terça-feira, 13 de outubro de 2015
KALIBRar o inimigo: implicações estratégicas do lançamento de mísseis cruzadores russos
Vladimir KOZIN,[1] Oriental Review (Rússia) - Tradução: Vila Vudu
A diplomacia, apesar de todas as convenções, só reconhece eventos reais. Charles de Gaulle
Semana passada, aconteceu na Síria um evento de máxima importância, como parte da Operation Hmeymim: a Flotilha do Cáspio da Marinha Russa disparou 26 mísseis cruzadores de ataque em terra (land-attack cruise missiles (LACMs) que acertaram 11 alvos militares, dos grupos terroristas Jabhat al-Nusra dentro da Síria, localizados a cerca de 1.500km de distância do ponto de onde os mísseis foram disparados (vídeo). Mirar: https://youtu.be/iMasnaAf_H4
Um disparo massivo, usando LACMs Kalibr-NK, foi feito do sudoeste no Mar Cáspio. Os objetos do ataque eram fábricas que produzem explosivos; postos de comando, depósitos de munição, de armas e de combustível; e campos de treinamento de terroristas nos governorados sírios de Raqqa, Aleppo e Idlib. Os mísseis cruzadores, com margem de erro de cerca de 3m de raio em torno do alvo, acertaram precisamente os respectivos alvos definidos dois dias antes.
A fragata Dagestan, armada com mísseis e capacidade para deslocar cerca de 2.000 toneladas, atuou como nave madrinha da força naval russa de assalto, acompanhada pela pequena patrulha de mísseis formada pelas naves Veliky Ustyug, Grad Sviyazhsk e Uglich (com capacidade de deslocamento de cerca de 1.000 toneladas).
Os mísseis Kalibr-NK são extremamente difíceis de detectar: quando manobra, um LACM voa em alta velocidade, em modo stealth – o que significa que não emite qualquer sinal que possa ser rastreado por radares.
A Rússia informou aos líderes do Iraque e do Irã sobre a trajetória desses mísseis. Para prover máxima segurança às populações civis, a rota dos LACMs foi traçada sobre área não habitada.
Quais as implicações militares e políticas do uso desses mísseis?
Foi a primeira vez que as Forças Armadas russas empregaram esse tipo de arma em situação de combate real – que não fosse durante exercício – contra alvos tão distantes.
O segundo ponto mais importante é que todos os 26 mísseis lançados atingiram os alvos demarcados, nenhum se desviou da trajetória previamente calculada, nenhum sofreu qualquer tipo de pane técnica e nenhum caiu em solo enquanto ainda se aproximava do alvo. (A rede CNN informou erradamente que quatro mísseis teriam 'caído no Irã', o que foi desmentido, não pela CNN, e não só por fontes russas e iranianas, mas também por porta-vozes do Departamento de Estado e do Pentágono). Alguns alvos receberam dois tiros.
Área de alcance dos Kalibr-NK a partir do Cáspio (círculo da direita) e do Mar Negro (mapa).
Graças ao sucesso de uma Operação Cáspio, as Forças Aeroespaciais Russas de Defesa acrescentaram mais um novo e muito significativo elemento às suas capacidades para combate aéreo na Síria.
O traço mais importante dos [mísseis cruzadores de ataque em terra (land-attack cruise missiles)] LACMs é que atacam instantaneamente e com acuidade sem paralelo. Têm acentuado efeito de desmoralização sobre o inimigo, porque, mesmo que o míssil seja detectado no momento do lançamento, não é possível sequer prever a área geográfica que será atingida. Evidentemente, os EUA não se cansam de 'exigir' que Moscou seja proibida de usar esses mísseis, insistindo que eles violariam o Tratado sobre o Alcance de Forças Nucleares de Médio Alcance [Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty], o que não se aplica, porque esse tratado só proíbe o uso de LACMs disparados de terra.
Esse primeiro evento de emprego no mundo real, pela Rússia, de seus LACMs de longo alcance, tem significativa importância estratégica, porque os veículos que transportam esses sistemas (de superfície e submarinos), estacionados em qualquer ponto no oceano, podem minimizar o uso potencial de armas nucleares e de sistemas antibalísticos ofensivos, por estados que ainda consideram a Federação Russa como "maior inimigo potencial", "estado agressor" e "estado anexador".
Esses sistemas de armas de alto impacto podem ser usados, transportando ogivas nucleares ou não nucleares, para ataques preventivos ou de retaliação.
Além disso, o Mar Cáspio ("mar fechado") ganha importância estratégica para a Rússia, porque dali a Rússia pode fazer ataques cirúrgicos com os mísseis LACMs em toda a região do Oriente Médio, sem risco de contramedidas das forças navais da OTAN.
Agora que as forças armadas russas já inauguraram arma de tão alta precisão, o Pentágono pode parar de jogar dinheiro fora na ampliação de suas opções militares pensadas exclusivamente para atacar a Rússia.
Em outras palavras, não é mais necessário gastar quantias significativas de dinheiro para manter armas nucleares táticas norte-americanas estacionadas na Europa, ou usar a infraestrutura antibalística plantada no mar na Romênia e na Polônia – e também na região do Pacífico Asiático –, dado que está já absolutamente evidente que doravante todas essas instalações passam a estar ao alcance não só dos LACMs russos mas, muito em breve, estarão também ao alcance de armas efetivamente hiper-sônicas de alta precisão equipadas com ogivas não nucleares.
Deve-se esperar que não só o 'Estado Islâmico', mas também Washington e a OTAN logo cheguem a conclusões rápidas, táticas e profundamente estratégicas a partir da Operação Cáspio; que assim ponham fim às repetidas ameaças de usar força contra a aviação russa; e que compreendam que, ainda que não consigam ser amigos ou "parceiros estratégicos" da Rússia, devem aprender a conviver em paz.*****
[1] Vladimir Kozin é Chefe do Grupo de Conselheiros do Instituto Russo de Estudos Estratégicos, Membro da Acadamia Russa de Ciências Naturais e Professor da Academis de Ciências Militares da Federação Russa.
Rumo à 3ª Intifada: Por que Israel não tem futuro no Oriente Médio
Salah Lamrani (Sayed Hasan) - Tradução: Vila Vudu
"Quero dizer algumas palavras sobre o regime sionista. Depois que se concluíram as negociações nucleares, ouvimos os sionistas dizerem na Palestina ocupada: "Com essas negociações, não teremos de nos preocupar com o Irã nos próximos 25 anos; só depois, pensaremos no caso."
Quero dizer-lhes que, para começar, não estarão aí daqui a 25 anos, para pensar sobre coisa alguma. Com a graça e por favor de Allah, daqui a 25 anos já não haverá nem sinal do que hoje se conhece como "regime sionista". Segundo, durante esse tempo, o espírito islâmico revolucionário, épico, de Jihad, não lhes dará sossego nem por um segundo.
Os sionista já deveriam saber disso. As nações despertaram. Agora já sabem onde está o inimigo. Claro, alguns governos e a propaganda do inimigo quer trocar os lugares, amigos, por inimigos, mas nada conseguirão. As nações – especialmente muçulmanas, especialmente as nações regionais – estão vigilantes e bem despertas.
Pois é. O regime sionista e os EUA já estão reduzidos ao que se vê."
(Discurso do Supremo Líder Aiatolá Ali Khamenei, 9/9/2015)
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Dia 9 de setembro de 2015, Sayed Ali Khamenei, Supremo Líder do Irã, repetiu o compromisso da República Islâmica, de, por palavras e por atos, libertar a Palestina ocupada e pôr fim ao chamado 'Estado de Israel', último 'estado' colonizador que resta no planeta, tão vicioso quanto anacrônico. Disse que, apesar do acordo nuclear, não se pode confiar nos EUA, o "Grande Mal e inimigo dos povos", piores que o próprio demônio, porque não há meio pelo qual seja possível separá-los de suas políticas imperialistas, e que portanto devem continuar a ser considerados inimigos, com os quais qualquer negociação ou contato é proibido. O Irã pode e deve confiar só no seu próprio povo e no próprio desenvolvimento, para se autopreservar contra ameaças e agressões externas, disse o aiatolá Khamenei.
Quanto à entidade sionista, Sayed Khamenei previu que, dentro de 25 anos, já nem existirá tal coisa no mapa do Oriente Médio, confirmando a posição já há muito tempo afirmada e conhecida da República Islâmica, que se resume na famosa frase de 1979: "Israel é tumor canceroso que tem de ser extirpado para sempre." De fato, desde a Revolução Islâmica, o Irã sempre foi o principal provedor e apoiador da luta armada contra Israel, ajudando grupos da Resistência Palestina e Libanesa por todas as vias possíveis (financeiramente, militarmente, diplomaticamente, provendo treinamento e expertise, etc.), sempre declarando repetidamente que o Irã ajudará qualquer país ou força que se disponha a lutar contra Israel.
Em novembro de 2014, no auge da guerra contra ISIS/ISIL e das negociações em Viena do grupo P5 + 1, Sayed Khamenei explicitamente destacou a necessidade de armar os palestinos da Cisjordânia, para abrir nova linha de frente contra Israel e liberar mais territórios ocupados.
Aproximadamente ao mesmo tempo, Sayed Hassan Nasrallah evocou a mesma questão para as Colinas do Golan sírio, onde em janeiro de 2015, confirmou-se presença de força de alto nível dos Guardas Revolucionários Iranianos. E mesmo depois de firmado o acordo nuclear, Sayed Khamenei confirmou sua posição, dizendo que o apoio que o Irã garante à Resistência é inegociável e só aumentará. Comandantes dos Guardas Revolucionários Iranianos disseram também que funcionários e agentes de Israel não estariam jamais em segurança, em lugar algum do mundo. De fato, ninguém poderia mostrar-se mais seriamente comprometido com a destruição de Israel. Hezbollah e o Irã provaram, mais uma vez, que são mestres na arte de converter qualquer ameaça em nova oportunidade.
Netanyahu como se poderia esperar manifestou o desespero da entidade sionista no discurso que fez na ONU dia 1º de outubro, no qual só falou do Irã. Apesar de suas acusações de que o Irã teria intenções genocidas (Israel começou e há de acabar como a Argélia Francesa, com os colonizadores ocupantes fazendo as malas e voltando ao seu ocidente bem amado, e o único genocídio que ali se viu foi o genocídio das populações palestinas nativas), a performance ridícula e aqueles patéticos 45 segundos do show de desafio 'com o olhar', mostram com muita eloquência os medos 'legítimos', viscerais, do ilegítimo Estado Judeu – perfeito alter ego do Estado Islâmico.
A linguagem corporal e a falta de carisma dizem tudo: ambos, o ISIL e Israel conhecerão o mesmo destino e, felizmente para o mundo, serão extintos.
O Irã desempenha papel importante nessas duas frentes de luta contra o terror fanático, na defesa dos superiores interesses dos povos da região.
O que torna essa predição ainda mais relevante que nunca, como disse Sayed Khamenei, é que as nações árabes-muçulmanas afinal despertaram e a última violência atentada contra a soberania das nações do Oriente Médio – o ISIS/ISIL – está sendo enfrentada e derrotada.
EUA e Israel são agora vistos, mais claramente do que nunca antes, como a raiz de todo o mal na região, e o slogan "Morte a Israel" (e "Morte aos EUA"), embora inicialmente cantados por multidões xiitas (do Irã ao Iraque, passando por Líbano e Iêmen), ecoam profundamente, conscientemente e inconscientemente, no coração da vasta maioria de todos os árabes, muçulmanos e homens, mulheres, jovens e crianças livres desse mundo, e são já afirmados, cada vez mais abertamente, por todos.
Ilustração disso se vê em muitos vídeos de multidões por todo o planeta que queimam bandeiras de Israel (e dos EUA), mas, também, de modo menos dramático mas talvez ainda mais revelador e eloquente, pelas ruas, em entrevistas que a televisão fez durante um ano em vários países árabes (Tunísia, Egito, Líbano, Palestina, etc.), nas quais as pessoas deveriam responder a uma única e simples pergunta: "Onde se localiza o Estado de Israel?". E a maioria dos consultados recusou-se, até, a responder.
A maioria dos consultados protestou já contra os termos da pergunta, porque não existe no mundo nenhum "Estado de Israel". O que existe não passa de entidade sionista usurpadora, um câncer no Território Ocupado da Palestina, condenada a desaparecer por todos os princípios e todas as leis humanas e mais amplas (ONU, a História, a Moral, a Justiça, etc.): esses fatos se autoimporão eles mesmos a todos, assim como a libertação da Argélia Francesa impôs-se contra militares, colonizadores e franceses comuns, que supuseram, até o último momento, que qualquer resistência seria criminosa e impossível; em seguida, tiveram de render-se à realidade.
Cairo, 5 de outubro de 2015
Finalmente, o blefe da Arábia Saudita 'Guardiã dos Dois Locais Sagrados' e a chamada guerra 'sunitas versus xiitas' foi exposta, e os povos árabes e muçulmanos veem já o regime saudita, claramente, pelo que realmente é e sempre foi, um Cavalo de Troia da hegemonia ocidental, uma heresia, fonte, provedor e mantenedor do terrorismo, outro câncer que ataca o próprio Islã.
O ISIS nada tem a ver com os ensinamentos do Islã, mas tem tudo a ver com o que dizem Muhammad b. Abd-al-Wahhab e a Casa de Saud, cuja visão aplicam e disseminam.
Antes da interferência do ocidente, o mundo islâmico sabia lidar com o predecessor deles, Ibn Taymiyya, fanático, mas figura marginal, que passou quase toda a vida nos calabouços de onde jamais deveria ter saído. E, não fosse pelo envolvimento direto do Imperialismo Britânico, o regime da Arábia Saudita jamais teria sobrevivido até o século 20, e o país seria ainda conhecido como Hijaz; e nem as doutrinas Wahhabistas ter-se-iam espalhado pelo mundo, graça a inexaurível capacidade de persuadir que têm os petrodólares.
Mas hoje, com os desdobramentos na região, especialmente no Iêmen, onde a Arábia Saudita e seus aliados estão sofrendo duros revezes, no que já se configura como derrota esmagadora (como previram ambos, Sayed Khamenei e Sayed Nasrallah); e na Síria, de onde seus 'procuradores' estão sendo varridos pela ofensiva conjunta de Síria, Irã, Hezbollah e Rússia, a queda da Casa de Saud já se configura irreversível. Depois virá a libertação de todos os Territórios Palestinos Ocupados (Colinas do Golan, Cisjordânia, Galileia, etc.) – da qual o fim do ISIS é como uma prefiguração –, a destruição final de Israel e o fim da chamada Pax Americana, que nada foi se não a Era do Terror Internacional, e à qual sucederá um mundo multipolar, do qual essas forças maléficas, pelo menos, terão sido varridas. [Imagem]
As décadas de tortura indiscriminada, brutalização, destruição e assassinatos em massa produzidos por Israel, de terror e humilhações infligidas aos países vizinhos e aos próprios palestinos, tornaram impossível qualquer coexistência entre israelenses e árabes nessa região. Israel foi criada e mantida pela espada e só conseguirá sobreviver enquanto for invencível ou, no mínimo, temida como tal.
Como Sayed Nasrallah relembrou bem, o próprio Ben Gourion disse que Israel cairá depois de perder a primeira guerra. Dado que até hoje não conseguiu matar o espírito de resistência do povo palestino e o comprometimento do povo árabe, dos muçulmanos e de todo o mundo com a causa dos palestinos, e já preso indiscutivelmente num círculo de revezes e derrotas desde 25/5/2000 e 14/8/2006, até as guerras de Guerras de Gaza de 2008-9, 2012 e 2014, o projeto colonial sionista está condenado. Apenas que, em 1979 e 1982, só os visionários já sabiam.
Esperemos que esteja em curso realmente uma 3ª Intifada na Palestina e que, como Sayed Khamenei prevê, os ocupantes não tenham um dia de paz e segurança. Esperemos que o povo Palestino finalmente entenda que nenhuma negociação é possível com Israel, que deponha o atual governo corrupto, colaboracionista e infame, e abrace plenamente a Resistência Armada, seguindo o exemplo e as exortações do Hezbollah em 2000 e 2006. Tenhamos fé e nos preparemos para festejar.
Coragem, Sr. Netanyahu! Embora os terroristas do exército de Israel não tenham a coragem dos terroristas do ISIS, não será preciso afogá-los todos no mar. Sayed Nasrallah prometeu que na próxima guerra que mudará a face do Oriente Médio, só barcos que cheguem à Palestina Ocupada serão impedidos de navegar. Que todos os barcos que estejam deixando Israel, conduzindo colonos de volta para de onde saíram viajarão livremente. Mas ainda que aconteça de o senhor ser lançado ao mar, verdade é que o senhor e os parecidos com o senhor sempre sabem o momento certo para abandonar navio que naufraga e são excelentes nadadores.
Dois morteiros atingem embaixada russa em Damasco
Dois projéteis atingiram a área da embaixada russa na capital síria, Damasco, na terça-feira (13) na altura em que um grupo de apoiantes do governo estava reunido próximo do prédio da embaixada para agradecer a Moscou pela operação contra o Estado Islâmico.
Segundo transmite do correspondente da RIA Novosti do local, todos os membros da missão diplomática estão sãos e salvos.
“Duas granadas de morteiro atingiram a embaixada russa em Damasco. Os membros da missão diplomática não ficaram feridos”, disse um funcionário da embaixada.
Uma testemunha no local disse à agência noticiosa que alguns projéteis atingiram a área perto do local onde estava sendo realizada uma manifestação pacífica de apoio à operação russa na Síria.
“Dois projéteis de morteiros atingiram o local onde se realizava a manifestação de apoio às ações russas na Síria. Um dos projéteis atingiu a zona exterior do clube de esporte de al-Barada, o outro em al-Adawi [distritos]. Algumas pessoas foram feridas. O local foi cercado”, disse a testemunha.
Na terça-feira (13), o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov classificou os ataques realizados contra a embaixada russa em Damasco como atentado.
“Quanto aos ataques contra a nossa embaixada em Damasco, na verdade, as informações foram confirmadas pelo nosso embaixador. Dois morteiros atingiram o território da embaixada…É um ataque terrorista evidente, destinado, provavelmente, a aterrorizar os apoiantes do combate contra o terrorismo e a não lhes permitir dominar na luta contra os extremistas”, afirmou Lavrov.
O ministro russo disse ainda que espera que todos os culpados do ataque contra a embaixada sejam identificados.
“Ainda não temos informações adicionais, mais detalhadas, mas contamos que os culpados sejam identificados e sejam tomadas as medidas para prevenir tais ações criminosas no futuro”, destacou.
Desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria, usando aviões Su-25, bombardeiros Su-24M, Su-34, protegidos por caças Su-30SM.Segundo os dados mais recentes, as Forças Aeroespaciais russas realizaram, desde o início da operação, cerca de 140 missões contra as posições dos terroristas, nomeadamente postos de comando, campos de treinamento e arsenais.
Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros.Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. Além disso, segundo ele, em resultado da operação da Força Aérea russa, já foi destruída cerca de 40% da infraestrutura do Estado Islâmico.
Sputniknews
Nota da redação: A imprensa ocidental publicou e divulga o release do Pentágono, segundo o qual "dois mísseis" teriam atingido a embaixada da Rússia. É mais uma mentira. Não foram mísseis. Foram simples morteiros. E a imprensa ocidental continua mostrando sua face mercenária e vira-lata.
Frente Al-Nusra pagará a quienes asesinen a Al-Asad y Nasrolá
El líder del grupo terrorista Frente Al-Nusra ofreció el lunes recompensas a quienes maten al presidente sirio, Bashar al-Asad, y al secretario general del Movimiento de Resistencia Islámica de El Líbano (Hezbolá), Seyed Hasan Nasrolá.
Abu Mohamad al-Yolani, líder del mencionado grupo terrorista, anunció que pagará millones de dólares a quienes asesinen a Al-Asad y Nasrolá, y pidió a sus seguidores atacar a todas las facciones que apoyan al mandatario sirio.
También en su cinta de audio divulgada en Youtube urgió a llevar a cabo operaciones terroristas a gran escala en los territorios bajo control del Gobierno sirio y matar a cuantos más soldados sirios que sean posibles.
Por otra parte arremetió contra Rusia por bombardear objetivos terroristas en suelo sirio y advirtió a Moscú que el Frente Al-Nusra responderá y “convertirá a Siria en un nuevo Afganistán para Rusia”.
Igualmente llamó a sus simpatizantes en el Cáucaso y en Rusia a matar a soldados rusos como venganza por la muerte de los terroristas en Siria. También pidió su ayuda para efectuar ataques contra posiciones de las fuerzas gubernamentales en suelo sirio.
“Si el Ejército ruso mata a nuestras tropas ustedes también maten a los soldados rusos”, dijo.
Los bombardeos de las Fuerzas Aeroespaciales de Rusia contra los terroristas, que se producen a petición —por escrito— del presidente sirio, han disminuido el poderío del grupo takfirí EIIL (Daesh, en árabe), entre otras bandas terroristas activas en este país árabe y han conseguido destruir el 40% de la infraestructura de Daesh en suelo sirio.
hgn/rha/mrk - HispanTv
Moscú: Armas de EEUU enviados a Siria terminarán en manos de EIIL
El canciller ruso, Serguei Lavrov, ha cuestionado el envío de armamento por parte de Estados Unidos a los llamados “rebeldes moderados” en el territorio sirio y ha asegurado que una gran proporción de este armamento terminará en manos de los grupos terroristas del EIIL (Daesh, en árabe).
"Los estadounidenses informaron de que habían cambiado el concepto de apoyo a la oposición: en lugar de formación sobre el terreno, sencillamente les arrojan armas y municiones desde el aire. Han lanzado, si no me equivoco, varios cientos de sacos con municiones con un peso total de 50 toneladas", ha declarado Lavrov este martes en una rueda de prensa.
El pasado lunes, EE.UU. confirmó que sus fuerzas militares entregaron al menos 50 toneladas de diversos tipos de municiones a los llamados “rebeldes moderados”, considerados por Damasco como terroristas, ubicados en las zonas norteñas de Siria, como parte de una nueva estrategia de Washington que no incluye el entrenamiento directo de ellos.
El canciller también ha lamentado la renuencia de ese país para coordinar esfuerzos con todos los que luchan contra el terrorismo en Siria.
En este sentido ha añadido que siguen a la espera de que EE.UU. proporcione datos sobre el grupo armado opositor al Gobierno de Damasco, el llamado Ejército Libre Sirio (ELS) así como tampoco han respondido a las propuestas que envió para la colaboración humanitaria en Siria.
Un miembro del autollamado Ejército Libre Sirio (ELS), considerado por Washington como un grupo armado moderado.
A pesar de que Estados Unidos decidiera hace poco abandonar su programa de entrenamiento y equipamiento de los llamados “rebeldes moderados”, sigue apoyándolos entregándoles municiones.
Por otra parte, Lavrov ha dicho que su país está satisfecho con los diálogos militares mantenidos con EE.UU. sobre el conflicto en Siria, donde han podido trazar un mecanismo para evitar incidentes.
La aviación rusa comenzó hace poco a bombardear las posiciones del grupo terrorista EIIL en Siria, tras una petición escrita del presidente Al-Asad.
Atentado contra embajada rusa en Siria
El ministro ha calificado el ataque como un acto terrorista que ha sido perpetrado "con el fin de intimidar a los partidarios de la lucha contra el terrorismo y no permitirles vencer a los extremistas". Una fuente diplomática rusa en Damasco informó previamente que la Embajada ha sido bombardeada con morteros.
También ha declarado que Moscú está tratando de identificar, junto con las autoridades sirias, a los responsables del ataque.
Desde marzo de 2011, Siria vive un conflicto armado que ha dejado cientos miles de muertos, según estimaciones de distintas organizaciones.
snr/rha/mrk - HispanTv
Irak inicia ataques contra EIIL con apoyo de coalición cuatripartita
Las Fuerzas Aéreas de Irak han iniciado sus operativos contra posiciones del grupo takfirí EIIL (Daesh, en árabe) con el apoyo de la inteligencia recogida por la coalición cuatripartita conformada por Irán, Irak, Rusia y Siria.
El Ejército iraquí ha lanzado su primer ataque contra Daesh haciendo uso de la información recibida del Centro Informativo con base en Bagdad, capital de Irak, creado conjuntamente por Rusia, Siria e Irán, informa este martes Hakem al-Zameli, jefe del comité de defensa y seguridad del Parlamento iraquí en declaraciones recogidas por Reuters.
El Centro Informativo, que incluye a seis miembros de cada país, ha estado funcionando durante aproximadamente una semana, ha añadido Al-Zameli.
mkh/anz/hnb - HispanTv
Moscú: "Los combatientes del EI se retiran de la zona de guerra por falta de municiones"
Varios grupos de combatientes del Estado Islámico están dispuestos a retirarse de la zona de combate en Siria debido a la falta de municiones y armas, ha anunciado este martes el portavoz del Ministerio de Defensa de Rusia, el mayor general Ígor Konashénkov a partir de los resultados de la interceptación de las negociaciones de los terroristas.
"De acuerdo con las interceptaciones de radio de las conversaciones de los comandantes del EI en las provincias de Hama y Homs, los rebeldes están experimentando una grave escasez de municiones para armas ligeras y lanzagranadas. Algunos comandantes demandan a sus jefes que si en un futuro próximo no reciben municiones, retirarán sus grupos de la zona de guerra", ha explicado Konashénkov, citado por medios rusos.
El Estado Islámico ha cambiado de táctica a la hora de suministrar armas y municiones a la línea del frente: ahora las caravanas de camiones se mueven por la noche, ha informado el Ministerio de Defensa. Los terroristas han puesto en marcha toda su "red logística" en un intento de suministrar nuevos equipos y municiones al campo de batalla. Los drones rusos están registrando el movimiento de la "cadena logística" de los terroristas.
Desde el 30 de septiembre y a petición del presidente Bashar al Assad, Rusia lleva a cabo ataques aéreos contra instalaciones del Estado Islámico en Siria. Hasta ahora, las fuerzas rusas han realizado más de 300 vuelos, eliminado a cerca de 300 militantes y destruido varios campos de entrenamiento importantes, puestos de mando y depósitos de municiones entre otras instalaciones.
El Estado Mayor General ruso ha informado de que los islamistas han sufrido importantes pérdidas, por lo que han cambiado de táctica: ahora dispersan sus fuerzas y se esconden en zonas pobladas. Según los militares rusos, los objetivos se han seleccidonado a partir de datos de la inteligencia de Rusia, Siria, Irak e Irán.
Actualidad RT
El informe final ruso sobre el MH17: "El avión fue derribado desde un área controlada por Kiev"
Presentación del informe final sobre el MH17 por parte del consorcio ruso Almaz-Antei / Maxim Zmeev / Reuters
Este 13 de octubre el consorcio de defensa antiaérea Almaz-Antei ha presentado su informe final sobre el MH17, elaborado sobre la base de los resultados de un experimento diseñado para estudiar las causas de la catástrofe del Boeing 777 de Malaysia Airlines, que se cobró la vida de 298 personas.
El presidente del consorcio, Yan Nóvikov, reveló que los resultados del estudio niegan las conclusiones de la comisión neerlandesa sobre el tipo de misil que podría haber derribado el avión de Malaysia Airlines.
Nóvikov afirmó que "los resultados de su experimento contradicen por completo los resultados de la comisión neerlandesa con respecto al tipo de misil y la ubicación de su lanzamiento".
Esencia del experimento
Para aclarar las causas de la tragedia, Almaz-Antei realizó dos experimentos en condiciones idénticas al siniestro con el uso de un avión IL-86 y una modificación del misil 9M38.
La primera simulación de la catástrofe se llevó a cabo el 31 de julio, la segunda se celebró el 7 de octubre. En el marco del experimento, los misiles fueron lanzados desde la zona de la localidad Snézhnoye contra un avión IL-86 fuera de servicio.
Además, la supercomputadora de Almaz-Antei analizó 14 millones de combinaciones y variantes del impacto del Boeing 777 por la metralla del misil, según el director general. Los resultados de la investigación del consorcio ruso fueron enviados a la parte holandesa.
Tipo de misil
La reconstrucción del derribo mostró que la caída del avión podría haber sido provocada por el impacto del misil de una modificación más vieja de lo estimado previamente.
Además, se reveló que el misil explotó a una distancia de unos 20 metros del motor izquierdo de la aeronave.
Mirar: https://youtu.be/1o5H9xjJe04
El Boeing malasio fue alcanzado por un misil 9M38 del sistema Buk. Actualmente, Rusia no tiene a su disposición este tipo de armamento, el último misil de este tipo fue fabricado en la Unión Soviética, asegura Almaz-Antei.
"Hoy podemos decir con certeza que si el Boeing fue derribado por el sistema antiaérea Buk, fue el misil 9M38 el que impactó el aparato desde la localidad de Zaróschenskoye", afirmó Mijaíl Malyshévski, asesor del diseñador general del consorcio, fabricante de los misiles Buk.
Ubicación del lanzamiento
Los resultados de la investigación confirman que el Boeing 777 fue derribado desde una zona controlada por las tropas de Kiev. Se estima que se trata de las inmediaciones de la aldea de Zaróschenskoye.
La simulación del siniestro realizada por los especialistas neerlandeses no explica por qué consideran que el avión fue derribado desde la localidad de Snézhnoye (controlada en aquel momento por las fuerzas de autodefensa), ya que si el Boeing hubiera sido atacado desde allí, el misil no habría afectado el lado izquierdo de la aeronave.
Los representantes de Almaz-Antei también indicaron que los especialistas de los Países Bajos presentaron solo dos tipos de elementos destructivos, mientras que debe haber tres.
En caso del presunto lanzamiento de un misil desde la aldea de Snézhnoye, ningún elemento destructivo pudo alcanzar el motor ni el ala izquierda del aparato, mientras que el análisis de fotografías concluyó que el impacto del misil dañó no solo la cabina del avión, sino también el ala izquierda y el estabilizador. "Los daños permiten determinar que fueron causados por elementos destructivos del complejo Buk", dijo Malyshévski.
Asimismo, el director general del consorcio mencionó que parte de los daños pudo ser provocada por la descomposición de elementos del aparato posterior al impacto, y no directamente por los elementos destructivos del misil.
Almaz-Antei está dispuesto a entregar los resultados de su investigación sobre las causas del siniestro del MH17 a la comisión internacional y al Tribunal Europeo para que los estudien.
Sanciones contra el consorcio
El consorcio ruso aseguró que las sanciones introducidas en su contra son "injustas", ya que no tienen nada que ver con la catástrofe del avión malasio.
"Nuestra participación en la conferencia de prensa (…) está vinculada directamente con las sanciones ilegales contra nosotros en relación con la tragedia del avión de pasajeros derribado en el sureste de Ucrania", dijo el director general de la entidad.
La empresa ha desclasificado parte del material relacionado con la investigación con el fin de entregarlo a la comisión internacional.
Video de la simulación
Almaz-Antei ha explicado paso a paso sus experimentos y ha mostrado un video de cómo se llevaron a cabo las simulaciones.
El lanzamiento del misil 9М38М1 contra un avión IL-86 fue grabado y demostró que si un proyectil de este tipo fuera la causa del siniestro del avión malasio, entonces habría sido lanzado desde Zaróschenskoye.
El 17 de julio de 2014, en pleno conflicto ucraniano, el Boeing 777 de Malaysia Airlines se estrelló en el sureste de Ucrania con el resultado de la muerte de todos los pasajeros y tripulantes.
Tanto el Gobierno ucraniano como las autodefensas de Donbass se negaron a asumir la responsabilidad por lo ocurrido, y las autoridades holandesas empezaron la investigación.
En un informe preliminar de los Países Bajos se estableció que la causa de la tragedia del MH17 fue un daño estructural causado por un impacto externo.
Actualidad RT
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
O URSO RUSSO RUGE
Eric Margolis Blog - Tradução: Vila Vudu
Frankfurt, Alemanha – Será que alguém no governo Obama é tão lerdo de ideias a ponto de supor que a Rússia não se moveria para conter os esforços dos EUA para derrubar o aliado de Moscou na Síria?
A guerra síria começou há quase cinco anos, com forças de EUA, França, Grã-Bretanha e Arábia Saudita empenhados em derrubar o governo sírio apoiado pelos governos do Irã e da Rússia. Até aqui, o resultado é 250 mil mortos, 9,5 milhões de refugiados que inundam a Europa, e a Síria destruída.
Até aí, pouca novidade: o primeiro golpe da CIA para tentar derrubar governante sírio aconteceu em 1949, contra o general Husni Zaim.
Uma combinação de húbris imperial e ignorância levou Washington a crer que poderia derrubar qualquer governo que lhe parecesse desobediente ou não cooperativo. A Síria foi escolhida como o mais recente alvo de golpe para 'mudança de regime', porque o regime do presidente Assad – governo legítimo, eleito, reconhecido pela comunidade internacional e membro da ONU – é aliado próximo do Grande Satã, o Irã. Antes, até cooperara com Washington.
Depois de assistir à lenta destruição da Síria, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, moveu seu peão para o tabuleiro de xadrez sírio. Pela primeira vez desde 1991, Moscou enviou uma pequena unidade expedicionária de 50 aeronaves para a Síria, para amparar o regime do presidente Assad e para reafirmar que a Rússia defenderia seus interesses estratégicos de muito tempo, na Síria.
Pouco dos amadores que passam por estrategistas do governo Obama algum dia souberam que a Rússia, durante o século 19 carregava o título de justo protetor dos Cristãos do Oriente Médio. A Rússia assistiu à destruição de antigas comunidades cristãs no Iraque, depois que o protetor delas, presidente Saddam Hussein, foi derrubado. Moscou jurou que não permitiria que crime semelhante acontecesse novamente, dessa vez contra os cristãos sírios.
A Rússia está também claramente reafirmando um grau da influência que o país já teve no Oriente Médio. Em 1970, pilotos russos envolveram-se com aeronaves russas sobre o Canal de Suez, durante a "Guerra de Atrito". O tempo de voo de Moscou a Damasco é praticamente o mesmo que de New York City a Miami. A Síria está no quintal da Rússia, não dos EUA.
Guerra muito efetiva de propaganda feita contra Síria e Rússia pela mídia-empresa norte-americana, francesa e britânica tanto demonizou o presidente Assad da Síria, que Washington terá dificuldades para negociar ou incluí-lo em qualquer acordo de paz. Os EUA cometeram o mesmo erro estúpido com os Talibã do Afeganistão, e até hoje pagam o preço.
O presidente Bashar Assad não é nenhum Grande Satã. É médico oftalmologista formado e treinado na Grã-Bretanha, forçado a assumir a liderança de sua família e o governo da Síria por causa de um acidente de carro que matou seu irmão mais velho. O regime Assad é carregado de funcionários corruptos e crueis, mas minha longa experiência regional ensina que a Síria absolutamente não é pior que aliados realmente brutais dos EUA, como Egito, Arábia Saudita, Marrocos ou Uzbequistão.
Há muito tempo o presidente Putin fala de construir um acordo negociado que ponha fim ao destrutivo conflito sírio, que rapidamente se vai tornando semelhante à terrível guerra civil no Líbano, de 1975 a 1990, a cujos horrores assisti em primeira mão.
Quem governe a Síria absolutamente não vale nem mais uma morte, ou mais um único refugiado. Infelizmente, a Síria parece já ter ultrapassado o ponto de recuperação. Os doidos que os EUA criamos agora comandam amplos territórios dentro do Iraque e da Síria. A Rússia já começa a falar em ir também para o Iraque.
Vlad Putin mantém o jogo firmemente sob controle. Não garanto nada quanto à Casa Branca de Obama e seus confusos conselheiros. Melhor fazer já um acordo com Assad, aliado natural dos EUA, e dar fim rápido a essa guerra ensandecida, antes que o senador John McCain e seus cruzados Republicanos realmente iniciem a 3ª Guerra Mundial.
Washington recusa à Rússia qualquer esfera de legítima influência na Síria, apesar de Moscou manter uma pequena base em Tartus, no litoral, há mais de 40 anos. Essa base logística russa está agora sendo expandida e guardada por força armada com dimensões de uma companhia reforçada.
Essa semana chegaram notícias de que uns poucos soldados da infantaria iraniana haviam entrado na Síria. O Líbano, representado pelos combatentes do Hezbollah, também está em ação na Síria.
Contra esses há um saco de forças irregulares e fanáticos religiosos pesadamente armados e treinados e armados pelas forças de inteligência dos EUA, da França e da Grã-Bretanha, com dinheiro de Washington e dos sauditas. Pessoalmente, acredito que também haja pequeno número de soldados das Forças Especiais dos EUA e da França, e dos SAS britânicos, que combatem ao lado das forças anti-Assad.
Israel e Turquia, na esperança de arrancarem algum lucro de um possível racha do território sírio, também auxiliam discretamente as forças anti-Assad que incluem a al-Qaeda e o coringa preferido de todos, chamado "Estado Islâmico".
Ouvem-se rugidos de protesto saídos de Washington e de seus aliados, por causa da intervenção militar russa. De modo geral, os EUA odiamos quando alguém faz contra nós o que vivemos a fazer contra os outros. Os EUA têm mais de 800 bases em todo o mundo. Tropas francesas operam em muitos pontos da África. Esses países sempre empreenderam intervenções militares (sempre que se sentiram suficientemente fortes).
Washington acusa Moscou de imperialismo, mas há 10 mil soldados, frotas de aviões e 35 mil mercenários norte-americanos combatendo contra forças nacionalistas no Afeganistão. O Iraque permanece, como semicolônia dos EUA. A Rússia retirou todos os seus 350 mil soldados estacionados na Alemanha em 1991; as bases dos EUA lá continuam, cobrindo todo o território alemão e, mais recentemente, também o território romeno.
Obama quer guerra ('por encomenda') contra a Rússia na Síria
Moon of Alabama - Tradução: Vila Vudu
Por um momento até pareceu que os EUA estivessem desistindo de 'mudança de regime' por meios violentos na Síria. Sob pressão dos russos, dia 29/9 o secretário de Estado Kerry concedeu que o resultado teria de ser algo não apoiado pelos aliados dos EUA no Golfo e pelos mercenários que lutam por encomenda na guerra da Síria:
EUA e Rússia acertaram "alguns princípios fundamentais" para a Síria, disse o secretário de Estado John Kerry na 3ª-feira, acrescentando que tem planos para voltar a reunir-se com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na 4ª-feira.
"Chegamos a um acordo, de que a Síria deve ser país unificado, unido, que tem de ser secular, que o ISIL (Islamic State) tem de ser atacado e desarmado e que é preciso uma transição administrada," disse Kerry à rede MSNBC (...).
PORÉM, em vez de começar a trabalhar sobre esse acordo e aprofundar os contatos com os russos, os EUA deslizam agora para guerra total por encomenda contra a Federação Russa e, especialmente, com o contingente de russos que há na Síria.
Obama havia dito que não seria arrastado para uma guerra à distância com a Rússia, mas seu próprio governo, o Pentágono e a CIA mais uma vez estão fazendo o diabo para conseguir uma guerra contra a Rússia, na Síria.
O apoio dos russos à Síria não tem prazo para acabar. Agora que o governo dos EUA cede e se deixa arrastar para uma posição em que qualquer guerra com a Rússia na Síria tornou-se prioridade, a luta na Síria e arredores será prolongada para durar muito tempo.
O programa oficial do Pentágono para treinar mercenários na Síria deixará de avaliá-los, selecioná-los, vesti-los, armá-los, treiná-los e apoiá-los. Mas o programa não será extinto. O Pentágono apenas abreviará o processo. Deixa de lado a parte de avaliá-los e selecioná-los e treiná-los e passa a armar e apoiar qualquer um que apareça e declare que deseja "combater o ISIS":
Esse movimento marca uma expansão do envolvimento dos EUA na guerra em solo ampliada na Síria e pode expor o governo Obama a riscos ainda maiores, se as armas que passarão a ser entregues a número maior de unidades 'rebeldes' continuarem a cair em mãos de terroristas ou de gama mais ampla de unidades 'rebeldes', ou se os terroristas patrocinados pelos EUA vierem a ser atacados por forças leais ao presidente Assad e seus aliados.
...
Por esse novo plano, líderes de grupos que já combatem o Estado Islâmico passam a ser avaliados, selecionados e reconhecidos e recebem curso ultrarrápido de Direitos Humanos e Comunicações em Combate. Muitos deles já receberam treinamento fora da Síria, disseram funcionários.
Com o tempo, o Pentágono planeja prover munição e armas básicas àqueles líderes combatentes e iniciará ataques aéreos contra alvos identificados por aquelas unidades.
Não há quem não saiba como saem as coisas quando terroristas-mercenários desse tipo passam a identificar alvos para que os aviões dos EUA os ataquem... Assim, exatamente, os EUA destruíram o hospital dos Médicos Sem Fronteiras em Kunduz, em ataque que fez cerca de 50 mortos (reza a lenda que os aviões norte-americanos teriam sido chamados por forças especiais do Afeganistão).
Auxílio militar significativo para esses mercenários-terroristas, numa área na qual grupos de terroristas misturam-se com islamistas extremistas, algumas vezes misturados com rebeldes moderados da oposição, sinaliza modificação nos planos e na política inicial dos EUA.
Alto funcionário do governo Obama, que pediu para não ser identificado, não detalhou as características dessa ajuda que deve chegar ao noroeste da Síria. Mas o funcionário disse que "os suprimentos serão entregues a forças anti-ISIL cujos líderes foram adequadamente avaliados e selecionados" – e os descreveu como "grupos de composição diversificada".
Esses grupos diversificados são constituídos precisamente de jihadistas da Frente al-Nusra/al-Qaeda, Ahrar al Shams e outras formações de jihadistas. Ainda que as armas não sejam diretamente entregues a ela, o fato de que a al-Qaeda exige uma "quota" de 1/3 de todas as armas entregues aos seus agentes, e não raras vezes captura 100% delas, mostra que o novo 'programa' dos EUA é programa para armar diretamente a al-Qaeda (embora ninguém o reconheça como tal).
O novo programa é separado de um esforço conduzido pela CIA para ajudar facções rebeldes na Síria. Ainda não se sabe com certeza como o anúncio feito na 6ª-feira pode vir a afetar o programa da CIA.
A CIA mantém programa similar, mas muito maior, desde 2012. Há armas para qualquer pessoa que declare que deseja derrubar o governo da Síria. E muitas daquelas armas já estão em mãos do ISIL/ISIS/Daesch/Estado Islâmico ou da al-Qaeda.
A verdade é que foi a CIA, comandada pelo chefe Brennan (famoso por defender torturas e torturadores), quem empurrou o governo Obama para bem longe das declarações sensatas de Kerry e o pôs diretamente no olho do furacão de uma guerra total à distância, por encomenda, contra a Rússia.
A Rússia já bombardeou alguns dos grupos treinados, armados e pagos pela CIA. Antes, consultou os EUA para que informassem quem bombardear e quem poupar, mas não recebeu resposta. Dado que os mercenários pagos pela CIA para lutar contra o governo sírio são praticamente idênticos e indistinguíveis de qualquer outro terrorista da al-Qaeda ou de outros grupos, todos são alvos legítimos.
Não é o que a CIA entende. Mas, mesmo assim, a CIA tem considerado bem úteis os ataques dos russos contra os próprios terroristas da CIA:
Relatos indicam que os grupos treinados pela CIA sofreram pequeno número de baixas e foram alertados para evitar movimentos que os exponham aos aviões russos. Um funcionário do governo dos EUA, que conhece bem esse programa da CIA – e que, como todos, pediu para não ser identificado – disse que os ataques galvanizaram algumas das unidades armadas pela Agência. "Agora eles decidiram que querem combater contra os russos" – disse o funcionário. – "A moral melhorou muito".
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Brennan viajou semana passada para o Oriente Médio, quando se intensificaram os ataques russos. Funcionários do governo dos EUA disseram que a viagem estava planejada e nada tem a ver com bombardeios russos, mas reconheceu que todas as discussões centraram-se na Síria.
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A decisão de desmantelar o programa de treinamento do Pentágono – cujas equipes muito pequenas são frequentemente capturadas ou rendem-se a outros grupos rebeldes na Síria – pode obrigar Obama a considerar a possibilidade de aumentar o apoio aos grupos que a CIA apoia.
Funcionários dos EUA disseram que os envolvidos no programa da Agência já estão examinando alternativas que incluem enviar sistemas de foguetes e outras armas que permitiriam aos rebeldes atacar as bases russas, sem contudo entregar-lhes mísseis terra-ar que os grupos terroristas poderiam usar para atingir aviões civis.
Quem disse aos sauditas que entreguem imediatamente 500 mísseis TOW à Síria foi, quase com certeza, Brennan-da-CIA. E também ordenou que se planejem ataques à base russa.
TUDO ISSO significa que, em vez de acalmar e buscar cooperar com a Rússia na luta contra o Estado Islâmico, o Pentágono recebeu ordens para cortar o próprio programa e para entregar armas a qualquer um que peça. A CIA está fornecendo maior quantidade de armas aos seus mercenários através dos seus procuradores no Golfo, e está planejando atacar diretamente os russos.
A guerra contra a Síria, e agora também contra a Rússia, provavelmente se arrastará por anos. Com os EUA jogando cada dia mais gasolina à fogueira, a guerra reduzirá a cinzas, além da Síria, também todos os países em volta.
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Dois suicidas-bomba se autodetonaram hoje num comício do partido HDP, simpático à causa dos curdos, em Ancara. Já se calcula em 90 o número de mortos, com mais de 200 feridos.
Foi o maior ataque terrorista em tempos modernos que a Turquia conheceu. O governo turco desconectou o país da rede Twitter e proibiu qualquer noticiário sobre o ataque terrorista. O partido HDP é partido de esquerda e apoia a luta pacífica pela autonomia do povo curdo. O partido curdo militante PKK na Turquia tem tido escaramuças contra as forças de segurança da Turquia no leste do país. Hoje, o partido anunciou que suspenderá todos os ataques, a menos que seja atacado primeiro. A organização irmã do PKK na Síria, o partido YPK, luta atualmente contra o Estado Islâmico.
O Partido AKP de Erdogan apoiou o Estado Islâmico e a al-Qaeda na Síria. Erdogan vê o partido HDP e os curdos em geral como seus inimigos. Como disse hoje um político turco não AKP, o sangrento incidente hoje em Ancara foi operação da inteligência turca levada a termo, ou foi total fracasso de alguma operação da inteligência turca.
Sejam o que mais tenham sido, as explosões, muito provavelmente de suicidas-bombas do Estado Islâmico, são sinal de crescente desestabilização também na Turquia. E a instabilidade crescerá sem parar, até que haja grande mudança política; até que haja rejeição real e definitiva contra qualquer apoio turco aos jihadistas na Síria; e até que a fronteira turco-síria seja efetivamente fechada e se ponha fim ao trânsito de terroristas.
Hoje, o presidente Putin da Rússia se reunirá com o "jovem líder" saudita, príncipe coroado Mohammed Salman-un. Será que Putin lerá para ele o manual de convivência decente entre povos e recomendará que abandone a posição de vassalagem, como pau mandado dos EUA na guerra contra a Síria? Espera-se que sim.
Rússia assinará acordo com Brasil na área de resposta de emergência
A Rússia pretende assinar com o Brasil um acordo intergovernamental na área de resposta humanitária de emergência, disse o primeiro vice-diretor da Agência de Coordenação da Participação Russa de Operações Humanitárias Internacionais, Emercom Yuri Brazhnikov.
Esta informação foi divulgada pela RIA Novosti.
“Temos acordos bilaterais com a Índia e China e estamos planejando um acordo com o Brasil. O Brasil orienta-se para a defesa civil forte”, manifestou Brazhnikov.
Segundo ele, memorandos correspondentes já foram assinados com a Venezuela e Cuba.
“Em Havana funciona desde 2014 um centro de preparação de resgate e contra incêndios junto do Ministério cubano do Interior – é uma parceira muito prometedora. A Venezuela também tem interesse no desenvolvimento de uma parceria em um amplo círculo de questões, mas no primeiro lugar está a gestão anticrise”, sublinhou Brazhnikov.
Além disso, segundo o funcionário, a Rússia não exclui a criação em perspectiva de centros humanitários conjuntos no Quirguistão, China e Brasil, que serão análogos do centro russo-sérvio.
Lembramos que o centro humanitário russo-sérvio é uma organização intergovernamental que realiza resposta humanitária de emergência no território da Sérvia e região dos Bálcãs. A sede da organização fica na cidade de Nis, no sul da Sérvia.
“Neste sentido, entre os parceiros muito prometedores estão a China e o próprio Brasil onde há tarefas nacionais e um interesse colossal por parte da ONU. Em primeiro lugar trata-se de extinção de incêndios na zona equatorial de florestas tropicais – bacia da Amazônia…”, sublinhou Brazhnikov.
Sputniknews
Putin: "La inteligencia de EE.UU. no sabe todo"
El presidente ruso, Vladímir Putin, comentando las declaraciones de EE.UU. sobre el lanzamiento de misiles rusos desde el mar Caspio contra las posiciones del EI, señaló que la inteligencia de EE.UU., pese a su eficacia "no sabe todo" y "no tiene por qué saber todo" sobre el operativo aéreo ruso.
"La inteligencia de EE.UU. es una de las mejores del mundo, no nos lancemos contra ella. Es una de las más poderosas, pero no lo sabe todo y no tiene por qué saber todo", subrayó Putin en una entrevista en la cadena de televisión rusa Rossiya 1.
Durante la entrevista, el líder ruso puso de relieve que los socios de Rusia deben saber que en caso de amenaza, Rusia puede recurrir al uso de armas de alta tecnología para garantizar su seguridad.
Asimismo, Putin señaló que antes de comenzar el operativo antiterrorista en Siria, durante un largo período de tiempo Rusia llevó a cabo un "reconocimiento desde el espacio y el aire, comparando distintos tipos de información que se recibía".
Actualidd RT
Rusia intercepta "mensajes de pánico" de terroristas del Estado Islámico
Los mensajes de radio interceptados por Rusia indican un "pánico creciente" entre los terroristas del Estado Islámico (EI), informó el Ministerio de Defensa de Rusia.
Asimismo, se logró registrar solicitudes por parte de los extremistas para reponer las reservas de municiones y armas destruidas por los aviones militares rusos, así como el envío de refuerzos desde Raqqa, informa el Ministerio.
"El sistema de posiciones de los militantes en Siria muestra que sus creadores no son ciudadanos comunes y corrientes que se armaron ayer, sino que se trata de terroristas bien entrenados", informa el Ministerio de Defensa de Rusia en su comunicado.
Los nuevos ataques aéreos contra los yihadistas del Estado Islámico han sido realizados en las provincias Hama, Latakia, Idlib y Raqqa, declaró este domingo el representante oficial del Ministerio de Defensa de Rusia, Ígor Konashénkov, citado por RIA Novosti.
Entre los elementos bombardeados se encuentran decenas de posiciones fortificadas de los milicianos, un puesto de mando, cuatro campos de entrenamiento y siete almacenes, en total han sido destruidos 63 elementos del EI.
Actualidad RT
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