quinta-feira, 9 de março de 2017

Deputado líbio: Itália e Reino Unido organizam ataques em portos de petróleo do país


Na terça-feira (07), o Parlamento da Líbia votou pela denúncia do acordo de paz em Skhirat, que prevê regular a política na Líbia. Na véspera, 70 parlamentares declararam o fim do diálogo político sobre os ataques de grupos armados aos bairros petrolíferos.

Exército líbio continua combatendo as Brigadas da Defesa de Benghasi e outros grupos a fim de reestabelecer o controle das regiões dos portos de Ras Lanuf (norte da Líbia) e de es-Sidr.
"Como podemos dialogar com aqueles que lutam contra os líbios, destruindo poços e portos? Por isso decidimos parar com este diálogo político", comunicou o chefe da Segurança Nacional do Parlamento líbio, Tarik al-Jarushi, à Sputnik Árabe.

Ele acrescentou que os militantes da Al-Qaeda e Brigadas da Defesa de Bengasi uniram forças para atacar bairros petrolíferos do país, com o apoio da Inglaterra e Itália.

"Solicitamos ao Conselho presidencial da Líbia para pôr um fim nos ataques, mas fomos informados que esta questão não os concerne. Mas isso contradiz claramente à atitude deles no início dos ataques, quando o Governo da Unidade Nacional nomeou o brigadeiro-general, Idris Buhmada, ao posto de líder da Guarda da Defesa das construções petrolíferas", acrescentou ele.

Segundo ele, após a apoderação de Ras Lanuf, foi realizada uma conferência da imprensa, onde os terroristas passaram o controle do porto para Buhmada. Que contradição estranha, opina ele.
"Agora, após a captura do porto petrolífero Ras Lanuf, o Conselho presidencial exige a proibição da nossa aviação de sobrevoar o porto e bombardear os militantes", comunicou al-Jarushi, acrescentando que foi horrível ouvir tais exigências após a Grã-Bretanha ter proposta à ONU fechar o espaço aéreo acima da Líbia.

Segundo ele, é desta forma que os países querem controlar completamente o Parlamento e povo líbio, que serão obrigados a trocar petróleo por comida, fazendo com que o país repita o cenário do Iraque.

"O espetáculo já começou e o tema é compreensível. Itália tem hospital em Misrata para tratar os terroristas. Lá há chefes famosos da Al-Qaeda", frisou ele.

De acordo com o chefe da Segurança Nacional líbio, Itália e Grã-Bretanha são os responsáveis pelos recentes ataques e os dois países os fazem para controlar os portos de petróleo do país.

Sputniknews