sexta-feira, 15 de abril de 2016

Brasil e Paraguai: Déjà vu assustador


Tarde de 22 de junho de 2012. Estúdios da TV Pública no Paraguai. Aconteceu de eu estar como primeiro assistente de direção quando se concluiu o circense "julgamento político" contra o governo de Fernando Lugo. Lembro que a maioria dos trabalhadores do canal nos sentimos derrotados, com uma mistura de cansaço e frustração. Sabíamos que era um golpe. Conhecíamos as ambições daqueles que estavam por trás.

Por Marcelo Martinessi*, especial para o Portal Vermelho

Não queríamos nem imaginar o que aconteceria com aquela televisão que procuramos construir como um espaço genuinamente cidadão, em um país onde a informação era – e segue sendo – patrimônio de 2 ou 3 famílias e seus grupos empresariais.

Recordo que alguns minutos depois de terminado o julgamento, chegava de Brasília uma informação clara e de esperança: "Dilma Rousseff afirma que no Paraguai há um golpe parlamentar". Foi a primeira chefe de Estado a fazer uma declaração tão contundente. Depois, continuaram chegando de dentro e de fora do país, centenas de testemunhos contra o golpe. Me comoveu ver que, no meio de tanta incerteza, a maioria dos companheiros e companheiras da TV não se deixaram abater. Começamos uma resistência de vários dias, uma resistência informativa. Queríamos mostrar que havia outro país além do que estavam narrando os meios de comunicação comerciais. E mesmo que o golpe tenha sido irreversível, creio que esse ato heroico de milhares de cidadãs e cidadãos, que fizeram seu o "microfone aberto", deixou uma forte marca na história midiática do país.

Hoje, quatro anos mais tarde, observo - quase incrédulo - os planos golpistas de um grupo de políticos brasileiros de reputação duvidosa. Planos tramados em plena luz do dia. E eu sinto um “déjà vu” assustador.

O golpe parlamentar no Paraguai não foi simplesmente uma mudança de autoridades governamentais. Foi uma mudança de modelo de país. Aqui, o mais terrível não teve a ver com as pessoas que se foram ou as que vieram. Este golpe significou o desaparecimento total do projeto em que os cidadãos votaram nas urnas. Foi assim que se quebrou o "contrato social" e se destroçou um processo de transição democrática que tinha levado mais de 20 anos.

As conquistas sociais alcançadas pelo povo paraguaio, incluída a saúde gratuita, ficaram “no ar”. E abriu-se passagem para o regresso dos de sempre. Voltaram com maior voracidade, com fome de vingança. Trouxeram as mãos cheias de sementes transgênicas, de projetos de privatização, de ideias brilhantes para endividar o país, de genialidades como um desenho tributário que aponta para aumentar ainda mais as brechas sociais.

Este é o Paraguai de hoje. Aqui, o rico paga 1% de imposto e o pobre 10%. Mas a mídia não analisa essa desigualdade obscena. Hoje, já faz mais de uma semana que milhares de compatriotas ocupam as praças do Congresso com reivindicações justas. Mas os meios de comunicação não estão lá. Esse é o Paraguai invisível. O desaparecimento do espírito cidadão na mídia pública (se é que ainda podemos chamá-la assim) e o mínimo alcance dos meios de comunicação alternativos mostram uma face desta invisibilidade. A outra face a mostram as grandes estruturas de informação privatizadas. Empresas com jornalistas – mercadores de notícias – (com honrosas exceções) a quem não só se paga pelo que dizem, mas também, e mais que tudo, pelo que calam.

As experiências recentes da América Latina nos ensinam o papel chave da informação na construção (ou destruição) do poder político. O mapa da propriedade da mídia no Brasil não é muito diferente daquele do Paraguai. Pergunto-me se Dilma Rousseff tinha isso em mente quando falou de um "golpe à paraguaia".

*Marcelo Martinessi é paraguaio, diretor de cinema e ex-diretor da TV Pública do Paraguai.

Brasil: Golpistas, a guerra vos espera!


Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em 49 Antes de Cristo (ac), o ditador romano Caio Júlio César atravessou o rio Rubicão, uma fronteira natural que separava a Gália Cisalpina da Itália. O Senado Romano proibira que o exército do Império transpusesse a fronteira. Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei e declarou guerra ao Senado. No instante em que atravessou o Rubicão, exclamou frase em dialeto local traduzida em latim popular como “Alea jacta est” (A sorte está lançada).

Ao cruzar o rio Rubicão com suas legiões, entrando armado na Itália, Caio Júlio César precipitou uma violenta guerra civil. Por essa razão, a expressão “atravessar o Rubicão” tornou-se sinônimo de tomada de decisão cujos resultados podem ser imprevisíveis, ou melhor, cujos resultados são previsivelmente perigosos, desconhecendo-se, porém, até que ponto.

Ao longo de meses a fio, foram feitos incontáveis alertas ao grupo político que está conduzindo a derrubada do governo Dilma Rousseff com o objetivo óbvio e primordial de fazer cessar a Operação Lava Jato, que, apesar de vitimar o PT, está levando consigo gente de praticamente todos os partidos da base aliada.

Apesar de partidos de oposição como PSDB e DEM estarem sendo preservados pela Lava Jato e pelo Ministério Público, a investida da Lava Jato contra partidos aliados do governo Dilma Rousseff atingiu o que parece ser o único objetivo da Operação: derrubar a presidente da República.

A Lava Jato e os setores do MP que trabalham pela ruptura institucional decorrente da derrubada da presidente ao oferecerem factoides aos golpistas, com seus vazamentos seletivos, sabem perfeitamente que o governo que resultará do impeachment terá como primeira medida desmontar a Operação. Afinal, o presidente de facto e seu vice seriam, ambos, investigados pela Operação.

O mundo inteiro já sabe que o Legislativo brasileiro está para tirar do poder uma presidente contra quem não pesa uma única acusação de crime para colocar um presidente e um vice acusados e investigados por corrupção, inclusive com provas materiais.

A incerteza jurídica que se abaterá sobre um país que tira uma governante honesta e coloca dois picaretas investigados e processados em seu lugar terá repercussões imensas na vida econômica do país. Vá lá que os golpistas e seus apoiadores estejam pouco se lixando para a democracia, mas quem apoia o golpe ingenuamente irá descobrir que país sem democracia não é atraente para os negócios.

Se o golpe vingar, portanto, sobrevirá uma era de incertezas e de choques violentos na sociedade.

Claro que o Brasil não deixará de existir após uma eventual derrubada do governo. E que ninguém vai querer ver o país afundar só para se vingar dos golpistas. Não haveria sentido. Eu e você podemos não querer o golpe, mas tampouco haveremos de querer que o país afunde porque vivemos nele e o que nele ocorrer nos afetará a todos.

Porém, o que iria convulsionar o país e afundá-lo econômica e institucionalmente seria a forma como os golpistas iriam governá-lo se o golpe passasse. O desmonte de políticas públicas que tanto melhoraram a distribuição de renda e o nível de pobreza é um dos objetivos dos golpistas. E esse desmonte irá ocorrer.

De início, o desmonte do Estado de Bem Estar social edificado ao longo da era petista será levado a cabo timidamente. Com o passar do tempo, o ritmo será acelerado.

Privatizações serão retomadas, pré-sal e Petrobrás à frente. Políticas públicas como cotas étnicas nas universidades, por exemplo, serão extintas rapidamente. Outras como Fies, Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida irão sendo desidratadas mais lentamente, mas a ideia central do golpe, além de suspender a ameaça à corrupção, é fazer o país parar de gastar dinheiro com pobre.

Tudo isso irá gerar um conflito social imenso, de proporções e intensidade imprevisíveis. Após mais de uma década melhorando de vida ano a ano,a maioria pobre dos brasileiros descobrirá que cometeu um erro imenso ao condescender com o golpe.

Não existe hipótese de o país não voltar a melhorar ano a ano como ocorreu durante 11 dos 13 anos de governos petistas e o país se conformar.

Assim como este Blog avisou, durante anos, que um golpe sobreviria para interromper ascensão social dos brasileiros e assim como avisou que as “jornadas de junho” teriam consequências desastrosas, agora está avisando que uma rebelião resultará do golpe e não ocorrerá por vingança dos que estão sendo apeados ilegalmente do poder, mas porque o povo não vai aceitar retrocessos.

Os programas sociais nunca mais serão os mesmos, se houver golpe. A direita dirá ao povo que não há mais melhora acentuada do social porque os programas petistas eram “inviáveis” e levaram o país à bancarrota, mas, aos poucos, o povo irá despertar da embriaguez em que foi atirado e se dará conta de que dos 13 anos de PT, durante 11 o país melhorou.

Nem precisa dizer mais nada.

A interrupção do governo Dilma, de certa forma, favoreceria Lula. A convulsão social que se instalaria no país um minuto após o golpe faria o Brasil chegar a 2018 em situação igual ou pior que a de hoje. E as pessoas começarão a lembrar que só melhoraram de vida enquanto Lula esteve no poder.

Claro que tentarão prender o ex-presidente para evitar que se candidate, mas se o fizerem vão desencadear uma guerra civil neste país. Estamos falando de um ato ditatorial. É impensável que prendam o maior líder político brasileiro (vide a última pesquisa Datafolha) e todos se conformem.

Eis por que a comparação com a transposição do rio Rubicão é perfeita. Se a Câmara dos Deputados entoar seu “Alea jacta est” e cruzar essa linha invisível, estará colocando o país em uma aventura cujas consequências nefastas só não são totalmente previsíveis porque serão muitas.

A oposição tem todas as chances de chegar a 2018 e vencer legitimamente a eleição presidencial. Seria o melhor caminho para o Brasil.

Dificilmente haverá plena recuperação da economia nos próximos dois anos e meio, então a eleição de 2018 será bastante renhida, com certa dose de favoritismo para os opositores de Dilma Rousseff e do PT. Que a direita opte pela democracia e aposte no próprio taco. Se não o fizer, não haverá volta no caminho que terá começado a trilhar. Ninguém sabe quem ganhará e quem perderá em um país em guerra civil.

Brasil: 186 deputados assinam Frente Parlamentar Contra o Golpe


Articulados por Lula, 186 deputados assinam frente parlamentar contra o golpe. Número de adesões recebidas já é mais que o mínimo necessário para barrar o afastamento de Dilma Rousseff. Dezenas de senadores também já assinaram o documento

A Frente Parlamentar em Defesa da Democracia, com a assinatura de 186 deputados e de 32 senadores foi protocolada nesta quinta-feira (14) e anunciada pela presidenta nacional do PCdoB, deputada federal Luciana Santos (PE), em coletiva à imprensa no Salão Verde da Câmara.

Aos jornalistas que insistiam em saber se o número era o de votos contrários ao impeachment, Luciana Santos respondeu que esse número pode ser maior, porque nem todos que são contra o impeachment assinaram o documento.

Na insistência sobre o número de votos, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que “se vocês querem um número, o que podemos afirmar é não há 2/3 de votos para passar o impeachment”.
Ela criticou a tentativa da oposição de “criar um ambiente psicologicamente negativo, mas ele não é real”, afirmou, dizendo ainda que “não tem efeito manada, aqui não tem boi, não tem gado, tem pessoas de consciência política”.

A criação da Frente foi um trabalho conjunto entre o ex-presidente Lula, dirigentes e lideranças políticas do PCdoB e PT com o objetivo de atuar na defesa da democracia como princípio, dado o momento de grande complexidade no cenário da política brasileira, onde as instituições e a legitimidade do voto estão sendo postos em xeque.

“Essa Frente Parlamentar tem objetivo de sinalizar, para fora e dentro da Casa, sobre o significado desse impeachment. Não é qualquer fato. É uma situação institucional grave para o país, não é só disputa política. É preciso que se leve em conta o fundamento de uma iniciativa dessa natureza. Sem crime de responsabilidade, esse processo é golpe”, finalizou Luciana Santos, sendo seguida em seu discurso por vários outros parlamentares, de diversos estados, que assinaram com ela a criação da Frente Parlamentar.

Mais cedo, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o governo continua otimista sobre a votação.

“Todos nós sabemos que as bancadas estão muito divididas. Poucos partidos já estão decididos 100%. No mais é jogada para mídia. Temos segurança do trabalho que fizemos esses dias todos. Não tem risco de termos menos de 200 a 216 votos”, afirmou nesta quinta.

O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence, disse que o governo tem os quase 172 votos necessários para barrar o impeachment.

“A oposição precisa de 342 votos ‘sim’ pelo impeachment e hoje eles não têm e não terão. E, nas ruas, o movimento pela legalidade democrática tem influenciado muito o voto de indecisos. O governo obviamente se preocupa com os indecisos. Há um trabalho de persuasão”, afirmou.

Pragmatismo Político

Brasil receberá 1 bilhão do Banco Brics


Os membros do Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS (NBD) aproveitam a sessão de primavera do Fundo Monetário Internacional para realizar um encontro em Washington e discutir os primeiros projetos que receberão financiamento da instituição.

Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também referido como Banco dos BRICS, aprovou ontem (14), seus primeiros projetos a serem realizados nos países do bloco. Os quatro projetos de energia renovável, escolhidos anteriormente pela diretoria da instituição financeira, receberam o aval do Conselho de Governadores.

O projeto russo de mini hídricas na Karélia, a região russa na fronteira com a Finlândia, apresentado ao banco no final do fevereiro passado, foi o único que não foi tramitado pelo conselho, pois, segundo o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, “o modelo inicial de financiamento está sendo transformado”.

Já o Brasil receberá US$ 300 milhões (R$ 1 bilhão) para a realização de projetos de energia renovável, como solar e eólica. Os primeiros desembolsos estão previstos para este ano, sendo o BNDES a operadora da linha de crédito.

A Índia, que preside o bloco este ano, terá direito ao empréstimo de US$ 250 milhões para o programa de energia solar no estado de Karnataka.

Sputniknews

Lavrov discute litígio territorial e paz com Japão


Antes da visita, a chancelaria russa informava que Sergei Lavrov esperava realizar um encontro com o seu homologo japonês Fumio Kishida para discutir um leque de assuntos que abrange problemas internacionais e a coordenação de ações dos países a respeito desses problemas.

O encontro já se realizou nesta sexta (15).

Além dos problemas mencionados, Lavrov e Kishida discutiram várias questões de segurança, inclusive a cibersegurança, o combate ao terrorismo e a arquitetura de segurança na região Ásia-Pacífico. Os ministros trocaram as opiniões sobre os assuntos do Médio Oriente e da península da Coreia.

A Rússia e o Japão ainda não assinaram um acordo formal de paz desde a Segunda Guerra Mundial. Mais cedo, o chefe do Gabinete japonês, Yoshihide Suga, expressava a esperança de que este assunto seja discutido no final da semana em curso.

Este encontro preparou a base para um contato a um nível maior, tal como foi acordado pelos lideres de dois países: o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

A esperança do ministro das Relações Exteriores russo era que o encontro contribuísse para o reforço dos laços econômicos entre ambos os Estados que se deterioraram depois de Tóquio ter anunciado o seu apoio às sanções econômicas contra a Rússia que foram impostas depois da intervenção de Moscou no conflito no Leste da Ucrânia.

Em resultado do encontro o ministro japonês frisou que Moscou e Tóquio iriam continuar o dialogo. "No que diz respeito às negociações de paz que estamos realizando sob a indicação dos nossos lideres, chegamos a um acordo que iríamos realizar a negociação deste assunto mais cedo possível logo depois da visita do nosso primeiro-ministro à Rússia", disse Kishida.

O obstáculo principal para a regulação das relações entre a Rússia e o Japão é a disputa pelas ilhas Curilas, que depois da Segunda Guerra Mundial foram incluídas no território da União Soviética, mas a pertinência delas está sendo disputada pelo Japão.

Sputniknews

Venezuela achaca al belicismo occidental el auge del terrorismo en Oriente Medio


Integrantes del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) en Alepo (Siria).

Venezuela denuncia ante las Naciones Unidas el doble rasero de ciertas potencias en la lucha contra el terrorismo y afirma que las intervenciones occidentales han alimentado esta lacra.

En un debate abierto del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas (CSNU) sobre la amenaza global del terrorismo celebrado el jueves, el embajador venezolano ante este órgano de 15 miembros, Rafael Ramírez, criticó la “falta de voluntad política” para hacer frente al terrorismo y el estímulo y uso de este flagelo como un arma para derrocar a gobiernos de países soberanos.

Las intervenciones extranjeras bajo la doctrina del cambio de régimen, sobre todo la invasión a Irak en 2003 y las agresiones a Libia en 2011, crearon las condiciones para el nacimiento del EIIL (Daesh, en árabe), Al-Qaeda y otras organizaciones que siembran destrucción y muerte en Oriente Medio, el Norte de África, Europa, Asia y el Sahel, advirtió.

“No hay terrorismo bueno y malo, ni se puede instigar el flagelo para derrocar y desestabilizar a gobiernos de países sobreaños sin consecuencias”, destacó, al tiempo de advertir de que la lucha contra el terrorismo no resultará exitosa si está en el marco del “doble rasero”.

De acuerdo con el diplomático venezolano, los grupos terroristas han alcanzado tal poderío militar sin precedentes que incluso son capaces de desafiar a los ejércitos de los países donde radican.

“Sus arsenales incluyen armas pesadas, misiles y artefactos químicos. ¿Quién se los dio?, ¿quién los mantiene?”, preguntó.

Además, dijo que llama la atención la facilidad con la que las bandas terroristas realizan operaciones complicadas, como el contrabando de crudo, insertarse en el sistema financiero global, usar las redes sociales para el reclutamiento de jóvenes y promover sus mensajes de odio.

En esta línea, reprochó que las gigantescas empresas occidentales que dominan la red de redes se hayan convertido en una herramienta para hacer engrosar las filas del Daesh u otros grupos en Siria o Irak.

Solo en Siria, el conflicto estallado en 2011 ha dejado más de 270.000 muertos y varios millones de desplazados internos, según cifras del Observatorio Sirio para los Derechos Humanos (OSDH), con sede en Reino Unido.

mjs/ncl/hnb/HispanTv

Rusia acusa al Occidente de seguir su propia agenda ‘oculta’ en Libia


Un rebelde libio sostiene una bandera anterior al régimen de Muamar Gadafi frente a un tanque ardiendo.

Los planes de EE.UU. para realizar otra campaña militar en Libia sin autorización de la ONU no favorecerán al país africano, según un diplomático ruso de alto rango.

“Advertimos a nuestros colegas de Occidente que las aventuras unilaterales no van a traer ningún bien, veamos si esta vez predomina el sentido común”, dijo el jueves el embajador ruso ante Organización de las Naciones Unidas (ONU), Vitali Churkin.

Indicó que Moscú y el Occidente comparten intereses comunes en Libia y están dispuestos a ayudar a la recuperación de la integridad territorial del país y en la lucha contra el terrorismo, ya que la situación en este país influye en todo el continente africano.

En alusión a los ataques de EE.UU. contra las supuestas posiciones del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) y la presencia de fuerzas especiales británicas en suelo libio, Churkin lamentó que el Occidente siga su propia agenda oculta en Libia.

Aseveró asimismo que hallar una salida política a la crisis en el país árabe requiere que la comunidad internacional coordine sus actividades con el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas (CSNU).

En 2011, el Occidente participó en una campaña militar en Libia con el fin de derrocar el régimen de Muamar Gadafi y restablecer la paz en este territorio, sin embargo, este objetivo no tuvo otro logro que el desastre total del país.

Además, la total anarquía subsiguiente ha propiciado el terreno para las actividades terroristas. De hecho, el grupo takfirí EIIL, que opera generalmente en Irak y Siria, actualmente apunta como objetivo a Libia.

El domingo, el presidente de EE.UU., Barack Obama, admitió que la invasión a Libia fue el peor error de su Gobierno al no prever las consecuencias de dicha ofensiva.

En este contexto, el canciller ruso, Serguei Lavrov, criticó la afirmación de Obama sobre haberse equivocado en el caso de Libia y apuntó que con ese error el mandatario se refería a no haber ocupado el país árabe.

alg/ncl/hnb/HispanTv

Irán exhibe sus nuevas armas para su uso en guerras químicas, nucleares y bacteriológicas


La Fuerza Terrestre del Ejército iraní ha presentado esta semana nuevas armas, entre ellas una nueva versión de un tanque y un vehículo de combate en guerra nuclear.

El Ejército de Tierra de Irán presentó este miércoles sus últimas adquisiciones, que incluyen un nuevo sistema de defensa aérea (una versión optimizada de los tanques Chieftain) y un vehículo de combate llamado Shahram, diseñado para actuar en condiciones de uso de armas de exterminio masivo, según el portal iraní Tasnim.

La exhibición continuó con la presentación pública de otros equipos militares de desarrollo nacional diseñados tanto para la guerra nuclear, química y biológica como para la convencional, y contó con la asistencia del comandante del Ejército Terrestre de la república islámica, el general de brigada Ahmad Reza Pordastán.

La presentación de las nuevas capacidades del Ejército iraní fue organizada en el marco de los preparativos para el desfile del Día del Ejército que se celebrará el 17 de abril.

De todo el arsenal mostrado destaca el nuevo vehículo de combate multipropósito diseñado para llevar a cabo misiones de reconocimiento, toma de muestras y descontaminación en condiciones de uso de armas químicas, nucleares y bacteriológicas.

De todo el arsenal mostrado destaca el nuevo vehículo de combate multipropósito diseñado para llevar a cabo misiones de reconocimiento, toma de muestras y descontaminación en condiciones de uso de armas químicas, nucleares y bacteriológicas.

También se presentaron el Bahman, un cañón aéreo autopropulsado de 57 mm, el sistema de transporte de tanques Puria y la versión optimizada de tanques británicos Chieftain, adquiridos por Irán antes de la Revolución Islámica en 1979 y que siguen estando presentes en los arsenales del país.

Actualidad RT

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Primeira visita de embaixadores europeus à Líbia desde 2014


Estão em Trípoli os embaixadores francês Antoine Sivan, o britânico Peter Millet e de Espanha está Jose Antonio Bordallo, em conversações com o Governo de Unidade Nacional. Como hienas, vieram ver o que restou do país após o covarde ataque criminoso da OTAN que destruiu o país para depor o líder Muamar Kadafi e entregar as riquezas naturais do país aos invasores estrangeiros.

Os embaixadores da Grã-Bretanha, França e Espanha chegaram hoje à capital da Líbia para apoiar o novo governo de Unidade Nacional que procura pôr fim à turbulência do país provada pelos jihadistas, revela a AFP, citada pela imprensa francesa. A viagem não passa de espionagem após denúncia do presidente Barack Obama sobre o crescimento dos terroristas do Estado Islâmico no país devastado pelos EUA/Otan na guerra de ocupação de 2011.

É a primeira visita dos emissários europeus a Trípoli desde que estados-membros da União Europeia decidiram fechar as suas embaixadas em meados de 2014 por causa da agitação política que vive o país, resultado da política terrorista dos EUA/Otan e União Europeia para derrubar Kadafi.

Estão em Trípoli os embaixadores francês Antoine Sivan, o britânico Peter Millet e de Espanha está Jose Antonio Bordallo, em conversações com o Governo de Unidade Nacional na base naval de Trípoli, o único lugar onde as hienas europeias se sentem seguras no país que ajudaram a devastar e destruir, criminosamente.

Obama alerta para crescente fluxo de terroristas do Daesh para Líbia


O presidente dos EUA Barack Obama declarou durante um discurso em Washington, que a Inteligência norte-americana têm observado um significativo aumento do fluxo de combatentes do Daesh (Estado Islâmico) em direção à Líbia.

“Nós dificultamos, juntamente com os nossos parceiros, o acesso de terroristas estrangeiros à Síria e ao Iraque, mas estamos observando um aumento de combatentes do Daesh que vão em direção à Líbia. Continuaremos usando todo o arsenal de instrumentos disponíveis para erradicar o Daesh da Líbia. Nós ajudamos o novo, recém surgido, governo da Líbia, que trabalha para garantir a segurança de seu país” – disse Obama.

Apesar disso, ele destacou que o número geral de militares que lutam pelo Daesh vem diminuindo drasticamente, sendo hoje o menor registrado nos últimos anos.

“Pretendemos eliminar outros [líderes do Daesh] ao longo das próximas semanas” – acrescentou Obama.

Ainda sobre o tema da Síria, ele destacou que, em termos gerais, o cessar-fogo já está sendo cumprido há seis semanas naquele país, e que, apesar de a situação ainda ser “tensa” em diversas regiões, os índices de violência diminuíram.

“A trégua salvou vidas, mas, como podemos ver, em torno de Aleppo e outras regiões ela ainda está tensa. Observamos constantes violações por parte do regime [do presidente sírio Bashar Assad] e constantes ataques por parte da Frente al-Nusra” – explicou Obama.

O líder destacou ainda que o cessar-fogo possibilitou o acesso de ajuda humanitária a uma série de regiões atingidas pelo conflito.

Sputniknews

Refundação Comunista organiza ato em Roma contra golpe no Brasil


O partida da esquerda italiana Refundação Comunista divulgou em sua página na internet, que realizará no dia 16 de abril um protesto em frente à Embaixada Brasileira em Roma contra o golpe em curso no Brasil. A iniciativa foi organizada em recente reunião aberta da Refundação, que contou com a presença da dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Olgamir Amancia Ferreira.

Por Railídia Carvalho

Na convocação para o dia 16, o texto do partido italiano ressalta as característica fascistas dos movimentos que atacam a presidenta legitimamente eleita pelo povo brasileiro.

O texto lembra ainda a posição assumida pelo Brasil como um dos protagonistas na fundação dos Brics (Brasil, China, Rússia, India e África do Sul) e que o processo do impeachment tem sido conduzido por parlamentares envolvidos em casos de corrupção.

Direita no poder pelo golpe

Ézio Locatelli, representante do secretariado da Refundação, contou que viveu pessoalmente os dias da vitória eleitoral da presidente Dilma em 2014. Segundo ele, a reação da direita brasileira veio imediatamente após a vitória.

"O que está acontecendo no Brasil é de importância estratégica, não só para o povo desse país, mas para o conjunto dos movimentos sociais e da esquerda que no mundo estão lutando contra o neoliberalismo, contra os poderes econômicos que pensam usurpar a autoridade, para impor seus próprios privilégios”, avaliou Locatelli.

Em nome da Refundação, ele expressou solidariedade "aos companheiros e aos camaradas brasileiros que estão em luta contra o revanchismo dos proprietários de terras, grandes empresas, multinacionais. O nosso esforço é mobilizar contra a tentativa de golpe que está em curso no Brasil".

Além das impressões vivenciadas por Locatelli no Brasil, a dirigente Olgamir relatou a situação vivida no Brasil. "A democracia no Brasil é muito jovem. Precisamos lutar para que não haja retrocesso no que conquistamos", afirmou.

Mandato legítimo

Para o vice-presidente do PCdoB Walter Sorrentino o apoio do partido da Refundação comunista se soma a um esforço em defesa da democracia que se fortalece a cada dia, no Brasil e em diversas partes do mundo.

"A possibilidade de interromper um mandato legitimamente oriundo de eleições livres, que serve de modelo à inúmeros países, chamou a atenção do planeta. Organismos internacionais, intelectuais, meios de comunicação, organizações sociais de todos os continentes acompanham atentamente o desenrolar dos fatos na 6ª economia do mundo". ressaltou Walter.

Tradução: Davide Bubbico
Portal Vermelho

Unasul emite nota de apoio a Dilma e mostra preocupação com Brasil


A aprovação do processo de impeachment de Dilma Rousseff, na Comissão Especial da Câmara, começa a elevar a mobilização de importantes entidades no exterior. O secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, divulgou nota em que manifesta apoio a Dilma e preocupação com a segurança jurídica no Brasil.

Em mensagem pelo Twitter, Samper afirma que a destituição da presidente só seria legítima se houvesse a comprovação de algum delito cometido por parte do Executivo. O secretário da entidade (que reúne 12 países da região) afirmou ainda que aceitar o afastamento de um mandatário por supostas irregularidades em atos de caráter administrativo levaria a uma perigosa criminalização do exercício de governo por razões meramente políticas.

Na última segunda-feira (11), a Comissão Especial da Câmara aprovou o processo de pedido de impeachment de Dilma por 38 votos a favor e 27 contra. O destino do processo ocorrerá neste domingo, 17, quando os 513 deputados da Câmara votarão sobre o tema em plenário. A presidente precisa obter 172 votos contra a moção de censura para arquivar o processo e evitar que chegue ao Senado.

Em entrevista à Sputnik, Ernesto Samper foi enfático: “Não creio que a presidente do Brasil deva encarar um julgamento político, porque para mim está claro que não há fundamentação que o legitime.”

O secretário da Unasul expressou ainda preocupação “pela difícil governabilidade, fruto dessa situação de origem política”, e manifestou esperança de que “o processo se opere dentro das normas do Estado de Direito que a Constituição estabelece sobre o devido processo de legítima defesa”.

Por iniciativa do Uruguai, que ocupa a presidência temporária da entidade, a Unasul tinha estudado emitir uma declaração de apoio à presidente brasileira em fins de março, mas a iniciativa não avançou.

Vermelho

Hipocrisia sem precedentes: EUA acordaram trégua na Síria para arruiná-la?


JONATHAN ERNST / POOL

Na terça-feira (12), tornou-se público que os EUA preparam um plano alternativo para a Síria. Se é verdade, será que os EUA agem de modo hipócrita de novo?

Em 22 de fevereiro, foi publicada uma declaração conjunta dos EUA e da Rússia sobre a Síria, referente ao cessar-fogo entre as tropas do governo sírio e os grupos armados da oposição a partir de 27 de fevereiro, sem o mesmo, no entanto, ser aplicado ao Daesh, à Frente al-Nusra e a outras organizações que a ONU considera terroristas.

Desde o começo da trégua, as duas partes repetidamente disseram que precisam aumentar a cooperação para a sua consolidação e acordaram tomar medidas adicionais para obstaculizar as tentativas de abastecer o Daesh, a Frente al-Nusra e os seus aliados com armamentos do estrangeiro.Ao mesmo tempo, a questão do destino do presidente sírio, Bashar Assad, nas negociações entre a Rússia e os EUA lembra um balanço. No início de abril, o representante oficial do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, disse que os EUA estavam de acordo com a Rússia que o destino de Assad deveria ser decidido pelo povo sírio. Em seguida, a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, afirmou que havia uma aproximação entre as posições da Rússia e dos EUA sobre Assad. A diplomata disse que a política norte-americana na região levou vidas de muitos civis, as ações da coalizão internacional liderada pelos EUA não atingiram resultados desejáveis e, por isso, o destino de Assad foi retirado do topo da lista de prioridades, mas permaneceu na agenda norte-americana.

Parece que agora há uma nova reviravolta na posição norte-americana, ou, o que é mais correto, na sua retórica sobre o futuro do líder sírio. O presidente da Comissão de assuntos internacionais da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Aleksei Pushkov, disse que “pelo visto, a luta contra o Daesh não é a prioridade para os EUA, mas que a sua prioridade é atingir a regularização na Síria que os EUA consideram benéfica para si próprios”, acrescentando que é por isso que a Rússia e os EUA têm visões diferentes sobre o futuro do governo atual na Síria.


O jornal norte-americano The Wall Street Journal divulgou na terça-feira (12) as informações sobre o plano B para a parte norte-americana caso o cessar-fogo na Síria seja arruinado. O Wall Street Journal diz que a CIA e os seus parceiros regionais prepararam um plano de abastecer a oposição moderada síria com armamentos mais potentes caso o cessar-fogo no país seja frustrado. Segundo o jornal, o foco do plano é abastecer a oposição moderada síria com sistemas militares capazes de atacar aviões e posições de artilharia do regime sírio. Na quarta-feira (13), o porta-voz da CIA, Ryan Trapani, disse à Sputnik que a agência americana se recusa a comentar essas informações.O Ministério das Relações Exteriores russo disse que Washington não discutiu nenhum plano com Moscou e não sabe sobre a sua existência. Mas, se tal plano existe, é uma desilusão e uma preocupação.

O conselheiro principal do Instituto Russo de Estudos Estratégicos, Vladimir Kozin, disse em entrevista para a rádio Sputnik que o plano B realmente existe e que o seu objetivo é frustrar o processo de paz na Síria.

“O plano B dos EUA é pérfido […] e o seu objetivo final é frustrar o processo de paz que agora se desenvolve de modo muito lento e está relacionado com muitas dificuldades e provocar na República Árabe da Síria mais uma onda de violência”, disse Kozin.

Na sua opinião, esse plano pode ter impacto sobre os interesses russos na Síria.

“Como se trata da aviação, pode tocar diretamente nos interesses de defesa da Rússia na Síria. Além disso, é pouco provável que a parte russa receba quaisquer explicações sobre o conteúdo desse plano. Tendo em conta o vazamento na mídia norte-americana, temos todas as razões para prevenir potenciais fornecedores de armamentos e eliminar todas as rotas de abastecimento sem piedade”, afirmou o especialista.

Kozin ecoou a opinião de Pushkov dizendo que a existência do plano significa que os EUA lutam na Síria não contra os terroristas, mas contra Assad.

“O foco do plano é destinado contra Assad, porque nem os norte-americanos nem os seus aliados mais próximos na OTAN e na região alteraram a sua posição negativa em relação ao presidente sírio. Penso que, no futuro, farão tudo que depender deles para derrubá-lo e colocar no poder um líder pró-ocidental que fará tudo o que disserem Washington, Riad, Londres etc”.

Kozin afirmou que Moscou deve manter firmeza no que diz respeito ao processo de paz na Síria.

“É preciso realizar um jogo que é orientado a um objetivo com os norte-americanos: se sentirem fraqueza nos nossos esforços de regularizar o conflito sírio, no futuro, agirão de forma insolente, e isso não levará a algo bom. Por todos os lados onde agiram os norte-americanos, há sangue, problemas e conflitos não resolvidos”, concluiu Kozin.

A única conclusão que pode ser feita é que os EUA não querem, de maneira alguma, ver a Síria pós-guerra como uma aliada da Rússia. As posições da Rússia e dos países ocidentais nunca coincidirão. Se o plano B realmente existe, se calhar, podemos esperar por mais provocações excitadas pelos EUA e os seus aliados para arruinar a trégua na Síria. As consequências disso podem ter caráter terrível, e o Oriente Médio não deixará de arder em consequência de mais conflitos e atividades terroristas.

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