sexta-feira, 30 de junho de 2017
O Brasil começa a parar
A greve geral da sexta-feira acaba de começar em diversas cidades do país.
Em todo o País, são 32 estradas bloqueadas por manifestantes por conta da greve geral . Na manhã desta sexta (30), os trabalhadores da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, bloquearam a Rodovia do Xisto. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), fora a Rodovia do Xisto, não há mais nenhuma estrada bloqueada no estado até às 8h30.
Centrais sindicais e movimentos sociais convocaram para hoje (30) uma nova greve geral em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista. Esta é a segunda greve geral nacional convocada pelas centrais sindicais.
A primeira ocorreu no dia 28 de abril, quandos trabalhadores de várias categorias pararam em diversas cidades do país. Na ocasião, houve bloqueio de vias e rodovias e confronto entre policiais e manifestantes.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, as refomas propostas pelo governo federal trazem riscos trabalhadores e para o país. “Não vai ter geração de emprego, vai ter bico institucionalizado. Vai ser o fim do emprego formal, que garante direitos conquistados, como férias e décimo terceiro salário”, diz Freitas. Na última quarta-feira (28), houve aprovação do parecer favorável à reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, diz que a ideia do movimento é tentar pressionar o Congresso Nacional para ampliar a negociação sobre as reformas. “As paralisações e manifestações são os instrumentos que estamos usando para pressionar e ter uma negociação mais séria em Brasília que não leve a um prejuízo aos trabalhadores”, diz.
O governo federal argumenta que as reformas são necessárias para garantir o pagamento das aposentadorias no futuro e a geração de postos de trabalho, no momento em que o país vive uma crise econômica. O argumento é que, sem a aprovação da reforma da Previdência, a dívida pública brasileira entre em "rota insustentável" e pode “quebrar” o país”, como disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Sobre a reforma trabalhista, o governo afirma que a proposta moderniza a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943. E que as novas regras, como a que define que o acordo firmado entre patrão e empregado terá mais força que a lei, estimulará mais contratações.
De acordo com o portal G1, o serviço de trem foi interrompido em Porto Alegre. Além disso, uma barricada de fogo bloqueou a saída da garagem da Carris na zona leste da capital gaúcha.
O portal informa que houve confrontos entre manifestantes e policiais.
Por sua vez, a Folha de S. Paulo informa sobre mobilizações de protesto perto da capital paulista. Segundo esta fonte, umas barricadas com fogo bloquearam o km 16 da rodovia Anchieta no sentido São Paulo, na região de São Bernardo.
O projeto Jornalistas Livres está transmitindo a situação na capital paulista, veja.
https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/557844847672730/
Contudo, a greve não é tão geral em São Paulo, onde o sistema de transporte resolveu continuar a funcionar em regime normal, informa o Valor Econômico. Porém, em Sorocaba, os ônibus não saíram de seus terminais hoje.
Em outro lugar de São Paulo, uma caminhada de protesto encabeçada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) começou a se deslocar rumo ao aeroporto de Guarulhos.
A Mídia Ninja informa no seu Facebook sobre o início dos atos que fazem parte da greve em Florianópolis.
https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/557869161003632/
No entanto, manifestantes em Salvador marcham com um cartaz acusando o presidente Michel Temer de corrupção e exigindo eleições diretas imediatas.
A Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais escreveu no Twitter sobre o congestionamento na BR 381 sentido Belo Horizonte, às 7h.
Sputniknews