segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Rusia publica tres nuevos videos de los bombardeos contra el Estado Islámico en Siria


Ataque aéreo ruso contra las unidades de la artillería reactiva del Estado Islámico cerca de Yisr al-Shugur / Captura de pantalla

El Ministerio de Defensa de Rusia ha publicado tres nuevos videos de los bombardeos que realizan los aviones rusos contra las posiciones del Estado Islámico en Siria.

Los aviones rusos han realizado nuevos bombardeos contra las posiciones del Estado Islámico en Siria, cuyos videos ha publicado en su cuenta de YouTube el Ministerio de Defensa de Rusia.

El primer registro muestra el ataque aéreo contra el depósito de municiones de los terroristas en la ciudad de Tell Bisa, en la provincia de Homs. Una serie de explosiones indica que la bomba alcanzó el objetivo y provocó la detonación de un gran número de municiones. "El objetivo fue destruido por completo", reporta el Ministerio de Defensa ruso.

Mirar: https://youtu.be/AtEWbl2s7nY

La segunda grabación refleja el bombardeo contra los vehículos militares del Estado Islámico que los yihadistas trataban de esconder en un bosque cerca de la ciudad de Idlib. Según el Ministerio, el ataque fue realizado después de que se confirmara la información sobre la presencia de los terroristas en esta zona.

Mirar: https://youtu.be/qPa7HcPf95c

El tercer video publicado por el organismo ruso, muestra el ataque aéreo contra las unidades de la artillería reactiva de los yihadistas cerca de la ciudad de Yisr al-Shugur, en la Gobernación de Idlib. El ataque fue realizado contra el sistema de lanzacohetes múltiple que se incendió y provocó la detonación de las municiones a su alrededor.

Mirar: https://youtu.be/KZMA_aebTyY

Actualidad RT

Prensa alemana: Rusia en semanas va a hacer lo que no logró EE.UU. en un año en Siria


La operación contra el Estado Islámico que realiza Rusia en Siria tiene todos los prerrequisitos para alcanzar sus objetivos y lograr en semanas lo que EE.UU. no consiguió en más de un año, escribe la revista alemana 'Deutsche Wirtschafts Nachrichten'.

Militares rusos han causado daños considerables al Estado Islámico en Siria desde el comienzo de la operación, en particular, fueron destruidas importantes instalaciones del grupo terrorista.

"El Estado Mayor General de Rusia informa sobre la destrucción de 50 instalaciones importantes del EI. Incluso si el Ejército destruyó sólo una parte del número citado, indica una cosa: Rusia en semanas puede superar en eficacia a EE.UU. que lleva allí más de un año", escribe la revista.

Los militares rusos planean fortalecer sus ataques contra los terroristas. "Parece que las operaciones militares se llevarán a cabo tanto de día como de noche y en cualquier condición climática", agrega.

Este domingo, tras un nuevo día de bombardeos contra la infraestructura del Estado Islámico en Siria, Rusia logró destruir una planta de producción de cinturones bomba del grupo terrorista, según ha informado el Ministerio de Defensa ruso.

El operativo ruso en Siria arrancó el pasado 30 de septiembre. Ese primer día los aviones realizaron cerca de 20 vuelos, durante los cuales lograron destruir un puesto de mando y un cuartel general que los yihadistas tenían en las montañas.

Actualidad RT

domingo, 4 de outubro de 2015

Sírio/Berliner ensemble


Pepe Escobar, Asia Times - Tradução: Vila Vudu

BERLIN – Oh, eu amo som de Su-24 bombardeando bandidos de "califatos" logo pela manhã. Tem cheiro de... vitória. Quero dizer, não, não tem. Porque quem bombardeia não somos nós, os Masters of the Universe.

Espero pelo meu amigo, com 36 desvalorizados euros na mão, bem à frente da embaixada do Império do Caos, que olha de lado para o Portão de Brandenburg. Em toda volta, grandes preparativos para as "festividades" que celebrarão o 25º aniversário da reunificação da Alemanha.

Brisa de outono, magnífico dia ensolarado, uma longa caminhada pelo [rio] Spree, cruzando o [parque] Tiergarten. Ich bin ein Berliner. [Sou um berlinense]. Ora, toda a minha geração sempre foi, desde que JFK imortalizou o local. Toda aquela gente atravessando para o lado "do mal". You are leaving the American sector [Você está saindo do setor norte-americano]. Medo e ranger de dentes – e demência dadaísta – na República Democrática da Alemanha. Atravessava o [bairro] Kreuzberg em 1977 com uma valquíria pré-Rafael, enquanto Bowie fazia Low and Heroes – de Always Crashing in the Same Car até The Secret Life of Arabia –, mas estávamos chapados demais para atinar com o endereço do apartamento que ele dividia com Iggy Pop.

E naquela época todos estávamos sempre detonando o mesmo carro conceitual, dado que virtualmente todos os conceitos chaves dos últimos 200 anos foram inventados na Alemanha. E devemos tanto a Hegel como a Schopenhauer, tanto a Novalis como a Heine, tanto a Holderlin como a Kant, tanto a Bettina von Arnim como a Kraftwerk, para nem falar daquela culminação romântica em forma de pacto suicida no Wansee, Kleist e Henriette Vogel. Desculpem Foucault, Barthes, Lacan, Derrida e até Deleuze, mas sem Nietzsche vocês teriam de ganhar a vida... atrás de um balcão de bar?

Mas nem quando saboreava uma lembrança com um muito ansiado Martini no Hotel Adlon, nem ali conseguia tirar a Síria da minha cabeça. A coisa estava evoluindo como caso grave de eu estar enfiado (feliz da vida) em Berlin, mas sofrendo sempre do mesmo quebranto sírio.

Meu amigo – jornalista financeiro craque – aparece afinal, com sua deliciosa namorada Made in Istanbul transbordando de estórias Rabelaisianas, desde os Masters of the Universe financiando o nazismo, até material sobre os segredos (privados) da porta giratória entre o Fed e o estado profundo prime – mais de 200 páginas de fontes – para o próximo livro dele (a ser lançado no verão de 2016). Paramos para um café no Einstein, onde a adorável garçonete, oh, tão berlinense, imediatamente instantaneamente põe-se a discutir detalhadamente Twin Peaks – mas que café bom! –, quando se junta a nós um cineasta craque, cujo mais recente documentário exibido no canal Arte examina a guerra "secreta" de "Santo" Ronnie Reagan contra a URSS.

E dali rumamos para a Haus der Kulturen der Welt (HKW) [Casa das Culturas do Mundo] a qual, dentro de um fabuloso projeto de longo prazo 100 Years from Now [Daqui a 100 anos] (que está investigando "as condições que produzem os regimes temporais do capitalismo global de hoje"), teve a gentileza de me convidar para falar sobre tema com o qual os leitores de Asia Times estão bem familiarizados: o Novo Grande Jogo na Eurásia – com suas complementares Novas Rotas da Seda. Ouçam o podcast aqui; e não percam a devastadora análise de Margarita Tsomou sobre a Grécia, como "estrela" do colonialismo interno europeu).


O "sonho coletivo"

Tantas discussões fabulosas na HKW. Como a Alemanha ter "inventado" a adolescência – do Werther de Goethe e do Siegfried de Wagner, até a contracultura da California nos anos 1960s (ecos da [gravadora] Lizard King: "Morra jovem, mantenha-se bonito, deixe um belo cadáver"). E o inevitável eterno retorno daquele anjo trágico — Walter Benjamin, que conceitualizou o "sonho coletivo": cultura burguesa da qual a história está totalmente ausente. E quando a história evapora, o que fica é a loucura (sem nenhuma regulação) do mundo da mercadoria – nosso mundo. Daí uma abundância de sonhos coletivos projetados que se encaixam perfeitamente na história do terror político.

Inevitavelmente, "sonho coletivo" – e terror político – me arrastariam de volta, outra vez, para a Síria, onde a Rússia, em apenas 48 horas, já fez muito mais para esmagar a matrix de terror dos jihadistas wahhabista/salafista, que a coalizão de finórios oportunistas em mais de um ano e mais de 6 mil "saídas". Quantos e quantos são os prodígios que se podem operar com um par de Su-24s, decente inteligência por satélite, decente inteligência em campo e vontade política...

E tem também o bang ainda maior, não algum soluço: o ridículo maior que a vida que cerca aquele complexo militar-industrial de segurança-inteligência que desperdiça 1,3 trilhão/ano.

Daí o Ultraje de Pleno Espectro: de neoconservadores a neoliberais conservadores, aos imperialistas "humanitários", todos estão disparando fogo pelas ventas. Vai desde "Putin atira-se num caldeirão para salvar Assad" – não, tolinhos, a Rússia está é distribuindo os caldeirões, como armadilhas, para ISIS/ISIL/Daesh – até a mais recente "mancada estratégica" dos russos (o novo Afeganistão deles), e o Pentágono considerando usar "força" para "proteger os rebeldes apoiados pelos EUA na Síria contra os quais os russos estão atirando."

Como os Russkies atrevem-se a bombardear "nossos" rebeldes "moderados" e ah, como são moderados os coitadinhos, os nossos rapazes que lutam ao lado da Al-Qaeda?

Instantaneamente esquecido, aquele notório documento, de agosto de 2012, da Agência de Inteligência da Defesa [orig. Defense Intelligence Agency (DIA)] que explicava em detalhes como o combo CCG-OTAN e a Turquia estavam facilitando a emergência de um "califato" de jihadistas salafistas para assim apressar a operação "Assad tem de sair" de mudança de regime.

E instantaneamente esquecido também, como o general Michael Flynn, que chefiava a DIA naquele momento, foi à televisão para dizer que aquela era uma "firme decisão" do governo Obama.

E depois, há ainda o top honcho da CIA John Brennan a declarar recentemente que a CIA estava "alerta" à emergência do falso "califato" – e avaliara "corretamente" o poder deles, em 2012. Bom trabalho! Pena que logo no início de 2014 – quando ISIS/ISIL/Daesh já havia capturado Fallujah e partes de Ramadi – Obama continuasse a zombar dos homens dos Califa, que, para ele, não passavam de "ala jovem da al-Qaeda."

Quer dizer que nem a CIA nem Obama nem qualquer dos grumos da sopa de letrinhas da inteligência dos EUA jamais deram nem a mínima bola para ISIS/ISIL/Daesh. Firme decisão. Eles que façam lá um bom inferno. É o que explica o longo comboio de flamantes Toyotas brancas cruzando o "Siriaque", para tomar Mosul, sem que nenhum dos mais sofisticados sistemas de vigilância por satélites as detectasse.

Qualquer um que saiba alguma coisa sobre o teatro do "Siriaque" sabe que não há "rebeldes moderados". E agora Moscou está mostrando como se combate toda a matrix dos jihadistas wahhabistas/salafistas: um mix de drones, inteligência para orientação dos aviões e inteligência em solo (itens dos quais há déficit permanente na coalizão dos finórios oportunistas). É progressivo – começando por áreas próximas de centros urbanos no leste, e andando na direção do deserto ocidental. E serão incansáveis, para incluir apoio direto em solo para o Exército Árabe Sírio quando a fase de "recapturar território" ganhar ímpeto, lado a lado com apoio aéreo. You are leaving the American sector [Você está saindo do setor norte-americano].

Preparem-se, porque a guerra de informação, daqui em diante, será absolutamente doentia. Toda a galáxia dos neoconservadores, neoliberais conservadores e imperialistas "humanitários" estarão em frenesi, tentando vender à opinião pública mundial um "sonho coletivo" monstro; porque a Rússia é "o mal", porque a Rússia bombardeia os "nossos" rebeldes e – horror dos horrores – porque a Rússia mata civis! Nós, aqui nos EUA, NUNCA cometemos tais atrocidades!

E há também o efeito cenográfico cômico, para coroar a farsa: o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir – nas funções de proverbial lacaio do Império do Caos – declara peremptoriamente que a hacienda de petrodólares que é a Casa de Saud jamais aceitará o esforço russo para manter Assad no poder. E, posto que não há solução política, então os inexistentes rebeldes "moderados" receberão mais e mais armas.

Aí está pancadaria a que vale a pena assistir: a paranoica/acovardada Casa de Saud, chamando para a briga a Força Aérea Russa. Melhor deixar para resolver na hora do recreio – e vamos ver por que o próprio Império do Caos está, ele mesmo, ainda mais ensandecido que o usual.

Lubitsch aparece para salvar

Nessa 6a-feira, o formato "Normandia 4" voltará a discutir aquela falida colônia do FMI, a Ucrânia. Normandia 4 reúne França e Alemanha plus Rússia e Ucrânia. Em jogo, está a possibilidade de a União Europeia relaxar as sanções sobre a Rússia, já no início de 2016.

O Império do Caso simplesmente não pode permitir que a União Europeia apoie a Rússia na Síria – não importa o quanto já seja grave e mesmo que se agrave ainda mais a crise dos refugiados na Europa (crise, por falar dela, que foi precipitada pela Turquia que esvaziou, em massa, os "campos de contenção" de refugiados que mantinha em seu país). A União Europeia agora quer uma solução para a Síria, solução da qual a Europa muito precisa. O governo Obama ainda sonha com mudança de regime; ISIS/ISIL/Daesh + refugiados não passam de detalhe incomodativo.

Agora, imaginem que a União Europeia venha eventualmente a apoiar a Rússia na Síria – no caso de haver avanço claro, consistente em solo – e, ainda por cima, se decidir relaxar ou mesmo extinguir aquelas dolorosas e contraproducentes sanções relacionadas à Ucrânia; é quando começam ira e ranger de dentes de proporções intergalácticas, que acometerão o combo neoliberal "humanitário" imperialista.

Mas chega desse "sonho coletivo" fake. Há muito o que fazer: a exposição de Botticelli na Gemaldegalerie. Revisitar a espetacular coleção asiática do Pergamon. Longa parada no restaurante Lubitsch, sob o emblema do patrono que fuma um charuto e seu doppelganger. Lubitsch disse que filme bom é "filme misterioso, com coisas não ditas." Se pelo menos tivéssemos um neo-Lubitsch para fazer a crônica do que fica sem ser dito em todos esses sonhos de mudança de regime. O céu não pode esperar.

Síria: o lócus estratégico


Conflicts Forum - Tradução: Vila Vudu

O que muito chama a atenção hoje sobre o Oriente Médio é a aparente compressão do tempo. Não faz muito, as crises vinham em sequência, como carga chegando ao destino em intervalos bem demarcados. Hoje, se tem a impressão de que as crises chegam todas juntas; todas, de uma só vez. Frequentemente na história, essa mudança no ritmo, para tudo agora, tudo ao mesmo tempo, anuncia mudança realmente transformadora, não alguma reformulação em capítulos da estrutura existente.

Observem a região: nações-estado, estruturas institucionais, o tecido da seguridade humana, tudo isso está desintegrando-se, tudo ao mesmo tempo, tudo agora. Há estados fraturados no Iraque, Síria, Líbia, Iêmen, Líbano (onde nem estado há) – e no Egito, Tunísia e Argélia, o estado absolutamente não está assegurado. A Turquia está à beira de uma guerra civil, e a Arábia Saudita está cada dia mais internamente conflagrada (em árabe). Não são só refugiados sírios que rumam para a Europa: aeroportos estão lotados de classe média (com seus segundos passaportes), além dos miseráveis que acampam pelas praias. Parece que a ideia de migrar para a Alemanha (se conseguirem) tomou conta da imaginação das famílias e dos jovens, por toda parte na região, 'tudo ao mesmo tempo, tudo agora'. Claro, o Irã se destaca, como exceção – uma ilha de estabilidade e de efetividade na construção de sua política exterior, mas paradoxalmente essa estabilidade só põe ainda em maior relevo o desespero dos demais.

Nada disso é surpresa: com estados que se vão fraturando, a sociedade é rasgada em farrapos, com a violência, a ilegalidade, a extorsão explodindo, a quem os civis recorreriam? Claro: há interesses em jogo, na facilitação desse êxodo: o ISIS/ISIL/Daesch/Estado Islâmico está limpando seus territórios, tirando de lá (ou matando) todos que lhes pareçam que jamais se deixarão assimilar por um Estado Islâmico. Há muito tempo a Turquia e seus protegidos acreditam que só se estiver criada crise humanitária catastrófica, o ocidente se decidirá a atacar (militarmente) a Síria, para derrubar o presidente Assad.

Mas, de algum modo, o atual 'êxodo' transcende esses específicos gatilhos. Mais fundamentalmente, as pessoas não veem saída para a crise, não veem fim para um ciclo de violência cada vez maior, contra a qual se sentem desprotegidas, nem veem solução para as dificuldades econômicas cada vez mais desesperadoras – exceto, como muitos creem – se houver uma grande guerra regional.

Há um sentimento de 'fim dos tempos', muito disseminado.

Sim, a Síria foi tocada por esse impulso migratório coletivo; mas a noção que circulava amplamente entre os think-tanks e especialistas no ocidente, no início do verão, segundo a qual a Síria estaria à beira do colapso, ideia à qual o pessimismo generalizado na região acrescentou algum peso, mais uma vez está claramente desmentida pelos eventos.

A Síria permanece intacta, com 75-80% da população alinhada a favor do governo e sob controle do estado, diferente dos 17-25% do território (ou, pelo menos, é o que divulgaram importantes think-tanks ocidentais, mas esse dado não é muito significativo, porque aí se incluem as áreas desérticas).

Esse desespero geral quanto ao futuro da região não é exclusivo da Síria, nem está confinado a um único segmento da população (como vários comentaristas cuidaram de repetir e repetir pelas televisões). Depois de cinco anos, as pessoas estão cansadas de guerra. E alguns dos insurgentes – especialmente os que têm base no sul da Síria – também dão sinais de fadiga e ennui semelhantes.

Sequer os grupos terroristas que lutam por procuração (e/ou salários), recentemente rebatizados, mostram ter qualquer visão de algum futuro da Síria depois da sempre atentada derrubada do presidente Assad. Assim também, a Organisation of Islamic Cooperation (OIC) dominada pelo Golfo já ecoou, domingo passado, o chamamento para mudança de regime, culpando Assad pela crise dos refugiados.

Esse fracasso, de não conseguir ir além das ideologias, reforça a linha básica de divisão que subjaz ao conflito. As histórias contadas por famílias que chegam a Damasco, depois de escapar de Raqa’a – e que foram obrigadas a assistir a mutilações e crucificações de vizinhos e amigos – não deixam qualquer espaço para cogitações sobre 'acordos' com essas forças terroristas.

Moscou vê claramente o ciclo de desintegração, o senso de desesperança generalizada, a ideia de que não há solução à vista, que se espalha como epidemia; e que a ideia de reforçar o ISIS e a al-Qae’da, só contribui para aprofundar uma crise existencial para o Oriente Médio e para a Rússia e para a Europa.

Moscou preocupa-se com a ideia de que pode acontecer de os combates em solo não progredirem e o ISIS vir a prevalecer. E caso isso aconteça, o ISIS surfará sobre uma onda poderosa, para cima e para adiante, que pode vir a derrubar o que resta de precários estados-nação. Esse é evento que ameaçaria não só o Oriente Médio, mas a Ásia Central e a própria Rússia.

É ingenuidade ou crença cega na ignorância do resto do mundo ignorar essa leitura que os russos fazem da situação, e tentar explicar todos os eventos como simples 'isca' para que a Rússia associe-se aos EUA de Obama e ponha fim a um suposto 'isolamento' dos russos.

Sobre tudo isso, a visão de Moscou é bem clara: não se trata tanto de a Síria ser vista como o elo mais fraco; trata-se de ver a Síria como o lócus mais estratégico (i.e. a linha de frente do conflito) no qual o ISIS pode (e deve) sofrer derrota militar que minará sua convicção psicológica.

A frustração dos russos, que Lavrov articulou cuidadosamente em palavras, é que, por mais que EUA e Europa digam que 'entendem' (a natureza estratégica da ameaça gerada pelo ISIS), suas ações absolutamente não refletem qualquer entendimento claro do risco.

De fato, como disse o sempre cuidadoso Lavrov:

"Alguns de nossos contrapartes – membros da Coalizão [anti-ISIS] – dizem que às vezes têm informações sobre onde, em que posições, estão alguns dos grupos do Estado Islâmico; mas o comandante da Coalizão (nos EUA) nunca se decide a atacá-los nos pontos onde estão... Análise da aviação da Coalizão nos deixa [aos russos], impressão muito esquisita: já há quem suspeite de que, além do objetivo declarado de combater contra o Estado Islâmico, há algo mais naqueles objetivos. Não quero concluir nada – não se sabe com certeza que impressões, informações ou altas concepções o comandante pode ter –, mas que há sinais nessa direção, há."

Como o Irã, então, a Rússia absolutamente não acredita que os EUA falem com seriedade sobre derrotar o ISIS; e decidiu agir de modo decisivo que fortalecerá as forças sírias que combatem contra o ISIS. Como Lavrov esclareceu:

"O presidente da Síria é o comandante-em-chefe da força em solo que é provavelmente a mais capaz dentre todas que hoje combatem o terrorismo. Desperdiçar a oportunidade, ignorar todas as capacidades do exército da Síria como nosso parceiro e aliado na luta contra o Estado Islâmico, significa sacrificar toda a segurança da região, para favorecer alguns humores e estratagemas geopolíticos ".

Que ninguém duvide, contudo, da seriedade do presidente Putin. É claramente evidente que as ações russas foram calibradas (e limitadas) de modo a reservar espaço para que o ocidente, na sequência, venha a unir-se à Rússia nessa iniciativa – na hipótese de Europa e EUA assim decidirem, com seriedade.

Kerry disse que Moscou sugerira conversações entre militares russos e dos EUA sobre a Síria e sobre o aumento de tropas russas ativas ali. Kerry disse que o governo estava examinando a sugestão, e acrescentou que Lavrov apresentara as conversações como um modo de coordenar ações com o Pentágono, para evitar "acidentes não desejados."

Mas o ocidente poderia engajar-se realmente em guerra que, indiretamente, beneficiará o Exército e o Estado Sírio?

Vitaly Churkin, embaixador da Rússia na ONU assim resumiu a ambivalência prevalente:

[o governo dos EUA] "não quer que o governo Assad caia. Querem combater o ISIS de modo que não agrida o governo sírio. Mas, por outro lado, eles não querem que o governo sírio tire vantagem da campanha dos EUA contra o ISIS."

O mais recente relatório do International Crisis Group’s (ICG) sobre a Síria é exemplo dessa preferência em alguns círculos em Washington, por ver o presidente Assad mantido onde está, mas enfraquecido:

Primeiro, eles argumentam que a situação na Síria está hoje perigosamente encurralada num ciclo de desintegração e radicalismo em expansão, do qual nem o regime nem uma oposição moderada, hoje muito reduzida, poderiam beneficiar-se.

Mas, logo na sequência, o ICG propõe a introdução de ainda mais camadas de conflito – "escalada" liderada pelos EUA –, como 'solução':

"Os EUA estão na melhor posição para transformar o status quo. Uma mudança significativa mas realista na política, focada em dissuadir, deter ou, seja como for, impedir que o regime conduza ataques aéreos em áreas controladas pela oposição pode melhorar as chances de um acordo político" [itálicos meus].

Desse tipo de ambiguidade brotam as dúvidas dos russos sobre se os EUA querem ou não querem, realmente, derrotar os terroristas do ISIS.

Pode-se acreditar que, pelo menos superficialmente, há algo dessa abordagem do ICG na avaliação que o próprio presidente Obama enunciou.

Em discurso sobre o 11 de setembro no Fort Meade, Obama disse:

"Agora parece que Assad já está tão preocupado que até convidou conselheiros e equipamento russos" [deixando subentendido que esse enfraquecimento do governo sírio seria benéfico, porque estaria apressando a possibilidade de uma solução política].

Em seguida Obama alertou a Rússia:

[apoiar o presidente Bashar Assad contra os rebeldes] "é política condenada; [a qual] no final das contas pode até pôr a perder qualquer possibilidade de acordo pacífico no país.

Vamos engajar a Rússia para dizer que não se pode continuar a apostar cada vez mais alto numa estratégia condenada a fracassar" – disse Obama.

"Se quiserem trabalhar conosco, na coalizão de mais de 60 nações que construímos, há possibilidade de um acordo político pelo qual haveria um período de transição antes de Assad sair; e que uma nova coalizão de forças moderadas, seculares e inclusivas seja formada para restaurar a ordem no país."

Mas, sim, é claro que sim, houve alguma coordenação prévia entre Obama e o presidente Putin sobre a iniciativa da Rússia. A Casa Branca com certeza está muito menos surpresa do que finge estar, ante os vazamentos sobre a nova estratégia russa.

Pode-se portanto ler os excertos citados acima – do discurso de Obama no Forte Meade – como redigidos e orientados para o eleitorado nos think-tanks da Av. Beltway, do qual o ICG é parte (todos intervencionistas empenhados e muito falantes).

O governo Obama sabe que não há nem nunca houve a tal tão citada 'coalizão' de forças moderadas, seculares e inclusivas que, sabe-se lá como, assumiria o governo sírio depois do colapso do governo de Assad: se Assad for derrubado, ISIS e al-Qae’da ocuparão cada palmo de terreno do que hoje é a Síria, e a magnitude desse evento injetaria eletricidade e energia em jihadistas por todo o planeta.

Obama está fazendo política complicada: está esperando a conclusão, no Congresso, do acordo com o Irã; não pode ser visto internamente como 'frouxo' no confronto com os presidentes Putin e Assad; e não pode dar a impressão de que Putin está, de algum modo, agindo mais inteligentemente que os EUA. E há também os relatórios plausíveis que noticiam que Petraeus, o general Allen e outros (e.g. Victoria Nuland que correu para bloquear as permissões de sobrevoo para aviões russos) estão obrando, todos, para tentar impedir que o presidente coopere com os russos.

Tudo isso é o que Lavrov tinha em mente quando disse "Não quero concluir nada – não se sabe com certeza que impressões, informações ou altas concepções o comandante pode ter –, mas que há sinais nessa direção, há". O comandante da coalizão dos EUA contra o ISIS é o general Allen.


Esse terceiro excerto do mesmo discurso de Obama talvez tenha sido redigido, não tanto para a comunidade dos think-tanks em Washington, mas, mais, para Lavrov e seus colegas:

"A boa notícia" – disse Obama –,"é que a Rússia partilha conosco uma preocupação com deter o extremismo violento e partilha nossa visão de que o ISIL é muito perigoso. Assim, apesar de nossos conflitos com a Rússia em áreas como a Ucrânia, há também uma área de potencial convergência de interesses."

Pista do que talvez venha numa era pós-acordo com o Irã? Se for isso, teremos dois parágrafos escritos para o eleitorado doméstico – e um terceiro para que Lavrov interprete as folhas de chá.

Mas a realidade é que há três variáveis chaves que se vão tornando cada dia mais importantes para o futuro do conflito na Síria, que a mudança de posição que já se vê na Europa em relação à Síria (com a Alemanha dizendo que a Europa tem de se aliar com o presidente Assad para derrotar o ISIS, ideia que Moscou recebeu como muito bem-vinda):

(1) A intervenção russa. Embora limitadíssima, a intervenção da Rússia é estratégica, e não se pode subestimar sua importância (a Força Aérea Síria já está novamente voando missões sobre Idlib e se somou aos ataques pela coalizão norte-americana aos quarteis generais do ISIS em Raqa’a). Imagens que os russos recolheram em tempo real, os interceptadores MIG 31 (que impedem qualquer tipo de zona aérea de exclusão) e software e hardware mais sofisticados para uso da Força Aérea, além de outros armamentos, fazem diferença qualitativa – como já observamos.

(2) Turquia, um dos pilares das forças jihadistas – está entrando em crise real. Já eclodiu guerra de baixa intensidade com a população curda que vive em território turco. Mas mesmo que, como resultado de sentimentos nacionalistas exacerbados por essa 'guerra' interna, o partido AKP de Erdogan alcance maioria significativa, novamente, nas eleições marcadas para novembro, dificilmente conseguirá reduzir os problemas pelos quais a Turquia está passando.

A Turquia está rachada, (2a) primeiro, pelo conflito com os curdos (com os jovens curdos recusando-se absolutamente a depor armas); e (2b) segundo, pelo que Erdogan diz, que, porque foi eleito à presidência pelo voto popular, a constituição turca foi alterada (de-facto, não de jure) e passou a dar a ele poderes de presidente plenipotenciário. Assim se abre uma segunda 'frente' nessas guerras domésticas, dessa vez contra oponentes não curdos, mas guerra que será também amargamente feroz. E (2c) a desvalorização da lira abriu uma terceira crise (econômica) na Turquia.

Tudo faz crer que, nos meses vindouros, essas crises combinadas só se agravarão.

(3) A terceira variável é a Arábia Saudita. O reino está entrando em superdistensão financeira, ante a queda nos preços do petróleo. Associado a isso, os sauditas também estão superdistendidos no plano político: estão em guerra no Iêmen, na Síria, no Iraque, no Líbano e na Líbia; e ainda têm a tarefa de garantir a sobrevivência do governo de Sisi no Egito.

Como se não bastasse, o reino está sendo conduzido por um jovem, filho do rei, que atropelou toda a 'linha vermelha' da sucessão na família al-Saud: não garantiu acomodação no poder para outros ramos da família, nem cuidou de garantir qualquer 'equilíbrio' do poder; convenceu o pai a destroçar unilateralmente todos os arranjos da sucessão; impede o acesso de todos ao rei seu pai; tomou a ARAMCO sob seu controle direto; e, principalmente, foi quem lançou e está mantendo a guerra no Iêmen, sem nem procurar nem obter qualquer apoio da família.

Já circulam abertamente dentro da família real saudita (e agora já foram tornados públicos), manifestos que pregam a deposição do rei, príncipe Mohammad, e do príncipe Naif – os dois príncipes coroados.

É impossível dizer como essas tensões influenciarão eventos na Turquia ou na Arábia Saudita, mas ambos os países, por razões diferentes, estão-se movendo a passos largos para uma situação de instabilidade sistêmica. É difícil ver como cada um desses países poderá continuar na trilha em que está hoje, se não tomar algumas decisões duras – inclusive sobre as respectivas políticas para a Síria (no mínimo, por causa das pressões que crescem sobre os dois países, originadas na situação financeira em deterioração).

Os sauditas manterão os atuais gastos nas suas guerras, ou optarão por manter o modo de vida subsidiado para o próprio povo? Dificilmente os sauditas conseguirão fazer as duas coisas por muito mais tempo.

Se Turquia ou Arábia Saudita, esses dois pilares do conflito na Síria, abandonarem o cenário da guerra, a questão que hoje mobiliza tantos em todo o mundo – se EUA e Europa abraçarão afinal, ou não, a luta contra o ISIS – torna-se, em vários sentidos, questão acadêmica.


Portugal: Eleição legislativa movimenta comunidade no Brasil


Ildefonso Garcia, em seu escritório em São Paulo

Neste domingo (4) serão realizadas em Portugal eleições legislativas e a comunidade portuguesa no Brasil movimentou-se em torno delas. O engenheiro civil Ildefonso Garcia, de 67 anos e que reside no Brasil há quatro décadas, é canditado pela Coligação Democrática Unitária (CDU), formada pelo Partido Comunista Português e pelo Partido Os Verdes.

Com uma diáspora de mais de 5 milhões de emigrados, Portugal é um dos países que ficaram marcados ao longo do século 20 por uma gigantesca emigração. Cerca de 1,3 milhão de portugueses vivem hoje no Brasil, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

A Assembleia da Republica, o parlamento português, destina quatro de suas vagas a candidatos eleitos fora do país, por membros da comunidade portuguesa emigrante. Garcia é presidente do Centro Cultural 25 de Abril, membro do conselho consultivo do Consulado de Portugal em São Paulo e é o candidato da CDU fora da Europa.

"A CDU (Coligação Democrática Unitária) me deu a honra de apresentar meu nome na lista de candidatos, representando um eleitorado de mais de dois milhões de portugueses espalhados pelo mundo, desde as Américas, a África, a Oceania a Ásia, Aquém e Além Mar, enfim, representando esses portugueses, trabalhadores, empreendedores e destemidos que não conhecem fronteiras, sempre divulgando a capacidade e a vontade de vencer do povo português", diz Garcia.

Todas as propostas apresentadas pela CDU representam um avanço na defesa e na luta dos interesses dos emigrantes portugueses. Garcia afirma que "a eleição de um deputado pela CDU será o caminho certo para a concretização da luta pelos direitos do emigrante há muito abandonados por um parlamento subserviente e incompetente".

Desses 5 milhões de cidadãos portugueses emigrados, cerca de 2 milhões deles estão fora da Europa e aproximadamente apenas 10% deles são recenseados, ou seja só apenas 10% dos emigrantes têm o direito de exercer o direito básico do voto.

Em São Paulo vivem pouco mais de 25% dos eleitores portugueses no mundo, representando o maior colégio eleitoral fora de Portugal. Ao todo, a cidade conta com 244 mil portugueses inscritos no Consulado, incluindo a região de Santos e o estado de Mato Grosso do Sul. Deste número, 75 mil estão recenseados para as eleições deste ano.

"Isso acontece pelo abandono do atual governo português e dos anteriores aos direitos dos emigrantes. Entre outros desatinos, a falta de incentivo ao recenseamento eleitoral nos consulados e as dificuldades para o exercício básico da democracia quando o cidadão português ainda tem que pagar para poder exercer seu direito" destaca Garcia.

"Os poucos emigrantes com o direito de exercerem seus direitos civis têm que se dirigir aos correios da região em que residem e pagar as tarifas. Ou seja, o emigrante precisa pagar para ter direito de exercer seu direito de escolher seus representantes e sem a certeza que sua decisão seja acolhida pelo prazo imposto".

O candidato da CDU no Brasil apresentou suas propostas em campanha que durou mais de dois meses. Entre elas estão o apoio do governo para a redução dos custos das passagens aéreas a Portugal a todos os emigrantes com mais de 60 anos, a exigência de garantias do governo para assegurar poupanças e aplicações no sistema bancário português, a fim de evitar o que aconteceu atualmente junto ao Banco Espírito Santo em que milhares de emigrantes perderam seu dinheiro e foram vilmente roubados.

Outras propostas também chamam a atenção na candidatura da CDU: Redução dos custos dos serviços consulares e a descentralização desses serviços consulares nas grandes metrópoles, assim como a criação de um fundo financiador de intercâmbio técnico-científico de estudantes luso-brasileiros.


Do Portal Vermelho

“Prova de que o país decolou”, diz Cristina Kirchner sobre satélite


O Arsat-2, segundo satélite geoestacionário inventado e construído na Argentina foi lançado nesta sexta-feira no centro da Agência Espacial Europeia, em Kourou, na Guiana Francesa. A presidenta Cristina Kirchner falou sobre o bem-sucedido lançamento, que representa mais um salto de desenvolvimento no país. “O Arsat-2 é a prova de que o país definitivamente decolou”, disse.

Na mensagem transmitida em cadeia nacional a presidenta comparou a atualidade argentina com a do país que o ex-presidente Néstor Kirchner encontrou quando começou seu governo em 2003 e disse que ninguém podia imaginar que "hoje, em 2015, íamos lançar o segundo satélite ao espaço".

"Em 2003, Néstor [Kirchner] tomou a decisão começar a construir um satélite para não perder as órbitas 72 e 81 oeste, que a ONU tinha nos conferido. E pela privatização do espectro espacial quase as perdemos”, destacou a presidente.

No começo da mensagem, a presidenta conversou com o ministro do Planejamento, Julio De Vido, através de uma videoconferência na Guiana Francesa, na qual ele afirmou: "Isto não é relato, são três toneladas de ciência e tecnologia".

Cristina destacou que só o partido Frente para a Vitória, e os aliados do governo, aprovaram a lei que criou o Arsat. Para ela, isto possibilitou o país ter soberania espacial.

Do Portal Vermelho, com Telám

Hungria pede que EUA colaborem com a Rússia na luta contra o EI


Budapeste chamou a atenção de Washington e de seus parceiros, neste sábado, para a necessidade de se juntar esforços com Moscou na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, só dessa forma a guerra civil síria poderá ser finalmente resolvida.

"Nós temos que criar estabilidade no Oriente Médio e no Norte da África. E a principal questão é pacificar a Síria. Não haverá mais progresso, possibilidades de resolver a crise na Síria, a menos que haja um acordo e uma cooperação pragmática entre a comunidade transatlântica e a Rússia", afirmou o chanceler húngaro durante discurso na Assembleia Geral da ONU.

Para Szijjarto, a coalizão militar liderada pelos EUA e composta por mais de 60 países demonstrou pouca eficiência ao longo de mais de um ano de ataques não autorizados contra supostas posições do Estado Islâmico na Síria, uma vez que o grupo terrorista conseguiu conquistar importantes territórios apesar desses bombardeios.

Em poucos dias de operações, a Força Aérea russa conseguiu destruir diversas instalações e equipamentos utilizados pelos extremistas na Síria, obrigando centenas deles a abandonar suas posições e causando pânico e deserções em suas filas, conforme declarou o general Andrei Kartapolov, do Estado-Maior do exército.

Sputniknews

HAMAS llama a palestinos a alzarse en armas para defender Al-Aqsa


El Movimiento de Resistencia Islámica Palestina (HAMAS) ha llamado a los palestinos a alzarse en armas para defender la Mezquita al-Aqsa ante las agresiones israelíes.

"La única vía para defender la Mezquita Al-Aqsa y para impedir que los israelíes materialicen sus planes en Al-Quds (Jerusalén) y Cisjordania es tomar las armas", ha insistido este sábado Mahmud al-Zahar, un alto responsable de HAMAS.

Al-Zahar ha lamentado que hasta el momento las armas solo hayan servido para “proteger a los colonos y ocupantes”, advirtiendo de que los palestinos en la ocupada Cisjordania pueden movilizarse en cualquier momento contra el régimen de Israel.

"Las imágenes de los palestinos que lanzan piedras en Cisjordania y Jerusalén y los cócteles molotov ha asestado un duro golpe a las fuerzas de ocupación", ha agregado.

Además, el funcionario palestino insiste en que no solo HAMAS, sino también todo el mundo árabe y musulmán tiene que cumplir con su obligación para proteger Al-Aqsa.

En los últimos días, decenas de palestinos resultaron heridos y muchos más fueron detenidos en los enfrentamientos con las fuerzas israelíes en toda Cisjordania y Al-Quds, debido a las restricciones impuestas por el régimen de Tel Aviv al acceso a la Mezquita Al-Aqsa.

Ante estos incidetnes, Jordania, que tiene la custodia de Al-Aqsa, amenazó el viernes con revisar sus lazos con Israel si este régimen no cesa las agresiones a este lugar sagrado.

rba/nii/HispanTv

OTAN creará a finales de año un centro de contraespionaje en Polonia


La Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN) abrirá hasta finales del año en curso un centro de contraespionaje en la ciudad polaca de Cracovia.

Según la información aportada este domingo por el diario alemán Die Welt, la Alianza Atlántica tiene previsto desplegar en el centro entre 40 y 70 soldados, incluidos los que enviará el Ministerio alemán de Defensa.

El viceministro de Defensa Nacional de Polonia, Robert Kupiecki, manifestó el sábado que el ente, dedicado además a la lucha antiterrorista, pondrá de relieve las nuevas capacidades de los aliados para enfrentar amenazas procedentes del Este y el Sur.

“Se trata de una nueva calidad de cooperación, que previamente no había en la OTAN. Esperamos que (la medida) fortalezca a la Alianza”, remarcó el político polaco.

La OTAN previamente abrió en seis países de Europa Oriental (Letonia y Lituania, Estonia, Polonia, Rumania y Bulgaria) centros de mando y control, encargados de facilitar el despliegue de fuerzas aliadas en esta zona y coordinar los ensayos militares.

Los proyectos expansionistas del bloque militar siempre provocaron críticas de Moscú. El embajador ruso ante la OTAN, Alexander Grushko, acusó hace días a la Alianza de esforzarse por hacer frente a una “falsa amenaza” emanada desde el Oriente.

Para el diplomático ruso, la creación de dichos centros solo contribuye a “alimentar el ambiente de confrontación” que se está creando de manera artificial en las relaciones con Rusia.

Tras el comienzo de la crisis ucraniana, a principios del año pasado, y el posterior deterioro de las relaciones entre Rusia y Occidente, la OTAN y EE.UU. han aumentado su presencia militar y efectuado maniobras cerca de la frontera de Rusia, medidas que han generado protestas en varios países europeos, incluida Ucrania.

El pasado sábado, el Parlamento de Polonia dio luz verde a la instalación de una base del escudo antimisiles de la OTAN en el norte y cerca de la frontera con Rusia, país al que el bloque occidental acusa de estar involucrado en la crisis ucraniana.

mjs/ctl/msf - HispanTv

Tarek William Saab denuncia agresión migratoria en su contra por EEUU


Defensor del pueblo venezolano, Tarek William Saab.

El defensor del pueblo venezolano, Tarek William Saab, denunció el sábado una agresión migratoria en su contra por parte de Estados Unidos cuando él se encontraba en México.

Al arribo del funcionario venezolano, las autoridades mexicanas le notificaron la existencia de una alerta migratoria de nivel 1 en su contra, emitida por la Organización Internacional de Policía Criminal (Interpol, por sus siglas en inglés) e impuesta por EE.UU.

A través de un contacto telefónico con la estatal Venezolana de Televisión, Saab al calificar el hecho de una “sorpresa incómoda”, detalló que le habían informado que debía ser sometido a un interrogatorio para explicar las razones de su viaje, cuántos días iba a estar y de dónde procedía.

“Esto es una acción ofensiva al derecho internacional, al cargo que tengo en el Estado venezolano como presidente del poder ciudadano y defensor del pueblo, por parte de los EE.UU., ya que emitieron esta alerta migratoria para provocar e incomodar a un funcionario venezolano”, dijo Saab.

El defensor del pueblo venezolano denunció lo ocurrido desde el Aeropuerto Internacional Benito Juárez, en la Ciudad de México, desde donde tenía previsto viajar a Yucatán (sureste de México) para asistir a 12° Conferencia de los Institutos Nacionales de Derechos Humanos para las Naciones Unidas, a celebrarse el próximo lunes.

“No creo que haya sido una equivocación porque cuando me muestran el papel, tenían mi número de pasaporte, es decir, los Estados Unidos actúan de manera impropia e inamistosa, en vez de querer tener buenas relaciones”, manifestó Saab.

Asimismo, informó que el embajador de Venezuela en México, Hugo García, entregará una nota formal de protesta por esta violación de derechos humanos y por la “cooperación indecorosa” y cómplice de los oficiales mexicanos de migración.

“Una vez más, Estados Unidos actuó de manera hostil hacia Venezuela”, dejó claro Saab, quien anteriormente durante una entrevista con HispanTV había considerado a EE.UU. como el principal impulsor de una campaña internacional para hacer ver a Venezuela como un territorio donde se violan los derechos humanos.

Las tensiones entre EE.UU. y Venezuela se intensificaron después de que el presidente estadounidense, Barack Obama, aprobara en marzo de 2015 otro paquete de sanciones contra Venezuela por presuntamente respaldar la violación de derechos humanos durante las protestas, según Caracas, “de carácter golpista” registradas entre el 12 de febrero y 30 mayo de 2014 en el país suramericano. Además, declaró a Venezuela como una “amenaza inusual y extraordinaria para la seguridad de Estados Unidos”.

Sin embargo, las autoridades venezolanas al rechazar tales acusaciones y condenar las medidas de Washington en su contra, han reiterado su intención de normalizar las relaciones venezolano-estadounidenses sobre la base de “dignidad del Gobierno y el pueblo venezolanos”, tal como expresó la jefa de la Diplomacia venezolana, Delcy Rodríguez.

zss/ctl/msf -HispanTv

The Guardian: Riad y Doha preparan respuesta militar a ataques de Rusia en Siria


Algunos países árabes como Arabia Saudí y Catar preparan una respuesta militar a los bombardeos efectuados por Rusia en el territorio sirio, advierten expertos.

Según han revelado este domingo expertos y fuentes citadas por el rotativo británico The Guardian, países árabes, entre ellos Catar y Arabia Saudí, que buscan derrocar al Gobierno del presidente sirio Bashar al-Asad planean una respuesta militar a la campaña de ataques aéreos de Rusia en el territorio sirio.

“La intervención rusa es un retroceso enorme para aquellos Estados que respaldan a la oposición siria, en particular para los países que están en la región —Catar, Arabia Saudí y Turquía— y es muy probable que adopten medidas militares que empeoren la situación”, ha resaltado Julien Barnes-Dacey, un experto en asuntos de Oriente Medio.

El citado experto no ha comentado sobre las posibles medidas militares, pero otras fuentes citadas por el diario británico creen muy posible que la respuesta a los bombardeos rusos sea en forma de más financiamiento y envío de armas sofisticadas a los grupos terroristas que son auspiciados por Riad, Ankara y Doha.

Entre las armas que suministrarán a los terroristas estaría el Sistema de Defensa Aérea Portátil (MANPADS, por sus siglas en inglés) para que los extremistas puedan derribar las aeronaves militares rusas.

No obstante, han descartado que dichos países puedan desplegar tropas terrestres en Siria dado que actualmente están sumidos en otros combates y no cuentan con la experiencia militar necesaria para involucrarse directamente en un conflicto como el de Siria.

También, enviar tropas al territorio sirio podría desencadenar un enfrentamiento directo entre las fuerzas rusas y los soldados de estos países, algo que sería demasiado peligroso para estas naciones árabes.

La ofensiva rusa contra el grupo takfirí EIIL (Daesh, en arabe) y otras bandas extremistas en Siria, que comenzó el miércoles a petición —por escrito— del presidente sirio, inquieta a varios países árabes, entre ellos Arabia Saudí, muchos de los cuales financian a varios grupos terroristas en Siria. Moscú, por su parte, asegura que sus bombardeos ayudan a preservar la integridad territorial de Siria.

hgn/ctl/msf - HispanTv

Paul Craig Roberts: "Se le acaban las mentiras a Obama ante las preguntas de Putin"


El presidente ruso Vladímir Putin, a diferencia de su homólogo estadounidense Barack Obama, basó su discurso ante la Asamblea General de la ONU en la verdad, y sus acciones posteriores lógicamente se desprenden de la postura rusa sobre Oriente Medio, opina el analista político Paul Craig Roberts.

Roberts, exasesor económico del gobierno de Ronald Reagan, cree que los discursos de ambos presidentes han mostrado al mundo la diferencia entre Moscú y Washington.

"El enfoque de Putin está basado en la verdad y el de Obama en el alardeo vano y mentiras que se le están acabando", escribió en su blog.

El analista señaló que "diciendo la verdad en el tiempo del engaño universal, Putin ha realizado un acto revolucionario".

Roberts recuerda la pregunta que hizo el presidente Putin en su discurso ante la Asamblea General, dirigiéndose a los que desde fuera generaron los conflictos en Oriente Medio, el norte de África y Ucrania: "¿Se dan cuenta de lo que han hecho?"

Roberts espera que las preguntas de Putin a EE.UU. pongan fin al dominio del 'excepcionalismo estadounidense'.

"Putin acentúa la legalidad de la operación rusa en Siria por ser solicitada por el Gobierno sirio. Contrapone el respeto que mantiene Rusia al derecho internacional a la intervención en Siria por Washington y Francia, cuyos gobiernos han violado la soberanía de Siria con sus acciones militares no solicitadas e ilegales", indicó el analista.

De esta manera, escribió, se ponen de manifiesto ante todos las acciones egoístas unilaterales de Washington enmascaradas por el "fariseísmo santurrón".

Actualidad RT

BetAB-500, la temible bomba rusa que destruye los búnkeres del Estado Islámico en Siria


La Fuerza Aérea de Rusia está desgastando al Estado Islámico y otras organizaciones terroristas en Siria con el empleo de una temible bomba diseñada para destruir, entre otros objetivos, instalaciones subterráneas de concreto.

"En la localidad de Raqqa, utilizando una bomba BetAB-500 lanzada desde un avión Su-34 se destruyó un puesto de mando reforzado de una de las organizaciones extremistas, así como un búnker que almacenaba material explosivo y municiones", dijo este sábado el vocero del Ministerio de Defensa ruso, Ígor Konashénkov, citado por la agencia Tass.

La BetAB-500 es una potente bomba que funciona a caída libre y está diseñada para atravesar el concreto y las estructuras blindadas, especialmente búnkeres. Estas superbombas son lanzadas por los cazabombarderos Sukhoi Su-34 que vuelan a gran altura.

La BetAB-500 tiene un peso de casi media tonelada con un explosivo de 77 kilogramos, mide 2,5 metros de largo y un diámetro de 32,5 centímetros. La punta está ultrarreforzada, para asegurarse de que pueda atravesar los objetivos. A diferencia de otras bombas, que solo producen un pequeño cráter, una vez que penetra la fortificación, destruye todo a 50 metros cuadrados a la redonda.

Actualidad RT