terça-feira, 15 de março de 2016
Síria: coletiva do ministro Moallen (Informe da Embaixada da Síria no Brasil)
Informativo Sobre a Coletiva do Vice Primeiro Ministro e Ministro das Relações Exteriores e Expatriados da República Árabe da Síria, Sr. Walid al Moallem.
O Excelentíssimo Sr. Walid al Moallem, Vice Primeiro Ministro e Ministro das Relações Exteriores e Expatriados da República Árabe da Síria, concedeu uma coletiva de imprensa, em 12/03/2016, às vésperas do lançamento do Diálogo Sírio-Sírio, a ser realizado em Genebra, com sua primeira sessão prevista para o dia 14/03/2016.
Durante a coletiva, o Sr. Ministro Walid Al Moallem definiu a posição da República Árabe da Síria sobre as propostas para uma solução política para a crise na Síria. E reafirmou com veemência que a identidade nacional da Síria rejeita tudo o que possa atingir a unidade dos territórios e do povo sírio.
Ele afirmou que a crise na Síria está a caminho do fim e deu as boas vindas a todos os que desejarem lutar ao lado das Forças Armadas da Síria contra o terrorismo do ISIS, da Frente Al Nusra e de outras organizações ligadas a elas.
Quanto à agenda de trabalhos do Diálogo Sírio-Sírio, em Genebra, e com base em todos os documentos das Nações Unidas, o Ministro disse que não será permitido ao Enviado Especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, participar das propostas da agenda de trabalhos. “Este é um tema que deverá ser tratado entre as partes do diálogo, porque este é um diálogo sírio-sírio, sob uma liderança nacional síria, e a delegação da República Árabe da Síria está pronta para debater a agenda de trabalhos da próxima rodada”, disse o Ministro.
Moallem afirmou que não há nada nos documentos das Nações Unidas que se refira a um período de transição quanto à Presidência, por isso é necessário definir o conceito de período de transição. Segundo ele, no entendimento do Governo, o conceito de transição refere-se à transição da Constituição atual para uma nova Constituição e do Governo atual para um Governo com a participação da outra parte. Quanto à Presidência, esta é uma linha vermelha por se tratar de um patrimônio exclusivo do povo sírio.
Moallem citou que as eleições parlamentares foram mencionadas nos documentos de Viena e nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas no que se refere às eleições presidenciais, nem o Enviado Especial das Nações Unidas e nem ninguém, seja quem for, tem o direito de falar a respeito, visto tratar-se de um patrimônio exclusivo do povo sírio.
Moallem afirmou que o Governo continua comprometido com o acordo de cessação das hostilidades, desde 27 de fevereiro, quando as Forças Armadas da Síria estavam obtendo avanços significativos nas mais diversas frentes. Com base nisso, não haveria qualquer explicação para a aceitação, por parte do Governo da República Árabe da Síria, em participar das conversações, exceto zelar pelo fim do derramamento de sangue dos sírios. Quanto às respostas dadas às violações perpetradas por parte dos grupos terroristas armados contra o acordo de cessação das hostilidades, estas continuarão sendo um direito legítimo do Exército Árabe Sírio.
Moallem salientou que a Síria enfrentou uma guerra midiática, desde o princípio, que falava numa intervenção por terra, depois falou numa intervenção federal e depois falou em divisão. “Falaram de um plano B e tudo isso não condiz com a verdade. O Sr. Presidente afirmou com veemência, em todas as ocasiões, que “nós libertaremos cada palmo das terras sírias deste terrorismo takfirista”.
Quanto aos curdos, Moallem afirmou que “são cidadãos sírios que lutam conosco, na mesma trincheira, contra as organizações terroristas ISIS e Frente al Nusra e todas as outras ligadas à elas, até que esta guerra acabe e saiamos vitoriosos da luta contra o terrorismo takfirista”. E acrescentou: “Nossos irmãos curdos sairão satisfeitos e participarão do futuro da Síria, no âmbito da República Árabe da Síria”.
Fonte: Embaixada da República Árabe da Síria
Tradução: Jihan Arar