quinta-feira, 7 de abril de 2016

¿Rockefeller y la CIA?: Sepa quién está tras los filtradores de los polémicos 'papeles de Panamá'


La pregunta de si las recientes y polémicas filtraciones tienen un trasfondo político continúa inquietando. Pero, ¿quién ha financiado al Consorcio Internacional de Periodistas de Investigación?

El Consorcio Internacional de Periodistas de Investigación (ICIJ) difundió el pasado domingo parcialmente los llamados 'papeles de Panamá', documentos que recogen la supuesta relación de empresarios, funcionarios públicos de alto nivel y celebridades con paraísos fiscales.

Según el sitio web de la organización, entre los donantes recientes se hallan compañías como la Open Society Foundations, cuyo presidente es el magnate y especulador financiero estadounidense George Soros, y la Fundación Ford, con sede en Nueva York. En este sentido, esta última "está conectada con la CIA y se ha especializado en propaganda cultural internacional desde finales de la Segunda Guerra Mundial", señala el columnista Kurt Nimmo en el portal Infowars.

La página oficial del consorcio periodístico señala que "fundado en 1997 por el periodista estadounidense Chuck Lewis, el ICIJ se inició como un proyecto del Centro para la Integridad Pública (...) centrándose en cuestiones como la delincuencia transfronteriza, la corrupción y la rendición de cuentas del poder".

Según la información del sitio web del Centro para la Integridad Pública, entre los principales financiadores institucionales se encuentran la Fundación de los Hermanos Rockefeller y la Fundación de la Familia Rockefeller, ambas pertenecientes a la más importante, poderosa y reconocida ascendencia estadounidense. Asimismo, aparecen compañías como la Fundación Goldman-Sonnenfeldt, la Fundación Kellogg y la corporación Carnegie de Nueva York. Los datos oficiales señalan que todos ellos han contribuido al organismo con 20.000 dólares o más en 2014. Sin embargo, no existen informaciones sobre lo poderosa que puede ser la influencia de estos fondos en las diversas actividades que realizan los miembros del ICIJ.

WikiLeaks denuncia que EE.UU. financió el ataque contra Rusia

Este martes WikiLeaks publicaba a través de su cuenta de Twitter que "el ataque de los 'papeles de Panamá' contra Putin fue organizado por la [organización Organized Crime and Corruption Reporting Project] OCCRP, tiene como objetivo Rusia y los países de la antigua Unión Soviética y financiado por la USAID y Soros".

Además, en otro mensaje especificaba que aunque las "afirmaciones de que los 'papeles de Panamá' en sí mismos son una 'trama' contra Rusia no tienen sentido". Sin embargo "la organización de D.C. [Washington] y el dinero de la [Agencia de los Estados Unidos para el Desarrollo Internacional] USAID inclinaron la cobertura".

Esta filtración masiva de documentos financieros sobre empresas en paraísos fiscales se convirtió rápidamente en el tema principal de la actualidad informativa de todo el mundo. Según los materiales descubiertos, 11 millones y medio de documentos procedentes del despacho de abogados panameño Mossack Fonseca, doce jefes y exjefes de Estado, así numerosas figuras del ámbito político, cultural y deportivo de diferentes países, pueden estar vinculados a empresas en paraísos fiscales. Entre los nombres mencionados en la investigación figuran el futbolista Lionel Messi, el presidente de Ucrania, Petro Poroshenko, y el padre de David Cameron, primer ministro de Reino Unido. Aunque en los documentos no se hace mención al presidente de Rusia, medios occidentales han centrado la investigación en su persona.

Actualidad RT

"Huyen como cucarachas": Así es cómo los helicópteros rusos 'cazan' a los terroristas


El viceprimer ministro ruso ha publicado videos grabados desde cabinas de helicópteros 'Cazadores Nocturnos' que bombardean columnas de terroristas, que huyen en desbandada.

El viceprimer ministro de Rusia, Dmitri Rogozin, ha publicado en sus cuentas de Facebook y de Twitter una serie de impactantes videos en los que se aprecia cómo helicópteros militares rusos Mi-28 Cazadores Nocturnos atacan las posiciones de los terroristas en Siria.

Mirar: https://www.youtube.com/watch?v=zHP-DPrg4hs

En uno de los videos, hecho desde la cabina del helicóptero, se puede apreciar cómo los pilotos militares rusos destruyen una columna de vehículos de los terroristas que salen corriendo intentando salvar sus vidas. "Huyen como cucarachas", comentó el video Rogozin.

En los demás videos aparecen otros exitosos ataques contra los objetivos terroristas, incluidos vehículos e instalaciones.

En uno de los videos se puede escuchar a los pilotos rusos que siguen el objetivo afirmando "¡Lo tengo! ¡Lo tengo!" y la exclamación "¡Qué bien!", tras el éxito del ataque.

Actualidad RT

terça-feira, 5 de abril de 2016

'Rússia é obrigada a reagir' às ações da OTAN


O secretário-geral da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC na sigla em inglês) Nikolai Bordyuzha, concedeu uma entrevista exclusiva à Sputnik.

Sputnik: Será que a OTSC tomará medidas para evitar a escalação da situação em Nagorno-Karabakh?
Nikolai Bordyuzha: A OTSC teve e tem participação neste problema através o seu potencial político. Mesmo aquilo que na altura o presidente Putin fez por via de se encontrar com os dois líderes e elaborar certos passos conjuntos dirigidos a atingir um compromisso foi precisamente a ação de um dos chefes de Estado da OTSC.
Outra questão é que hoje não só a OTSC, mas todos devem aceitar as medidas necessárias para que o conflito não aumente, que termine, que as ações militares, os bombardeios sejam cessadas. Ninguém precisa disso. Isso ameaça criar um conflito muito grande no Cáucaso. Por isso, os líderes, primeiramente do Azerbaijão, devem compreender isso.

S.: Muitos especialistas escreveram que se trata de tentativas de envolver a Rússia. Quem pode ter interesse nisso?
N.B.: Eu não diria quem está interessado. Em todo o caso, aquilo que certos países fazem mostra realmente que estão sendo criados pontos de tensão, e não só no Cáucaso, para que a Rússia seja envolvida neles. Nós vemos como as autoridades turcas se comportam quando as suas ações não levam à cessação do derramamento de sangue na Síria e só agravam a situação. Por isso, eu não excluo que certas ações, pelo menos as declarações que foram feitas, especialmente pela chefia da Turquia em apoio da solução militar no Karabakh, mostrem que há forças que não seriam contra o desencadeamento de um conflito muito sério e de grande escala no Cáucaso.

S.: O que pode ser dito sobre as recentes negociações entre a Armênia e o Azerbaijão, agora que a Geórgia já partilhou da sua posição?
N.B.: Sabe, há mecanismos internacionais. Eles funcionam. Eles simplesmente atualmente devem intensificar a sua atividade e tentar pôr fim a esta fase ativa do conflito. Há o chamado grupo de Minsk. Eu acho que este grupo tem um mandato para exercer uma atividade intermediária.


S.: Recentemente [o representante permanente da Rússia na OTAN, Aleksandr] Grushko disse que a Rússia responderá à instalação por parte da OTAN dos seus tanques no leste da Europa. Como a Rússia poderia reagir? Será que estão sendo dados alguns passos?
N.B.: Sabe, a Rússia é obrigada a reagir porque a deslocação de armas pesadas nos países bálticos, o aumento do número de aviões que estão sendo usados para patrulhamento, a criação de novas estruturas militares, o restabelecimento da antiga infraestrutura militar, primeiramente nos países bálticos, é nada mais do que o aumento de atividade militar na proximidade das fronteiras russas. E a Rússia, como qualquer Estado saudável e normal, deve reagir, tomar medidas preventivas que garantam a sua prontidão para quaisquer ações imprevisíveis.
Mais do que isso, sabe, que a chefia dos países bálticos achou uma nova via de retirar dinheiro da Europa. Eles falam a todos que o exército russo começará em breve uma intervenção no território deles. É por isso, eu diria, que eles estão pedindo esmola, mas extorquem dinheiro dos seus irmãos mais velhos, provocando por este via o agravamento da situação na fronteira.

S.: O premiê e o presidente sérvios declaram que a Sérvia continuará mantendo neutralidade. Como a OTSC vê isso e será que no futuro a cooperação continuará, apesar disso?
N.B.: É o direito soberano da Sérvia – determinar o seu estatuto. Hoje a Sérvia é um país neutro, que, em geral, não planeja entrar em blocos militares. Mas na Sérvia, como em qualquer país, é preciso garantir a segurança, é preciso contradizer os desafios que ele enfrenta. E você sabe que recentemente grandes massas de refugiados tinham inundado a Sérvia. É bom que a chefia da Sérvia tenha tratado da situação de forma eficaz. Mas, mesmo assim, o problema das drogas, como se diz, continua. As questões de terrorismo, de recrutamento de pessoas para participação em ações militares no território da Síria e do Iraque, tudo isso são os problemas, que não só a Rússia e os países-membros da OTSC enfrentam, mas também a Sérvia. São estas as direções nos quais nós podemos ter a cooperação frutuosa.
Mesmo a troca de informações sobre a avaliação da situação político-militar, a troca de experiências de realização de operações antiterroristas, a atividade militar, também são precisas. Por isso, há pontos de contato para a nossa interação. E, claro, nós vamos desenvolver a cooperação nestes pontos.

S.: Como a Sérvia pode manter a neutralidade no pano de fundo de aumento da presença da OTAN no leste da Europa?
N.B.: Não é uma questão para mim, mas eu acho que não há necessidade de entrar num bloco político-militar. Mais do que isso, quando vemos como certos países vizinhos são arrastados. Eu falo sobre o Montenegro. Mas cooperar com outros países, inclusive com a Rússia, é completamente viável e para isso não é de maneira nenhuma preciso mudar o seu estatuto. O mais importante é que exista a vontade política e o desejo de cooperar na garantia de segurança do povo e do país.

Sputniknews

ONU: Ucrânia Oriental tem mais de 1,5 milhão de pessoas famintas


Cerca de 1,5 milhão de habitantes do Leste da Ucrânia estão passando fome, enquanto 300 mil desses sofrem desnutrição grave e requerem ajuda urgente, segundo informou o escritório ucraniano do Programa Mundial de Alimentação (PMA) da ONU.

"O conflito de dois anos na Ucrânia provocou a fome de 1,5 milhões de pessoas, incluindo quase 300 mil em estado de insegurança alimentar severa, que necessitam de ajuda humanitária", diz o comunicado do órgão.

De acordo com o texto, o PMA pretende enviar uma ajuda mensal a mais ou menos 270 mil pessoas, entre as mais vulneráveis, durante o primeiro semestre de 2016.

Nas palavras do chefe do escritório, Giancarlo Stopponi, "os dois anos de violência, bombardeios e medo deixaram uma marca indelével na vida de milhares de pessoas na região".

Segundo dados das Nações Unidas, os conflitos entre as forças separatistas de Donbass e o exército ucraniano provocaram quase 9.200 mortes e deixaram mais de 21 mil feridos.

Sputniknews

Revanchismo conservador na América Latina


Se falava de restauração conservadora para designar o projeto de contraofensiva da direita na América Latina. Uma expressão um tanto fria, intelectualizada, para mencionar os objetivos dessa forca política atualmente no continente. Porque não se trata de um processo cirúrgico, técnico, de substituição de um modelo por outro. Dentro dessa mudança estão transformações profundas nas relações de classe, acompanhadas de ódios e rancores.

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual

Os governos progressistas da América Latina cometeram o pecado que lesa interesses das elites dominantes. No Brasil, o editor-chefe de O Globo, Ali Kamel, chegou a escrever um livro para acusar aos que introduziram a política de cotas para negros nas universidades públicas, de ter “introduzido” (sic) o racismo no Brasil. Os negros estavam quietos, segundo ele, talvez resignados sobre sua condição, em um país conhecido por sua "democracia racial", por uma miscigenação consentida, quando a política de cotas despertou neles sentimentos ruins. O livro se chamava Não somos racistas.

Sentimentos similares permaneceram presentes em setores das elites tradicionais, quando se deram conta que seus privilégios deixavam essa condição para se tornar direitos de todos. Setores da classe média não querem direitos, preferem privilégios, que incluam somente a eles.

Os governos progressistas promoveram os direitos da grande massa da população que havia estado sempre marginalizada, discriminada, excluída. É uma experiência inesquecível para eles e traumática para os que queriam que ficassem sempre na situação de excluídos. Foram se acumulando rancores, conforme essa massa foi elegendo e reelegendo os governos que atendem às suas reivindicações.

Agora, quando a direita vê possibilidades de retorno ao governo – via eleições, como na Argentina ou de algum tipo de golpe branco, como no Brasil e na Venezuela –, seus desígnios vão se tornando claros. Não se trata somente de adequações econômicas, mas de viradas fundamentais para economias de mercado, abertas ao livre comércio, de retorno aos Estados mínimos e a duros cortes de empregos e dos direitos sociais da grande maioria.

Trata-se, na verdade, de uma revanche social, porque as correlações de força entre as classes mudaram muito, a favor das camadas populares. As elites e a direita não perdoam ter perdido espaço para os direitos da massa da população. Macri ataca diretamente as políticas sociais do governo da Cristina, sob o pretexto de equilibrar as finanças públicas e combater a inflação.

No Brasil, o programa esboçado pelos políticos mais corruptos do país – Michel Temer, Eduardo Cunha, vice-presidente da República e presidente da Câmara, representaria um duríssimo ajuste fiscal, com cortes substanciais das políticas sociais introduzidas por Lula e continuadas por Dilma. Além do ataque entreguista à Petrobras e ao pré-sal.

Falar simplesmente de restauração parece algo plácido em relação à violência do conteúdo social das medidas que buscam pôr em pratica, assim como da repressão que necessariamente as acompanha.

A luta pela defesa da democracia e dos governos progressistas não é somente uma luta política e eleitoral, é uma imensa batalha social, de defesa da grande maioria da população, cujos direitos estão em jogo sob a feroz revanche de classes que a direita leva a cabo ou pretende fazê-lo onde luta para recuperar o poder.

*Emir Sader é sociólogo e cientista político brasileiro.

EIIL lanza ataque químico contra base aérea del Ejército sirio en Deir al-Zur


Foto fechada a 1 de septiembre de 2015 muestra una columna de humo en las afueras de la ciudad noroccidental de Alepo. Fuentes en la Organización para la Prohibición de Armas Químicas (OPAQ) anunciaron el 5 de noviembre de 2015 el uso de gas mostaza en los conflictos en Siria durante el mismo año.

El grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) lanzó el lunes un ataque químico contra una base aérea del Ejército de Siria en la ciudad de Deir al-Zur, la mayor ciudad del este sirio, sostiene un reporte.

“Los elementos de Daesh atacaron un aeropuerto militar en Deir al-Zur con proyectiles químicos venenosos. Los defensores de la base aérea informan que varios soldados sufren de asfixia”, dijo una fuente militar siria bajo condición de anonimato a la agencia rusa Ria Novosti.

Según la fuente, los proyectiles estaban cargados con una sustancia química tóxica, lo cual puede servir como prueba para confirmar la implicancia del EIIL en los ataques químicos ocurridos anteriormente en el territorio sirio.

Este ataque químico tuvo lugar horas después de que fuerzas sirias repelieran los intentos de terroristas para atacar la citada base y abatieran a numerosos elementos de esa banda en el marco de una operación especial.

Como detalla la agencia siria de noticias SANA, las unidades del Ejército de Siria destruyeron el lunes dos vehículos del EIIL, cargados con materiales explosivos, que se movilizaban hacia la parte oriental de la referida base.

Últimamente, y gracias a la liberación de la histórica ciudad de Palmira el 27 de marzo, se han intensificado las operaciones de las fuerzas sirias para arrebatar a Daesh las ciudades de Deir al-Zur y Al-Raqa (sede principal de la banda terrorista en Siria) ocupadas desde hace tres años por el EIIL.

Anteriormente también se reportaron el uso de sustancias químicas por los terroristas en Siria: en marzo y agosto de 2013, entre otros casos, las localidades de Jan Al-Asal y Guta, respectivamente, sufrieron fuertes ataques químicos con cientos de víctimas civiles.

A base de varios informes, el Gobierno de Turquía ha sido uno de los actores principales en el suministro de material químico a grupos terroristas en Siria con el fin de derrocar al presidente sirio, Bashar al-Asad.

tas/ktg/mrk/HispanTv



Bombas nucleares de EEUU en Bélgica podrían caer en manos terroristas


Bombas nucleares B61 estadounidenses.

Varios expertos nucleares advierten de la falta de seguridad en las bases europeas, en especial las belgas que hospedan las armas nucleares estadounidenses desplegadas en el continente verde.

Expertos nucleares y de seguridad europeos citados el lunes por el rotativo británico Express advirtieron sobre la poca seguridad en las seis bases militares en las que hay en total cerca de 180 bombas nucleares B61 estadounidenses — más de 10 veces más mortíferas que la bomba utilizada contra Hiroshima— y alertaron sobre la posibilidad de que estos caigan en manos de terroristas.

La situación en la base aérea de Kleine Brogel en el noreste de Bélgica es aún más precaria, donde en los últimos años los manifestantes antinucleares han conseguido adentrarse en la mencionada base aérea con relativa facilidad.

En 2010, afirma Robert Downes, un experto nuclear británico, los manifestantes se adentraron en dicha base militar y las fuerzas de seguridad tardaron más de una hora para encontrar a los que habían ingresado en las instalaciones.

Esto no fue la única vez, ya que incidentes similares ocurrieron en otras ocasiones, en una de ellas varias personas consiguieron llegar junto a un cazabombardero F-16 Fighting Falcon de la Fuerza Aérea belga y hasta se tomaron fotos con la aeronave.

Tanto Downes como los otros expertos creen altamente probable que terroristas intenten entrar en la base aérea de Kleine Brogel y hagan explotar algunas de las bombas que se encuentran almacenadas ahí, lo que podría provocar la muerte de millones de personas.

Ya ha habido confirmación por parte de las fuerzas de seguridad belgas y francesas de que los integrantes del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) tienen en la mira a los objetivos nucleares en el territorio belga.

El 17 de febrero se llegó a saber que algunos elementos terroristas habían espiado por un largo periodo al jefe del programa de investigación y desarrollo nuclear de Bélgica, lo que alarmó significativamente a las fuerzas de seguridad de dicho país y dejó al descubierto la vulnerabilidad de los científicos y centrales nucleares belgas.

Actualmente, Europa está en máxima alerta tras los atentados realizados el pasado 22 de marzo por miembros de Daesh contra el aeropuerto internacional y una estación de metro en la capital belga de Bruselas, con un saldo de 31 muertos y más de 300 heridos, según un balance oficial.

hgn/ktg/mrk/HispanTv

Helicópteros ‘Alligator’ rusos participan en operación de liberación de Al-Qaryatayn


Un helicóptero ruso Ka-52, conocido como Alligator.

El Ejército de Siria publica las imágenes de la primera entrada en combate de los helicópteros rusos Ka-52, conocidos como Alligator (‘caimán’), en el cielo sirio.

El video, divulgado el 3 de abril por el Ejército de Siria, muestra el helicóptero ruso volando en las cercanías de la ciudad siria de Al-Qaryatayn, en el mismo día de la liberación de esa urbe de manos del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe).

Mirar: https://www.youtube.com/watch?v=cyVFhCC4GiM

El Ka-52 Alligator es un helicóptero de ataque ruso capaz de alcanzar vehículos blindados, tropas y blancos aéreos en el campo de batalla.

El pasado 31 de marzo, el Ejército de Siria divulgó imágenes de ataques de helicópteros Mi-24 de la Fuerza Aérea de Rusia, conocidos como ‘cocodrilos’, contra las posiciones del grupo takfirí EIIL en las regiones aledañas a la histórica ciudad de Palmira.

tas/ktg/mrk/HispanTv

Mercosur rechaza extensión del decreto ejecutivo de EEUU contra Venezuela


Venezolana de Televisión (VTV)

Los Estados Partes del MERCOSUR y sus Estados Asociados, rechazan la decisión del Gobierno de los Estados Unidos de América de prorrogar por un año la vigencia de la Orden Ejecutiva de 9 de marzo de 2015 sobre Venezuela, la cual constituye una amenaza injerencista a la soberanía y al principio de no intervención en los asuntos internos de otros Estados.

Reiteran lo expresado en el Comunicado Conjunto de los Estados Partes del MERCOSUR y Estados Asociados aprobado el 16 de julio de 2015, en Brasilia y reafirman su compromiso con la plena vigencia del Derecho Internacional y la solución pacífica de controversias. La prolongación de la vigencia de esta Orden Ejecutiva soslaya sin ninguna consideración la solicitud de derogatoria que el MERCOSUR y sus Estados Asociados plantearon de la misma.

Asimismo, apelan a que los Gobiernos se abstengan de aplicar medidas coercitivas unilaterales que contravengan el Derecho Internacional y perturben un diálogo institucional que permita al pueblo de Venezuela conciliar y superar diferencias sin intervenciones ni presiones foráneas.

Montevideo, 30 de marzo de 2016

Nueva guerra global: "No se lucha por territorios, sino por las palancas de la conciencia de masas"


Estamos inmersos en una guerra por la reprogramación de la mayor parte del mundo y su peculiaridad es que no hace falta eliminar a los enemigos físicamente, asegura un analista ruso.

Mientras los militares rusos repelen a los terroristas lejos de sus fronteras, en Siria, el principal enemigo global está reforzando paso a paso sus posiciones, cerca y dentro de Rusia, cree el analista internacional Vladímir Lepiojin.

"Una nueva guerra mundial que, según algunos, está a punto de estallar y que, según otros, no podrá enredar a Rusia, se viene llevando a cabo. Y Rusia, como objetivo principal de esta guerra está sufriendo a diario pérdidas físicas, económicas, socioculturales, de reputación y de otro tipo", escribe el politólogo en un artículo para RIA Novosti.

Lepiojin subraya que los sujetos de la nueva guerra global no son Estados, como solían serlo a mediados del siglo pasado, sino los propietarios y beneficiarios del llamado mercado global. Son ellos y no los islamistas o países concretos los que han puesto sus bases cerca de las fronteras rusas, organizado el golpe de Estado en Ucrania, los que han impuesto sanciones económicas contra Rusia, lo que están lanzando desinformaciones en su contra, eliminando a los rusohablantes del este de Ucrania y los que siembran la discordia entre los vecinos de Rusia, señala.

Las élites empresariales globales marcan la pauta de la globalización, definen los objetivos estratégicos y determinan el grado y dirección del uso de fuerza. Mientras tanto, afirma el autor, países como Turquía, Catar, Polonia y Arabia Saudita son los regimientos de vanguardia de la supersociedad occidental, llamados a realizar ataques en volúmenes y direcciones determinados.

Además, están aquellos que deben morir en el campo de batalla, física o moralmente, en aras de los intereses del cliente global. Son mercenarios de compañías militares privadas, terroristas así como periodistas y políticos empleados para fines concretos de índole militar.

Peculiaridades de la nueva guerra

El analista acentúa que la "nueva guerra mundial no es una lucha por territorios sino por las palancas de mando de la conciencia de las masas y élites".

Según él, en esta etapa se desarrolla una guerra por la reprogramación de la mayor parte del mundo y su peculiaridad es que no hace falta eliminar a los enemigos físicamente.

"La tarea consiste en desarmar al enemigo de manera voluntaria o causar una guerra civil en su territorio, algo que ya ha sucedido en Ucrania y debe suceder, según los diseños de los estrategas occidentales, en Rusia", recalca Lepiojin.

A este respecto el control por el ciberespacio es equiparable al monopolio en las armas nucleares.

"Las modernas redes sociales y las grandes empresas de tecnologías informáticas son comparables a las bombas atómicas, pero la destrucción es suave y desapercibida", acentúa.

Actualidad RT

Una mujer celosa o un nuevo Snowden: ¿Quién está detrás de 'la mayor filtración de la historia'?


Una pareja descansa en el paseo marítimo de la Ciudad de Panamá, 4 de abril de 2016 Carlos Jasso Reuters

Según los periodistas, los llamados 'papeles de Panamá' —una filtración masiva de documentos financieros sobre empresas en paraísos fiscales procedentes del despacho de abogados panameño Mossack Fonseca— primero los consiguió el periódico alemán 'Suddeutsche Zeitung', que después se los facilitó al Consorcio Internacional de Periodistas de Investigación (ICIJ, por sus siglas en inglés).

El conocido asesor financiero Kenneth Rijock afirma que la filtración de los datos no fue consecuencia de la acción de unos piratas informáticos, sino a través de una antigua empleada de Mossack Fonseca que tenía acceso a esa información y, supuestamente, mantenía una relación íntima con uno de los socios del despacho de abogados. Según indica Rijock, la pareja terminó "mal" y la empleada decidió "vengarse" haciendo públicas las listas de clientes del despacho y otros datos relacionados.

Los materiales descubiertos, que incluyen 11,5 millones de documentos procedentes de Mossack Fonseca, indican que 12 jefes y exjefes de Estado y numerosas figuras del ámbito político, cultural y deportivo de diferentes países podrían estár vinculados a empresas con sede en paraísos fiscales.

Esta filtración proporciona datos sobre las supuestas actividades financieras de 128 políticos y cargos públicos de diferentes países, entre quienes se encuentran el primer ministro de Islandia, Sigmundur David Gunnlaugsson; el rey de Arabia Saudita, Abdalá bin Abdelaziz al Saúd; el presidente de Argentina, Mauricio Macri; el actual presidente de Ucrania, Piotr Poroshenko; o el presidente de los Emiratos Árabes Unidos, Khalifa bin Zayed bin Sultan Al Nahyan. También los ex primeros ministros de Georgia, Jordania y Catar; un antiguo vicepresidente de Irak, un exemir catarí, un expresidente de Sudán y el condenado ex primer ministro ucraniano, Pavel Lazarenko.

Sin embargo, ninguna parte implicada ha confirmado la autenticidad de los documentos de manera oficial. Además de Panamá, las autoridades de Australia, España y Francia también han prometido analizar los informes filtrados e investigar los posibles delitos.

Además, varios comentaristas aseguran que muchos de los vinculos destacados en la investigación son muy vagos y no incriminan de manera directa a ninguna figura, pese a lo que pretenden los autores de las filtraciones.

Por su parte, el bufete Mossack Fonseca considera que la acción de los periodistas infringe la ley y tacha la publicación de estos materiales de "crimen" y "ataque" contra Panamá.

Actualidad RT

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Terror, terrorismo, terroristas


por João Carlos Lopes Pereira

Quando há um atentado terrorista, como os que aconteceram em Paris ou, agora, em Bruxelas, não consigo entendê-lo como julgo que entende a maioria das pessoas que falam na comunicação social, especialmente nas televisões. Segundo esses comentadores – quase todos eles – os atentados foram cometidos por grupos de fanáticos que têm como objectivo destruir a civilização ocidental – os nossos valores, a nossa cultura, o nosso modo vida – e, como fim último, sujeitar-nos às suas crenças e ao seu domínio. A isto se resumiriam as acções designadas por terroristas. E porque assim é, os terroristas agiriam em nome de uma ideia que visaria destruir o mundo ocidental, o que culminaria na ocupação das nossas casas, na pilhagem dos nossos bens, sem esquecer a imposição da burka às nossas mulheres, tudo isto depois da nossa inevitável conversão – à força, se necessário – ao Islão, após o que seríamos constrangidos a prostrar-nos, não sei quantas vezes por dia, virados para Meca. Não acredito numa coisa assim, e presumo que quem o diz – ou deixa, pelo menos, essa ideia no ar – também não acredita. Podem ser uns papagaios bem pagos, mas tontos a esse ponto não são. Seguramente.

O que está em causa – melhor: o que está por detrás disto tudo – não é, sequer, um choque de culturas, nem é uma questão religiosa. Nem se explica, também, pelo ódio ou, se preferirmos, pela sede de vingança nascida de incontáveis chacinas e humilhações que os europeus, desde sempre, praticaram, coisa que começou porque se outorgavam, em nome da fé, ou a seu pretexto, o direito divino de matar, esfolar e queimar, para além de, convenientemente, saquear os incréus. Nada disto é segredo para ninguém, qualquer compêndio de história o diz, sabendo-se, por exemplo, como portugueses e espanhóis foram por esse mundo fora, com a cruz numa das mãos e a espada na outra, impingindo os seus credos e cobrando em ouro, prata e outros proveitosos embolsos.

Mais tarde, porque aos impérios, dessas e doutras conjunturas nascidos, competia ter colónias e povos escravizados – toda a África, desde o Mediterrâneo ao Cabo da Boa Esperança, era um mosaico de colónias das potências europeias, o mesmo sucedendo no Médio Oriente, com o Iraque, a Síria, a Palestina e o Líbano a juntarem-se a Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egipto. E depois – já nos tempos que correm – porque o espírito colonial não morreu com o fim dos impérios, pela razão simples de que as matérias-primas continuam lá (especialmente uma, chamada crude ), a civilização judaico-cristã, que pariu guerras atrás de guerras dentro das suas fronteiras, concluiu que é muito melhor fazê-las fora de portas, a fim de conseguir pela força aquilo que não for possível conseguir pela persuasão, nomeadamente através de governos venais. E quando se tem um parceiro que nasceu com a violência no sangue, para quem as guerras são um modo de vida – refiro-me aos EUA, obviamente – não custa nada convencermo-nos que a civilização começa e acaba nesta coisa chamada Mundo Ocidental.


Nós, ocidentais – digamos assim, apesar de eu não pretender incluir-me no contexto – é que sabemos como devem viver todos os povos. Nós – eu salvo seja, que disso me excluo! – europeus e norte-americanos, é que definimos as regras do jogo. Nós – ou seja: eles – com as nossas/suas gravatas e etiquetas, é que somos verdadeiramente civilizados. Nós – salvo seja eu, ainda e sempre! – que acreditamos que um homem, chamado Moisés, foi convocado por uma criatura divina, chamada Deus, ao cume de um monte árido, chamado Sinai, e ali recebeu duas tábuas onde, escritos pelo dedo do próprio Deus, estavam todos os mandamentos que deveriam orientar os homens para todo o sempre, somos os primeiros a não cumprir, praticamente, nenhum desses mandamentos. Matamos, roubamos, e passamos a vida a desejar e a tentar possuir tudo o que é do próximo, incluindo a sua mulher, e sendo verdade que Deus não disse – ou não escreveu – que seria proibido a uma mulher cobiçar o homem da próxima, por estar, obviamente, subentendido, tal não deixa de suceder, como o mais lerdo dos mortais está farto de saber.

E nós – salvo seja, mais uma vez, que "nós" é apenas uma maneira de dizer – que acreditamos em Moisés, apesar de não haver quem testemunhasse esse encontro com o ser sobrenatural – nós, civilização ocidental, judaico-cristã, que dizemos acreditar ter Deus despachado que ninguém cobiçará a casa do seu próximo, nem a mulher do seu próximo, nem o seu escravo, nem a sua escrava (na altura, Deus ainda considerava que a escravatura era uma coisa excelente, o que prova que até Deus se pode enganar), nem cobiçar o seu boi, nem coisa alguma do seu próximo, nada mais temos feito, nesta velha e civilizada Europa cristã, do que exactamente o contrário do que Deus terá dito – ou escrito – a Moisés. Ou que Moisés, para consolidar o seu lugar de patriarca, terá dito que Deus lhe disse, que é como quem diz: terá escrito aquilo que disse ter sido escrito por Deus. Temos – nanja eu – passado os séculos a matar e a morrer em guerras fratricidas, apenas porque desejamos aquilo que é do próximo. Isto é: Não há maiores infractores às leis de Deus, do que precisamente aqueles que dizem acreditar que foi Deus quem, através de Moisés, as pôs a circular.

Recorde-se, por exemplo, que uma dessas guerras, a dos Cem Anos chamada – que foi composta por vários conflitos, e que durou, na verdade, cento e dezasseis anos, pois decorreu entre 1337 e 1453 – teve como causas as necessidades de os senhores feudais, que eram cristãos dos pés à cabeça, quererem mais terras do que aquelas que já tinham. Queriam, esses eleitos de Deus, as terras do próximo. E mais o que estava lá, incluindo as mulheres.

Mais tarde, entre 1618 e 1648, decorreu outro conflito, com epicentro na Alemanha, por motivos variados, mas sempre à volta do mesmo: rivalidades religiosas como pretexto, mas, principalmente, por razões territoriais e comerciais. Chamou-se a Guerra dos Trinta Anos. Lá está: queria-se a fazenda e os negócios do próximo. E todos eles – os senhores das partes envolvidas – louvavam a Deus sobre todas as coisas.

De 1803 a 1815, Napoleão Bonaparte, que se considerava o herdeiro da Revolução Francesa, decidiu que deveria levar os valores da Revolução a toda a parte, esquecendo-se ele próprio de os respeitar, pelo que resolveu fazer-se coroar imperador. Safou-se da guilhotina, mas não se safou dos ingleses. Fosse como fosse, falamos de doze anos durante os quais a cristandade mostrou o seu carácter autofágico.

No século passado, nasceram nesta mesma Europa civilizada e cristã até mais não poder ser, os dois maiores conflitos mundiais. E cada um matou mais do que o anterior. Sempre pelas mesmas razões. Independentemente do rastilho que as fez despoletar – ambas rebentaram, por curiosidade, tal como a guerra dos Trinta Anos, na Alemanha – era preciso deitar a mão à riqueza alheia. Hitler chamou ao que era do próximo, o seu – dele, Hitler – Espaço Vital. Tal como os norte-americanos chamam àquilo que querem, esteja lá onde estiver, e seja lá de quem for, os seus Interesses Vitais.

Já vimos, portanto, de que massa é feita esta Europa civilizada, imbuída de ensinamentos bíblicos, cristã até à medula, uma parceira ideal para o Tio Sam, o maior rapinante que anda por aí ao cimo da terra. Deus os fez, Deus os juntou, tal como as duas tábuas da lei.

Mas perdi-me do fio inicial. Dizia eu que o que está por detrás disto tudo – do terrorismo – não é, sequer, um choque de culturas, nem é uma questão religiosa. Nem se explica, também, pelo ódio ou, se preferirmos, pela sede de vingança nascida de muitas chacinas e humilhações que os europeus, desde sempre, praticaram. É tudo isso amalgamado e utilizado como ingredientes por quem não se amarra a um cinto de explosivos, que não viajou de avião no dia 11 de Setembro, nem foi, como costumava ir, às Twin Towers nesse mesmo dia, nem frequentava o Bataclan. E que, seguramente, sabia que não podia estar no aeroporto de Bruxelas, ou no metro, no dia em que as bombas explodiram. Quem matou, em Bruxelas, é quem vende armas ao Estado Islâmico, é quem lhe compra o petróleo, é quem trata os seus feridos nos hospitais de Israel. É quem despeja bombas sobre as mulheres e as crianças da Faixa de Gaza. É quem roubou as casas e a água aos palestinianos.

Quem matou, em Bruxelas, ou em Paris, foi quem colaborou activamente com a selvática e desumana destruição da Líbia (Allo, monsieur Sarkozy!), executada pela NATO, onde não morreram 30, nem 40, nem 140 pessoas inocentes, mas centenas de milhares de seres humanos tão inocentes como estes do metro e do aeroporto de Bruxelas.


Quem matou em Bruxelas, ou em Paris, foi o reles fantoche que aceitou ser um sinistro mandatário de Obama (Allo, monsieur Hollande!), ao armar e financiar as hordas terroristas na Síria, onde os mortos civis, causados por esta guerra inspirada e alimentada pela França e pelos EUA, já ultrapassaram os 300 mil. Quem vir a Síria de hoje, verá um país cuja devastação faz lembrar o que de pior se viu na II Grande Guerra após um qualquer raid aéreo. Aquele país moderno, arejado e desenvolvido, onde as religiões conviviam sem ódios ou querelas, onde o nível de vida fazia inveja a muitos países europeus, como Portugal, por exemplo, é hoje um monte de ruínas devido à interferência estrangeira, porque os governantes europeus e norte-americanos consideram que não pode haver exemplos de sucesso fora do sistema capitalista. Ou fora da democracia na sua única versão "aceitável": a versão em que os interesses dos senhores capitalistas (como se dizia há anos), ou dos Mercados, ou dos senhores Investidores (como se diz agora), prevalecem sobre tudo o resto.

(Note-se que a Síria cometeu o horroroso crime de manter o petróleo como riqueza nacional, posto ao serviço de todo o povo, e não de qualquer multinacional).

Quem matou em Bruxelas, como antes em Paris, foram e são aqueles que, dos seus gabinetes governamentais na Europa, ou em Washington, olham para os povos de África ou do Médio Oriente, e desenham no mapa da geoestratégia os destinos que melhor convieram aos seus interesses.

Quer isto dizer que absolvo os homens que se deixaram desumanizar pela violência e pelos vexames a que os seus povos foram sujeitos, fazendo desabar agora sobre pessoas inocentes o peso de décadas e décadas de humilhações sem limites? Não! De modo nenhum! Por razões claras e óbvias, que são as das pessoas comuns, e por mais uma: estas acções em nada afectam o poder dos líderes europeus e norte-americanos. Muito menos o poder de quem comanda esses líderes e, a nível mundial, a vida de milhões de seres humanos, através dos cordelinhos da economia. Dos Mercados. Ou seja: os senhores Investidores.

Pelo contrário. O terrorismo é o melhor aliado dos senhores Investidores. Enche de medo os cidadãos, e não há melhor petisco para os senhores Investidores, do que um cidadão amedrontado.

Se os terroristas percebessem isto, não atacavam em Paris, nem em Bruxelas. Não matariam as pessoas comuns.

- Então, onde e quem atacariam? – perguntam-me.

- Se estão à espera que eu diga que deveriam atacar quando e onde se reunisse o Clube Bilderberg, desiludam-se. Não digo!

- Porquê? – voltam a perguntar-me.

- Porque o Clube Bilderberg é a maior organização terrorista do mundo. Foi ele que congeminou a Crise, o seu remédio – a Austeridade – e, desta maneira, empobreceu 90% do Humanidade, enriquecendo, em consequência, os restantes 10%.

O Clube Bilderberg é, portanto, a maior fábrica de terrorismo – e de terroristas – do mundo.

Tentativas de estrangular os sonhos e utopias de nossa América


Por Luis Manuel Arce Isaac

Havana (Prensa Latina) A direita continental volta a tecer o laço do enforcamento com corda emprestada e tenta colocar no pescoço de uma América Latina que mostra fragilidades após uma etapa de vitórias populares impressionantes e históricas.

Reveses eleitorais que comprometem em diferentes graus os processos sociais em países como Argentina, Venezuela e Bolívia e estimulam ações inclusive de maior envergadura no Brasil e no Equador, marcam o rumo escolhido para derrubar governos progressistas desgastando-os de dentro sem a necessidade de quarteladas como antigamente.

As próprias estruturas do que se costuma chamar racionalidade democrática pós modernista impedem o regresso ao “gorilato” militar defasado e, em seu lugar, recorrem a juízes, promotores, tribunais e deputados conservadores ou corruptos para chegar a igual meta sob ares civilistas, que o presidente equatoriano Rafael Correa denomina novo Plano Condor.

O avanço dessa direita nas urnas por pequenas margens como na Argentina, ou perigosas maiorias na Venezuela e na Bolívia, não pode ser subestimado porque aponta a desequilibrar uma correlação de forças na região que, pela primeira vez em muito tempo, foi desfavorável aos Estados Unidos.

O século XXI trouxe consigo um fluxo político e ideológico muito forte na periferia sul que surpreendeu o sistema de dominação dos Estados Unidos e da velha Europa, o qual desenterrou a opção de um socialismo de novo tipo sem deixar de ser marxista frente ao neoliberalismo, proclamado por Hugo Chávez, quando ideólogos conservadores anunciavam ecoando o fim da história e das ideologias.

Nessa maré, estiveram na crista da onda Venezuela com sua revolução bolivariana, Bolívia, Equador, a Nicarágua sandinista, Argentina e Brasil com Lula, apoiados nos mecanismos de integração como a ALBA-TPC, Petrocaribe, Sela, Unasul, Celac, a Associação de Estados do Caribe e instrumentos da batalha de ideias tão valiosos como a Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade ou a Telesul.

O poder de acordo e unidade da América Latina e do Caribe ficou demonstrado com a esmagadora derrota da Área de Livre Comércio das Américas, o cavalo de Tróia derrotado por Chávez, Fidel Castro e Néstor Kirchner em Buenos Aires, com o qual Estados Unidos pretendia recuperar o terreno perdido e consolidar sua dominação econômica e comercial.


A reação ofensiva conservadora tem provocado um refluxo contrário ao progressismo, cujas negativas consequências evidenciam-se na Argentina e no Brasil, com graves divisões nos setores da esquerda e uma propaganda encabeçada por meios de imprensa neoliberais que faz estragos, cria confusões e apoia como boas traições aos povos o pagamento de 12 bilhões de dólares aos “fundos abutres”, ou um atroz processo de julgamento político de Dilma Rousseff como anúncio de que o conseguido no Paraguai contra Fernando Lugo ou em Honduras com Manuel Zelaya pode se repetir sem se importar com a potencialidade política de grandes países como o Brasil, onde a campanha atinge também Lula.

Na Venezuela, o refluxo é muito concreto e sua força pode ser medida nas ações para um golpe parlamentar contra o presidente Nicolás Maduro, liderado por uma direita podre que já se pensava enterrada, com cadáveres políticos como Henry Ramos Allup e Antonio Ledezma, que pretendem eliminar a Constituição bolivariana, esmagar a revolução chavista e implantar um governo como o do Pacto de Ponto Fixo e o “caracazo” do ex-presidente Carlos Andrés Pérez.

Na Bolívia expressa-se na cruzada contra Evo Morales, para tentar frustrar os planos de desenvolvimento – terminar de tirar o país e seu povo da pobreza secular, e fazer voar em pedaços o Estado multiétnico, enquanto aceleram a implantação de instrumentos de desintegração latino-americana como a Aliança do Pacífico.

Se nos deixarmos levar por aquilo que, em termos estratégicos, a história sempre caminha para frente, América Latina não deveria temer pelo que está acontecendo.

Todavia, a história a fazem os homens e os povos e suas ações não são sempre perfeitas pela enorme quantidade de fatores que influem nos processos sociais.

A lição mais elementar dos retrocessos nas urnas ocorridos nesses países indica que se as mudanças políticas são realizadas com a camisa de força imposta pelo capitalismo, a tarefa é bem mais dura, difícil e complexa porque é necessário ganhá-la com padrões preestabelecidos criados e conduzidos pela direita com muito domínio e mais dinheiro para preservá-los.

Isso implica que na atualidade latino-americana evitar retrocessos como os citados na Argentina e inclusive na Venezuela revolucionária, depende ainda de um forte domínio das estruturas principais do sistema capitalista como são os processos eleitorais, e de uma mais difícil ainda, educação ideológica que implique uma mudança cultural, sem a qual é quase impossível consolidar um processo social pós neoliberal.

Fazê-lo assim é batalhar para impedir que a direita consiga repor o neoliberalismo para estrangular os sonhos e utopias de nossa América.