quarta-feira, 16 de março de 2016

Os ricos indignados no Brasil


Trata-se de uma revolta de elite e da classe média estabelecida em favor da preservação dos seus mecanismos de distinção e privilégios materiais e morais.

William Nozaki/Carta Maior

A crise financeira internacional de 2008 ao mesmo tempo em que explicitou as contradições do capitalismo financeirizado abriu as portas para um novo ciclo de lutas globais: Tunísia, Egito, Bahrein, Iêmen, Líbia, Síria, Espanha, Grécia, EUA, foram palco de diversas experiências de lutas contra ditaduras políticas, recessões econômicas e exclusões urbanas.

Merecem destaque nesse caldeirão as experiências que conseguiram converter insurgências sociais em disputas institucionais mais amplas, passando da micropolítica dispersa para a macropolítica robusta com capacidade de afrontar as estruturas do poder e do capital, como nos casos do Podemos espanhol, do Syriza grego e do Occupy Wall Street norte-americano.

A despeito das inúmeras diferenças entre esses movimentos (alguns dos quais partidos-movimentos), há uma espécie de mínimo denominador comum que os alinhava: parte significativa dessas iniciativas surgiram de baixo para cima se revoltando contra políticas de viés liberal, conservador e direitista.

De alguma forma, o Brasil se inscreve também nesse cenário de lutas globais, sobretudo a partir das Jornadas de Junho de 2013 que trouxeram consigo o esboço de novas formas de organização e ativismo e também uma nova agenda articulando direitos urbanos e direitos humanos, municipalismo associativista e liberdades individuais.

No entanto, nessas plagas tropicais, as forças de esquerda no poder, salvo raras exceções, tiveram pouca capacidade e pouca sensibilidade para perceber o surgimento desses novos atores sociais e dessa nova agenda pública.


O principal partido de esquerda, PT, ensimesmado nas suas estruturas burocráticas assustou-se com o fato inédito de não ser ele o protagonista das primeiras convocações para a ocupação das ruas, e, ao invés de avançar na disputa de hegemonia na sociedade preferiu de saída repulsar as novidades as tachando de ações direitistas; em movimento análogo, os governos petistas, na prefeitura de São Paulo e no âmbito federal, optaram pelo apego iluminista à tecnocracia de planilhas e deram respostas de políticas públicas equivocadas, erráticas e/ou atrasadas.

Essa combinação de medo e preguiça fez com que o pêndulo de uma disputa em aberto oscilasse paulatinamente para a direita, que, a partir de uma associação entre elites, classes médias, mídia e judiciário aprenderam a se apropriar da gramática política das ruas. O segundo turno eleitoral em 2014 evidenciou esse conjunto de tensões, a temperatura política e social seguiu aumentando em 2015 e no início desse ano, delineando o avanço do autoritarismo político e do conservadorismo social que agora explicitam suas faces golpistas e anti-democráticas. Vale destacar: as derrapadas políticas e ambivalências econômicas apresentadas pelo Governo Dilma só contribuíram para jogar água no moinho da crise institucional e social em que agora nos encontramos.

Desse modo, os setores mais progressistas da sociedade se percebem diante de um quadro bastante complexo: se, por um lado, o PT e o governo precisam ser criticados, por outro lado, é preciso atentar para que nessa conjuntura tais críticas podem alimentar o caldeirão do anti-petismo que tem servido somente ao ódio e à intolerância; mais ainda: se, por um lado, Lula e Dilma foram tímidos em nome da conciliação ampla e até mesmo retrocederam em certas agendas, por outro lado, ataca-los nessa conjuntura significa colocar sob risco a própria normalidade do funcionamento das instituições políticas do país. Não resta dúvidas de que nesse momento defender Lula e o governo Dilma significa defender o Estado de Direito Brasileiro e o tripé que o organiza: as instituições democráticas, a constituição federal e a consolidação das leis trabalhistas.

Nesse sentido, é importante explicitar: as forças que hoje lutam pela obstrução e pela queda do governo, e que atuam pela criminalização e pela judicialização da esquerda, o fazem não em nome daquilo que o PT e o governo têm de problemático, mas sim em nome daquilo que ele tem de positivo: as conquistas sociais e econômicas que permitiram a redução da miséria, da pobreza e da desigualdade, em consonância com a ampliação de direitos. É contra isso que se insurge e que se instala um Estado de Exceção no Brasil capitaneado por juízes, promotores e procuradores que se insurgem contra os direitos e a favor dos privilégios seculares que fazem parte da rotina política e social do país.

A prova desse argumento se evidencia em uma visada de olhos quando se observa o perfil dos manifestantes que foram às ruas nesse último domingo (13/03/2016), trata-se majoritariamente de homens, brancos, adultos ou de meia-idade, de classe média e alta, com acesso à boa escolaridade. Além disso, são atores sociais que aderem menos a partidos políticos e movimentos organizados e mais a lideranças individuais midiáticas e muito conservadoras, esse grupo social prefere o mundo dos negócios ao universo da política institucional, nessa conjuntura se sentem mais representados pelo judiciário, pelas policias e pela igreja do que pelos poderes executivo, legislativo e pelos representantes eleitos. Em última instância, preferem defender a arena privada da família e dos “bons costumes” à esfera pública da política e da democracia (vide pesquisa Datafolha).


É curioso e sintomático que uma parcela da sociedade acredite que há hoje em curso no Brasil um processo de combate à corrupção, trata-se de uma percepção distorcida e equivocada. Não há combate à corrupção possível a ser protagonizada por juízes com relações partidárias, policiais federais descontrolados, promotores que agem ao arrepio de lei, tudo isso apoiado por lideranças político-partidárias e parlamentares investigadas por desvio de recursos públicos e outros tantos mal-feitos, todos endossados por uma parcela da elite e da classe média que não cansa de reproduzir as ilicitudes do dia-a-dia, com seus pequenos subornos, sonegações de impostos e toda sorte das pequenas imoralidades presentes no tal “jeitinho” de quem gosta de se apresentar seguindo a lógica da “carteirada” e do “você sabe com quem está falando?”.

Disso decorre a pergunta: o que se quer combater de fato quando se fala em corrupção? Ora, trata-se de uma revolta de elite e da classe média estabelecida em favor da preservação dos seus mecanismos de distinção e privilégios materiais e morais. No período de crescimento econômico, ainda que indignadas, as frações da elite brasileira conviveram com a mobilidade social e a ascensão das classes populares, mas no momento de reversão do ciclo econômico, quando o emprego, a renda e a mobilidade passaram a se desacelerar o acotovelamento geral se converteu em revolta e ódio contra os de baixo. Isso não significa que as classes populares e trabalhadoras estejam satisfeitas com o rumo do governo e do país, mas a se considerar o perfil dos manifestantes do último domingo, fica claro que quem está catalisando os impulsos e desejos golpistas é parte significativa das camadas mais abastadas.

Esse é mais um dos paradoxos brasileiros, ao contrário do que se passa em parte dos ciclos de lutas globais, aqui temos uma revolta da elite e da classe média contra um governo de viés progressista e de esquerda. Essa inversão revela como parte da elite nacional tem nomeado de indignação aquilo que na verdade traduz a sua própria indignidade.

Em nota, Frente Brasil Popular mobiliza militância contra o golpe


A Frente Brasil Popular, organização que representa mais de 60 entidades do movimento social, lideranças políticas e a sociedade civil organizada, lançou uma nota nesta quarta-feira (15), onde convoca a militância para a manifestação da próxima sexta-feira (18), rechaçando o golpe que está em curso no país e em defesa da democracia. Leia a nota abaixo:

Nota da Frente Brasil Popular
Defender a democracia contra o golpe

Os movimentos sociais organizados na Frente Brasil Popular irão mais uma vez às ruas no dia 18 de março (sexta-feira), em centenas de cidades brasileiras, manifestar-se pela mudança na política econômica, em defesa da democracia e contra o golpe.

Os acontecimentos dos últimos dias são preocupantes e devem mobilizar todos e todas que valorizam a conquista da democracia como um patrimônio do país. O conservadorismo da direita, aliado ao uso político de instituições de Estado, tem produzido uma profunda instabilidade econômica, social e política, além de fomentar o ódio e a intolerância, a exemplos das iniciativas desnecessárias e ilegais contra o ex-presidente Lula.

Não admitiremos o retrocesso nos direitos do povo brasileiro. Iremos às ruas em defesa das conquistas políticas e sociais, da democracia, da liberdade e contra a tentativa de golpe em curso.

* Em defesa da democracia, contra o impeachment
* Em defesa dos direitos sociais, pela mudança da política econômica
* Não vai ter golpe

São Paulo, 15 de Março de 2016

Do Portal Vermelho

Parlamento jordano prohíbe negocios inmobiliarios con israelíes en Petra


La antigua ciudad de Petra, en Jordania.

Jordania ha prohibido la venta y alquiler de propiedades a los israelíes en la histórica ciudad de Petra, informan los medios de comunicación locales.

Se trata de una ley aprobada por el Parlamento jordano que ilegaliza la venta o el alquiler de inmuebles en toda la región de Petra (sur), señaló el periódico Al-Rai. Aun así, se permite aún la inversión extranjera en las zonas situadas en las afueras del Parque Arqueológico de Petra.

La medida fue tomada después de que varios informes desvelaran un aumento en el número de la compra de terrenos por los israelíes en la citada urbe.

Los diputados jordanos Mahmoud Jarabsha y Assad Shubki han propuesto la legislación como parte de una enmienda a la Ley de Autoridad del Desarrollo y Turismo de Petra.

Antes de convertirse en ley, los diputados defendieron el proyecto y describieron al régimen de Tel Aviv como su “enemigo” y “una entidad opresora”.

Shubki dijo que busca aplicar dicha ley al país entero: “Nuestra soberanía nacional es más importante que las inversiones extranjeras y trabajaremos juntos con mis colegas en el Parlamento para aplicar la ley en todas las regiones de Jordania y no solo en Petra”.

“El enemigo sionista contamina los territorios palestinos y no respeta ningún tratado humanitario internacional. Esta ley es una victoria para el pueblo palestino y es lo mínimo que podemos hacer para ellos”, explicó Shubki al respecto.

Jordania y el régimen de Israel mantienen lazos diplomáticos oficiales desde que se firmó un acuerdo de paz en 1994.

mrk/ktg/nal/ HispanTv

Daesh rapta a niños de un orfanato iraquí para ataques suicidas


Terroristas de Daesh en la ciudad de Mosul, norte de Irak.

El grupo takfirí EIIL (Daesh, en árabe), ha raptado a 25 niños iraquíes de un orfanato en la ciudad de Mosul, en el norte de Irak, con el fin de convertirlos en kamikazes.

"Hace dos días los integrantes de Daesh han atacado un orfanato en Mosul, donde secuestraron a 25 niños de la minoría turcomana y les trasladaron a un centro de entrenamiento de esta organización terrorista en Tal Afar, al oeste de Mosul", informó el martes la agencia rusa de noticias Sputnik citando declaraciones de Raefat al-Dharari, el director de los periodistas de la provincia de Nínive.

La fuente consultada además, añadió que el grupo extremista pretende emplear a estos menores como kamikazes para frenar el avance de las fuerzas iraquíes que están ultimando sus preparativas para iniciar sus operaciones de liberar Mosul.

Asimismo, precisó que los terroristas de EIIL en su ofensiva al orfanato secuestraron a los niños en edades que a duras penas llegan a 17 años, mientras que unos 20 de los menores turcomanos que tenían entre dos a nueve años de edad se quedaron en el lugar.

Por último, aseguró que decenas de los niños tanto iraquíes como extranjeros ahora se encuentran en el centro de entrenamiento de Tal Afar, donde los niños son formados para ser combatientes y también para ser utilizados en ataques suicidas.

Recordamos que Daesh también utiliza a niños para perpetrar ejecuciones. El pasado diciembre, el grupo terrorista difundió un video en el que integrantes menores de edad de dicha banda takfirí decapitaban y mataban a presos.

En noviembre de 2014, el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (Unicef, por sus siglas en inglés) denunció que los integrantes del EIIL han optado por reclutar a niños, de entre 10 y 12 años, en Siria e Irak, a fin de garantizarse lealtades a largo plazo.

mkh/ktg/nal/ HispanTv

Rusia sorprende a dos diplomáticos británicos ‘espías’


Aviones MiG-29 en la base aérea Tambov.

Dos diplomáticos británicos fueron encontrados en Rusia mientras hacían fotografías y grababan videos de una instalación militar en Cáucaso, informa la prensa rusa.

A principios de marzo, el agregado de defensa británico, el general de brigada Carl Scott, y el agregado naval adjunto, Coatalen-Hodgson, visitaron sin permiso la región Mozdol, una zona con acceso restringido a los extranjeros, indicó el martes la agencia rusa TASS.

“Durante su travesía, los diplomáticos británicos fueron descubiertos vigilando de manera encubierta el aeródromo militar Mozdok utilizando equipos de fotografía y video especiales”, detalla una fuente en los servicios de seguridad rusos.

Ambos ciudadanos británicos admitieron haber fotografiado ciertas instalaciones del centro militar pero se negaron a entregar el material obtenido bajo el pretexto de la inmunidad diplomática.

Según los informes, en 2012, Scott y un trabajador técnico de la embajada del Reino Unido fueron detenidos por la policía en Osetia del Norte después de un “acceso ilegal”.


El agregado de defensa británico, el general de brigada Carl Scott.


Esto ocurre mientras que Rusia acusó el mismo día a un ciudadano estadounidense de espionaje en otro aeródromo.

De acuerdo con la agencia Ria Novosti, Paul Brian Filmer fue arrestado cerca de la base Chkálovski (situado en la provincia de Moscú) mientras usaba un escáner de radio sintonizado a la frecuencia del centro de control de vuelo e intentaba fotografiar los aviones militares.

mrk/ktg/nal - HispanTv

Todos los ataques dieron en el blanco: resumen sobre cómo Rusia combatió el terrorismo en Siria


Este martes, las principales fuerzas rusas se retiraron de Siria y regresaron a casa, como consecuencia del fin de su operativo antiterrorista.

El 14 de marzo, el presidente de Rusia, Vladímir Putin, anunció la retirada de las principales fuerzas rusas de Siria a partir de este martes, ya que "se han cumplido los objetivos". De este modo, termina una etapa significativa del operativo antiterrorista ruso en ese país árabe, que comenzó el 30 de septiembre del año pasado. Estas son las claves de los logros más importantes de Rusia en esta batalla contra los yihadistas.

Actualidad RT

Nueva prueba: Se registra un terremoto provocado artificialmente en Corea del Norte


El temblor se detectó a unos 34 kilómetros al sureste de la capital norcoreana, Pionyang, a las 12:30 (hora local).

La agencia meteorológica de Corea del Sur ha registrado este miércoles un terremoto de magnitud 2,2 en Corea del Norte cuya causa podría ser una explosión, informa la agencia surcoreana Yonhap.

El temblor se detectó a unos 34 kilómetros al sureste de la capital norcoreana, Pionyang, a las 12:30 (hora local).

Dada la profundidad del epicentro del sismo, aproximadamente un kilómetro, el terremoto parece haber sido causado por algún tipo de trabajo de voladura, agregó la agencia meteorológica.

El pasaado jueves, el líder de Corea del Norte, Kim Jong-un, ordenó "que se realicen más pruebas nucleares para estimar la potencia destructiva de las ojivas nucleares creadas en Corea del Norte y el poderío ofensivo de las capacidades nucleares de la República".

Actualidad RT

Corea del Norte condena a 15 años de trabajos forzados a un estadounidense por robar un cartel


El hurto se produjo en el hotel en el que se hospedaba el turista de EE.UU.

El Tribunal Supremo de Corea del Norte ha declarado culpable de crímenes contra el Estado al turista estadounidense Otto Warmbier, de 21 años, quien confesó el mes pasado haber robado del hotel en el que se alojaba en Pionyang un cartel con un lema político. Los jueces lo han condenado a quince años de trabajos forzados.

Según se pudo apreciar en un vídeo difundido por la televisión norcoreana, el ladrón confeso se echó a llorar durante la sesión del tribunal en la que hizo uso de su derecho a la última palabra. Se calificó en ese discurso de "víctima de la política hostil de Estados Unidos contra Corea del Norte".

"He cometido el crimen de sacar un lema político de la zona reservada para el personal del hotel", dijo el procesado, quien agregó que su delito "es muy grave y premeditado". Según la investigación, el delincuente había sido "manipulado por el Gobierno de EE.UU.", algo que el joven no confirmó. Por otro lado, a Warmbier le impresionó el "trato humanitario hacia los criminales como yo" por parte de los norcoreanos.

Actualidad RT

terça-feira, 15 de março de 2016

Síria: coletiva do ministro Moallen (Informe da Embaixada da Síria no Brasil)


Informativo Sobre a Coletiva do Vice Primeiro Ministro e Ministro das Relações Exteriores e Expatriados da República Árabe da Síria, Sr. Walid al Moallem.

O Excelentíssimo Sr. Walid al Moallem, Vice Primeiro Ministro e Ministro das Relações Exteriores e Expatriados da República Árabe da Síria, concedeu uma coletiva de imprensa, em 12/03/2016, às vésperas do lançamento do Diálogo Sírio-Sírio, a ser realizado em Genebra, com sua primeira sessão prevista para o dia 14/03/2016.

Durante a coletiva, o Sr. Ministro Walid Al Moallem definiu a posição da República Árabe da Síria sobre as propostas para uma solução política para a crise na Síria. E reafirmou com veemência que a identidade nacional da Síria rejeita tudo o que possa atingir a unidade dos territórios e do povo sírio.

Ele afirmou que a crise na Síria está a caminho do fim e deu as boas vindas a todos os que desejarem lutar ao lado das Forças Armadas da Síria contra o terrorismo do ISIS, da Frente Al Nusra e de outras organizações ligadas a elas.

Quanto à agenda de trabalhos do Diálogo Sírio-Sírio, em Genebra, e com base em todos os documentos das Nações Unidas, o Ministro disse que não será permitido ao Enviado Especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, participar das propostas da agenda de trabalhos. “Este é um tema que deverá ser tratado entre as partes do diálogo, porque este é um diálogo sírio-sírio, sob uma liderança nacional síria, e a delegação da República Árabe da Síria está pronta para debater a agenda de trabalhos da próxima rodada”, disse o Ministro.

Moallem afirmou que não há nada nos documentos das Nações Unidas que se refira a um período de transição quanto à Presidência, por isso é necessário definir o conceito de período de transição. Segundo ele, no entendimento do Governo, o conceito de transição refere-se à transição da Constituição atual para uma nova Constituição e do Governo atual para um Governo com a participação da outra parte. Quanto à Presidência, esta é uma linha vermelha por se tratar de um patrimônio exclusivo do povo sírio.

Moallem citou que as eleições parlamentares foram mencionadas nos documentos de Viena e nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas no que se refere às eleições presidenciais, nem o Enviado Especial das Nações Unidas e nem ninguém, seja quem for, tem o direito de falar a respeito, visto tratar-se de um patrimônio exclusivo do povo sírio.

Moallem afirmou que o Governo continua comprometido com o acordo de cessação das hostilidades, desde 27 de fevereiro, quando as Forças Armadas da Síria estavam obtendo avanços significativos nas mais diversas frentes. Com base nisso, não haveria qualquer explicação para a aceitação, por parte do Governo da República Árabe da Síria, em participar das conversações, exceto zelar pelo fim do derramamento de sangue dos sírios. Quanto às respostas dadas às violações perpetradas por parte dos grupos terroristas armados contra o acordo de cessação das hostilidades, estas continuarão sendo um direito legítimo do Exército Árabe Sírio.

Moallem salientou que a Síria enfrentou uma guerra midiática, desde o princípio, que falava numa intervenção por terra, depois falou numa intervenção federal e depois falou em divisão. “Falaram de um plano B e tudo isso não condiz com a verdade. O Sr. Presidente afirmou com veemência, em todas as ocasiões, que “nós libertaremos cada palmo das terras sírias deste terrorismo takfirista”.

Quanto aos curdos, Moallem afirmou que “são cidadãos sírios que lutam conosco, na mesma trincheira, contra as organizações terroristas ISIS e Frente al Nusra e todas as outras ligadas à elas, até que esta guerra acabe e saiamos vitoriosos da luta contra o terrorismo takfirista”. E acrescentou: “Nossos irmãos curdos sairão satisfeitos e participarão do futuro da Síria, no âmbito da República Árabe da Síria”.

Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria
Tradução: Jihan Arar

Casa Branca perplexa com retirada russa da Síria


A Rússia começou a retirar o equipamento militar da Síria, disse o Ministério da Defesa na terça-feira (15), depois de Moscou anunciar que ia retirar a maioria das suas forças do país devastado pela guerra.

"Os técnicos na base aérea de Hmeymim começaram a preparar as aeronaves para voos de longo curso para bases aéreas na Federação da Rússia", disse o Ministério da Defesa em um comunicado, acrescentando que o pessoal militar estava carregando equipamentos e materiais para os aviões.

Surpresa para a Casa Branca

A ordem do presidente russo, Vladimir Putin, sobre a retirada do grupo das Forças Aeroespaciais russas pegou alegadamente de surpresa as autoridades dos EUA, escreve a edição norte-americana Politico.

Segundo o jornal, durante o briefing do porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, este evitou as perguntas sobre este assunto. Ao mesmo tempo, outros funcionários tentavam recolher mais informação.
"Soubemos que o presidente Putin anunciou uma retirada planejada das forças russas da Síria. Esperamos saber mais sobre isso nas próximas horas", disse um alto funcionário do governo na segunda-feira (14) à tarde.

Moscou lançou a sua campanha antiterrorista na Síria em 30 de setembro do ano passado, a pedido de Damasco, de acordo com as normas do direito internacional.
Segundo o ministro da Defesa russo, durante a operação na Síria as aeronaves russas efetuaram mais de 9 mil surtidas, o que permitiu bloquear as principais rotas de fornecimento dos militantes a partir da Turquia.

Além disso, os terroristas foram expulsos de Latakia, da maior parte de Hama e Homs, foi desbloqueada a base aérea de Kuwieres em Aleppo e restabelecidas as ligações.

Sputniknews

A libertação de Aleppo: o que a mídia ocidental não quer mostrar


Ao comentar a situação de Aleppo, na Síria, o experiente jornalista francês e analista geopolítico Jean-Michel Vernochet afirma que só após a operação aérea russa veio à tona a duplicidade da coalizão internacional contra o Daesh.

Em uma análise para o jornal independente Boulevard Voltaire, Vernochet falou sobre os esforços do exército sírio para libertar Aleppo, a segunda maior cidade do país, e atacou a imprensa americana e europeia pelo que classificou como posição altamente ambígua.No dia 1º de fevereiro, lembrou o jornalista, “o exército sírio, com apoio da aviação russa, lançou uma operação de larga escala para libertar Aleppo, antiga capital econômica da Síria,” que “está nas mãos da rebelião desde 2012.”

“Como sempre, a imprensa começou a escrever efusivamente sobre as multidões de pessoas fugindo dos combates e o avanço das forças do governo. A única coisa faltando naquele cenário eram as imagens dos moradores dos bairros ocidentais da cidade, que deram as boas vindas às tropas do governo e as consideraram como libertadoras.”

“Profundamente emocionado” pelas fotos exibidas na mídia ocidental, “o secretário de Estado americano, John Kerry, imediatamente exigiu que a Rússia parasse de bombardear alvos civis.”

Mas “a verdade”, diz Vernochet, “é muito mais prosaica porque se a cidade de Aleppo está completamente cercada pelas forças do governo, o corredor de fornecimento dos rebeldes à Turquia está fechado.”

“Basta dizer agora que a rebelião corre o risco de colapso total, especialmente depois de 4 de fevereiro, quando o exército sírio conseguiu quebrar o bloqueio de duas pequenas cidades xiitas – Nubl e Zahraa – cercadas por islamistas desde 2012, com moradores recebendo soldados leais com chuvas de arroz e flores. Isso também significa que até 5 mil milicianos xiitas podem estar prontos para se juntarem à retomada de Aleppo.”

“Vale apontar”, reforçou o jornalista, “que foi preciso uma intervenção russa na guerra para finalmente jogar uma luz na duplicidade da coalizão ocidental-árabe contra o Daesh. Por um lado, os governos ocidentais choram lágrimas de crocodilo por causa de naufrágios no Mar Egeu, enquanto ao mesmo tempo abrem as portas da Europa para refugiados dos quais 60%, diz o relatório da Frontex, não têm justificativa para pedir asilo. Por outro lado, fecham seus olhos para o jogo duplo de Ancara na Síria ao lado dos ‘terroristas moderados’, nas palavras do Sr. Kerry.”


Em sua análise final, Vernochet ressalta que “a ofensiva do governo e a previsível derrota dos rebeldes são uma dura derrota para a Turquia, que hoje se recusa cinicamente a abrir suas fronteiras para aqueles que fogem de Aleppo. A posição pode estar ligada ao grande sonho do Sultão Erdogan de estabelecer uma zona tampão no território sírio, onde os refugiados seriam confinados.”Tal zona tampão, afirma Vernochet, significaria a presença de forças turcas em solo sírio e a criação de uma zona de exclusão aérea. De lá, sob a proteção da OTAN, a Turquia conseguiria executar um guerra sangrenta contra os curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).

Vernochet afirma que, desta forma, “os refugiados se tornam um poderoso instrumento para chantagear a OTAN e a União Europeia (sem contar os 3 bilhões de euros dedicados a Ancara) a autorizarem uma operação em solo envolvendo forças especiais sauditas.”

Ainda é incerto como a OTAN responderá se, na hipótese de uma invasão turca na Síria, o exército de Assad, apoiado pela aviação russa, parar a ofensiva turca e contra-atacar em território turco.

“Moradores de uma cidade xiita nos arredores de Aleppo festejam os soldados de Assad. As pessoas estão cansadas da guerra”, diz o tweet acima.Festejos em Zahraa e Nubl, em Aleppo, após forças sírias e aliados encerrarem o cerco de três anos e meio nas cidades.

Sputniknews

LULA QUER MUDAR ECONOMIA PARA ACEITAR CARGO


Ex-presidente Lula só deve aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir um ministério se ela se comprometer a mudar a política econômica; a entrada de Lula no governo deve provocar uma inflexão à esquerda; segundo a colunista Natuza Nery, do Painel, o líder petista só veria alguma saída para a crise se reconectar a gestão de Dilma Rousseff com a base social do PT, insatisfeita com a reforma da Previdência e com corte de gastos sociais; Nelson Barbosa continuaria à frente da Fazenda e Ricardo Berzoini, que deve perder a Secretaria de Governo para Lula, pode ficar como secretário-executivo da pasta

Ex-presidente Lula impôs condições para aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff. Só toma posse depois de uma conversa franca nesta terça e com garantias de que a política econômica mudará, segundo a colunista Natuza Nery, do Painel.

A entrada de Lula no governo deve provocar uma inflexão à esquerda. O líder petista só veria alguma saída para a crise se reconectar a gestão de Dilma Rousseff com a base social do PT, insatisfeita com a reforma da Previdência e com corte de gastos sociais/

Nelson Barbosa continuaria à frente da Fazenda e Ricardo Berzoini, que deve perder a Secretaria de Governo para Lula, pode ficar como secretário-executivo da pasta.

Brasil 247

Foro de São Paulo: “Lula, os povos da América Latina estão contigo”


O Grupo de Trabalho ampliado do Foro de SP, reunido neste domingo (13) no México, aprovou por aclamação uma moção de solidariedade ao ex-presidente Lula e de condenação à tentativa de golpe em curso no Brasil.

A moção foi uma iniciativa conjunta do PCdoB, representado por seu Secretário de Política e Relações Internacionais, José Reinaldo Carvalho e do PT, representado por Mônica Valente, Secretária de Relações Internacionais da legenda.

Leia o documento na íntegra:

Toda solidariedade ao povo brasileiro e ao ex-presidente Lula

Os Partidos e organizações presentes ao GT ampliado do Foro de São Paulo expressam sua solidariedade irrestrita ao Brasil e ao ex-presidente Lula.

A ofensiva conservadora, de caráter continental, assume cada vez mais abertamente um caráter nitidamente golpista, seja pelo uso de instrumentos como o terrorismo econômico, a violência, a fraude, seja atentando contra a própria democracia.

No Brasil, uma aliança entre os partidos reacionários e neoliberais, a mídia empresarial, o capital financeiro, setores do aparelho judicial e policial, tentam perpetrar um golpe midiático-judicial.

Através da manipulação despudorada de uma investigação sobre corrupção na empresa estatal de petróleo brasileira, a Petrobras, buscam fomentar o caos, derrubar a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, criminalizar o Partido dos Trabalhadores e seus aliados.

Um novo e ousado passo neste sentido foi dado no dia 04 de março quando, ignorando-se direitos individuais consagrados pela Constituição Nacional, o ex-presidente Lula foi conduzido coercitivamente pela Política Federal para, sob falsos pretextos, prestar depoimento sobre supostas acusações. O Instituto Lula teve sua sede invadida pela polícia. Tão grave violação a princípios básicos levou juristas de diversos matizes a apontarem que, ou estes abusos e parcialidades têm fim, ou o próprio arcabouço que sustenta as garantias e liberdades dos cidadãos estará em risco.

Lula, idealizador e fundador do Foro de São Paulo, foi, junto com Chávez, Fidel, e Nestor Kirchner, um dos responsáveis pela nova e avançada fase da integração do nosso continente.

Graças às políticas que Lula liderou, milhões de brasileiros saíram da miséria, milhares tiveram a oportunidade inédita de frequentar o ensino superior, entre outras conquistas.

Por tudo isso, Lula é hoje o maior líder popular do Brasil, e respeitado em todo o mundo.

Isso não lhe perdoa a direita partidária, policial e judicial e a mídia hegemônica que lhe presta apoio.
A massacrante e incessante tentativa de destruição da liderança do ex-presidente Lula e do projeto popular iniciado no Brasil em 2003, no entanto, não é fácil de ser implementada.

No próprio dia 4 de março, milhares de democratas e patriotas por todo o país, improvisaram atos nas ruas e sindicatos, que assumiram caráter massivo, mostrando que a resistência está crescendo.

O partidos e organizações do Foro de SP, ao mesmo tempo em que expressam sua solidariedade, estão confiantes na capacidade de luta do povo brasileiro, que não deixará que os golpistas prosperem em seus intentos de solapar a democracia para atacar os direitos sociais, a soberania nacional e a integração solidária da América Latina e do Caribe.

Lula, os povos da América Latina e do Caribe estão contigo!

Resistência