sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Informativo sobre os recentes acontecimentos na Síria


• As forças aéreas israelenses lançaram um ataque aéreo, que partiu da região sudeste, atingindo a zona industrial e os hangares do Aeroporto Internacional de Damasco, que estão localizados nas proximidades da sala de embarque. 12 cidadãos sírios ficaram feridos e foram transferidos para os hospitais de Damasco.

• Homens armados violaram a trégua no bairro de Barza, em Damasco, e atiraram contra os membros do Exército Árabe Sírio, atingindo um cidadão que passava no local e bloqueando a passagem para o Hospital Militar Teshreen, por cerca de 10 minutos.

• Na cidade de Aleppo, um dos grupos terroristas atacou o bairro de Ashrafieh com um cilindro de gás explosivo, que resultou na morte de seis cidadãos sírios e no ferimento de 21 pessoas. Além disso, houve perdas materiais já que vários carros, prédios e lojas sofreram danos. No bairro de Amiriya, uma cidadã foi alvejada por um atirador terrorista e transferida para o Hospital Universitário.

• Ainda em Aleppo, na região de Safira, um míssil atingiu o bairro de Sakhana, vitimando uma cidadã e resultando em danos materiais. Outro cilindro de gás explosivo foi lançado contra a escola Adham Mustafa, no bairro de Saif Al Dawla, resultando no ferimento de quatro cidadãos e em danos materiais.

• Dois morteiros foram lançados contra o acampamento de Wafideen, na Zona Rural de Damasco, ferindo nove pessoas.

Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria
Data: 13/11/2015
Tradução: Jihan Arar

A Rússia ameaçou "gentilmente" os EUA? É mesmo?!


The Saker, The Vineyard of the Saker - Tradução: Vila Vudu

Negócio interessante, o que aconteceu hoje. Um grande canal de TV russo acaba de pôr no ar reportagem sobre reunião entre Putin e os mais altos comandantes militares russos. Não tenho tempo para traduzir o que Putin dizia, palavra a palavra, mas, basicamente, dizia que os EUA recusaram toda e qualquer proposta que a Rússia lhes fez para negociar a questão do sistema antimísseis dos EUA na Europa e que, apesar de os EUA terem dito inicialmente que o alvo real daquele sistema seria o Irã, mesmo agora, depois de a questão nuclear iraniana já estar resolvida, os EUA continuam a implantar o sistema. E Putin acrescentou que os EUA estão claramente tentando alterar o equilíbrio militar mundial.

Então, na sequência, a matéria do canal russo mostrou o que se vê aqui. https://www.youtube.com/watch?v=rogsX9sqaKU

Segundo o Kremlin, seria documento secreto inadvertidamente vazado. E só para ter certeza de que todos entenderam perfeitamente o que fora vazado, RT escreveu longo artigo em inglês sobre o vazamento, intitulado "'Dano inaceitável garantido': canal da TV russa vaza inadvertidamente projeto secreto de torpedo nuclear". Segundo RT,

"O slide de apresentação intitulado "Ocean Multipurpose System: Status-6" mostrava projetos de um novo sistema de armas para submarino nuclear. Aparentemente, foi projetado para escapar aos radares da OTAN e a qualquer sistema existente de mísseis de defesa, ao mesmo tempo em que causa dano pesado a "importantes instalações econômicas" ao longo das regiões costeiras do inimigo. Uma nota de rodapé aposta àquele slide explicava que o Status-6 visa a causar "dano inaceitável garantido" a força adversária. Detonado "na área do litoral inimigo" resultaria em "zonas extensivas de contaminação radioativa" que garantidamente tornariam a região inutilizável para "qualquer atividade militar, econômica, empresarial ou de qualquer outro tipo" por "longo tempo." Conforme a informação na imagem mal definida do slide, o sistema mostra torpedo gigante, projetado como "veículo submarino de autopropulsão", com alcance de mais de 10 mil quilômetros e capacidade para operar em profundidade superior a mil metros."

Na verdade, nada disso é novidade. O falecido Andrei Sakharov já propusera ideia similar para, basicamente, varrer do mapa toda a Costa Leste dos EUA. Os russos também examinaram a possibilidade de detonar artefato nuclear para fazer explodir a "Yellowstone Caldera" e, basicamente, destruir quase todos os EUA, num só tiro.

Embora nos primeiros anos depois da 2ª Guerra Mundial os soviéticos tenham, sim, examinado todos os tipos de esquemas para ameaçar de destruição os EUA, o desenvolvimento subsequente das capacidades nucleares dos soviéticos tornaram praticamente inútil desenvolver desse tipo de "arma do Apocalipse". Pessoalmente, não acredito, nem por um segundo, que os russos considerem seriamente a ideia de desenvolver sistema desses, que seria, literalmente, desperdício de recursos. Assim sendo, o que está, de fato, acontecendo?

O dito "vazamento" de "documentos secretos", evidentemente, não foi vazamento, coisa nenhuma. Foi ação completamente deliberada. Imaginar que algum jornalista russo, por engano, filmaria documento secreto, que um general ergueria gentilmente para que ele visse melhor, e depois mandaria as imagens à redação do jornal ou rede de televisão onde o editor imediatamente poria no ar a 'notícia'... é piada.

Toda e qualquer imagem feita em reunião do presidente com os mais altos comandantes militares da Rússia em todos os casos seria checada e rechecada várias e várias vezes. Não. A 'mensagem' foi recurso para relembrar aos EUA que se eles realmente estão decididos a queimar bilhões de dólares na busca inútil por algum tipo de sistema antimísseis, a Rússia pode, facilmente e em menos tempo, desenvolver arma muito mais barata, e os EUA continuarão ameaçados de aniquilação nuclear total.

Porque, e que ninguém se engane quando a isso, o tipo de torpedo de longo alcance sugerido no 'vazamento' seria de construção baratíssima, usando só tecnologias já existentes. Ouso até acrescentar que, em vez de disparar esse tipo de arma para o litoral dos EUA, o sistema poderia ser projetado para disparar um míssil secundário (balístico ou cruzador) que, a partir do litoral, voaria rumo a qualquer alvo no interior do território. Mais uma vez: todas essas tecnologias já existem nas forças militares russas e têm sido até usadas, em escala menor. Vejam com seus próprios olhos [vídeo].

De volta agora ao mundo real: não acredito, nem por um segundo, que algum sistema antimísseis seja algum dia instalado na Europa para proteger OTAN, UE ou EUA contra ataque russo de retaliação, no caso de o Império decidir atacar a Rússia. O que os leste-europeus estão fazendo é pintar um alvo na própria testa, porque serão eles os primeiros a serem destruídos, em caso de crise. Como? Primeiro, por Forças Especiais; depois, por mísseis Iskander – caso tudo o mais fracasse.

Mas no cenário mais provável componentes chaves do sistema antimísseis sofrerão, repentinamente, "falhas inexplicáveis", que tornarão inutilizável todo o sistema. Os russos sabem que é assim, e os norte-americanos também sabem. Mas, para garantir que todos captaram a mensagem, os russos resolveram agora mostrar que nenhuma versão funcional e sobrevivível de sistema norte-americano antimísseis jamais protegerá alguém contra retaliação, se os russos forem atacados.

A parte triste é que os analistas norte-americanos, todos eles, compreendem perfeitamente tudo que aqui escrevi; mas não têm voz naquele Pentágono fantasticamente corrompido. O verdadeiro objetivo do programa militar dos EUA não é proteger alguém contra alguma inexistente ameaça russa, mas desviar bilhões de dólares para empresas norte-americanas e seus acionistas. E se no processo os EUA desestabilizam todo o planeta e ameaçam os russos... "prô diabo com os russos! Nós somos a nação indispensável! O resto do planeta que se foda!" Certo?
Errado.

O que aconteceu hoje foi um modo gentil de mostrar que os russos sabem onde pisam e do que estão falando.

[assina] The Saker

Ver: https://www.youtube.com/watch?v=_FgPBGteLzU

Batalhas no Iraque e na Síria: Atualização


Moon of Alabama - Tradução: Vila Vudu

A luta contra os terroristas islamistas no Iraque e Síria avançou rapidamente hoje. O apoio aéreo dos EUA no Iraque e da Rússia na Síria permitiu importantes avanços de várias forças de solo, que conquistaram áreas consideráveis.

A Rússia continua a construir seus arsenais na Síria e pode em breve introduzir novos itens de solo e aéreos.

Depois de vários dias de preparação, pelos bombardeios norte-americanos, 7 mil forças curdas e Yezidi atacaram hoje o Estado Islâmico a partir das montanhas Sinjar para o sul, na direção da cidade de Sinjar. Sinjar está a cerca de 50 km a leste da fronteira entre Síria e Iraque. Logo ao sul da cidade está a importante Rodovia 47, principal artéria de transporte entre Mosul no Iraque e Raqqa na Síria.

Os atacantes tiveram apoio em solo dos Controladores Avançados de Voo dos EUA, que indicaram os pontos exatos a atacar, em cada ataque. A operação foi bem-sucedida em menos tempo do que se esperava. A cidade está cercada por forças Peshmerga e dos YPG e amplo trecho da rodovia está agora sob controle dos curdos. As primeiras unidades já estão entrando na cidade. Agora, o maior problema são atiradores escondidos nos prédios, minas e explosivos em geral, e essa fase mais sangrenta da tomada da cidade demorará algum tempo.

Devem-se esperar contra-ataques na rodovia, mas não serão bem-sucedidos em campo aberto, desde que a força aérea dos EUA mantenha o apoio aos curdos.

Na Síria, o progresso foi ainda maior. Depois de libertar o aeroporto e a base de Queires, a leste de Aleppo, que permanecia ocupada por terroristas, hoje foi tomada maior quantidade de terreno em torno da base/aeroporto. O plano parece ser assumir o controle da área entre o aeroporto, a leste de Aleppo, que foi libertada pelo sul, e a cidade de Aleppo, no oeste. A usina termoelétrica a meio caminho entre o aeroporto e a cidade, foi retomada hoje pelas forças sírias. O aeroporto será reabilitado, o que permitirá apoio rápido, de curta distância, para todas as futuras operações entre Aleppo e a fronteira turca.

A sudoeste de Aleppo, avançou rapidamente a bem-sucedida campanha rumo à estrada entre Aleppo, rumo sul, para Idleb, Hama, Homs e Damasco.

A cidade de Al-Hadher, que estava sob controle da Frente al-Nusra/al-Qaeda, foi retomada, em operação surpreendentemente rápida, e o assalto prosseguiu rapidamente rumo a oeste, em direção à estrada, com a captura de Al-Eis. A estrada, agora a apenas 2 km de distância, ainda está sob controle das gangues da al-Qaeda/Exército Sírio Livre e é importante via de ressuprimento a partir da Turquia, até outras áreas ocupadas pela al-Qaeda mais ao sul.

A leste de Damaco, um aeroporto militar Marj Al-Sultan, que estava em mãos de Jaysh al-Islam foi retomado por forças do governo sírio, depois de preparações aéreas. Foi então estabelecido um cordão em torno da área de Ghouta-leste, antes sob controle dos terroristas, pela primeira vez em três anos de guerra. Ghouta-leste é usada pelos terroristas para disparar morteiros e foguetes contra Damasco. A área está agora cercada, e no momento certo será limpa.

Já há imagens de novas armas russas em Latakia junto à costa mediterrânea. Pela primeira vez há notícias (não confirmadas), de que um tanque de combate T-90 teria sido avistado na Síria. É o mais moderno modelo russo de tanque em serviço, e receberá tripulação russa. O tanque pode pertencer a alguma nova unidade russa ativada em campo. No aeroporto militar russo em Latakia foram vistos (confirmadamente) um radar 96L6 para bateria de mísseis de defesa do sistema S-300PMU2 ou S-400. As tropas russas já não dependerão da cobertura aérea com base no mar, que lhe dava o míssil cruzador Moskva.

Agora as tropas russas já contam com defesa antiaérea móvel, de grande alcance (300-400 km) com base em terra. Esse equipamento pode ser facilmente movido para maior profundidade em terra, para, sendo necessário, cobrir todo o oeste da Síria.

A Rússia trabalha para aumentar o número de missões aéreas por dia, e está equipando um aeroporto adicional. Espera-se para breve a chegada de mais aviões e helicópteros.

Três Um ataque suicida na área xiita de Ayn al-Sikkeh no sul de Beirute, no Líbano, matou pelo menos 25 37 civis e feriu cerca de 100 180. Depois de divulgado que teria sido ataque terrorista da al-Qaeda, como vingança pela ação de apoio do Hizbullah ao governo sírio O ISIS-ISIL-Daesh-Estado Islâmico declarou-se autor do atentado.

Toda a estratégia oficial dos EUA na Síria dependia da 'ação' de um unicórnio:

– um Exército Sírio Livre de sírios seculares, que teria o apoio político de um grupo de exilados que criariam o novo governo sírio.

O que resta dos criminosos que constituíam esse exército unicórnio já está desertando. O atual chefe dos exilados de restaurantes de hotéis caros e "Governador Interino da Síria" Ahmad Tameh, entrou hoje na Síria, vindo da Turquia, para fazer de conta que estabelecia 'um governo'. Os insurgentes da Frente Levante Islamista na Síria mandaram-no passear, e o homem teve de fugir de volta para a Turquia.

A estratégia oficial dos EUA no Iraque foi construir uma força sunita para assumir o comando e derrotar o Estado Islâmico. Acontece que os líderes potenciais dessa tal Força "Despertar de Anbar" [referência ao Anbar-Awakening[1]] versão 2.0 foram mortos pelo ISIL/ISIS/Daesh/Estado Islâmico ou já não têm vontade nenhuma de assumir missão assim tão arriscada.

Só as forças que apoiam governo e Estado – no Iraque, como na Síria – têm meios para recuperar territórios tomados pelos terroristas do ISIL/ISIS/Daesh/Estado Islâmico ou por outras formações terroristas. *****


[1] Referência ao que Obama anunciou em West Point, em dezembro de 2009: "É de nosso vital interesse nacional enviar mais 30 mil soldados para o Afeganistão (...) para construir capacidade afegã que permita transição responsável de nossas forças para fora do Afeganistão (...). Temos de fortalecer a capacidade das forças de segurança e do governo afegãos para que possam, eles mesmos, assumir a responsabilidade pelo futuro do Afeganistão. (...) Apoiaremos os esforços do governo afegão para abrir as portas aos Talibã que renunciem à violência".

Base aérea de Kuwayres libertada por forças sírias


The Saker, The Vineyard of the Saker - Tradução: Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu:

Vergonha alheia: Jornalistas e professores supostos 'especialistas' [só rindo], que enchem a boca para 'ensinar' que
(i) terroristas teriam "estado" e que seria "islâmico" (Estado Islâmico, EI); e que
(ii) o governo secular e eleito na Síria não passaria de reles "regime" [pano rápido].
____________________________________________

Finalmente!

Hoje, as forças sírias libertaram a base aérea de Kuwayres. É a primeira vitória de nível operacional, para as forças armadas sírias. RT noticia:

"Unidades de elite do exército sírio romperam o sítio dos terroristas que ocupavam a base aérea Kweires, depois de semanas de combates intensos contra o Estado Islâmico e outras forças terroristas. A base, que abre caminho para ataques contra Raqqa e Aleppo, estava cercada pelos terroristas há quase dois anos.

"Os heróis de Kweires estamos festejando essa vitória com nossos irmãos" – disse um soldado à televisão estatal síria.

"Dedicamos essa vitória ao presidente Bashar Assad e prometemos a ele que continuaremos a luta até que toda a Síria seja libertada. Nunca nos ajoelharemos diante do Daesh."

As "Forças Chita", nome de uma das "Forças Tigre" das unidades de assalto do Exército Árabe Sírio ontem, afinal, completaram um avanço que começou dia 16 de outubro e libertaram várias centenas de soldados sírios.

Tropas do governo sírio montaram uma contraofensiva no norte do país, e agora avançam na direção da fortaleza que os terroristas estabeleceram em Aleppo, onde a batalha se trava rua a rua; e na direção de Raqqa, onde os terroristas implantaram sua capital de facto em território sírio.

A base Kweires ganhou alto valor simbólico para o povo sírio, depois das incursões devastadoras do Daesh em agosto. Desde então, famílias dos soldados mantidos reféns dentro da base realizavam atos públicos de protesto, exigindo que os terroristas fossem expulsos de lá.

"Nossas forças continuam nossa ofensiva, que está gerando divisões e conflitos entre as facções terroristas" – disse à mídia, na 3a-feira, o general Ali Mayhoob.

O apoio da Força Aérea Russa teve papel chave na operação.

A Rússia já voou 1.600 missões desde que estabeleceu uma base aérea no norte da Síria, em setembro, atendendo a pedido direto do presidente Bashar Assad, que luta contra terroristas desde 2011" [sobre isso, ver "Estamos cercados por países que estimulam o terrorismo”, entrevista do pres. Al-Assad, 7/4/2013, trad. em redecastorphoto (NTs)].

Boas notícias, já tão esperadas há tanto tempo!

[assina] The Saker

ATUALIZAÇÃO:

12/11/2015, Al-Masdar News: A 4ª Divisão Mecanizada do Exército Arabe Sírio – em ação coordenada com o Hezbollah, e as Forças de Defesa Nacional da cidade de Aleppo, Kataebat Al-Ba’ath (Batalhões Al-Ba’ath) e várias unidades paramilitares iraquianas e iranianas – impôs pleno controle em mais duas vilas hoje pela manhã, depois de intensa troca de tiros com terroristas islamistas dos grupos Harakat Ahrar Al-Sham, Harakat Nouriddeen Al-Zinki (da Frente Al-Nusra, a Al-Qaeda na Síria) e Liwaa Suqour Al-Sham.

Segundo jornalista que viaja incorporado à 4ª Divisão Mecanizada do Exército Árabe Síria em Alepo, as Forças Armadas Sírias e a Resistência Libanesa capturaram a cidade de Musharfah Al-Murayj depois de a ter perdido, semana passada para os terroristas dos grupos Harakat Ahrar Al-Sham e Harakat Nouriddeen Al-Zinki.

Uruguay: OEA está subordinado a intereses del imperialismo


Luis Almagro, presidente de la Organización de Estados Americanos (OEA).

Una coalición de partidos uruguayos rechaza la postura injerencista del presidente de la Organización de Estados Americanos (OEA) sobre las elecciones del 6 de diciembre en Venezuela.

En un comunicado, la coalición de partidos Unidad Popular (UP) de Uruguay arremetió enérgicamente contra las recientes declaraciones del martes de Luis Almagro, exministro de Exteriores uruguayo, en las que se mostró preocupado por el proceso electoral en Venezuela y reiteró su ofrecimiento de enviar una comisión de veedores a dichos comicios.

La alianza política, además de tachar de “injerencistas, falaces y violatorias del sagrado principio de autodeterminación y soberanía de los pueblos” las expresiones de Almagro, aseveró que sus palabras “confirman una vez más que la OEA es un organismo subordinado a los intereses del imperialismo”.

De este modo, mostró su solidaridad con el pueblo y el Gobierno venezolanos y consideró como aliado de la “derecha golpista” a cualquiera que se oponga al presidente Nicolás Maduro.

Resaltando la lucha antimperialista de Venezuela, liderada por el mandatario fallecido Hugo Chávez, presentó a la Revolución Bolivariana como un ejemplo para los izquierdistas de “todo el mundo”.

“En múltiples procesos electorales, con todas las garantías y los debidos controles de observadores internacionales, el pueblo venezolano reafirmó el camino de la revolución y enfrentó con hidalguía y coraje los intentos golpistas”, reiteró la agrupación uruguaya.

El presidente de la Asamblea Nacional (AN) de Venezuela,Diosdado Cabello, calificó el martes a la OEA como una amenazapara el pueblo venezolano.

“Hoy, la organización más pervertida, corrompida y desprestigiada del mundo como es la OEA, en la voz de su secretario general, amenaza al pueblo de Venezuela. Nada de eso es casual”, indicó Cabello.

En reiteradas ocasiones, las autoridades venezolanas han advertido de las acciones de la extrema derecha para desestabilizar el país en vísperas de los comicios legislativos.

En octubre, el presidente venezolano denunció los planes de la derechapara desestabilizar las elecciones legislativas.

Mencionar queVenezuela inicia este viernes una campaña electoral de tres semanas para elegir su nueva Asamblea Nacional el próximo 6 de diciembre.

msm/ncl/nal - HispanTv

Fuerzas kurdas liberan Sinyar y alzan su bandera


Un combatiente kurdo alzando la bandera de la región semiautónoma del Kurdistán iraquí.

Las fuerzas kurdas iraquíes (Peshmerga) han liberado este viernes la totalidad de la ciudad de Sinyar, en el noroeste de Irak.

“El grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) ha sido derrotado y está huyendo”, ha informado el organismo de seguridad de la región semiautónoma del Kurdistán iraquí en su cuenta de la red social Twitter.

Según fuentes kurdas, los peshmerga ya han alzado sus banderas en diversas zonas de la ciudad y tienen bajo control todos los edificios y centros gubernamentales en Sinyar.

Las fuerzas kurdas han matado a decenas de miembros de Daesh durante los enfrentamientos para retomar el control de Sinyar.Los choques continúan.

De acuerdo con informes, EIIL ha plantado bombas en los edificios y las vías de transporte de la ciudad.

Con la toma de esta ciudad, aseguran las fuentes, los peshmerga han conseguido cortar la vía del suministro de material y la entrada de combatientes de dicha banda takfirí a Sinyar.


Fuerzas kurdas (peshmerga) vigilan sus posiciones ante los terroristas de Daesh en Irak.


Las fuerzas kurdas comenzaron sus operaciones antiterroristasel juevescon la participación de unos 7500 combatientes y, el mismo día, consiguieron hacerse con el control de cinco aldeas en las afueras de Sinyar.

La ciudad de Sinyar cayó el 3 de agosto de 2014 bajo control de los terroristas que acabaron con un gran número de los hombres de la minoría religiosa izadí y secuestraron y esclavizaron a las mujeres.

Desde junio de 2014 tanto Irak como Siria afrontan una cruenta guerra contra Daesh, grupo terrorista que se apoderó de vastas zonas en ambos países, entre las que destacaMosul, capital de Nínive y segunda ciudad iraquí en importancia, yAl-Raqa, ciudad siria que ha llegado a convertirse en el bastión de los takfiríes en este país.

hgn/ncl/nal - HispanTv

Rusia despliega sistemas de defensa aérea S-400 en Siria


Foto publicada por el Ministerio de Defensa de Rusia de una base en la ciudad siria de Latakia muestra un sistema de defensa aérea S-400, 12 de noviembre de 2015.

Las Fuerzas Armadas de Rusia han desplegado sistemas de defensa aérea S-400 ‘Growlers’ en una base situada en la ciudad de Latakia, oeste de Siria, informa la agencia de noticias Israel National News.

De acuerdo con un informe de la agencia israelí, publicado este viernes, el Ministerio de Defensa de Rusia ha divulgado fotos de unabase en la ciudad de Latakia que muestran el despliegue de sistemas antimisiles S-400, conocidos como SA-21 ‘Growler’.

Agrega que, con este despliegue enLatakia, la mayor parte de Siria, el sur de Turquía, la parte oriental del mar Mediterráneo, una gran parte de los territorios ocupados palestinos y la base aérea británica de Akrotiri en Chipre, se encontrarían al alcance de los sistemas rusos.


Técnicos de la Fuerza Aérea de Rusia chequean un avión de combate ruso Sujoi Su-34 en la base aérea Hmeimim en la provincia siria de Latakia. 3 de octubre de 2015


Al respecto, afirma que el aeropuerto internacional de Ben-Gurion, situado en la ciudad de Lod, en los territorios ocupados palestinos, también figura dentro del radio de acción de esos sistemas.

Al precisar que los sistemas desplegados en el territorio sirio son capaces de derribar cualquier avión que despegue de Tel Aviv y de otras partes de los territorios ocupados, el informe israelí destaca la amenaza que supone este emplazamiento a la seguridad de los vuelos de fuerzas del régimen Israel en la región.

Los sistemas de defensa aérea S-400 gozan de un alcance máximo de 250 millas y son capaces de derribar aeronaves a alturas de hasta 90.000 pies -más del doble de la altura de un avión comercial.

Desde el 30 de septiembre las Fuerzas Aéreas rusas llevan a cabo ataques –apetición del presidente sirio, Bashar al-Asad– contra los objetivos terroristas en Siria.

EE.UU. ha acusado en reiteradas ocasiones a Rusia de atacar a miembros armados de lo que ellos denominan la “oposición moderada”, que luchan para derrocar al Gobierno de Damasco.

Hasta la fecha, Washington ha invertido cerca de 580 millones de dólares para entrenar a 180 “rebeldes sirios”, y la mayoría, nada más comenzar la lucha, rindieron sus armas a grupos terroristas como el Frente Al-Nusra (filial de Al-Qaeda en Siria) o cayeron en manos de las bandas extremistas.

tas/ncl/nal - HispanTv

"¿De verdad son periodistas?" Moscú desmiente una información de Reuters sobre Siria


¿De verdad son ustedes periodistas? Esta pregunta ha lanzado a Reuters la portavoz del Ministerio de Exteriores ruso, María Zajárova, haciendo referencia a una publicación de la agencia de información de la semana pasada. Reuters publicó en su web un artículo según el cual Rusia había elaborado una propuesta para llevar a cabo una reforma constitucional en Siria antes de 18 meses. Moscú ha negado categóricamente que la información sea cierta.

El 10 de noviembre, la agencia informó de que disponía de un borrador de un documento que contenía las propuestas de Moscú para llevar a cabo elecciones y una reforma constitucional en Siria. Según fuentes anónimas de Reuters, la delegación rusa debía presentar el documento en una reunión del Grupo de Amigos del Pueblo Sirio.

"La agencia Reuters, antes de escribir su material, solicitó y recibió un comentario detallado de que su información no se correspondía con la realidad. Quiero destacar que el material fue publicado una hora y media después sin el correspondiente comentario del Ministerio de Exteriores ruso", se refirió a la situación María Zajárova.

La oficina de Reuters en Moscú se negó a comentar la situación y declaró que el artículo fue escrito por periodistas de la agencia en Londres.

"Tengo una pregunta legítima para la agencia de noticias Reuters, que en Moscú está representada por casi 50 corresponsales: ¿de verdad son ustedes periodistas?" preguntó Zajárova.

De acuerdo con la publicación de Reuters, la reforma constitucional en Siria no debería ser llevada a cabo bajo el control del actual presidente, Bashar al Assad.

Actualidad RT


Otra victoria aplastante: el Ejército sirio destruye importantes instalaciones terroristas en Alepo


Con la ayuda de unidades de milicianos, el Ejército sirio ha liberado el pueblo de Al Iis, en el sur de la provincia Alepo, donde se ubicaban instalaciones de grupos terroristas.

"Tras la liberación de la ciudad de Al Khader [el principal bastión del grupo terrorista Frente al Nusra] en el campo al sur de Alepo el Ejército sirio también liberó el pueblo de Al Iis", informa la fuente militar de RIA Novosti.

De acuerdo con la agencia, el rápido avance del Ejército continúa hacia el sur de la provincia de Alepo. El Ejército comenzó el asalto de las posiciones de los terroristas en el pueblo de Zerbe y sus alrededores. El próximo objetivo será el pueblo de Icarda, cuya liberación tiene un valor estratégico dado que permitirá a los militares sirios controlar gran parte de la carretera estatal Homs-Damasco.

Además, las fuerzas del Ejército sirio han logrado este martes poner fin al bloqueo al que el Estado Islámico había sometido un aeropuerto militar situado cerca de la ciudad de Alepo.

Según los oficiales sirios en Alepo, la Fuerza Aérea rusa ha hecho un gran aporte al avance de las tropas sirias gracias al bombardeo de los puestos de mando terroristas.

Actualidad RT

Corea del Norte y Rusia firman un acuerdo militar


Militar norcoreana con la bandera rusa / Reuters / Yuri Maltsev

Como resultado de la reciente visita del primer jefe adjunto del Estado Mayor General de las Fuerzas Armadas de Rusia a Corea del Norte, las autoridades de ambos países firmaron el tratado de prevención de actividades militares peligrosas.

Este jueves el primer jefe adjunto del Estado Mayor General de las Fuerzas Armadas de Rusia, Nikolái Bogdánovskiy, y el jefe adjunto del Estado Mayor General del Ejército Popular de Corea, O Kym Cher, han firmado el acuerdo de prevención de actividades militares peligrosas, informa la agencia TASS.

El documento firmado es el resultado de la visita de la delegación rusa al país coreano, que llegó a Pionyang el 9 de noviembre. Asimismo, las posibilidades de firmar dicho acuerdo ya se habían discutido el pasado junio en Moscú, en el curso de una reunión entre los representantes de los dos países, según la misma fuente.

Actualidad RT

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Para jornal francês, Congresso brasileiro é casa de “300 ladrões com título de doutor”


Escrito por RFI Português do Brasil

Em longo artigo sobre a composição e a atuação do Congresso Nacional, o jornal francês Le Monde Diplomatique traça um perfil pouco edificante da maior casa do poder legislativo brasileiro. A análise indica também que a falta de habilidade da presidente Dilma Rousseff para lidar com os parlamentares explica, em boa parte, a grave crise política que o país atravessa.

A situação delicada da presidente Dilma, que tem menos de 10% de aprovação popular e corre o risco de ter as contas de seu governo rejeitadas pelo Congresso, é o ponto de partida para Le Monde Diplomatique analisar o papel da Câmara dos Deputados na atual crise política brasileira.

A destituição da chefe de Estado por "crime de responsabilidade", como defende a oposição, não pode avançar sem o "aval de um parlamento cada vez mais rebelde" em relação à autoridade da presidente, afirma o jornal, que escolheu como título da reportagem "Trezentos ladrões com título de doutores".

A frase faz referência ao trecho da música do grupo Paralamas do Sucesso, que parodiou uma declaração do ex-presidente Lula, em 1993, de que a Câmara era controlada por uma maioria de "300 picaretas". Depois de eleito presidente em 2002, Lula aprendeu a elogiar quem tanto ele havia recriminado, observa a autora do texto, Lamia Oualalou.

Controle do poder

Le Monde Diplomatique lembra que o Congresso brasileiro, criado em 1824, após a independência do país, conta atualmente com 513 deputados e 81 senadores e se "caracteriza por uma fraca representatividade popular. Sua principal virtude? Permitir às elites perpetuarem sua influência sobre o poder", escreve.

Recorrendo ao trabalho executado pelo site Congresso em Foco, Le Monde Diplomatiquelembra que desde a declaração de Lula, o perfil típico dos deputados não mudou: é "um homem branco, de cerca de 50 anos de idade, titular de um diploma universitário e com patrimônio superior a R$ 1 milhão". Outro dado relevante desse perfil não esquecido pela publicação francesa: em 2008, um estudo indicou que 271 deputados estão ligados direta ou indiretamente a alguma empresa de comunicação.

"O sistema político perpetua um fosso entre a população e seus eleitos", diz o texto. Em tom pedagógico, Le Monde Diplomatique compara o Congresso brasileiro ao americano, observando que a votação proporcional ao número de habitantes, mas com a obrigação de um número mínimo de representantes por estado, cria distorções que só favorecem os "caciques locais" da política, que "se impõem aos partidos e impedem a renovação da classe política".

Além de contornos ideológicos pouco claros, os políticos mudam de etiqueta partidária em função de interesses próprios, mesmo após a reforma adotada em 2007 para limitar essa prática, ressalta o texto.

Tiririca “puxador de votos”

Outro aspecto singular do processo eleitoral para o Congresso é o sistema de "quociente eleitoral". Com esse método, em que o voto a um candidato pode beneficiar outro da mesma sigla, o eleitor pode dar mandato a um político que defende os direitos humanos e acabar, sem querer, garantindo também uma cadeira a um homofóbico e militante pela expulsão de trabalhadores sem terra.

"Tal sistema incita os partidos a atrair personalidades e líderes carismáticos, os chamados puxadores de votos", explica. O melhor exemplo escolhido pelo Le Monde Diplomatique foi o conhecido "palhaço" Tiririca, eleito deputado federal em 2010, mesmo sem ter nenhuma experiência política. Ao receber 1,3 milhão de votos, ele permitiu que seu partido elegesse outros 24 deputados, que não conseguiriam sozinhos votos suficientes para entrar no Congresso.

Esse sistema também adora personalidades esportivas, pastores evangélicos e herdeiros políticos, afirma. Citando a radiografia do Congresso feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), o jornal informa que nada menos que 211 parlamentares devem suas eleições às ligações com algum parente.

“Marqueteiros” políticos entre os mais caros do mundo

A reportagem destaca ainda os preços exorbitantes das campanhas eleitorais em um país com dimensões continentais. A eleição de cada deputado custa R$ 6,4 milhões ao partido, um aumento de 283% em 12 anos. Os custos incluem despesas com deslocamentos até spots publicitários, passando pelo pagamento dos marqueteiros eleitorais, cujos preços estão entre os mais altos do mundo.

Mas os valores são bem maiores porque os partidos usam "caixa 2", para os financiamentos ocultos. A prática favorece a corrupção, como ficou evidente no caso da Petrobras, exemplifica a jornalista Oualalou. O financiamento de campanhas pelas empresas foi suspenso pela primeira vez pelo Supremo Tribunal Federal, mas "nada garante que não será rapidamente retomado", diz.

"Presidencialismo de coalizão"

Le Monde Diplomatique também explica como a multiplicação de partidos no Congresso, 28 no total, dificulta a vida de um governo. Mesmo quando o partido tem o maior número de deputados, não consegue maioria na casa e é obrigado a fazer alianças para governar.

A prática leva a uma situação em que as negociações com aliados são permanentes para manter apoio até o final do mandato. O escândalo do Mensalão, descoberto em 2005, durante o governo do ex-presidente Lula, é a melhor ilustração da dificuldade em manter uma base de apoio majoritária. É o que o jornal chama de "presidencialismo de coalizão".

Le Monde Diplomatique explica também a conturbada relação entre os poderes executivo e legislativo, envolvendo desde a distribuição de cargos no governo até a aprovação de ações como a construção de casas e pontes.


Em entrevista ao semanário francês, o cientista político Paulo Peres, da UFRGS, explica como é tentador para os partidos políticos se aproximarem do governo, mas, por outro lado, essa relação vira uma armadilha quando se trata de negociar com um governo fraco e com falta de carisma. Neste caso, lembra o especialista, os "aliados" passam a exigir mais cargos e verbas. É o que acontece com a presidente Dilma Rousseff, afirma o jornal.

PMDB, partido sem linha política

Ao insistir nas posições ideológicas "opacas" de muitos políticos, Le Monde Diplomatiqueargumenta que elas são tão fortes que provocam distensões no interior de um mesmo partido. É o caso do PMDB, uma legenda "sem linha política". A presidente deu vários cargos à legenda na esperança de frear o processo de impeachment no Congresso, mas ela só contentou a uma ala do partido. Outros líderes continuam a exigir sua saída do cargo e querem deixar a base de apoio do governo para não serem prejudicados nas próximas eleições.

Em entrevista ao jornal, o cientista político Stéphane Monclaire, da Universidade Sorbonne, explica que os grupos parlamentares "não são homegêneos" e os deputados, que deveriam seguir a orientação de seus líderes, podem obedecer a outros políticos de fora do Congresso, como prefeitos e governadores.

Ao "ignorar a engrenagem do sistema", Dilma Rousseff permitiu a Eduardo Cunha "deitar e rolar" no primeiro ano de seu mandato, afirma o jornal, dizendo ter sido um "erro" da presidente tentar impedir sua eleição para a presidência do Congresso.


Bancada do “Cunha”

Le Monde Diplomatique explica como Cunha, que tem o poder de decidir sobre a agenda do Congresso, ampliou seus poderes sobre os deputados e conseguiu aprovar projetos de lei extremamente conservadores, como a redução dos direitos dos trabalhadores e a mudança da maioridade penal para 16 anos.

O jornal explica também como deputados se unem e formam as bancadas, que atuam de acordo com temas de interesse comum. Entre os exemplos citados estão as bancadas do agronegócio, das empresas e até dos evangélicos. Mas esses grupos perderam um pouco de seus poderes depois da ratificação da "fidelidade partidária", explica. Só em casos excepcionais os deputados podem votar contra a orientação de suas lideranças, afirma.

No caso de Cunha, afirma Le Monde Diplomatique, ele atua em diferentes frentes, e tem até uma bancada em seu nome. Apesar de estar no centro de um escândalo relacionado a contas na Suíça, ele mantém um grande poder e pode até influenciar na eventual escolha de seu sucessor, diz o texto.

Ao analisar o cenário político, o professor Monclaire afirma que as tensões existentes entre o Congresso e o Planalto acontecem principalmente pelas disputas internas do PMDB com vistas à próxima campanha eleitoral. Sem contar com o apoio dos movimentos sociais, a presidente Dilma se encontra em uma situação delicada e seu partido, o PT, parece estar "imobilizado" por pertencer a esse governo, que corre o risco de ser o mais reacionário da história, afirma o cientista político da Sorbonne.

Le Monde Diplomatique encerra o artigo comentando que nem no auge de sua popularidade, quando tinha 85% de aprovação, o ex-presidente Lula não teve disposição de enfrentar o Congresso e propor uma reforma política.

'Ação da Rússia na Síria evitou guerra termonuclear'


O presidente russo, Vladimir Putin, soube neutralizar com sua intervenção na Síria o perigo de uma guerra termonuclear, opina o escritor e jornalista Daniel Estulin.

"Putin entendeu que depois de Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria, viriam o Irã e, depois, a Rússia. Isso causaria uma guerra termonuclear. Sua intervenção interrompeu os óbvios planos da elite anglo-americana", diz Estulin à Sputnik ao analisar os motivos que levaram Putin a iniciar suas ações militares contra o Estado Islâmico e as consequências para a Síria, o Oriente Médio e a política externa dos Estados Unidos.

Em seu último livro, "Fora de Controle", Estulin tenta desmascarar os verdadeiros interesses dos Estados Unidos e seus parceiros (Reino Unido, Israel e Arábia Saudita) no Oriente Médio e no norte da África.

Baseado em mais de 70 mil documentos, o livro revela em particular como estes países haveriam financiado grupos islâmicos como a al-Qaeda durante o governo Bush e o Estado Islâmico sob a atual administração de Barack Obama — uma estratégia de continuação da "guerra contra o terror" que o presidente russo soube neutralizar de maneira magistral com sua intervenção na Síria.


Na opinião do autor, o "plano mestre" dos Estados Unidos na Síria consistiu em "açoitar a região por meio do Estado Islâmico e suas forças associadas, com o fim de acabar com a capacidade de Síria, Iraque e Irã de coordenar qualquer ação militar, econômica ou política significativa como, por exemplo, um oleoduto ou gasoduto principal que conecte os mercados asiático e europeu."

Para Estulin, 2006 foi o ano em que começou a "cruzada da OTAN para instaurar uma mudança de regime da Líbia até a Síria", sendo o assassinato de Muammar Gaddafi, em outubro de 2011, "um êxito da cooperação entre os serviços de inteligência ocidentais e as milícias de Ansar al Sharia e Escudo da Líbia, vinculadas à al-Qaeda, com os países aliados do Ocidente na região: Arábia Saudita, Catar e Turquia."

"O plano consistia em enviar por via aérea à Turquia terroristas e jihadistas recrutados, além de armas do arsenal de Gaddafi, utilizando aviões cataris e turcos para, mais tarde, do outro lado da fronteira da Turquia (membro da OTAN) com a Síria, lutar contra o exército sírio e o regime de Bashar Assad", explicou o escritor, que insinuou que este mesmo modelo de guerra suja poderia ter sido utilizada da Síria até o Irã e, finalmente, até na Rússia.

"As ações militares de Putin asseguraram que esse câncer não se expandiu até as fronteiras da Rússia", concluiu Estulin, que acredita que a intervenção deixou evidente o jogo dos EUA: "enquanto George Bush colocava a al-Qaeda como desculpa para uma intervenção militar direta, o governo Obama usa a al-Qaeda e, agora, o Estado Islâmico, para derrubar governos independentes ou como marionetes suicidas contra inimigos maiores como Rússia, China ou Irã.

Sputniknews

América Latina estuda ferrovia que atravessará o continente


O presidente boliviano Evo Morales comunicou que a Alemanha está disposta a apresentar um projeto do trem bioceânico entre o Brasil e Peru.

“Os europeus estão convencidos de que o trecho mais curto e menos custoso é Porto Santos e Porto Ilo, e nós temos alguns estudos muito avançados”, disse o presidente, citado pelo jornal boliviano Los Tiempos.

Segundo a publicação, uma empresa alemã (o jornal não menciona o nome) irá à Bolívia em janeiro de 2016, para avaliar as variantes da construção do caminho de ferro através do país. Ele disse que da parte alemã a iniciativa foi promovida pela chanceler Angela Merkel.

Além disso, o presidente acrescentou que para realizar o projeto a Alemanha está disposta a lançar a produção de trilhos e vagões.

O projeto, que liga os portos de Santos (Brasil) e Ilo (Peru) e passaria pela Bolívia, é “mais curta e menos caro” do que o proposto presidente peruano Ollanta Humala, incluindo Peru e Brasil e que deixa de fora a Bolívia. O plano peruano tem cerca de 5000 quilômetros e seria financiado pela China. A proposta boliviana abrange 3.750 quilômetros, segundo o Los Tiempos.

Sputniknews