quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Celtic recibe a su rival israelí con banderas palestinas
La afición del Celtic Glasgow tapizó el martes de banderas de Palestina su estadio para recibir al equipo israelí Hapoel Beer Sheva.
Los hinchas del equipo escocés, que se midió con su rival israelí en el marco de los partidos de ida de la última ronda previa de la Liga de Campeones, protagonizaron una de las imágenes más impactantes del encuentro al mostrar cientos de banderas de Palestina en las gradas del Celtic Park.
Desde los prolegómenos del encuentro, los alrededores del Celtic Park se poblaron de emblemas y pancartas a favor de la causa palestina, que tuvo su máximo exponente cuando ambos equipos saltaron al terreno de juego.
oma/anz/msf/HispanTv
100.000 fuerzas chiíes apoyadas por Irán combaten a Daesh en Irak
Miembros de las Unidades de Movilización Popular (PMU, por sus siglas en inglés) de Irak realizan el signo de la victoria durante una operación antiterrorista.
El número de efectivos chiíes apoyados por Irán, que combate el terrorismo en Irak, ha aumentado en 100.000 personas, dijo un oficial militar de EE.UU.
El coronel Chris Garver, portavoz de la llamada coalición liderada por EE.UU. que lucha contra el grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe), cifró en 100.000 los combatientes chiíes que cooperan con el Gobierno iraquí en la lucha contra los terroristas y dijo que el número de tales fuerzas ha crecido considerablemente desde el inicio de la ofensiva terrorista hace más de dos años.
En un correo electrónico a Fox News, publicado el martes, Garver precisó que los combatientes chiíes han sido capaces de crecer dentro de las Unidades de Movilización Popular (PMU, por sus siglas en inglés), conocidas como Al-Hashad al-Shabi.
A su vez, la cadena estadounidense Fox News expresó su alarma por la elevada cifra de combatientes chiíes en Irak y manifestó su preocupación por el creciente poder que tendrán dichos efectivos, a los que considera una "fuerza antiestadounidense" en un Irak libre de Daesh.
La presencia militar de EE.UU. en Irak, tanto en forma de contingentes de fuerzas especiales como en forma de un dirigente de la alianza anti-Daesh, ha sido criticada por buena parte de los líderes políticos y activistas iraquíes, quienes la consideran una verdadera ‘ocupación’. Los críticos cuestionan la eficacia de los bombardeos de la coalición contra posiciones del EIIL.
El pasado mes de julio, el parlamentario iraquí Nayef al-Shamari se opuso a una eventual participación de las tropas estadounidenses en la liberación de Mosul, la segunda ciudad más grande de Irak y el último bastión de Daesh en el país árabe. Según el legislador, "los iraquíes ya han retomado Tikrit, Faluya y Ramadi .... (de manos del EIIL)".
En cuanto a la posible participación de los combatientes chiíes en la liberación de Mosul, el portavoz militar estadounidense dijo que "el Gobierno de Irak está a cargo de esta ofensiva. Estamos aquí para apoyarlos. Por lo tanto, quien quiera estar en la campaña es realmente su decisión". No obstante, aseguró que “no existe ningún tipo de coordinación entre EE.UU. y los iraníes”.
Irak se está preparando para una ofensiva a gran escala para expulsar a los terroristas de Mosul, ciudad que cayó en manos de Daesh en junio de 2014.
ftm/anz/msf/HispanTv
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Entrevista com o presidente da Síria, Bashar Al Assad
Traduzido por Vila Vudu
Damasco (Prensa Latina) Prensa Latina distribuiu a íntegra da entrevista exclusiva com o presidente da Síria Bashar Al Assad:
Prensa Latina:Sr. Presidente, obrigado por dar a Prensa Latina de Cuba a oportunidade histórica de transmitir o seu ponto de vista ao resto do mundo sobre a realidade na Síria. Como o senhor sabe, há muita desinformação sobre o seu país, sobre a agressão estrangeira que seu belo país está sofrendo.
Sr. Presidente, como o senhor avalia a situação militar atual da agressão externa contra a Síria, e quais os principais desafios das forças sírias em campo, para combater os grupos anti-governamentais? Se for possível, gostaríamos de saber sua opinião sobre as batalhas ou combates em Aleppo, em Homs.
Presidente Assad: Claro, os terroristas receberam muito apoio, de todo o mundo. Temos mais de cem nacionalidades que participam na agressão contra a Síria, com o apoio de certos países como a Arábia Saudita e Qatar com o seu dinheiro e da Turquia, com o apoio logístico e, claro, com o aval e supervisão dos países ocidentais, principalmente os Estados Unidos, França e Reino Unido, e alguns outros aliados.
Mas desde que os russos decidiram intervir no apoio legal ao Exército Sírio na luta contra os terroristas na Síria, principalmente contra a Frente al-Nusra e o ISIS e alguns outros grupos afiliados, os resultados têm pendido contra os terroristas, e o Exército Sírio tem feito muitos avanços em diferentes áreas na Síria.
E ainda estamos avançando, e o Exército Sírio está determinado a destruir e derrotar aqueles terroristas. O senhor mencionou Homs e Aleppo.
Claro, a situação em Homs, uma vez que os terroristas deixaram Homs há mais de um ano, a situação tem sido muito, muito melhor, mais estável.
Têm-se alguns subúrbios da cidade que foram infiltrados por terroristas. Agora, há um processo de reconciliação nas áreas em que ou os terroristas depõem armas e voltam à vida normal com a anistia que o Estado lhes garante, ou podem deixar Homs e mudar-se para qualquer outro lugar dentro da Síria, como o que aconteceu há mais do que um ano, no centro da cidade.
Para Aleppo é uma situação diferente, porque os turcos e seus aliados, como os sauditas e cataris perderam quase todos seus trunfos nas batalhas na Síria. De tal modo que o último trunfo que lhes resta, especialmente para Erdogan, é Aleppo.
É por isso Erdogan trabalhou duro com os sauditas para enviar o máximo que pudessem de terroristas – estimamos que tenham sido enviados mais de cinco mil terroristas – para Aleppo.
Prensa Latina:Através das fronteiras turcas?
Presidente Assad: Sim, da Turquia para Aleppo, durante os últimos dois meses, a fim de recapturar a cidade de Aleppo. E não funcionou.
Na verdade, o nosso exército tem feito avanços em Aleppo e nos subúrbios de Aleppo, a fim de cercar os terroristas. E depois, digamos, ou negociar a volta deles à vida normal, como parte da reconciliação, ou que os terroristas abandonem a cidade de Aleppo, ou que sejam derrotados. Não há outra solução.
Prensa Latina:Sr. Presidente, quais são as prioridades do Exército Sírio no confronto com os grupos terroristas? Qual o papel dos grupos populares de defesa, no teatro de operações?
Presidente Assad: A prioridade do Exército Sírio é, antes de tudo, derrotar o ISIS, a Frente al-Nusra e Ahrar al-Cham, e Jaish al-Islam. Estas quatro organizações são diretamente ligados à Al Qaeda, pela ideologia; todos têm a mesma ideologia, são grupos extremistas islâmicos que querem matar qualquer um que não separeça, ou não se sinta igual a eles, ou não se comporte como eles.
Mas sobre o que o senhor chamou de grupos de milícias populares, na verdade, no início da guerra, os terroristas começaram uma guerra não convencional contra o nosso exército e nosso exército é exército tradicional, como qualquer outro no mundo. Por isso o apoio daquelas milícias populares de defesa foi muito importante, para derrotar terroristas naquele confronto não convencional.
Elas foram muito úteis para o Exército Sírio, porque aqueles combatentes, aqueles lutadores nacionais, lutam em suas regiões, nas suas cidades, nas suas aldeias, e, claro, conhecem a área muito bem, quero dizer, as vias , o terreno, conhecem tudo isso muito bem.
Assim, podem ser ativos importantíssimos para o Exército Sírio. É o papel deles.
Prensa Latina:Sr. Presidente, como a resistência do povo sírio se dá na frente econômica, ante a agressão externa? Falo da economia, e por favor, qual é a sua opinião sobre que setores da economia síria permaneceram funcionando apesar da guerra, do bloqueio econômico, saques e tudo mais?
Presidente Assad: Na verdade, a guerra contra a Síria é guerra total, não se trata só de apoiar terroristas. Eles apoiam os terroristas e, ao mesmo tempo lançaram uma guerra política contra a Síria no plano internacional. E o terceiro front foi o front econômico. Mandaram seus terroristas, seus mercenários de aluguel, para começar a destruir a infraestrutura na Síria da qual depende a economia e o atendimento das necessidades diárias dos cidadãos sírios.
Ao mesmo tempo, eles começaram um embargo diretamente sobre as fronteiras da Síria, servindo-se dos terroristas; e no exterior, servindo-se dos sistemas bancários em todo o mundo. Apesar disso, o povo sírio manteve-se determinado a viver a vida mais normal possível.
Muitos empresários sírios ou os proprietários, digamos, de indústrias, que na Síria são médias e pequenas indústrias, foram forçados a mudar-se das zonas de conflito instáveis, para áreas mais estáveis, em menor escala do negócio, para sobreviver e para manter a economia funcionando, atendendo as necessidades do povo sírio.
Assim, posso deizer que a maioria dos setores ainda estão trabalhando. Por exemplo, mais de 60% do setor farmacêutico ainda está trabalhando, o que é muito importante, útil, e muito favorável à nossa economia em tais circunstâncias.
E eu acho que agora nós estamos fazendo nosso melhor para re-expandir a base da economia, apesar da situação, especialmente depois que o Exército Sírio fez muitos avanços em diferentes áreas.
Prensa Latina: Sr. Presidente, falemos um pouco sobre o ambiente internacional. Dê-me sua opinião, por favor, sobre o papel da ONU no conflito sírio, as tentativas de Washington e seus aliados para impor sua vontade sobre o Conselho de Segurança e nas conversações de paz de Genebra.
Presidente Assad: Falar do papel da ONU ou do Conselho de Segurança pouco acrescenta, porque, na verdade, a ONU é agora um braço norte-americano, que os EUA podem usar como queiram, podem impor ali seus seus padrões duplos, mesmo que desrespeitem a Carta da ONU.
Eles podem usá-lo como qualquer outra instituição no âmbito do próprio governo norte-americano. Sem algumas posições russas e chinesas em certas questões, a ONU e o CS seriam instituições completamente norte-americanas.
Assim, russos e chineses têm imposto lá algum equilíbrio, principalmente em relação à questão da Síria, nos últimos cinco anos. Mas se o senhor quiser falar sobre o papel dos mediadores ou enviados, como recentemente de Mistura e, antes, de Kofi Annan, e entre eles, Brahimi, e assim por diante… Digamos que esses mediadores não são independentes; eles refletem ou a pressão dos países ocidentais, ou às vezes o diálogo entre as principais potências, principalmente Rússia e EUA.
Não são independentes, de modo que o senhor não pode falar de papel da ONU; é um reflexo desse equilíbrio. Por isso, até agora a ONU não teve papel algum no conflito sírio; há apenas o diálogo entre russos e americanos. Sabemos sim que os russos estão trabalhando duro e sério e honestamente, a fim de derrotar os terroristas. E os norte-americanos, enquanto os americanos sempre tentar jogadas, querendo usar os terroristas, não derrotá-los.
Prensa Latina: Sr. Presidente, como o senhor vê no presente momento a convivência entre grupos étnicos e religiosos da Síria contra esta intervenção estrangeira? Como podem contribuir ou não a este respeito?
Presidente Assad: O mais importante sobre esta harmonia entre os diferentes espectros do tecido da Síria, é que ele é genuíno, porque foi construído ao longo da história, através dos séculos. Assim sendo, esse conflito não pode destruir o tecido social .
É por isso que se o senhor anda pelo país e visita diferentes áreas sob controle do governo, o senhor verá todas as cores da sociedade síria que convivem em harmonia umas com outras.
E eu diria, gostaria de acrescentar que durante o conflito, essa harmonia tornou-se muito melhor e mais forte. E não é retórica; é a realidade, por diferentes razões, porque este conflito é uma lição.
Esta diversidade que se tem é ou uma riqueza para o seu país, ou um problema. Não há meio termo. Então, as pessoas aprenderam que é preciso trabalhar mais a favor dessa harmonia, porque a primeira retórica utilizada pelos terroristas e aliados na região e no Ocidente a respeito do conflito sírio, foi a retórica do sectarismo.
Eles queriam dividir as pessoas, criar conflitos de todas com todas, incendiar a Síria. Mas não funcionou. E os sírios aprenderam a lição. Viram que, antes, havia harmonia; que tivemos harmonia antes do conflito, nos tempos normais; mas que seria preciso trabalhar mais para reforçar aquela harmonia.
Então, posso dizer sem exagero que a situação quanto a isso é boa. Mesmo assim eu diria que, nas áreas sob controle dos terroristas – principalmente grupos extremistas afiliados à Al Qaeda – eles trabalharam muito na doutrinação dos mais jovens; e conseguiram, algumas áreas, divulgar aquela ideologia obscura e sinistra.
Quanto mais tempo passe, mais difícil lidar com esta nova geração de jovens que foram doutrinados com doutrina e ideologia de Al-Qaeda e wahhabismo. Portanto, este é o único perigo que nossa sociedade enfrenta, para manter a harmonia e a boa convivência que o senhor acabou de mencionar.
Prensa Latina:Sr. Presidente, gostaria de ir novamente para a arena internacional. Na sua opinião, qual é o papel da coalizão internacional liderada pelos EUA, no trato com os grupos que operam no norte da Síria, em particular em relação aos curdos. Aviões americanos e da coalizão têm bombardeado o norte do país. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Presidente Assad: O senhor sabe. Tradicionalmente, os governos norte-americanos quando têm relações com qualquer grupo ou comunidade em qualquer país, nunca é para o bem do país, com vistas a atender interesses do povo: trata-se, sempre, da agenda dos EUA.
Então, o que temos de nos perguntar é: por que exércitos norte-americanos apoiariam algum grupo na Síria? Para ajudar a Síria não é. Devem ter agenda deles, e a agenda dos EUA sempre opera para dividir qualquer país. Não trabalham para unir povos: trabalham para promover divisões entre diferentes tipos de pessoas.
Às vezes, escolhem um grupo sectário; às vezes, um grupo étnico, a fim de apoiá-los contra outras etnias ou para empurrá-los de tal modo que se afastem do resto da sociedade.
Esta é a agenda dos EUA. Então, é muito claro que este apoio norte-americano não está relacionado com o ISIS, não está relacionada com a al-Nusra, não está relacionada com a luta contra o terrorismo, porque desde o início da intervenção americana, ISIS estava se expandindo, e não diminuindo. Ele só começou a diminuir quando o apoio russo para o Exército Sírio ocorreu em setembro passado.
Prensa Latina: Sr. Presidente, qual sua opinião sobre o recente golpe de Estado na Turquia, e seu impacto sobre a atual situação no país, no plano internacional e no conflito sírio?
Presidente Assad: Temos de olhar para aquela tentativa de golpe como um reflexo da instabilidade e perturbações dentro da Turquia, principalmente no nível social. Poderia ser instabilidade política, poderia ser qualquer outra coisa, mas no final, a sociedade é a questão principal quando o país enfrenta instabilidade.
Independentemente de quem vai governar a Turquia, que vai ser o presidente, que vai ser o líder da Turquia; esta é uma questão interna. Os sírios não interferimos. Não cometemos o erro de dizer que Erdogan deve ir ou deve ficar. Esta é uma questão turca, e o povo turco tem de decidir.
Prensa Latina:Sr. Presidente, como o senhor avalia as relações do governo sírio com a oposição dentro da Síria? Qual é a diferença entre estas organizações da oposição e as outras, que têm base fora da Síria?
Presidente Assad: Temos boas relações com a oposição dentro da Síria com base nos princípios nacionais. Claro, eles têm agenda política própria e suas próprias crenças, e nós temos nossa própria agenda e nossas crenças. O modo que há para dialogar é ou diretamente ou por meio das urnas. Votar é uma forma diferente de diálogo, conforme a situação em cada país.
Mas não podemos comparar a oposição síria que vive aqui e outros, supostos de oposição que não vivem aqui. “Oposição” significa convivência e implica recurso a meios pacíficos para superar diferenças. Não se pode dizer que os terroristas sejam ‘oposição’.
Ninguém que viva no Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido, na França, no Qatar e na Arábia Saudita ou nos EUA pode pretender que seria oposição ao governo da Síria. Não são grupos de oposição: são traidores.
A oposição real são as pessoas e grupos que trabalham para o povo sírio e vivem na Síria e sua agenda. Podem tem projetos diferentes, mas são atentos aos interesses dos sírios.
Prensa Latina:Sr. Presidente, como o senhor avalia a insistência dos EUA e seus aliados, de que o senhor deixe o poder? E a campanha para distorcer a imagem do seu governo?
Presidente Assad: No que diz respeito à vontade deles de que eu deixe o poder, sim, querem muito, e não falaram de outra coisa nos últimos cinco anos. Nunca respondemos, nem uma linha.
Nós nunca nos preocupamos com eles. Todas essas são questões sírias e só o povo sírio pode dizer quem deve ir ou ficar ou deixar o governo. O ocidente conhece perfeitamente nossa posição sobre isso.
Estou onde estou porque essa é a decisão do povo sírio. Se o povo sírio não quisesse, eu não estaria aqui. Isso é muito simples.
Quanto a eles difamarem ou tentarem demonizar certos presidentes, esta é a maneira americana, pelo menos desde a segunda Guerra Mundial. Como se os EUA tivessem substituído a colonização britânica nesta região, e talvez no mundo. Os governos norte-americanos e os políticos dos EUA jamais disseram uma única palavra honesta sobre qualquer coisa.
Sempre mentem. E o tempo passa, e eles estão-se tornando mais inveterados mentirosos. É parte da política deles. Tentam demonizar o presidente da Síria como tentaram demonizar o presidente Vladimir Putin, durante os últimos dois anos. Também fizeram o mesmo com o líder cubano Fidel Castro durante as últimas cinco décadas.
Esta é o jeito deles. Temos de saber que esse é o modo norte-americanos. Não nos preocupamos com isso. O que importa é ter boa reputação e nome honrado para o próprio povo. Só temos de nos preocupar com isso.
Prensa Latina: Sr. Presidente, qual sua avaliação das relações da Síria com a América Latina, em particular os laços históricos com Cuba?
Presidente Assad: Apesar da longa distância entre a Síria e a América Latina, sempre me surpreendo com o quanto as pessoas na América Latina, não só os políticos, sabem sobre nossa região. Há muitas razões para isso. Uma delas são as semelhanças históricas entre nossa região, entre Síria e América Latina.
A América Latina viveu sob a ocupação direta há muito tempo, mas depois passou a viver sob a ocupação das empresas americanas, dos golpes de Estado promovidos pelos EUA e sob intervenção norte-americana.
Quero dizer que os latino-americanos conhecem o que é ser independente ou não ser independente. Por isso entendem que a guerra na Síria é guerra de independência.
Mas o mais importante da América Latina é Cuba e o papel de Cuba. Cuba foi a ponta de lança do movimento de independência na América Latina, e Fidel Castro foi a figura emblemática nesse sentido.
Assim, no nível político e o nível de conhecimento, há uma forte harmonia entre Síria e na América Latina, especialmente Cuba. Mas entendo que ainda temos de trabalhar muito para melhorar a outra parte da relação; para estar no mesmo nível do que Cuba conseguiu no plano da educação dos cidadãos e no plano econômico.
Foi meu modelo e era minha aspiração antes da crise. Por isso visitei a América Latina, Cuba, Venezuela, Argentina e Brasil, para revigorar nossas relações. Mas em seguida começou este conflito, que foi grande obstáculo a todos os nossos planos. Mas entendo que temos de ampliar nossas relações para além do plano político e histórico. Todos temos de conhecer melhor uns os outros.
Creio firmemento que, se superarmos a crise em que nos debatemos e essa guerra que os sírios não procuramos, chegará o momento de dinamizar os diversos setores desta relação com a América Latina e especialmente com Cuba.
Prensa Latina: Sr. Presidente, gostaria de conhecer sua opinião sobre o processo eleitoral nos Estados Unidos, principalmente a eleição presidencial. Agora são dois candidatos, o republicano sr. Donald Trump e a democrata sra. Hillary Clinton. Qual sua opinião sobre esse processo, sobre o resultado deste processo e como ele pode afetar o conflito aqui na Síria?
Presidente Assad: Retomamos nossa relação com os Estados Unidos em 1974. São 42 anos e testemunhamos muitos presidentes norte-americanos em diferentes situações. A lição que aprendemos é que ninguém deve apostar em nenhum presidente americano. O nome faz pouca diferença.
Eles têm instituições, têm sua própria agenda e todos os presidentes vêm para implementar sua agenda à sua própria maneira. No final, é disso que se trata.
Todos eles têm agendas militaristas. Só muda o caminho. Um manda o próprio exército, como Bush; outro contrata mercenários e ‘procuradores’ locais, que lutam ‘por procuração’, como Obama. Mas todos eles têm de implementar a tal agenda.
Não acredito que o presidente dos EUA tenha autonomia para fazer valer as suas próprias convicções políticas. Ele tem de obedecer às instituições e aos lobbies, e os lobbies não mudam e a agenda das instituições não muda.
Assim, nenhum presidente aparecerá capaz de promover mudança séria e dramática na política dos EUA.
Prensa Latina: Sr. Presidente, para encerrar: que mensagem o senhor envia, servindo-se dessa entrevista com à Prensa Latina de Cuba, aos governos e aos povos da América Latina, no Caribe, e também, por que não?, ao povo norte-americano, sobre a importância de apoiar a Síria contra o terrorismo ?
Presidente Assad: A América Latina é exemplo muito bom e importante, para todo o mundo, de como povos e governos podem recuperar a independência.
Os EUA os veem como se fossem ‘o quintal dos EUA, onde os EUA habituaram-se a jogar suas próprias jogadas, para implementar a própria agenda. As pessoas na América Latina sacrificaram muito a fim de recuperar a independência e todos sabem disso.
Depois de recuperar a independência, os países deixaram de ser países em desenvolvimento, ou países, por vezes, subdesenvolvidos e começaram a crescer e a desenvolver-se. A independência é valor muito caro a todos os cidadãos da América Latina.
Entendemos que cabe aos latino-americanos manter essa independência, porque os Estados Unidos não vão parar de tentar derrubar todo e qualquer governo independente, qualquer governo que manifeste a vontade e os interesses da maioria das pessoas em todos os países da América Latina.
E mais uma vez, Cuba sabe disso, sabe do que estou falando mais do que qualquer outro povo no mundo. O povo cubano sofreu mais do que qualquer outro as tentativas americanas, mas conseguiu resistir a todas estas tentativas durante os últimos 60 anos ou mais, exclusivamente porque governo cubano manifestava o desejo e a visão do povo cubano.
Assim, entendo que o mais importante é garantir firmemente esta independência. É o mais importante, o mais crucial para o futuro da América Latina.
Em relação à Síria, podemos dizer que a Síria está pagando o preço de sua independência, porque nunca trabalhou contra os Estados Unidos; nós nunca trabalhamos contra a França ou o Reino Unido. Sempre tentamos ter boas relações com o Ocidente.
Mas o problema é que eles não aceitam país independente. Acho que acontece o mesmo com Cuba. Os cubanos jamais tentaram fazer qualquer mal para o povo americano, mas o governo dos EUA é incapaz de aceitar país independente, seja qual for.
O mesmo vale para outros países da América Latina, e daí vê os golpes de Estado, como nos anos sessenta e setenta.
Entendo, portanto, que preservar a independência de um determinado país nunca é caso isolado; se eu quiser ser independente, tenho de apoiar a independência no resto do mundo. Assim, a independência em qualquer lugar do mundo, incluindo a América Latina, dará forças à minha independência. Se estiver sozinho, serei fraco.
Todos podem apoiar a Síria, principalmente, na arena internacional. Existem muitas organizações internacionais, principalmente as Nações Unidas, apesar da sua impotência. Mas seja como for, o seu apoio de cada país sempre será vitalmente importante, também, claro, no Conselho de Segurança; depende de quem seja o membro temporário do Conselho de Segurança. Toda e qualquer qualquer outra organização de apoio a Síria sempre será muito importante.
Prensa Latina:Sr. Presidente, sabemos que o senhor é muito ocupado. Agradecemos encarecidamente o tempo que os senhor dedicou à Prensa Latina de Cuba.
Presidente Assad: O senhor é bem-vindo sempre.
Dilma: 'devolver ao povo, o que só ao povo pertence, a escolha do futuro'
Mensagem da Presidenta Dilma Rousseff ao Senado e ao Povo Brasileiro.
Dirijo-me à população brasileira e às Senhoras Senadoras e aos Senhores Senadores para manifestar mais uma vez meu compromisso com a democracia e com as medidas necessárias à superação do impasse político que tantos prejuízos já causou ao País.
Meu retorno à Presidência, por decisão do Senado Federal, significará a afirmação do Estado Democrático de Direito e poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política.
Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho.
Precisamos fortalecer a democracia em nosso País e, para isto, será necessário que o Senado encerre o processo de impeachment em curso, reconhecendo, diante das provas irrefutáveis, que não houve crime de responsabilidade. Que eu sou inocente.
No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a desconfiança política para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime.
Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”. Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições.
Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta.
Ao invés disso, entendo que a solução para as crises política e econômica que enfrentamos passa pelo voto popular em eleições diretas. A democracia é o único caminho para a construção de um Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social. É o único caminho para sairmos da crise.
Por isso, a importância de assumirmos um claro compromisso com o Plebiscito e pela Reforma Política.
Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes.
Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral.
Devemos concentrar esforços para que seja realizada uma ampla e profunda reforma política, estabelecendo um novo quadro institucional que supere a fragmentação dos partidos, moralize o financiamento das campanhas eleitorais, fortaleça a fidelidade partidária e dê mais poder aos eleitores.
A restauração plena da democracia requer que a população decida qual é o melhor caminho para ampliar a governabilidade e aperfeiçoar o sistema político eleitoral brasileiro.
Devemos construir, para tanto, um amplo Pacto Nacional, baseado em eleições livres e diretas, que envolva todos os cidadãos e cidadãs brasileiros. Um Pacto que fortaleça os valores do Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, o desenvolvimento econômico e as conquistas sociais.
Esse Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social permitirá a pacificação do País. O desarmamento dos espíritos e o arrefecimento das paixões devem sobrepor-se a todo e qualquer sentimento de desunião.
A transição para esse novo momento democrático exige que seja aberto um amplo diálogo entre todas as forças vivas da Nação Brasileira com a clara consciência de que o que nos une é o Brasil.
Diálogo com o Congresso Nacional, para que, conjunta e responsavelmente, busquemos as melhores soluções para os problemas enfrentados pelo País.
Diálogo com a sociedade e os movimentos sociais, para que as demandas de nossa população sejam plenamente respondidas por políticas consistentes e eficazes.
As forças produtivas, empresários e trabalhadores, devem participar de forma ativa na construção de propostas para a retomada do crescimento e para a elevação da competitividade de nossa economia.
Reafirmo meu compromisso com o respeito integral à Constituição Cidadã de 1988, com destaque aos direitos e garantias individuais e coletivos que nela estão estabelecidos. Nosso lema persistirá sendo “nenhum direito a menos”.
As políticas sociais que transformaram a vida de nossa população, assegurando oportunidades para todas as pessoas e valorizando a igualdade e a diversidade deverão ser mantidas e renovadas. A riqueza e a força de nossa cultura devem ser valorizadas como elemento fundador de nossa nacionalidade.
Gerar mais e melhores empregos, fortalecer a saúde pública, ampliar o acesso e elevar a qualidade da educação, assegurar o direito à moradia e expandir a mobilidade urbana são investimentos prioritários para o Brasil.
Todas as variáveis da economia e os instrumentos da política precisam ser canalizados para o Paísvoltar a crescer e gerar empregos.
Isso é necessário porque, desde o início do meu segundo mandato, medidas, ações e reformas necessárias para o País enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as chamadas pautas-bomba foram impostas, sob a lógica irresponsável do “quanto pior, melhor”.
Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos impostos à população. Podemos superar esse momento e, juntos, buscar o crescimento econômico e a estabilidade, o fortalecimento da soberania nacional e a defesa do pré-sal e de nossas riquezas naturais e minerárias.
É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade daqueles que, comprovadamente, e após o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa, tenham praticado ilícitos ou atos de improbidade.
Povo brasileiro, Senadoras e Senadores,
O Brasil vive um dos mais dramáticos momentos de sua história. Um momento que requer coragem e clareza de propósitos de todos nós. Um momento que não tolera omissões, enganos, ou falta de compromisso com o País.
Não devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática baseada no impeachmentsem crime de responsabilidade fragilize nossa democracia, com o sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de 1988. Unamos nossas forças e propósitos na defesa da democracia, o lado certo da História.
Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Tenho orgulho de dizer que, nestes anos, exerci meu mandato de forma digna e honesta. Honrei os votos que recebi. Em nome desses votos e em nome de todo o povo do meu País, vou lutar com todos os instrumentos legais de que disponho para assegurar a democracia no Brasil.
A essa altura todos sabem que não cometi crime de responsabilidade, que não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime. Os atos que pratiquei foram atos legais, atos necessários, atos de governo. Atos idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles, e também não é crime agora.
Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou traição. Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém.
Esse processo de impeachment é frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. O que peço às senadoras e aos senadores é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente.
A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça.
Minha esperança existe porque é também a esperança democrática do povo brasileiro, que me elegeu duas vezes Presidenta. Quem deve decidir o futuro do País é o nosso povo.
A democracia há de vencer
Dilma Rousseff
POBRE PAÍS IDIOTIZADO PELA MÍDIA
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Está ficando difícil ser otimista quanto ao futuro do Brasil.
O que esperar de um país onde boa parte de sua população vive a repetir, tomando como verdades absolutas, as idiotices, manipulações, mentiras e canalhices divulgadas pelo monopólio da mídia?
O que esperar de um país cujo déficit de consciência democrática faz com que um golpe de estado tramado e executado pela bandidagem da política seja assistido passivamente pela maioria da sociedade?
O que esperar de um país cujos trabalhadores permanecem inertes, mesmo diante do brutal corte de direitos e conquistas históricas, já anunciado como prioridade pelo governo golpista, que fará o país retroceder quase 100 anos em termos de bem-estar social?
O que esperar de um país no qual expressiva parcela dos beneficiários dos programas sociais e e inclusivos dos governos Lula e Dilma não se cansa de matraquear o discurso conservador criminalizando o PT?
O que esperar de um país doente de ódio e intolerância inoculados no organismo social pela mídia venal e inconsequente?
O que esperar de um país em que as classes média e alta (incultas e preconceituosas) cultivam valores escravagistas, xenófobos, racistas, sexistas e homofóbicos?
O que esperar de um país com instituições apodrecidas pela politização e pelo golpismo, tais como Congresso Nacional, TCU, Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário?
O que esperar de um país cuja Suprema Corte trai sua função republicana de zelar pela Constituição e adere a um golpe midiático- judicial-parlamentar que rasga a própria Carta Magna?
O que esperar de um país dotado de um sistema de justiça que persegue adversários da plutocracia, enquanto protege os que se dedicam à defesa dos ricos e poderosos?
O que esperar de um país que oferece terreno fértil que para que viscejem políticos e líderes religiosos que defendem ditadura, tortura e estupro?
Fuerzas apoyadas por EEUU dan libre paso a los terroristas de Daesh
Miembros de la llamada Fuerzas Democráticas de Siria (FDS) en la ciudad de Manbiy, norte de Siria, 7 de agosto de 2016.
Las fuerzas respaldadas por Estados Unidos dieron paso a cientos de integrantes del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) en Sira, según un oficial militar.
El coronel Chris Garver, portavoz de la llamada coalición anti-EIIL liderada por EE.UU., dijo el martes que a varios cientos de vehículos que contenían entre 100 y 200 combatientes de EIIL se les dio el paso seguro por la llamada Fuerzas Democráticas de Siria (FDS), respaldadas por Washington, para abandonar la ciudad de Manbiy, en el norte de Siria.
En declaraciones a la prensa del Pentágono, Garver describió cómo Daesh tenía civiles en cada vehículo, alegando que los militares de FDS querían evitar las bajas y por eso permitieron el libre paso de los terroristas. Sin embargo, afirmó que no sabe el número de los civiles que había estado en los vehículos voluntariamente pero que probablemente algunos eran rehenes.
“Siguieron tirando civiles para caminar, básicamente, en la línea de fuego, tratando de utilizarlos potencialmente como propaganda, pensamos”, mencionó Garver.
Los extremistas takfiríes salieron de la ciudad de Manbiy el pasado viernes bajo la vigilancia de aviones no tripulados de la citada coalición. Fue el primer acuerdo de este tipo con el grupo terrorista, que intencionalmente utilizaba civiles como escudos humanos para escapar.
En esta línea, otro funcionario militar de Washington informó a Sky News Arabia bajo condición de anonimato que algunos de los combatientes de Daesh ya han hecho su camino a Turquía, y muchos todavía están en Siria.
El opositor Observatorio Sirio de Derechos Humanos (OSDH) y las llamadas Fuerzas Democráticas Sirias, que recientemente han tomado dicha ciudad de manos de los terroristas de EIIL, comunicaron el pasado viernes que los integrantes de Daesh han secuestrado a unas 2000 personas, que han llevado consigo al huir de la ciudad siria de Manbiy, en la provincia de Alepo.
Por otra parte, el OSDH también informó de la partida de al menos 500 coches de Daesh con terroristas y civiles hacia la ciudad de Yarablus, fronteriza con la provincia turca de Gaziantep.
Manbiy, entre la ciudad norteña de Al-Raqa (principal bastión de Daesh en Siria) y la frontera turco-siria, a unos 360 km de Damasco (capital), es una ciudad estratégica usada desde hace dos años por Daesh para abastecerse de armas, municiones, alimentos y nuevos combatientes.
ftn/ktg/hnb/HispanTv
Venezuela decidida a luchar por salvar el Mercosur de las garras de la ‘triple alianza golpista’
El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro.
Nicolás Maduro rechazó las presiones de Brasil a que Uruguay se sumase a la ‘triple alianza’ para evitar que se otorgue la presidencia del Mercosur a Caracas.
“Vamos a luchar por salvar el Mercosur de las garras de la derecha insensata, salvaje y golpista”, así de contundente se mostró el presidente venezolano quien durante una alocución suya a la nación el martes rechazó el intento “infructuoso” de Brasil al presionar a Uruguay, “para que se sumara a la triple alianza”.
Maduro, destacó que la tentativa brasileña de incitar a Uruguay es un plan de la ultraderecha para excluir a Venezuela de la presidencia del Mercosur.
El Mercosur atraviesa una crisis desde el pasado 29 de julio, cuando Uruguay anunció al resto de socios que finalizaba su mandato del bloque, pero no traspasó la presidencia a Venezuela debido a la oposición de algunos Estados miembros a la toma del cargo por el país bolivariano, que desde entonces buscan como evitar que se produzca este hecho.
Por ello, declaró que Venezuela es miembro pleno del Mercosur (Mercado Común del Sur) y es uno de los socios que más cumple con los acuerdos y que además aplica más convenios constitutivos que cualquier otro país componente.
De acuerdo con Maduro, la derecha venezolana está detrás de todo este asunto, al argumentar que la oposición se fue a Río de Janeiro (Brasil) para "aupar al gobierno ilegal, ilegítimo y golpista" de Michel Temer a fin de que Brasilia se opusiera a la presidencia de Venezuela en el ente regional.
El jefe de Estado advirtió que este plan solo busca acabar desde adentro con el Mercosur, y recalcó que a Venezuela nadie le va a sacar de allí.
Maduro aprovechó para agradecer al mandatario uruguayo, Tabaré Vázquez, quien desde el principio apostó por respeto al marco legal del bloque de otorgar la presidencia pro témpore a Caracas.
Antes del pronunciamiento del jefe de Estado venezolano al respecto, la Cancillería también había acusado a Argentina, Paraguay y Brasil de ‘'vulnerar los Tratados constitutivos’' del Mercosur y buscar sus intereses políticos e ideológicos neoliberales.
Países miembros del Mercosur, como Brasil, Paraguay y Argentina argumentan que Venezuela no es un Estado apto para tomar las riendas del bloque, por no haber ratificado algunas normas de este ente, en particular, el protocolo de derechos humanos, si bien ningún país del bloque ha ratificado la totalidad de las normativas.
krd/ktg/hnb/HispanTv
DA TRIBUNA, REQUIÃO PEDE DESCULPAS AO URUGUAI PELA TRAPALHADA DE SERRA
Brasil 247
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que preside a delegação brasileira no Parlasul, subiu à tribuna para pedir desculpas ao Uruguai pelo comportamento "inadequado e violento" do chanceler interino José Serra, que já comprou brigas com dois países vizinhos: Venezuela e Uruguai; "A grande façanha da chancelaria brasileira foi se atritar com o Uruguai", disse Requião; segundo ele, a política externa, sob Serra, virou "motivo de chacota"; vídeo
Paraná 247 – O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que preside a delegação brasileira no Parlasul, subiu à tribuna para pedir desculpas ao Uruguai pelo comportamento "inadequado e violento" do chanceler interino José Serra.
"A grande façanha da chancelaria brasileira foi se atritar com o Uruguai", disse Requião. "É uma vergonha absoluta para a chancelaria brasileira", afirma ainda o parlamentar, que diz que a política externa, sob Serra, virou "motivo de chacota".
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=NPDdapmBF7Q
Uruguay denuncia que intentaron "comprar" su voto en el Mercosur para atacar a Venezuela
El canciller uruguayo acusó a Brasil de presionar a su país para evitar el traspaso de la presidencia del organismo multilateral a Venezuela.
Rodolfo Nin Novoa, ministro de Relaciones Exteriores de Uruguay, disparó la bomba este martes. El funcionario aseguró que el gobierno brasileño intentó "comprar" su voto para evitar que Venezuela asuma la presidencia del Mercosur. A cambio Brasilia ofrecía acuerdos comerciales.
Las declaraciones del canciller se dieron en el marco de la Comisión de Asuntos Internacionales de la Cámara de Diputados uruguaya. "No nos gustó mucho que el canciller (José) Serra viniera a Uruguay a decirnos —lo hizo público, por eso lo digo— que venían con la pretensión de que se suspendiera el traspaso", dijo Nin Novoa según reseñó el diario El País. Además, añadió que Serra les prometió que "si se suspendía", Brasil iba a facilitarles "negociaciones con otros países, como queriendo comprar el voto de Uruguay".
José Serra. Ministro del Exterior del gobierno golpista de Brasil
A comienzos de julio, el canciller del gobierno golpista brasileño junto al ex presidente de ese país, Fernando Henrique Cardoso, viajaron a Uruguay para tener una reunión bilateral. En declaraciones a la prensa Serra señaló que estaban dispuestos a llevar a Uruguay como "socio" a una gira en busca de mercados por África e Irán. Al mismo tiempo que pidió públicamente que Venezuela no asuma -como corresponde según el reglamento- la presidencia del Mercosur.
'Bullying' contra a Venezuela
"Venezuela es el legítimo ocupante de la presidencia pro tempore y, por lo tanto, cuando convoque a una reunión el gobierno uruguayo asistirá", afirmó Nin Novoa ante la comisión del Congreso uruguayo. Además aseguró que "si los otros no van", en referencia al resto de los países del bloque regional "será una responsabilidad de ellos".
Para el canciller de Uruguay quiénes se oponen a que el gobierno venezolano ocupe ese lugar tienen argumentos "eminentemente políticos" y el objetivo de "hacer bullying a la presidencia de Venezuela".
Finalmente destacó que Venezuela no ha violado ninguna normativa del Mercosur y que no hay motivos para suspender al país caribeño aplicándole la Carta Democrática. "¿Para qué vamos a estar inventando, buscando atajos políticos para saltearnos lo jurídico?", se preguntó.
¿Hacia donde va el Mercosur?
Consultado por RT, el periodista Fernando Vicente Prieto señaló que "lo que está sucediendo con el Mercosur en este momento es un verdadero escándalo". El columnista de Telesur y Notas - Periodismo Popular apuntó que "el canciller golpista José Serra tiene el descaro de asegurar que impedirá que Nicolás Maduro asuma la presidencia pro témpore del Mercosur" cuando en realidad, como sostiene la Cancillería de Uruguay, "la reglamentación del bloque asegura la presidencia rotativa que ahora le corresponde a Venezuela".
Para Vicente Prieto se trata de "una movida política por parte de los gobiernos de derecha" que buscan reorientar al Mercosur "hacia la Alianza del Pacífico en sintonía con los deseos de EE.UU.". El objetivo es la "neoliberalización del Mercosur" y a mediano plazo "intentar destruir otros instrumentos geopolíticos de integración muy importantes como son Unasur y la Celac".
"Se busca volver a la situación de principios de siglo con un continente dominado por EE.UU. en base a su propuesta de libre comercio al servicio de las empresas transnacionales", analizó el periodista. Finalmente explicó que esta reorientación política se produce "mediante presiones diplomáticas, mediáticas y también extorsiones económicas" como la que denunció el canciller Nin Novoa. “Todas las cesiones de soberanía de nuestros países" se hacen a partir de las presiones "de otras potencias y empresas multinacionales que son quienes, finalmente, determinan la política internacional subordinándola a sus intereses”, concluyó.
Santiago Mayor - Actualidad RT
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Líbia pode se tornar o novo centro de operações do Daesh (Estado Islâmico)
A Líbia e algumas áreas no Egito podem se transformar em novo centro operacional do grupo jihadista Daesh, disse a especialista em assuntos de terrorismo do Centro de Inteligência Estratégica e Segurança (ESISC em inglês), com sede em Bruxelas, Evgenia Gvozdeva.
"Agora a maioria dos prognósticos dizem que se o Daesh for derrotado na Síria e Iraque a sua nova base de operações poderá se deslocar para a Líbia e talvez para algumas áreas no Egito e na península do Sinai", disse a analista à agência russa RIA Novosti.
Gvozdeva considera como "muito provável" que o Daesh queira criar no Sudeste Asiático – Indonésia, Filipinas, Tailândia e Malásia – um centro operacional semelhante ao que tem na Síria.
Para os terroristas se tornou bastante difícil organizar nestes países bases operacionais internacionais do ponto de vista da logística e de certas barreiras linguísticas, disse.
Nos últimos meses o Daesh perdeu uma grande parte dos territórios devido aos avanços das forças governamentais na Síria e no Iraque e da milícia, bem como dos ataques aéreos realizados pela Rússia e pela coalizão internacional liderada pelos EUA.
O grupo terrorista também perdeu seus bastiões na Líbia, país considerado como tendo a maior presença do Daesh fora da Síria e do Iraque.
As forças líbias lançaram uma ofensiva para recuperar Sirte em junho de 2016 e afirmaram terem liberado três quartos desta cidade ocupada pelos terroristas.
Em junho, o diretor da CIA John Brennan estimou o número de combatentes do Daesh no país entre 5 e 8 mil militantes.
Sputniknews
Bombarderos rusos se despegan del aeródromo iraní de Hamedan y atacan a los terroristas en Siria
Moscú, SANA
El Ministerio de Defensa ruso anunció que bombarderos rusos Tu-23M3 y Su-34 despegaron este martes del aeródromo de Hamedan en Irán, para participar en el operativo contra las bandas terroristas del Estado Islámico, en la provincia siria de Alepo.
En un comunicado, el ministerio ruso precisó que las aeronaves rusas bombardearon cinco depósitos de armamento de los terroristas y varios campamentos de entrenamiento de los yihadistas en la provincia de Alepo, así como destruyeron a tres puestos de mando del Estado Islámico, en Deir Ezzor.
El comunicado agregó que los bombarderos completaron la operación junto a los también cazas rusos Su-30 y Su-35, que operan desde la base aérea siria de Humeimem.
Informó a demás que todas las aeronaves han regresado a los aeródromos desde los que despegaron.
Cabe resaltar que bombarderos Tu-22M3 de la Fuerza Aeroespacial de Rusia habían arribado al aeropuerto iraní de Hamedan a fin de participar en los ataques contra los sitios de la agrupación terrorista del Estado Islámico en Siria.
El canal “Rusia 24” difundió que el despliegue de los bombarderos rusos en territorio iraní ofrece la oportunidad de reducir el tiempo de vuelo en un 60%, y señaló que los bombarderos Tu-22 M3 que atacan a los terroristas en Siria está utilizando actualmente un aeropuerto militar ubicado en la república de Osetia del Norte, en el sur de Rusia, y que la base siria de Humaimam no es apta para recibir este tipo de bombarderos, que es una de las más grandes en el mundo.
Fady M., Hala B.
Explosão em submarino sul-coreano mata três e fere um técnico
Três recrutas morreram e um foi ferido na sequência de uma explosão em um submarino sul-coreano, informa a mídia local na terça-feira (16).
"Cerca das 8 horas desta manhã, houve uma explosão no interior de um pequeno submarino que estava sendo reparado na base naval em Jinhae, 410 quilômetros ao sul de Seul" – divulgou um porta-voz do Ministério da Defesa Nacional.
O ministério disse que a explosão ocorreu quando o gás acumulado no interior do submersível foi expelido após a abertura de uma escotilha.
As autoridades não deram detalhes sobre o tipo de submarino envolvido no acidente.
O submersível estava ancorado no porto desde maio. Os marinheiros estavam testando o equipamento antes de iniciar as reparações, quando ocorreu a explosão, disse o porta-voz do Ministério.
Sputniknews
A Carta Testamento de Getúlio Vargas é uma arma contra o golpe atual
A Carta Testamento que Getúlio nos deixou é um dos mais importantes documentos de referência política e ideológica em defesa dos interesses nacionais.
O Brasil enfrenta um momento histórico de extrema gravidade. Um golpe de estado institucional está prestes a ser consumado, afastando definitivamente uma Presidenta da República eleita com mais de 54 milhões de votos.
E muito do que está em jogo hoje guarda semelhanças profundas com outra conjuntura trágica ocorrida há sessenta e dois anos, quando forças anti-democráticas com idênticos interesses anti-povo e anti-nacionais levaram o Presidente Getúlio Vargas a dar um tiro no próprio peito.
Esse gesto político extremo barrou a tentativa de golpe e levantou grande parte do povo contra líderes de direita, partidos e mídia golpistas de então, derrotando-os fragorosamente. Venceu a democracia e venceram os interesses maiores do povo brasileiro.
A Carta Testamento que Getúlio nos deixou é um dos mais importantes documentos de referência política e ideológica em defesa da democracia e dos interesses nacionais da história do Brasil.
O Fórum 21 faz aqui a sua republicação integral para difundi-la da forma mais ampla possível.
Seu conteúdo profundo e sua forma aguerrida são ainda hoje uma bala de grosso calibre contra golpistas de toda espécie.
O momento exige ação, atitude, formas de luta que confrontem a farsa do rito golpista. As mais variadas e criativas.
O modo como as forças democráticas irão vencer ou perder a batalha nesta reta final do golpe fará toda a diferença para os passos seguintes da história.
A firme indignação e a denúncia veemente contra a ruptura democrática em curso são essenciais, mas insuficientes. É preciso reagir também com gestos e atitudes políticas à altura da gravidade dos fatos e da desfaçatez dos golpistas.
Tudo o que eles querem - políticos de direita, dirigentes da FIESP e de várias organizações empresariais, banqueiros, donos da grande mídia, entre outros - é que a grande maioria da sociedade aceite a "normalização" do processo, sob essa espúria máscara de legalidade.
É isso que os meios de comunicação oligopolizados repetem todos os dias, fazendo jus à alcunha que lhes cai tão bem: "PiG, Partido da imprensa Golpista".
A resposta das amplas forças democráticas, que estão se manifestando em todos cantos do país, inclusive nas arenas das Olimpíadas, vistas por todo o planeta, só pode ser uma: resistência e rebeldia contra o golpe e os golpistas, em defesa ativa da democracia.
Ao romper com a Constituição, de modo farsesco e sem nenhum pudor, as elites golpistas lançam o país e suas instituições no rumo do imponderável. Quem continuará acreditando nas garantias constitucionais aos mandatos populares se este golpe se consumar? Quem respeitará poderes ilegítimos?
Mas os golpistas querem usurpar o governo de forma definitiva para impor um programa antissocial e anti-nacional que não ousariam submeter às urnas. É por isso que se voltam contra as conquistas sociais desde a era Vargas e têm por objetivo acabar com a universalização de direitos sociais inscritos na Carta de 88. Além de entregar o Pré-Sal às petroleiras estrangeiras, privatizar a Petrobras e outras empresas estatais e voltar a submeter o Brasil aos interesses das grandes potências, sepultando a diplomacia da última década, mundialmente reconhecida como independente ativa e altiva.
Perda da democracia e perda de direitos - uma regressão política, cultural e social profunda - é disso que se trata.
Mas por que republicar e divulgar amplamente agora a Carta Testamento de Getulio?
Nós sabemos que a história não se repete e que cada momento conjuntural tem suas próprias especificidades. Mas consideramos que há muito em comum nas várias conjunturas em que as elites antidemocráticas brasileiras buscaram chegar ao poder rompendo a Constituição, de forma aberta ou velada, derrubando governantes populares, eleitos democraticamente pelo povo.
Getúlio enfrentou o golpe e venceu com o sacrifício da própria vida em 24 de agosto de 1954.
Brizola também venceu o golpe contra a posse constitucional do vice-presidente João Goulart, em 7 de setembro de 1961, usando como principal arma de comunicação a Rede da Legalidade, formada por emissoras de rádio em várias regiões do país.
Jango decidiu não reagir ao golpe, em 1° de abril de1964, certamente evitando o risco de uma guerra civil e a muito provável invasão do Brasil pela Marinha dos Estados Unidos na conhecida Operação Brother Sam.
Com o domínio dos golpistas, o país e o nosso povo pagaram o preço de duas décadas de ditadura, com centenas de mortos e desaparecidos políticos e milhares de presos, torturados, exilados e banidos, além de arrocho salarial e extraordinária concentração de renda.
Temos plena consciência dos sacrifícios que o país e o povo terão que pagar se a cidadania democrática não reagir a altura nesta reta final do golpe.
Que se unam fortemente todas as forças democráticas do Brasil - partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais, em especial a juventude combativa, os trabalhadores conscientes, as mulheres destemidas, os intelectuais e artistas libertários, os religiosos humanistas e tantos outros.
Que se avance além da denuncia indignada e das manifestações de protesto.
Que se incentive a desobediência civil contra os usurpadores e os que lhes dão cobertura falsamente legal.
Que se adotem variadas formas de luta e ações corajosas e criativas que desmascarem e deslegitimem na prática a farsa do impeachment no Senado.
Fórum 21: Ideias para o Avanço Social
Revisitemos a História. Com a palavra, Getúlio Vargas:
Carta Testamento
Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.
Não me acusam, me insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário-mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.
Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício nos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia, não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.
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