sábado, 31 de outubro de 2015

EUA suspenderam todos os ataques aéreos, enquanto terroristas montavam ataque contra rota de suprimentos do governo sírio


Moon of Alabama - Tradução: Vila Vudu

Nos últimos dias, aconteceu um grande ataque contra a linha de suprimentos do governo sírio para a cidade de Aleppo, realizado pela Frente al-Nusra ("Al-Qaeda na Síria") e o Estado Islâmico (EI), ao que tudo indica coordenado com os militares dos EUA.

Durante todo o mês de setembro as forças da coalizão dos EUA fizeram uma média de 4,2 ataques aéreos contra o EI, predominantemente no leste da Síria. Isso, depois de uma média de 6,8 ataques/dia em agosto. Em outubro a taxa era quase a mesma de setembro, até a 5ª-feira, dia 22 de outubro. Então, o número de ataques, segundo do U.S. Military Times, caiu acentuadamente:

4 ataques/dia até 20 de outubro
4 - Out. 20 3ª-feira
8 - Out. 21 4ª-feira
1 - Out. 22 5ª-feira
0 - Out. 23 6ª-feira
0 - Out. 24 Sábado
0 - Out. 25 Domingo
1 - Out. 26 2ª-feira
0 - Out. 27 3ª-feira
0 - Out. 28 4ª-feira

O Estado Islâmico usou o período de ataques zero no leste da Síria para mover centenas de combatentes e equipamento pesado para perto da linha de suprimento que conecta Damasco e as áreas controladas pelo governo em Aleppo (em verde no mapa).

Depois de dois dias sem nenhum ataque dos EUA no leste da Síria, o Estado Islâmico (vermelho no mapa) atacou pelo leste a via de suprimentos do governo, enquanto no mesmo ponto, a Frente al-Nusra (laranja) atacou o corredor de suprimentos pelo oeste. Os ataques começaram com carros bomba contra pontos de controle do exército sírio, que no mesmo momento estavam tendo de defender-se pela frente e pela retaguarda.

No sábado, 24 de outubro, Almasdar News noticiou:

Pela primeira vez em três meses, a principal via de suprimentos do Exército Árabe Sírio ao longo da rodovia Khanasser foi fechada por obstrução ali implantada pelo Estado Islâmico do Iraque e al-Sham [Levante] (ing. ISIL); essa situação caótica forçou as forças pró-governo a convocar centenas de reforços do Governorado de Aleppo, para fazer retroceder os terroristas ali plantados

Inicialmente, as forças armadas da Síria conseguiram repelir os dois grupos, ISIS e a Frente al-Nusra, da al-Qaeda na Síria, depois que atacaram de diferentes eixos no Governorado de Hama; mas o ISIS reagrupou-se perto da fronteira do Governorado de Al-Raqqa para lançar outro ataque massivo contra a rodovia Khanasser.

O segundo ataque do ISIS contra as posições defensivas das forças armadas sírias foi bem-sucedido, e interromperam a Autoestrada Khanasser e avançaram mais para o oeste em direção à cidade estratégica de Ithriyah a leste de Hama.

Os terroristas do Estado Islâmico mataram cerca de uma dúzia de soldados do governo e capturaram vários veículos armados (fotos terríveis).

O exército sírio mandou reforços da milícia Liwaa Al-Quds da resistência palestina, para ajudar a limpar a estrada. A operação foi só parcialmente bem-sucedida, porque o mau tempo e uma tempestade de areia dia 25 impediu a ação do apoio aéreo.

A sala de operações em Damasco não ficou totalmente insatisfeita com a situação, apesar de a estrada continuar interrompida. A ideia é que com os terroristas do EU e da Frente Nusra sendo reunidos em área rural aberta é mais fácil eliminá-los. Dias 26 e 27, as forças aéreas russas e sírias voaram cerca de 90 missões de ataque em 24 horas contra as partes da estrada que o inimigo ainda controla.

Esses ataques limparam as partes que o EI controlada da estrada, mas o EI concentrou mais forças em outro ponto da estrada, mais ao norte, e dia 27/10 houve ataque de suicida-bomba contra outro ponto de controle do estado sírio na mesma estrada, que voltou a bloquear a passagem. Mais reforços chegaram, dessa vez do Hizbullah, nos dias seguintes. No momento a estrada está desimpedida, mas ainda está ameaçada.

O fechamento da via de suprimento levou a grave desabastecimento para cerca de dois milhões de pessoas nas partes de Aleppo controladas pelo governo, com os preços de alimentos e gasolina explodindo.

As salas de operação em Damasco, onde Síria, Irã, Rússia e Hizbullah coordenam inteligência e operações na Síria suspeitam de que o ataque ao corredor de suprimentos tenha sido coordenado em nível mais alto, não só entre Nusra e Estado Islâmico.

A total cessação de ataques aéreos norte-americanos no leste da Síria permitiu que o Estado Islâmico movesse para lá centenas de terroristas e equipamento pesado (tanques e canhões), que estavam no quartel-general terrorista, na cidade de Raqqa, no oeste da Síria. Ao mesmo tempo, a Frente al-Nusra trouxe centenas de combatentes de outros fronts no sul-leste, para essa parte do ataque. Difícil acreditar que todos esses movimentos seriam coincidência, sem qualquer conexão uns com os outros.

Estado Islâmico não tem escrúpulos quando o assunto é dinheiro


O grupo terrorista Estado Islâmico tem recorrido praticamente a todos os meios possíveis para ganhar dinheiro inclusive tráfico de órgãos, sequestros, narcotráfico, venda de artefatos desfalcados e escravidão sexual de crianças.

Em entrevista à Sputnik, um cientista político destacado do Irã, Emad Abshenass, disse que o Estado Islâmico não hesita em usar meios internacionalmente proibidos para obter financiamento.

Segundo Abshenass, o orçamento do Estado Islâmico inicialmente estava composto de três itens. O primeiro eram as finanças do grupo de apoiadores do partido Baath de Saddam Hussein e dos militantes que juntaram-se depois da queda do governo iraquiano. O segundo foi o financiamento de parte de al-Qaida, e o terceiro, a ajuda financeira dos países do Golfo Pérsico.

Abshenass destaca que além disso, terroristas lucram das atividades ilegais vendendo petróleo e artefatos históricos e culturais obtidos na Síria e no Iraque no mercado negro. Também sequestram crianças e retêm-nos para receber montantes de resgate, praticam escravidão, envolvem-se no tráfico de armas e órgãos humanos.

“Esta organização terrorista todo os meios proibidos pelo direito internacional para ganhar dinheiro”, destacou Abshenass. “Em regiões onde o Estado Islâmico tem influência e poder, tráfico de drogas é uma coisa habitual”.


Um outro especialista político iraniano, Mosayeb Na’imi, disse à Sputnik que a expansão do Estado Islâmico se tornou possível devido ao financiamento dos países ocidentais e seus aliados no Oriente Médio.

“Apesar do fato de que os EUA hoje declaram por todo o mundo que alegadamente […] lutam contra o Estado Islâmico, com efeito, financiam e apoiam de todos os modos os grupos terroristas que compartilham a ideologia do Estado Islâmico. São tais grupos terroristas como a Ahrar al-Sham e Frente al-Nusra que cometeram massacres em massa dos civis inocentes”, afirmou Na’imi.

Segundo Na’imi, o arsenal de armas e grandes despesas do Estado Islâmico para sustentar os seus militantes em território tão grande, mais de 400 mil quilômetros quadrados, e a escala de crimes e atrocidades deste grupo terrorista indicam o financiamento imenso e ajuda militar e logística dos que estão interessados em continuar a guerra na Síria.

“É importante sublinhar mais uma mentira dos EUA sobre o fato de que supostamente lançaram aos militantes produtos alimentícios, medicamentos e armas. Assim, por trás do Estado Islâmico estão os atores muito influentes e ricos, EUA, Arábia Saudita, Catar e os seus aliados”.

Na’imi disse que o Estado Islâmico fornece petróleo através de corretores da Turquia e de Israel aos compradores pró-ocidentais.

Emad Abshenass ecoou a sua opinião, dizendo que o maior fluxo de petróleo produzido pelo Estado Islâmico se realiza através a Turquia.

“As atividades do Estado Islâmico são uma das razões principais da queda mundial do preço do petróleo, porque a organização terrorista vende petróleo de preço bastante baixo (de cerca de 2 vezes mais baixo que o do mercado) aos corretores da Turquia e Jordânia”, afirmou Abshenass.

Também o especialista iraniano notou que uma parte muito grande do orçamento do Estado Islâmico é receita do tráfico de drogas.

“Um dos recursos financeiros do Estado Islâmico é a venda de órgãos humanos. Entre os comandantes rebeldes dos militantes tais ações são permitidas e lícitas, extrair órgãos das pessoas vivas que não partilham visões e a ideologia do Estado Islâmico e depois vendê-los no mercado negro aos contrabandistas”, frisou Abshenass.

Sputnik

Delegação iraniana busca fortalecer intercâmbio agrícola com Brasil


O deputado Wadson Ribeiro acompanhou o grupo em um encontro com a ministra da Agricultura, senadora Katia Abreu.

O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Irã, deputado Wadson Ribeiro (PCdoB-MG), acompanhou a delegação de parlamentares da Comissão de Agricultura do Conselho Consultivo da República Islâmica do Irã na agenda de atividades que cumpre no Brasil. Segundo Wadson, a vinda da delegação iraniana tem como objetivo fortalecer os laços entre os dois países.

“O Brasil está retomando com força as relações com o Irã. Eles têm interesse no nosso agronegócio e na produção de alimentos. É uma agenda produtiva e de alto nível”, disse Wadson que, na terça-feira (27), acompanhou o grupo em um encontro com a ministra da Agricultura, senadora Katia Abreu.

A reunião tratou de diversos temas do intercâmbio comercial, técnico e científico na área agrícola entre o Brasil e o Irã. Essa mesma pauta foi discutida com a Frente Parlamentar do Agronegócio na Câmara dos Deputados.

Nesta quarta-feira (28), Wadson acompanhou a delegação parlamentar iraniana em uma reunião na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, com a participação da presidenta da comissão, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG).

O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Irã participou ainda de um almoço na embaixada do Irã, em Brasília. Na quinta (29) e na sexta-feira (30) a delegação se reúnem com representes do Embrapa. Durante a agenda, o deputado Wadson recebeu o convite oficial para visitar o país persa.

No começo do mês de setembro, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou à Teerã para discutir a retomada de um diálogo mais intenso com o Brasil e oportunidades de comércio.

Além da visita do chanceler brasileiro, a presidenta Dilma Rousseff também se reuniu com o presidente do Irã, Hasan Rowhani, durante a reunião anual da Assembleia-Geral da ONU, realizada em Nova Iorque, no final de setembro.

Vermelho com informações da Ass. Dep. Wadson Ribeiro

“A direita apoia uma invasão dos EUA na Venezuela”, diz parlamentar


Ángel Rodríguez, presidente do Parlatino, alerta sobre a cumplicidade da direita no caso de uma invasão militar na Venezuela

O presidente do Parlamento Latino-americano (Parlatino), Ángel Rodríguez, afirmou que a direita venezuelana está endossando uma invasão dos Estados Unidos no país. Segundo ele, a burguesia busca criar cenários como no Oriente Médio para justificar uma intervenção militar norte-americana no continente.

Para Rodríguez, a Venezuela precisa do apoio da comunidade internacional para combater a campanha midiática que conduz a uma posterior invasão militar para tomar conta dos direitos humanos dos venezuelanos. Disse ainda que este cenário já foi construído em outros países do continente, como no Paraguai, por exemplo, e faz parte de um “plano macabro”.

O dirigente alertou que, em décadas passadas o interesso dos Estados Unidos era invadir e governar os países, por meio de ditaduras. No entanto, ele acredita que agora a estratégia seja outra: “buscam manter guerras até explorar os países e se apropriar de todos os recursos naturais”.

Rodríguez assegurou que a Venezuela conta com a maior reserva de petróleo do mundo, e por isso o país se converteu no principal alvo para ações intervencionistas dos Estados Unidos. Para ele, as tentativas de desestabilização que acontecem no país desde que Hugo Chávez assumiu o poder, são fruto deste projeto de ingerência e dominação. Por isso fez um chamado ao povo venezuelano analisar “quem está atrás desta ampla campanha midiática”.

Do Portal Vermelho, com Telesur

Reunião de Viena é bem sucedida e países chegam a acordo sobre a Síria


O encontro entre os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Irã, China, Arábia Saudita, Turquia, Egito, Qatar, Líbano e França, além de ONU e U.E. para discutir uma solução para a crise síria, em Viena, teve duração de sete horas.

Os ministros das Relações Exteriores que participam nas conversações sobre a Síria em Viena nesta sexta-feira elaboraram um documento para resolver a crise na Síria. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.

Segundo ele, as conversações devem ser retomadas em duas semanas no mesmo formato.

Confira todos os itens do documento:
1. A unidade da Síria, sua independência, integridade territorial e caráter secular são fundamentais.
2. Instituições estatais continuarão intactas.
3. Os direitos de todos os sírios, independentemente de etnia ou religião, devem ser protegidos.
4. É imperativo acelerar todos esforços diplomáticos para terminar a guerra.
5. Acesso humanitário será garantido em todo território da Síria, e os participantes aumentarão apoio a pessoas desalojadas internamente, refugiados e seus países anfitriões.
6. O Estado Islâmico e outros grupos terroristas, como designados pelo Conselho de Segurança da ONU, como acordado por todos participantes, devem ser derrotados.
7. No que diz respeito à Conferência de Genebra de 2012 e à Resolução do Conselho de Segurança da ONU 2118, os participantes convidadaram a ONU a reunir representantes do governo da Síria e da oposição síria para um processo político que leve a uma governança com credibilidade, inclusiva e não-sectária, seguida por uma nova constituição e eleições. Essas eleições devem ser realizadas sob supervisão da ONU a contento da governança e sob os padrões mais altos de transparência, livres e justas, com todos os sírios, inclusive no estrangeiro, elegíveis a participar.
8. Este processo político será liderado pela Síria e de propriedade da Síria, e o povo sírio decidirá o futuro da Síria.
9. Os participantes, junto com a ONU, explorarão modalidades de — e a implementação de — um cessar-fogo em todo território nacional a ser iniciado em uma data certa e em paralelo com este processo político renovado.

Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry classificou como “muito construtiva” a reunião multilateral para a crise síria em Viena.
"Muito, muito construtiva", disse Kerry respondendo a um repórter ao deixar a sala de negociações.

Sputniknews

Rusia critica la decisión ‘unilateral’ de la Casa Blanca de enviar tropas a Siria


El canciller ruso, Serguei Lavrov (izda.), durante una rueda de prensa conjunta con el enviado de las Naciones Unidas para Siria, Staffan de Mistura (centro) y el secretario de Estado de Estados Unidos, John Kerry, en Viena, 30 de octubre de 2015.

Rusia ha criticado la decisión “unilateral” de la Casa Blanca de enviar decenas de militares al suelo sirio sin el consentimiento de Damasco ni de las Naciones Unidas.

“No creo que EE.UU. quiera hacer de los conflictos de Siria una guerra subsidiaria” con Rusia, ha dicho este viernes el jefe de la Diplomacia rusa, Serguei Lavrov, en una rueda de prensa conjunta con el secretario de Estado norteamericano, John Kerry, y el enviado especial de las Naciones Unidas para Siria, Staffan de Mistura.

La rueda de prensa se celebró al término de una cumbre internacional en Viena, capital austriaca, con la participación de delegaciones de varios países y de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) y de la Unión Europea (UE), para dialogar sobre una salida política al conflicto sirio.

La Casa Blanca ha anunciado este viernes el despliegue en Siria de hasta 50 uniformados del cuerpo de Fuerzas Especiales de su Ejército para “aconsejar y asistir de forma limitada” a los opositores armados apoyados por EE.UU.

El jefe de la Diplomacia rusa también ha cargado contra la negativa de Washington a cooperar con Rusia, que bombardea desde hace un mes las posiciones de EIIL (Daesh, en árabe) en Siria.


Integrantes del grupo terrorista de Daesh en Alepo (Siria).


Refiriéndose al futuro político del presidente sirio, Bashar al-Asad, Lavrov ha negado que Moscú luche por mantenerlo al mando, sino que se opone a las injerencias externas en el proceso político del país árabe.

En esta misma línea, ha vuelto a reiterar que “el futuro de Al-Asad deben decidirlo los mismo sirios” en el marco de un proceso político. En este sentido, Rusia no ha cambiado de postura, agregó.


Partidarios del presidente sirio, Bashar al-Asad.


Por otro lado, ha hecho saber que los participantes en la reunión han pedido a la ONU que reúna a los representantes del Gobierno de Damasco y de la oposición de ese país para comenzar el mencionado proceso político, que debe conducir a “una nueva Constitución y a unas nuevas elecciones”.

Esos comicios, según el responsable ruso, “deben celebrarse bajo supervisión de la ONU”, y en ellas deben participar todos los sirios y refugiados, independientemente de dónde se encuentren.

Asimismo, Lavrov ha subrayado la importancia de formar un consenso sobre la necesidad de garantizar la integridad territorial de Siria y de conservar intactas sus instituciones políticas.

“Como dijo John Kerry, no tenemos un punto de vista común sobre el futuro del presidente Bashar al-Asad, pero hemos acordado que el futuro político del Estado sirio debe ser resuelto exclusivamente por el pueblo de la República Árabe”, ha puntualizado.

La crisis siria, desde su inicio en 2011, ya se ha cobrado la vida de más de un cuarto de millón de personas, de acuerdo con las estadísticas del opositor Observatorio Sirio para los Derechos Humanos (OSDH).

mjs/mla/rba - HispanTv

HAMAS: Revuelta palestina contra Israel pasa a su fase armada


Combatientes de las Brigadas de Ezzedin Al-Qassam, brazo militar de HAMAS.

Mientras perdura la violencia israelí, un alto responsable de HAMAS informa que la nueva Intifada de los palestinos contra el régimen de Israel pasará a su fase armada.

“HAMAS (Movimiento de Resistencia Islámica Palestina) y otros grupos palestinos buscan implicar a más sectores de la sociedad en la Intifada de Al-Quds (Jerusalén), sobre todo a quienes disponen de armas de fuego y que aun no han recurrido a su uso”, informa el jefe adjunto de HAMAS, Musa Abu Marzuq, según ha recogido este sábado el portal libanés Al-Rased.

El alto responsable de HAMAS ha enfatizado que “los grupos de resistencia palestinos no dejarán que la actual Intifada (levantamiento) se apague”.

Ante el aumento de las atrocidades perpetradas por el régimen israelí, “HAMAS se reserva el derecho a emplear todas las medidas a su alcance para hacer frente al enemigo”, ha sostenido.


Soldado israelí golpea a una ciudadana palestina en una manifestación en la ocupada Cisjordania.


Según Abu Marzuq, quien realizó hace días un viaje a El Líbano para abordar con las autoridades de ese país la actual coyuntura de la región, la Tercera Intifada es una medida previamente planeada.

Los objetivos que busca, ha puntualizado, son la “expulsión del régimen ocupador de Cisjordania, la ruptura del cerco a la Franja de Gaza, la puesta en libertad de todos los presos y el fin de la ampliación de los asentamientos israelíes”.

El viernes, Husam Bardan, un portavoz de HAMAS, advirtió que si el régimen de Tel Aviv sigue con sus crímenes contra los ciudadanos palestinos, “nos obligará a aplicar nuevos métodos para hacer que cesen sus actos represivos”.

Desde hace más de un mes, los territorios ocupados palestinos están viviendo una situación de máxima tensión a raíz de los asaltos de los militares israelíes y la profanación de la Mezquita Al-Aqsa, en Al-Quds, por colonos israelíes.

Ante estas acciones de violencia israelíes, HAMAS llamó el 9 de octubre a la nación palestina a lanzar una Intifada, que sería la tercera tras las de los años 1987 y 2000, con el fin de “liberar Al-Quds” tras décadas de ocupación bajo el régimen de Tel Aviv.

En lo que va del mes de octubre, han muerto al menos 71 palestinos y miles más han resultado heridos por armas de fuego israelíes, según las estadísticas del Ministerio palestino de Salud.

mjs/anz/msf - HispanTv

Confirmado: un avión ruso con 224 personas a bordo se estrella en Egipto


Un Airbus 321 con 224 pasajeros que cubría la ruta Sharm el-Sheij (Egipto) - San Petersburgo (Rusia) se ha estrellado en el norte de la península del Sinái, Egipto, según ha confirmado una fuente de la Agencia Federal de Transporte Aéreo de Rusia (Rosaviatsia) a RIA Novosti.

La misma fuente también ha informado de que a bordo del avión estrellado se encontraban 17 niños entre 217 pasajeros y 7 tripulantes, comunica la agencia rusa de información.

Según la agencia AFP, las primeras víctimas del avión accidentado han sido recuperadas de los restos del avión.

El servicio de seguimiento de viajes aéreos Plane Finder ha publicado un gráfico que muestra cómo fue cambiando la velocidad y altura de la aeronave rusa desde su despegue del aeropuerto egipcio. La curva púrpura representa la velocidad de la aeronave accidentada.


El Ministerio ruso de Situaciones de Emergencia ha preparado tres aviones con equipos de rescate (dos IL-76 y un BE-200) para enviarlos al lugar del siniestro.

Los sevicios de rescate egipcios han identificado el lugar del accidente del Airbus al sur de la localidad de El Arish, en la península del Sinái, según el Ministerio egipcio de Aviación.

No hay signos de que el avión estrellado en la península del Sinái haya sido derribado, ha afirmado la agencia de seguridad egipcia citada por RIA Novosti.

El avión está completamente destruido y la mayoría de los pasajeros pueden haber fallecido, han afirmado funcionarios egipcios de seguridad en el lugar del accidente.

Rosaviatsia había confirmado previamente la pérdida de contacto con el avión.

La tripulación del avión estrellado se había quejado varias veces durante esta semana de problemas con el motor, según fuentes del aeropuerto egipcio.

Antes de desaparecer del radar, el avión descendía a una velocidad de unos 1.800 metros por minuto, según un tuit del sitio web Flightradar24, que realiza el seguimiento de los viajes aéreos en tiempo real.

A una altitud de más de 9.000 metros, el capitán contactó con el aeropuerto y solicitó el aterrizaje en el aeródromo más cercano debido al mal funcionamiento de la estación radioeléctrica lo cual fue confirmado por las fuentes del aeropuerto de El Cairo. Poco después la conexión se perdió.

"Según los datos preliminares, el avión Airbus 321 del vuelo 7K9268 Sharm el-Sheij-San Petersburgo partió de Egipto a las 6.21 (hora Moscú) y desapareció de los radares 23 minutos más tarde, después de no establecer contacto con Lárnaca, Chipre", ha explicado el representante de Rosaviatsia.

La agencia RIA Novosti había informado de que el primer ministro egipcio Sherif Ismail ha cancelado todas sus visitas oficiales debido a la posible caída de la aeronave civil rusa en el territorio de la península del Sinaí.

Actualidad RT

La Casa Blanca ha anunciado el despliegue de militares estadounidenses en suelo sirio


La Casa Blanca ha anunciado el despliegue de unos 50 agentes especiales del Ejército de Estados Unidos en Siria, que deberán intervenir en calidad de asesores.

La administración del presidente estadounidense Barack Obama ha anunciado oficialmente que EE.UU. enviará un contingente de 20 a 30 fuerzas de operaciones especiales para brindar asesoría militar en la lucha contra el Estado Islámico, informa 'Time'.

"El presidente ha tomado la decisión de intensificar nuestro apoyo a las fuerzas que han hecho progresos en su lucha contra el Estado Islámico", ha declarado el portavoz de la Casa Blanca Josh Earnes.

"No tenemos ninguna intención de efectuar operaciones militares terrestres a largo plazo y a gran escala como las que vimos en el pasado en Irak y Afganistán", ha explicado un alto funcionario de la Administración presidencial.

Inicialmente, dos pequeños grupos evaluarán la situación de seguridad en el territorio y establecerán vínculos con las fuerzas locales.

Como señala la CNN, las tropas de las fuerzas especiales estadounidenses llevaban participando en misiones secretas en Siria desde hace algún tiempo, pero el despliegue actual "marca la primera presencia permanente de tropas terrestres estadounidenses en Siria desde que EE.UU. encabezó un esfuerzo internacional para hacer frente a Estado Islámico el año pasado".

Las fuerzas especiales de EE.UU. ya forman parte de un contingente de 4.500 asesores que están desplegados en Irak y asisten al Ejército iraquí en su lucha contra los terroristas. La semana pasada, uno de los asesores estadounidenses murió durante una operación de rescate de rehenes en el norte del país.

"La decisión de EE.UU. de desplegar militares estadounidenses en Siria no influirá en la posición de Rusia sobre la unión de los esfuerzos para combatir el terrorismo. Nuestra posición no ha cambiado", ha comentado Serguéi Lavrov en relación a la decisión de la Administración Obama.

Actualidad RT

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Putin faz oferta que Obama não pode recusar


Mike Whitney, Counterpunch -tradução: Vila Vudu

Por que John Kerry está tão desesperado para conseguir uma reunião de emergência sobre a Síria, de repente, depois de quatro anos e meio de guerra?

Estará assim aflito porque a campanha aérea dos russos está varrendo número excessivo de jihadistas terroristas apoiados pelos EUA e sabotando o plano de Washington para depor o presidente Bashar al Assad da Síria? Ah, sim! Podem apostar que sim.

Ninguém que esteja acompanhando os eventos na Síria ao longo das últimas três semanas pode ter qualquer dúvida sobre o que realmente se passa ali. A Rússia está metodicamente varrendo mercenários que os EUA arma e paga para operarem no solo, ao mesmo tempo em que vai recapturando territórios que estavam perdidos para os mesmos mercenários e terroristas. Isso, por sua vez, fortaleceu a posição de Assad em Damasco e deixou em farrapos a política do governo dos EUA. Por isso, precisamente, Kerry tanto quer mais uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, o mais urgentemente possível (apesar de os dois terem-se encontrado a menos de uma semana!). O secretário de Estado espera conseguir alguma espécie de acordo costurado sobre a coxa, que ponha fim à matança de terroristas e salve o que resta do puído projeto sírio do Tio Sam.

Na 3a-feira, a agência Reuters noticiou que o Irã havia sido convidado para as negociações a se desenrolarem em Viena na 5a-feira. O anúncio será ferozmente criticado na colina do Capitólio, mas só faz mostrar até que ponto é a Rússia quem, hoje, determina a agenda. Foi Lavrov quem insistiu em que o Irã fosse convidado, e foi Kerry quem, relutantemente, capitulou. Agora, é Moscou quem ocupa a cabine de pilotagem.

E que ninguém se surpreenda se a reunião de Viena produzir também alguns resultados bem chocantes, como virada dramática de 180º na 'exigência' de Washington, de que "Assad tem de sair". Como Putin já assinalou várias vezes, Assad não sairá para canto nenhum. Ele será parte do "corpo de governo transicional" da Síria, quando afinal a equipe de Obama aceitar o Comunicado de Genebra, que é a trilha política que pode, eventualmente, levar ao fim do conflito, restaurar a segurança e permitir que milhões de refugiados voltem às próprias casas.

A razão pela qual o governo Obama acabará por aceitar que Assad fique, é porque, enquanto não aceitar, a Força Aérea Russa continuará a pulverizar mercenários terroristas pagos pelos EUA. Assim, como qualquer um vê, Obama realmente não tem escolha. É como se Putin lhe encostasse uma pistola na cabeça e lhe fizesse oferta irrecusável.

Não significa que a guerra será um mar de rosas para a Rússia ou seus aliados. Não será. De fato, há houve revezes consideráveis, como o ISIS ter conseguido tomar trecho crucialmente importante da autoestrada Aleppo-Khanasser, cortando as linhas de suprimento do governo para Aleppo. É problema grave, não é problema insuperável, nem é coisa que afete o resultado da guerra. É um dos obstáculos com os quais é preciso lidar e ultrapassar. Se se analisa de um ponto de vista mais amplo, o prognóstico é muito mais encorajador para a coalizão dos russos, que continua a cortar linhas de suprimento, a explodir depósitos de munição e combustível e vai rapidamente reduzindo a capacidade do inimigo para manter a guerra. Assim, embora sem dúvida a guerra não seja um mar de rosas, não há nenhuma dúvida de quem vencerá.

E isso pode explicar por que os EUA resolveram bombardear a principal usina de produção de eletricidade de Aleppo, com o que lançou a cidade na mais profunda escuridão: porque Obama obra para "escombrar"[1] tudo que apareça no caminho. Não esqueçam que as estações locais para tratamento de água exigem energia elétrica. Então, bombardeando a usina geradora, Obama condenou dezenas de milhares de civis ao cólera e outras doenças contraídas pelo contato com água não tratada.


Tudo sugere que nosso presidente bombardeador de hospitais não perde jamais o sono com coisas triviais como mandar matar mulheres e crianças. Agora vejam essa, do Daily Star, Líbano 22/10/2015):

"Forças da coalizão liderada pelos EUA no Iraque e na Síria executaram ataque em grande escala contra o campo de petróleo Omar, da Síria, como parte da missão de minar a capacidade de o ISIS fazer dinheiro, disse na 5a-feira um porta-voz da coalizão.

O major Michael Filanowski, oficial de operações, disse a jornalistas em Bagdá que os ataques da 4a-feira à noite atingiram refinarias de petróleo controladas pelo ISIS, centros de comando e controle e nodos de transporte no campo de Omar, próximo à cidade de Deir el-Zour. Porta-voz da coalizão, coronel Steven Warren, disse que o ataque atingiu 26 alvos, o que faz dele o maior conjunto de ataques desde o lançamento da campanha, no ano passado.

A refinaria gera entre $1,7 e $5,1 milhão/mês para o ISIS.

"Foram alvos muito específicos, que resultarão em incapacitação de longo prazo da habilidade deles para vender petróleo, extraí-lo do solo e transportá-lo" – disse Filanowski.

ISIS tomou várias refinarias de petróleo e outras instalações de infraestrutura no Iraque e na Síria, buscando gerar renda para construir estado autossuficiente" ("US-led forces strike ISIS-controlled oil field in Syria", Daily Star).

Não é mesmo enormíssima surpresa que agora – depois de um ano de varrer o deserto à procura de alvos no ISIS –, repentinamente a Força Aérea dos EUA afinal descobre onde se escondiam as malditas refinarias?! Não surpreende que até a mídia-empresa tenha optado por não comentar esses 'feitos'.

A única conclusão possível é que Obama nunca teve qualquer intenção de cortar o principal fluxo de dinheiro que sempre abasteceu o ISIS (venda de petróleo). A única coisa que Obama queria era que o grupo terrorista florescesse e prosperasse, desde que ajudasse Washington a alcançar suas metas estratégicas. Putin até já disse isso, em recente entrevista:

"Os mercenários ocupam os campos de petróleo no Iraque e na Síria. Começam a extrair petróleo, e esse petróleo é vendido por alguém. Onde estão as sanções contra essas pessoas que vendem esse petróleo?

Alguém acredita que os EUA não saibam quem está comprando?

Quem está comprando o petróleo do ISIS não seriam os próprios aliados dos EUA?

Vocês não acham que os EUA tem poder para influenciar seus aliados? Ou será o caso de que os EUA não queiram influenciá-los?"

Putin jamais se deixou enganar pelo empreendedorismo do ISIS no campo da extração e venda de petróleo. Sempre soube que sempre foi pura farsa, desde o primeiro momento, desde quando o Financial Times publicou aquele artigo engraçadíssimo, no qual argumentava que o ISIS tinha seu próprio grupo de "caçadores de talentos", e oferecia "salários competitivos" para engenheiros com a "capacidade exigida", e estimulava "empregados potenciais" a procurarem o Departamento de Recursos Humanos do grupo, e preencher uma ficha."

"Departamento de Recursos Humanos do ISIS"?? Alguém algum dia leu 'jornalismo' mais ridículo, em toda a sua vida?! (A história completa está aqui [ing.].)

Em entrevista ao NPR, a fantasista profissional a serviço do Financial Times Erika Solomon (autora da peça) explicou por que os EUA não podiam bombardear campos de petróleo ou refinarias. Eis o que ela disse:

"O que o ISIS fez foi encastelar-se no centro de controle do processo de extração, o que é muito esperto, porque não podem ser bombardeados lá. Causaria desastre natural (sic). Então eles extraem o petróleo e imediatamente o vendem a comerciantes locais – qualquer pessoa comum que possa comprar um caminhão onde possa instalar um tanque de petróleo."

Ora... com certeza essa 'organização' não foi suficiente para deter o major Filanowski, não é? Tudo indica que ele fez voar pelos ares as tais refinarias do ISIS sem nenhuma dificuldade ou preocupação 'ecológica', o que apenas comprova que o conto de fadas do tal "desastre natural" da Solomon é pura conversa fiada.

Mas se tudo sempre foi conversa fiada, nesse caso por que, de repente, a Força Aérea dos EUA decide acertar os alvos? O que mudou?

Eis aqui uma pista, de artigo que apareceu em RT exatamente um dia antes dos ataques norte-americanos que acertaram as refinarias:

"Para cortar as vias usadas pelo Estado Islâmico (EI, antes chamado ISIS/ISIL/Daesh) para entregar suprimentos do Iraque para a Síria, aviões russos bombardearam uma ponte sobre o Rio Eufrates – informou o Alto Comando russo.

A ponte sobre o Rio Eufrates perto de [cidade síria] Deir ez-Zor era ponto chave da cadeia logística [do EI]. Hoje, pilotos russos realizaram ataque cirúrgico contra o objeto" – informou o vice-comandante do Estado-maior da Rússia, coronel-general Andrey Kartapolov, na 5a-feira, em briefing de notícias, acrescentando que a rota pela qual o grupo terrorista recebia armamento e munições já não existe." ("Russian Air Force cuts off ISIS supply lines by bombing bridge over Euphrates", RT)

Aí está: os russos explodem ponte crítica sobre o Eufrates, tornando impossível o transporte de petróleo e, em seguida, de repente, BUUM, os EUA entram em surto de não-deixe-pedra-sobre-pedra-até-onde-a-vista alcança. É coincidência?

Não, não é, de jeito nenhum, absolutamente não é coincidência. O que esse incidente sugere é que a todo poderosa CIA está metendo no saco o seu projeto-menina-dos-olhos na Síria e tomando o rumo da porta da saída. (Vale observar que o ISIS nunca foi franquia empresarial autossuficiente, que embolsaria milhão de verdinhas por dia só com vender petróleo, como a propaganda tenta fazer crer. Tudo aí é parte da cobertura de 'Relações Públicas' que opera para ocultar o fato de que aliados do Golfo e provavelmente operadores clandestinos da CIA estão pagando casa e comida e roupa lavada e munição para esses maníacos homicidas.)

Seja como for, a intervenção russa está obrigando Washington a repensar sua política para a Síria. Enquanto Kerry engata marcha a ré, para pôr fim aos combates, Obama sua a camisa para modificar a política de modo que acalme os críticos da direita, sem provocar confronto com Moscou. É cena de equilíbrio em corda bamba, mas a equipe de 'Relações Públicas' da Casa Branca acha que dará conta do serviço. Vejam o que diz a rede NBC News:

"O secretário da Defesa Ash Carter revelou hoje que os EUA iniciarão abertamente "ação direta em solo" contra as forças do ISIS no Iraque e na Síria.

Em depoimento à Comissão de Serviços Armados do Senado, na 3ª-feira, Carter disse "não deixaremos de apoiar parceiros capazes, em ataques oportunistas contra o ISIL (...) ou de conduzir diretamente essa missão, seja por ataques aéreos ou ação direta em solo" ("Sec. Carter: U.S. to Begin ‘Direct Action on the Ground’ in Iraq, Syria", NBC News).

Ouvido assim, soa muito pior do que é. Verdade é que Obama não tem estômago para o tipo de escalada que falcões-doentes-por-guerras (tipo Hillary Clinton e John McCain ) vivem a 'exigir'. Não haverá nenhuma "zona segura" nem "zona aérea de exclusão" nem qualquer tipo de provocação que gere risco de confrontação sangrenta com Moscou. Obama está à procura da melhor estratégia de livrar a cara que lhe permita sair logo de lá sem incorrer na ira mortal dos doidos-por-guerra em Washington. Não que seja fácil de acreditar, mas o secretário da Defesa Ash Carter apareceu com um plano que talvez opere o milagre. Eis o que se lê em The Hill:

"O secretário da Defesa Ash Carter na 3ª-feira descreveu novos modos como os militares dos EUA planeja aumentar a pressão sobre o Estado Islâmico no Iraque e Síria, depois de meses de críticas de que o governo não estaria fazendo o necessário para derrotar o grupo terrorista.

"As mudança que buscamos podem ser descritas pelo que chamo "Os 3 Rs" – Raqqa, Ramadi e Raids" – disse Carter em depoimento à Comissão de Serviços Armados do Senado.

Primeiro, Carter disse que a coalizão liderada pelos EUA contra o ISIS planeja apoiar forças sírias moderadas para atacar Raqqa – quartel-general e fortaleza do grupo terrorista e capital administrativa.

O secretário disse também que espera ativar outra via para equipar a Coalizão Árabe Síria, que consiste em cerca de uma dúzia de grupos.

"A velha abordagem foi treinar e equipar completamente novas forças fora da Síria, antes de mandá-las à luta; a nova abordagem e trabalhar com líderes selecionados de grupos que já estão combatendo contra o ISIL, e dar-lhes equipamento e algum treinamento a eles e apoiar as operações deles com força aérea" – disse ele.

Também disse que a coalizão espera intensificar sua campanha aérea com mais aviação dos EUA e da coalizão, e atacar o ISIS com taxa mais alta e mais pesada de ataques.

"Haverá mais ataques contra alvos de alto valor do ISIL, agora que nossa inteligência melhora, e também contra o empreendimento deles na área do petróleo, que é pilar crítico da infraestrutura do ISIL" – disse Cartar, usando outra abreviatura para o mesmo ISIS." ("Pentagon chief unveils new plan for ISIS fight" [Chefe do Pentágono revela novo plano para a luta contra ISIS], The Hill).

Algo de novo aí? NADA-búrguer dos grandes, certo? Vão matar mais "alvos de alto valor"?

Grande coisa! E não foi esse o plano, sempre, desde o começo? Claro que foi.

O que tudo isso mostra é que Obama está querendo ver se consegue manter toda essa confusão em fogo baixo, até que ele pule fora do governo e negocie os termos do seu primeiro grande contrato para livros de memórias. A última coisa de que Obama precisa é meter-se em briga de foice com o Kremlin, e logo no último ano de seu mandato.

Infelizmente, o problema que espera Obama é que Putin não pode simplesmente desligar a máquina de guerra, como quem desliga uma lâmpada. Moscou precisou de muito tempo até decidir-se a intervir na Síria, assim como precisou de muito tempo para comandar todas as forças a empregar lá, construir sua coalizão e construir o plano de batalha.

Guerra para os russos é assunto de extremíssima gravidade, e agora que puseram a bola em jogo não pararão até terem completado o serviço, e o núcleo duro reprodutivo dos terroristas tenha sido exterminado. Significa que não haverá cessar-fogo no futuro imediato. Putin tem de demonstrar que, quando Moscou compromete suas forças, o compromisso persiste até a vitória. Pode ser vitória em formato de "libertar Aleppo" e subsequente vedação completa da fronteira turco-síria, ou talvez Putin tenha outra coisa em mente.

Mas é também questão de credibilidade. Se Putin retrocede, hesita ou mostra um átomo que seja de indecisão, Washington verá ali um sinal de fraqueza e tentará explorá-lo. Assim sendo, Putin não tem escolha além de levar a coisa até o fim, amargo que seja. No mínimo, Putin precisa provar a Washington que, quando a Rússia envolve-se, a Rússia vence.

Essa é a mensagem que Washington precisa ouvir.*****

[1] Orig. "rubblize" neologia, de rubble [escombro] + sufixo formador de verbo –ize [-izar]. A expressão parece ter surgido em 2014, em discurso de representante Republicano que 'exigia' que Obama "rubblize" a Palestina. Tradução também neológica, igualmente horrível, pode ser "escombrizar" [NTs].

"Estado de Justiça": muçulmanos anticapitalistas da Turquia"


Orient XXI, Ayşe Akyürek, Ancara - Tradução: Vila Vudu

Populares desde a refeição coletiva que marcou o fim do jejum do Ramadan (iftar) organizada na rua como um dos eventos da praça Gezi em Istanbul na primavera de 2013, os muçulmanos anticapitalistas põem em discussão não só o sistema econômico, mas também a governança política da Turquia e do Oriente Próximo.

Convencidos de que nem o teocratismo nem a laicismo são sistemas adaptados àquela parte do mundo, eles propõem uma terceira via que chamam de "Estado de Justiça".

O ideólogo dos muçulmanos anticapitalistas é İhsan Eliaçık1. Militante na juventude do movimento Akıncı gençler (Jovens Cavaleiros),2 Eliaçık separa-se em 2003 de seus antigos companheiros de caminho – que hoje estão no poder –, para conduzir sua própria reflexão sobre o Islã e a sorte da Turquia. Propõe então o conceito do "Islã Social", revolucionário, democrático e liberal, que ele opõe ao Islã puramente metafísico. Esse Islã espiritual, que não tem qualquer efeito direto sobre a vida social e quotidiana dos homens, não passaria de vetor de superstições e tradições erradas. Com o objetivo de corrigir o que considera como ideias recebidas, e de trazer à luz a mensagem divina, em 2003 Eliaçık publica sua própria tradução do Corão, que intitula "O Corão vivo" ("Yaşayan Kur’an"). Declara que busca dar destaque ao caráter atemporal e universal do livro santo do Islã, e fazer um livro de referência para a vida cotidiana.

Para Eliaçık, marxismo e Islã não são incompatíveis. Estabeleceu uma correlação entre (i) as noções de propriedade, enriquecimento, doação, esmola e juro que aparecem frequentemente citados no Corão e (ii) as noções de material, propriedade, capital, dinheiro e trabalho que aparecem em O Capital de Karl Marx. Se, para Eliaçik, o socialismo e o comunismo são conciliáveis com o Islã, o mesmo não se pode dizer do capitalismo.

Por isso os muçulmanos anticapitalistas criticam, em todas as suas manifestações, o que chamam de "Abdestli kapitalizm" ("capitalismo purificado"). Essa expressão denuncia a nova burguesia muçulmana, que mascararia o capitalismo sob vestes da religião. Atualmente, o alvo dessas críticas é o Partido Justiça e Desenvolvimento (tu. AKP) atualmente no poder, democrata conservador. Esses novos muçulmanos burgueses, ex-companheiros de estrada de Eliaçık e que partilhavam o ideal de um "islã sem fronteiras e sem classes", segundo ele, ter-se-iam separado, para criar nova classe, cuja "ideologia" se resumiria ao conformismo e ao carreirismo.

Resolução pacífica dos conflitos

A denominação "muçulmanos capitalistas" para designar o homem e seus partidários pode contudo ser enganosa ou, no mínimo, incompleta. De fato, não só a governança econômica foi posta em questão, mas também a governança política, e isso num quadro de conflito interno. Eliaçık utiliza a questão das minorias étnicas e especialmente a questão curda para expor sua concepção de Estado.

Para remediar o que chama de "problema de justiça e de igualdade" e para evitar que a Turquia seja convertida em "presa, para o imperialismo", Eliaçık propõe fazer da Anatólia um "Estado de Justiça" ("adalet devleti"), similar ao "sistema justo" ("adil düzen") formulado por Necmettin Erbakan nos anos 1990: um sistema islamista que repousa sobre a paz, a justiça e a liberdade das pessoas de todas as confissões, de todas as origens étnicas e de todos os níveis sociais. Por isso, faz referência à história da localização da Pedra Negra no muro da Kaaba em Meca. O conflito entre as tribos que se consideravam todas as mais legítimas para fazê-lo foi resolvido graças à arbitragem do Profeta Maomé. Esse evento seria um símbolo de lealdade e representaria um modelo para a resolução dos conflitos que se veem no Oriente Médio e principalmente na Turquia.3

Mas a igualdade das religiões parece comprometida, pelo menos por hora, uma vez que Eliaçık não prevê que se excluam os valores sociopolíticos do Islã desse seu suposto novo Estado.4 Nesse sentido, não se trata concretamente de Estado neutro. Ele sugere que se analisem profundamente quatro eventos cruciais:

– o "pacto dos virtuosos" (hilf al-fudul), firmado entre vários clãs coranistas alguns anos antes da missão do Profeta, depois de um conflito brotado de uma transação não equitativa;

– o pacto de Medina, ou Constituição de Medina: concluído em 622 do calendário da Hégira, o pacto de Medina é texto assinado pelos coranistas e medinenses. Ali se fixam as leis sobre as liberdades individuais, a segurança, a defesa e a justiça entre tribos;

– o último sermão do Profeta (khutba al-wada), pronunciado quando da última peregrinação a Meca, e cujo tema principal é a questão dos direitos do homem, como liberdade de culto, igualdade e segurança;

– a revelação corânica, para compreender o ideal político-social do Profeta Maomé.

Vídeo: Convocação para manifestação dia 1/5/2015, perto da mesquita Fatih em Istanbul, para "romper as cadeias" e "libertar os escravos" do capitalismo.

Para o confederalismo democrático

Cidade-estado constituída em torno da noção de "Umma" – não definida no sentido atual de "comunidade muçulmana", mas "de cidadãos" –, o pacto de Medina representaria união sociopolítica, não união religiosa, e se apresentaria portanto como modelo do Islã democrático, e a Umma encarnaria o que hoje se define como o confederalismo democrático.5

Noção introduzida na Turquia por Abdullah Öcalan, líder do Partido dos Trabalhadores do Curdistão [cur. PKK], o confederalismo democrático representa uma administração política não estatal. Nascido da vontade de promover a liberdade e a autonomia do povo curdo, sem contudo questionar as fronteiras políticas da atual Turquia, o confederalismo democrático é, para Öcalan, o paradigma da "modernidade democrática" contra a "modernidade capitalista". Ele considera o nacionalismo e o estado-nação como fonte dos problemas do Oriente Médio, e opõe-se por isso à criação de um estado-nação curdo.

A resolução do problema curdo na Turquia, sem recorrer ao estado-nação e ao sistema capitalista seria, assim, um dos fatores-chaves para resolver os problemas do Oriente Médio.6

O pacto de Medina ganhou importância na Turquia, sobretudo depois do Congresso Democrático dos Povos (Halkların demokratik kongresi), realizado em Diyarbakir em maio de 2014, por iniciativa de Ökcalan e com participação e apoio do Partido Democrático dos Povos (cur. HDP)7. Em 2011, Eliaçık já convidara o Partido Paz e Democracia (cur. BDP) e o PKK a considerarem a religião no processo de resolução do conflito e a participarem da propagação do Islã revolucionário. Convidara dirigentes e militantes do movimento curdo a aceitarem o Islã como realidade social, mesmo no caso de alguns deles não serem muçulmanos.

IMAGEM: İhsan Eliaçık dirige a oração da 6ª-feira, na Praça Taksim, quando da ocupação do Parque Gezi, em julho de 2013

Apoio ao Partido Democrático dos Povos (cur. HDP)

Mesmo declarando que não tinha intenção de engajar-se ativamente na política, Eliaçık jogou abertamente todo seu peso a favor do HDP – que considera como o partido mais próximo de seus ideais, em termos de igualdade religiosa, étnica, confessional, mas também quanto à igualdade entre homens e mulheres e a igualdade econômica. Além disso, adota discurso sem precedentes sobre a posição de Abdullah Öcalan na solução do problema curdo.

Para Eliaçık, o movimento curdo deveria ampliar sua visão – o que parecia irrealizável, enquanto o líder deles estivesse preso. A solução portanto seria libertar Öcalan para concretizar o projeto de confederalismo democrático e construir uma sociedade pluralista baseada no consentimento de cada um. Consciente de não ser bem acolhido por correligionários e compatriotas, justifica suas ideias com uma remissão à surata Ar-Rum do Corão:

30.21 . "Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos."

30.22 . E entre os Seus sinais está a criação dos céus e da terra, as variedades dos vossos idiomas e das vossas cores. Em verdade, nisto há sinais para os que discernem (Corão 30: 21-22).

Os muçulmanos capitalistas ainda não parecem, por hora, ser levados muito a sério. São criticados, de um lado, por falta de profundidade intelectual, e, de outro, por um engajamento considerado utopista. Mas, mesmo assim, a presença deles na paisagem político-religiosa pesa a favor da diversificação do discurso islâmico.

Notas
1 Para mais detalhes, ver Ayşe Akyürek, "Yeryüzü sofrası", símbolo do anticapitalismo muçulmano, Dipnot IFEA, 8/7/2015.
2 Criado em 1980, Akıncı gençler brotou do movimento político islamista Milli Görüş (Visão nacional). Seus principais slogans eram: "Por um Estado islâmico sem fronteiras e sem classe" e "Xaria ou morte" (Abdullah MANAZ, Türkiye’de siyasal islamcılık, İq kültür sanat yayıncılık, 2008; pp. 252-285).
3 İhsan Eliaçık, " Kürd sorunu, Kanlıçanak ve Hacer’ul-Esved ", Adil medya, 4/9/2011.
4 İhsan Eliaçık, Adalet devleti, ortak iyinin iktidarı, Bakış yayınları, 2003; pp. 483-567.
5 İhsan Eliaçık, " Demokratik toplum, Konfederalizm ve Medine sözleşmesi " , Adil medya, 25/2/2014.
6 Abdullah Öcalan, Confédéralisme démocratique,, 2011.
7 "Diyarbakır’da Demokratik İslam Kongresi ", BBC, 10/5/2014.

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Vídeo de propaganda das refeições coletivas "sentados no chão", no final do jejum, organizadas pelos Muçulmanos. Observar que a trilha sonora é a mesma que Mikis Theodorakis compôs para o filme Z, de Costa-Gavras (1969) [Nota de Tlaxcala].

Sobre a autora:
Ayşe Akyürek é doutoranda em Ciências da Religião na École Pratique des Hautes Études (EPHE), Paris, e bolsista do Institut Français d’Études Anatoliennes, Istanbul. Sua tese de doutoramento estuda a reinvenção, no século 21, da Mevleviye (Ordem Mevlevi de Konya, criada por Jalal al-Din Rumi no século 12), intitulada Pratique de la musique et de la danse soufie par les femmes : La modernisation des rituels à travers le ney et le semâ à Paris et à Istanbul ".

Tropa de elite do Estado Islâmico se rende ao exército sírio


Uma fonte exclusiva da Inteligência militar da Síria revelou à Sputnik que um destacamento inteiro das "forças de operações especiais" do Estado Islâmico se rendeu nesta quinta-feira (29) às forças do governo sírio na província de Quneitra, na região das Colinas de Golã.

"No decorrer de uma operação especial bem-sucedida na província de Quneitra um destacamento inteiro das forças de operações especiais do EI se rendeu ao exército do governo. Durante combates brutais próximo ao povoado Khan Arnab mais de 50 terroristas foram cercados e baixaram suas armas após a morte de seu comandante Mujahid ibn Zara" – disse o interlocutor da agência.

Nas suas palavras, grande parte dos terroristas rendidos passou por um intenso treinamento militar em campos de treinamento dos EUA no território da província de Deir ez-Zor, no leste da Síria, aprendendo técnicas avançadas de sabotagem, trabalho com explosivos, orientação em campo de batalha e transferência de coordenadas de localização.

O destacamento chegou a promover diversos atos terroristas de grande proporções na cidade de El Hasaka, no nordeste do país, e minou prédios do governo em Damasco, acrescentou a fonte.

"Entre os prisioneiros também foram identificados combatentes treinados num campo perto da cidade de Al-Dar al-Kabir, no oeste da Síria. Um deles confessou que o seu grupo concluiu um curso especial voltado para sistemas de segurança de instalações estratégicas do exército sírio e estava planejando promover amplas sabotagens em posições e unidades do exército sírio equipados com sistemas de mísseis tático-operacionais Scud [R-300]" – acrescentou o interlocutor.

Sputniknews

Segundo ex-agente da CIA, o oleoduto clandestino do Estado Islâmico passa pela Turquia


O ex-agente da CIA e investigador do comitê do senado dos EUA para relações exteriores, John Kiriakou, disse ao Sputnik que, provavelmente, grande parte da exportação ilegal de petróleo realizada pelo Estado Islâmico acontece através do território do Curdistão iraquiano e da Turquia, com ajuda das autoridades corruptas no local.

“Eu sempre tive a suposição de que alguém do lado turco da fronteira estivesse fazendo um bom dinheiro com isso. Existem interessados demais para que isso simplesmente deixe de acontecer”, disse Kiriakou.

O ex-agente da CIA destacou que as reservas mais ricas de petróleo em posse dos terroristas estão no sul do Iraque. Dessa forma, a rota mais óbvia para a exportação desses recursos passaria também pelos territórios dos curdos.

A Turquia é um aliado dos EUA na região e é membro da OTAN há 60 anos. No entanto, segundo Kiriakou, o governo de Ancara não consegue fazer nada contra a corrupção dos governos locais.

“[A responsabilidade] não é do governo oficial turco. Provavelmente são os elementos corruptos do exército turco e no governo regional no sudeste da Turquia que estão envolvidos nisso”, explicou o norte-americano.

Segundo os dados do ministério das finanças dos EUA, o Estado Islâmico faturou cerca de um bilhão de dólares com roubo de bancos das áreas conquistadas e lucra de 40 a 50 milhões de dólares por mês com a venda do petróleo.

Sputniknews