sábado, 19 de março de 2016
MAR DE GENTE NA PAULISTA EM MANIFESTAÇÃO DE APOIO AO GOVERNO DILMA E LULA
Esqueçam o PIG: 500 mil pessoas na Paulista e não vai ter golpe!
Não vai ter golpe e não vai ter golpe.
Eles vão tentar esconder a grande vitória das manifestações de hoje de você.
Eles vão querer te dizer que a Globo, o Moro e o Gilmar Mendes é que mandam no país.
Eles vão querer te dizer que o Brasil é só branco e que todo mundo tem babá.
Eles vão querer fazer de conta que na Paulista não tinha nem 100 mil pessoas hoje (kkkk).
Eles vão ignorar o Recife, Fortaleza, Salvador, Belém e todas as outras grandes cidades brasileiras.
Eles vão querer te convencer que o Brasil é só de brancos e classe média.
Ele vão querer fazer de você um idiota.
Hoje tinha negros, operários, professores, muitos e muitos estudantes, gays, lésbicas e até brancos classe média.
O Brasil profundo estava nas ruas hoje.
E por isso, do lado deles tem um monte de gente fazendo contas.
Aqueles que não são brucutus e estão do lado de lá pararam para pensar.
Se eles atropelarem a democracia, o país vai entrar numa guerra civil. Vai virar um inferno.
Algo que não interessa a ampla maioria da população.
E que não deveria ser o objetivo daqueles que tem um pingo de responsabilidade política.
Já escrevi aqui e repito, O futuro do Brasil não se decidia no dia 13, mas no dia 18.
E hoje houve resistência. Houve luta. Houve povo.
É preciso pensar no que aconteceu hoje.
É preciso refletir na quantidade de pessoas que foi às ruas depois do massacre midiático dos últimos meses.
Até porque, depois do golpe sempre tem o dia seguinte.
E esses que hoje parecem fortes, serão expurgados e derrotados em dois meses pela direita raivosa.
Porque só ela, com seus instrumentos de força terá capacidade de enfrentar as ruas.
Moro não aguenta esse país por 15 dias.
Esse país é muito maior do que República de Curitiba.
E se quiserem transformá-lo num quintal de abutres, vão se dar mal.
Hoje o povo mostrou que o golpe é só a loucura daqueles que não conhecem o Brasil.
Eles estão loucos, mas terão de se curar.
PS: Pra pensar, Lula foi ovacionado hoje na Paulista. Aécio e Alckmin foram expulsos no domingo.
Forum ZN
sexta-feira, 18 de março de 2016
ATO PRÓ-DEMOCRACIA REÚNE MILHARES EM TODO O PAÍS
Milhares de manifestantes protestam pela democracia, a favor do mandato da presidente Dilma Rousseff e em apoio ao ex-presidente Lula em diversas cidades do país; na Avenida Paulista, em São Paulo, manifestantes empunham bandeiras do PT e movimentos sociais no vão-livre do Masp; três carros de som estão nas proximidades; no Rio, manifestantes pedem a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara; ao todo, há protestos contra o impeachment em 17 estados, reunindo até agora 61 mil pessoas, segundo os organizadores; presença de Lula é esperada na capital paulista; o que mais se ouve nas manifestações é: "não vai ter golpe, não vai ter golpe"
247, com Agência Brasil - Desde o final da manhã desta sexta-feira 18, manifestantes em defesa da democracia, do mandato da presidente Dilma Rousseff e em apoio ao ex-presidente Lula se concentram na Avenida Paulista, região central da capital. Com bandeiras, banners e cartazes, eles ocupam o vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Três carros de som estão nas proximidades, aguardando o início do evento. O tráfego de veículos já está interrompido em parte da via.
Mais cedo, a Polícia Militar dispersou um grupo favorável ao impeachment de Dilma que estava acampado em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a menos de um quarteirão do Masp. Havia o temor de que os dois grupos entrassem em confronto. Ontem (17), um jovem simpatizante do PT foi agredido ao tentar discutir com manifestantes a favor do impeachment, que ocupavam a avenida desde a noite de quarta-feira (16).
No Rio de Janeiro, manifestantes pedem a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Há atos ocorrendo em diversas outras capitais, como Aracaju (SE), Fortaleza (CE) e Natal (RN). Ao todo, há protestos contra o impeachment em 17 estados, reunindo até agora 61 mil pessoas, segundo os organizadores. A presença do ex-presidente Lula é esperada na capital paulista. O que mais se ouve nas manifestações são gritos de "não vai ter golpe, não vai ter golpe".
Trabalhadores Sem Terra invadem Brasília. Não vai ter golpe.
Manifestação gigante em São Paulo em apoio a Dilma e Lula. Não vai sair na Rede Esgoto de Televisão.
Brasileiros em Paris também saíram às ruas contra o golpe.
Manifestação no Recife. Povo nas ruas contra o golpe.
Continua aumentando a gigantesca manifestação em São Paulo, no coração do capitalismo selvagem. A FIESP está tremendo.
O povo nas ruas em Natal, no Rio Grande do Norte
Manifestação em João Pessoa, na Paraíba
O povo mineiro sempre presente. Passeata em Belo horizonte.
Na cidade de Sergio Moro, Curitiba, manifestação na Universidade Federal do Paraná
Brasileiros em Lisboa, contra o golpe
O povo nas ruas e nas estradas, em Rio Grande do Norte
Em Manaus, desfile de barcos: não vai ter golpe!
Desde Argentina: contra el golpe de la derecha y por la democracia del pueblo brasileño.
Desde las organizaciones y movimientos populares de Argentina expresamos nuestro profundo repudio al intento destituyente que impulsa la derecha en Brasil. Quienes han sido derrotados en las urnas en el año 2014 buscan terminar con el mandato de la presidenta electa Dilma Rousseff.
Durante las últimas semanas la escalada golpista se ha profundizado. Con la causa judicial “lava jato” que involucra a integrantes del oficialismo y de la oposición en escándalos de corrupción se pretende violar el mandato democrático. El viernes 4 de abril sin prueba alguna se ha procedido a una “conducción coercitiva” al ex-presidente Lula para dar su declaración en las investigaciones y se ha montado un gran show mediático que involucró un operativo de más de 200 agentes de seguridad simulando su detención. Y, con el nombramiento de Lula como ministro, se continua con una espectáculo absurdo por parte de los grandes medios de comunicación convocando a la población a participar de las protestas destituyentes.
Sin tapujos, hay que decirlo: se busca derrocar a Dilma e impedir una posible postulación de Lula en 2018. La oposición golpista con su campaña exigiendo la renuncia inmediata de la presidenta e intentando bloquear la candidatura del líder brasileño busca conquistar con maniobras judiciales y parlamentarias el poder que no le ha dado el pueblo con su voto. Se trata de un claro ataque coordinado entre políticos derechistas, centrales empresariales y medios de comunicación que apuestan a profundizar las políticas neoliberales en el país.
Quienes desde un país hermano estamos viviendo las consecuencias de la implementación de las políticas anti-populares y anti-democráticas de un gobierno de neto corte neoliberal expresamos nuestra solidaridad con el pueblo brasileño, en especial con sus organizaciones populares. Ante esta coyuntura es imprescindible la unidad popular y la implementación de medidas que den respuestas concretas a las urgentes necesidades populares. Como demuestran las diversas experiencias en todo el continente, no es con más conciliación con el capital y ajuste sobre el pueblo que se fortalece la democracia; para ello se requieren políticas que ataquen a los intereses concentrados promotores del golpismo.
Por estas razones, este 18 de marzo apoyamos la movilización en contra del golpe que pretende perpetrar la derecha y nos pronunciamos por la defensa de la democracia del pueblo brasileño.
¡Contra el golpismo de la derecha en Brasil!
¡Por la defensa de la democracia popular!
Primeras Firmas:
Movimiento Popular Patria Grande
Movimiento Popular Seamos Libres
Resumen Latinoamericano
Movimiento Nacional Campesino Indígena – Vía Campesina Indígena
MPR Quebracho
Movimiento Política y Social Marcha Patriótica – Capítulo Argentina
OLP – Simón Bolívar
Corriente Política 17 de Agosto
Barricada TV
Encuentro Antiimperialista
Campamento Antiimperialista
Más adhesiones a: noalgolpeenbrasil@gmail.com
América Latina sofre nova onda de assassinatos de líderes sociais
A América Latina volta a viver nos últimos meses uma onda de violência e assassinatos de líderes sociais e comunitários. Só nesta quarta-feira (16), duas lideranças foram mortas a tiros: Nelson García na comunidade de Rio Chiquito, em Honduras, e James Balanta, no Departamento de Cauca, na Colômbia.
García, líder do Conselho Cívico das Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinh), foi morto a tiros após participar de uma manifestação contra o desalojamento forçado de 150 famílias de agricultores na localidade de Rio Chiquito, no norte do país. Jaime Balanta foi assassinado com três disparos por dois homens em frente a uma instalação militar em Cauca, departamento que registra a execução de seis líderes comunitários em apenas um mês.
Outra execução que repercutiu também fora das Américas foi a de Berta Cáceres, uma das coordenadoras do Copinh, no dia 4 deste mês, na cidade de Imbucá, em Honduras. Homens invadiram sua residência de madrugada e a executaram com vários tiros. Berta ganhou notoriedade por denunciar interesses de grandes grupos multinacionais em projetos de mineração, com impactos no meio ambiente, e a construção da barragem de Agua Zarca, projeto da hondurenha Desenvolvimento Energético e da construtora chinesa Sinohydrol – o que lhe valeu em 2015 o Prêmio Ambiental Goldman. Dois anos antes, a ativista denunciara planos dos Estados Unidos para instalar em Honduras a maior base militar em toda a América Latina.
Com relação à morte de James Balanta, a União Europeia (UE) divulgou nota oficial demonstrando sua preocupação com os recentes assassinatos no continente. A nota cobra dos governos a prestação de maior segurança a essas lideranças e exige que todos os crimes sejam esclarecidos e os responsáveis levados à Justiça.
Para a integrante da Coordenação Nacional da Comissão da Pastoral da Terra, Jeane Bellini, o que se vê atualmente na América Latina é uma nova escalada da violência que sempre existiu na região.
"As regiões antes disputadas pelo grande capital em muitos casos já foram conquistadas. Agora o agronegócio e grandes empreendedores estão procurando novas terras. Eles vêm para regiões onde unidades tradicionais e indígenas estão avançando em seu grau de organização. [Esses assassinatos] parecem repetir o que já vimos em outras épocas: é a estratégia de exterminar as lideranças pensando que com isso o povo para de se organizar e resistir" – diz Jeane Bellini.
Com relação à morosidade na investigação desses crimes, a coordenadora da Pastoral diz que isso é fruto da pouca vontade dos países de esclarecer os assassinatos, porque logo ficaria claro a responsabilidade do próprio Estado, ou por omissão ou até por conivência em alguns casos.
“Paralelamente à situação que vemos em Rondônia e no Pará, também naqueles países há uma mistura, uma promiscuidade entre a polícia, seguranças e pistoleiros do grande capital. Infelizmente, o Estado não faz a sua parte neste sentido."
Jeane Bellini também lamenta que a informação sobre esses crimes demore a chegar à mídia convencional. Ela lembra, porém, que hoje há maior união de esforços na América Latina para denunciar e condenar esses atentados, como a nova Rede Panamericana da Amazônia (Repan).
“Esses movimentos estão sentindo a necessidade de assumir e acionar mais os órgãos internacionais, porque estão vendo a pouca vontade dos Estados. Infelizmente, na América Latina, a máquina estatal está muito mais a serviço do grande capital do que de suas populações."
Sputniknews
BRASIL: O PAÍS DA “OPERAÇÃO LAVA CÉREBRO”
Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:
Não se deve esperar nada de bom de um país no qual quadrilhas ganham o status de esteios da governabilidade. Entre os muitos “brasis” que compõem o nosso imenso Brasil, existe um minúsculo e poderoso país governado por grupos midiáticos que não passam em nenhum teste básico de integridade moral. Se fossem submetidos a investigações nos moldes da “Operação Lava Jato”, aplicando os mesmos métodos sem as malandragens farsescas do juiz Sérgio Moro, em uma semana teríamos exposições monumentais em praça pública de ladrões cercados de cartazes especificando os crimes de cada um.
O que existe de real e visível a léguas de distância para quem não se deixou cegar pela “Operação Lava Cérebro” desse país minúsculo recheado de mandos e desmandos, sobreposto ao Brasil de verdade, é o estardalhaço natural de quem inventa fatos – principalmente porque lhe faltam glórias próprias – para cravar seus tentáculos no tecido social de onde ele tira o tutano que lhe mantém adiposo e arrogante. Para a sua lógica política, o Brasil de verdade não pode ter processos sociais funcionando democraticamente porque isso quebraria a engrenagem do seu modus operandi.
País da maracutaia
Essa gente passou a vida, de geração em geração, trocando favores, construindo atalhos, traficando influência. Se todos os cidadãos tivessem assegurados os mesmos direitos, por meio de sistemas sólidos e funcionais, toda essa rede de relações obscuras, essa indústria da maracutaia, perderia o sentido. Se o sistema de transporte público fosse eficiente, o significado de ter um carro de luxo mudaria no país. Se os serviços de saúde púbica fossem azeitados, o fato de haver hospitais cinco estrelas seria irrelevante. Ladrões do Erário, sanguessugas dos trabalhadores e algozes da horizontalidade social, eles simplesmente abominam qualquer iniciativa política que questiona seu status quo.
Quando o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva galgou a rampa do Palácio do Planalto como presidente da República eleito em 2002, esse país da maracutaia coçou a cabeça e comoçou a maquinar formas de fazê-lo sair de lá, de preferência debaixo de chicote. E se possível levá-lo ao pelotão de fuzilamento ou à forca, para fazer o Brasil de verdade lembrar que no passado gente ousada como Frei Caneca e Tiradentes receberam o tratamento que se aplica aos brasileiros do andar de baixo que sonham com a liberdade e a independência. O sentido da afirmação é figurado, mas os métodos são os mesmos — tentam fuzilar a moral de Lula e enforcar sua dignidade.
Rede de esgoto
Tudo isso porque em seu governo ele deu forma definida a um anseio difuso que vinha ganhando corpo no país. Transformou-o num projeto político e nele engajou boa parte da sociedade. Óbvio que foram medidas que não passaram nem perto da superação das sequelas do patrimonialismo dessa elite, mas o Brasil atingiu um patamar de maturidade social que, se não for interrompido, fará emergir uma sociedade mais dinâmica e democrática, que não aceita o fardo da opressão e da exploração impedindo o seu progresso. Ao ampliar o escopo da democracia, Lula garantiu a eleição e a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, um passo ousado e inaceitável para o país da maracutaia.
Vivemos numa realidade tão complexa que a construção de uma simples rede de esgoto em alguma periferia ou de uma estrada asfaltada que rasga os sertões rompe ao mesmo tempo o véu das relações sociais obsoletas que temos no Brasil. E olha que são medidas meia-sola, que nem de longe ameaçam o status quo. O problema é que o governo Lula se propôs a ir além e com essas pequenas ações sociais granjeou apoio popular para temas como política externa independente, desenvolvimento econômico, planejamento, papel do Estado e integração progressista da América Latina — assuntos que ganharam espaços no panorama político e no debate ideológico.
Procuradores de escândalos
Não há dúvida de que essa é a causa da faca da mídia no pescoço de Lula, com essa campanha absolutamente cretina e hipócrita de combate à corrupção, para tentar conduzi-lo imobilizado ao matadouro. A operação casada com a “República do Paraná” do juiz Sérgio Moro – outro grupo de alta periculosidade – criou um ambiente de julgamento paralelo ao Estado Democrático de Direito, à moda de justiceiros bem ao gosto da tradição do país da maracutaia, a maior farsa política da história brasileira. Não sem motivo os narradores dessa operação costumam dizer que ela é histórica – com ênfase no “tó” – e que a transformação de denunciados em réus – com ênfase no “ré” – mostra que as “instituições” funcionam.
A verdade é que um mínimo de seriedade ao analisar o cenário criado pela mídia revela que a justiça ao arrepio da lei é ágil em casos farsescos e cágada – a sílaba tônica fica a seu critério – para explicar suas ações. Convenhamos, não se faz justiça com pé no peito e faca no pescoço. Um país democrático e civilizado – não o da maracutaia – deveria proclamar: deixem os poderes da República trabalhar e noticiemos o que eles fazem! E assim os procuradores de escândalos, os promotores de injustiças e os julgadores de farsas não teriam vez. E aí sim teríamos toda razão do mundo para clamar por justiça para todos – independente da cor ideológica de cada um. Mas rigorosamente não é disso que se trata atualmente no Brasil.
“A mim parece muito bom ter Lula no governo”, diz Pepe Mujica
O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe Mujica”, esteve em Foz do Iguaçu, no interior do Paraná, nesta segunda-feira, para ministrar uma aula magna aos estudantes de Ciências Políticas da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila). Na ocasião ele concedeu uma entrevista ao jornalista Darío Pignotti, do periódico argentino Página/12, onde fala sobre a crise política do Brasil e a importância de Lula na América Latina.
Com muita calma antes de responder cada uma das perguntas, Mujica começou justificando os motivos pelos quais falaria sobre o assunto. “Me meto por mais que digam que não há que me meter, o que passa aqui reflete em toda a região, para mim não é igual se Lula vai bem ou vai mal, esperamos que as coisas andem com seu novo trabalho de ministro”, disse.
A entrevista foi feita antes do anúncio de Lula como ministro da Casa Civil, porém, será reproduzida na íntegra:
Darío Pignotti – Lula pode dar um novo impulso ao governo?
José Pepe Mujica – A mim parece, humildemente, que será muito bom ter Lula no governo. Vamos ver como vai ser, vão tentar de tudo para tirá-lo, e ele sabe disse melhor que ninguém. Me parece que Lula vai assumir o gabinete com outra linha econômica que não é esta de agora de Dilma Rousseff, eu sei que na cabeça dele ele pensa que há como colocar em marcha um brutal plano de crédito para os mais submergidos e par a classe média baixa.
DP – A Direita busca obstruir a gestão de Lula
Mas ele é um líder com muita capacidade, é um homem curtido com coragem para enfrentar estes momentos difíceis, tenho esperança de que seja possível levar isso adiante, mas tem que dançar com a mais feia, as coisas não andam bem para ninguém. Espero que tenha alento para os grandes desafios que enfrentará, há muita gente que perdeu o emprego. Há que gerar trabalho, fazer mover a economia, Lula vai ter que lutar com uma direita que está querendo destruir o país fomentando uma crise irracional. Me disseram que há juízes que buscam o estrelato atacando Lula e as empresas, isso é uma barbaridade, não podem matar uma coisa coletiva, uma empresa é um esforço coletivo que aporta trabalho. se querem fazer justiça mandem presos os donos, se querem em calabouços de luxo e ali sigam dirigindo as empresas, que sigam produzindo. Que aprendam com o caso da Wolksvagen, que deu de ombros, pagaram uma multa pesada, mas seguiram trabalhando. Aqui é diferente, há juízes que querem matar a galinha dos ovos de ouro.
DP – Há juizes que parecem obcecados em capturar Lula.
Dá a impressão que há uma espécie de exposição pública jurídica no Brasil, isso também está acontecendo em outros países da nossa região, há gente na justiça que cria denúncias muito vistosas para estourar nos meios e fazer seu negócio. Me disseram que querem encontrar algo contra Lula a força, me disseram que quando o interrogaram lhe perguntaram até sobre umas garrafas de vinho que tinha em sua casa, isso é bastante estranho. Se querem investigar que investiguem tudo, o que digo é que sou amigo do Lula de toda a vida e sempre seguirei sendo amigo dele... E se alguém o mandar preso eu vou visita-lo, já visitei vários amigos presos.
DP – Querem evitar sua candidatura em 2018?
Eu creio que há interesses muito pesados em jogo nisso tudo que está acontecendo com Lula, eu não poderia dizer se é este ou aquele grupo que está jogando, mas digo que há gente que está interessada em tirar Lula da carreira política, da carreira para as eleições.
DP – Entre esses interesses estão os dos Estados Unidos?
Se o Brasil é grande e complexo, o que podemos dizer dos Estados Unidos que é muito maior que o Brasil. Não podemos falar de um Estados Unidos porque há muitos. É possível sim que existam grupos dos Estados Unidos dando uma mão aos que estão contra Lula e contra a legalidade democrática. Não tenho dúvidas de que há gente nos Estados Unidos que está incomodada com o Brasil, que sente que o Brasil em alguns assuntos lhe pisou os calos. Eles não veem com bons olhos que o Brasil tenha feito o porto de Mariel em Cuba. Não digo que esta seja a política oficial dos Estados Unidos, dar um garrote no Brasil, veja que em alguns aspectos, Obama é um presidente que está muito limitado. Mas no fim e ao cabo o que o Brasil fez por Cuba algum dia o mundo vai agradecer, ainda que muitos tontos não entendam o quanto foi importante.
A José Mujica lhe preocupa a ameaça de golpe institucional sobre o que fala em vários momentos da entrevista, quando lhe perguntamos se “sente o cheiro de golpe”, leva a mão à cabeça, ajeitando o cabelo branco, olha para sua companheira, a senadora Lucía Topolansky. Faz outra pausa e finalmente responde perguntando: “golpe no Brasil? Vou contar uma anedota, uma coisa característica de meu país. Nos bairros populares, onde vivem os pobres, a gente diz ‘eu não creio nas bruxas, mas que elas existem, existem’. Isso é o que eu diria sobre um golpe no Brasil. Entende?”.
DP – Estamos diante de um golpe branco iminente?
Isso não vou responder porque não tenho bola de cristal. Oque sei é que se há um problema no Brasil isto contagia toda a região, por isso é que me meto e falo do que se passa aqui. É necessário dar uma mão ao Brasil desde fora, os países irmãos temos que rodeá-lo para que não caia a legalidade democrática. E de tudo isso há que tirar lições, há que aprender, não temos que ser tão ingênuos.
DP - É otimista ou pessimista?
Lutar há que lutar sempre, não há nenhuma vitória definitiva e não há nenhuma derrota definitiva. Agora bem, vejo tudo isso com amargura e com um pouco de pessimismo. O Brasil tem uma gigantesca população jovem, são milhares e milhares de jovens de menos de 25 anos... a gente jovem não tem obrigação de saber as amarguras que viveu este país durante a ditadura... Na ditadura os policias te pegam à noite e te enchem de pontapés e ninguém sabe de você, porque quando há ditadura a imprensa não escreve essas coisas. Não há liberdade de imprensa quando derrubam os governos democráticos, é isso que os jovens brasileiros tem que meter na cabeça nestes dias estranhos que estão vivendo aqui com algumas mentes confusas... que pensam que se pode terminar com a legalidade e não vai acontecer nada. Seria bom que o Brasil não cometesse o mesmo erro que se cometeu na América Latina nos anos dos policiais, nossas direitas têm que deixar de ser tão colonizadas.
DP - Pode falar mais sobre isso?
Falo do Brasil, como posso falar de outros países nossos, digo que há uma direita colonizada que está pensando em como tirar Lula, uma direita que sempre olhou primeiro para fora antes de olhar para dentro... é uma direita que tem comportamentos fantasiosos. Veja uma coisa, a primeira universidade brasileira foi em São Paulo, que foi fundada nos anos 1920, 1930, mais ou menos. Por que isso aconteceu tão tarde? Porque os filhos da oligarquia eram mandados para estudar na Europa e não lhes interessava que os filhos do povo estudassem.
Você se surpreende com a multidão que se mobilizou contra o governo?
A mim, mais do que os que saíram a protestar, me interessa os que ficaram em suas casas, que são muitos mais. Há que ver o que se passa com os que não vão porque eles são a maioria do povo. E a verdade é que os que pagam o pato da crise não são os que vão gritar contra Dilma e contra Lula, é o povo pobre. Há que trabalhar por este povo. Há que pensar nesse povo que é a maioria dos 200 milhões de brasileiros. A direita quer causar uma fratura no país como o Brasil que é o maior exemplo de miscigenação que há na face da terra... é um monumento de mistura de raças distintas, não há que alimentar o ódio contra os mestiços e os negros, que não os mais pobres.
DP – Geralmente a esquerda era mais forte na rua que a direita, mas isso se inverteu no Brasil.
A direita perdeu toda a racionalidade. Não querem entender que comendo um pouco menos, igual seguem comendo muito, não gostam de Lula e do PT porque rechaça a necessidade que há de repartir ainda que seja pouco. Estão cegos, estão raivosos, quando a direita se descontrola se torna fascista, e com essa pressa por voltar ao governo não deixam saídas ao país. Desde a humildade de minha voz, digo à direita brasileira que seja um pouco mais inteligente, que seja menos apaixonada contra Lula.
Portal Vermelho - Fonte: Página/12
Tradução: Mariana Serafini
Collar explosivo y decapitación: EIIL estrena nuevas ejecuciones en Irak
Un integrante de Daesh instala collar explosivo alrededor del cuello del hombre acusado de espionaje.
Al menos 11 personas han sido ejecutadas por el grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) en Irak por espionaje, ha informado este jueves un ente que monitorea los actos terroristas en el mundo.
La cuenta de Terror Monitor en Twitter ha anunciado que la banda terrorista takfirí ha revelado recientemente un vídeo de la ejecución de 6 hombres en Faluya, en la provincia de Al-Anbar (centro de Irak).
Estos seis hombres fueron ejecutados en distintos lugares aparentemente bombardeados como consecuencia del supuesto espionaje de cada uno de ellos. Las ejecuciones también fueron hechas con diferentes métodos.
Uno perdió la vida tras el estallido de un collar explosivo, cuatro de ellos fueron disparados en la cabeza por los integrantes del EIIL y el último fue decapitado con un cuchillo por revelar detalles sobre el grupo.
Miembros del grupo terrorista EIIL se preparan para ejecutar a cinco hombres en Al-Anbar (centro de Irak), foto difundida el 17 de marzo de 2016.
De acuerdo con el organismo que rastrea los actos terroristas en el mundo, los miembros de Daesh ejecutaron también a otros 5 hombres en Al-Anbar, por espionaje. No obstante, el ente no especifica para quienes espiaron los ejecutados.
El grupo terrorista EIIL está cometiendo crímenes de lesa humanidad contra todas las etnias y grupos religiosos en Irak, incluidos chiíes, suníes, kurdos, cristianos e izadíes, así como sus propios miembros.
El Ejército iraquí, respaldado por las fuerzas kurdas, los comités populares chiíes y los combatientes suníes, está llevando a cabo una contraofensiva para recuperar el control de las zonas ocupadas por las bandas armadas.
A principios de junio, la Oficina Internacional de Migraciones (OIM) anunció que la cifra de iraquíes desplazados por la violencia del grupo Daesh supera los 3 millones.
zss/ktg/rba/ HispanTv
EIIL alega haber matado a cinco fuerzas especiales Spetsnaz rusas
El cadáver de un Spetsnaz GRU ruso abatido en Siria por Daesh (abajo) y una foto suya junto con la bandera que lleva el emblema de Spetsnaz GRU.
El grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) alega haber matado a cinco fuerzas especiales Spetsnaz GRU rusas durante combates cerca de la ciudad de Palmira, en el centro de Siria.
Fotos divulgadas el jueves por Daesh muestran supuestos uniformados de Spetsnaz GRU —unidad de operaciones especiales del GRU (Departamento Central de Inteligencia)— abatidos durante combates entre las fuerzas sirias y los terroristas cerca de Palmira.
Parte de las fotos publicadas por el EIIL, incluye imágenes tomadas con los teléfonos móviles de los uniformados rusos abatidos por los terroristas.
En la grabación se aprecia que los militares rusos no llevaban insignias, lo que en un principio hace difícil deducir si son realmente Spetsnaz, no obstante, algunas de las fotos muestran a los soldados abatidos junto a la bandera de esta unidad de fuerzas especiales rusas.
Los equipos en uso de los soldados también confirman que podrían ser realmente fuerzas especiales del Departamento Central de Inteligencia.
Al mismo tiempo, los extremistas dijeron que no era la primera vez que se enfrentaban a fuerzas especiales rusas durante sus ofensivas en Siria ya que, aseguraron, también han luchado contra uniformados rusos durante combates en la provincia de Alepo, en el noroeste del territorio sirio.
Este suceso coincide con la supuesta retirada de gran parte de las fuerzas rusas desplegadas en el territorio sirio.
Hasta el momento, no ha habido pronunciamiento alguno por parte de las autoridades rusas.
En la jornada de jueves también Daesh divulgó un vídeo que mostraba el cuerpo sin vida de un soldado ruso y sus pertenencias.
hgn/ctl/msf/ HispanTv
Fuerzas especiales sirias capturan nuevas zonas cerca de Palmira
Fuerzas especiales sirias (Fuerzas Tigre) durante combates cerca de la ciudad de Palmira, en el centro de Siria.
Unidades de las fuerzas especiales del Ejército sirio consiguieron el jueves tomar el control de nuevas zonas en las cercanías de la ciudad de Palmira, en el centro de Siria.
Fuentes locales citadas por la agencia de noticias Al-Masdar News confirmaron que las fuerzas especiales sirias, mejor conocidas como Fuerzas Tigre, avanzaron y estan más cerca que nunca de Palmira.
También revelaron que las fuerzas sirias están aumentando sus ataques y buscan romper las líneas de defensa del grupo terrorista EIIL (Daesh, en árabe) para de este modo rodear por el este, el sur y el oeste Palmira y luego realizar ofensivas para liberarla.
El 20 de mayo de 2015, el EIIL se hizo con el control de la mayor parte de Palmira tras intensos enfrentamientos con el Ejército sirio.
En recientes días, las fuerzas sirias han intensificado sus ataques para recuperar el control de dicha urbe.
hgn/ctl/msf - HispanTv
Líderes latinoamericanos denuncian la mano de EE.UU. en las protestas en el continente
Grupos indígenas y representantes sindicales se movilizan este jueves en Ecuador contra la reforma laboral y económica impulsada por el gobierno de Rafael Correa.
Este jueves se celebra en Ecuador la marcha de protesta contra la política en el ámbito económico y laboral del mandatario Rafael Correa. Esta nueva manifestación, la primera del año, fue convocada por la Confederación de Nacionalidades Indígenas de Ecuador, el Frente Popular y el Frente Unitario de Trabajadores.
Según el Presidente de la Confederación de Nacionalidades Indígenas del Ecuador (CONAIE), la movilización es para repudiar el modelo económico del presidente Correa, el encarecimiento y el alto costo de la vida. Y especialmente unas reformas laborales que analiza la Asamblea Nacional, entre ellas una ley que establece un permiso opcional de paternidad y maternidad de nueve meses sin sueldo, un seguro de desempleo y una propuesta de trabajo para jóvenes sin experiencia laboral.
¿Cuál es el papel de EE.UU.?
A juicio de la analista Valeria Puga, esta protesta es injustificada. "Lo que pretenden hacer [los manifestantes] es principalmente desgastar la figura de la actual Administración", opina. El presidente Correa, a su vez, ha denunciado que estos grupos quieren provocar violencia en las calles. Según han alertado mandatarios del Alba y diversos analistas, el Gobierno de EE.UU. estaría aplicando las tácticas del golpe suave ya aplicadas en Europa del Este con las conocidas revueltas de colores. Además de Correa, otros mandatarios suramericanos han denunciado que EE.UU. en complicidad con los grupos opositores de sus países buscan una restauración conservadora en el continente para adueñarse de sus recursos naturales.
Algunos mandatarios latinoamericanos apuntan que EE.UU. estaría detrás de protestas opositoras que se reparten por todo el continente. El presidente venezolano, Nicolas Maduro también ha denunciado que la extensión de un decreto que declara a Venezuela como una amenaza para EE.UU. y las recientes declaraciones del presidente estadounidense, Barack Obama, pidiendo cuanto antes un cambio de Gobierno en el país, evidencian la vinculación del Gobierno estadounidense con los planes desestabilizadores.
El presidente boliviano, Evo Morales, también ha denunciado que la derecha de su país, siguiendo instrucciones de EE.UU., pretende aumentar los ataques contra empresas rusas y chinas. Atilio Borón, politólogo y sociólogo, comparte con RT su opinión acerca del tema.
Actualidad RT
Comenzó el golpe institucional contra Dilma y Lula
Juan Manuel Karg - Actualidad RT
En sólo 24 horas, el Poder Judicial de Brasil dejó atrás cualquier muestra de equidistancia previa y se lanzó en una ofensiva brutal contra el gobierno de Dilma Rousseuff y la designación del ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva como Ministro de la Casa Civil. En primer lugar, el juez Moro, que había perdido la causa a raíz de la designación, difundió un audio entre Lula y Dilma, violando la propia Constitución de Brasil, tras lo cual la presidenta anunció que iría a la justicia. Luego, el juez federal Itagiba Catta Preta Neto emitió una cautelar para suspender la juramentación de Lula -con todo lo que ello implica, dando cuenta de que es un ex presidente de doble mandato- en el gabinete de Dilma. Enseguida, los medios internacionales se hicieron eco del perfil público del juez en las redes sociales, plagado de convocatorias a movilizaciones a favor del impeachment a Dilma y con frases como “si ella cae, el dólar cae con ella”.
El asedio al tándem Dilma-Lula no terminó allí: los medios Folha de Sao Paulo, O Estado de Sao Paulo y Globo adornaron de titulares catástrofes a la noticia del audio, aún cuando la propia relatoría de Moro decía que no había indicio de actuación “de forma inadecuada” en aquel diálogo. Y la FIESP (Federación de Industrias del Estado de Sao Paulo) pidió la “renuncia ya” de la presidenta. Brasil vive, entonces, horas decisivas. A las convocatorias permanentes (y nada espontáneas) de la derecha brasilera y sectores medios urbanos contra el gobierno se ha sumado ahora un llamado del bloque PT-CUT-MST para defender al gobierno de Dilma de estos embates. El propio Lula había sido muy claro durante la celebración del 36 aniversario del PT, al decir que “si me quieren derrumbar, tendrán que ir a las calles”, lo que pronostica que no se rendirá fácil -algo acorde, además, a sus cuatro décadas de persistencia en el plano político y sindical-.
En caso de paralizarse la designación de Lula, estaríamos ante un antecedente muy grave, que además contradice la separación de poderes (tan declamada y a la vez poco trabajada de parte de los sectores conservadores de nuestro continente). En caso de afirmarse en el gobierno el ex líder sindical, deberá tomar el mando del control político-económico de Planalto, lo que significa en términos concretos cambiar la orientación macroeconómica originada desde el inicio del segundo mandato de Rousseuff. Sobre este tema, Lula había sido contundente en enero pasado, al decir que “tenemos que explicar porqué Levy dejó el gobierno”, en alusión a las políticas ortodoxas del formado en Chicago. Un plan extensivo e créditos, y una ampliación de programas sociales como Bolsa Familia y Mi Casa Mi Vida, podrían ser la llave de salida “por arriba” del actual laberinto del gobierno petista, en términos de iniciativas concretas.
El punto de la movilización popular es, además, lo que marcará las próximas horas de la política brasilera, con repercusiones, pase lo que pase, a nivel regional. Para sostenerse, y también para tomar nuevo impulso, el tándem Dilma-Lula tendrá que apuntar a una disputa simbólica en todos los planos: las calles, hoy ganadas por los sectores más conservadores; los medios, donde hoy se afinca el antipetismo más extremo, recubierto de intrigas; y las instituciones. En los tres ámbitos se desarrolla, al mismo tiempo y con ritmos diversos, el intento de golpe institucional. El PT cuenta con el apoyo -aunque hoy más pasivo que antes- de un importante sector del pueblo brasilero, que no parece dispuesto a resignar lo que consiguió durante este tiempo. Sin embargo, de no activarse a tiempo esa célula dormida, podría ser demasiado tarde. Lo sabe Lula. Lo sabe Dilma. Pero sobre todo, lo sabe la derecha, que envalentonada -y sin ningún respeto por las instituciones antes glorificadas- quiere dar el golpe final.
quinta-feira, 17 de março de 2016
Brasil: Moro e setores da mídia tramam golpe
Por Luciana Santos, no blog de Renato Rabelo:
A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, divulgou nota, na noite desta quarta-feira, sobre a divulgação da conversa do ex-presidente Lula com a presidenta Dilma com “a nítida finalidade de causar um fato político, midiático, insuflar a radicalização de setores oposicionistas e criar uma crise institucional”.
Para a dirigente nacional do PCdoB ” o episódio escancarou o conluio entre a Operação Lava Jato e a grande mídia que tem usado os recorrentes vazamentos da investigação para alimentar manifestações de setores da sociedade contra o governo” e “ganhou ares de golpismo”. Luciana afirma também que “a gravidade dos fatos exige uma enérgica reação das forças democráticas e das próprias instituições da República responsáveis pela defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito”.
Ao final, a presidenta conclama “a mobilização imediata de todos aqueles que prezam a democracia e se agiganta a necessidade de ampliar a convocação para as mobilizações de rua marcadas para a próxima sexta-feira, dia 18 de março, em defesa da democracia e contra o golpe”.
Leia a íntegra da nota:
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Moro afronta a lei e, junto com setores da mídia, tenta consumar o golpe
A escandalosa divulgação do teor de uma conversa privada da presidenta Dilma Rousseff e o agora ministro Luiz Inácio Lula da Silva – autorizada pelo juiz Sérgio Moro e obtida através de um grampo ilegal – teve a nítida finalidade de causar um fato político, midiático, insuflar a radicalização de setores oposicionistas e criar uma crise institucional.
O episódio escancarou o conluio entre a Operação Lava Jato e a grande mídia que tem usado os recorrentes vazamentos da investigação para alimentar manifestações de setores da sociedade contra o governo. Na noite de hoje (16 de março), esse comportamento irresponsável ganhou ares de golpismo aberto com a incitação de manifestantes para ocuparem as cercanias do Palácio do Planalto e as ruas do país, gerando risco de conflagração social.
Ao violar os direitos e as prerrogativas da Presidência da República e envolver até mesmo membros do Supremo Tribunal Federal nas investigações, o juiz Sérgio Moro cometeu ilegalidades em série, atentou contra o Estado Democrático de Direito, enfim, se desnudou como um juiz de exceção, deixando claro o seu objetivo de realizar uma caçada contra o ex-presidente Lula e desestabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff.
Ao perceber que a nomeação do ex-presidente Lula como ministro poderá cumprir o relevante papel de construção das mediações políticas necessárias para estancar a grave crise que o país vive, a tríade golpista (Moro- grande mídia-oposição) descambou para o desatino rompendo por completo com a legalidade democrática, numa ação frenética que busca acender o estopim do golpe.
A gravidade dos fatos exige uma enérgica reação das forças democráticas e das próprias instituições da República responsáveis pela defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito. Neste sentido, é relevante a reação da presidenta Dilma ao anunciar, em nota oficial, que serão tomadas as medidas jurídicas cabíveis para a “reparação da flagrante violação da lei e da Constituição cometida pelo juiz autor do vazamento”.
Espera-se que o Conselho Nacional de Justiça e outras instâncias do poder Judiciário ajam para cessar os desmandos do juiz Sérgio Moro.
Neste contexto, impõe-se a mobilização imediata de todos aqueles que prezam a democracia e se agiganta a necessidade de ampliar a convocação para as mobilizações de rua marcadas para a próxima sexta-feira, dia 18 de março, em defesa da democracia e contra o golpe.
Brasília, 16 de março de 2016
Luciana Santos - Presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil
Dilma: Gritaria dos golpistas não vai colocar nosso povo de joelhos
A presidenta Dilma Rousseff deu posse na manhã desta quinta-feira (17) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo ministro-chefe da Casa Civil. Ela também deu posse a Jaques Wagner como ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República e a Eugênio José Guilherme de Aragão, como novo ministro da Justiça.
Em discurso enfático, Dilma pediu o diálogo nacional e criticou duramente a oposição e caráter ‘golpista’ da atuação do judiciário ao divulgar grampos telefônicos da Presidência da República.
“Podemos todos agir em conjunto para superar a crise econômica e deixar para trás a paralisia causada pela crise politica. Estamos determinados a promover o equilíbrio fiscal e reduzir a inflação”, disse Dilma.
“Meu governo terá ainda melhores condições para recolocar o Brasil nos trilhos com Lula ao meu lado”, frisou a presidente.
Segundo ela, a oposição do país busca desestabilizar o seu governo desde que foi reeleita em 2014.
“Nós teremos mais força para superar as armadilhas que jogam em nosso caminho, que desde a minha reeleição em 2014, não fizeram outra coisa senão tentar paralisar o meu governo, me impedir de governar, e impedir o meu mandato de forma golpista”, falou Dilma sob fortes aplausos.
Os membros do Partido dos Trabalhadores, representantes de movimentos sociais que estavam presentes na cerimônia repetidamente gritavam ‘não vai ter golpe’.
“A gritaria dos golpistas não vai me tirar do rumo e não vai colocar o nosso povo de joelhos”, destacou a líder brasileira.
Ao comentar a divulgação das conversas telefônicas e a investigação contra o ex-presidente Lula, Dilma afirmou que “não há justiça quando a delação é tornada publica de forma seletiva”.
“Estamos avaliando as condições deste grampo contra a presidência da república(…) que não havia nada que possa levantar suspeita sobre o seu caráter republicano”.
“Convulsionar a sociedade brasileira viola princípios e garantias institucionais, viola direitos dos cidadãos e abre precedentes perigosíssimos. Os golpes começam assim”, destacou Dilma.
Sputniknews
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