terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Juristas explicam porque pedido de impeachment de Dilma é golpe parlamentar
Os juristas que se reuniram nesta segunda-feira com a presidenta Dilma Rousseff para apresentar pareceres e um manifesto em repúdio ao processo de impeachment afirmam que não há fundamento jurídico para que o processo seja levado adiante. De acordo com os juristas, uma das “impropriedades graves” no pedido é o fato de os parlamentares ainda não terem julgado as contas presidenciais.
Para o professor Luiz Moreira Gomes Júnior, conselheiro nacional do Ministério Público, “está muito claro para a comunidade jurídica brasileira” que não há embasamento constitucional no pedido. Moreira disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acatou o pedido para abertura do processo, não tem “credibilidade”, nem “idoneidade” para se apresentar como protagonista do processo.
Para Moreira, a situação pode ser caracterizada como “golpe parlamentar”. “A sociedade precisa entender, os cidadãos entenderão que o mandato de uma presidenta como Dilma não pode ser contestado por alguém que responde por várias ações no Supremo Tribunal Federal”, disse Moreira, que é doutor em direito. Ao conceder entrevista a jornalistas após o encontro com Dilma, o jurista fez também referência ao fato de o processo ter sido deflagrado após o PT anunciar que votaria contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
“Estamos a discutir um capricho de uma autoridade da República, que por ter sido contrariado pelo partido da presidenta, resolveu receber representação [sobre o pedido de impeachment] e colocar todas as instituições da República e da sociedade civil submetidas a seu capricho”, afirmou.
Em documento, os especialistas em direito declaram apoio à continuidade do governo até 2018, condenam "rupturas autoritárias" e afirmam que não há "qualquer fundamento jurídico" para impeachment. Segundo cópia do manifesto distribuída pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, mais de 70 juristas já assinaram o texto.
De acordo com a advogada e doutora em ciência política Rosa Cardoso, o processo do impeachment envolve a prática de um crime. Rosa Cardoso entende que não foi possível encontrar justa causa nem tipicidade de crime no processo em análise. “Um fato só pode ser atribuído a alguém se houver justa causa do ponto de vista criminal. Isso é materialidade criminosa, e materialidade criminosa não é ter feito qualquer coisa. Materialidade criminosa é alguma coisa que se considere crime”, afirmou.
Para o subprocurador-geral da República aposentado, Juarez Tavares, dentre os crimes de responsabilidade, estão “infrações graves que atentem contra a Constituição Federal. “Não se incluem entre os crimes infrações menores, nem irregularidades administrativas que possam ocorrer durante mandato presidencial”, disse.
Durante a entrevista concedida a jornalistas, alguns dos responsáveis pelos pareceres afirmaram que fazem a defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff “independentemente de coloração partidária” e que não estavam falando em nome de governo, e sim como estudiosos da matéria.
Ao se manifestar, o professor Francisco Queiroz Cavalcanti, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco, ateve-se ao mérito dos argumentos utilizados pelos autores do pedido. Segundo Cavalcanti, não cabe responsabilização por “pequenos atrasos” do Tesouro Nacional no financiamento de bancos como o Banco Nacional de Desenvolvimeto Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Cavalcanti sustenta que o país passa por um quadro econômico “absolutamente desfavorável” e que “medidas de fomento” tiveram de ser feitas. “De que a presidenta de apropriou? Nada. O que ela fez? Do que ela tinha conhecimento? O que se está tentando é imputar responsabilidade. Seria melhor atrasar um pouco pagamentos da Caixa do que deixar tantas pessoas sem recurso”, disse, referindo-se ao pagamento do Programa Bolsa Família.
Já para o doutor em direito Marcelo Labanca, como não houve nenhum ato pessoal direto da presidenta, não se pode gerar o chamado crime de responsabilidade. Labanca ressaltou que o que se deve analisar neste caso é se houve intenção de fraudar, e não somente “qualquer ato ilícito”. “O crime exige fraude, intenção da desonestidade. Não foi encontrado qualquer ato que levasse a presidenta a perder o seu mandato. O direito está sendo manipulado com finalidade política”, afirmou.
Vermelho
Marinha russa faz exercícios contra o uso de armas de destruição em massa
O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta terça-feira (9) que um grupo de navios da Marinha russa portando mísseis realizou exercícios no Mar Cáspio contra o uso de armas de destruição em massa.
Os principais exercícios simularam a utilização destes armamentos por um inimigo. De acordo com os planos para o treinamento, enquanto navegava, o comandante do navio esquadrão recebeu informações sobre uma ameaça de uso de armas de destruição em massa.
O próximo passo foi coordenar as ações para impedir que os armamentos fossem utilizados contra os navios russos, segundo informou o ministério. A Marinha também realizou treinos trabalhando uma âncora e a recepção e transmissão de sinais usando bandeiras, de acordo com o Código Internacional de Sinais.
Sputniknews
¿Qué triunfó en Venezuela tras las elecciones parlamentarias del 6 de diciembre?
Por Marcelo Colussi - HispanTv
Para mucha gente, en Venezuela y en el resto del mundo, esto es un “triunfo”. Pero, ¿qué triunfó en las elecciones parlamentarias del domingo 6 de diciembre?
Para esa lógica –que no es la nuestra, que quede claro– triunfó un discurso conservador, que se resiste a los cambios, que ve en el pobrerío en la calle y con cuotas crecientes de poder un verdadero problema. Un discurso, en definitiva, que transpira un profundo odio de clase, no importa si viene de la alta oligarquía, de la embajada de Estados Unidos o de la clase media, eternamente confundida.
Decir que triunfó “la democracia”, que ganó “el país” o que fue un triunfo “de todos los venezolanos”, no pasa de un barato juego de palabras insulso, hasta frívolo si se quiere. Quizá a un presidente en funciones, al menos cuando se mueve en la lógica de elecciones dentro de esquemas capitalistas como es el caso de Nicolás Maduro, no le queda más alternativa que repetir esas vacías frases hechas. Lo cual ya da una pista de lo que queremos decir: las elecciones del domingo no se salieron un milímetro de un marco capitalista. ¿Y el socialismo del siglo XXI?
No hay dudas que la derecha puede estar de fiesta, más aún después del triunfo del conservador Mauricio Macri en las elecciones presidenciales recién pasadas en Argentina. La idea es que “se comienza a restaurar” la tranquilidad perdida estos años, en los que fuerzas progresistas, con talantes reformistas marcaron parte del ritmo político de muchos países en Latinoamérica.
La Revolución Bolivariana no fue derrotada en Venezuela; pero definitivamente sufrió un revés grande, pues pierde la mayoría en el Parlamento, con lo que se abre un nuevo escenario político. Está claro que el discurso de derecha avanzó. Es evidente con los resultados electorales: si no, dos tercios de los legisladores antichavistas no hubieran sido elegidos para esta Asamblea.
Quizá la población de a pie no dejó de reconocer y agradecer los cambios que todo el proceso iniciado por Hugo Chávez puso en marcha. Lo de esta elección (la primera que pierde estrepitosamente el movimiento bolivariano) evidencia que existe un gran descontento popular, producto de una refinada estrategia de la derecha, asistida con muchos dólares estadounidenses. Luego de un muy bien realizado trabajo contrarrevolucionario donde se llevó a límites intolerables el desabastecimiento, la inflación, la escasez energética y la inseguridad ciudadana (guión que ya utilizó la potencia del Norte en innumerables ocasiones en distintos países del área), los resultados están a la vista. Sin dudas había montada una perversa guerra psicológico-política que terminó por quebrar a buena parte de la población.
Pero eso no lo explica todo. Es parte, importantísima sin dudas, para entender la cachetada del domingo; pero el análisis no puede quedar ahí. Preguntábamos más arriba: ¿y el socialismo del siglo XXI?
Más allá de la bronca que puede dar un resultado como el obtenido en estas elecciones –bronca, claro está, si lo miramos desde el campo popular–, debe abrirse un balance objetivo de lo sucedido. ¿Perdió la izquierda? Lo mismo podría preguntarse para Argentina.
Las sangrientas dictaduras que se sucedieron por toda América Latina entre los 70 y 80 del siglo pasado prepararon el camino para el capitalismo salvaje (eufemísticamente llamado neoliberalismo) que hoy día nos agobia. El campo popular perdió décadas de avances, conquistas históricas, perdió organización. Todo eso no desapareció para siempre, pero no hay dudas que hoy día está en terapia intensiva. Volver a levantar esos ideales de lucha antisistémica va a costar mucho todavía. Los tibios, muy tenues gobiernos con talante socialdemócrata que empezaron a darse últimamente en la región (con el proceso abierto por Chávez a la cabeza) pudieron despertar honestas buenas esperanzas.
La Revolución Bolivariana lleva ya más de década y media, y los cambios profundos y reales en la estructura del país siguen esperando. Partiendo por la dependencia petrolera (cáncer que produce muchos de los males que lo siguen aquejando igual que medio siglo atrás: burocratismo, ineficiencia, cultura rentista, despilfarro), el preconizado socialismo del siglo XXI nunca parece haber levantado vuelo. Fuerzas populares progresistas, de izquierda, revolucionarias, vienen pidiendo ese despertar desde hace tiempo. Pero la profundización real del socialismo nunca se dio.
Estamos tan golpeados en tanto campo popular, como izquierda, que un tenue rayo de esperanza como alguno de esos que calentaron estos últimos años nos moviliza. Pero ¡cuidado!: no hay que hacerse esperanzas donde no las hay.
Del proceso bolivariano se esperó mucho, pero vemos que no se afianzó ningún cambio sustancial. ¿Será que este cachetazo sirve para despertar y, de una buena vez por todas, encamina al socialismo? Pareciera que eso es imposible.
El margen de maniobra que tendrá ahora el Ejecutivo, con toda su estructura partidaria, es menor que antes. La derecha avanza victoriosa, y la población, una vez más, más allá de las monumentales movilizaciones teñidas de rojo, no es el actor clave en la revolución: sigue siendo un proceso palaciego.
Quizá todo esto (las derrotas electorales en Venezuela y en Argentina y lo que ello pueda traer aparejado: retroceso en el ALBA, en UNASUR, mayor injerencia estadounidense en la región, etc.) sirve para ver con claridad que los procesos tibios, a medias, las propuestas de “capitalismo con rostro humano”, a la población de a pie no le sirven de mucho. Procesos a medias, de aparente transformación social pero que no transforman nada, basados finalmente en la dádiva, en el populismo clientelar, no son buena escuela para la izquierda.
La construcción de otro mundo posible es viable sólo si se tiene claro qué es ese otro mundo al que se aspira. Que la derecha existe y es conservadora, que hará lo imposible –sin sangre o con profuso derramamiento de ella si es necesario en su plan– para mantener sus privilegios, está fuera de discusión. Que el desabastecimiento y la manipulación de la inseguridad ciudadana creados por ella sirvieron para lograr el descontento popular, también es más que evidente. Pero que la Revolución Bolivariana dejó de pensar en el socialismo del siglo XXI (o del socialismo en general) hace ya largo tiempo, también está fuera de discusión.
Lo del 6 de diciembre fue un reacomodo político, perjudicial para el partido de gobierno. Lo que sí está claro es que la izquierda sigue siendo un proyecto pendiente en nuestros países. Y sin marea humana luchando por sus reivindicaciones (no acarreadas para las elecciones) no hay cambio posible.
Por tanto: ¡la lucha sigue!
Rusia despliega 7000 soldados en frontera entre Turquía y Armenia
Rusia ha desplegado unos 7000 soldados en la frontera de Armenia cerca de Turquía, han informado fuentes de seguridad rusas y armenias.
Según un informe publicado este lunes en el diario armenio 168 Hours, el envío de tropas responde a una orden del presidente de Rusia, Vladimir Putin, que autoriza la reposición de los uniformados en la zona fronteriza de Armenia con Turquía.
Las fuerzas rusas desplegadas en la zona fronteriza provienen de dos bases militares de Rusia en el territorio armenio.
Fuentes de seguridad armenias, citadas por el rotativo, aseguran que en el contingente de militares rusos incluye equipos especializados en el uso de artillería pesada, en guerra electrónica y equipos antiaéreos.
Cabe destacar que al menos 18 cazas Mikoyan MiG-29 y varios sistemas de defensa aéreo S-300 se encuentran en las bases militares rusas en Armenia.
El informe también indica que los militares rusos han sido puestos en alerta combativa en caso de cualquier conflicto con la parte turca.
Este despliegue de tropas rusas se realiza en el marco de un acuerdo de defensa aérea entre Moscú y Yereván que permite a las fuerzas rusas permanecer y moverse en cualquier parte del territorio armenio.
El 24 de noviembre de 2015, dos cazas F-16 Fighting Falcon de la Aviación turca derribaron un Su-24 de las Fuerzas Aeroespaciales de Rusia que llevaba a cabo bombardeos contra las posiciones terroristas dentro del territorio sirio, como las de la banda takfirí EIIL (Daesh, en árabe).
Tras el derribo del caza ruso, las tensiones entre Moscú y Ankara han llegado a niveles sin precedentes. Los rusos han desplegado sistemas antiaéreos S-400 en el territorio sirio para resguardar a sus bombarderos.
hgn/ncl/hnb - HispanTv
Turquía ignora ultimátum de Irak y no retira sus tropas
Soldados del Ejército de Turquía.
Turquía se negó el lunes a cumplir la exigencia de Bagdad de retirar sus soldados del territorio iraquí.
“(Nuestras tropas) están presentes en Irak (…) tienen objetivos específicos; prestar apoyo y equipar. Nuestra presencia en Irak no es ningún secreto”, dijo el canciller turco, Mevlut Cavusoglu, durante una entrevista con la cadena de televisión local 24.
Estas declaraciones se produjeron luego de que el Gobierno de Bagdad fijase un ultimátum de 48 horas para que Turquía retire sus soldados que ha desplegado en el norte de Irak sin la autorización de las autoridades del país árabe.
El ministro de Asuntos Exteriores turco, al defender la decisión de Ankara de enviar soldados al norte de Irak, argumentó que tiene como fin proteger a los uniformados turcos que ejercen labores de entrenamiento de combatientes kurdos en el suelo iraquí.
Por su parte, los analistas kurdos aseguran que Turquía, mediante su presencia militar en el norte de Irak, busca involucrarse en la crisis iraquí, aumentar su influencia y establecer nuevas rutas para el contrabando del petroleo robado por el grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe).
Por su parte, un oficial turco bajo condición de anonimato, obviando las exigencias del Gobierno de Bagdad para retirar las tropas turcas, alegó que la presencia de uniformados de Turquía en el norte de Irak se mantendrá dado que “la parte iraquí así lo exige”.
No obstante, aseguró que aun están en curso las conversaciones entre los Gobiernos de Turquía e Irak al respecto y podrían llegar a un acuerdo próximamente.
El pasado viernes, Turquía desplegó cientos de sus soldados en la localidad de Bashiqa (diez kilómetros al norte de Mosul en norte de Irak), que está bajo el control de Daesh, so pretexto de entrenar a las fuerzas kurdas.
Las reacciones a esta medida turca fueron negativas; incluso, el secretario general de la Liga Árabe (LA), Nabil al-Arabi, la consideró una “flagrante intervención”.
No obstante, los medios de comunicación turcos estiman que Ankara planea instalar una base en esa zona. “Turquía está estableciendo una base en la región Bashiqa de Mosul con 600 soldados”, notificó el diario turco Hurriyet.
hgn/ncl/hnb - HispanTv
Revelan el sofisticado plan del Estado Islámico para dominar el mundo
El rotativo británico 'The Guardian' obtuvo un documento filtrado del grupo terrorista Estado Islámico que muestra que los yihadistas han dado los primeros pasos para crear un Estado y administrar los territorios que conforman el califato, que quieren extender por todo el mundo.
El documento, de 24 páginas, se titula 'Principios de la administración del Estado Islámico' y su autoría se atribuye a un ciudadano egipcio llamado Abu Abdullahda. El texto ofrece un amplio panorama de la visión del grupo yihadista y contiene las directrices para esferas como la educación, los recursos naturales, la industria, la diplomacia, la propaganda y el sector militar, informa el periódico.
Este plan del grupo terrorista fue filtrado por un hombre de negocios que trabaja en el territorio controlado por el Estado Islámico, que a su vez se lo proporcionó a Aymenn al Tamimi, un investigador de Cardiff (Reino Unido) que durante el último año ha recopilado el registro más completo de documentos de los yihadistas.
Una sola identidad para todos los integrantes del EI
El informe, de un nivel de sofisticación sin precedentes, propone una sola identidad para todos los combatientes del grupo terrorista con el objetivo de unir a extranjeros y a locales. En el documento se indica que, debido a que los combatientes que entran en sus filas son de varios países, el idioma universal que deberían usar es el árabe.
Autosuficiencia del califato
El texto aboga por el establecimiento de "fábricas de producción local militar y de alimentos" y "zonas seguras aisladas" para atender las necesidades locales y ser autosuficientes en suministros.
Administración militar
El texto detalla cómo tiene previsto el Estado Islámico construir campos separados de entrenamiento para las tropas regulares y los combatientes veteranos. Se informa que también recibirán "comentarios detallados sobre las tecnologías" del enemigo y se les explicará "cómo pueden aprovecharlas los soldados del Estado".
El manual recomienda asimismo instaurar un departamento de administración de los campamentos militares.
Adoctrinamiento de los niños
Según el documento del EI, los niños deben recibir entrenamiento sobre cómo llevar armas ligeras. El informe revela por primera vez que el grupo terrorista siempre tuvo la intención de formar a los niños en las artes de la guerra y precisa que los que destaquen de entre ellos serán "seleccionados para que se les asignen misiones de seguridad", incluidos los puestos de control y las patrullas.
Charlie Winter, investigador principal de la Universidad Estatal de Georgia, ha señalado al periódico: "Lejos de ser un ejército de fanáticos sanguinarios e irracionales, el Estado Islámico es una organización política que calcula profundamente y dispone de una infraestructura extremadamente compleja y bien planificada".
Actualidad RT
Irak demanda a Turquía que deje de beneficiarse del contrabando de petróleo iraquí
Un convoy de vehículos del Estado Islámico transporta productos derivados del petróleo. / mil.ru
El primer ministro de Irak, Haider al Abadi, ha instado a Turquía a que "deje de beneficiarse del contrabando de petróleo iraquí a través de su frontera".
Según la cadena de televisión Sky News Arabiya, al Abadi ha afirmado que "el Estado Islámico controla la mayor parte del petróleo de Irak y lo saca del país a través de Turquía".
Tras reunirse con el ministro de Relaciones Exteriores de Alemania, Frank-Walter Steinmeier, al Abadi ha reiterado su ultimátum y ha exigido a Ankara que "retire de manera inmediata" las tropas turcas de las cercanías de Mosul, una ciudad iraquí con más de un millón de habitantes que se encuentra bajo el control del Estado Islámico desde julio de 2014.
El primer ministro iraquí ha advertido a Turquía que, si no toma esta medida, Bagdad presentará "una queja por violación de su soberanía" ante el Consejo de Seguridad de la ONU. Al Abadi estima que las tropas turcas han entrado en su país "sin el permiso del Gobierno iraquí".
Este lunes, el Consejo de Seguridad Nacional de Irak ha debatido qué respuesta ofrecer a las acciones de Ankara.
Cientos de militares turcos fueron desplegados en la región de Mosul el viernes para entrenar a los soldados iraquíes. En respuesta, el Gobierno de Irak presentó un comunicado en el que calificaba el hecho como una violación de su soberanía y pidió su salida. Asimismo, el presidente de Irak, Fuad Masum, declaró que dicho despliegue de tropas turcas es "una violación de las normas y del derecho internacional" y advirtió sobre un posible aumento de la tensión en la región.
Pruebas irrefutables
El Ministerio de Defensa de Rusia presentó el miércoles pasado las pruebas de que el destino del petróleo robado por los terroristas del EI es Turquía. El Ministerio ha hecho públicas imágenes satelitales donde se ve cómo colas de camiones cargados con petróleo robado por el EI se concentran en la frontera turco-siria.
En la sesión informativa dedicada al tema, expertos militares rusos dieron a conocer las tres rutas principales de transporte a Turquía del petróleo robado.
Actualidad RT
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Presidente Bashar Al Assad afirma que coalizão dos EUA não funciona e está condenada ao fracasso
O governo Obama não aprende com a experiências de seus fracassos no Afeganistão e na Líbia, afirma o presidente Bashar Al Assad em entrevista à televisão tcheca.
Entrevista concedida pelo Excelentíssimo Senhor Presidente Bashar Al Assad à TV tcheca, em 01/12/2015.
TV tcheca: Senhor Presidente, obrigado por disponibilizar o seu tempo. Deixe-me começar com uma pergunta pessoal. O senhor é um médico. Em 2011, o senhor disse que escolheu a cirurgia ocular, porque não há, nesta área, nenhuma emergência e envolve apenas uma pequena quantidade de sangue. Isso foi em março de 2011, no mesmo período em que a guerra eclodiu na Síria, que é, indiscutivelmente, um dos mais sangrentos conflitos no mundo. Ou seja, é um estado de emergência de pesado calibre. Como o senhor lida com isso?
Presidente Bashar Al-Assad: Se você quer fazer uma ligação entre esse trabalho ou qualquer outro trabalho relacionado à cirurgia, de um lado, e que está acontecendo na Síria por outro lado, então isso depende das intenções. Nas cirurgias sempre há sangue, mas esse sangue é para salvar a vida do paciente e não para matá-lo. Porém, o sangue derramado na Síria é causado pelos terroristas que estão matando os sírios. E nossa função, como governo, é salvar vidas através da eliminação dos terroristas. Esta é a única relação entre estes dois pontos. Espero ter entendido a sua pergunta.
TV tcheca: Sim. Quero dizer ...
Presidente Bashar Al-Assad: Como eu disse, a nossa função é salvar vidas. E se isso leva ao derramamento de sangue, é porque decorre da defesa de nossa pátria. Os estados utilizam os exércitos para defender seus países.
TV tcheca: Mas o número de mortos chegou a 250 mil pessoas. E isso é inimaginável em qualquer país.
Presidente Bashar Al-Assad: Isso acontece como resultado da presença de um grande número de terroristas, apoiados por potências regionais e ocidentais. Os terroristas não vieram somente de dentro da Síria. Eles vieram de mais de cem países em todo o mundo. Eles quiseram fazer da Síria uma base para o terrorismo. Esta é a situação atual. Se não tivéssemos defendido o nosso país, esse número subiria exponencialmente.
TV tcheca: O senhor mencionou o terrorismo. Parece-me que houve avanços significativos na crise síria nos últimos dias. Em sua opinião, qual é a data mais importante na crise síria? Foi em 30 de setembro com a intervenção russa ou em 13 de novembro com o ataque terrorista a Paris?
Presidente Bashar Al-Assad: Certamente a data mais importante é a da participação da Rússia ou, como foi anunciado, a formação de uma frente para lutar contra o terrorismo. Este é o acontecimento pragmático mais importante contra o terrorismo. Quanto ao que aconteceu em Paris, após o ataque terrorista, em termos políticos serviu para acalmar os ânimos dos franceses, sugerindo que os franceses atacarão o "Daesh" de uma maneira muito diferente. E o que isso significa? Será que a França não era séria antes do ataque a Paris? Então o que tinha acontecido foi apenas para acalmar os ânimos dos franceses e não uma resposta séria? Enquanto isso, os russos estão mostrando uma seriedade muito grande na luta contra o terrorismo e há cooperação entre eles e o exército sírio.
TV tcheca: Então o senhor acredita que o aumento dos ataques da aliança ocidental, liderada pelos Estados Unidos não ajuda?
Presidente Bashar Al-Assad: De acordo com os fatos, pode-se dizer que, desde a formação da aliança, houve uma expansão do "Daesh" e do número dos que aderiram à ele em todo o mundo. E para contrastar com isso, desde o início da participação da Rússia no mesmo processo, chamado de guerra contra o terrorismo, o "Daesh" e a “Frente al-Nusra" estão sitiados. O mesmo se aplica aos outros grupos terroristas. Os fatos falam por si.
TV tcheca: Não seria a simples razão para isso, do ponto de vista militar, que a Força Aérea da Rússia está trabalhando com as tropas do exército sírio?
Presidente Bashar Al-Assad: A razão para isso é a existência de cooperação. Foi isso que eu disse. Você não pode matar os terroristas ou erradicar o terrorismo a partir do ar. Não dá, é impossível. Os americanos tentaram isso no Afeganistão por um longo período. Por mais de doze ou treze anos. Eles conseguiram alguma coisa? Não. Não conseguiram nada. O terrorismo continua forte no Afeganistão. Você precisa cooperar com quem está dentro do país. Com qualquer força e a principal força na Síria é o exército sírio e, claro, o governo sírio.
TV tcheca: O presidente francês está tentando formar uma ampla coalizão contra o terrorismo. Pairam dúvidas quanto a esta tentativa?
Presidente Bashar Al-Assad: Certamente. Se eles querem aprender algo com o que aconteceu recentemente em Paris, por que eles não tiraram uma lição com o ataque ao Charlie Hebdo? É o mesmo princípio e o mesmo conceito. Dissemos, na época, que esta era a ponta do iceberg e que há algo muito maior ainda submerso. Eles não aprenderam. Em segundo lugar, você não pode lutar contra o terrorismo, enquanto estiver oferecendo a ele o apoio direto, através do fornecimento de armas e a formação de alianças com um dos maiores apoiadores do terrorismo no mundo, que é a Arábia Saudita. Você não pode fazer isso porque envolve uma contradição. Você não pode ser o ladrão e o policial ao mesmo tempo. Você tem que escolher de qual lado quer ficar.
TV tcheca: Mas eu não ouvi falar de qualquer apoio ocidental ao "Daesh" ou à "Frente al-Nusra".
Presidente Bashar Al-Assad: Você pode verificar isso de forma clara através da Internet. Há partes francesas e, claro, as outras partes. Mas o exemplo francês existe. Como é que um país como a França pode vender armas para uma parte que desconhece e sequer conhece o destino destas armas? É impossível. Eles, certamente, sabiam disso por intermédio da Arábia Saudita, do Qatar e, possivelmente, de outros países.
TV tcheca: Aconteceu um acidente na fronteira com a Turquia, com a derrubada de um lançador russo. O senhor acredita que esse incidente irá afetar o resultado dos esforços do presidente francês para formar uma aliança mais ampla? O senhor acredita que isso irá atrapalhar as conversações de paz na Síria?
Presidente Bashar Al-Assad: Eu não penso assim. Mas acredito que isso levou Erdogan a mostrar a cara. Pode-se dizer até que ele perdeu as estribeiras, porque a intervenção russa alterou o equilíbrio das forças no terreno. Portanto, o fracasso de Erdogan na Síria e o fracasso de seus grupos terroristas significa o fim de sua carreira política. Por isso, ele quis fazer qualquer coisa para impor obstáculos diante de qualquer êxito. E foi por isso que ele fez o que fez. Mas eu não acredito que isso vá alterar o equilíbrio. A guerra contra o terrorismo continua. E a participação da Rússia será cada vez mais forte, embora já seja forte. Eu acho que não há espaço, neste sentido, para um retrocesso, mesmo se ele fizer isso de novo ou se agir de outro modo.
TV tcheca: O presidente americano diz que não quer repetir o mesmo erro, ou seja, perpetrar uma ofensiva terrestre sem saber, de fato, quem irá preencher o vazio. A maioria dos candidatos presidenciais para as eleições nos Estados Unidos dizem que querem fazer muito mais do que apenas ataques aéreos. Qual abordagem o senhor acha que seria mais efetiva para derrotar o "Daesh"?
Presidente Bashar Al-Assad: Na verdade, se você quer falar sobre terrorismo de uma forma geral e não apenas do "Daesh", eu acredito que devemos atuar em vários eixos e encontrarmos uma solução multifacetada. Uma parte desta solução está relacionada à ideologia e a outra parte está relacionada à economia, às posições políticas e à cooperação política. E, por fim, a cooperação em segurança e a luta direta contra essas organizações, devido à situação em que estamos agora. Não há alternativa senão lutar contra eles diretamente. Mas isso não é suficiente. Se você quer lutar contra estas organizações e derrota-las, você deve cortar seus suprimentos e armas, dinheiro e voluntários que entram no país, principalmente através da Turquia, com o apoio dos sauditas e qataris. Este é o primeiro passo que deve ser tomado no momento em que estas organizações estão atacando no terreno. O problema agora é que estamos lutando contra terroristas que desfrutam de suprimentos ilimitados provenientes de diferentes países, principalmente de países da região e com o apoio ou a aquiescência do Ocidente ou, mais precisamente, de alguns países ocidentais.
TV tcheca: O senhor disse que a sua prioridade é combater os terroristas e derrotá-los antes de uma solução política. O que o senhor quer dizer com derrotar o terrorismo? Significa que não reste nenhum grupo armado de oposição na Síria?
Presidente Bashar Al-Assad: Você não pode falar no sentido político de oposição, se esta oposição pegar em armas. Quando vocês falam sobre a oposição em seus países, se referem somente a movimentos políticos. Em segundo lugar, se a oposição for política, ela deve ter bases populares, portanto, quando falamos em rebeldes ou combatentes que portam armas para atacar o povo sírio ou o exército sírio e para destruir as propriedades públicas e privadas, então isso é terrorismo. Não há outra definição para isso. Se nós não aceitamos a expressão ‘oposição lutadora’ ou ‘militar’ ou "oposição moderada" que carrega armas, é porque ela não é uma oposição e sim terrorismo. Para nós, a oposição é um movimento político que atua dentro ou fora da Síria, não importa. O outro aspecto da oposição, claro, é ser uma oposição nacional e não uma oposição formada na França ou no Qatar ou na Arábia Saudita ou nos Estados Unidos ou no Reino Unido. Deve ser uma oposição síria, formada na Síria. Nós temos uma oposição síria. Temos uma verdadeira oposição síria, independente de sua extensão ou força. Isso não importa. Portanto, a derrota do terrorismo irá eliminar as barreiras diante de qualquer processo político. Agora, se chegarmos a um acordo sobre os passos ou as medidas com qualquer parte da oposição em qualquer lugar do mundo, ou seja, com uma oposição síria, o que pode ser alcançado? Poderíamos realizar eleições verdadeiras? Poderíamos alcançar a estabilidade com a oposição? Os terroristas vivem no seu próprio mundo e têm seus próprios objetivos. Eles têm uma agenda e uma ideologia próprias. É completamente diferente do aspecto político, portanto, se iniciarmos o processo político e devemos inicia-lo, porque eu não disse que ele não deve ser iniciado, eu disse que, se você quiser dar passos concretos, isso deve ocorrer somente depois de começarmos a derrotar o terrorismo. Eu não disse que devemos fazê-lo somente depois da derrota, até porque a derrota demanda um longo processo.
TV tcheca: Temos um problema fundamental aqui. Falou-se em Viena sobre uma oposição moderada, incluindo grupos armados. E o senhor disse que não é possível negociar com quem carrega armas.
Presidente Bashar Al-Assad: Não. O processo tem dois lados. Um deles se refere ao tratamento com a oposição política e o outro lado se refere ao tratamento com estes grupos. É o processo que chamamos, na Síria, de processo de conciliação e ocorrerá quando eles entregarem suas armas e voltarem às suas vidas normais. O governo lhes concederá a anistia.
TV tcheca: Sob suas condições...
Presidente Bashar Al-Assad: Não. Será uma anistia total, se a pessoa em questão voltar à sua vida normal. Não será acusada de qualquer crime. E será livre para viver uma vida normal. Uma vida pacífica, sem lutas, sem portar armas e sem aterrorizar as pessoas. Estas conciliações têm sido bem sucedidas na Síria. Na verdade, elas têm obtido mais resultados do que qualquer processo político. Por isso, nós não dizemos que não estamos lidando com esses militantes, porque se eles mudarem de posição, é claro, você vai ter que lidar com eles. Mas quando você fala sobre "Daesh" ou "Frente al-Nusra" e as outras organizações ligadas à al-Qaeda, você verá que eles não estão dispostos a depor as armas e negociar com o governo de forma alguma. Eles não aceitam isso e nós também não aceitamos. A ideologia deles é contra o governo e contra o país como um todo. Eles não reconhecem fronteiras e não reconhecem quem não se assemelha a eles. Portanto é difícil ou mesmo impossível chegar a qualquer consenso com eles. Eu estou falando sobre os outros grupos que aterrorizam as pessoas a fim de obter dinheiro ou plantar o medo nos corações das pessoas ou por qualquer outra razão. Temos sido bem sucedidos nas negociações com eles.
TV tcheca: Então o senhor concorda plenamente com as negociações de Viena, que se referem às conversações entre o governo e os grupos de oposição, no período de um mês ou talvez à véspera do final do ano?
Presidente Bashar Al-Assad: Desde o início desta crise, falamos da nossa disposição para negociar com qualquer parte, portanto, no que se refere à estes grupos, sabidamente ligados aos franceses e outros, e não aos sírios, nós os tratamos como uma oposição que representa aquele país. Porque os sírios conhecem a realidade. Nós não somos contra qualquer forma de cooperação ou diálogo ou negociações. O diálogo, na verdade, é a expressão mais precisa. Mas, de qualquer forma, se alcançarmos um acordo com esta oposição, que não possui nenhuma base popular na Síria, aonde chegaremos? É uma pergunta simples. Podemos negociar por meses e, em seguida, eles não executarão nada porque eles não têm qualquer influência sobre os terroristas. Então se eles não têm quaisquer bases populares e não influenciam os sírios, qual seria o significado dessas reuniões? Em princípio nós não dizemos não. Dizemos sim. Mas, na realidade, não podemos dizer às pessoas que esperamos alcançar algo por trás disso e que este é o caminho para resolver o problema.
TV tcheca: Como o senhor descreveria este conflito? É um conflito entre o governo e os combatentes pela liberdade ou um conflito em que os xiitas lutam contra sunitas ou árabes contra os persas? É um confronto entre as grandes potências? É uma luta entre um país secular e os fanáticos religiosos? O que é exatamente?
Presidente Bashar Al-Assad: Ele inclui todos os fatores que você citou. Mas nem todos esses fatores são verdadeiros. Isto é, se você está falando sobre os verdadeiros sentimentos dos sírios. Por exemplo, se pegares o fator sectário, que mencionastes, verás que ele não é real. Porque se fores, agora, a qualquer lugar da Síria, nas áreas que estão sob o controle do governo sírio, encontrarás todas as nuances dos espectros étnico e sectário da sociedade síria. Portanto, este fator não é verdadeiro. Caso contrário, não verias as pessoas convivendo umas com as outras. Então este não é o caso. O ódio sectário foi agravado pelos sauditas e qataris. Além disso, há sempre aqueles fanáticos que dão ouvidos a esse tipo de discurso. Em todo o caso, esta não é a situação. A guerra está sendo travada entre o governo e militantes apoiados por potências regionais e internacionais que têm a mesma agenda.
Eles podem ter motivações distintas, mas a agenda é a mesma. Eles querem mudar o governo. Querem derrubar o governo e o estado sírio, mudar o presidente e o sistema político como um todo, sem consultar o povo sírio. Esta é a realidade da batalha. Portanto, se estamos falando de rebeldes, eles não têm qualquer agenda. Negociamos com eles e concluímos que eles não têm quaisquer exigências políticas. Eles buscam apenas o dinheiro. Em sua maioria são mercenários que buscam realizar as agendas de outras partes. Se esta for a realidade da batalha, então a Rússia tem apoiado o governo porque ela apoia o Direito Internacional e a estabilidade na região, porque a estabilidade desta região significa a estabilidade do mundo como um todo. Quanto aos Estados Unidos, eles sempre buscam dominar o mundo e pelo fato da Síria ser independente, eles não aceitam a existência de um país que lhes diga não. A realidade é que esta guerra é entre o governo apoiado pela maioria do povo sírio contra os mercenários apoiados por esses países.
TV Tcheca: Em nível pessoal, houve um avanço significativo, que chama a atenção, sobre a forma como o senhor é visto. Especialmente no Ocidente. O senhor se transformou da esperança de seu povo para um dos principais malvados deste mundo. E o senhor passou a ser, mais uma vez, parte da equação na Síria. Como o senhor viveu este período de transformação?
Presidente Bashar Al-Assad: Transformação de...
TV tcheca: Transforma-lo de uma esperança para o seu país para...
Presidente Bashar Al-Assad: Você quer dizer antes da crise?
TV tcheca: Sim, quero dizer que todo mundo depende do senhor, agora, para garantir o futuro da Síria.
Presidente Bashar Al-Assad: Se você se refere à relação com o Ocidente, em 2005 eu era um assassino, em 2008 tornei-me um pacificador e em seguida, em 2011, tornei-me um sanguinário. Agora há algo de uma mudança positiva. Digamos que seja uma mudança tímida e não muito explícita.
TV tcheca: Como o senhor aceitou isso em termos pessoais? Como o senhor tem convivido com esta mudança?
Presidente Bashar Al-Assad: Em termos pessoais, não houve qualquer impacto, pelo simples fato de que ninguém mais leva as autoridades ocidentais a sério. Para isso, há várias razões. Em primeiro lugar, eles não têm mais credibilidade. A segunda é que eles não têm visão e são conhecidos pela superficialidade. A terceira é que eles não são independentes e seguem as ordens dos Estados Unidos da América. Portanto eles não são sérios e, consequentemente, não têm nenhuma importância. Isso se aplica a maioria dos europeus. Nós observamos o senhor deles, ou seja, os Estados Unidos. Em suma, isso não me causou nenhum impacto em nível pessoal, especialmente quando estamos num estado de guerra, o importante mesmo é o que os sírios querem e a maneira como o povo sírio me vê. Isto sim é muito importante para mim. Não me importo com o que os outros acham. Então quando falamos sobre a volubilidade no comportamento europeu em relação à Síria ou em relação a mim como pessoa, isso costuma mudar de ponta a cabeça. Mas eu não mudei. Continuo sendo a mesma pessoa desde que me tornei presidente, em 2000, portanto você deve perguntar a eles pelo motivo de sua volubilidade e não a mim.
TV tcheca: Então a mensagem para o Ocidente é que não há mortes ocorridas pela falta de distinção entre civis e combatentes desde o início da guerra na Síria. E não há torturas generalizadas contra os adversários do regime?
Presidente Bashar Al-Assad: Vamos supor que isto seja verdade, de acordo com a campanha de propagandas deles. Como você poderia continuar desfrutando do apoio popular e permanecer no cargo por cinco anos, quando a potência mais poderosa do mundo está contra você e os países mais ricos do mundo estão contra você e quando seu povo, que você mata, está contra você? Como você pode resistir a tudo isso? Isso não pode ser real. É claro que você desfruta de apoio. E como você teria o apoio de seu povo, se você o mata? Você teria uma explicação? Não, porque não é verdade. Se você quer falar sobre as vítimas, toda guerra é ruim. Não existe guerra boa, mesmo que seja por uma boa causa. Ela continuará sendo uma guerra ruim. E você tem que agir para evita-la. Mas quando você não pode evita-la, a guerra estará relacionada aos assassinatos e as armas estão relacionadas ao assassinato. E há sempre vítimas inocentes em todas as guerras travadas ao longo da história. No que diz respeito às intenções, como é que você pode matá-los se está buscando o seu apoio?
TV Tcheca: Como o senhor se sente quando vê as fotos de centenas de milhares de sírios fugindo para a Europa?
Presidente Bashar Al-Assad: Eu sinto uma enorme tristeza. Especialmente se você prestar atenção, você verá que cada um desses sírios que deixou a Síria, deixou para trás uma história triste. Isso reflete as dificuldades enfrentadas pela Síria durante a crise. Do ponto de vista racional, cada um destes sírios é considerado um recurso humano perdido pela Síria. Desta forma, isso irá prejudicar a estrutura da sociedade no país. Mas, no final, temos que tratar dos motivos. E eu acho que a pergunta que cada europeu deve fazer é: Por que eles saem? Eles estão saindo por várias razões. Em primeiro lugar, por causa dos terroristas que os atacam em todos os lugares, seja diretamente ou através dos ataques à infraestrutura, ao modo de vida, às necessidades básicas e assim por diante. Em segundo lugar, por causa do bloqueio econômico europeu, que beneficiou diretamente os terroristas, porque qualquer cerco é contra a população do país em questão. Muitos deixaram a Síria porque não puderam mais viver aqui. Porque eles não conseguiram garantir suas necessidades básicas para viver. Por isso, partiram para a Europa ou Turquia ou qualquer outro lugar.
TV tcheca: Eles dizem que o senhor os decepcionou como líder.
Presidente Bashar Al-Assad: Eu os decepcionei? Eu não destruí sua infraestrutura. Não dei armas aos terroristas para matar e destruir. A questão é quem fez isso? Foram os europeus, os sauditas e os qataris.
TV tcheca: E o que a Europa deveria fazer agora? Os europeus devem temer essas pessoas ou ajudá-las?
Presidente Bashar Al-Assad: Em primeiro lugar, grande parte deles não é síria. Quanto aos sírios, eles são uma mistura. Pode-se dizer que a maioria dos sírios é de pessoas boas e patriotas. São pessoas comuns. Mas há, naturalmente, a infiltração de terroristas entre eles. Isso é fato. Não temos como saber o número deles. Isso é muito difícil de determinar. Esta é a realidade. Acredito que existam algumas evidências na internet. Existem fotos e vídeos para provar que algumas das pessoas que estavam matando as pessoas e, em alguns casos, cortando cabeças, tinham deixado o país rumo à Europa, como cidadãos pacíficos.
TV tcheca: Mas, de um modo geral, o senhor acha que devemos ajuda-los ou temê-los?
Presidente Bashar Al-Assad Isso depende de como os europeus vão trata-los. Porque você não está tratando apenas de terrorismo. Está tratando de uma cultura. Até mesmo antes da crise e antes dessa enxurrada de refugiados que saem para ir aos seus países. O problema é como fazer para integrar estas culturas em suas sociedades e eu acredito que a Europa falhou nisso. Tanto na maneira como a Europa lida com essa situação, como no que diz respeito ao dinheiro gasto pelas instituições wahhabitas para deturpar o entendimento dos muçulmanos. Eu me refiro aos muçulmanos da Europa. Isso criou mais problemas que levaram ao crescimento do extremismo em seus países. Na verdade, esta área foi, por vezes, exportadora do extremismo para Europa. E agora, nesta crise que experimentamos, a Europa passou a exportar o extremismo para nós. Então, isso depende de como vocês lidarão com a situação. E eu não acredito que vocês vão conseguir chegar a uma integração facilmente.
TV tcheca: Como o senhor se vê neste conflito? O senhor diz que os seus inimigos são os terroristas, os fanáticos e os agentes dos estrangeiros. Qual é a coisa mais preciosa que o senhor tenta proteger?
Presidente Bashar Al-Assad: Em nosso país?
TV tcheca: Sim.
Presidente Bashar Al-Assad: O Secularismo. Porque a Síria é como um caldeirão onde se fundem os mais diferentes grupos sectários e étnicos. O secularismo na Síria difere daquele compreendido por alguns no Ocidente e talvez, de modo especial na França, de que ele é contra a religião. Na verdade, o secularismo na Síria é a liberdade de religiões, denominações e raças. Sem isso, ela não existiria como é conhecido no mundo há séculos. Portanto, esta é a coisa mais importante que nós estamos tentando proteger. A segunda coisa é a moderação porque, em virtude desta riqueza e da diversidade na comunidade, temos mantido esta moderação durante séculos. Sem moderação, não existiria o caldeirão do qual falei. O que os terroristas estão fazendo agora é criar uma nova geração que não sabe nada sobre a tolerância. Eles serão assassinos, extremistas e fanáticos que não aceitam o próximo. E, dentro de poucos anos, isso se tornará um perigo real. Como podemos lidar com esta nova geração? Não estamos falando aqui sobre aqueles que estão na faixa dos 20 anos ou mais, mas sim sobre aqueles que não chegaram aos vinte anos de idade. Este é o verdadeiro desafio que enfrentaremos.
TV tcheca: Existe algo que não poderá ser feito para proteger esses valores que o senhor mencionou?
Presidente Bashar Al-Assad: Não. Devemos fazer tudo o que pudermos para proteger nosso país. Você não pode proteger seu país se você não puder proteger a sua sociedade e os valores e princípios desta sociedade. A pátria não é apenas território e fronteiras, mas sim um povo e um modo de pensar.
TV tcheca: Se o senhor tivesse a oportunidade de mudar uma única decisão tomada durante os últimos cinco anos, qual seria esta decisão?
Presidente Bashar Al-Assad: Nós confiamos em muitos, nos quais não deveríamos ter confiado. Este é o maior problema dentro e fora da Síria. Isto se aplica, por exemplo, a Erdogan, no passado, e a muitos sírios que descobrimos, durante o conflito, serem fanáticos e seguirem uma ideologia extremista como a da Irmandade Muçulmana. Alguns deles pertenciam a al-Qaeda e agora carregam armas e lutam. No início, pensamos que eles estavam lutando pela pátria. Essa foi a principal questão. Mas se estamos falando de estratégia, acredito que ela se baseou em dois pilares: O primeiro configurado no diálogo e o segundo na luta contra o terrorismo. Estes dois pilares não mudarão e nós não os mudaremos.
TV tcheca: Nem mesmo o equilíbrio entre estes dois pilares?
Presidente Bashar Al-Assad: Você não pode falar de equilíbrio, porque há uma realidade que muda todos os dias. Portanto, o diálogo deve continuar até o seu limite máximo. Assim como devemos continuar a lutar contra o terrorismo até o limite máximo. Deve haver uma relação estável entre os pilares sem que haja qualquer antagonismo entre eles. Neste caso, não há necessidade de equilíbrio neste sentido, mas sim a necessidade de trabalharmos, paralelamente, ao máximo em ambos.
TV tcheca: Vamos falar um pouco sobre as relações com a República Tcheca. A República Tcheca foi um dos poucos países que mantiveram seus embaixadores na Síria durante todo o conflito. Qual é a extensão da importância disso para o senhor?
Presidente Bashar Al-Assad: Isto é importante por várias razões. Em primeiro lugar, porque as relações pré-crise com a República Tcheca não eram relações calorosas. Na verdade, tivemos muitas divergências. Nossas relações com a maioria dos países europeus era melhor do que as nossas relações com o seu país. Na verdade, o que aconteceu durante a crise, quando a maioria dos países europeus adotou a campanha de propaganda ocidental sobre os acontecimentos na Síria, seu país manteve o equilíbrio no que diz respeito às nossas relações. Isso não significa que vocês apoiam o Governo da Síria ou o presidente sírio, mas sim que vocês estão desempenhando um papel natural, que cada país deveria desempenhar, ao manter as relações até mesmo com os adversários. Como você pode desempenhar um papel ou mesmo saber o que está acontecendo, sem que existam relações? Este é um dos lados da questão. O outro lado da questão é que a República Tcheca é um país pequeno, é parte da União Europeia e tem sido alvo de graves pressões por parte de muitos países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, para mudar sua posição, que por vezes pode é simbólica, como manter a sua embaixada. Isso pode ser simbólico em alguns casos. No entanto, a República Tcheca quis ser independente e é isso o que está faltando no mundo de hoje. A maioria dos países não é independente e a maioria das autoridades não é independente, especialmente no Ocidente. Por outro lado, um pequeno país como a república Tcheca pode ser independente. Isso fez com que o seu país, pela sua posição, ganhasse um enorme respeito na Síria. Independentemente de concordarmos ou não com a sua posição. Mas, em suma, nós respeitamos sua posição. Este deve ser o comportamento das autoridades de Estado, no que tange as posições políticas de suas autoridades, e isso é muito importante para nós. A terceira face é a credibilidade de suas posições porque muitos governos europeus reconhecem, justamente agora, que sua posição estava certa sobre o que acontece na Síria e sobre manter um canal aberto com o governo sírio. Eu creio que eles precisarão, agora, de sua ajuda para que possam voltar ao caminho, especialmente no que diz respeito ao aspecto político. Desta forma, este assunto tem múltiplas faces, mas pode ser resumido por uma posição equilibrada sobre a situação na Síria.
TV tcheca: Outro aspecto é que o Presidente Zemin falou sobre a possibilidade da assinatura de um acordo de paz sírio em Praga. O senhor apoia essa ideia?
Presidente Bashar Al-Assad: Claro que apoiamos qualquer tentativa de encontrar uma solução para a crise na Síria, especialmente se estamos tratando de um governo que goza de credibilidade. Ficaremos, certamente, muito felizes em cooperar com ele.
TV tcheca: Quanto ao sentido simbólico, quero dizer, no que diz respeito às conversações de Genebra e Viena, o processo de assinatura em Praga será realista?
Presidente Bashar Al-Assad: Claro que será realista. Se você perguntar aos sírios, eles dirão que não seria possível realizar uma conferência de paz na França, por exemplo. Porque a França apoia o terrorismo e apoia a guerra. Ela não apoia a paz. Mas se você mencionar Praga, há uma aceitação geral da ideia devido à posição equilibrada do seu país.
TV tcheca: Numa análise final, depois do que aconteceu na Síria nos últimos anos, todo mundo já viu aquelas imagens horríveis. O senhor sofre de insônia? Já teve sonhos perturbadores?
Presidente Bashar Al-Assad: Você vive nesta situação de tristeza todos os dias. Você convive com o sofrimento das pessoas diariamente. Em cada hora do dia há uma notícia ruim. Portanto, este é o clima em que vivemos. Mas, ao mesmo tempo, os sírios sentem que este é um dos desafios produzidos pelos eventos e que não é somente a luta ou as posições políticas, mas sim viver a sua vida diária. Um exemplo da importância disto está nas famílias dos mártires do nosso país. Quando você os visita, você vê neles uma força de vontade. Eles estão tentando levar uma vida normal, dentro do possível. Portanto, você não pode deixar-se viver numa bolha de tristeza. Você tem que seguir sua vida e trazer esperança para as pessoas. E você deve manter o otimismo, para que você possa resolver os problemas e restabelecer a vida normal na Síria.
TV tcheca: Existe margem de dúvidas para um homem na sua posição?
Presidente Bashar Al-Assad: Duvidar de que?
TV tcheca: Dúvidas sobre suas ações e sobre os passos que tens adotado?
Presidente Bashar Al-Assad: Você quer dizer no passado?
TV tcheca: Sim. Eu quis dizer quando o senhor pergunta a si mesmo.
Presidente Bashar Al-Assad: Claro, você tem que rever suas decisões todos os dias. E se você prestar atenção aos detalhes, sempre há algo que você poderá fazer melhor. Porque não há nada que possa ser considerado absolutamente certo ou absolutamente errado. Portanto, você pode avaliar o percentual do acerto e do erro. Esta é uma questão pessoal. Você pode mudar de ideia, em tudo, todos os dias. Isso depende da situação, especialmente quando não há um fator destacado. Todos os fatores estão inter-relacionados e, portanto, alcançar um equilíbrio entre as várias ações que devem ser adotadas não é fácil. . Você deve revisar e mudar continuamente. Mas eu acredito que uma avaliação real e objetiva somente poderá ser feita depois de superarmos a crise. Porque é difícil chegarmos a conclusões sobre tudo quando se está no meio de uma guerra. Então eu acho que depois da crise, seremos capazes de identificar os nossos erros. É certo que nós cometemos erros, assim como toda a humanidade.
TV tcheca: Como o senhor vê a Síria daqui a dez anos?
Presidente Bashar Al-Assad: Em 10 anos, a nossa única opção será derrotar o terrorismo. Não há nenhuma outra maneira. Em segundo lugar, manter a sociedade secular e as suas várias seitas. Em terceiro lugar, realizar reformas na Síria para atender aos sírios no que diz respeito ao seu sistema e ao seu futuro político. Então, eu acredito que o mais importante é manter o secularismo e que os sírios se tornem muito mais integrados do que eram antes da crise. Apesar de já serem integrados, sempre há lacunas nas sociedades. Espero, ainda, alcançar a prosperidade para a Síria.
TV tcheca: E onde o senhor se vê daqui a 10 anos? O senhor consegue imaginar uma vida fora do gabinete presidencial? Ou talvez fora da Síria?
Presidente Bashar Al-Assad: Sinceramente, eu nunca me importei com o cargo. Não me importo e nunca me importarei. Eu não penso nisso em absoluto. Até mesmo antes de me tornar presidente, eu não tinha pensado no cargo. A questão é o que os sírios querem. Agora, nós estamos no centro desta guerra e eu não vou dizer que eu estou deixando o cargo, seja qual for o motivo, a não ser que o povo sírio queira que eu saia. Num estado de guerra, você deve cumprir com o seu dever de proteger seu país. Caso contrário, você seria um traidor. E isso é inaceitável, tanto para mim quanto para os sírios. Quando houver eleições, os sírios decidirão se me querem. E eu ficarei feliz em representá-los. E se não quiserem a minha presença, ficarei feliz em renunciar. Eu não tenho nenhum problema quanto a isso.
TV tcheca: Ao longo de cinco anos, houve uma discussão sobre tira-lo do poder. Algumas vezes pareceu que a questão não era se o senhor renunciaria, mas quando isso iria acontecer. Depois de cinco anos, o senhor continua aqui. O que o senhor tem, que os líderes do Egito, da Tunísia e da Líbia não tem?
Presidente Bashar Al-Assad: O apoio popular. Se você não goza de apoio popular, não terá sucesso e sim irá falhar. Se você quer falar sobre esses presidentes que você mencionou, você pode ver que eles não gozavam de apoio popular. Eles contavam, inicialmente, com o apoio do Ocidente. Mas quando o Ocidente percebeu que eles não gozavam de apoio popular, mudou sua posição e disse-lhes que eles devem deixar o poder. Enquanto que, na Síria, a única coisa que me manteve no cargo foi o apoio popular e nada mais.
TV tcheca: Então o seu lugar na história será o de último sobrevivente?
Presidente Bashar Al-Assad: Não. Não é assim. Tenho sido muito franco com os sírios desde o início. Eu sou uma pessoa muito franca. Em segundo lugar, é muito importante que as pessoas saibam que estão lutando pelo seu país e que você está lutando com elas. Você não está travando uma luta pessoal. E eles não estão lutando para me manter na presidência ou no poder. E eu não estou lutando para permanecer no cargo. Isso é algo sobre mim que eles conhecem muito bem. Se esta fosse a minha guerra e se ela estivesse sendo travada para me manter no poder, ninguém entraria nela. Essas pessoas não lutariam e não sacrificariam suas vidas por isso.
TV tcheca: A última e a mais difícil pergunta. Quando haverá paz na Síria?
Presidente Bashar Al-Assad: Quando esses países que mencionei, a França, a Grã-Bretanha, os Estados Unidos, a Arábia Saudita, o Qatar e alguns outros países que apoiam os terroristas, cessarem com este apoio. A situação mudará no dia seguinte e as condições estarão melhores dentro de poucos meses. E haverá uma paz ampla na Síria. Isto é certo.
TV tcheca: Existe algum cronograma para isso?
Presidente Bashar Al-Assad: Como eu disse, dentro de alguns meses. Se eles cessarem com o apoio. Se eles não cessarem e continuarem a impor obstáculos, isso vai mudar. Apesar desses obstáculos, nós sairemos vitoriosos. Quando? Isso é difícil de responder.
TV tcheca: O senhor está otimista quanto a isso?
Presidente Bashar Al-Assad: Certamente. Caso contrário, não teríamos lutado. Se não tivéssemos esperanças, nós os sírios, não teríamos lutado nesta guerra.
TV tcheca: Obrigado, Sr. Presidente.
Presidente Bashar Al-Assad: Obrigado por nos visitar. Gostei muito desta entrevista.
Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria
Tradução: Jihan Arar
Venezuela: Aún se está a tiempo de salvar la Revolución
por Carlos Aznárez - Resumen Latinoamericano
Venezuela instalada en el peor de los escenarios interpela a la conciencia de muchas y muchos latinoamericanos. ¿Qué ha ocurrido para que una oposición mediocre, sin programa político más allá del odio y el revanchismo contra todo aquellos que sea chavista, haya podido conseguir unos resultados de tanta holgadez que prácticamente los coloca en la puerta de obtener el gobierno?
Sin duda son varias las razones que fueron generando este presente, unas provocadas por el enemigo y otras muy ligadas a las propias contradicciones y errores de un proceso revolucionario, del que nadie, absolutamente nadie, está excento.
Tiene razón Nicolás Maduro cuando señaló en la madrugada del 7D que por sobre todas las cosas triunfó la guerra económica, y con ella puso a la contrarrevolución al borde de asaltar ese poder tan deseado por sus monitores de Washington. Una guerra que prácticamente se convirtió en estos dos últimos años en un bloqueo gestado desde adentro mismo del país para minar día a día, hora a hora, la voluntad de resistencia de quienes, dentro del propio pueblo venezolano, batallaron heroicamente contra el paro petrolero del 2002 y así hasta la fecha.
“Guerra", se pronuncia fácil esa palabra cuando no se la vive en lo cotidiano: madres deseosas de dar de comer a sus hijos soportando largas colas, llenando sus bolsas no de alimentos sino de frustraciones continuas ante la falta de leche, harina pan, papel de baño, jabón, y tantos otros artículos que se escamotean con criminal insistencia. Contrabando hacia Colombia, llevándose lo que en cada ciudad escasea. Hay que haberlo vivido para saber que la bronca que estas situaciones producen, apuntan casi siempre hacia arriba, no para denunciar solamente a los gestores reales de estas estrategias letales, empresarios millonarios e inescrupulosos ligados a la oposición más cerril, sino que también, casi lógicamente, el desánimo suele poner al gobierno en la mira. Es indudable que un pueblo, con el nivel de conciencia adquirido en estos 15 años de Revolución, se plantee exigir a su Gobierno que tome las riendas en sus manos, que aplique toda la dureza necesaria para que los que se enriquecen con el dolor de los más humildes no sigan humillándoles, que si hay que nacionalizar, expropiar y llenar las cárceles de desabastecedores no le tiemble la mano. Que se suba un escalón más y se nacionalice el Comercio Exterior para ir reparando los daños causados por problemas estructurales que se vienen arrastrando desde la Cuarta República.
La capacidad de comprensión de estas demandas urgentes, formuladas una y otra vez, generan un pozo de desesperanza cuando no se obtienen respuestas, y de allí a desmovilizarse -física o mentalmente- hay un solo paso, y la oposición, impulsora directa de todos estos climas, supo aprovecharse de los mismos. Sólo basta imaginar que de ese 25 por ciento de ciudadanos que se abstuvieron, un buen porcentaje son chavistas, que sin pasarse directamente a la derecha, sí quisieron protestar a su manera contra un gobierno que paradójicamente es el que más ha hecho por ellos en el último siglo.
Pero hay más razones, que son similares a lo que han venido sufriendo todos los procesos progresistas y revolucionarios del continente. El terrorismo mediático, claro que sí. Esa andanada mortífera de mentiras lanzadas por los medios locales y externos, creadores de “escenarios" como pocos, gestores de iniciativas desesabilizadoras o maestros en la creación de “liderazgos”, como el realizado con el golpista Leopoldo López, o apelando a la institucionalización del “ victimismo”. Allí está el ejemplo de la esposa del reo, Lilian Tintori, a la que el dinero a raudales invertido por la coalición antichavista internacional (los Aznar, los Felipe González, los Pastrana o los Tuto Quiroga y Uribe Vélez) sirvió para pasearla por todo el mundo, a efectos de provocar adhesiones en su cruzada contra “el dictador Maduro”.
Todos estos elementos son un detalle que quizás no hubieran alcanzado para llegar hasta este presente, si detrás de cada una de las jugadas contra el gobierno venezolano no estaría el Imperio y una larga lista de cómplices, entre los que el fascismo español ocupa la delantera. Es precisamente ese protagonista tan especial, que desde el mismo momento en que Hugo Chávez llegó al gobierno, puso en marcha todos los mecanismos para lograr su derrocamiento. De idéntica manera pero con diferentes resultados a lo que intentaron hacer con la Cuba de Fidel y Raúl.
Ese imperio es, no hay que olvidarse, el enemigo principal de la Revolución que ahora está al borde del precipicio, pero a la vez debería ser la matriz que provoque un gigantesco y urgente esfuerzo de reconstrucción de las fuerzas populares para enfrentarlo en todos los terrenos posibles. No es que se haya perdido una elección, sino que se puede perder una Revolución, y eso sí que cuesta años o a veces siglos, si se piensa en recuperar un escenario similar.
Todo indica que no hay que bajar los brazos ni caer en depresiones paralizantes, aún "tenemos Patria” y a la vez se corre contra reloj, como para titubear o sumergirse en propuestas tibias, claudicantes, socialdemócratas, que suelen abundar en las entrañas del Proceso, inducidas por “asesores” europeos que en sus países son poco y nada. Se trata de defender todas las conquistas alcanzadas, las Misiones, la Educación, las viviendas, la tierra repartida. Contra todo ello embestirá sin dudas, con desprecio y prepotencia racista, ese “universo” que representa la oposición derechista que ahora ha llegado con fuerza a la Asamblea Nacional. Entregarles las conquistas, sería suicida. Endurecer el proceso revolucionario, escuchar lo que se grita en barrios y parroquias, ir por todo, a pesar de las circunstancias, quizás no resulte exitoso, pero vale la pena intentarlo. Existe un liderazgo, Nicolás Maduro, el hombre en el que el Comandante Chávez depositó todas sus esperanzas y confianza. El jefe de un ejército de humildes y patriotas que ha sabido cumplir con la difícil tarea, a pesar de los pesares. Qué más se necesita para empinarse de valor y pegar un volantazo, con el pueblo movilizado en la calle. Aún estamos a tiempo, y vale la pena recordar en estas duras circunstancias, aquella frase premonitoria pronunciada por Fidel después del desembarco del “Granma”: “tenemos 10 hombres y 10 fusiles, vamos a ganar la Revolución”.A casi 57 años de esa gesta, Cuba sigue de pie.
Tropas ucranianas enfrentam desmoralização após deserção de general
A deserção do general do serviço de Segurança da Ucrânia Alexandr Tretiak e sua passagem às milícias confirmou nesta sexta-feira o estado de desmoralização visível entre as tropas mobilizadas na repressão à população do Donbass, confirmou uma fonte rebelde à mídia local.
Tretiak conseguiu passar para o território da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) e está disposto a cooperar com as autoridades da região, rebelde ao controle de Kiev, informou o serviço de imprensa do Ministério de Segurança.
A deserção do general coincide com a abertura em Kiev de processos de instrução penal por parte da Promotoria Geral contra 29 oficiais dos serviços secretos do governo imposto depois do golpe de estado de 22 de fevereiro de 2014, informou a Agência de Notícias de Donetsk (AND).
Por sua vez, a República Popular de Lugansk (RPL) denunciou que na linha de separação atuam grupos diversionistas que atacam tanto as posições do Exército de Kiev como as milícias, com fins de provocação.
O porta-voz rebelde explicou que existem vários comandos móveis deste tipo, que não são parte da insurgência nem das Forças Armadas ucranianas.
Eles vêm, disparam contra ambos lados e desaparecem", explicou a fonte, ao acrescentar que "ninguém sabe o que passa, nem nós, nem as tropas ucranianas".
Neste contexto, os militares ucranianos mobilizados na repressão contra a população do Donbass (sudeste da Ucrânia) respondem com fogo contra as posições da RPL, informou-se.
Segundo o porta-voz rebelde, os comandos de sabotagem estão integrados por mercenários, cujo objetivo é provocar um confronto entre a RPD e a RPL, de um lado, e do outro Ucrânia, e como consequência uma violação dos acordos acertados em Minsk em fevereiro e setembro de 2015.
Na quinta-feira, o Estado Maior da RPD denunciou que as tropas de Kiev deslocaram 39 sistemas de artilharia e unidades de blindados para a linha de contato.
O porta-voz do Ministério de Defesa do território, Eduard Bassurin, afirmou que sete tanques de guerra foram observados próximos ao assentamento populacional de Peski (ao norte de Donetsk) a três quilômetros da linha de contato.
Igualmente, oito blindados e dois complexos de lança-mísseis múltiplos do tipo Grad e mais 10 sistemas de artilharia autopropulsada foram vistos em Stepnoye (região de Maryinsky), segundo a fonte citada pela Agência de Notícias de Donetsk.
O oficial acrescentou que dois lança-mísseis Grad, quatro metralhadoras Giantsin-B de 152 milímetros e quatro Mstá-B desse mesmo calibre chegaram ao povoado de Novosselóvka Piérvaia, controlado pelas Forças Armadas ucranianas.
A trégua acordada em Minsk estabelece a retirada do armamento pesado de menos de 100 milímetros e morteiros desse calibre a até 120 a uma distância de 15 quilômetros da linha de contato, resultado que contradiz os interesses dos oligarcas ucranianos interessados na guerra.
Prensa Latina
Síria protesta na ONU contra ataque dos EUA às instalações do Exército do país árabe
O Ministério das Relações Exteriores da Síria enviou nesta segunda-feira (7) um protesto oficial ao Conselho de Segurança da ONU pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA a instalações do Exército sírio em Deir ez-Zor, noticiou a agência SANA.
“A Síria condena veementemente o ato de agressão pela coalizão liderada pelos EUA, que contradiz a Carta das Nações Unidas sobre seus objetivos e princípios. O Ministério das Relações Exteriores enviou cartas ao Secretário-Geral da ONU e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas”, relatou a pasta em nota.
Ataques aéreos liderados pelos EUA a um quartel do Exército sírio mostram que a coalizão internacional não é séria e sincera em sua luta contra o terrorismo, disse o Ministério das Relações Exteriores sírio.
De acordo com a chancelaria síria, quatro aeronaves da coalizão lançaram nove mísseis em instalações do Exército na noite de domingo (6), matando pelo quatro soldados e ferindo outros 13, segundo informou o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane. O ataque aéreo também destruiu três veículos blindados, quatro veículos militares, duas metralhadoras e um depósito de munição.
Sputniknews
Primeiro turno de eleições regionais francesas dá esperança à extrema-direita
Com quase 28% dos votos a seu favor, a Frente Nacional de Marine le Pen ultrapassa o bloco Os Republicanos, Modem (Movimento Democrático) e UDI (sigla de União de Democratas e Independentes) e a aliança socialista.
Quando estão cerca de 98% dos boletins escrutinados, a Frente Nacional obteve 27,96% dos votos, seguida pelos Republicanos (26,89%). Já os socialistas conseguiram cobrar 23,33% dos votos.
No domingo, a França celebrou o primeiro turno das eleições regionais.
A Frente Nacional, presidida por Marine le Pen, é um partido de direita que tem estado ganhando força no país durante o ano em curso.
Em seu discurso após o anúncio do resultado do primeiro turno das eleições, ela frisou que o seu partido é o "único a defender a soberania da nação" e "recuperar as regiões esquecidas do interior [do país]", restabelecendo desta maneira uma "República verdadeiramente francesa"
Marine le Pen está realizando uma gestão mais "moderada" do seu partido comparando com o fundador da Frente Nacional, Jean-Marie le Pen (ela até o excluiu do partido).
Segundo a Reuters, a Frente Nacional lidera em seis regiões que vão de norte a sul, passando pelo centro do país: Nord-Pas-de-Calais-Picardie, Provença-Alpes-Costa Azul, Languedoc-Roussillon-Midi-Pyrinées, Alsace-Champagne-Ardenne-Lorraine, Centro-Val-de-Loire e Bourgogne-Franche-Comté.
Está previsto um segundo turno, que terá lugar no próximo domingo, 13 de dezembro.
Sputniknews
Turquía se pone de los nervios tras el cruce de buque ruso con militar blandiendo un arma
Imagen divulgada por medios turcos muestra a un militar armado con un sistema antimisiles portátil en la cubierta de Caesar Kunikov, 4 de diciembre de 2015.
El Gobierno de Turquía califica de “amenaza potencial” las imágenes divulgadas por medios de comunicación turcos en las que aparece un militar armado con un sistema antimisiles portátil en un buque ruso de desembarco que atravesaba el Bósforo.
“Todos sabemos perfectamente cómo deben atravesar el Bósforo los buques militares, consta en la Convención de Montreux, consideramos como una amenaza potencial lo que tenía en sus manos el militar ruso al atravesar el Bósforo y calificamos el incidente de provocación”, ha afirmado este domingo el ministro de Asuntos Exteriores de Turquía, Mevlut Cavusoglu.
A este respecto, el jefe de la Diplomacia turca ha prometido que en el caso de percibir una situación amenazante, Ankara daría una “respuesta necesaria”.
Según los medios turcos, mientras el buque ruso de desembarco Caesar Kunikov pasaba el viernes por el Bósforo, cerca de la ciudad turca de Estambul ―supuestamente rumbo hacia Siria― se veía cómo un militar blandía un lanzacohetes en la cubierta.
Como han alegado fuentes turcas, esta iniciativa de buques de guerra rusos, de desplegar soldados con sistemas de misiles portátiles en las cubiertas y cerca de los puentes de los barcos, tiene como objetivo contrarrestar posibles ataques aéreos por parte de Turquía.
Todo esto tiene lugar mientras en el marco de la Convención de Montreux se regula el paso de los buques por los estrechos turcos del Bósforo y de los Dardanelos, y el mar de Mármara.
Las relaciones entre Rusia y Turquía se deterioraron después de que Turquía derribara el pasado 24 de noviembre cerca de frontera turco-siria un bombardero ruso su-24 que retornaba a su base tras bombardear objetivos terroristas.
Al ser atacado por el Ejército turco, los dos pilotos se eyectaron del avión en paracaídas, pero uno fue asesinado por miembros de un grupo armado turcomano en Siria y apoyado por el Gobierno de Ankara y el segundo fue rescatado.
El presidente ruso, Vladimir Putin, ha tachado el derribo del avión ruso de “puñalada por la espalda que tendrá serias consecuencias para la relación de Rusia con Turquía”.
Ante el derribo del avión ruso, el Gobierno de Moscú ha informado de cambios en sus lazos bilaterales, militares y turísticos con Ankara.
De hecho, Rusia ha enfatizado en reiteradas ocasiones que el derribo del caza ruso está relacionado con el apoyo de Ankara al grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe), ya que afirma que Turquía lo derribó para proteger el suministro petrolero de Daesh de los bombardeos de las Fuerzas Aeroespaciales de Rusia.
El Ministerio ruso de Defensa presentó el miércoles pruebas de que el presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, así como su familia, se benefician del contrabando de crudo de Daesh, y de que las autoridades turcas facilitan el paso de camiones cisterna de EIIL a su territorio.
tas/ctl/mrk - HispanTv
Assinar:
Postagens (Atom)