segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Assad: "Nunca pensei em deixar a Síria sob nenhuma circunstância"


EFE - José Antonio Vera e José Manuel Sanz.

Entrevista exclusiva do presidente da Síria, Bashar al Assad, realizada ontem pela Agência Efe em Damasco, na íntegra:

EFE: Muito obrigado, senhor presidente, por sua hospitalidade e por dar à Agência Efe esta oportunidade para entender qual é a situação em seu país. No dia 14 de novembro, as potências mundiais, incluindo Rússia e Irã, definiram em Viena um calendário para que se chegue a uma solução política para a crise na Síria. De acordo com esse calendário, as negociações entre seu governo e a denominada oposição moderada deveriam começar em 1º de janeiro. Está pronto para iniciar essas negociações?
Bashar al Assad: Sejam os senhores bem-vindos à Síria. Desde o início do conflito na Síria, adotamos o enfoque de diálogo com todas as partes envolvidas no conflito e debatemos e respondemos positivamente cada iniciativa que se apresentou em diferentes países ao redor do mundo, independentemente de sua intenção real e a credibilidade das pessoas ou oficiais que iniciaram essas propostas. Portanto, hoje estamos preparados para iniciar as negociações com a oposição. Mas depende da definição de oposição. Oposição, para todo o mundo, não significa grupos armados. Há uma grande diferença entre grupos armados e terroristas, por um lado, e oposição, pelo outro. Oposição é um termo político, não um termo militar. Por isso, falar sobre o conceito é diferente na prática =, porque até o momento vimos que outros países, incluindo Arábia Saudita, Estados Unidos e outras nações ocidentais queriam que os grupos terroristas se unissem a estas negociações. Querem que o governo da Síria negocie com terroristas, algo que não acredito que alguém pudesse aceitar em nenhum país.

EFE- Estaria o senhor disposto a negociar e dialogar com os grupos da oposição que atualmente se reúnem em Riad?
Bashar al Assad - É a mesmo situação, porque há uma mistura de oposição política e grupos armados. Permita-me ser realista em relação aos grupos armados na Síria. Nós dialogamos com alguns grupos, não organizações, por uma razão que era conseguir uma situação na qual eles renunciassem às armas e decidissem se unir ao governo ou retomar sua vida normal com a anistia do governo. Esta é a única maneira de lidar com os grupos armados na Síria. Quando quiserem mudar seu enfoque, renunciar às armas, nós estaremos prontos, mas tratá-los como se fossem uma entidade política é algo que rejeitamos plenamente. Isto antes de tudo. Quanto ao que eles chamam a oposição política: o senhor, como espanhol, quando olha para a oposição em seu país, vê evidente que a oposição é uma oposição espanhola e que tem bases espanholas e são cidadãos espanhóis. Não se pode ser oposição enquanto se está vinculado a um país estrangeiro, sem importar qual. Portanto, de novo, depende do tipo de grupos reunidos na Arábia Saudita. Gente que faz parte da oposição na Arábia Saudita, no Catar, na França, no Reino Unido, nos EUA. Portanto, como princípio, estamos prontos, mas no final, quando se quer chegar a algo, ter um diálogo bem-sucedido e frutífero, é necessário negociar com uma oposição real, nacional e patriótica que tenha suas raízes na Síria e que só se relacione com os sírios, não com qualquer outro estado ou regime no mundo.

EFE- A delegação síria vai participar da conferência em Nova York caso efetivamente seja realizada nas próximas semanas?
Bashar al Assad- Não está ainda confirmada. A recente declaração russa disse que eles preferiam que fosse, acredito, em Viena. Isto em primeiro lugar. Em segundo, eles disseram que não é apropriado antes de definir quais são os grupos terroristas e quais não, algo que é muito realista e lógico. Para nós, na Síria, todo aquele que leva armas é um terrorista, portanto, sem definir este termo, sem conseguir uma definição, não faz sentido se reunir em Nova York ou em nenhum outro lugar.

EFE- Na sua opinião, o que se pode fazer para acabar com o Daesh (acrônimo pelo qual o grupo Estado Islâmico é pejorativamente chamado em alguns países)?
Bashar al Assad- Este é um assunto muito complicado, não pelo ISIS (sigla do Estado Islâmico em inglês), porque o ISIS é uma organização. Há algo mais perigoso com o qual é preciso lidar, que são as razões. Em primeiro lugar, a ideologia, algo que foi colocado na mente das pessoas ou da sociedade no mundo árabe por décadas, através das instituições wahhabistas e do dinheiro saudita que foi pago para apoiar esta obscura e odiosa ideologia. Se não se aborda esta ideologia, é uma mera perda de tempo dizer que vamos lidar com o Daesh, a (Frente) Al Nusra ou qualquer outra organização pertencente à Al Qaeda. Há a Daesh-Al Qaeda, Al Nusra-Al Qaeda e muitas outras organizações com a mesma ideologia. Portanto, isto é algo que deve ser tratado a longo prazo: como prevenir que essas instituições wahhabistas e o dinheiro saudita cheguem às instituições muçulmanas de todo o mundo para transformá-las em extremistas e para propagar o terrorismo por todo o mundo. Isto vem em primeiro. Depois, temos que falar sobre o curto prazo e combater a situação atual, com o Daesh na Síria e no Iraque, principalmente. Certamente, a luta contra o terrorismo é outra resposta óbvia a essa pergunta, mas estamos falando de uma ideologia e uma organização que tem capacidade ilimitada para recrutar terroristas de todo o mundo. Na Síria, temos mais de 100 nacionalidades que lutam com os extremistas e terroristas, Al Qaeda e Al Nusra e outros. O primeiro passo que devemos dar a fim de resolver este problema é interromper o fluxo de terroristas, especialmente através da Turquia a Síria e Iraque, e certamente temos que acabar com o fluxo de dinheiro, dinheiro saudita, dinheiro wahhabista e dinheiro catariano aos terroristas através da Turquia, assim como o armamento e qualquer outro apoio logístico. Assim é como podemos começar, e depois se pode falar dos demais aspectos, que podem ser uma questão política, econômica, cultural,... Há muitos aspectos, mas, por enquanto, temos que começar com conter o fluxo, e ao mesmo tempo combater o terrorismo dentro da Síria com o exército sírio e com quem quiser apoiar o exército sírio.

EFE- Quem compra o petróleo do Daesh? Que países estão por trás do Daesh?
Bashar al Assad- Os russos divulgaram na semana passada imagens de televisão e vídeos dos caminhões que transportam petróleo para atravessar as fronteiras entre Síria e Turquia. Certamente, os turcos o negam; é muito fácil negar, mas vamos pensar na realidade: A maior parte do petróleo sírio está na parte norte da Síria. Se querem exportar ao Iraque, isso é impossível, porque todas as partes do Iraque estão combatendo o ISIS. Na Síria ocorre o mesmo. O Líbano está muito longe. A Jordânia, no sul, também está muito longe. Portanto, a única tábua de salvação para o ISIS é a Turquia. Esses caminhões transportando petróleo da Síria para a Turquia, e a Turquia o vendendo barato ao resto do mundo... Não acredito que ninguém possa duvidar desta realidade indubitável.

EFE- Que países estão por trás do Daesh?
Bashar al Assad- Existem vários estados, principalmente a Arábia Saudita, porque tanto este país como esta organização praticam a decapitação, seguem a ideologia wahhabista e rejeitam qualquer pessoa que não seja como eles: não só aqueles que não são muçulmanos, mas também muçulmanos que não são como eles. Um muçulmano pode pertencer ao mesmo grupo religioso, mas se não é como eles, é rejeitado. Assim, a Arábia Saudita é o principal patrocinador deste tipo de organização. Certamente, existem também indivíduos e diferentes pessoas que compartilham a mesma ideologia ou a mesma crença, e estas pessoas enviam dinheiro de maneira privada. Mas o assunto não depende somente de quem envia o dinheiro, mas também de quem facilita a chegada dos fundos a essas organizações. Como poderiam as organizações consideradas terroristas no mundo todo, como o ISIS ou a Al Nusra, ter centenas de milhões e ter todos estes recrutas, praticamente um exército quase completo, da mesma forma que o de qualquer outro estado, e ter fontes financeiras, se não têm o apoio direto como o da Turquia em particular. Então, Arábia Saudita, Turquia e Catar são os principais responsáveis pelas atrocidades do ISIS.

EFE- Ontem vimos os morteiros cair perto de Damasco. Parece que esta luta está longe de terminar. Quando acredita que a guerra acabará na Síria?
Bashar al Assad- Se quiser falar sobre o conflito sírio como um conflito isolado com a mesma situação atual, as mesmas tropas sírias e os aliados da Síria, e os mesmos terroristas do outro lado, poderíamos terminá-la em poucos meses. Não é muito complicado em qualquer sentido, seja militar ou político. Mas se está falando de uma fonte de fornecimento inesgotável dos terroristas, e que tais terroristas seguem recebendo recrutas diariamente e recebendo todo tipo de respaldo, seja financeiro, armamentício e de recursos humanos, tudo isso prolongará a guerra por muito tempo. Certamente, isso vai ter um preço muito alto. Mas, no final, estamos obtendo avanços. Não estou dizendo que não estejamos progredindo. A situação em nível militar é muito melhor do que antes, mas, de novo, o preço é muito alto. É por isso que disse antes que se a intenção é acabar com a guerra em pouco tempo - e a maior parte do mundo está dizendo agora que quer ver o fim desta crise -, então pressionem os países que os vocês conhecem: Turquia, Arábia Saudita, Catar e, sem dúvidas, este conflito terminará em menos de um ano.

EFE- Há algum tipo de coordenação militar entre o exército sírio e as incursões da coalizão liderada pelos Estados Unidos?
Bashar al Assad- Não, em absoluto, não existe nenhuma coordenação. Nenhum tipo de conexão neste setor, e me refiro ao militar. É por isso que esta coalizão está há mais de um ano bombardeando o ISIS, e ao mesmo tempo o ISIS continua a se expandir, porque não se pode combater os terroristas pelo ar. É preciso enfrentá-los no campo de batalha, e por isso uando os russos deram início a sua participação na guerra contra o terrorismo, as conquistas dos exércitos russo e sírio em duas semanas foram muito maiores que as da aliança (dirigida pelos EUA) durante mais de um ano. De fato, na realidade eles não conseguiram nada, e podemos dizer até que estavam apoiando o ISIS, talvez indiretamente, já queo ISIS estava crescendo e recebendo mais recrutas. Portanto, não podemos dizer que conseguiram algo na realidade.


EFE- O que o senhor acha do papel de Obama nesta crise?
Bashar al Assad- Falemos da Administração americana, porque Obama, afinal de contas, é parte da Administração. Você tem grupos de pressão nos Estados Unidos e, desde o início, garantiu a estes terroristas a cobertura política. A princípio os chamava de "manifestantes pacíficos". Depois, quando descobriram que eram terroristas, passaram a chamá-los de "terroristas moderados". No final, tiveram que reconhecer que era o ISIS ou a Al Nusra, mas afinal de contas não são objetivos, não se atrevem a dizer que estavam equivocados. Não se atrevem a dizer que o Catar a princípio, e depois a Arábia Saudita, os tinham enganado. Isto é em primeiro lugar. Enquanto em segundo lugar, até que os Estados Unidos não levem a sério a luta contra os terroristas, não podemos esperar que o resto do Ocidente o faça, porque são os aliados dos Estados Unidos, e até agora o papel dos americanos nesta situação não está sendo destruir o ISIS ou o extremismo ou o terrorismo, e Obama o disse. Disse que quer conter o terrorismo, e não destrui-lo. O que significa isso? Significa permitir que se movimente em certos lugares e não em outros. É como se o assunto se limitasse a definir limites do efeito nocivo do ISIS. Portanto, não acreditamos que os americanos estão sendo francos na luta contra o terrorismo.

EFE- E o que acontece com o presidente francês, François Hollande? Ele falou em destruir o ISIS. Acredita que os franceses cooperarão com seu governo?
Bashar al Assad- Veja o que ele fez depois dos recentes tiroteios em Paris no mês passado. Os aviões franceses começaram a atacar o ISIS com intensos bombardeios. Disseram que queriam lutar, e Hollande disse "vamos estar em guerra contra o terrorismo". O que significa isso? Significa que antes dos incidentes de Paris, não estavam em guerra contra o terrorismo. Por que não fizeram o mesmo antes de tais incidentes? Isto significa que este intenso bombardeio é só para dissipar a ira da opinião pública francesa, e não para lutar contra o terrorismo. Se você quer lutar contra o terrorismo, não espera que ocorram tiroteios para fazê-lo. A luta contra o terrorismo é um princípio, e não uma situação transitória na qual se sente furioso e por isso decide atacar os terroristas. Deve ter valores e princípios para combatê-lo, e esta luta deve ser sustentável. Portanto, esta é outra prova de que os franceses não são sérios na luta contra o terrorismo.

EFE- E o que o senhor pensa sobre a UE em geral? A posição da UE neste conflito? Poderia a Europa fazer algo a mais?
Bashar al Assad- Certamente que sim, definitivamente. Tem a capacidade, mas não é só questão de capacidade, mas de vontade. A pergunta que sempre fizemos - não só durante a crise, mas antes, e talvez ao longo de mais de dez anos, sobretudo depois da Guerra do Iraque - é: "Ainda há política da Europa, ou é só um satélite dos Estados Unidos? Até o momento, não vemos nenhuma posição política independente. Há certas exceções, não colocamos todos no mesmo saco, e prova disso é a relação entre Europa e Rússia, quando os EUA pressionaram a Europa para que fizesse algo contra seus interesses, a fim de impor um embargo à Rússia. Isto não é realista, não é lógico. Portanto, certamente pode; certamente tem o mesmo interesse que nós de lutar contra o terrorismo. O que ocorreu recentemente em Paris e o que aconteceu em Madri em 2004 e em Nova York em 2001, e depois em Londres, e recentemente na Califórnia, constitui uma prova de que o interesse de todos está em combater o terrorismo, mas quem tem a vontade e quem tem a visão? Essa é a pergunta para a qual agora não tenho uma resposta. Mas neste momento não sou otimista quanto a que exista essa vontade.

EFE- O que o presidente Putin lhe pediu em troca da ajuda militar da Rússia?
Bashar al Assad- Não pediu nada em troca, e isso por uma simples razão: porque isto não é uma troca comercial. Na realidade, a relação normal entre dois países é uma relação que se baseia nos interesses comuns. A pergunta é qual é o interesse comum de Síria e Rússia? A Rússia tem interesse que haja mais terrorismo na Síria? No colapso do Estado sírio? Na anarquia? Não, não têm. Então, digamos que em troca a Rússia quer que haja estabilidade na Síria, no Iraque e toda a região. Não estamos longe da Rússia, e permita-me ir muito além, dizendo que não estamos longe de Europa. Então a ação da Rússia na Síria representa um ato em defesa da Europa de forma direta, e outra vez, os eventos terroristas recentes na Europa são a prova de que o que está acontecendo aqui a afetará positiva e negativamente.

EFE- O presidente Putin lhe pediu em algum momento que renuncie a seu cargo?
Bashar al Assad- Em primeiro lugar, a pergunta é: que relação há quanto ao presidente permanecer no poder ou renunciar a seu cargo durante o conflito? Essa é a primeira pergunta que se deve fazer. Isto de personalizar o problema é só uma maneira encoberta de dizer que não há nenhum problema com o terrorismo e de que não existem países que intervêm do exterior mandando dinheiro e armamento aos armados para criar o caos e propagar a anarquia. Na realidade, querem mostrar que o assunto é um presidente que quer permanecer no poder e de um povo que esta sendo assassinado porque luta pela liberdade, e que este presidente está oprimindo e matando este povo e por isso este povo se rebela". Esta é uma imagem muito romântica que serve como uma história de amor para adolescentes. Enquanto a realidade é totalmente diferente. O assunto é se minha saída do poder é parte da solução na Síria; parte de uma solução política. E quando digo uma solução política, isso não significa uma solução ocidental, nem externa. Deve ser uma solução totalmente síria. Quando o povo sírio não quiser que eu seja seu presidente, então devo sair no mesmo dia, e não em outro dia. Isto, para mim, é uma questão de princípio. Se acredito que posso ajudar meu país, especialmente em uma crise, e se o povo sírio ainda me apoia, e para ser mas especifico, digo que a maioria do povo sírio me apoia, então certamente tenho que ficar. Isso é óbvio.
EFE- Como hipótese, aceitaria a possibilidade de deixar a Síria no futuro e ir para um país amigo, se esta fosse a condição para conseguir um acordo.
Bashar al Assad- Quer dizer, que eu deixe o cargo?

EFE- Deixar o cargo e sair da Síria.
Bashar al Assad- Não, nunca pensei em deixar a Síria sob nenhuma circunstância e em nenhuma situação. É algo que nunca pus em minha mente como "plano B"ou "plano C", como costumam dizer os americanos. Na realidade, não. Mas, de novo, a mesma resposta: isso depende da população síria; me apoiam ou não? Se eu tenho seu apoio, isso significa que eu não sou o problema, porque se eu fosse o problema como pessoa, o povo sírio estaria contra mim. Onde esta a lógica em que o povo ou a maioria do povo me apoie, quando eu sou a razão do conflito? Isto é por um lado. Por outro lado, se tenho um problema com os sírios ou com a maioria dos sírios, e tenho os países da região e do mundo contra mim; assim como a maior parte do Ocidente, os Estados Unidos, seus aliados e os países mais fortes e mais ricos do mundo contra mim, e eu estou contra o povo sírio, então como pode ser que siga sendo presidente?. Isso não é lógico. Eu continuo aqui após cinco anos - ou quase cinco anos de guerra, porque tenho o apoio da maioria dos sírios.

EFE- É certo que os russos construirão outra base militar na Síria?
Bashar al Assad- Não, isso não é certo, e á dois dias já eles mesmos o desmentiram. Se houvesse algo, o teriam anunciado, e nós o teríamos anunciado ao mesmo tempo.

EFE- Estão os iranianos planejando construir aqui sua própria base militar?
Bashar al Assad- Não. Nunca pensaram nisso e nunca apresentaram ou discutiram o tema.

EFE- É possível incluir o presidente Erdogan na solução para a crise?
Bashar al Assad- Como princípio, não temos problema com ele, se está disposto a renunciar à atitude criminosa que adota desde o começo da crise, apoiando os terroristas com todas as formas possíveis. Afinal de contas, estaremos prontos para dar as boas-vindas a qualquer ajuda ou participação positiva que venha de qualquer parte. Isto é em princípio. Mas, por acaso podemos esperar que Erdogan mude sua postura? Não, por uma única razão, e é a de que Erdogan é uma pessoa crente na ideologia da Irmandade Muçulmana, por isso não pode atuar contra sua ideologia. Ele não é um homem pragmático que pensa nos interesses de seu país. Ele está trabalhando contra os interesses de seu país a favor de sua ideologia, seja isso realista ou não. Portanto, não esperamos que Erdogan mude.

EFE- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, anunciou viajará a Moscou para se reunir com Putin. Não teme que esteja sendo preparado algum tipo de acordo entre EUA e Moscou, como Ucrânia em troca da Síria?
Bashar al Assad- Não, porque se passaram quase cinco anos, e sempre ouvimos esse argumento, ou digamos essa ideia por parte dos funcionários governamentais ocidentais. Isso visa criar uma espécie de racha entre Síria e Rússia. Os russos são pragmáticos, mas ao mesmo tempo estão adotando uma política moral baseada em valores e princípios, não apenas em interesses, e o bom de sua posição é que não há conflito ou contradição entre seus valores e seus interesses. Isto em primeiro lugar. Em segundo lugar, se existe algum acordo, a modo de exemplo, os russos sabem muito bem que não se pode implementar nenhuma solução, se não for baseada em um acerto entre os próprios sírios e, consequentemente, nem Rússia, nem Estados Unidos e também qualquer país no mundo pode assinar um acordo neste marco. Nós, como sírios, somos os que podemos estabelecer um acordo entre sírios, e somos os que podemos realizar um diálogo entre sírios. Isso é o que os russos sabem muito bem. E é por isso que não cometem este tipo de erros, graças aos valores que têm.

EFE- Voltando à Turquia, como vê a derrubada do avião russo? Foi um acidente ou premeditado?
Bashar al Assad- Desde que começou a participação militar da Rússia na Síria a respeito da luta contra as organizações terroristas, a situação no terreno mudou de forma positiva, e para Erdogan, isso frustrará suas ambições, e se Erdogan falhar na Síria, representará seu fim político. É como acabar seu futuro político e suas ambições de transformar a Turquia no epicentro da Irmandade Muçulmana na região e o sonho de nomear governos desta Irmandade, com seguidores dele no mundo todo. Ele acredita que o último bastião de seu sonho é a Síria. Se fracassar na Síria, como já fracassou no Egito e em outros lugares, vai pensar que este é o final de sua carreira. Portanto, sua reação foi uma reação insensata, que reflete sua forma de pensar e seu instinto visceral em relação à participação russa. Esta é a primeira face do tema da derrubada do caça russo. A segunda é que ele pensava que a Otan o ajudaria, e que levaria a Otan a entrar em conflito com a Rússia, e o resultado seria complicar ainda mais a situação no terreno na Síria, e talvez tornar realidade seu sonho de estabelecer uma zona de exclusão aérea para onde possa enviar os terroristas para utilizá-los como uma espécie de Estado contra o Estado legítimo aqui na Síria. Essa era sua ambição, sua forma de pensar e seu plano na Síria.

EFE- O senhor presidente, nos Estados Unidos, é considerado responsável pela guerra civil e o auge terrorista na Síria. Seus inimigos o culpam pela morte de 250 mil pessoas desde que começou a guerra. Também o acusam de bombardear civis. Como se defende dessas acusações?
Bashar al Assad- Toda a guerra na Síria, desde o início do conflito, girava em torno de quem iria atrair mais sírios de sua parte. Essa foi a guerra desde o princípio. Como alguém pode matar o povo para ganhar seu apoio? Isto é impossível. Mas ao mesmo tempo, não há uma guerra boa; todas as guerras são más. Portanto, cada vez que há guerra, existem coisas que deveriam ser evitadas, mas não se pode fazê-lo. Em toda guerra há e haverá baixas civis e haverá vítimas inocentes. Este é um dos aspectos trágicos e perigosos de qualquer guerra. É por isso que temos que pôr fim à guerra. Mas dizer que o governo atacou civis não faz sentido, o que se ganha atacando civis? Atualmente, a realidade é que se quiser andar por aí na Síria, se surpreenderia em ver que a maioria das famílias dos grupos armados não vive com eles, vive sob a proteção do governo, e que recebe o apoio do governo, o que é outra prova de que não trabalhamos contra os civis nem os matamos, caso contrário não teriam buscado a ajuda do governo. Portanto, essas acusações são infundadas.

EFE- Senhor presidente, queremos que envie uma mensagem aos refugiados sírios que fugiram do país, muitos deles à Europa e inclusive à Espanha. Qual é sua mensagem para eles?
Bashar al Assad- A maioria dos refugiados mantêm contato com suas famílias na Síria, por isso ainda estamos em contato com eles. A maioria desses refugiados é partidária do governo, mas foi embora pela situação originada pelos terroristas, de ameaças diretas e massacres, assim como porque os terroristas destruíram infraestruturas, e pelo embargo imposto pelo Ocidente à Síria, onde as necessidades básicas já não são acessíveis. Portanto, realmente, eu não vejo necessidade de lhes enviar uma mensagem, porque eles voltarão quando a situação melhorar. A maioria deles gosta de seu país, ama este país. Na realidade, a mensagem que eu gostaria enviar é destinada aos governos europeus, porque são eles que trouxeram os terroristas, são eles que provocaram esta situação, eles ajudaram os terroristas, e eles criaram um embargo que repercutiu diretamente em benefício dos terroristas e estimulou os imigrantes a abandonar a Síria e ir a outros países. Portanto, se alguém está trabalhando pelo bem do povo sírio, como o senhor disse, a primeira coisa que tem que fazer é suspender o embargo. A segunda coisa a ser feita é acabar com o fluxo dos terroristas. Portanto, acredito que a mensagem deve ser dirigido aos governos ocidentais que ajudaram em sua saída para viver em seus países.

EFE- O senhor perdoaria os terroristas se estes largassem as armas?
Bashar al Assad- Certamente, isso já está ocorrendo na Síria. O que chamamos "a reconciliação" é a única solução política real que deu resultados frutíferos, e acredito em uma realidade positiva em diferentes lugares na Síria. A essência da reconciliação se baseia em que os terroristas renunciem às armas e o governo lhes conceda a anistia ou o indulto. Certamente, na minha opinião, acredito que esta é a única maneira boa para resolver o problema.

EFE- Se voltasse a março de 2011, tomaria decisões diferentes?
Bashar al Assad- No dia a dia, sempre há algo que alguém gostaria de ter feito melhor. Isso é natural, porque há muitos detalhes, mas se queremos falar dos pilares de nossa política, eles se baseiam em duas coisas. Em primeiro lugar, o convite ao diálogo desde o primeiro dia. Embora a princípio achássemos que não se tratava de problemas políticos, dissemos que estávamos prontos para o diálogo político, dispostos a mudar a Constituição, a mudar muitas leis, e o fizemos, fizemos em 2012, um ano depois que começou o conflito. Ao mesmo tempo, desde o princípio dissemos que iríamos lutar contra o terrorismo e os terroristas. Não mudaria nenhuma destas duas coisas, nem adotar o diálogo e também não a luta contra o terrorismo. Qualquer outra coisa não é um pilar. Caso se refira à prática diária, certamente existem muitos erros que são cometidos na pratica, seja por mim ou pelas outras instituições e os demais responsáveis. Isso é óbvio. Atualmente não tenho nenhum exemplo na cabeça, mas talvez uma das coisas que não voltaria a fazer é confiar em vários funcionários, ocidentais, regionais ou árabes, como os turcos ou outros; ou crer que realmente queriam ajudar a Síria em algum momento. Esta é a única coisa que não voltaria a fazer.
EFE- Como explica a seus filhos o que está acontecendo na Síria? Gostaria que seguissem seus passos?
Bashar al Assad- Se refere a continuar meus passos em política?

EFE- Sim.
Bashar al Assad- Acredito que a política não é um trabalho que alguém faz, e não é um livro que se lê, e não é uma especialidade que se estuda na universidade. Portanto não se pode ensinar aos filhos a serem políticos; é possível lhes ensinar como se preparar para um posto de trabalho. Na realidade, a política é tudo na vida; é a soma da economia, da sociedade e da cultura, é tudo o que se vive diariamente . Portanto, depende do caminho que seus filhos tomam nesse sentido. Para mim, o mais importante é ajudá-los a ajudar seu país, mas como? Que sejam políticos no futuro ou que trabalhem em qualquer outro posto de trabalho. Isto não é um tema muito importante para mim, mas não tentarei influenciar; são eles que têm que escolher seu caminho. Tenho que lhes explicar o máximo que puder sobre a realidade de nosso país, de modo que possam entendê-la bem e decidam qual é o caminho que querem seguir.

EFE- Muito obrigado, senhor presidente, pela entrevista e por seu tempo.
Bashar al Assad- Obrigado por virem à Síria.


Fracassam manifestações pelo impeachment de Dilma


Em Florianópolis (SC), a passeata estava prevista para as 13h, mas teve que ser adiada por falta de quórum.

Se sem rua não tem impeachment, como disse o próprio Cássio Cunha Lima hoje foi decretado o seu fim. Os organizadores (?) pensaram que seria o começo, o nascimento, mas foi o enterro. Hoje o impeachment foi enterrado.

Malgrado a meia dúzia de gatos pingados sem nenhuma ideia do que seja isso ter levado seus filhos de três anos às ruas, a maioria da população brasileira não quer saber mais de impeachment por vários motivos:

1) o primeiro é que não há um motivo forte, determinante e isso quem diz não são os petistas nem os esquerdistas, são experts até de direita, como o ex-ministro Delfim Netto e o ex-governador Claudio Lembo;

2) as tais pedaladas fiscais usadas como pretexto não têm a mínima consistência, como diz Delfim Netto hoje ao El País “no Brasil se pratica pedalada desde Dom João VI”;

3) as pessoas já se tocaram que as questões politico-jurídicas têm que ser resolvidas no âmbito jurídico-político e não nas ruas;

4) a continuação do impeachment só traz prejuízos ao país e aos brasileiros pois quanto mais instabilidade política menos investimentos externos e menos investimentos internos o que vai agravar a situação do emprego e da retomada do crescimento;

5) as pessoas já perceberam que se Dilma cair em seu lugar virá a turma do Temer e do Cunha com as consequências que ninguém quer pagar para ver;

6) o mais importante agora é afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados a fim de ser retomada a ordem democrática, sem pressões indevidas, manobras escusas e chantagens;

7) o país precisa de tranquilidade para recuperar o tempo perdido nesse debate estéril que nos paralisou em 2015.

A percepção de que não cabe impeachment e seu esvaziamento galopante está na cara. Em todas as grandes capitais o número de manifestantes vem decrescendo desde o primeiro protesto, em março de 2014, aos dois seguintes, em agosto e outubro e ao de hoje. Por isso é bobagem justificar o fiasco de hoje com desculpas como “foi muito em cima” ou “estamos perto do Natal”. Quem quer impeachment intensamente quer a qualquer hora do dia ou da noite. O público não compareceu porque percebeu que quem ganha com isso é Cunha, é Temer, é Bolsonaro, é Marco Feliciano, é Paulinho da Força e pouca gente gostaria de tomar um café com algum deles.

O público não compareceu porque a maioria dos brasileiros sabe que esse impeachment é uma tentativa de golpe porque não é um impeachment natural, imperioso, um impeachment que se impõe por si só, como o do Collor.

O público já percebeu que é um impeachment dividido e duvidoso. E, como todo mundo sabe, in dubio pro reu.

Sugiro que seja cancelada a manifestação contra o impeachment marcada para o próximo dia 16. Não precisa mais. O impeachment foi enterrado. A não ser que os organizadores queiram usá-la como missa de sétimo dia.

Alex Solnik - Brasil 247

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PARTICIPAÇÃO DE MANIFESTANTES PRÓ-IMPEACHMENT FOI RIDÍCULA

Recife - No Recife (PE), estima-se que 7 mil pessoas foram às ruas.

Salvador - ​Já em Salvador, o público foi de cerca de mil pessoas, segundo a PM.

Brasília - Em Brasília, 3 mil manifestantes foram até a frente do Congresso, onde fizeram um 'enterro simbólico do PT'.

Belém - ​Em Belém (PA), segundo a Folha de São Paulo, a manifestação pró-impeachment reuniu 600 pessoas (ainda segundo dados da PM) para cantar o Hino Nacional.

Curitiba - Apenas 3 mil pessoas participaram.


Rio de Janeiro - A imprensa falou em 10 mil, 5 mil participantes. Alguém consegue ver mais que 1 mil pessoas na foto acima? Na orla das praias mais famosas e mais caras do país.

São Paulo - Em São Paulo, a pequena adesão aos protestos não incomodou os ciclistas na Avenida Paulista. Mas a Globo tratou de inflar os números.

Os três líderes mais mentirosos do ano


A edição online alemã Alles Schall und Rauch realizou uma pesquisa entre os seus leitores para determinar quem eles acham o “mentiroso do ano”. A chanceler alemã Angela Merkel, o presidente americano Barack Obama e o líder turco Recep Tayyip Erdogan “ganharam» as três primeiras posições.

Como o ano de 2015 chega ao fim, um popular site alemão decidiu descobrir quem os seus leitores consideram de confiança depois de tudo o que aconteceu no decorrer do ano. Parece que Angela Merkel perdeu a confiança dos cidadãos da Alemanha: eles atribuíram à chanceler o título vergonhoso de “Mentiroso do ano”, com 39 por cento dos votos dos leitores.

No entanto, a plataforma sublinha que na votação participaram não apenas alemães que mas também pessoas de 40 países diferentes.

Cerca de 21 por cento dos inquiridos pensam que Barack Obama merece ser chamado de o maior mentiroso. Recep Tayyip Erdogan recebeu 18 por cento dos votos dos entrevistados. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, seguem na peugada dos “três fantásticos», com 8,05 por cento e 7,81 por cento, respetivamente.

Segundo a pesquisa, os alemães consideram o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras e o chefe de governo iraniano Hassan Rohani como políticos honestos.

O autor do artigo, resumindo os resultados da votação, observou que Angela Merkel foi nomeada “Pessoa do Ano” pela revista Time.

IrãNews

Exército Sírio libera base aérea perto de Damasco com apoio da milícia local


O Exército Sírio com o apoio da milícia local libertou uma base aérea militar localizada perto de Damasco, disse uma fonte na milícia à RIA Novosti na segunda-feira (14).

O Exército Sírio com o apoio da milícia local libertou a base aérea militar, Mardj-al-Sultan, localizada perto de Damasco, disse uma fonte na milícia à RIA Novosti na segunda-feira (14).
"A base aérea Marj al-Sultan foi libertada. Os terroristas da Frente al-Nusra e o Jaish al-Islam (Exército do Islã) recuaram em direção a Hush alSalehi. Dez militantes foram mortos", disse a fonte à RIA Novosti.

A base aérea Mardj-al-Sultan está localizada em Duma, uma cidade na distância de 18 km de Damasco. Serviu como um importante reduto do grupo terrorista Jaish al-Islam.
Segundo a fonte, o exército e as milícias sírias conseguiram estabelecer uma zona de segurança ao redor da base aérea. A engenharia militar está fazendo a desminagem da área.

Antes, as forças sírias conseguiram desalojar os militantes da Frente al-Nusra das regiões montanhosas na parte norte da província de Latakia, ao longo da fronteira sírio-turca. O exército sírio tem feito grandes avanços desde que está apoido pelos militares russos que realizam uma operação aérea na Síria desde 30 de setembro sob o pedido do presidente sírio, Bashar Assad.

Sputniknews

Aeronaves militares israelíes atacan la Franja de Gaza


Un cazabombardero israelí F-15 Strike Eagle de producción estadounidense.

Aeronaves militares israelíes han atacado este domingo supuestas posiciones del Movimiento de Resistencia Islámica Palestina (HAMAS) en la Franja de Gaza.


Según ha informado la agencia israelí de noticias The Times of Israel, aviones de guerra israelíes han bombardeado dos posiciones de HAMAS en el norte y el centro de la asediada Franja de Gaza.

El ejército israelí ha alegado que lleva a cabo estos ataques en respuesta a un cohete que cayó en los territorios ocupados palestinos supuestamente proveniente de la Franja de Gaza.

Hasta el momento no hay información sobre posibles bajas palestinas.

hgn/ncl/hnb - HispanTv

Bombardeos de coalición causarían más atentados como el de París


Un restaurante en París, capital francesa, en el que varias personas murieron por un ataque terrorista, 13 de noviembre de 2015.

El célebre politólogo estadounidense Noam Chomsky ha reclamado que las políticas exteriores de los EE.UU. y de sus aliados de Occidente son responsables por los atentados terroristas de París.

El famoso escritor y lingüista cree que estos países están aumentando la posibilidad de que de nuevo sucedan atentados a gran escala como los que ocurrieron el 13 de noviembre en París, la capital de Francia, al intensificar sus bombardeos en Siria e Irak.

Chomsky argumenta que el EIIL (Daesh, en árabe), contra el que dice luchar la llamada coalición que lidera Estados Unidos, no puede ser derrotada con fuerza militar, por lo que si Occidente realmente quiere reducir la posibilidad de que ocurran más ataques terroristas, tienen que abordar las causas de los atentados en la capital gala antes de bombardear a Daesh.

"El mismo EIIL dijo que si nos bombardean, vamos a atacar, y esto es probablemente la causa de corto plazo de los ataques terroristas llevados a cabo en París", ha aseverado el profesor.

Estos motivos, según recoge las declaraciones del politólogo este domingo el portal de noticias ruso Sputnik, son la invasión de Irak en marzo de 2003, cuando EE.UU. y el Reino Unido invadieron el país so pretexto de acabar con las "armas de destrucción masiva" (de las que nunca se encontró ni rastro) y la de Afganistán, en 2001, comandada por Estados Unidos so pretexto de luchar contra el terrorismo, además del Wahabismo que han dado como resultado el extremismo takfirí.

Por otra parte advierte de que, en el caso de que estos países puedan llegar a destruir a los terroristas, algo peor emergería en su lugar si las causas subyacentes no son resueltas.

Al menos 130 personas murieron y más de 350 resultaron heridas en los ataques múltiples cuya autoría reivindicó Daesh, y que sacudieron distintos puntos de la capital francesa; atentados considerados como los peores en la historia de Francia.

EE.UU. comenzó el 8 de agosto de 2014 a bombardear varias regiones de Irak, so pretexto de combatir a Daesh, y amplió el 23 de septiembre del mismo año su campaña a Siria en el marco de una coalición en la que participan varios de sus aliados regionales y occidentales.

El pasado mes de octubre, el expremier británico Tony Blair (1997 a 2007) pidió perdón por el papel que desempeñó junto con el expresidente estadounidense George W. Bush en la invasión de Irak, admitiendo que esta guerra contribuyó a la aparición del grupo terrorista de Daesh.

snr/ktg/mrk - HispanTv

Fuerzas yemeníes matan a 42 mercenarios de Blackwater en Bab el-Mandeb


Más de 42 mercenarios de la empresa privada militar estadounidense Blackwater han muerto este domingo a causa del impacto de un misil disparado por fuerzas yemeníes.


El hecho ha ocurrido cuando las fuerzas yemeníes, apoyadas por los comités populares leales al movimiento Ansarolá, han lanzado un misil Tochka contra un cuartel militar saudí en Bab-el-Mandeb, en la provincia de Taiz (oeste de Yemen), ha informado el sitio Web de noticias al-Masirah.

De acuerdo con una fuente militar yemení, entre las bajas mortales de la explosión se encuentran 23 saudíes, nueve emiratíes y siete fuerzas marroquíes.

La noticia sale a la luz después de que al menos seis militares colombianos, un comandante mexicano y un combatiente argentino —mercenarios de la mencionada empresa estadounidense— perdieran la vida recientemente durante combates en la región de Al-Amri, en Taiz.

tqi/ncl/hnb/msf - HispanTv

Principal grupo económico de Argentina quiere reducir salarios o despedir trabajadores


Caracas - AVN - La llegada a la Casa Rosada del conservador Mauricio Macri ha puesto en consideración del grupo Techint, principal grupo económico de Argentina, la posibilidad de reducir 20 % los sueldos de trabajadores pertenecientes a la Unión de Obreros Metalúrgicos (UOM) que están suspendidos, o directamente despedirlos.

Esto, basado en la finalización de un acuerdo vigente en el cual la empresa Siderca, perteneciente al grupo Techint, imponía el pago de 80 % del sueldo a los obreros suspendidos. Ahora tanto la UOM como la empresa deberán dialogar para tener un nuevo acuerdo, informó Página 12.

El diputado electo por el Frente para la Victoria (FpV) y titular de la UOM en Campana-Zárate, Abel Furlán, manifestó su preocupación por la situación de los empleados. "Sin el acta de suspensiones no descarto que pueda llegar a haber despidos, que es lo que la empresa ha venido buscando hasta ahora", dijo, citado por el periódico argentino.

El acta de suspensiones es un método que Siderca y el grupo sindical implementaron desde abril pasado, el cual contemplaba el pago de 80 % de sueldo correspondiente para una cantidad de trabajadores de entre 400 y 600. Ahora Siderca tiene la intención renovarlo pero con 60 % de remuneración.

El cambio de política que lidera Macri, miembro de la alianza derechista Cambiemos, adjudica un nuevo estatus a la negociación. "Sin dudas la nueva situación política es más favorable para la empresa. No hemos tenido contacto con nadie del Ministerio del Trabajo y esperamos que las autoridades estén a la altura de la situación", recalcó Furlán.

Durante el gobierno de Cristina Fernández, herramientas como la protección comercial o los créditos subsidiados permitieron evitar recortes y despidos masivos.

Siderca, planta fabricadora de tubos ubicada en Campana, en la provincia de Buenos Aires, cuenta en su plantilla con más de 3.000 empleados.

Rusia sospecha que los ataques de EE.UU. a las tropas sirias fueron premeditados


Hay sospechas de que los ataques de la coalición liderada por Estados Unidos contra el Ejército de Siria no fueron casuales, ha declarado el embajador de Rusia ante las Naciones Unidas, Vitali Churkin. No se descarta que estos ataques puedan repetirse.

"Existe ese peligro", ha afirmado el diplomático en una entrevista concedida a la agencia RIA Novosti. "Los miembros de la coalición muestran, según se ha revelado, que bombardean de una manera caótica. Algunos bombardean dentro de la coalición, otros, como por ejemplo Turquía, lo hacen fuera de los marcos de la coalición".

"Existe la sospecha de que [los ataques] no fueron casuales. A pesar de todas las garantías que dieron al Gobierno sirio de que no se atacaría a las fuerzas del Gobierno sirio, de vez en cuando serán llevados a cabo en algunos lugares contra ellos. Y eso va a agravar la situación en Siria. Pero esperamos que esto no suceda", ha indicado el embajador de Rusia ante las Naciones Unidas, Vitali Churkin.

En relación al trasiego ilegal de crudo del EI a Turquía, Churkin indicó que Estados Unidos y el Gobierno turco deberían haber informado al Consejo de Seguridad de la ONU del contrabando de petróleo por parte del Estado Islámico, pero que no lo hicieron.

"Les formulé [a los comandantes del Pentágono] una pregunta muy simple: ustedes han estado realizado vuelos [en Siria] durante un año, nosotros llevamos allí dos meses y ya hemos presentado muchas fotos que demuestran que a través de la frontera con Turquía entra crudo de contrabando. ¿Ustedes no lo sabían? Deberían haber informado al Consejo de Seguridad", ha declarado Vitali Churkin a RIA Novosti.

Según el Ministerio sirio de Exteriores, cuatro aviones de la coalición internacional liderada por EE.UU., que actúa sin el consentimiento de Damasco, lanzaron el 7 de diciembre 9 misiles contra la ciudad siria de Deir ez Zor, dejando al menos tres muertos y 13 heridos.

Desde septiembre de 2014 la coalición liderada por EE.UU. lleva a cabo ataques contra las posiciones del Estado Islámico en Siria sin coordinar sus actividades con las autoridades locales. El derecho internacional solo autoriza el uso de la fuerza en un territorio extranjero por decisión del Consejo de Seguridad de la ONU, en caso de defensa o a petición de las autoridades de dicho Estado.

Actualidad RT

Diputado turco: "El Estado Islámico recibió desde Turquía componentes para fabricar gas sarín"


El Estado Islámico recibió todos los agentes y materiales necesarios para fabricar gas tóxico sarín a través de Turquía, según un parlamentario turco que mostró pruebas de un caso criminal que fue bruscamente cerrado.

Eren Erdem, miembro de la principal fuerza opositora del país, el Partido Republicano del Pueblo, entabló la semana pasada un debate público sobre la cuestión en el parlamento, y acusó directamente a Ankara de no investigar las rutas turcas de suministro de los componentes del gas mortal.

La utilización de sarín fue registrada en Guta y varias otras zonas cerca de Damasco en 2013, en ataques atribuidos por Occidente al Gobierno sirio, que negó su implicación en ellos, aunque se avino a entregar sus arsenales de armas químicas para evitar una intervención militar estadoundiense.

En su discurso en el parlamento del pasado jueves, Erdem mostró una copia del caso criminal 2013/120 abierto por el fiscal general de la ciudad de Adana, en el sur de Turquía.

"Este caso evidencia que materiales quimicos fueron suministrados por Turquía y ensamblados en los campos sirios del EI, en aquel entonces conocido como el Al Qaeda iraquí. Hay grabaciones telefónicas que incluyen mensajes como 'no te preocupes sobre la frontera, lo arreglaremos', lo que señala a la implicación de la burocracia", explicó Erdem en una entrevista a RT.

A raíz de las aparición de las pruebas, las autoridades de Adana arrestaron a 13 sospechosos.

Sin embargo, una semana después se designó a otro fiscal y todos los detenidos fueron liberados de forma inexplicable y abandonaron Turquía cruzando la frontera siria, según dijo Erdem.

"Y el suministró se llevó a cabo porque nadie lo obstaculizó", subrayó el parlamentario.

Erdem acusa a la Corporación de la Industria Mecánica y Química de Turquía y menciona algunos informes no confirmados que apuntan indicios de encubrimiento del caso por parte del ministro de Justicia, Bekir Bozdag.

Asimismo, Erdem menciona el ataque con armas químicas en Guta en agosto de 2013 imputado al Gobierno sirio.

"Las pruebas señalan al EI. Los inspectores de la ONU chequearon el lugar sin encontrar pruebas, pero en este caso hemos encontrado las pruebas. Sabemos quién usó sarín y nuestro Gobieerno también lo sabe", recalcó el diputado.

Erdem acusa a Occidente, y en concreto a Europa, de proporcionar materiales básicos para la preparacion de dicha arma química."Todos los materiales básicos fueron comprados a Europa. Fuentes occidentales saben perfectamente quién está detrás del ataque en Siria. Conocen a esta gente y a sus colaboradores", sostiene Erdem, lamentando la hiporcresía de Occidente.

Actualidad RT

domingo, 13 de dezembro de 2015

Sem refúgio: Forças sírias bombardeiam o Daesh em Homs, Aleppo e Hama


A Força Aérea da Síria intensificou sua campanha de bombardeios contra as posições do Daesh (autodenominado Estado Islâmico) nas províncias de Homs, Hama e Aleppo, segundo relata a agência de notícias Fars neste domingo (13).

“As posições do ISIL [Daesh] em Maheen e Quaryatayn, na província central de Homs, foram alvo de vários ataques aéreos por parte dos bombardeiros sírios, causando danos pesados aos redutos dos terroristas", disseram fontes citadas pela Fars.

Da mesma forma, também houve intensos bombardeios nas linhas de defesa do Daesh nas províncias de Hama e Khneifis, resultando na morte e ferimento de muitos militantes islâmicos.

"A frota aérea síria também realizou vôos de combate ao longo dos centros do ISIL [Daesh] em Ein al-Jamajmeh e al-Nejarah, na província do norte de Aleppo, nos quais dezenas de militantes foram mortos ou feridos e onde sua estrutura militar também foi destruída", disseram as fontes.

Pelo menos 33 terroristas do Daesh foram mortos no ataque aéreo coordenado das forças governamentais sírias nas três províncias. A Fars também relatou anteriomente que caças sírios conduziram várias missões de combate sobre posições do Daesh em pelo menos quatro frentes de batalha estratégicas na província de Homs, bombardeando seus alvos com mais intensidade do que nunca.

Os ataques aéreos estão abrindo o caminho para as forças terrestres do país retomarem as cidades e povoados controlados pelos terroristas e para possibilitar o deslocamento em direção à antiga cidade de Palmira, que está nas mãos do Daesh desde maio.

Sputniknews

Companhias suíças são pegas exportando petróleo ilegal de terroristas do Estado Islâmico


Comerciantes de petróleo da Suíça podem ter se metido em problemas após a revelação de que eles regularmente importaram petróleo dos terminais na Turquia onde o Daesh, autodenominado Estado Islâmico, vendia seu petróleo ilegal, informa o jornal suíço Le Matin.

O jornal obteve documentos comprovativos de que várias grandes empresas de comércio de petróleo do país exportaram petróleo da cidade turca de Ceyhan, um dos lugares no país onde o petróleo extraído pelo Daesh foi vendido.

"O risco [de as empresas suíças importarem petróleo do Daesh] é muito alto", disse Jean-Charles Brisard, um especialista francês em financiamento do terrorismo citado pelo Le Matin.

Como o grupo terrorista vende o combustível por um preço mais barato do que seu preço de mercado oficial, muitos compradores não se importaram de comprá-lo, embora houvesse uma proibição oficial de comprar petróleo extraído a partir de territórios controlados pelo Daesh.

Uma vez que o petróleo foi trazido para a Turquia, foi transportado para vários portos em todo o país, incluindo Ceyhan, que é uma porta de entrada para o Mar Mediterrâneo. De lá, ele estava disponível para clientes internacionais, informou o jornal.
Uma investigação realizada pela publicação mostra que várias empresas suíças recentemente compraram petróleo do porto de Ceyhan.

Anteriormente, soube-se que o Daesh transporta petróleo e produtos petrolíferos para a Turquia através de um sistema complexo que envolve uma ampla rede de intermediários.
A Turquia tem sido o principal destino dos produtos petrolíferos roubados pelo Daesh de numerosos campos petrolíferos no Iraque e na Síria. No início de dezembro, o Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens de satélite que mostram colunas de caminhões saindo dos territórios controlados pelos militantes islâmicos em direção à Turquia.

Sputniknews

sábado, 12 de dezembro de 2015

Nível de radiação em água subterrânea de Fukushima aumenta 4 mil vezes


A empresa proprietária da central nuclear de Fukushima detectou índices de radiação 4 mil vezes superiores aos do ano passado na água de um túnel subterrâneo, próximo ao edifício de tratamento de resíduos daquela unidade.

Um porta-voz da Tokyo Electric Power (Tepco) confirmou nesta quinta-feira (10) à agência EFE que os dados revelam uma "alta densidade de césio" no ponto de observação adjacente à central japonesa. A operadora disse desconhecer, até o momento, as causas do aumento, apesar de acreditar que não ocorreu vazamento para o mar.

Nas amostras recolhidas no dia 3 de dezembro no túnel - onde se acumulam entre 400 e 500 toneladas de água contaminada, incluindo a arrastada pelo tsunami de março de 2011 - foram detectados 482 mil becqueréis por litro de césio radioativo, um índice 4 mil vezes superiores aos medidos no ano passado.

Os dados também revelaram a presença de 500 mil becqueréis por litro de outras substâncias emissoras de raios beta - 4,1 mil vezes mais do que os apurados no ano passado.

O túnel encontra-se perto das instalações utilizadas para armazenar temporariamente água altamente radioativa que arrefece o combustível nuclear fundido no interior dos reatores danificados.

A Tepco assegurou que os índices de radiação na água armazenada são superiores aos registrados no edifício em si e que foram adotadas as medidas necessárias para que não ocorrer vazamento de água.

Além de descartar vazamentos para o mar, a elétrica afastou a possibilidade de eventuais vazamentos para outros túneis, dado que os níveis de radiação na água subterrânea próxima não subiram.

A operadora está investigando o caso para determinar a causa da alta.

Agência Brasil