sábado, 11 de março de 2017
Israel não quer vitória do regime Assad e pede mais apoio aos terroristas
O governo de Israel está preocupado com uma vitória do regime Assad na Síria. Para os líderes israelenses uma vitória de Bashar Al-Assad seria uma vitória dos seus aliados – e inimigos de Israel – Irã e Hezbollah, segundo artigo do portal israelense Haaretz.
O subtítulo do artigo expõe: “A intervenção russa tem pendido a balança, e Jerusalém está preocupada com uma vitória do regime (Assad), o que bem seria uma vitória do Irã. Para evitar isso, as autoridades israelenses acreditam que o Ocidente deve intervir em favor dos rebeldes moderados (terroristas).”
Este apelo claro para que os países ocidentais ajudem os terroristas que estão na Síria revelam muito sobre o estado sionista que busca perpetuar o conflito e aproveitar um vácuo que seria deixado com a balcanização da Síria para aumentar seu próprio território, construindo assim a tão sonhada Grande Israel, um território que iria do rio Nilo ao Eufrates.
Além da vitória Síria significar o adiamento do sonho da Grande Israel outros pontos levantados pelo artigo são que uma vitória de Assad significaria também uma vitória dos seus aliados Irã e Hezbollah. Em segundo lugar, apesar dos fortes bombardeios russos e confrontos internos em suas fileiras, a oposição síria (terrorista) está longe de ser vencida, dando ainda esperança para uma reabilitação que pode vir com ajuda dos aliados de Israel e por fim que o Ocidente deve despertar da sua passividade e tente enviar de fato uma ajudar militar para – o que as autoridades israelenses descrevem como uma espécie de terceira força – os rebeldes sunitas menos extremistas e para as milícias curdas, para que eles, também fiquem contra o regime, bem como contra o Estado Islâmico.
Lembrando que a Rússia já cooptou os curdos para lutarem ao seu lado e inclusive os ajudam com armamento, como mostrou o Panorama Livre, em 26 de janeiro.
Sobre os rebeldes sunitas “menos extremistas”, esses estão atualmente escondidos em Aleppo que é reduto do Estado Islâmico. Israel tenta de uma maneira discreta e falha pedir ajuda para que os terroristas financiados pelo ocidente recebam uma ajuda de exércitos nacionais – algo que pode ocorrer por exemplo caso Turquia e Arábia Saudita invadam a Síria.
Em outubro de 2015, o presidente russo Vladimir Putin mandou um recado aos aliados de Israel perguntando a seus líderes se eles sabiam diferenciar um rebelde moderado de um não-moderado.
Naturalmente, nada disto é novo. Em dezembro, o ministro da defesa de Israel, Moshe Ya’alon, não escondeu quem Israel apoia na Síria – “Parece-me, que nós, Israel, estamos no mesmo campo dos sunitas”.
E não vamos esquecer outra famosa pérola de Moshe Ya’alon: “Na Síria, o Estado Islâmico é preferível ao Irã”.
Outra declaração que reforça o desejo israelense de perpetuar a guerra na Síria foi dada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu ao afirmar dia 22 de janeiro, em Davos – Suíça, que a solução mais benigna para a Síria seria a sua balcanização.
Panorama Livre