terça-feira, 12 de julho de 2016
Ameaças de bombas assustam cidade de Manaus, sede do futebol feminino nas Olimpíadas
Cinco suspeitas de bombas em Manaus estão gerando insegurança na população na capital amazonense, no Norte do país. Todos os casos mobilizaram o Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), a Polícia Civil e o Grupamento Marte, unidade da Polícia Militar especializada em ocorrências envolvendo explosivos.
A ocorrência mais recente aconteceu na segunda-feira (11). Uma mochila com roupas foi deixada em uma região próxima ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS).
Na semana passada, uma outra bolsa foi encontrada próximo a um supermercado no Bairro de Flores e também gerou medo na população, mas após verificação do Esquadrão anti-bombas, foi verificado que a bolsa continha apenas objetos pessoais de um morador de rua.
A cidade de Manaus vai receber dois jogos do torneio feminino dentro dos Jogos Olímpicos. A seleção brasileira joga contra a África do Sul no dia 9 de agosto, às 21h, na Arena da Amazônia. No mesmo dia, Estados Unidos e Colômbia se enfrentam às 18h.
Através de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas informou que nenhuma das ocorrências foram considerada como bomba. O Secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes informou que em todos os casos, o grupamento Marte seguiu com rigor os protocolos internacionais de atendimento para esse tipo de chamada, isolando a área e realizando a destruição do material.
"Nós sabemos do incômodo que ocorrências como esta causam, principalmente, na questão do trânsito, mas o Marte tem seguido de forma exemplar todos os protocolos", disse Fontes.
Ainda de acordo com a Secretaria de Segurança, das cinco suspeitas de bomba, em apenas uma foi encontrada pequena quantidade de pólvora negra, sem representar risco de explosão. Uma caixa com os supostos explosivos estava em frente a igreja Paróquia de São Pedro, no bairro Petrópolis. O Secretário Sérgio Fonte disse ainda que todas as denúncias feitas avisando sobre os possíveis artefatos estão sendo investigadas.
"Todos os casos estão sendo investigados separadamente, e os que forem comprovados que se tratou de um trote, o autor irá responder por esse crime, que consideramos grave, pelo transtorno que causa à cidade."
De acordo com a Secretaria de Segurança do Amazonas, mais de 40 órgãos das esferas federal, estadual e municipal fazem parte da operação integrada de segurança para os Jogos Olímpicos em Manaus. Entre eles instituições do Sistema de Segurança Pública (Polícia Civil, Polícia Militar, Detran, Corpo de Bombeiros, Departamento de Polícia Técnico-Científica), Forças Armadas, e órgãos das áreas de Inteligência, Mobilidade, Fiscalização, Defesa do Consumidor e Saúde.
Sputniknews
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Requião: PRS 84, mais uma facada do golpe nas costas da soberania do Brasil
Uma conspiração que planejou a mudança de regime no Brasil a partir do fim das eleições de 2014. Ela desenvolveu várias frentes de batalha para corroer a governabilidade e popularidade do governo Dilma, para, na sequência, tentar destruir permanentemente a capacidade do Estado brasileiro em prover serviços públicos, especialmente saúde e educação, e proteger os interesses nacionais.
Por Roberto Requião, em seu blog
Até agora o golpe está seguindo precisamente o roteiro planejado pelos conspiradores, o que demonstra alta capacidade de inteligência e de mobilização de recursos por parte dos conspiradores.
Uma frente de batalha decisiva foi a chamada “Agenda Brasil”, anunciada há aproximadamente 12 meses pelo Presidente do Senado, Renan Calheiros. Essa “Agenda” é a radicalização absoluta do neoliberalismo. Algo muito diferente das posições moderadas que o Presidente Renan costumava defender no passado. Mudou o Presidente Renan, ou foi mudado por alguma pressão misteriosa.
A maioria das proposições dessa “Agenda” foram efetivamente assumidas por antigos caciques do PSDB no Senado. Em especial a que me interessa denunciar no momento, a desmontagem dos instrumentos de financiamento e mobilização Estado Nacional. Hoje a desmontagem do Estado Brasileiro está organizada em uma frente de batalha formada por um novo tripé:
1) Projeto de Resolução do Senado – PRS 84, limita a dívida bruta consolidada da União uma relação de 4 vezes a Receita Corrente Líquida – RCL, permitindo um prazo de 15 anos para ajuste com redução mínima anual 15 avos. Esse projeto também busca limitar a dívida consolidada líquida a 2 vezes a RCL.
2) O Projeto de Lei do Senado – PLS 555, chamado malandramente de “Estatuto das Estatais”, já aprovado, e
3) A Proposta de Emenda Constitucional – PEC 247/2016, que mantêm os gastos e investimentos públicos paralisados por 20 anos
Esses três projetos tem o objetivo claro de impedir a existência de um Estado de Bem Estar Social que estava sendo construído no Brasil ao menos desde a Constituição de 1988. Mas eles vão muito além, esses projetos buscam destruir qualquer capacidade de mobilização de recursos do Estado Nacional para fazer política pública, defender o território e investir. Os investimentos públicos e também o apoio do Estado aos investimentos privados será praticamente nulo, caso sejam aprovados.
Neste momento, me interessa em particular o projeto PRS 84, até porque é o menos conhecido desses projetos e está próximo de ser votado no Senado.
Esse projeto visa limitar a capacidade da União emitir títulos de dívida pública. Aparentemente, para os leigos em finanças públicas, é uma boa medida. Porém, é preciso olhar os detalhes para perceber a má intenção do projeto.
Uma das malícias do projeto está em não levar em consideração as múltiplas funções da dívida pública. É conhecida a função da dívida pública em “financiar” os gastos e investimentos públicos. Porém, parte significativa da dívida pública é emitida com outras funções:
1) Contrapartida da compra de moeda estrangeira para formar reservas cambiais. Em volumes pequenos, o todos os governos precisam acumular reservas cambiais para ter um mínimo de soberania econômica e assim estar preparado para crises econômicas e pressões diplomáticas internacionais. Mas em alguns casos, alguns países acumulam reservas muito maiores. As grandes potências econômicas emergentes, como o Brasil, precisam comprar grandes reservas de dólares também para manter o câmbio competitivo para sua indústria e agricultura. Se não o faz, o câmbio se valoriza e o país sofre uma avalanche de importações que destruirá sua indústria e talvez parte da sua agricultura, em um processo que os economistas chamam de “doença holandesa”. Ao comprar dólares para formar suas reservas, o governo precisa emitir títulos de dívida, aumentando sua dívida bruta consolidada ao mesmo tempo em que aumenta suas reservas cambiais. Isso é positivo para o país, por proteger sua indústria, e não tem efeitos negativos uma vez que a dívida pública líquida não aumenta por isso, especialmente, quando a política monetária é bem conduzida. Mas mesmo se ela é mal conduzida, com juros absurdamente altos, a desvalorização cambial tende a compensar os juros irresponsáveis de um Banco Central capturado pelos interesses bancários. Dessa forma, emitir dívida pública para comprar divisas estrangeiras é sempre bom para a economia do país e não aumenta da fato a médio e longo a dívida que importa, que é a dívida líquida.
2) Abastecer a demanda do público e dos bancos por segurança financeira em momentos de crises econômicas ou crises de confiança. Quando um país vive momentos de crise econômica ou crise financeira, as pessoas buscam colocar seu dinheiro nas aplicações mais seguras, que quase sempre são os títulos públicos nacionais ou estrangeiros de curto prazo. Ao fazerem isso, vendem ações, títulos de longo prazo e compram títulos de curto prazo. Se esses títulos públicos de curto prazo forem nacionais, as taxas de juros de longo prazo aumentam pela lei da oferta e da procura. Se forem títulos estrangeiros, essa demanda poderá levar ao risco de ataque cambial, desvalorização descontrolada e mais instabilidade financeira. Nesse caso, o governo é obrigado a aumentar também as taxas de juros de curto prazo para tornar menos atraente a aplicação em moeda ou títulos estrangeiros. Nesse processo, um volume muito grande de recursos especialmente aqueles que estavam em aplicações financeiras nos bancos privados serão alocadas em títulos públicos de curto prazo. Assim o governo precisará emitir grandes volumes de títulos públicos de curto prazo para estabilizar suprir a grande demanda do mercado e a dívida pública aumentará, mesmo que não tenha havido qualquer modificação nos gastos público ou tributação.
Esse processo de fuga de títulos de longo prazo ou de títulos nacionais, geralmente implica em redução das aplicações financeiras nos bancos, especialmente depósitos a prazo, além de aumento da inadimplência. Se a crise for intensa ou prolongada, haverá aumento do risco de falência bancária ou, no mínimo, esgotamento da disposição dos bancos em financiar a economia. Dessa forma, o governo será abrigado a fazer empréstimos aos bancos privados para dar suporte de liquidez e impedi-los de falir. Todos esses empréstimos terão como contrapartida títulos bancários privados. O dinheiro emprestado será aplicado pelos bancos em dívida pública que, assim, aumentará na mesma proporção. Mas a dívida dos bancos para com o Banco Central aumentará da mesma forma em razão dos títulos privados comprados pelo Banco Central, que são contrapartida ou garantia dos empréstimos. Nesses casos, a dívida pública consolidada bruta pode sofrer aumentos significativos como foi o caso do PROER feito por FHC ou como aconteceu nos EUA e na Europa na crise de 2008 com o TARP e os “afrouxamentos quantitativos”[2] posteriores. Porém a dívida pública consolidada líquida pode não aumentar com essas políticas, porque Banco Central está apenas trocando dívida pública por dívida privada. A médio e longo prazo o efeito final sobre a dívida pública dependerá se o Banco Central aceitou ou não títulos podres como garantia dos seus empréstimos. O que foi em parte o caso do PROER no governo FHC e do TARP, no final do governo Bush. Esse aumento de dívida bruta nada tem a ver com os gastos públicos, geralmente nem implica aumento de dívida líquida, se conduzido honestamente. Portanto, proibir emissão de dívida pública tornaria o país refém de crises incontroláveis em troca de nada, de uma bobagem, uma meta fiscal sem substância.
3) Apoiar bancos ou empresas públicas em políticas públicas. O governo Lula emitiu grandes quantidades de dívida pública para prover fundos ao BNDES financiar uma política de recuperação do investimento que foi muito bem sucedida e que tirou o Brasil da crise sem nenhum custo fiscal. Isso mesmo sem nenhum custo fiscal. A dívida pública consolidada líquida em relação à Receita Corrente Líquida – RCL voltou em 2011 ao mesmo patamar que estava em 2008 e em 2012 já estava significativamente menor, apesar dos juros mais altos do mundo e do baixo crescimento em razão da crise internacional. A dívida consolidada bruta subiu no período, mas foi acompanhada por um significativo aumento dos ativos da União em reservas cambiais e em dívidas do setor privado com relação ao governo. Outra política muito bem sucedida foi a aquisição de ações da Petrobras em troca dos direitos de exploração do Pré-Sal. Isso só foi possível com a emissão de dívida pública para cobrir a demanda por investimentos da Petrobras no primeiro momento. Antes que um desinformado diga que as ações da Petrobras caíram nos últimos 3 anos, devo lembrar que isso aconteceu em razão da violenta campanha midiática e judicial contra a empresa, inclusive parando obras fundamentais e financiamentos que ela precisava e não foi por causa dos investimentos no pré-sal. Essas políticas de emissão de dívida pública para apoiar o financiamento produtivo não afetaram a dívida líquida, mas aumentaram a dívida bruta, e seriam impossíveis se aprovado o PRS 84.
A malícia do PRS 84 não está apenas em desconsiderar que colocar um limite sobre a dívida pública bruta consolidada desconsidera que a dívida pública não tem como objetivo apenas “financiar” os gastos públicos. A própria meta definida pelos caciques do PSDB, de relação Dívida Bruta sobre RCL de 4, é completamente irrealista. Foi um chute, um blefe. Nenhum grande país soberano jamais se sujeitou a tal artifício para limitar a própria soberania. Apenas países irremediavelmente sujeitos a supervisão estrangeira, como a Grécia do euro, aceitariam tão limitação artificial para a política pública.
Nos últimos anos do governo FHC, esse indicador chegou a quase 6 e nem por isso ninguém achou esse número fosse alto demais. Por sorte o governo Lula reduziu o indicador, para 4,5. Mas descer abaixo disso é absolutamente impossível com políticas de contenção dos gastos públicos, em especial com o nível absurdo das taxas de juros no Brasil.
O PRS 84 também busca reduzir a relação dívida consolidada líquida e Receita Corrente Líquida para 2. É um patamar bastante ousado também, pois no governo FHC ele chegou a 4,4.
*Roberto Requião é senador. Foi governador no Paraná por três vezes, prefeito de Curitiba e deputado estadual. É graduado em direito e jornalismo com pós-graduação em urbanismo e comunicação.
Os golpistas e a entrega do pré-sal
Jaime Sautchuk, no site Vermelho:
Um projeto em tramitação no Congresso Nacional, de autoria do senador José Serra (PSDB/SP), com apoio do governo interino, prevê a possibilidade de ampliação da presença de empresas estrangeiras na exploração do petróleo do Pré-Sal. Os depósitos de óleo ali existentes, pelo que já se conhece, coloca o Brasil entre os três maiores produtores mundiais.
O senador, pré-candidato à Presidência da República nas próximas eleições, ocupa o cargo de ministro das Relações Exteriores no governo interino de Michel Temer. No comando do Itamaraty, participa de fóruns internacionais que tratam dessa questão.
Voltamos, assim, a uma situação parecida com aquela que antecedeu a criação da Petrobrás, em 1953. Dizia-se, então, que nosso subsolo não tinha petróleo, por isso não haveria por que criar uma empresa estatal com a finalidade de tratar dessa riqueza natural. Mas o tempo provou o contrário.
A empresa cresceu e desenvolveu tecnologia própria, a ponto de se tornar um exemplo ao mundo todo. Encontrou petróleo em vários tipos de terrenos mais superficiais, como no Oriente Médio, e em águas profundas, como no Mar do Norte, as grandes reservas inglesas. E agora foi além, em terra firme de novo, só que muito abaixo do próprio oceano.
Em todas essas fases, boa parte das elites e a grande mídia tupiniquim se alinharam às empresas petrolíferas estrangeiras que detêm o controle do setor em nível global. Juravam de pés juntos que buscar petróleo abaixo da camada de sal, 7km abaixo do fundo do mar, seria uma aventura de sonhadores, fadada ao fracasso.
Durante os governos de FHC, essas pressões forçaram grande redução nos investimentos em pesquisas por parte da Petrobrás. Entretanto, a partir de 2003, já no primeiro governo do antão presidente Lula, o dinheiro reapareceu, as prospecções da empresa foram retomadas e deram no que se previa, pois lá estão as enormes reservas do Pré-Sal. Um grande desafio enfrentado e vencido pela engenharia nacional.
No atual momento histórico, ocorre uma acentuada queda nos preços internacionais do petróleo, o que reduz a rentabilidade de projetos como este brasileiro, que requerem grandes investimentos, e afeta a economia de países que dependem das exportações do ouro negro, como a Venezuela.
Contudo, essa queda nos preços é apontada por especialistas nesse mercado como manobra de grandes empresas do ramo e alguns países produtores, em especial o maior deles, a Arábia Saudita. Em 2008, o preço do barril no mercado internacional ultrapassou os US$ 140. Hoje, está em torno de US$ 50.
No caso brasileiro, esta seria mais uma faceta da implacável campanha que se faz contra a Petrobrás, a ponto de parte da mídia propagar a visão de que ela esteja em situação pré-falimentar. As ações já movidas contra a empresa, inclusive com paralização de atividades, têm provocado número elevado de demissões, o que reforça essa imagem, mas as dispensas não paralisam suas atividades essenciais.
Lava Jato
É inegável que denúncias levantadas pela operação Lava Jato envolvem de fato alguns funcionários da Petrobrás. São, contudo, ações de corruptos que existem em praticamente todas as empresas e entidades públicas e mesmo privadas. O que sobressai neste caso é o impressionante destaque que se dá a uma empresa específica, a Petrobrás, justamente num momento histórico em que ela dá o gigantesco salto da descoberta do Pré-Sal.
Mais do que encontrar o precioso líquido em tamanha profundidade, a própria estatal e um grande número de indústrias nacionais comprovaram ter capacidade de prospectar e explorar essa riqueza, num processo que envolve tecnologia de ponta. Fica visível ao mais leigo olhar que, a pretexto de combater a corrupção, há uma nova articulação pra retirar de mãos brasileiras o petróleo que é do Brasil. Uma ação recorrente, com cerca de um século de existência.
A política de exploração e produção de hidrocarbonetos (petróleo, gás, nafta etc.) no Brasil, compete à União. Esta, pela legislação em vigor, segue as orientações do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O Ministério das Minas e Energia participa das decisões tomadas e as executa, tendo a Agência Nacional de Petróleo (CNP) como órgão que elabora e supervisiona os contratos de partilha.
A Lei 12.351, conhecida como Lei da Partilha, aprovada pelo Congresso e sancionada por Lula em 22 de dezembro de 2010, define que a Petrobrás será contratada diretamente, sem licitação, para exploração. E pode, também, participar de licitações de parcelas do Pré-sal passíveis de exploração por sócios estrangeiros nos blocos de perfuração.
Uma mesma empresa estrangeira não pode participar da licitação de mais de um poço por bloco. E assume compromisso de constituir empresa segundo as leis brasileiras, com sede e administração no Brasil, caso seja vencedora da licitação.
Em cada poço perfurado, segundo esta lei, a Petrobrás tem uma participação mínima de 30%, norma que está prestes a ser mudada, adotando um sistema que vem sendo classificado de “flexibilização” da presença estrangeira em cada empreendimento.
As evidentes intenções das mudanças que se pretende fazer são alvos de matérias na mídia do mundo inteiro e de críticas de governos, em especial dos parceiros no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), entidade que defende a autonomia dos estados nacionais, em contraponto à dominação das grandes potências.
A proposta de Serra, já aprovada no Senado e em tramitação na Câmara Federal, em verdade quebra o controle brasileiro do setor. Prevê alterações inclusive na parte da lei que se refere à participação dos estados e municípios na distribuição dos royalties referentes à exploração de hidrocarbonetos fluídos, em especial o petróleo.
O site sueco Wikileaks revelou que Serra prometera essas mudanças em encontro com dirigentes da Chevron, dos estados Unidos, uma das maiores petroleiras do mundo. Em discurso em plenário, o senador Roberto Requião (PMDB/PR) denunciou o fato, afirmando que seu colega havia feito igual promessa a várias outras multinacionais do petróleo, ainda durante a campanha eleitoral de 2010.
Na prática, a lei em vias de ser aprovada deflagra a privatização definitiva da Petrobrás, iniciada durante a onda de privatizações desencadeada por Fernando Collor, quando presidente da República, mas colocadas em prática desmedidamente nos governos de FHC.
Como é de amplo conhecimento, o processo de venda da empresa a grupos privados, que incluía a mudança de seu nome, chegou a ser iniciado, mas foi contido por poderosa reação popular.
Contudo, o processo não foi eliminado por completo. A estratégia usada então foi a de tentar picotar a Petrobrás, transformando seus diferentes projetos e propriedades em “unidades de negócio”. Assim, tornou possível a venda isolada de parcelas de cada empreendimento, como áreas de exploração e refinarias.
Ao mesmo tempo, foi desativado o Serviço de Engenharia (Segen), responsável pelo desenvolvimento tecnológico e acúmulo de conhecimento da empresa. Deste modo, em poucos anos cerca de 40% do seu capital foram cair em mãos estrangeiras, tendência em parte revertida na última década.
O enfraquecimento da Petrobrás no projeto Pré-Sal significa, em verdade, um vigoroso retrocesso nas políticas que visam a autossuficiência brasileira no setor. Uma volta ao passado que se contrapõe aos interesses nacionais.
CUNHA QUER ACORDO COM PRISÃO PARA LIVRAR MULHER E FILHA
Equipe de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que o parlamentar reconhece a resistência do Ministério Público Federal de aceitar uma delação feita por ele; no entanto, pensa que os procuradores concordariam com um acordo em que ele ficasse preso, mas por menos tempo -e em que sua mulher, Claudia Cruz, e uma de suas filhas fossem poupadas, diz a colunista Mônica Bergamo
Brasil 247 – A equipe de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que o parlamentar reconhece a resistência do Ministério Público Federal de aceitar uma delação feita por ele.
No entanto, pensa que os procuradores concordariam com um acordo em que ele ficasse preso, mas por menos tempo -e em que sua mulher, Claudia Cruz, e uma de suas filhas fossem poupadas, diz a colunista Mônica Bergamo.
Os advogados de Claudia Cruz entregam nesta semana a defesa dela no processo em que é acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Presidente do México: país não vai pagar construção de muro na fronteira com EUA
O presidente mexicano Enrique Pena Nieto rejeitou categoricamente a possibilidade de pagar a construção de um muro na fronteira com os EUA, como sugeriu o presidenciável estadunidense Donald Trump.
"Não tem nenhuma condição para que o México pague o muro. Esta decisão compete ao governo dos Estados Unidos", afirmou Pena Nieto em uma entrevista à CNN nesta segunda (11).
Em fevereiro, Pena Nieto criticou a proposta polémica de Trump sobre a necessidade de construir na fronteira entre os dois países um muro para prevenir a migração ilegal.
O chefe de Estado mexicano também afirmou que Trump não deve generalizar, falando sobre os mexicanos como criminosos e traficantes de drogas. "Não se pode concordar com tais comentários", disse Pena Nieto.
O presidente mexicano disse que a prosperidade e a segurança dos EUA dependem diretamente do bem-estar de seus vizinhos. "Isto é o que nós construímos: coordenação, cooperação e assistência mútua na área da segurança", disse ele.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos serão realizadas em 8 de novembro. Os candidatos republicanos e democratas serão determinados nos congressos dos partidos em julho. Donald Trump e Hillary Clinton quase garantiram a vitória dentro de seus partidos. De acordo com as últimas pesquisas de opinião pública, os dois candidatos têm quase o mesmo nível de apoio entre os eleitores, mas a ex-secretária de Estado fica 1-2% à frente de Trump.
Sputniknews
Maduro: Ningún Ejército invasor ni imperialista podrá con Venezuela
El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, aseguró el sábado que las Fuerzas Armadas venezolanas son totalmente capaces de defender a Venezuela.
"Hoy estamos preparados para ganar la paz y que nadie se meta con Venezuela, ningún Ejército invasor ni imperialista toque esta tierra (...) tenemos la capacidad para defender al pueblo, la tierra y la República", dijo Maduro durante un acto con las Fuerzas Armadas de Venezuela.
El mandatario venezolano aseguró que el Ejército de su país cuenta también con la moralidad y la estrategia necesaria para defender a Venezuela frente a posibles agresiones extranjeras por parte de los enemigos de este país.
A su vez, declaró que anunciará en los próximos días sobre planes cívico-militares para estabilizar a Venezuela y darle “paz política” a este convulsionado país sudamericano, aunque no dio detalle alguno sobre estos planes.
Además, urgió a los militares a hacer todo en su poder para dar fin a la “guerra económica” que la oposición venezolana, supuestamente, libra en contra del Gobierno de Maduro para de este modo derrocarlo.
“No deben dar descanso a sus almas hasta que se logre la victoria de la paz en Venezuela y se supere la guerra de desestabilización económica impuesta por la guerra no convencional”, afirmó.
Tras la victoria de la oposición venezolana en las elecciones generales de diciembre que dio fin a los cerca de ocho años de monopolio del chavismo en la Asamblea Nacional, ha habido un aumento drástico de tensiones entre el Parlamento y el Gobierno venezolano, en gran parte por sus profundas diferencias ideológicas y por los fallos del Ejecutivo en aliviar la crisis económica en Venezuela.
En estos momentos, el país bolivariano enfrenta una inflación de más de 180 %, la más alta del mundo, la que llegaría a más de 2200 %, según pronósticos del Fondo Monetario Internacional (FMI).
hgn/ktg/nal/HispanTv
Daesh huye en masa del suroeste de Kirkuk ante avance del Ejército iraquí
Combatientes de las fuerzas progubernamentales de Irak toman posiciones en una operación para recuperar del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) la localidad de Al-Bashir, cerca de la provincia de Kikuk, 30 de abril de 2016.
Casi la mitad de los terroristas del grupo takfirí Daesh huyó con sus familias de la ciudad de Al-Hawija, sita en el suroeste de la provincia iraquí de Kirkuk.
Citando a una fuente local, la televisión local Al-Sumaria News indicó el domingo que ante los avances de las fuerzas iraquíes hacia Kirkuk (norte), los extremistas takfiríes del grupo EIIL (Daesh, en árabe) decidieron huir hacia las aldeas ubicadas en las periferias de esta localidad iraquí.
ask/ktg/nal/HispanTv
Al Assad: "Occidente apoya a grupos terroristas en Siria, favoreciendo al extremismo"
La delegación del Parlamento Europeo que ha llegado a Damasco en visita oficial se comprometió a "informar a los europeos sobre el estado real de las cosas en Siria".
Los ataques terroristas, una afluencia de refugiados sin precedentes y otros problemas con los que Europa está luchando hoy en día son el resultado de decisiones equivocadas tomadas por los líderes europeos, dijo el presidente de Siria, Bashar al Assad, a la delegación del Parlamento Europeo encabezada por Javier Couso, vicepresidente de su Comité de Asuntos Exteriores, que ha estado de visita en Damasco, informó la agencia estatal de noticias siria SANA.
"La situación en Siria y en toda la región naturalmente afecta a la mayor parte de Europa en parte debido a su ubicación y las relaciones sociales. Los problemas del terrorismo, extremismo y oleadas de refugiados que enfrenta hoy Europa son causados por la adopción de políticas que no sirven a su pueblo por algunos líderes occidentales", señaló el mandatario. Esto es especialmente cierto "cuando esos líderes dan apoyo y cobertura política a los grupos terroristas dentro de Siria", agregó el presidente.
Assad hizo hincapié en que el Parlamento Europeo debe influir en las políticas de algunos de los países europeos que habían permitido evolucionar al terrorismo. El jefe de Estado también ha señalado que las sanciones económicas impuestas contra Damasco han impactado al pueblo sirio, que se vio obligado a abandonar su tierra natal.
Couso, por su parte, ha afirmado que la delegación tiene la intención de tomar medidas que ayuden a cambiar la retórica de los países occidentales, e instar al levantamiento de las sanciones, que ha calificado de "injustas". Se comprometió a "informar a los europeos sobre el estado real de las cosas en Siria y sobre cómo las personas sufren el terrorismo", dijo el informe.
Políticas equivocadas
Siria se sumergió en el caos en el 2011, cuando las protestas públicas se intensificaron hasta un levantamiento armado. A medida que la violencia se expandía, los grupos radicales y bandas criminales tomaron el control sobre el proceso, convirtiendo a Siria en la zona de batalla más sangrienta del mundo moderno.
Las naciones extranjeras que se oponen a Damasco, como Turquía, Arabia Saudita, Jordania, EE.UU. y el Reino Unido, han estado proporcionando ayuda militar y financiera a diversos grupos de la oposición siria, diciendo que solo mediante el apoyo a las milicias que tratan de derrocar al Gobierno sirio se puede detener el conflicto. Los yihadistas de grupos terroristas como el Estado Islámico y el Frente Al Nusra, por su parte, resultaron estar entre aquellos que se benefician de este tipo de políticas.
El diputado del Parlamento europeo Javier Couso ha explicado que en el seno de la cámara existe una sensación de indignación ante la "doble moral" de algunos países respecto a Siria.
Doble rasero del Occidente
Mientras tanto, el presidente de Siria, Bashar al Assad, ha acusado a varios líderes de los países occidentales de doble rasero en una entrevista concedida a la cadena australiana SBS. Según el mandatario, estos países critican abiertamente a su Gobierno, pero a la vez mantienen trato con él en privado.
"Nos atacan políticamente y luego envían a sus altos cargos para mantener tratos con nosotros bajo cuerda", dijo Al Assad, precisando que dichos contactos tienen que ver con cuestiones de seguridad. Asimismo, reveló que el Gobierno de Australia figura entre estos países occidentales.
"La realidad" -se lamenta Al Assad-, es que estos países "no quieren molestar a EE.UU.". "De hecho, la mayoría de los altos cargos occidentales solo repite lo que EE.UU. quiere que digan", denunció.
El "colectivo laboral" del Departamento del Estado pide derrocar Al Assad
Hace unas semanas varios medios estadounidenses informaron que unos 51 funcionarios y diplomáticos del Departamento de Estado de EE.UU. habían firmado un documento que apoya la acción bélica contra el Gobierno de Al Assad, bombardeando sus tropas.
En respuesta, el portavoz del Ministerio ruso de Defensa, Ígor Konashenkov, afirmó que dichos llamamientos "no podrían sino causar preocupación en cualquier persona en su sano juicio".
"¿Quién será entonces el responsable de estos ataques? ¿La mayoría del 'colectivo laboral' del Departamento del Estado?", se preguntó Konashenkov.
Actualidad RT
Presidente filipino: "EE.UU. exportó el terrorismo a Oriente Medio"
Rodrigo Duterte asegura que "no fue Oriente Medio el que exportó el terrorismo a EE.UU" y hace comparaciones entre la situación en la región con la violencia en su territorio.
Durante su discurso en el evento dedicado al Ramadán en Dávao, en la isla filipina de Mindanao, el recién electo presidente de Filipinas, Rodrigo Duterte, ha acusado a EE.UU. de "la exportación del terrorismo" a Oriente Medio, haciendo referencia a Irak, Libia y Siria, informa la agencia filipina GMA News.
Rodrigo Duterte ha manifestado que "no fue Oriente Medio el que exportó el terrorismo a EE.UU., sino que EE.UU. lo exportó a Oriente Medio". El presidente filipino ha criticado al Reino Unido y EE.UU. por presentar a Saddam Hussein como un dictador, a pesar de que "tuvo el control firme del país", para justificar la Guerra en Irak en el 2003 y "entrar en Irak por la fuerza".
Ha subrayado que "tras casi 10 años de investigación resultó que no había una base legal para declarar una guerra contra Irak" lo que califica de una "guerra inútil". El líder de Filipinas insta a analizar la situación actual en Libia y Siria destacando que la gente "fue puesta contra la pared por promesas fracasadas".
Terroristas "llevados a la desesperación"
Mientras tanto, la situación en materia de seguridad también es complicada en la propia Filipinas, un país mayoritariamente cristiano donde desde hace varias décadas unas regiones musulmanas están luchando por su autonomía. No obstante, el presidente ha insistido en la necesidad de buscar una solución pacífica.
El polémico presidente incluso ha dicho que no llamaría "criminales" al grupo extremista filipino Abu Sayyaf, que desde el 2014 perpetra secuestros y rescates en apoyo al Estado Islámico (EI), ya que, según Duterte, fueron "llevados a la desesperación" por la falta de autogobierno.
"Aunque la religión es una cuestión muy delicada, no hagamos nada que inflame o agite disturbios sobre la religión. Todos creemos en el mismo Dios", ha destacado el mandatario.
Al mismo tiempo, a finales del pasado mes de mayo el líder filipino afirmó que su política exterior no dependerá de EE.UU. y será "una línea que no pretende agradar a nadie más que a los intereses filipinos".
Actualidad RT
domingo, 10 de julho de 2016
Estado Islâmico vende escravas sexuais, com direito a "serem agredidas"
Um anúncio foi encontrado entre os telegramas e mensagens de textos apreendidas em um escritório do Estado Islâmico em Palmira, libertada pelas tropas fiéis ao presidente Bashar al Assad.
O anúncio diz: "Vendo garota linda, de 12 anos de idade, virgem, por 12.500 dólares".
A publicação em árabe foi entreg à Associated Press por ativistas da comunidade yázidi, cujos parentes e amigos são sequestrados por extremistas do Estado Islâmico e vendidas a magnatas sauditas e catáris, inclusive pela internet.
A foto acima está sendo divulgada em todo o mundo, mostrando o rosto de Lamiya Aji, jovem yázidi de 18 anos que conseguiu fugir de seus captores do Estado Islâmico após os combates com as tropas sírias. Ela era uma escrava sexual obrigada a fazer sexo com os extremistas que gostavam de ferir sua face com pontaços de faca.
Este rosto diz tudo sobre o conflito na Síria e Iraque, financiado pelos governos dos EUA, França, Inglaterra, Israel, Turquia, Arábia Saudita e Catar.
O MELHOR JOGADOR DE FUTEBOL DO MUNDO É TAMBÉM O MAIS INTELIGENTE - VIVA PORTUGAL
Hoje a decisão da Eurocopa coloca em campos opostos França, país governado por colonialistas que levaram desgraça e destruição a vários países africanos - e que até os dias de hoje segue roubando riquezas da África. Apoiando ações terroristas contra a Líbia, Síria e Iraque.
De outro lado, Portugal, país irmão do Brasil, responsável pela colonização de diversos países, mas de forma distinta dos demais países europeus: Portugal levou cultural, educação e miscigenou por onde passou. Ao contrário dos demais povos colonialistas, o português não praticou o racismo e miscigenou de forma pacífica e construtiva pelas nações por onde passou.
Estes seriam motivos suficientes para torcer por Portugal no dia de hoje, mas temos mais motivos, como veremos nas fotografias abaixo:
Cristiano Ronaldo participa com alegria de todos os jogos europeus em apoio aos refugiados.
Durante partida entre as seleções de Portugal e Israel no ano passado, ao final, Cristiano Ronaldo se recusou a trocar de camisa com jogador israelense e teria dito: "Não troco camisa com assassinos".
Ronaldo financia 6 escolas palestinas, apoiando concretamente a luta heróica do povo palestino.
Quem lucra com os refugiados
Relatório mostra quem lucra com as guerras
Por Nika Knight, Common Dreams
Enquanto a Europa se conforma com a votação do Brexit alimentada em grande parte por um ódio xenofóbico, um novo relatório expõe como os especuladores das guerras estão influenciando políticas da União Européia para lucrar com os conflitos intermináveis no Oriente Médio bem como a onda de refugiados criada pela mesma instabilidade e violência.
O relatório Guerras nas Fronteiras: Os traficantes de armas lucrando com a tragédia dos refugiados na Europa, divulgado em conjunto pelo Instituto Transnacional (TNI) e pelo European Stop Wapenhandel na segunda-feira, destaca a busca dos comerciantes de armas pelo lucro nos conflitos intermináveis do século 21.
“Há um grupo de interesse que tem se beneficiado somente pela crise dos refugiados, e em particular do investimento da União Européia (UE) em ‘proteger’ suas fronteiras”, diz o relatório. “São as companhias militares e de segurança que fornecem o equipamento aos guardas de fronteiras, a tecnologia de vigilância para monitorar fronteiras, e a infraestrutura da tecnologia da informação (TI) para rastrear os movimentos das pessoas”.
O relatório mostra que “essas companhias estão longe de serem beneficiárias passivas da generosidade da UE e que estão encorajando ativamente uma securitização crescente das fronteiras européias, e estão dispostas a fornecer cada vez mais tecnologias draconianas para fazer isso”.
Na década passada, o relatório mostra, os agentes corporativos viram a guerra difícil no Oriente Médio como um lucro inesperado: “muitas companhias internacionais grandes de armas se referiram à instabilidade no Oriente Médio para assegurar aos investidores sobre perspectivas de futuro em seus negócios. As companhias de armas são auxiliadas pelos governos europeus, os quais promovem ativamente armas europeias na região e são muito relutantes em impor políticas de exportação de armas mais rígidas”.
De fato, “de 2005 a 2014, os estados membros da UE garantiram licenças de exportação de armas ao Oriente Médio e para o norte da África com o equivalente de mais de 82 bilhões de euros”, de acordo com o relatório.
Ele detalha como um fluxo consistente de armas de fora do Oriente Médio supre todos os agentes em conflitos múltiplos, como a guerra civil na Síria, com um fornecimento interminável de armamentos de alta tecnologia – garantindo, assim, a duração longa desses conflitos.
E, enquanto essas guerras criam mais e mais refugiados que procuram asilo na Europa, as mesmas corporações estão pressionando a UE para securitizar suas fronteiras contra eles – criando assim lucro adicional para aqueles nos negócios da militarização.
Além do mais, o TNI e o Stop Wapenhandel descobriram que “representantes de indústrias, oficiais de governo e exército e equipes de segurança, se encontram ao longo do ano em conferências, feiras e mesas redondas”.
O relatório parafraseia Nick Vaughan-Williams, professor de segurança internacional da Universidade de Warwick, dizendo: “Nesses eventos, é possível identificar uma cultura cíclica na qual a apresentação de novas tecnologias não somente responde, mas também permite e avança na formulação de novas políticas e práticas no campo da segurança de fronteiras e gerenciamento de migração”.
E essas “feiras especiais e congressos sobre segurança de fronteiras são relativamente novos”, nota o relatório. “Todos começaram dentro da ultima década”.
“Eu acredito que a influência do exército e da indústria de segurança na formação das políticas de segurança de fronteiras da UE é muito grande, especialmente na securitização e militarização dessas e no uso expansivo de tecnologia de vigilância e troca de dados”, disse Mark Akkerman da Stop Wapenhandel ao Common Dreams. “Os esforços da indústria incluem interações regulares com instituições das fronteiras da UE ( incluindo políticos e representantes de alto escalão), onde idéias são discutidas e que se tornam depois novas políticas da UE”.
“Por exemplo, a indústria tem pressionado por anos por uma atualização da [agência de fronteira da UE] Frontex para uma agência de segurança de travessias de fronteira”, disse Akkerman. “A nova Agência Européia de Guarda Costeira e Fronteiras proposta pela Comissão Européia, que tem muito mais poderes (tem seu próprio equipamento, intervenções diretas nos estados membros, decisões ligadas à pressões aos estados membros para fortalecer a segurança nas fronteiras) do que a Frontex tem agora, é exatamente isso”.
“Se o establishment da Agência Européia de Guarda Costeira e Fronteiras proceder”, nota o relatório, “significaria uma mudança fundamental para um sistema de segurança de fronteiras controlado pela UE, com a possibilidade de evitar os estados membros e forçá-los a fortalecer os controles e adquirir ou atualizar o equipamento”.
“Não é difícil prever que isso levará a um uso de rotas mais perigosas pelos refugiados, fortalecendo os negócios para os traficantes. Para as indústrias do exército e de segurança, no entanto, significa mais ordens da agência e dos estados membros”, continua o relatório.
Akkerman apontou a negligência da UE com os direitos humanos nesse processo motivado pelo lucro:
Os direitos humanos dos refugiados não têm papel importante nesse pensamento, exceto por motivos de promoção. Ambos os responsáveis pelas políticas e pela indústria às vezes tentam vender o aumento da militarização na segurança das fronteiras como um esforço humanitário, em termos de fortalecimento de pesquisa e resgate. A UE tem repetidamente tentado botar toda a culpa pelas mortes dos refugiados nos traficantes. Isso resultou no estreitamento da resposta para: “devemos retirar o modelo de negócio do tráfico” - com ainda mais meios militares para tentarem realizar isso.
Isso cria uma espiral descendente: quanto maiores os controles, maior a repressão e maiores os riscos que os refugiados são obrigados a tomar e que resultam em mais mortes. Experts e organizações de direitos humanos têm alertado sobre isso por anos, mas têm sido ignorados.
Enquanto sobe o número de mortes e um número recorde de pessoas deslocadas pelo conflito, parece que o lucro e o abuso aos direitos humanos irão prevalecer.
sábado, 9 de julho de 2016
El Estado Islámico derriba un Mi-25 en Siria, mueren los dos pilotos rusos
El ministerio detalló que los terroristas intentaban atacar al Ejército sirio al este de Palmira.
El grupo Estado Islámico ha derribado este sábado un helicóptero sirio Mi-25 cerca de la ciudad de Palmira. Los dos pilotos rusos del aparato fallecieron, informa el Ministerio de Defensa de Rusia, citado por TASS.
"La tripulación recibió la petición del jefe de la unidad siria de atacar desde el aire a los terroristas que avanzaban; el capitán de la aeronave, Rafagat Jabibulin, atacó (...); al regresar, el helicóptero fue atacado desde tierra por los terroristas y cayó en un territorio controlado por el Ejército sirio. La tripulación del helicóptero falleció", señala un comunicado oficial del ministerio. El nombre del segundo piloto es Yevgueni Dolguin.
El informe del Ministerio de la Defensa indica que las acciones efectivas de los pilotos permitieron evitar el avance de terroristas que amenazaban con ocupar importantes posiciones estratégicas.El Ejército sirio no disponía de unidades de reserva en esa zona para impedir el ataque.
Jabibulin y Dolgin son la duodécima y la decimotercera víctimas rusas del conflicto en Siria confirmadas por Moscú. Ambos pilotos han recibido póstumamente altas condecoraciones estatales.
El 19 de junio el soldado ruso Andréi Timoshénkov murió en la provincia de Homs tras impedir la irrupción de un coche bomba en una zona de entrega de ayuda humanitaria a la población.
Timoshénkov detuvo el coche bomba al abrir fuego contra él con un arma pequeña. Tras la explosión del coche bomba conducido por un terrorista suicida el militar ruso resultó herido mortalmente. Los médicos militares de la base aérea Jmeimim lucharon durante más de un día por salvar al soldado. Sin embargo, Timoshénkov falleció el 16 de junio debido a las graves heridas.
Actualidad RT
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