de Rusia pondrán fin a su actividad en las zonas de seguridad donde se mantenga el alto el fuego en Siria, ha prometido el representante especial del presidente ruso para la paz en Siria, Alexánder Lavréntiev.


Soldados de la Guardia Presidencial siria en Deir Ezzor. Mikhail Voskresenskiy - Sputnik

A estas zonas podrán ser enviados observadores de países neutrales, pero la decisión debe ser adoptada a partir de un consenso entre los países garantes, ha señalado el representante ruso.

Una fuente de una de las delegaciones que participan en la negociación de Astaná ha señalado que el memorándum entrará en vigor este viernes una vez sea firmado. En este sentido, el vicecanciller de Irán, Hossein Jaberi Ansari, ha anunciado que el cumplimiento del acuerdo sobre la distensión deberá iniciarse dentro de un mes.

Rusia, EE.UU., Irán y Turquía coinciden en que la solución solo vendrá por la vía democrática

Rusia sigue creyendo la crisis siria solo se resolverá por la vía política, y EE.UU., Irán y Turquía están de acuerdo con ello, ha anunciado Lavréntiev. Según este, las negociaciones en Astaná continúan y este mismo jueves podría adoptarse un acuerdo sobre el intercambio de presos.

La próxima reunión de alto nivel sobre Siria se celebrará también en Astaná a mediados de julio.

Por su parte, el enviado especial de la ONU para Siria, Staffan de Mistura, ha prometido a llevar a cabo consultas en el Consejo de Seguridad de la ONU y en Siria tras la firma del memorándum sobre las zonas de seguridad para establecer la fecha de las nuevas negociaciones sobre Siria en Ginebra.

El analista internacional Alberto García Watson ha destacado la importancia de determinar dónde se encuentran los llamados rebeldes moderados y dónde operan los radicales en el país árabe. El experto opina que las zonas especiales en Siria ayudarían a separar a los bandos.

Actualidad RT

TEMER CHAMA EXÉRCITO AMERICANO PARA ATUAÇÃO INÉDITA NA AMAZÔNIA


Brasil 247 – Depois de abrir o pré-sal para multinacionais do petróleo e decidir vender até terras brasileiras a estrangeiros, o governo de Michel Temer superou sua política de entreguismo.

O governo convidou o exército dos Estados Unidos para uma atuação inédita na Amazônia: um exercício militar na tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia, que também fica próximo da Venezuela, em novembro deste ano.

Segundo o Exército, a Operação América Unida terá dez dias de simulações militares comandadas a partir de base multinacional formada por tropas dos três países da fronteira e dos Estados Unidos, informa reportagem da BBC.

"Descrita pelas Forças Armadas como uma experiência inédita no Brasil, a base internacional temporária abrigará itens de logística como munição, aparato de disparos e transporte e equipamentos de comunicação, além das tropas. O Exército afirma que também convidou 'observadores militares de outras nações amigas e diversas agências e órgãos governamentais'", diz trecho da reportagem da agência britânica.

"Com uma atividade como essa, busca-se desenvolver conhecimentos, compartilhar experiências e desenvolver confiança mútua", afirmou a corporação à BBC. O Exército brasileiro negou que a atividade sirva como embrião para uma possível base multinacional na Amazônia, como aconteceu após o exercício da Otan na Hungria em 2015, da qual o Brasil participou como observador.

Em 2015, um porta-aviões americano passou pela costa do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro para treinamento da Força Aérea Brasileira (FAB). "Entre as metas da operação prevista para novembro, segundo o Exército brasileiro, estão o aumento da 'capacidade de pronta resposta multinacional, sobretudo nos campos da logística humanitária e apoio ao enfrentamento de ilícitos transnacionais'", diz ainda a reportagem.

DATAFOLHA: PARA 73% DOS BRASILEIROS, TEMER É CORRUPTO


Brasil 247 - Na opinião de 73% dos brasileiros, Michel Temer é corrupto, revela uma nova pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta.

A percepção supera o patamar dos 60% entre homens e mulheres, em todas as faixas etárias, nas cinco regiões do país e em todos os grupos de renda e de escolaridade.

As informações são de reportagem de Paulo Gama na Folha de S.Paulo.

"A Procuradoria-Geral da República pediu investigação sobre uma reunião da qual Temer participou, em 2010, em que delatores dizem ter tratado de propina para o PMDB, mas pediu que ele fosse poupado do inquérito por entender que o presidente não pode ser investigado na vigência do mandato por atos estranhos às suas funções.

A pesquisa mostra ainda que o eleitorado não respalda a decisão de Temer de blindar o governo da pressão popular mantendo na Esplanada ministros investigados.

Ele anunciou o critério de só afastar assessores que forem denunciados –etapa posterior à investigação– e de só demitir auxiliares se o STF torná-los réus.

De acordo com o levantamento, 82% da população defende a demissão dos ministros investigados. Só 13% concordam com a decisão de mantê-los no cargo.

Há sentimento semelhante do eleitorado em relação a outros políticos mencionados na lista. Para 77% dos eleitores, os governadores, prefeitos e parlamentares investigados deveriam pedir licença de seus mandatos."

No fim de semana, um outro levantamento do instituto já mostrava a insatisfação do brasileiro com Michel Temer: 85% dos brasileiros o querem longe do Planalto, com a realização de diretas-já.

HOMEM É COLOCADO POR ENGANO EM CELA FEMININA E É ABUSADO POR 26 DETENTAS


Um homem de 25 anos ficou preso por cerca de 15 dias numa cela junto com 26 mulheres. O caso, ocorrido em Massachusetts, nos Estados Unidos, gerou polêmica em todo o país.

Para a delegada Brittany Moroe, que conduz a investigação sobre a responsabilidade, houve negligência por não terem investigado e dado atenção ao sexo do rapaz, “Isso demonstra que os funcionários do Governo não estão cumprindo o seu papel direito”, disse a delegada.

Roberth, o rapaz que foi mantido preso com 26 detentas, afirmou que foi abusado diversas vezes pelas mulheres e que elas se revezavam nos abusos sexuais. Ele era obrigado a manter relações sexuais 6 vezes ao dia, disse ele em entrevista. Falou ainda que ele não teve nenhuma noite de sono tranquila, pois sempre que conseguia dormir, ele era acordado no meio da madrugada para ser abusado sexualmente.

Segundo fontes da Delegacia de Polícia de Massachusetts, o preso já foi transferido para um presídio masculino e o caso será investigado.

New Report LA

Jaua: "Bendito Ud. Presidente, que ha puesto su mando a la orden de la soberanía popular y del pueblo constituyente"


AVN.- Elías Jaua, coordinador de la Comisión Presidencial para la Asamblea Nacional Constituyente, indicó que la convocatoria a esa instancia "nos llevará a una nueva victoria de la democracia, de la paz, de la independencia sagrada".

El dirigente socialista y ministro del Poder Popular para la Educación acompañó al Presidente de la República, Nicolás Maduro, en la entrega del decreto para la convocatoria de la Asamblea Nacional Constituyente al Consejo Nacional Electoral (CNE).

Tras salir de la sede del Poder Electoral ubicada en plaza Caracas, donde se concentraron organizaciones del poder popular, Jaua indicó que la decisión del Ejecutivo activó el poder originario, bajo el espíritu bolivariano y republicano.

"Bendito usted, Presidente, que hoy ha puesto su mando a la orden de la soberanía popular, del pueblo constituyente, del poder originario", expresó.

En dicha actividad, recordó que un día de Cruz Mayo, hace 20 años, el comandante Hugo Chávez convenció a un grupo de revolucionarios de que el camino pacífico, democrático y electoral era el que debía seguir la revolución bolivariana. Ello abrió el camino a la victoria electoral de 1998 y a la Asamblea Nacional Constituyente de 1999.

"Hoy 20 años después, estamos aquí reafirmando a nuestro comandante eterno que el camino de Venezuela será la paz y el de revolución democrática, socialista, bolivariana, como él lo soñó", dijo.

Vídeo: Así desafía EEUU a Pyongyang en el Pacífico occidental



La Marina de EE.UU. divulga imágenes de sus barcos de guerra junto a naves surcoreanas realizando ejercicios en aguas del Pacífico occidental.

En un vídeo que Corea del Norte podría considerar provocativo dada la escalada de las tensiones en la península se ve a buques de guerra de Estados Unidos y los de Corea del Sur reunidos en la región occidental del océano Pacífico.

El portaviones USS Carl Vinson, de propulsión nuclear, lidera la formación que incluye a otros seis buques menores. En las imágenes se observa además a varios cazas que despegan del portaviones y a otras aeronaves militares que realizan vuelos de entrenamiento.

El vídeo fue publicado horas después de que Corea del Norte, acusando a Japón de inflamar la crisis en la península coreana, le amenazara con sepultarlo bajo “nubes radiactivas” si estalla una guerra nuclear.

El USS Carl Vinson ingresó el pasado sábado en aguas del mar del Japón y ha participado en maniobras de entrenamiento militar con unidades de la Armada nipona.

Los tambores de guerra repican con más fuerza en la península coreana, en gran parte por las medidas militares de Washington contra Pyongyang, como el envío del USS Carl Vinson a la península coreana, así como el despliegue en Corea del Sur del escudo antimisiles de Defensa Terminal de Área a Gran Altitud (THAAD, por sus siglas en inglés).

Ante la creciente tensión en la península coreana de la que se acusan mutuamente Washington y Pyongyang, este último ha jurado “ir hasta el final” en una eventual confrontación con el país norteamericano.

El miércoles, China instó a todas las partes a mantener la calma y “dejar de irritarse” mientras amenazó con más sanciones, un día después de que Corea del Norte dijera que Estados Unidos está llevando la región al borde de una guerra nuclear.

Los medios norcoreanos lanzaron el miércoles una fuerte crítica a China, diciendo que los comentarios de los medios estatales chinos que piden sanciones más duras sobre el programa nuclear de Pyongyang están socavando las relaciones con Pekín y agravando las tensiones.

El secretario de Estado de EE.UU., Rex Tillerson, la misma jornada aseguró que Washington está trabajando para imponer más sanciones contra Pyongyang si toma medidas provocativas. También advirtió a otros países de que sus empresas podrían enfrentar restricciones por hacer negocios ilícitos con Pyongyang.

ftn/ncl/hnb/HispanTv

Vídeo: Ejército sirio avanza hacia el corazón de EIIL



El Ejército sirio logró recuperar el miércoles tres aldeas, situadas en el corazón de la zona controlada por Daesh en el este de Homs.

Según informaron medios locales, Al-Tadmuriyah, Al-Masham y al-Jalidiyah son los poblados liberados en la operación de efectivos de la 5a Legión del Ejército sirio.

Los ataques aéreos rusos jugaron un rol importante en las batallas de las fuerzas siras que se saldaron con la destrucción de las posiciones de EIIL (Daesh, en árabe), la muerte de diez de sus miembros y la huida de otros más.

Estos pueblos liberados son considerados altamente estratégicos, ya que aseguran los accesos orientales a la ciudad monumental de Palmira (Tadmor, en árabe), en poder de las tropas gubernamentales.

mjs/ncl/hnb/HispanTv

Corea del Norte: "Japón se verá envuelto en nubes radiactivas"


Dos destructores de Japón y una agrupación de EE.UU. -dos destructores, crucero y portaaviones- en el mar de Filipinas

Pionyang acusa a Tokio de contribuir al agravamiento de la crisis en la península coreana.

Corea del Norte ha reprendido a Japón por alentar la crisis en la península coreana y ha dirigido a Tokio un lúgubre augurio en caso de que se desate un conflicto militar.

"En primer lugar, Japón, que alberga bases logísticas y de ataque de las fuerzas estadounidenses, se verá envuelto en nubes radiactivas si una guerra nuclear estalla en la península coreana", declaró el periódico estatal norcoreano 'Rodong Sinmun', citado por la agencia Yonhap.

El rotativo oficial del gobernante Partido de los Trabajadores, comparó la oportunidad de ataque contra Japón que se le presenta al Ejército norcoreano con "un pedazo de pastel".

"No solamente aquellos que tratan de hacernos daño, sino también los que les apoyan, se verán en una situación insegura en caso de guerra", añade el medio.

Dando por hecho que la península coreana está al borde de una guerra nuclear, el periódico acusa a Japón de agravar la situación, y pone como ejemplo las maniobras navales conjuntas de Tokio y del grupo de ataque estadounidense liderado por el portaaviones Carl Vinson, así como la reducción de la gira europea del primer ministro nipón por la escalada de tensión en la península.

"Es obvio que Japón está atizando la crisis en la península coreana para empezar la militarización y volver a invadir la península", señala 'Rodong Sinmun'.

Asimismo, el rotativo sugiere que comportarse de manera prudente y buscar una solución pacífica a la crisis está en el interés de Tokio.

Actualidad RT


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Em carta, ex-combatente Rafael Lusvarghi denuncia torturas na Ucrânia e diz que Itamaraty “não faz nada”


por André Ortega e Pedro Marin | Revista Opera

ex-combatente voluntário brasileiro no leste da Ucrânia, Rafael Marques Lusvarghi, denunciou no último dia 26, por meio de uma carta, as torturas que tem sofrido no país, e acusou as autoridades brasileiras de “não fazerem nada” pela sua libertação e bem-estar.

A carta, enviada a diversas pessoas, foi também recebida pelo ex-correspondente da Revista Opera na Ucrânia, André Ortega, e pode ser lida inteiramente no final desta matéria. Nela, Lusvarghi diz estar “completamente abandonado em um país estranho e hostil”, e diz que “suspeita do envolvimento das autoridades brasileiras nesta trama.” Ele também argumenta que sua prisão é ilegal e diz que viola os Acordos de Minsk, mas demonstra não ter esperanças. Ele também trata de críticas feitas contra ele e descreve sua vida no Brasil, antes e depois da ida à Ucrânia, e as violações que teria sofrido quando preso por participar de manifestações em 2014.

Entenda o caso

Rafael Marques Lusvarghi, de 32 anos, serviu durante quase dois anos como combatente voluntário nas forças rebeldes do leste ucraniano, que lutam contra o governo do país desde a derrubada do presidente Viktor Yanukovich, em 2014.

De acordo com documentos obtidos com exclusividade pela Opera, após seu retorno ao Brasil, Rafael foi contatado pela empresa “Omega Consulting”, em agosto de 2016. A empresa, que tinha entre seus clientes o Diretório Máximo de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia, lhe ofereceu um emprego para segurança de um navio que sairia de Odessa, na Ucrânia, com destino a Galle, no Sri-Lanka.

Ainda naquele mês, após trocar algumas mensagens com a companhia, Rafael demonstrou preocupação com a ida à Ucrânia: “Já que estive no exército da República Popular de Donetsk, não teria problemas em aterrisar na Ucrânia? Seria possível embarcar em um porto fora da jurisdição ucraniana?”, questionou Rafael, que depois enviou uma mensagem à empresa sobre a anistia garantida pelos Acordos de Minsk. Ele havia lido os protocolos e, de acordo com fontes próximas do ex-combatente, enviado emails pedindo orientação para o Ministério de Relações Exteriores do Brasil.

Alguns dias depois a empresa disse ter contatado a Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) – que supervisiona o conflito na Ucrânia e que teve participação nos Acordos de Minsk – por meio do escritório da companhia em Londres, e afirmou que a viagem aparentemente não apresentaria riscos a Rafael.

Rafael embarcou para a Turquia no dia 5 de outubro, de onde embarcou novamente até a Ucrânia, chegando no dia seguinte. Na terça-feira (4 de outubro), no entanto, a Procuradoria de Kiev já havia um mandado de prisão preventiva contra ele. Ele foi preso no aeroporto de Boryspil, em Kiev, no dia 6 de outubro de 2016.

Em janeiro deste ano, como noticiamos, Rafael foi julgado em um tribunal ucraniano e condenado a treze anos de prisão por participação em um grupo ou organização terrorista e participação em atividades ilegais em formação armada. Durante seu julgamento, foi publicamente reconhecido que a Omega Consulting trabalhou em nome da inteligência ucraniana para enganar Rafael e levá-lo à Ucrânia.

Prólogo à carta

“Olá todos. Escrevi um texto de quatro páginas […] Sim, nele ataco as autoridades brasileiras. Não há o que “contemporizar”. O próprio vice-cônsul me informou que nem no evento da minha morte fariam algo, NADA. Aliás, suspeito do envolvimento das autoridades brasileiras nessa trama. Porquê? Fiz todos os trâmites legais para vir. No aeroporto de Guarulhos, até a PF conferiu de novo todos os papéis. E a polícia turca em Instambul. Eu SABIA que algo estava errado, mas infelizmente nem apavorado dou um passo atrás.

(…) Me dêem orgulho, e como humanos dignos, encarem a realidade com impassibilidade: meu futuro é sombrio. Acreditar que tenho alguma chance é repetir o erro de crer que o convite de trabalho, que foi oficial, era real. Pior, é crer que este regime usurpador em Kiev e suas instituições possam ser justas. Nem no Brasil são, quem dirá aqui, com um estrangeiro, latino, de esquerda, manifestante, persona non grata, de risco e que apoia o Donbass. Que exemplo dariam os golpistas, se eu recebesse justiça e fosse solto? Talvez a sentença diminua. Talvez recomece o caso. Mas o fim é um só: CADEIA. Depois esquecimento, e depois a noite eterna. Aí dirão: “Ah! Triste infortúnio que danadinhos são nossos presos comuns”. Quieto no vazio ao vazio do nada, eu não vou. Enquanto tenho lucidez e algum resto de coragem, direi umas palavras mais. Um que não sou herói, tenho instinto de preservação, que me dá medo do fim, já tremi aqui e quase chorei, quase – mas não. Falei algumas coisas contra a minha vontade, mas sem importância e quase nada perto do que queriam que eu dissesse e assinasse. Que eu me lembre, foi que sou culpado, que me arrependo e que não há fascistas aqui. Tudo mentira, a última ridícula, eles mesmo se orgulharam disso no começo, e até hoje não escondem – negar isso é tapar o sol com uma peneira furada.

Não delatei ninguém, só disse “olhem na Internet, oras!” Afinal, não fizemos nada errado, nos orgulhamos de defender a liberdade de um povo digno, para que esconder? Não admiti as mentiras que queriam ouvir: que há mercenários e militares estrangeiros no Donbass, não há. Também disse que não sei de onde vêm as armas. Que NÃO fui mercenário.

Sabem, se eu tivesse a mesma disposição que tive nas manifestações de 2014, talvez estivesse rindo deles aqui. O DEIC me torturou bem mais: choques, tanque d’agua, pauladas… Não me arrependo de nada, mas a gente cansa, ainda mais quando a luta é estéril… mas se é vontade do povo ser escravo e se calar… então fiz o mesmo e fui viver em incógnito. Mas ao saber quem eu era, ninguém me deu chances. […] Foi só um aproveitador e um fracasso atrás do outro. Não suporto receber ajuda, quem me conhece sabe como sou. Se tem pessoas que, sem nunca ter mexido um dedo, já falam como se lhes devesse o mundo… por essas e outras não aceitei doações no Donbass. Ou é uma troca de serviços, e ainda teve quem me empregasse no Brasil e disse que “ajudava.” Burguês é maldito sim! Acha que faz favor contratando funcionário….

Não acho que haja mais o que dizer sobre mim ou o caso. *Se alguém tiver perguntas, escreva-me, se não forem despropósitos, respondo. Ah! Sobre minha tolice de vir aqui. Minha justificativa: eu tenho obrigações no Brasil. Comigo e com meu filho. As coisas estavam e estão sem perspectiva… Me desesperei, fiquei cego… agora só lamento. Mas não peço ajuda. NUNCA.”



DECLARAÇÃO PÚBLICA – PEQUENO INSIDE NO CASO DO BRASILEIRO PRESO EM KIEV

RAFAEL MARQUES LUSVARGHI, ABRIL 2017

1. Desrespeito a acordos internacionais e trapaças:

Sou (fui?) homem, livre e ninguém poderia forçar ou induzir meus passos. É ilegal no Brasil e também na Ucrânia. Não obstante, o SBU [serviço de inteligência e repressão do Estado ucraniano] através de seus comparsas, a Omega Security, me enganaram com uma proposta de serviço naval. Proposta que nunca pretenderam cumprir, apesar das cartas oficiais protocoladas na Polícia Federal. Eles intencionavam apenas torturar, cassar direitos, e usar-me de exemplo a todos que se opõem à Junta de Kiev.

No âmbito internacional assinalo o descumprimento ucraniano dos acordos de Minsk. Está disponível no site da OSCE [Organização para a Cooperação e Segurança da Europa] o texto completo do memorando de fevereiro de 2015, e no artigo 2º consta que aqueles que saem voluntariamente devem receber anistia. Eu saí de forma voluntária, sem ninguém me forçar ou me iludir – como fizeram os oficiais ucranianos em 2016.

2. Sobre as autoridades brasileiras

Eu vim à Ucrânia [em 2016] oficialmente a trabalho, após fazer todo o processo para conseguir permissão da embaixada, carta convite oficial na Polícia Federal, pagando todas as taxas para ter autorização, documentos e passaporte.

Mesmo assim, depois do ultraje que ocorreu, os representantes do Brasil não fazem nada. Não fornecem nenhuma assistência, não observam o caso e nem se meus direitos estão sendo respeitados. Duas vezes viram meu rosto desfigurado e não fizeram sequer um protesto. Não interessam-se em saber se o defensor apontado pelo SBU estava macomunado com a acusação e muito menos me ajudaram a contratar um representante legal idôneo. Foi uma boa fortuna que apareceu o bom Dr. Ribin! O Consulado Brasileiro negou tradutor na corte, e até o serviço de tradução de documentos mediante pagamento foi negado ao Dr. Ribin. “Ordens do Itamaraty”, disseram. Ficaram mais de dois meses sem se interessar em saber do caso, período em que fui novamente torturado fisicamente, forçado a fazer declarações falsas contra minha vontade, julgado rapidamente e sentenciado. E já sabendo da situação, que meus documentos não lhe são entregues, faz mais de um mês que não me checam (última vez em 14/03).

Estou completamente abandonado em um país estranho e hostil.

Segundo o direito brasileiro, internacional e mesmo ucraniano, sou inocente de qualquer crime. Os mesmos artigos 258/260 do qual me acusam preveem que tenho direito à liberdade caso não houvessem danos causados por meus atos, e assim é, e assim corrobora a investigação do próprio SBU.

Ainda que eu fosse criminoso – e não sou – as autoridades brasileiras deveriam verificar se a justiça e os meus direitos estão sendo cumpridos.

Sou cidadão brasileiro e cumpri com louvor e elogios meus serviços e deveres públicos, e os encerrei no ótimo comportamento. Nunca cometi crime de nenhum tipo. Essa “neutralidade” é imoral, já é conivência e omissão do dever. Cumplicidade com perseguição política, do que aliás, fui só mais uma vítima de tantas mesmo no Brasil.

3. Opinião e Corte, Lei e Direito:

Nunca me importei com a opinião dos homens, esse tribunal vulgar e sem leis. Duro comigo mesmo, critico rigidamente mesmo os amigos. Logo, pessoas mal intencionadas deturparam minhas galhofas, sátiras e ironias e até inventaram coisas para me atacar. Como Joseph K. da obra de Franz Kafka, tive que passar por corredores estreitos e encontros infrutíferos para enfrentar essa corte anônima e invisível onde todos acusam e julgam sem verificar a autenticidade dos dados coligidos. Eu sou condenado sem ser ouvido.

Esse ato não é tão diferente do que se vive em tribunais reais, onde entre lei e direito concreto há um abismo.

Após ser tratado de forma abstrata e desumanizado, o protagonista de Kafka foi condenado, mostrando bem o que as pessoas fazem umas das outras. Não creio que me aguarda destino diferente.

4. Um pouco sobre mim:

Sou de Jundiaí, interior de São Paulo. Tenho 32 anos, metade duma vida. Até pouco tempo atrás uma boa vida, com sua dose de complicações e histórias tristes – mas quem não as têm, não é mesmo?

Antes de ter sido trapaceado, labutava para pôr a vida em ordem. Eu, que já tive ela feita. Fui policial, fazia uma boa carreira e gostava dos amigos de farda. Por razões ideológicas, e certa desilusão com o sistema, eu pedi baixa e fui rodar o mundo. Estudei na Rússia, vi a Primavera Árabe no Egito, trabalhei na União Europeia, Colômbia e Venezuela. De volta ao Brasil, foi difícil arrumar trabalho, mas consegui. Sou patriota e de esquerda e, como é meu direito civil, participei das manifestações de 2014. Um parêntesis aqui: socialismo é um conjunto de teorias (desde anarquismo até social-cristianismo e social-democracia) com interesse em solucionar as mazelas sociais. Isso é algo bom, certo? Eu já tive várias fases, hoje sou mais prático, fujo dos “ismos”. Joshua Greene, em seu livro “Tribos Morais”, diz que oposto às filosofias dogmáticas que nos limitam e dividem está o pensamento livre e lógico (progressista, como nossa bandeira), para refletirmos nossas ações nos contextos da vez. Muito mais produtiva e inclusionista.

Retomando; as manifestações foram de cunho pacífico, mas mesmo assim o estado reprimiu violentamente. Por efeitos de uma exposição tendenciosa e mal intencionada, perdi os empregos (item 3, lembram? Mas sem mais detalhes, dentrou outras coisas meu bom amigo e advogado, Dr. Eduardo Cândido, já está cuidando disso). Revidei as granadas com palavras numa entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo”, onde critiquei a Secretaria de Segurança Pública, o Poder Executivo, o lastimável estado da nação e até o que não muda: que os dirigentes do país deliberadamente não eduquem o povo, para mais facilmente nos dominar. Essa catástrofe resulta até mesmo nesta maldita crise política e econômica – um dos fatores que me fizeram aceitar esse fajuto convite de trabalho da Omega.

Parece que alguém não gostou do que eu disse e fui preso, um verdadeiro sequestro! Frente às câmeras, uma vergonha – para o Estado. Ainda fui torturado por agentes civis do DEIC, um deles tinha até uma tatuagem nazista. Após 45 dias o juiz concluiu que a detenção foi ilegítima e uma afronta às instituições de justiça e democráticas do Brasil, ordenando que Hideki [Fábio Hideki Harano, ativista paulista] e eu fôssemos postos em liberdade. Nem por isso os riscos acabaram, o Estado recorreu, o caso e a perseguição política continuam.

5. Golpe em Kiev:

Em 2013 ocorriam na Ucrânia manifestações, o tal Maidan. Originalmente movimento popular, foi surrupiado por oportunistas inescrupulosos ainda mais egoístas e cruéis que os que temos no Brasil. Em poucas horas impeachmaram o presidente (não digo que não fosse o caso, mas tamanho processo… Se o impeachment de nossa presidenta já foi estranho e oficialmente criticado por, e não apenas, países como EUA e França, quem dirá aqui). Alegavam que o país estava sendo vendido, engraçado que na “Verkhovna Rada” [parlamento ucraniano] estão agora e antes do golpe políticos já com ficha suja nesse assunto. O novo governo fez tudo do que acusou o derrubado e pior: lotearam o país de forma clandestina, para lobistas, interesses privados e estrangeiros (como a venda dos Cárpatos e suas florestas para europeus). Das promessas que fizeram, nada cumpriram ou pretendem cumprir, a vida está muito pior do que antes. Por exemplo: a calefação interna já custa mil hryvnias! E a pensão mínima é de 1200. Claro que usam bodes expiatórios para tudo: o “agressor russo”, que é tão agressor que os ucranianos continuam vendendo material bélico, como turbinas de helicópteros militares, feitos em Kharkov.

Com essa caça às bruxas perseguiram tanto a população ucraniana de etnia russa que houve uma escalada de violência. O novo regime, mostrando total incapacidade de governar e gerir situações de crise, levou o país à guerra civil. Donetsk e Lugansk após plebiscito declararam independência. O que é legalmente previsto na Declaração Internacional de Direitos Humanos – da qual a Ucrânia é signatária. Lá consta que todos os povos podem decidir seu próprio destino; mesmo que contrariem um poder central. Até a própria Ucrânia já fez isso, por quê não pode o Donbass?

6. Donbass:

A situação era muito pior do que no Brasil, por isso fui ajudar, com muitos outros! Alguns dizem que não é nosso problema. Como escreveu um poeta: “Quando perseguiram tal grupo, não era comigo e não me importei. Quando perseguiram outro, também não era comigo e não me importei. Quando perseguiram outro, também não era comigo e não me importei. Quando vieram me buscar, já não havia quem me defendesse”. Me foge à memória, mas a ideia está toda aí. Além do mais, no mundo que vivemos o problema de um rapidamente se torna problema de todos. A guerra na “tão tão distante” Síria já não nos tocou a todos diretamente? Colocou em grave crise a União Europeia, o que agravou a nossa, e há refugiados por todo o planeta.

Acrescento que no grupo que liderava vetei doações de todo tipo – e não faltará testemunhas. O grupo era formado por pessoas do Brasil, EUA, Sérvia, Colômbia, Macedônia, ucranianos, franceses espanhóis… todas as etnias e culturas. Era preciso não dar margem à calúnia. E ainda assim sou vítima das mais infames acusações.

7. De volta ao Brasil:

No fim de 2015 houve um promissor cessar-fogo, e desejando que a paz viesse para ficar, me retirei ao Brasil, voluntariamente e com agradecimentos e calorosos adeus de meus chefes e amigos. Voltei à minha vida familiar e incógnita e tudo correu bem. Menos os negócios. Um vizinho e querido amigo me ajudou nesses tempos difíceis. O Sr. Messias, militar da reserva, cozinheiro em seu próprio empreendimento e pastor. Me deu muitos bons conselhos e me encaminhou à Igreja, que muito bem me fez. Frequentei junto de minha ex-parceira. Confesso que ainda sou agnóstico, busco Deus, leio as escrituras e textos teológicos mas… num livro sagrado de um povo muito sábio diz-se que a Divindade está na Justiça e na Graça, duas coisas muito distantes de mim. E chegamos ao momento atual, onde comecei [este] texto. Podem não crer, todavia é tudo verdade, informem-se e julguem por si mesmos.

8. Conclusões:

Eu tive minhas dúvidas, mas não era possível: foi tudo através de canais oficiais, chequei as leis, as organizações… Isso só mostra o que todos sabem: quão baixa, desonrada e indigna de confiança é a Ucrânia de hoje.

Desde o primeiro soco que recebi no aeroporto Boris em Kiev, nunca duvidei que meu caso é sem jeito.

Doutor Ribin é um raio de esperança, mas sem o apoio do governo do Brasil há grandes limites no que um homem pode fazer sozinho contra a tirania.

Mesmo com todas as evidências e leis do meu lado, mesmo eu sendo inocente e tendo mostrado os abusos, trapaças, direitos quebrados pelas autoridades ucranianas, meu governo vai continuar a me abandonar e a Junta de Kiev vai ter o que quer.

Enquanto posso digo que não tenho remorsos, apenas ter confiado nos bandidos da Omega e SBU; disso não me perdoarei.

Eu sou totalmente grato ao Dr. Ribin que tem sido mais que advogado, tem sido cônsul, psicólogo, conselheiro e verdadeiro amigo.

26 de abril de 2017 – Rafael Marques Lusvarghi

ATO CONTRA LEI DE MIGRAÇÃO TERMINA COM PRISÃO DE DONO DO AL JANIAH


SP 247 - O empresário árabe Hasan Zarif, dono do restaurante Al Janiah, localizado na Bela Cintra, região da Avenida Paulista, foi detido na noite dessa terça-feira, 2, junto com outras três pessoas, após uma confusão com integrantes do grupo chamado Direita São Paulo, que percorria a Avenida Paulista gritando palavras de ordem contra a nova Lei de Migração.

Segundo o advogado de Hasan Zarif, Hugo Albuquerque, afirmou que seu cliente relatou que o grupo de manifestantes foram em seu encontro e iniciaram provocações, que terminaram em agressões mútuas. "Houve troca de ofensas e vias de fato", afirmou.

Cerca de 50 pessoas foram ao 78.º Distrito Policial (Jardins) aguardar a soltura do imigrante e de seus colegas. Quatro equipes do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) foram chamadas para também permanecer na porta do distrito, mas até 2 horas não havia registro de novos tumultos.

No Facebook, o grupo Direita São Paulo postou textos e fotos afirmando que haviam sido atacados por "terroristas". Nos relatos, a página afirma que uma bomba caseira foi lançada. Os manifestantes gritavam palavras para exaltar a PM e dizendo "comunista tem que morrer".

Assista a depoimento sobre a confusão envolvendo o dono ao Al Janiah:



Rússia: Coreia do Norte não renunciará às suas armas nucleares enquanto se sentir ameaçada


O diretor Mikhail Ulyanov, do Departamento para a Não Proliferação e Controle de Armamento do Ministério do Exterior, disse nesta terça-feira que a Coreia do Norte mantém a sua postura nuclear por se sentir “ameaçada” por outros países.

“A atividade militar de alguns países cria tensão na Península Coreana”, disse Ulyanov. “A Coreia do Norte não renunciará a suas armas nucleares enquanto não deixar de se sentir ameaçada”.

A afirmação aparece no mesmo dia em que o sistema de defesa antimísseis norte-americano THAAD atingiu o caráter operacional na Coreia do Sul, apesar dos protestos da China e de parte da própria população sul-coreana.

Da sua parte, o Kremlin destacou ainda que seguirá cumprindo o que manda o Tratado de Redução de Armas Estratégicas de 2010 (Start III), reduzindo o seu arsenal nuclear.

“Apesar das circunstâncias internacionais não tão favoráveis, a Rússia segue adotando medidas concretas para reduzir o seu arsenal nuclear”, afirmou Ulyanov. O diretor russo espera concluir os níveis assinalados pelo Start III em 5 de fevereiro de 2018.

Sputniknews

¿Amenaza a Pekín?: Misiles THAAD de EEUU rastrean a Ejército chino


Lanzamiento de misil por escudo antiaéreo THAAD, de fabricación estadounidense.

El polémico escudo antimisiles estadounidense desplegado en Corea del Sur permitirá a Washington monitorear movimientos del Ejército chino.

El martes, el Ejército estadounidense confirmó que el sistema de Defensa Terminal a Gran Altitud (THAAD, por sus siglas en inglés), se encuentra ya operativo en la zona, medida que provocó la ira de Rusia y China, al igual que de Corea del Norte.

En un informe publicado el mismo martes, la cadena de televisión estadounidense CBS recalcó que el único objetivo de EE.UU. es derribar cualquier misil disparados por Pyongyang contra los aliados de EE.UU. y agudizar tensiones o irritar a China.

Sin embargo, el medio reconoce que este sistema permite a las fuerzas norteamericanas rastrear el movimiento de equipos militares chinos en el mar Amarillo, e incluso monitorear al Ejército de Pekín en el propio espacio aéreo y territorio del gigante asiático.

Las unidades de este sistema constan de entre 4 y 9 lanzaderas montadas en camiones, cada una con 8 interceptores. La batería del THAAD contará supuestamente con el poderoso radar AN/TPY-2, capaz de detectar misiles entrantes a grandes distancias.

El Gobierno de Pekín criticó enérgicamente la medida estadounidense, al tiempo que pidió al país norteamericano que renuncie a su instalación “de manera inmediata”.


Última advertencia de Pyongyang: la tensión avanza hacia explotar

El anuncio del Ejército estadounidense también provocó críticas desde Rusia, el cual advierte que no tolera un sistema de radar militar estadounidense desplegado a cientos de kilómetros de su territorio, agregó CBS.

El despliegue del THAAD se produce en medio de una escalada de tensiones en la península coreana, en gran parte por las amenazas militares de Washington contra Pyongyang, el envío del portaaviones USS Carl Vinson de propulsión nuclear o bombarderos a la zona y las maniobras conjuntas de EE.UU. con Corea del Sur.

Pyongyang acusa a Washington de poner a la península “al borde de la guerra nuclear”, advirtiendo de que, ante cualquier provocación de Washington, dará una respuesta "despiadada" con ataques a las bases de EE.UU. en Corea del Sur y Japón.

mjs/ktg/lvs/msf/HispanTv