sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Da imbecilidade ao antiterrorismo


Por Mauro Santayana - Blog Carcará

Na abertura de um recente – e bizarro - "Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil", o Ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que "não existem limites para a preocupação com o terrorismo nas Olimpíadas" e defendeu que o país "aceite a cooperação de órgãos de inteligência internacionais" para diminuir o risco nesse sentido.

No momento em que a Câmara recebe, de volta do Senado, uma "lei antiterrorista", cabe discutir com cautela essa questão, sob a ótica da política exterior brasileira e da nossa relação com outras culturas e países no atual contexto geopolítico mundial.

Tem o Brasil, alguma razão para "combater" o terrorismo, para além da condenação moral - não apenas nas ruas de Paris, mas também de Bagdá, Damasco, Trípoli - de ataques contra a vida e da prestação de homenagem e solidariedade às suas vítimas?

A Rússia, nosso sócio no BRICS, foi levada a atacar o Estado Islâmico por questões geopolíticas, e agora transformou-se em vítima, com a explosão, no ar, de um avião carregado de seus cidadãos, no Egito. A Síria é um país onde ela possui portos e bases militares, e notáveis ligações históricas, no qual tenta manter seu aliado, Bashar Al Assad no poder, defendendo-o dos terroristas do Estado Islâmico, que foram armados pelos próprios EUA e o "ocidente" para derrubar o regime sírio, e que, como um Frankenstein louco e sangrento, fugiu ao controle de seus criadores.

Os EUA e a França estão pagando pelo erro de tentar agir como potências coloniais no Oriente Médio e no Norte da África, derrubando governos estáveis, como o de Saddam Hussein e o de Muammar Khadaffi, e de se meter em assuntos alheios.

Tem o Brasil interesses geopolíticos no Oriente Médio, região onde atua no Comando das Forças Navais da ONU no Líbano?

Não, a não ser - assim como faz no Haiti - como cumpridor de um mandato das Nações Unidas.

O Brasil já se meteu, alguma vez, em assuntos alheios, invadindo ou bombardeando países no Oriente Médio ou no Norte da África?

Não, porque, pelo menos até agora, protegidos pela sábia doutrina de não intervenção consubstanciada no texto da Constituição Federal, como macacos velhos que somos - ou éramos, ao que está parecendo - não metemos a mão em cumbuca, a não ser que sejamos atacados primeiro, como o fomos na Segunda Guerra Mundial.

Quanto à segurança interna, a diferença entre terrorismo, assassinato ou tentativa de homicídio é puramente semântica.

Para quem morre, não tem a menor diferença a motivação de quem o está atingindo.

Já existe legislação penal, no Brasil, de proteção à vida.

O resto é “lero-lero”, para emular potências estrangeiras e se submeter aos gringos.

Um perigosíssimo “lero-lero”, do qual toma parte a realização, em território brasileiro, de "seminários" como esse, que nos obrigam a situarmo-nos de um determinado lado da linha. E, também, naturalmente, a crescente "cooperação" com forças policiais estrangeiras, que pode ser feita, normalmente, para segurança de eventos internacionais desse tipo, sem a conotação política, "antiterrorista", que estão tentando impingir-nos.

Uma coisa é dizer que vamos reforçar a segurança nas Olimpíadas.

Nada mais natural, considerando-se que teremos multidões reunidas em estádios - coisa que acontece rotineiramente em grandes jogos de futebol, por exemplo - e que estaremos recebendo visitantes estrangeiros.

Outra, muito diferente, é afirmar que estaremos tomando "medidas antiterroristas" e adotar um discurso, e uma atitude, que nunca adotamos antes, nesse contexto.

Mudando uma postura tradicional - compartilhada por governos de diferentes matizes ideológicos - que não nos trouxe - muito pelo contrário - nenhuma conseqüência negativa, até agora.

Quem fala muito acaba dando bom dia a cavalo.

De tanto se referir ao "antiterrorismo", e ficar cutucando com essa bobagem quem está quieto, algum grupo de terroristas, pode, sim - mesmo sem ter visto o Brasil como inimigo até este momento - vir a se sentir tentado a testar a eficácia das medidas de "segurança" às quais estamos nos referindo a todo instante, com relação às Olimpíadas.

E isso, principalmente, se nessas "medidas" dermos muito espaço para equipes de segurança estrangeiras - de países considerados alvos - para agirem em nosso território como se estivessem no deles.

Ou se adotarmos - cão que muito ladra não morde - uma atitude "antiterrorista" que seja arrogante e ostensiva contra cidadãos de alguns países, árabes, por exemplo, na chegada aos nossos aeroportos, ou em nossas ruas, como já o estamos fazendo.

No mundo, há poucos países tão subservientes em sua vontade de copiar os estrangeiros.

No Rio de Janeiro, o site da Sociedade Beneficente Muçulmana tem sido atacado por fascistas - alimentados pelo mesmo discurso "antiterrorista" do governo - que acusam "esquerdopatas" de estarem "trazendo o EI" para o Brasil, ao abrir as portas para os refugiados árabes.

E, no sul do Brasil, refugiadas sírias declararam ter sido discriminadas e agredidas, após os atentados de Paris - como se a população síria não sofresse todos os dias dezenas de atentados semelhantes por parte de terroristas que, como mostra o caso do Estado Islâmico, foram originalmente armados pelos EUA e por países europeus, para tentar derrubar o governo de Damasco - dando início à guerra civil naquele país, e à onda de refugiados que atingiu a Europa como um tsunami humano.

Guardadas as devidas proporções, o que o Ministro Ricardo Berzoini está cometendo, com as suas declarações, e o próprio governo - ao promover esse tipo de encontro - é um tiro no pé ideológico e um tremendo atentado ao bom-senso.

Se o país está preocupado com o "terrorismo", a melhor medida a tomar é não ficar anunciando isso para todo o mundo e a toda hora, e usar com inteligência estratégica a legislação vigente.

O primeiro passo para se transformar em alvo do "terrorismo" e ser vítima de um ataque terrorista é começar - sem nenhum inimigo aparente - a se declarar contra ele - a adotar uma doutrina "antiterrorista" e leis "antiterroristas", que, no final das contas, como demonstram os casos dos EUA e da França, por exemplo, não servem de absolutamente nada para evitar ataques rápidos, covardes e mortíferos, de uma meia dúzia de suicidas determinados, quando eles decidem fazê-los.

Os segredos da chanceler argentina Susana Malcorra​


Por Walter Goobar, em Miradas al Sur

​A influente revista estadunidense Foreign Policy, em sua última edição – do dia 17 de dezembro –, cita uma investigação interna das Nações Unidas para revelar a nefasta participação da atual chanceler argentina, Susana Malcorra, quando trabalhava como chefa de gabinete do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O veredito de um painel de três juízes independentes nomeados por Ban Ki-moon – ao qual Miradas al Sur teve acesso –, responsabiliza Malcorra e outros funcionários de alta patente pelo ocultamento de um caso de abuso sexual a menores realizado por membros das Forças de Paz, os chamados “Capacetes Azuis”, e também pela perseguição sofrida pelo funcionário sueco Anders Kompass, que obteve a notícia junto às autoridades francesas, visando acabar com os abusos.

No dia 29 de abril de 2015, o mundo ficou sabendo sobre os sistemáticos casos de abusos sexuais contra menores por parte das Forças de Paz em Guiné, no Chade, em Guiné Equatorial e num acampamento de refugiados na República Centro-africana (RCA). Os testemunhos teriam sido recolhidos durante quase um ano pelo EACDH (Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos) e pela Unicef (Fundo da ONU para a Infância), e foram vazados para o diário britânico The Guardian. O artigo incluiu o testemunho de Anders Kompass, um especialista em Direitos Humanos sueco com mais de 40 anos de experiência, que foi suspenso e estava sendo investigado pela ONU após ter alertado o governo francês sobre os abusos.

Até agora, Anders Kompass tem guardado silêncio sobre o seu papel neste caso, mas na semana passada, um painel independente nomeado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, estabeleceu a inocência do funcionário sueco, que só tentava acabar com os abusos contra menores, e concluiu que vários funcionários de alta patente – entre os quais foi mencionada a atual chanceler argentina, Susana Malcorra, que nesse momento trabalhava como chefa de gabinete de Ban Ki-moon – estavam mais preocupados em silenciar e perseguir o denunciante do escândalo, Anders Kompass, do que em proteger as crianças do perigo que se encontravam, ou sancionar os abusadores.

No dia 19 de maio de 2014, um garoto de 11 anos declarou que um soldado francês lhe prometeu comida em troca de sexo oral, foi estuprado e recebeu bolachas e algumas notas. A criança deu uma descrição detalhada do soldado e afirmou que poderia identificá-lo, e mesmo assim nenhuma medida foi tomada, sequer uma advertência aos soldados, não se realizou nenhum esforço para evitar os abusos, nenhum alerta foi expedido às dezenas de milhares de adultos que vivem no acampamento. O pessoal da Unicef reportou os casos de sexo oral forçado e de estupro anal de garotos entre 8 e 15 anos, e não se tomou nenhuma medida. No total, as entrevistas documentam o abuso sexual de 13 crianças por parte de 16 soldados da Força de Paz: 11 eram franceses, três do Chade, e dois de Guiné Equatorial. Em outros sete, os Capacetes Azuis atuaram como cúmplices. O informe acusa a 23 soldados no total.

Em meados de julho de 2014, a ONU ainda não havia tomado nenhuma medida contra os abusos. Nesse contexto, Anders Kompass informou as autoridades diplomáticas francesas, que solicitaram uma cópia do informe, com o fim de iniciar uma investigação. No dia 30 de julho, o funcionário sueco recebeu uma resposta do governo francês, informando que uma investigação estava em curso.

Três meses mais tarde, quando o secretário-geral apresentou seu informe anual sobre a resposta da ONU à exploração e os abusos sexuais em 2014, este não continha nenhuma menção sobre as denúncias de abuso sexual infantil na República Centro-africana.

Em vez de se preocupar pelos casos de abuso infantil, a chefa de gabinete de Ban Ki-moon queria silenciar o escândalo, e para isso preparou uma estratégia para obrigar Kompass a renunciar, junto com outros funcionários de alta patente da ONU.

A chefa de gabinete era Susana Malcorra, que organizou uma reunião na cidade de Turim entre o Alto Comissariado para os Refugiados, Zeid Ra’ad Al Hussein, a Alta Comissariada adjunta, Flavia Pansieri, o subsecretário-geral (USG), Carman Lapointe, e o diretor de Ética da ONU, Joan Dubinsky, para discutir o caso Kompass: se a negligência para combater os abusos sexuais por parte dos Capacetes Azuis se tornasse pública, a ONU enfrentaria perguntas para as quais não teria respostas razoáveis.

Após aquela reunião de Turim, o grupo integrado por Malcorra continuou tramando uma forma de silenciar Kompass. Duas semanas depois, no dia 9 de abril de 2015, Zeid solicitou formalmente uma investigação sobre Kompass, por seus “vazamentos” sobre a denúncia de abuso sexual na República Centro-africana.

As vítimas não foram mencionadas durante toda a investigação, nem nas declarações, e tampouco existem expressões de inquietude ou curiosidade sobre o bem-estar das mesmas. Ninguém falou nada sobre o apoio entregue às crianças vítimas. Essas omissões não foram observadas nem explicadas. O único foco de atenção foi a suposta notícia vazada por Anders Kompass.

Durante a semana de 13 de abril de 2015, um mês depois de se negar a renunciar, Kompass foi suspenso, mas sem perder seu salário, e escoltado para fora do seu escritório. Susana Malcorra, que ocupava um dos cargos mais poderosos no sistema da ONU, como chefa de gabinete do secretário-geral, declarou à imprensa que Kompass estava sendo investigado porque era culpado, devido à sua conduta incorreta. Sua declaração foi um caso flagrante de prejulgamento.

Kompass foi perseguido e hostilizado por altos funcionários da ONU até que um tribunal de apelação ordenou que a Organização das Nações Unidas tinha de suspender imediatamente a suspensão do funcionário humanitário sueco. O juiz Thomas Laker disse que a suspensão decretada pela ONU contra Kompass, que trabalhava como diretor de Operações em Terreno do EACDH, foi “prima facie ilegal” (ilegal à primeira vista).

Diante da dimensão que o escândalo tomou, no dia 3 de junho de 2015, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon anunciou a formação de um painel independente, composto por três juízes, para realizar uma revisão externa para examinar os acontecimentos após o abuso sexual dos meninos na República Centro-africana.

O que ocorreu na República Centro-africana foi uma atrocidade, mas o fato de a ONU ficar em silêncio durante quase um ano depois do seu próprio descobrimento foi uma atrocidade muito maior, que significava o encobrimento do caso e a impunidade para os criminosos.

Quando se lê o lapidário veredito dos juízes, publicado na semana passada, chama a atenção o triste papel que Susana Malcorra teve nas tentativas de silenciar o escândalo da ONU, e é possível compreender perfeitamente que o oferecimento de um cargo por Mauricio Macri chegou a ela na hora exata. Caso contrário, é provável que, a esta altura, ela tivesse que apresentar sua renúncia do organismo, mas não precisamente para encabeçar a diplomacia argentina.

Tradução: Victor Farinelli​

Militantes sírios não se entendem e combatem entre si


As recentes vitórias do Exército sírio em todo o país, especialmente na província de Aleppo, parecem ter aumentado a discórdia entre os vários grupos militantes no país, que se envolveram em confrontos graves uns com os outros.


Pesadas batalhas eclodiram entre dois grupos rebeldes — o Jaysh al-Islam e o Jaysh Tahrir al-Sham, na província de Damasco, enquanto os jihadistas continuam a perder terreno na Síria, de acordo com relatórios da agência de notícias iraniana FARS.

Esta não é a primeira informação sobre lutas internas entre os grupos rebeldes no país.

No início de dezembro, se falou de combates entre o Daesh (também conhecido como Estado Islâmico) e outros grupos terroristas na parte norte da província de Aleppo.

Em 7 de dezembro, um grupo de terroristas foi morto em um tiroteio entre o Daesh e outros grupos militantes na aldeia de Kafra, na província de Aleppo.

Em lutas internas subsequentes, os grupos terroristas Mo'arez e Thowar teriam supostamente atacado as posições do Daesh na zona norte da província de Aleppo e capturado duas aldeias, de acordo com fontes de militantes citadas pela agência.

As fontes também disseram que os terroristas do Mo'arez repeliram os militantes do Daesh e assumiram o controle das aldeias de al-Kharbah e al-Qazal, perto da fronteira com a Turquia, depois de horas de confrontos.

Grupos terroristas rivais anunciaram anteriormente ter morto dezenas de militantes do Daesh em um ataque com um carro-bomba na aldeia Thowran, controlada pelo Daesh.

Na segunda-feira (28), o Daesh foi alegadamente envolvido em violentos confrontos com militantes rivais na vila de Dalha na zona rural do norte de Aleppo. Segundo os relatórios, o Daesh lançou ataques violentos sobre baluartes dos outros grupos militantes na área.

Fontes disseram na semana passada que a Frente al-Nusra, filiada da al-Qaeda, declarou guerra contra os militantes do Daesh após uma disputa sobre a última troca de prisioneiros com o exército libanês.


Sputniknews

Retrocessos na América Latina


Frei Betto - Pátria Latina

A vitória eleitoral de Macri, novo presidente da Argentina, é mais um passo da América Latina rumo ao neoconservadorismo. O processo de desmonte das políticas neoliberais, tão em voga nas décadas de 1980 e 1990, teve início com a eleição de Chávez na Venezuela, em 1998.

Em seguida, foram eleitos vários presidentes progressistas: Lula no Brasil, Lugo no Paraguai, Zelaya em Honduras, Funes em El Salvador, Bachelet no Chile, Morales na Bolívia e Mujica no Uruguai. Cuba e Nicarágua foram pioneiras nesse processo.


Esse avanço neutralizou a proposta da ALCA e favoreceu a criação de instituições de articulação regional e continental, como Aliança Bolivariana, Unasul, Celac, e fortaleceu o Mercosul.

No conjunto da América Latina, as condições sociais melhoraram significativamente, com a redução da miséria absoluta.

Ser de esquerda em um mundo dominado pela direita é quase como se manter virgem no bordel. A ascensão das forças progressistas na América Latina, na virada dos séculos 20 e 21, despontou como a ocasião de desmontar a tese de Robert Michels (1911), de que todo partido de esquerda que trafega nas vias da legalidade burguesa é inevitavelmente cooptado por ela.

Em dois países a direita enveredou pelo atalho do golpismo, e interrompeu a possibilidade de reformas pela via democrática: Honduras (2009) e Paraguai (2012). Nos demais, a direita tem sido beneficiada por erros dos governos progressistas.

Com exceção de Cuba e da Bolívia, todos eles acreditaram poder segurar o violino com a esquerda e tocar com a direita… O que se vê é um concerto desafinado.

Ainda que políticas sociais tenham sido implementadas com êxito e livrado milhões de pessoas da miséria, as reformas estruturais, quando feitas (infelizmente não é o caso do Brasil), não foram suficientes para criar um modelo alternativo ao neodesenvolvimentismo consumista.

A economia permaneceu com todas as suas características neocoloniais, de exportação de produtos primários, agora denominados commodities. Não se criou um mercado interno sustentável, nem se reduziu a desigualdade social, ainda que tenha havido aumento do poder aquisitivo dos pobres.

O erro principal, porém, foi não complementar a inclusão econômica com a inclusão política. Os benefícios aos mais pobres vieram como iniciativa do Estado e não como conquista do povo. Não se organizou politicamente o pobretariado. Não se conscientizou o oprimido. Não se fez da grande massa de eleitores protagonistas políticos. A exceção é a Bolívia, onde há o mais consistente governo progressista da América Latina. E o é justamente por priorizar, no arco de alianças políticas, os movimentos sociais.

A Argentina pode ser a primeira peça do dominó a tombar. Brasil e Venezuela se destacam no alvo dos neoliberais.

Em um mundo que, ameaçado pelo terrorismo, troca a liberdade pela segurança, e cujo poder financeiro (especulação) se sobrepõe ao industrial (produção), e no qual a ambição de consumo prevalece sobre o direito à cidadania, os governos progressistas se omitiram quanto à única via capaz de garantir-lhes sustentabilidade: formação e organização política de suas bases eleitorais. Muitos partidos se deixaram contaminar pela corrupção, e não cuidaram da “alfabetização política”.

Eis que o sonho ameaça virar pesadelo. A menos que a esquerda perca a vergonha de ser de esquerda.

A Morales no le importa si no es reelegido ya que hizo ‘historia’


El presidente boliviano, Evo Morales, en una conferencia de prensa celebrada en la ciudad de Santa Cruz (este). 31 de diciembre de 2015

El presidente boliviano, Evo Morales, manifestó que no es importante que su pueblo no elija su reelección en el referendo, sino lo que le importa son los logros que ha conseguido hasta ahora.

“Aunque no aprueben finalmente nuestra reelección, no importa; hemos hecho, hicimos historia gracias al pueblo boliviano”, manifestó el jueves el jefe del Ejecutivo boliviano durante una conferencia de prensa celebrada en la ciudad de Santa Cruz (este).

La repostulación de Morales y el vicepresidente boliviano, Álvaro García Linera, en las próximas elecciones generales de 2019 depende del resultado de un referendo constitucional programado para el próximo 21 de febrero que definirá si se modifica o no el artículo 168 de la Carta Magna, que permita la segunda reelección presidencial en lugar de una, como señala el texto actual de la ley.

El presidente del país andino subrayó, además, que le interesa el resultado de esa consulta ya que de este modo podrá entender si la nación boliviana quiere o no que participe en los próximos comicios.

Este referéndum es lo más democrático, agregó antes de precisar que tiene previsto acompañar a los movimientos sociales en la campaña por el Sí y respetar su decisión.

De igual manera, hizo hincapié en que la modificación de la Constitución no fue algo planteada por el oficialista Movimiento Al Socialismo (MAS), sino por los miembros de la Coordinadora Nacional por el Cambio (Conalcam).

En este contexto, recalcó que tales organizaciones sociales piden la continuidad del proceso de cambio que realiza su Gobierno, el cual ha obtenido logros como estabilidad económica y aplicación de políticas en beneficio del pueblo boliviano.

Morales también añadió que incluso los mencionados organismos planteaban que se pueda habilitarlo a una reelección indefinida, pero que aceptaron postularse a una elección más con el propósito de conseguir más desarrollos.

"Quiero decirles a los movimientos sociales que si hemos rechazado la reelección indefinida, somos responsables, porque hay que dar paso a las nuevas generaciones, entiendo, pero hay que cumplir con las inversiones y con la Agenda Patriótica", añadió.

Un sondeo realizado el pasado noviembre desveló que el 46 por ciento de los bolivianos votará, en el referendo del 21 de febrero de 2016, a favor de la reforma constitucional para autorizar y habilitar una nueva elección del dignatario y de su vicepresidente en los próximos comicios generales de 2019, para ejercer un nuevo mandato en el período 2020-2025.

Asimismo, una encuesta realizada el pasado diciembre reveló que el nivel de la aprobación de Morales llegó a 65 % al cierre del año 2015 y la del vicepresidente del país a 59 %.

Morales asumió la Presidencia de Bolivia en 2006 tras ganar las elecciones con el 54 por ciento de los sufragios, mientras que en enero de 2010 obtuvo el 69 por ciento, en su segundo periodo de gestión. En 2014 fue reelegido para un tercer mandato de cinco años.

ftn/ktg/mrk - HispanTv

Catar compra antiaéreos a Ucrania para Daesh para derribar aviones rusos


Misil antiaéreo ruso Pechora 2M.

Catar habría firmado un contrato con Ucrania para comprar misiles antiaéreos y luego entregarlos a EIIL (Daesh, en árabe) con el fin de derribar aviones rusos en Siria, según un reporte.

El grupo de hackers ucranianos CyberBerkut ha hecho público un informe en el que revela que habían atacado el correo electrónico de Paul Witold Kzhykovsky, y Vasily Babitsky, el jefe y subjefe de la empresa polaca de armas, Level 11, respectivamente, ha informado este jueves la agencia rusa de noticias Sputnik.

Los hackers descubrieron un mensaje en el correo de Kzhykovsky que muestra la compra de sistemas antiaéreos modernos y pesados por Catar, justo cuando Rusia comenzó sus ataques aéreos contra posiciones de Daesh en Siria.

El pasado 30 de octubre de 2015, Babitsky el vicepresidente de la empresa Level 11 recibió una carta de Vladimir Kuruts, consejero comercial de la embajada de Ucrania en Catar. En la carta Kuruts muestra su gratitud por la cooperación de la empresa polaca en los acuerdos de suministros de armas que realizaron con Arabia Saudí y Marruecos, ha añadido la agencia rusa.

Además, el diplomático ucraniano le avisa al subjefe de Level 11 que “hay grandes oportunidades para ganar mucho dinero de estos acuerdos, ya que los cataríes están dispuestos a comprar el sistema antiaéreo Pechora y otro material todavía más sofisticado. La cuestión de la entrega está en marcha. No estaremos en condiciones de hacer la entrega nosotros mismos”.

El diplomático ucraniano le dijo a Babitsky que “los estadounidenses están de acuerdo con el suministro de armas a EIIL, y los búlgaros y los turcos lo saben, el itinerario es el mismo”.

Los piratas además revelaron que a finales del pasado mes de septiembre de 2015, una delegación de Catar viajó a Kiev, la capital de Ucrania, para participar en Security Expo (del 22 al 27 de septiembre).

La delegación catarí realizó un acuerdo con UkrOboronProm (un negociante de armamento del Estado ucraniano) y con la empresa ucraniana SpetsTechnoExport para la compra de la versión más reciente de los sistemas de misiles antiaéreos ‘Pechora-2D’.

Estos documentos, agrega Sputnik, demuestran que el Ministerio de Defensa de Catar organiza la compra y traslado (a través de Bulgaria y Turquía) de sistemas antiaéreos a Daesh que operan en Siria.

El sistema Pechora 2D que es la versión avanzada de Pechora ruso, es capaz de derribar aviones a 21 kilómetros de altitud.

A petición del presidente sirio, Bashar al-Asad, las Fuerzas Aeroespaciales de Rusia comenzaron el pasado 30 de septiembre una campaña de bombardeos contra los objetivos de los grupos terroristas que operan en el territorio sirio.

De acuerdo con las autoridades sirias, los grupos extremistas se reforzaron durante los últimos años con ayuda financiera de países como Estados Unidos, Arabia Saudí, Turquía y Catar, haciendo sufrir al país árabe una oleada de violencia que se ha cobrado la vida de más de 260 mil personas, en base a las estadísticas del opositor Observatorio Sirio para los Derechos Humanos (OSDH).

mkh/ktg/mrk - HispanTv

Nuevo escenario de guerra: China creará comando de combate espacial


China creará un nuevo comando de guerra que será el encargado de librar batalla contra los objetivos enemigos como satélites en la órbita de la Tierra, de acuerdo con fuentes estadounidenses.


Según informó el miércoles el rotativo estadounidense The Washington Times, el nuevo comando de China bautizado como las Fuerzas de Apoyo Estratégico estará compuesto por unidades de guerras espaciales, nucleares y unidades especializadas en guerra electrónica y cibernética.

“La nueva fuerza especial tiene como objetivo tomar el control de la órbita baja terrestre con el fin de derrotar a Estados Unidos en Tierra”, sostuvo Rick Fisher, un especialista en el ámbito militar chino.


El lanzamiento de un dispositivo encargado de transportar material y personas.


En el caso de una confrontación militar las fuerzas espaciales serían las encargadas de atacar y dejar fuera de servicio a los satélites del enemigo, y de este modo cortar las vías de comunicación y soporte del enemigo.

Para este fin, informaron fuentes de Inteligencia norteamericana, Pekín ya ha realizado una prueba de un misil antisatélite capaz de derribar a satélites enemigos. Dicho misil aún está bajo desarrollo.

Fuentes militares chinas entrevistadas por este medio estadounidense revelaron que las Fuerzas de Apoyo Estratégico podrían hasta disponer de gran parte del arsenal atómico y las ojivas nucleares del Ejército de China.

No hay fecha para la creación de la mencionada fuerza espacial pero se cree que en los próximos días China dará inicio a este nuevo mando de guerra.

hgn/ktg/mrk - HispanTv

DEBKA: ‘Ataques rusos en Siria casi abren una puerta para Hezbolá contra Israel’


Las autoridades israelíes temen que los ataques de las aeronaves rusas faciliten la llegada de los combatientes de Hezbolá y el Ejército sirio a la frontera entre Siria y los territorios ocupados.


Según informó el miércoles el portal israelí DEBKAfile, las autoridades israelíes entraron en pánico el martes cuando la Aviación rusa empezó a llevar a cabo fuertes y concentrados bombardeos contra la ciudad de Sheikh Maskin, suroeste, cerca de los ocupados altos de Golán y la frontera con los territorios ocupados, ya que de este modo el Ejército sirio y el Movimiento de Resistencia Islámica de El Líbano (Hezbolá) consiguieron acercarse al dicho régimen.

Fuentes de inteligencia y militares israelíes señalaron que para el régimen de Tel Aviv el avance de las fuerzas sirias en Quneitra (suroeste) es sumamente preocupante ya que permite a los sirios realizar ataques en los ocupados altos de Golán si lo desean.

También la gran y constante presencia de los aviones de guerra rusos en las mencionadas regiones está inquietando a las autoridades israelíes dado que en esta situación es casi imposible que las aeronaves israelíes puedan dirigirse a la zona para bombardear a las fuerzas sirias.

No obstante, lo que más ha preocupado a Israel, aseguró DEBKAfile, es el hecho de que los rusos no dieron aviso previo a las autoridades israelíes antes de empezar a bombardear las posiciones terroristas en y cerca de la ciudad de Sheikh Maskin.

Las fuerzas sirias, apoyadas por las Fuerzas Aeroespaciales de Rusia, consiguieron entrar el jueves en la ciudad de Sheikh Maskin, desde donde continuaron sus operaciones para tomar la totalidad de la mencionada urbe bajo su control.

hgn/ktg/mrk - HispanTv

EE.UU.: Un hombre armado deja 5 heridos en una fiesta de fin de año


En la ciudad de Nueva Orleans (Luisiana, EE.UU.) un desconocido abrió fuego en una celebración de Año Nuevo dejando cinco personas heridas, informa NBC. Las cinco víctimas, una de las cuales se encuentra en estado grave, han sido hospitalizadas.

Según la Policía, el hombre abrió fuego desde un vehículo de color oscuro pocas horas antes de que comenzara el nuevo año.

Tras el ataque, la policía de la ciudad ha abierto una investigación para esclarecer lo sucedido.

Actualidad RT

"La campaña de Turquía contra los kurdos causa estragos entre la población civil"


Soldados turcos en vehículos militares blindados se dirigen a la ciudad Beytussebab, provincia turca de Sirnak. / Reuters

Durante la última semana, las fuerzas de seguridad turcas han eliminado al menos a 200 combatientes kurdos, pero junto con ellos han sido asesinados más de 150 civiles.

La campaña militar turca contra los rebeldes kurdos en el sur del país ha convertido a decenas de distritos urbanos en "sangrientos campos de batalla", desalojando a cientos de miles de civiles y "destrozando la esperanza de restablecer la paz", publica 'The New York Times'.

De acuerdo con grupos de derechos humanos y funcionarios locales, en la última semana las fuerzas de seguridad turcas han eliminado al menos a 200 militantes, pero al mismo tiempo han matado a más de 150 civiles.

"Sus descripciones de los combates y la destrucción masiva en las zonas pobladas que están fuera del alcance de los periodistas, retratan escenas de guerra no muy diferentes de las vividas en la vecina Siria", sostiene el autor del artículo. Asimismo, se destaca que varias ciudades turcas están estrictamente bloqueadas, y que muchos ciudadanos locales se han quedado sin comida y electricidad.

"Los tanques disparan todo el día y no nos queda un lugar para escondernos", ha contado Nurettin Kurtay, de Silopi, una de las ciudades aisladas debido a las acciones militares. "La gente está muriendo en sus casas. Nuestras escuelas y nuestra infraestructura han sido destruidas. No hay diferencia entre lo que está pasando aquí y en Irak o Siria".

Los grupos de derechos humanos están preocupados por la situación y pronostican aún más muertes civiles. Emma Sinclair-Webb, representante de Human Rights Watch, ha declarado que el Gobierno turco debe "frenar a sus fuerzas de seguridad" e investigar las muertes y daños causados por sus operaciones.

"Ignorar o encubrir lo que está sucediendo en la región de población kurda solo confirmaría la creencia generalizada en el sudeste, de que cuando se trata de operaciones policiales y militares contra los grupos armados kurdos, no hay límites: allí no hay ley", ha añadido.

Actualidad RT

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Palestinos sofrem com a falta de água que é roubada por Israel


Baby Siqueira Abrão*

A hásbara – a propaganda sionista que tem como objetivo engrandecer Israel e justificar os crimes cometidos por suas autoridades – é incansável na tarefa de jogar na internet vídeos produzidos por seu pessoal de marketing e relações públicas. Em cada um deles é abordado um aspecto do país sionista, como pontos turísticos, locais religiosos, computação, prêmios Nobel conquistados por judeus etc.

A bola da vez é a tecnologia usada para dessalinizar a água do mar e para irrigar as plantações naquela região arenosa e pedregosa. O vídeo mostra campos verdejantes e especialistas explicando como foram criados os métodos utilizados para o florescimento de folhas, leguminosas e frutas numa área semidesértica. Mas, como toda peça de propaganda, omite os problemas que permitiram a existência do produto anunciado.

Penso que o público brasileiro merece ser informado sobre a questão da água em Israel. Conheço um pouco sobre o assunto por pesquisar o tema há cerca de oito anos e por ter vivido na Palestina como correspondente do jornal Brasil de Fato. Vou falar rapidamente do que sei e do que vivi lá, sem recorrer a meus arquivos de dados técnicos.

Começo explicando que os palestinos, muito antes de o movimento sionista ter decidido estabelecer-se na Palestina, tinham uma agricultura rica e variada, usada para subsistência e para exportação, caso do óleo de oliva (o melhor que já experimentei) e das laranjas. E isso sem usar nenhuma técnica dita moderna — eles sempre se basearam no conhecimento transmitido de pai para filho e melhorado ao longo dos anos.

O drama palestino começou com a chegada dos primeiros colonizadores sionistas, em fins do século XIX. Com o passar dos anos, a maior parte das plantações da Palestina, suas terras mais férteis e suas nascentes de água, foram confiscadas pelos sionistas para servir ao país que eles fundariam ali, à custa, literalmente, do sangue palestino: Israel.

Isso o vídeo não diz, claro. A verdadeira história da criação de Israel, baseada em atos de terror, destruição de vilas e cidades, massacres e expulsão de mais de 700 mil palestinos somente em 1948 é bem conhecida no Oriente Médio, mas não no mundo ocidental. No Ocidente, mais de 90% da mídia pertence a sionistas ou a seus aliados, e isso impede que a verdade dos fatos seja publicamente conhecida.

Para quem conhece a história, é revoltante observar, no vídeo, o que Israel faz com a água que rouba da Palestina. Desde 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel apossou-se de praticamente todas as nascentes da Palestinas. As que restaram foram confiscadas depois que o Muro do Apartheid e do Confisco passou a ser construído — lembremos que a maior parte do Muro está em terras palestinas, para incorporá-las a Israel. Hoje, 85% da água palestina é usada em Israel, ao passo que a Palestina fica com apenas 15% dela.

Vivi o problema na pele quando morei na Palestina. No verão, em especial, a água vinha de madrugada, durante 2 ou 4 horas, dia sim, dia não. Não é suficiente para encher caixas d’água usadas por várias famílias (Israel não permite que palestinos construam casas, e por isso famílias inteiras utilizam as que já existem). Por mais que economizemos, a torneira acaba secando; não há água para cozinhar, tomar banho, lavar a louça; é preciso esperar que Israel libere a água novamente, de 2 a 4 horas, nas madrugadas.

Mas, nas colônias exclusivamente judaicas construídas de modo ilegal — segundo decisão de 2004 da Corte Internacional de Justiça — em terras palestinas, a população se refresca do calor de mais de 40 graus em piscinas cheias, lava seus carros e suas casas, gasta sem nenhuma preocupação a água que falta nas torneiras da Palestina.

Essa água era acessada gratuitamente pelos palestinos antes que os sionistas resolvessem inventar um país e roubassem, para isso, o território palestino. Hoje, os 15% da água reservada à Palestina custam caro. Dá indignação observar, no vídeo, os verdes campos das plantações israelenses quando se viu com os próprios olhos, como aconteceu comigo, plantações palestinas ressecadas por falta de irrigação ou incendiadas pelos mesmos colonos que queimam casas, famílias e bebês na Palestina. Oliveiras milenares — das quais depende a sobrevivência de milhões de palestinos — também são incendiadas ou arrancadas com máquinas específicas para isso, e replantadas nos kibutzim e nas colônias exclusivamente judaicas ilegais.

Os palestinos, tempos atrás, construíam cisternas para armazenar a água da época das chuvas, a fim de irrigar suas plantações. Mas Israel destruiu todas, alegando não haver dado licença para a construção. Essas licenças nunca são dadas, mesmo que se as peça. O objetivo de Israel é dificultar ao máximo a vida dos palestinos, esperando que com isso eles saiam do país. Em vão, porque a maioria jamais deixará sua terra.


O vídeo cita o aquífero salobro sob o deserto do Naqab — o nome correto, árabe, para Negev — sem dizer que Israel o confiscou, assim como se apossou da água do aquífero sob a Cisjordânia, além de poluí-la. Quanto à Jordânia e à Síria, igualmente citadas no vídeo: a) Israel invadiu e se estabeleceu nas colinas de Golã, na Síria, porque lá estão as nascentes do rio Jordão, hoje controladas pelos sionistas; b) eles também controlam o próprio rio, que corta a Jordânia e proporciona uma paisagem bem diferente da desértica e pedregosa Palestina; perto do Jordão o cenário é naturalmente verdejante.

O vídeo tampouco fala que, quando os primeiros judeus sionistas se estabeleceram nos kibutzim — construídos em terras roubadas à Palestina —, aprenderam com os palestinos as técnicas de como plantar naquela região difícil. Também não diz que as melhores terras para a agricultura ficaram para Israel, na maldita partilha — que foi apenas RECOMENDADA, e nunca APROVADA, na ONU; isso significa que a ONU NÃO CRIOU ISRAEL, até porque não lhe compete criar países; quem for pesquisar, como eu fui, nos arquivos da ONU, verá que o Conselho de Segurança (CS) jamais se reuniu para deliberar sobre a recomendação da Assembleia Geral (AG) de 1947.

Abre parêntese: o CS é a única instância à qual é permitida a tomada de decisões. A Assembleia Geral só pode fazer recomendações, depois aprovadas ou não pelo Conselho de Segurança. A AG só pode tomar decisões em um único caso: quando o CS não consegue resolver alguma questão envolvendo a paz no mundo. Foi nessa brecha que a Palestina conseguiu ser reconhecida na ONU como ESTADO, embora não membro, em 2012; em 2011, quando o pedido para ser reconhecida como Estado não vingou no CS, conversei com o pessoal da OLP e da ANP sobre a tal brecha, e eles me asseguraram que iriam usá-la, como de fato aconteceu. Fecha parêntese.

A verdade é que os sionistas roubaram a Palestina para ali construir seu bunker, de onde operam a expansão do imperialismo, do colonialismo e o crime organizado (tráfico de drogas, armas, órgãos, crianças, escravas/os sexuais etc.). Os sionistas manipularam a fé judaica, levando para lá os judeus a fim de conseguir que o bunker Israel tivesse a aparência de um país. Enganam os desinformados e os que nunca percorreram a região de norte a sul e de leste a oeste, conversando com as pessoas e observando tudo com muita atenção, mas não iludem os que procuram informações em documentos históricos.

Ali você se sente participante de um filme de guerra, porque é esse mesmo o cenário: muros de oito metros e mais de altura; cercas eletrificadas que parecem saídas das fotos dos campos de concentração nazistas; soldadas/os armada/os por toda parte, incluindo ruas, cinemas, ônibus; postos militares de controle por onde só passam os poucos quem obtêm licença para isso, e só consegue licença quem tem emprego em Israel; torres altíssimas, espalhadas por toda a Palestina, que mais lembram as de castelos medievais, onde soldados montam guarda dia e noite; câmeras de alta definição e visão noturna por todos os lugares, operando uma vigilância de 24 horas por dia em terras palestinas, submetendo sua população a esse controle infame; buffer-areas, ou áreas de “amortecimento”, de até 500 metros de largura, em torno de cada cidade e vila palestina, onde soldados armados montam guarda dia e noite; incursões militares em vilas palestinas de madrugada, acordando moradores e aterrorizando as crianças — nessas incursões, os soldados têm ordens escritas de dar buscas nas moradias e de prender quem bem entenderem, principalmente meninos de 4 a 17 anos; não importa que não haja motivos para as prisões, porque os soldados os inventam: acusar os garotos de atirar pedras é a mentira mais comum, e testemunhei isso lá.

Enfim, para cada campo verdejante mostrado no vídeo de propaganda sionista há milhões de pessoas sofrendo com a seca e com a dificuldade de plantar e de criar cabras e ovelhas (também regularmente queimadas e mortas pelos colonos judeus). Sem contar, claro, a demolição de casas — os palestinos, além de perderem seu lar, ainda são obrigados a pagar pela destruição dele.

Essa realidade o vídeo não mostra, é evidente. Israel se orgulha de sua tecnologia, obtida com base em sua indústria bélica, cujos produtos são testados num povo desarmado e oprimido. Um povo que, em consequência da ganância sionista, perdeu o direito a seu país, sua cultura, sua história, sua vida.

* Baby Siqueira Abrão, jornalista, pesquisa o sionismo e a história da Palestina, país onde trabalhou como correspondente do jornal Brasil de Fato.

Argentina nomeia cidadão dos EUA para secretaria da presidência


O Boletim Oficial da República Argentina publicou, na quarta-feira (30), uma Decisão Administrativa que oficializa a nomeação de um cidadão dos EUA para um cargo na Secretaria Legal e Técnica da Presidência.

Trata-se de Marcos Molina Viamonte, de nacionalidade estadunidense.

O documento tem o subtítulo de “Exceção”. E é, de fato, uma exceção. A legislação nacional exige que os cargos públicos do Estado sejam ocupados por pessoas nascidas na Argentina.

“Se excetuará D. Marcos Molina Viamonte <…>, de nacionalidade estadunidense, do requisito de nacionalidade estabelecido para a ingressão à Administração Pública Nacional pelo artículo 4º, parágrafo a) do Anexo à Lei Marco de Regulação de Emprego Público Nacional N.º 25.164”, diz-se no documento, datado de 22 de dezembro.

Estas palavras correspondem à parte final do documento, atribuída ao chef do Gabinete de Ministros. Um dos argumentos é o seguinte: “[Considerando que] o titular da Secretaria Legal e Técnica da Presidência da Nação solicita excetuar das mencionadas previsões legais a D. Marcos Molina Viamonte <…>, como passo prévio à sua designação em um cargo vacante dessa jurisdição”.


Marci e Marcos Molina Viamonte, de nacionalidade estadunidense.

Segundo uma fonte não oficial, o cargo que Molina Viamonte pretende assumir é o de diretor de Informática.

Ucrânia

A Argentina não é o único país a aceitar oficialmente estrangeiros no seu governo. Em meados do ano que está terminando, a Ucrânia nomeou a também estadunidense Natalie Jaresko para o cargo de Ministra das Finanças. Em meados de dezembro, Jaresko não descartou a possibilidade de default soberano no país, por causa da impossibilidade e Kiev de pagar a totalidade da sua dívida à Rússia.

Outra personalidade estrangeira entre os funcionários públicos ucranianos é mais conhecida. É Mikheil Saakashvili, ex-presidente da Geórgia. Agora ele é governador da região de Odessa. Em uma recente briga com o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, Saakashvili manifestou ser ucraniano, pelo que até chegou a ser ridicularizado.

Macri

O neoliberal Mauricio Macri foi eleito presidente da Argentina em 23 de novembro, acirrando a tensão política no país. Nesta semana também, ele assinou um decreto que dissolve o organismo regulador da mídia, AFSCA, considerado como principal organismo antimonopólio no país.

Sputniknews

Presidente Maduro: 2016 es el año del reimpulso del Bolivarianismo


Resumen Latinoamericano/AVN – El presidente de la República, Nicolás Maduro, expresó este martes que el 2016 será el año del renacimiento del bolivarianismo para encarar nuevos retos ante el asedio de las bajas de los precios del petróleo, el sabotaje de la derecha y los constantes ataques del imperialismo.

Durante su programa semanal En Contacto Con Maduro, el Mandatario confió en que el próximo año surgirá “una verdadera epopeya de renacimiento, de recuperación, de trabajo, de esperanza, de amor”, que permita a las fuerzas revolucionarias crecerse tras las dificultades afrontadas durante el año 2015.

Señaló que en los últimos días, junto a su equipo y con los aportes de los sectores del poder popular, ha diseñado “un nuevo esquema necesario, de trabajo, de profunda reflexión, de estudio” con valoraciones y propuestas para afrontar un escenario político, económico y social complejo para el país.

Asimismo, instó a la unidad entre las fuerzas revolucionarias y el Poder Popular, fundamentados en las bases del socialismo y tomando en cuenta las tres R: Rectificación, Rebelión y Renacimiento.

“La gran R de las tres erres al cuadrado es la Rectificación, la segunda es la rebelión frente a las amenazas imperiales (…), el derecho a la rebelión del pueblo con la Constitución en la mano”, señaló Maduro en transmisión de Venezolana de Televisión.

La tercera de las erres planteadas por el mandatario es el renacimiento de la Revolución: “Año 2016 es el año del Renacimiento de la patria, del bolivarianismo, del chavismo (…) Frente al oscurantismo, un renacimiento del espíritu, del amor, de la fe en nosotros mismos, del trabajo con base a la rectificación”, dijo.

En este sentido, el Mandatario Nacional convocó a un gran congreso de la Patria para la segunda quincena del mes de enero para el que están llamados los movimientos sociales del país: “Vamos a unirnos, vamos a un gran reimpulso revolucionario”.

“Este congreso nos permitirá elaborar las líneas maestras de la contraofensiva revolucionaria y del renacimiento del bolivarianismo. Permitirá la expansión de las fuerzas revolucionarias para visualizar los escenarios para el año 2016”, expresó.

Maduro consideró que tras el revés electoral del pasado 6 de diciembre —cuando la oposición se hizo con la mayoría calificada de la Asamblea Nacional (AN)— el pueblo chavista ha despertado con más fuerza y está destinado a establecer nuevos líneas de acción, dentro del marco de la Constitución, para defender las conquistas populares de la Revolución.

“Es tiempo de perseverar en el proceso revolucionario, es tiempo de rectificar, y es tiempo de buscar el renacimiento profundo del espíritu original de la Revolución Bolivariana para construirlo y reconstruirlo moral, espiritual y políticamente”, enfatizó durante su alocución.

Planes de acción a favor del pueblo

Durante el programa, el presidente Maduro anunció este martes la activación de diversas leyes Habilitantes que promoverán el desarrollo económico, productivo y social del país, al tiempo que permitirán proteger los derechos del pueblo.

En primer lugar accionó la Ley de Inamovilidad y Estabilidad Laboral, instrumento que funcionará para la protección de los trabajadores y para el impulso de la economía productiva en Venezuela. En esta línea, indicó que desde la visión socialista, lo importante es proteger al trabajador y a partir de allí impulsar la recuperación económica; por ello esta nueva ley se convierte en herramienta para la consolidación de la economía diversificada y productiva.

De igual forma, el jefe de Estado promulgó la Ley de Consejos Presidenciales del Poder Popular, con el propósito de consolidar esa instancia ideada para fortalecer al gobierno desde las bases.

“Vamos por la consolidación de la democracia popular. Vamos a proceder a aprobar, firmar, mandar a la Gaceta Oficial para que sea ley, la ley que crea y establece funcionalmente a los Consejos Presidenciales del Poder Popular”, dijo durante la transmisión.

Los consejos presidenciales, creados como espacios estratégicos para la participación del pueblo en el aporte y toma de decisiones en el gobierno, ahora tendrán funciones establecidas por un instrumento jurídico que regirán su funcionamiento.

“El pueblo tiene que ser el presidente por cien, por doscientos, por trescientos años. No debe gobernar nunca ningún grupúsculo de estos, ninguna oligarquía”, recalcó el Primer Mandatario, quien consideró que las instancias tienen que ser tan eficientes como el nivel de crítica que puedan hacer a la gestión de gobierno.

Por otro lado, destacó que la Ley de Semillas —aprobada el pasado 23 de diciembre por la AN— marca el inicio de un profundo proceso de transformación hacia un modelo productivo agro ecológico y agro socialista.

“Ahora es que empieza el trabajo”, expresó en referencia a los movimientos sociales que promovieron este instrumento legal, y a quienes llamó a garantizar que se dicten políticas de acuerdo con su concepción y se “dicten los reglamentos necesarios para que Venezuela sea ejemplo de que sí se puede producir alimentos sanos y naturales”.

Igualmente, indicó que esta nueva Ley que contempla la protección de la semilla indígena, afrodescendiente, campesina y local, así como la prohibición absoluta de la importación, producción o comercialización de semillas transgénicas, brinda las condiciones para producir alimentos “bajo un modelo agro ecológico que respete la pacha mama y el derecho de nuestros niños a crecer sano, comiendo sano”.

También el Presidente firmó la Ley Orgánica de Seguridad Social Gran Misión Negro Primero, con el fin de fortalecer las políticas de protección social a los integrantes de la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Este instrumento legal “recoge un conjunto de políticas de protección social de la familia militar venezolana, elementos claves de la salud, educación, seguridad social, estabilidad, ingreso, ahorros, vivienda y todo lo que tiene que ver con el concepto del siglo XXI de la Gran Misión Negro Primero”, dijo.

Vivienda un millón se entregará este miércoles

En la transmisión, El Jefe de Estado anunció que este miércoles será entregada a casa un millón de la Gran Misión Vivienda Venezuela, cumpliendo la promesa de lograr esta meta antes de que finalizara el 2015, a pesar de la baja de los precios del petróleo.

“Este es uno de los grandes logros del 2015. Yo dije que llueva truene o relampagueé voy a entregar la vivienda un millón, mientras que la derecha esta inventando una oferta engañosa para cambiar la Ley de la Gran Misión Vivienda Venezuela, y privatizar el proceso (de construcción y adjudicación de los hogares)”, dijo.

Al comenzar este año, la GMVV había entregado más de 600.000 viviendas, pero en cuatro meses —de enero a abril— el programa social entregó la vivienda 700.000 en el sector Playa Grande del estado Vargas.

Casi siete meses más tarde, específicamente el 13 de noviembre, el presidente de la República, Nicolás Maduro, entregó las llaves de la vivienda 800.000 en Maracaibo, estado Zulia, a la familia de Zulay Estrada. En esa oportunidad ratificó el compromiso del Gobierno nacional de adelantar la construcción de obras para entregar la vivienda un millón.

El 4 de diciembre, 22 días después de haberse entregado el hogar 800.000, el jefe de Estado develó el hito de la vivienda 900.000 en Ciudad Guayana. El 18 de diciembre se entregó el hogar 950.000 en la comunidad Ojo de Agua, en el municipio Guacara del estado Carabobo.

Para la culminación de las viviendas, el Estado venezolano ha invertido 471.000 millones de bolívares y 73.000 millones de dólares en esta política. Sólo la cifra en dólares invertida por Venezuela en su programa de vivienda equivale a más de cuatro veces las reservas internacionales del país.