sábado, 13 de fevereiro de 2016
Liberación de Alepo: la verdad que los medios occidentales no quieren mostrar
"Se ha necesitado la intervención de Rusia en el campo de batalla para arrojar la luz sobre la hipocresía de la coalición árabe-occidental contra el Estado Islámico", denuncia un analista francés.
Tras el inicio de la ofensiva de Damasco con el apoyo de la aviación rusa por reconquistar Alepo, los medios de comunicación occidentales no tardaron en "compadecerse por las columnas de los que huían de los combates y el avance de las tropas gubernamentales", escribe el escritor y geopolitólogo Jean-Michel Vernochet en su artículo publicado por el portal de noticias francés Boulevard Voltaire.
No obstante, lo que "faltaba en el cuadro era la imagen de aquellos alepinos de los barrios occidentales que han permanecido fieles a Damasco y donde "la multitud recibía alegre" a las tropas gubernamentales como libertadores", señala el autor.
"La verdad es más prosaica, ya que si Alepo se encuentra completamente rodeada por las fuerzas gubernamentales, el atajo de suministro entre los rebeldes y Turquía será cortado", añade Vernochet. Al mismo tiempo, señala que de este modo, la rebelión "corre el riesgo de un pronto colapso", sobre todo después de la liberación de las ciudades chiitas de Nubl y Al-Zahraa, "donde la población recibió a los soldados gubernamentales con arroz y flores".
"Se ha necesitado la intervención de la Federación de Rusia en el campo de batalla para arrojar luz sobre la hipocresía de la coalición árabe-occidental contra el Estado Islámico", denuncia el autor. Por un lado, los gobiernos derraman lágrimas secas ante el espectáculo de los naufragios del mar Egeo, y por el otro, cierran los ojos ante el turbio juego de Ankara en Siria del lado de los terroristas moderados, explica.
Actualidad RT
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Sanders anuncia nos EUA o início de uma “revolução política”
Após a vitória nas primárias do estado de New Hampshire, nos Estados Unidos, o pré-candidato do Partido Democrata à presidência, Bernie Sanders, declarou à imprensa local que está dando início a uma “revolução política”.
“O que foi começado na semana passada em Iowa, o que os eleitores confirmaram nesta quarta-feira em New Hampshire, é nada menos nada mais que o começo de uma revolução política”, disse, em meio a membros do partido e apoiadores.
Sanders afirmou que esta “revolução política” uniria “milhões de pessoas”.
“Nos uniremos para anunciar bem alto e de maneira explícita que o poder em nosso país pertence a todos nós, e não aos patrocinadores das campanhas eleitorais”, disse.
Bernie Sanders, que se diz “socialista democrático”, tem sido o principal concorrente de Hillary Clinton à vaga de candidato democrata à Presidência do país, que será disputada em novembro deste ano.
Sanders condena Israel
Recentemente Sanders condenou o uso da força pelos sionistas contra o povo palestino. E foi além e sugeriu que os EUA usassem a “influência” que seus bilhões em assistência militar a Israel e seus vizinhos para forçar uma mudança de comportamento dos militares israelenses, “ou então, comecem a cortar [o abastecimento de] armas.”
Portal Vermelho
Embaixador do Brasil na Rússia revela orçamento para compra de mísseis russos
O embaixador do Brasil na Rússia, Antônio Guerreiro, concedeu uma entrevista exclusiva à Sputnik para falar dos temas mais atuais das relações dos dois países, envolvendo áreas de defesa, tecnologia, economia e saúde. A seguir, estão alguns dos principais tópicos abordados nessa entrevista.
Igla-S e Pantsir-S1
Um dos principais temas tratados na entrevista foi a compra dos sistemas russos de defesa anti-aérea Igla-S e Pantsir-S1 pelo Brasil. Enquanto o país já começou a receber lotes do sistema portátil Igla, a aquisição dos pesados sistemas Pantsir ainda está em fase de negociações.
Acalmando o temores de este segundo acordo não se concretizar, o embaixador explicou que, por tratar-se de sistemas completamente diferentes do ponto de vista técnico, a compra de um não deve influenciar a provável compra do outro.
"Desde que cheguei à Moscou, há dois anos, houve várias missões técnicas do Brasil vindo para cá para manter contato com suas contrapartes russas.(…) Minha expectativa é que o contrato [sobre o Pantsir-S1] seja assinado até o final de 2016" – disse o embaixador.
Segundo ele, a assinatura do acordo está atrelada à aprovação do orçamento do Governo Federal pelo Congresso, que inclui gastos com os sistemas russo de defesa antiaérea, mas que somente poderá ser aprovado após o recesso do Legislativo, ou seja, após o Carnaval.
Respondendo à pergunta sobre a difícil situação econômica do Brasil poder influenciar de forma negativa esse documento, o embaixador disse que, "apesar de ter o direito de não aprovar o orçamento", dificilmente isso poderá ocorrer, podendo, no entanto, haver modificações, ou cortes no orçamento.
"Apesar da crise, precisamos levar em conta que somos um país muito grande, com uma das maiores economias do mundo. (…) O último número que eu ouvi para a compra dos sistemas russos de defesa antiaérea Pantsir-S1, estava na base dos 600 milhões de dólares. Mas isso é uma cifra apenas provisória, que ainda será objeto de conversações específicas" – explicou o embaixador.
GLONASS
O embaixador respondeu a uma pergunta relativa às negociações sobre a instalação em território brasileiro de uma terceira estação do sistema de localização por satélite GLONASS, análogo ao norte-americano GPS. O início das obras estava previsto para final de 2015, mas, até agora, a instalação ainda não começou.
"Como se sabe, duas estações GLONASS já estão funcionando no Brasil. Espero que a decisão sobre a terceira estação seja tomada este ano, e que a mesma comece a operar em breve. É uma questão de interesse mútuo tanto para o Brasil, como para empresas russas que fornecem os equipamentos" – explicou Guerreiro.
Rússia e o programa espacial brasileiro
Outro tema abordado na entrevista foi a questão de uma possível expansão da cooperação da Rússia com o Brasil na área do programa espacial brasileiro.
O embaixador disse que, recentemente, problemas financeiros impediram uma possível cooperação do Brasil com a Ucrânia para o uso conjunto da base espacial de Alcântara. Ele explicou, no entanto, que, apesar de todo o interesse brasileiro na Rússia, o lugar da Ucrânia não será substituído por outro país nesse projeto específico.
"Naturalmente, o Brasil está interessado no futuro desenvolvimento da cooperação com a Rússia, e temos grandes perspectivas. Mesmo se um dia o projeto com a Ucrânia for renovado, existirão outras áreas possíveis para a cooperação com a Rússia" – explicou Guerreiro.
Comércio em moedas nacionais
Falando sobre a possibilidade de empresas da Rússia e do Brasil realizarem operações de importação e exportação sem o intermédio de moedas estrangeiras, o embaixador ressaltou a importância desse tema. Nas suas palavras, há economistas no Brasil favoráveis a esse modelo, e outros que acham que isso não faz o menor sentido.
"Evidentemente, os empresários, dada a desvalorização tanto do rublo, como do real, têm interesses muito específicos. Para os empresários brasileiros e russos ficou mais barato exportar. Mas isso não significa que as exportações estejam aumentando porque é um momento de crise, e tanto o Brasil como a Rússia tiveram suas atividades econômicas diminuídas" – disse Guerreiro.
Como exemplo, ele usou a questão das exportações brasileiras para a Rússia. Apesar das expectativas de aumento, por conta das contra-sanções impostas pela Rússia à União Europeia e outros países, em 2015 as exportações brasileiras caíram em relação a 2014. "Por um motivo muito simples: os importadores russos estão com menos dinheiro" – explicou o embaixador.
Falando em números, ele disse que em 2014 o volume total das exportações brasileiras para a Rússia foi de 3 bilhões e 200 milhões de dólares, enquanto em 2015 o mesmo não chegou a 2 bilhões e 700 milhões de dólares.
Zika
Abordando o tema do crescente problema da Zika no Brasil, o embaixador disse que o vírus não deverá prejudicar a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, já que o principal foco de disseminação da doença está no Nordeste do país, e o mês de agosto, quando serão sediados os Jogos, é a época de menor proliferação do mosquito transmissor.
Nesse sentido, ele comentou ainda a decisão do Comitê Olímpico Nacional dos EUA em outorgar aos seus atletas o livre arbítrio sobre o comparecimento aos Jogos, em razão do risco de contaminação.
"Não considero o precedente [do Comitê norte-americano] perigoso. Acho perfeitamente natural que a pessoa não se exponha se tiver o receio de contrair a doença. (…) É, sem dúvida, uma questão de bom senso" – disse o embaixador.
Sobre a cooperação entre a Rússia e o Brasil na busca por soluções médicas para o problema, Guerreiro explicou que "a OMS está coordenando esforços no mundo inteiro para que se desenvolva uma vacina eficiente". Ele disse ter a certeza de que "os cientistas de todos os países estejam em contato (…), trabalhando em conjunto", e que "os estudos que se fazem aqui na Rússia, sejam conhecidos pelos cientistas no Brasil, e vice-versa".
Sputniknews
Rússia pode ajudar Irã a modernizar marinha, diz especialista
Em 15-16 de fevereiro, o ministro da Defesa do Irã, general de brigada Hossein Dehghan chegará à Rússia. O serviço de imprensa da embaixada iraniana em Moscou disse à Sputnik que Dehghan encontrar-se-á com o vice-premiê russo, Dmitry Rogozin, e com o assessor do presidente russo para assuntos da cooperação técnico-militar, Vladimir Kozhin.
A agenda das negociações na quadro da visita oficial não foi revelada ao público, mas o redator-chefe da revista Iran Press, Emad Abshenass tem certeza que o ministro da Defesa da República Islâmica do Irã trouxe propostas concretas sobre ampliação da pareceria técnico-militar com a Rússia. Na agenda está não só a questão de realização concreta do contrato de fornecimento dos sistemas de mísseis antiaéreo S-300, mas um leque de outros assuntos:
“Assim, após o início da realização do plano universal conjunto de ações e libertação das sanções o Irã pretende modernizar a sua marinha. Aqui o Irã veja a Rússia um parceiro estratégico por muitos anos. Teerã já manifestou interesse em compra de complexos automáticos navais de defesa antiaérea e antimíssil. Os submarinos iranianos precisam ser modernizados. É possível resolver este assunto através de compra de armas modernas. A Rússia tem o que oferecer”, disse.
Mas não há só isso: “O Irã tem interesse em comprar modelos modernos de caças russos Su-30 e Su-35… Talvez vá ser discutida a questão de compras de armas terrestres – tanques T-90 e T-95”, explicou Abshenass adicionando que as perspectivas de compra de complexos antiaéreos mais modernos S-400.
“É possível pressupor que no resultado será assinada uma série de contratos”, concluiu o especialista.
Sputniknews
France 2 atribuye los ataques rusos contra Daesh en Siria a… ¡‘la Coalición’!
Momento del lanzamiento de un ataque con misil crucero por la Armada rusa contra las posiciones terroristas en Siria.
Una televisión francesa muestra imágenes de las operaciones antiterroristas de Rusia en suelo sirio como si pertenecieran a la llamada “coalición” liderada por Estados Unidos.
Mientras tanto los datos oficiales como los indicios locales atestiguan que son los ataques aéreos rusos los que, desde hace meses y a diferencia de los de la coalición antiterrorista, están cosechado éxitos notables en su lucha antiterrorista en Siria, el canal de televisión francesa France 2 intenta, de forma intencionada, retorcer la realidad.
Durante un programa sobre las operaciones de la coalición contra las posiciones de varios grupos terroristas que operan en Siria, incluida la banda takfirí EIIL (Daesh, en árabe), el presentador del medio francés mostró un vídeo en el que se muestran supuestos “ataques de las fuerzas de la coalición contra las posiciones de Daesh”.
Haciendo hincapié en que estos bombardeos se llevaron a cabo con armas de alta precisión, asegura que los ataques no han causado un gran número de víctimas entre la población civil, a diferencia de los “imprecisos” bombardeos rusos.
Para ilustrar los “éxitos” de la coalición, la cadena francesa utiliza material del archivo del Ministerio de Defensa de Rusia y elimina de los vídeos todas las inscripciones en ruso. Por lo tanto, se supone que lo sucedido no puede ser un error accidental, sino un acto deliberado.
A modo de reacción, el embajador de Rusia en Francia se ha mostrado sorprendido por esta conducta amateur del canal francés, pero ha descartado que Moscú presente una protesta formal.
Mirar: https://youtu.be/RK5vkBtdkZs
“Es poco probable que adoptemos medidas. Es una cuestión de ética periodística. En este caso, ellos (el canal de televisión France 2) recurrieron a una falsificación”, ha afirmado el embajador, Alexander Orlov.
Se trata de la segunda vez en que un medio occidental atribuye los ataques rusos en Siria a las fuerzas de la coalición. En noviembre del año pasado, el Servicio de Difusión Pública de Estados Unidos (PBS, en inglés) presentó también un vídeo de ataques rusos a las posiciones terroristas en el país árabe como acciones de la Fuerza Aérea estadounidense.
En septiembre de 2015, Rusia inició, tras recibir una petición de ayuda militar del Gobierno sirio, una serie de operaciones militares aéreas con el objetivo de acabar con las posiciones terroristas en Siria.
mpv/mla/rba - HispanTv
Al-Asad: Las fuerzas sirias harían frente a una eventual intervención saudí-turca
El president sirio, Bashar al-Asad, en una entrevista exclusive a AFP en Damasco, la capital de Siria, 11 de febrero de 2016.
El presidente de Siria, Bashar al-Asad, ha afirmado este viernes que las fuerzas sirias harían frente a una posible intervención militar de Turquía o Arabia Saudí en territorio sirio.
"Es una posibilidad que no puedo descartar por la sencilla razón de que (el presidente turco, Recep Tayyip) Erdogan es alguien intolerante, radical y que vive el sueño otomano (…) Ocurre lo mismo con Arabia Saudí. De cualquier manera, tal acción no les sería fácil y nosotros, muy probablemente, le haríamos frente", ha enfatizado Al-Asad en una entrevista exclusiva con la AFP el jueves en Damasco, la capital de Siria.
El pasado jueves 4 de febrero, el portavoz militar de Riad, el general de brigada Ahmad al-Asiri, comunicó que su país estaba dispuesto a participar en cualquier operación terrestre liderada por EE. UU. en suelo sirio.
Por otro lado, Irán, Rusia y el propio Gobierno sirio han advertido de las consecuencias de una incursión terrestre en Siria sin el consentimiento de Damasco. El ministro sirio de Asuntos Exteriores, Walid al-Moalem, advirtió el sábado de que Siria resistirá frente a toda incursión terrestre en su suelo y enviará a los agresores a su casa en ataúdes.
En otro momento de su entrevista, el presidente sirio rechaza las acusaciones de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) contra su Gobierno por supuestos crímenes de guerra cometidos en sus operaciones antiterroristas.
La ONU ha acusado a Damasco de atrocidades como el "exterminio" de presos, pero Al-Asad asegura que esas denuncias "obedecen a una agenda política (…) y carecen de pruebas".
También subraya el mandatario que el principal objetivo de las fuerzas sirias es recuperar todos los territorios ocupados por grupos terroristas, pero reconoce que esto podría durar mucho tiempo, debido al apoyo que prestan países como Turquía y Jordania a las bandas extremistas.
Sobre la situación actual de la lucha antiterrorista, enfatiza que la principal fin de la batalla de Alepo es cortar las vías de suministro de armas y apoyo logístico procedentes de Turquía a los grupos terroristas.
Desde su comienzo en marzo de 2011, la crisis siria se ha cobrado ya la vida de al menos 260.000 personas, en su mayoría civiles, según estadísticas del opositor Observatorio Sirio de Derechos Humanos (OSDH) con sede en Londres (capital británica).
mkh/mla/nal - HispanTv
Allup llama a acelerar propuesta de salida de Maduro del poder
El presidente de la Asamblea Nacional (AN) de Venezuela, Henry Ramos Allup.
El presidente de la Asamblea Nacional (AN) de Venezuela, el opositor Henry Ramos Allup, ha llamado este viernes a acelerar la propuesta para acortar el mandato del presidente Nicolás Maduro.
El presidente parlamentario ha hecho este llamamiento en respuesta a la decisión del Tribunal Supremo de Justicia (TSJ) de certificar la vigencia del decreto de emergencia económica dictado por el presidente de Gobierno y rechazado por el Parlamento, de mayoría opositora.
"En los próximos días tendremos que ofrecer ya una propuesta concreta de salida a esta desgracia nacional que es el Gobierno", ha declarado Ramos Allup en una rueda de prensa, tras arremeter contra el TSJ.
Asimismo, ha dicho que el lapso de seis meses que la oposición había dado para cortar el mandato de Maduro ahora resulta demasiado largo, ya que a su juicio la crisis se está "acelerando", de lo cual ha responsabilizado a los "errores, los desaciertos" del Gobierno.
En esta línea, ha acusado al Gobierno de estar "haciendo todo lo posible para que le den un golpe", por lo que insistió en que la oposición buscará una vía "constitucional" para buscar la salida anticipada del mandatario.
Luego de que se instalara el nuevo Congreso de mayoría opositora, Henry Ramos Allup, como varios otros miembros de la oposición venezolana, amenazaron con tumbar el Gobierno de Maduro en un plazo de seis meses, aun cuando faltan tres años para que termine el período legítimo del mandato presidencial.
"No es ningún secreto y Maduro lo sabe, en factores muy influyentes del propio Gobierno hay un movimiento cada vez más fuerte y cada vez más creciente para pedirle la renuncia a Maduro como el mal menor (…) Este autogolpe ha comenzado porque el Gobierno y el Tribunal desconocen las decisiones de otros poderes", ha manifestado Allup.
En un fallo anunciado la noche del jueves, el TSJ —acusado por la oposición de estar al servicio del chavismo— declaró vigente la emergencia económica decretada por Maduro el 14 de enero y rechazada por el Parlamento,si bien este no cumplió con los pasos previstos para debatir la propuesta. Algo que ha dado origen a un nuevo cruce de invectivas y tensiones en el escenario político del país suramericano, tras la victoria opositora en las legislativas del pasado 6 de diciembre.
Maduro exaltó la decisión del tribunal y anunció que en los próximos días activará una serie de medidas contra la crisis económica —para el mandatario, provocada por la propia oposición para derrocarlo—, agravada por la caída en picado de los precios del crudo.
aaf/mla/nal - HispanTv
Acuerdan la implementación de un cese al fuego a nivel nacional en Siria
El Grupo Internacional de Apoyo a Siria ha acordado implementar un alto al fuego en el país árabe. Asimismo, se ha anunciado que esta semana arrancan los suministros de ayuda humanitaria a Siria.
El ministro de Relaciones Exteriores de Rusia, Serguéi Lavrov, su homólogo estadounidense, John Kerry, y el enviado especial del secretario general de la ONU sobre Siria, Staffan de Mistura, han anunciado que el Grupo Internacional de Apoyo a Siria ha acordado implementar en el país árabe un alto el fuego.
El Grupo se ha vuelto a reunir este jueves en Múnich, Alemania, en el marco de la 52 ª Conferencia de Seguridad para abordar la solución de la crisis en Siria y lograr que su Gobierno y la oposición reanuden el diálogo. A continuación revisamos los resultados de la cumbre en Múnich.
Cese de las hostilidades
El secretario de Estado estadounidense John Kerry anunció el cese completo de las hostilidades en el país, en el que participarán todas las partes de la guerra civil, excepto los grupos terroristas como el Estado Islámico, entre otros. Los grupos de trabajo están encargados de encontrar medidas para establecer un alto al fuego estable en una semana, sostuvo.
El grupo Rusia-EE.UU. sobre el cese de las hostilidades deberá, entre otras tareas, determinar las regiones ocupadas por los terroristas. En este sentido, Serguéi Lavrov subrayó que los milicianos alrededor de Alepo reciben suministros desde Turquía, y que los suburbios del oeste de Alepo son controlados por los grupos terroristas Frente Al Nusra y Yeish al Islam.
"Estos [Frente Al Nusra y Yeish al Islam] están ahora alrededor de Alepo en el lado oeste. En el este, las fuerzas del Gobierno con nuestra ayuda aseguraron el desbloqueo de la ciudad. Y de acuerdo con nuestra información, los que huyen de la zona son milicianos que intentan salvarse. No olvidemos que todos los que están alrededor de Alepo, Frente Al Nusra, Yeish al Islam, Ahrar alSham y otros grupos más moderados, todos reciben suministros por la misma ruta, desde un punto en el territorio turco. Hay que tener en cuenta este hecho, ya que la resolución adoptada por el Consejo de Seguridad de la ONU 2254 prohíbe cualquier suministro que apoye a grupos terroristas", destacó Lavrov.
Ambos, Kerry y Lavrov, reconocieron que la tarea de cesar las hostilidades es una labor ambiciosa y difícil, pero es un paso importante hacia la normalización de la situación en Siria.
Ayuda humanitaria a Siria
John Kerry anunció asimismo que esta semana arrancan los suministros de ayuda humanitaria a Siria: primero a las regiones que necesitan asistencia urgentemente, incluido Damasco, y después a otras regiones.
El grupo que se encargará de las cuestiones humanitarias en Siria comenzará su trabajo el 12 de febrero y trabajará regularmente. Asimismo, la ONU supervisará la entrega de la ayuda humanitaria en colaboración con los países que tienen influencia sobre la situación en Siria.
Reafirmación de la solución política del conflicto
El canciller ruso Serguéi Lavrov destacó que el principal resultado de la cumbre en Múnich es la confirmación de la resolución 2254 de la ONU sobre la normalización pacífica de la crisis siria. Por primera vez en casi cinco años desde el comienzo del desgarrador conflicto armado en Siria, en diciembre de 2015 la comunidad internacional llegó a un consenso político al respecto. Como subrayó el secretario general de la ONU, Ban Ki-moon, la resolución adoptada el 18 de diciembre en Nueva York es la primera iniciativa internacional aprobada que se centra en la solución política del conflicto.
El secretario de Estado de EE.UU. subrayó que es necesario que los desacuerdos existentes sean abordados durante las negociaciones, "en las que debe participar el presidente sirio Bashar al Assad".
El Grupo acordó que el proceso de normalización de la situación tiene que realizarse con la participación del Gobierno y de todos los bandos de la oposición. El canciller ruso subrayó que el principio de una solución política en Siria es "el consentimiento mutuo del Gobierno y todo el espectro de la oposición".
Una estrecha cooperación con Rusia
Los miembros del Grupo Internacional de Apoyo a Siria se pusieron de acuerdo en que es necesario cooperar con Rusia para acabar con la crisis siria.
"Estamos de acuerdo en que no hay manera de establecer la paz y proporcionar asistencia humanitaria sin la cooperación de todos los miembros con Rusia", sostuvo Kerry.
Al mismo tiempo, respondiendo a una consulta de un periodista, el canciller ruso Serguéi Lavrov señaló que "hubo acusaciones" en dirección a Rusia. "Usted mencionó algunas agencias humanitarias, que según dijo, todos los días afirman que Rusia está matando a civiles. Yo no he oído tales declaraciones de las agencias humanitarias de la ONU", puntualizó Lavrov.
La operación terrestre contra el Estado Islámico, en tela de juicio
La operación terrestre en Siria "solo agravará el conflicto", y no conducirá a la victoria sobre el Estado Islámico, opinó Lavrov en el marco de la cumbre en Múnich.
Esta semana el Pentágono y la Casa Blanca han valorado de manera positiva el hecho de que Arabia Saudita asegurara este 4 de febrero que estaría dispuesta a enviar tropas a Siria para realizar operaciones terrestres contra el grupo terrorista. Así, el secretario de Defensa de Estados Unidos, Ashton Carter, señaló que "ese tipo de noticias son realmente bienvenidas".
Sobre el nuevo panorama que surge tras estas conversaciones en Múnich, el analista internacional Andrés Pierantoni, señaló a RT que uno de los desafíos clave para alcanzar la paz es definir "quién queda definido como oposición siria y quien no" y qué grupos de la oposición participarán en las negociaciones.
Actualidad RT
El ministro de Relaciones Exteriores de Rusia, Serguéi Lavrov, su homólogo estadounidense, John Kerry, y el enviado especial del secretario general de la ONU sobre Siria, Staffan de Mistura, han anunciado que el Grupo Internacional de Apoyo a Siria ha acordado implementar en el país árabe un alto el fuego.
El Grupo se ha vuelto a reunir este jueves en Múnich, Alemania, en el marco de la 52 ª Conferencia de Seguridad para abordar la solución de la crisis en Siria y lograr que su Gobierno y la oposición reanuden el diálogo. A continuación revisamos los resultados de la cumbre en Múnich.
Cese de las hostilidades
El secretario de Estado estadounidense John Kerry anunció el cese completo de las hostilidades en el país, en el que participarán todas las partes de la guerra civil, excepto los grupos terroristas como el Estado Islámico, entre otros. Los grupos de trabajo están encargados de encontrar medidas para establecer un alto al fuego estable en una semana, sostuvo.
El grupo Rusia-EE.UU. sobre el cese de las hostilidades deberá, entre otras tareas, determinar las regiones ocupadas por los terroristas. En este sentido, Serguéi Lavrov subrayó que los milicianos alrededor de Alepo reciben suministros desde Turquía, y que los suburbios del oeste de Alepo son controlados por los grupos terroristas Frente Al Nusra y Yeish al Islam.
"Estos [Frente Al Nusra y Yeish al Islam] están ahora alrededor de Alepo en el lado oeste. En el este, las fuerzas del Gobierno con nuestra ayuda aseguraron el desbloqueo de la ciudad. Y de acuerdo con nuestra información, los que huyen de la zona son milicianos que intentan salvarse. No olvidemos que todos los que están alrededor de Alepo, Frente Al Nusra, Yeish al Islam, Ahrar alSham y otros grupos más moderados, todos reciben suministros por la misma ruta, desde un punto en el territorio turco. Hay que tener en cuenta este hecho, ya que la resolución adoptada por el Consejo de Seguridad de la ONU 2254 prohíbe cualquier suministro que apoye a grupos terroristas", destacó Lavrov.
Ambos, Kerry y Lavrov, reconocieron que la tarea de cesar las hostilidades es una labor ambiciosa y difícil, pero es un paso importante hacia la normalización de la situación en Siria.
Ayuda humanitaria a Siria
John Kerry anunció asimismo que esta semana arrancan los suministros de ayuda humanitaria a Siria: primero a las regiones que necesitan asistencia urgentemente, incluido Damasco, y después a otras regiones.
El grupo que se encargará de las cuestiones humanitarias en Siria comenzará su trabajo el 12 de febrero y trabajará regularmente. Asimismo, la ONU supervisará la entrega de la ayuda humanitaria en colaboración con los países que tienen influencia sobre la situación en Siria.
Reafirmación de la solución política del conflicto
El canciller ruso Serguéi Lavrov destacó que el principal resultado de la cumbre en Múnich es la confirmación de la resolución 2254 de la ONU sobre la normalización pacífica de la crisis siria. Por primera vez en casi cinco años desde el comienzo del desgarrador conflicto armado en Siria, en diciembre de 2015 la comunidad internacional llegó a un consenso político al respecto. Como subrayó el secretario general de la ONU, Ban Ki-moon, la resolución adoptada el 18 de diciembre en Nueva York es la primera iniciativa internacional aprobada que se centra en la solución política del conflicto.
El secretario de Estado de EE.UU. subrayó que es necesario que los desacuerdos existentes sean abordados durante las negociaciones, "en las que debe participar el presidente sirio Bashar al Assad".
El Grupo acordó que el proceso de normalización de la situación tiene que realizarse con la participación del Gobierno y de todos los bandos de la oposición. El canciller ruso subrayó que el principio de una solución política en Siria es "el consentimiento mutuo del Gobierno y todo el espectro de la oposición".
Una estrecha cooperación con Rusia
Los miembros del Grupo Internacional de Apoyo a Siria se pusieron de acuerdo en que es necesario cooperar con Rusia para acabar con la crisis siria.
"Estamos de acuerdo en que no hay manera de establecer la paz y proporcionar asistencia humanitaria sin la cooperación de todos los miembros con Rusia", sostuvo Kerry.
Al mismo tiempo, respondiendo a una consulta de un periodista, el canciller ruso Serguéi Lavrov señaló que "hubo acusaciones" en dirección a Rusia. "Usted mencionó algunas agencias humanitarias, que según dijo, todos los días afirman que Rusia está matando a civiles. Yo no he oído tales declaraciones de las agencias humanitarias de la ONU", puntualizó Lavrov.
La operación terrestre contra el Estado Islámico, en tela de juicio
La operación terrestre en Siria "solo agravará el conflicto", y no conducirá a la victoria sobre el Estado Islámico, opinó Lavrov en el marco de la cumbre en Múnich.
Esta semana el Pentágono y la Casa Blanca han valorado de manera positiva el hecho de que Arabia Saudita asegurara este 4 de febrero que estaría dispuesta a enviar tropas a Siria para realizar operaciones terrestres contra el grupo terrorista. Así, el secretario de Defensa de Estados Unidos, Ashton Carter, señaló que "ese tipo de noticias son realmente bienvenidas".
Sobre el nuevo panorama que surge tras estas conversaciones en Múnich, el analista internacional Andrés Pierantoni, señaló a RT que uno de los desafíos clave para alcanzar la paz es definir "quién queda definido como oposición siria y quien no" y qué grupos de la oposición participarán en las negociaciones.
Actualidad RT
Un general de EE.UU. se desmaya en plena sesión informativa
El mayor general y secretario adjunto de la Fuerza Aérea de EE.UU. para el presupuesto, se encontraba informando sobre los futuros planes para el avión de combate F-35.
Un video recientemente publicado muestra el momento en que el mayor general de la Fuerza Aérea estadounidense, James Martin, se desmayó este martes durante una reunión informativa del Pentágono.
El general, secretario adjunto de la Fuerza Aérea de EE.UU. para el presupuesto, se encontraba dando detalles sobre los planes futuros para el caza F-35 cuando de repente perdió la conciencia. El oficial fue retirado del lugar e ingresado a un hospital.
Su colega de la Fuerza Aérea, Carolyn Gleason, quien sustituyó a Martin en la sesión, intentó sacarle provecho a lo ocurrido bromeando: “Eso es lo que el F-35 hará con ustedes”. Se reporta que el miércoles el general ha regresado a trabajar, pero los motivos de sus inconvenientes de salud no han sido informados.
Mirar: https://youtu.be/8Irv0hET_-o
Actualidad RT
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Embaixada da Síria no Brasil comenta ataques de terroristas a cidades sírias
Informativo da Embaixada da República Árabe da Síria sobre os ataques dos grupos terroristas à cidade de Deraa e outras cidades sírias.
Em 03/02/2016, grupos terroristas armados perpetraram ataques aleatórios, com morteiros e mísseis, contra vários bairros residenciais da cidade de Deraa, durante o horário de pico, quando cidadãos e estudantes seguiam para os seus destinos. O ataque resultou na morte de 17 cidadãos e atingiu outros 101 com ferimentos em várias escalas de gravidade. Dentre as vítimas estão mulheres e crianças. O ataque também causou inúmeras perdas materiais, tanto nas residências quanto nas lojas e na infraestrutura da região atacada.
Estes ataques aleatórios dos grupos terroristas armados tiveram, também, como alvo a cidade de Aleppo, e atingiram 10 cidadãos com ferimentos em várias escalas de gravidade. Outros ataques foram perpetrados pelo chamado “Exército do Islam”, através do lançamento de morteiros, de forma aleatória, contra o bairro residencial de Harasta, localizado na zona rural de Damasco, resultando na morte de um cidadão e causando ferimentos em outros dois cidadãos que faziam parte do quadro de funcionários da escola de 2º. Grau do bairro. Uma criança foi atingida com graves ferimentos na cidade de Saen, localizada na Província de Hama, como resultado da explosão de um morteiro no local.
Estes ataques aleatórios contra os bairros residenciais das cidades sírias, ocorrem como sequência da série de crimes terroristas perpetrados pelos grupos terroristas armados e que são classificados por certos regimes e governos, que os apoiam e financiam, como “grupos de oposição moderada armada”. Nos últimos dias, estes “grupos moderados” têm intensificado seus ataques terroristas aleatórios, no âmbito das ordens que recebem de seus senhores em Riad, Doha, Ancara e outros bastante conhecidos da comunidade internacional, fato que atrapalhou, recentemente, a Conferência de Genebra III e atrapalhará todos os esforços empenhados para dar início ao diálogo sírio-sírio, sob o comando da Síria. Estes bombardeios terroristas aleatórios têm, também, por objetivo levantar a moral dos terroristas, que vêm sofrendo derrotas diante do avanço do Exército Árabe Sírio, que combate o terrorismo por todos os países do mundo.
O Governo da República Árabe da Síria reafirma a necessidade da adoção, por parte do Conselho de Segurança, de medidas dissuasivas contra os regimes e governos de países que apoiam e financiam o terrorismo, em cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança relativas ao tema, especialmente as resoluções No. 2170 (2014), No. 2178 (2014), No. 2199 (2015) e 2253 (2015).
Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria
Tradução: Jihan Arar
Pepe Escobar: À espera da tempestade perfeita
Barras de ouro com bandeiras de países do Brics
Comecemos pela “reforma” do FMI que estará integralmente vigente em poucas semanas. Mesmo essa mini-“reforma” foi repetidas vezes vetada pelo Império do Caos. Washington ainda tem a maior quota de ações com votos no FMI, à frente do Japão. Mas agora a China já aparece em 3º lugar, e o Brics Brasil, Rússia e Índia aparecem já entre os primeiros dez.
Por Pepe Escobar*
Mas nada aí significa mudança radical. O governo dos EUA ainda se recusa a implementar qualquer reforma total que acabe por reduzir o poder global do FMI. A China, contudo, avança com fatos em campo como o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII) [orig. Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB)], e o grupo BRICS com seu Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) [orig. New Development Bank (NDB)], esforço sério para quebrar a dominação que um sistema monetário e financeiro fraudulento – e de super exploração – exerce sobre o mundo.
Bretton Woods pode ter morrido, mas o mundo ainda arrasta o cadáver. O mesmo se aplica ao Washington Consensus, maior – dado que galinhas cada vez mais mortais estão voltando para o velho poleiro.
Uma avalanche formava-se já desde os anos Reagan do final da Guerra Fria – imortalizada na nova série de TV Deutschland 83.
Nos anos 1980s à go-go, o governo dos EUA cortou impostos para os mais ricos e atacou o trabalho organizado. Depois, nos anos 1990s, transferiu todos os empregos de melhores salários nas fábricas, para México, China e outras plataformas de salários baixos e finanças não reguladas – quando rejeitou a Lei Glass Steagall e aprovou a Lei de Modernização de Commodities Futuras [orig. Commodity Futures Modernization] de 2000, no governo de Bill Clinton.
As guerras do Afeganistão e do Iraque, no início dos anos 2000s, custaram aos contribuintes norte-americanos pelo menos US$ 3 trilhões – e pavimentou o caminho para a massiva crise financeira de 2008, a qual ainda está em andamento e já em vias de entrar em metástase num crash ainda maior.
Afinal de contas, em “resposta” à crise, o Fed, seguido pelo Banco Central Europeu (BCE) [orig. European Central Bank (ECB)] e o Banco do Japão, meteu-se até o pescoço no tal “alívio quantitativo” que, essencialmente, implicou transferir trilhões de dólares dos contribuintes norte-americanos para escorar (como escora até hoje) bancos insolventes.
O tsunami de dinheiro obviamente não ficou ocioso, mas foi canalizado para negociatas vertiginosas, maximizando retornos, inflando ações (graças à recompra de ações pelos próprios executivos das respectivas empresas) e garantindo dinheiro ultra barato para investir em imóveis.
O estado do jogo nos EUA – que Il Generalissimo Trump descreve em tom professoral como “nada funciona nesse país” – exibe alto desemprego; crescimento anêmico de novos empregos (90% dos “novos empregos” são temporários e de baixa remuneração, poucos benefícios e zero de segurança no emprego); e déficits explosivos.
A política externa dos EUA no governo pato manco de Obama – em termos comerciais – resume-se agora a promover os pactos da “Otan comercial”, as ‘parcerias’ Trans-Pacífico e Trans-Atlântico (TPP e TTIP) que incluem União Europeia e Japão, ambos estagnados e/ou já em declínio, ao mesmo tempo em que exclui a China. É o mesmo que dizer que os dois pactos são, virtualmente, eventualmente natimortos: ninguém consegue acelerar nenhum crescimento econômico, em lugar nenhum, se começa por excluir a China.
Em termos de Guerra Fria 2.0, a política externa dos EUA implica agora um teatro de guerra latente de EUA/Otan que engolfa o Maghreb, o Chifre da África, o Levante, a Bacia do Cáspio, o Golfo Persa, o Oceano Índico, o Mar do Sul da China e toda a Europa Oriental até onde cheguem as fronteiras russas.
Como já se podia prever, os contribuintes norte-americanos estão financiando toda essa mentalidade de Guerra Fria 2.0, como Pentágono mantendo bem viva a possibilidade de confronto militar direto contra os três entroncamentos da integração da Eurásia: Rússia, China e Irã.
Pivô para lugar nenhum
A miríade de problemas econômicos que se agigantam à frente do turbo-capitalismo norte-americano são estruturais e absolutamente sem solução sob o sistema econômico/político hoje vigente, que é, de fato, um criptoconsenso Washington/Wall Street. Fissuras entre os próprios Masters of the Universe eles mesmos estão a ponto de explodir onde todos as verão, com o planeta entrando numa deriva tectônica na direção de ordem política e econômica mais multipolar centrada na Eurásia.
Em termos geopolíticos, o melhor que o governo Obama conseguir criar foi aquele “pivô para a Ásia” de 2011, que até aqui se tem traduzido em provocações esporádicas, pela Marinha dos EUA, no Mar do Sul da China, convertida em nova principal região de tensão, já antes até de os EUA darem jeito de se arrancarem do atoleiro em que se meteram no Oriente Médio.
Pequim, entrementes, pisa fundo no front da moderação, ao mesmo tempo em que vai acumulando capital político – e econômico –, costurando a interdependência econômica paneurasiana. Não só o BAII, mas também o Fundo Rota da Seda, e até o NBD no futuro, serão todos orientados para fazer acontecer a visão “Um Cinturão, Uma Estrada”: as Novas Rotas da Seda que serão o sangue vital de uma Eurásia integrada.
A estratégia de China e do Brics, de estabelecer um sistema monetário, financeiro, diplomático, de comércio e geopolítico internacional rival é o pior pesadelo dos Masters of the Universe – por mais divididos que possam estar. Por tudo isso, não surpreende que a única reação visível – mediante Pentágono/Otan –, tenha sido inflar os medos e/ou suspeitas sobre um caos horrendo que advirá se o mundo não confiar cegamente no hegemon e não se render à versão de ordem dele.
É como se todo o planeta se pusesse fatalísticamente à espera, em suspenso, pela próxima grande, inevitável crise.
Mas o verdadeiro suspense é se essa nova crise já em metástase dará cabo, sem guerra, da dominação financeira e militar pelo hegemon. Enquanto isso, assistimos a Deutschland 83.”
*Jornalista e analista internacional
Blog Rogério de Cerqueira Leite. Tradução do Coletivo Vila Vudu
Direita ataca e equatorianos saem à rua em defesa da Revolução Cidadã
O dia hoje amanheceu agitado no Equador, milhares de equatorianos saem às ruas das principais cidades do país em defesa da Revolução Cidadã, o plano de governo de Rafael Correa, depois de uma série de ataques e tentativas de desestabilização da direita.
Há dias o país vive uma polêmica envolvendo o governo e as Forças Armadas. Desde que o presidente demitiu um alto funcionário militar devido a irregularidades administrativas, a oposição tem feito investidas de desestabilização. Diante deste cenário, os eleitores de Correa e simpatizantes do governo se posicionam em defesa do projeto político que transformou o país nos últimos anos.
A mobilização começou imediatamente após as tentativas de desestabilização. O problema se deu porque as Forças Armadas (ISSFA, na sigla em espanhol) venderam alguns lotes de terra na cidade de Guayaquil, que somou o total de 41 milhões de dólares, e acredita-se que este recurso deveria ser do Estado, não da ISSFA.
Além disso, recentemente um comandante de alto escalão das Forças Armadas emitiu declarações administrativas oficiais onde afirmava que o governo teria cortado recursos, pensões e outros benefícios da categoria. No entanto, as informações são falaciosas e provocaram revolta em uma parcela da população. Dado este contexto de turbulência, o presidente Rafael Correa afastou o comandante em questão de seu posto, a ação, no entanto, está sendo usada como “argumento” para a oposição atacar a Revolução Cidadã.
Este caso, junto à questão da venda dos terrenos em Guayaquil inflamaram, tanto a oposição, quanto os defensores do governo, que nesta quarta-feira (10) saem às ruas em protesto.
Portal Vermelho, Mariana Serafini, com agêncais
Embaixador russo em Brasília: 'Brasil é uma Rússia tropical'
Em entrevista exclusiva à Sputnik, o embaixador da Rússia no Brasil, Sergei Akopov, aborda temas atuais e de grande importância para o mundo, como o combate ao vírus zika, as dificuldade políticas e econômicas enfrentadas por Brasil e Rússia e a crescente cooperação dos dois países no âmbito do BRICS.
A seguir, a íntegra da entrevista com o Embaixador Sergei Akopov.
Sputnik: Houve casos de contaminação pelo vírus zika de funcionários da Embaixada ou de russos no Brasil? Que medidas a missão diplomática planeja adotar durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro? A Embaixada chegou a receber propostas de cooperação na área do combate à doença por parte das autoridades brasileiras?
Serguei Akopov: Felizmente, ainda não tivemos casos de contaminação pelo vírus zika de funcionários das nossas instituições diplomáticas no Brasil. Tampouco recebemos informações sobre russos residentes que tivessem contraído a doença no país. Afinal, a maioria dos casos de contaminação pelo zika é registrada no Norte e no Nordeste do Brasil. E o vírus da dengue ainda representa um perigo muito maior. A dengue também não tem vacina e está se espalhando rapidamente. E tivemos casos de contaminação entre os funcionários da Embaixada, mas, felizmente, de forma leve. Só existe uma defesa – combate ao mosquito transmissor e medidas de proteção individual contra picadas, usando repelentes e roupas com áreas expostas de menor tamanho possível. É importante também não praticar a automedicação ao aparecimento dos primeiros sintomas (isso é muito perigoso), mas procurar ajuda médica o quanto antes. No caso da dengue, por exemplo, não se pode usar quaisquer outros remédios além do paracetamol. Todas essas informações são disponibilizadas nos sites da nossa Embaixada e dos nossos Consulados no Rio de janeiro e em São Paulo. É preciso dizer que as autoridades brasileiras estão dando a maior importância ao combate contra esses vírus. O Governo lançou uma ampla campanha nacional de luta contra os transmissores dessas doenças perigosas, envolvendo, inclusive, as Forças Armadas. Elas têm uma grande experiência. Também foram intensificados os esforços para desenvolver vacinas adequadas.
S: No final do ano passado o Brasil sofreu uma brusca deterioração da sua situação política interna – a presidente do país se viu à beira de um impeachment. Como estão os ânimos da sociedade e da elite política atualmente nesse sentido? Moscou não considera que essa crise política no Brasil possa ter sido desencadeada do exterior?
SA: A diplomacia não tem o costume de avaliar ou comentar a situação política interna do país de acreditação. O que eu posso dizer: o Brasil é um país de democracia madura, com instituições e tradições democráticas consolidadas. É nosso bom amigo e parceiro estratégico. Estou certo de que o povo brasileiro não deixará que ninguém, muito menos alguém de fora, manipule o seu destino. Desejamos aos nossos amigos brasileiros que superem o quanto antes esses tempos difíceis.
S: Por causa dos problemas econômicos existentes tanto no Brasil quanto na Rússia, alguns analistas ocidentais acreditam que em breve estes dois países irão prejudicar as economias em desenvolvimento dos demais membros do BRICS, e que a existência do bloco deixará de ser vantajosa. Qual é a sua opinião com relação a essa questão? Que previsão o senhor poderia fazer quanto à situação econômica no Brasil?
SA: Esses analistas tentam fazer passar o desejado pela realidade. Mas os fatos evidenciam o contrário. O BRICS conseguiu se consolidar como um novo polo na arena internacional. E isso foi possível muito graças aos esforços, muitas vezes conjuntos, da Rússia e do Brasil. A cooperação no âmbito do BRICS, o reforço dessa união, o seu crescente papel em assuntos internacionais – tudo isso está nos interesses dos nossos dois países, bem como de todos os nossos outros parceiros desse bloco. Quanto às dificuldades econômicas, não devemos esquecer que uma das diretrizes mais importantes de cooperação no âmbito dessa união está na busca de soluções conjuntas para esse tipo de problema. Acredito que as atuais dificuldades econômicas servirão apenas como um estímulo extra ao futuro aprofundamento e expansão das relações dos nossos países no âmbito do BRICS. Quanto às perspectivas, sou um otimista. Não existem no mundo outros dois países tão ricos e autossuficientes como Rússia e Brasil. Não é à toa que dizem que o Brasil é a Rússia tropical. Como aconteceu diversas vezes no passado, ela também conseguirá superar a atual crise.
S: Anteriormente, foram apresentadas em Moscou ideias de criação de joint ventures para o processamento de produtos agrícolas. Em sua opinião, até que ponto é possível que esses planos se concretizem? Existem condições para o surgimento de primeiros empreendimentos desse tipo?
SA: Creio que a criação dessas joint ventures representa o futuro. O entendimento de que o simples comércio de produtos agrícolas tem seus limites está pouco a pouco chegando aos empresários tanto do Brasil quanto da Rússia. E já estão surgindo projetos reais de criação desse tipo de empreendimento. Por exemplo, um grupo de empresários brasileiros do Estado do Paraná, apoiado pelas autoridades, está desenvolvendo um projeto de criação de um grande complexo de produção e processamento de carne na Crimeia e no Sul da Rússia. O Brasil é um dos maiores produtores e fornecedores de produtos agrícolas do mundo, inclusive para o mercado russo (carne, soja, açúcar, tabaco, laticínios, etc.). Existe uma grande experiência acumulada nesse setor – tecnologias de ponta, pesquisa e desenvolvimento. Tenho a certeza de que os nossos países têm grandes perspectivas de cooperação mutuamente vantajosa na área da produção agrícola.
S: Especialistas dos países BRICS foram consultados sobre a criação de uma agência de classificação de risco de crédito. Em que estágio se encontram essas negociações no momento? Até que ponto é viável a criação dessa instituição em futuro próximo?
SA: Apoiamos ativamente a ideia (defendida por muitos parceiros do BRICS) de criação de uma agência comum de classificação, ou de uma rede de agências regidas por procedimentos acordados. Afinal, não é nenhum segredo que as classificações de risco de crédito emitidas por agências ocidentais são parcialmente politizadas. Esse trabalho já foi iniciado no âmbito do BRICS. Creio que isso é bastante real.
S: A escolha da profissão foi por acaso ou o senhor buscou o serviço diplomático?
SA: Eu não passei pela questão da escolha da profissão. Nasci e cresci numa família de um diplomata arabista. Meus maravilhosos pais sempre foram e são um modelo, um ideal que busco em toda a vida. Naturalmente, sempre quis ser o mesmo que o meu pai. Desde criança absorvi “sabedorias” da nossa maravilhosa profissão, ligando-a a toda uma gama de qualidades. Isto diz respeito a um amplo conhecimento em diferentes áreas e à capacidade de recolher e analisar informações, tirar conclusões corretas, expressar pensamentos com competência, além de ter um bom conhecimento de línguas estrangeiras, pelo menos duas, e a capacidade de persuadir, negociar, falar na frente de diversos públicos, mostrar habilidades de comunicação, etc. Em outras palavras, a diplomacia não é apenas uma profissão, é também um modo de vida. Os diplomatas não são apenas os olhos, os ouvidos e a voz da pátria no exterior. É por eles que em larga medida se julga a Rússia como um todo. Isso não só impõe uma grande responsabilidade, mas também gera um sentimento incomparável de orgulho pelo seu país e seu povo. Estou no serviço diplomático há 40 anos e imensamente feliz porque meu sonho foi realizado.
S: Qual foi o caso mais memorável, incomum, da prática diplomática, que o senhor teve?
SA: Durante os anos de serviço aconteceram muitas coisas interessantes e curiosas. É difícil destacar qualquer uma delas como particularmente memorável. Por exemplo, é difícil esquecer o que aconteceu durante uma visita oficial do presidente da Rússia à Venezuela em 2008, quando a Guarda Presidencial venezuelana cantou nosso Hino Nacional, na íntegra, em russo. Você pode imaginar os sentimentos que dominaram todos os presentes. E isso certamente contribuiu para a atmosfera positiva e amigável em que a visita ocorreu.
Sputniknews
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